Prova Cebraspe 2022
Prova Cebraspe 2022
Prova Cebraspe 2022
Com relação ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), julgue o item que se segue.
A Certo.
B Errado.
4 001261953
Com relação ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), julgue o item que se segue.
A Certo.
B Errado.
4 001261952
Questão 3 Decreto n 3048 Regulamento da Previdência Social Cadastro Nacional de Inf ormações Sociais CNIS
Art 18
Com relação ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), julgue o item que se segue.
Informações inseridas extemporaneamente no CNIS, excetuadas aquelas que forem reti cadoras de
dados anteriormente informados, somente serão aceitas se corroboradas por documentos que
comprovem a sua regularidade.
A Certo.
B Errado.
4 001261951
As atividades de saúde são de relevância publica e sua organização obedecerá diversos princípios
reitores, entre os quais o acesso universal; a descentralização, com direção única em cada esfera; e a
participação da iniciativa privada na assistência à saúde, desde que obedecidos os princípios
constitucionais.
A Certo.
B Errado.
4 001261950
Questão 5 I Da Assistência Social arts 203 e 204 da CF88 Decreto n 3048 Regulamento da Previdência Social
A Certo.
B Errado.
4 00126194 9
As propostas orçamentárias anuais ou plurianuais da seguridade social são elaboradas por comissão
formada necessariamente por representantes das áreas da saúde, da previdência social e da
assistência social.
A Certo.
B Errado.
4 00126194 7
Questão 7 Da Previdência Social arts 201 e 202 da CF88 Art 3 Previdência social
A nalidade da previdência social é assegurar aos seus bene ciários meios de manutenção em
situações adversas, tais como desemprego involuntário e encargos de família, garantida a
preservação do valor dos benefícios e a universalidade de participação nos planos, mediante
contribuição.
A Certo.
B Errado.
4 00126194 5
A Certo.
B Errado.
4 00126194 3
Questão 9 Decreto n 3048 Regulamento da Previdência Social IV Segurado com Def iciência
No tocante à aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do RGPS, julgue o item a seguir.
É garantida a concessão de aposentadoria pelo RGPS à segurada com de ciência com 55 anos de
idade, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de quinze anos e comprovada de ciência
durante igual período.
A Certo.
B Errado.
4 00126194 0
No tocante à aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do RGPS, julgue o item a seguir.
Considera-se pessoa com de ciência aquela que tem impedimentos de longo prazo de diversas
naturezas, inclusive sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
A Certo.
B Errado.
4 00126193 8
No tocante à aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do RGPS, julgue o item a seguir.
É assegurada a concessão de aposentadoria pelo RGPS ao segurado com de ciência aos 29 anos de
tempo de contribuição, se home, e aos 24 anos de tempo de contribuição, se mulher, no caso de
segurado com deficiência leve.
A Certo.
B Errado.
4 00126193 7
No tocante à aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do RGPS, julgue o item a seguir.
O grau de de ciência para ns de concessão de aposentadoria poderá ser comprovados por
diferentes meios, inclusive o testemunhal.
A Certo.
B Errado.
4 00126193 6
No tocante à aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do RGPS, julgue o item a seguir.
A renda mensal da aposentadoria por idade devida ao segurado com de ciência é calculada, em
qualquer situação, aplicando-se, sobre o salário de benefício, o percentual de 100%.
A Certo.
B Errado.
4 00126193 5
A respeito das inovações trazidas pela Emenda Constitucional (EC) n.º 103/2019, julgue o item a
seguir.
Desde a promulgação da referida EC, passou a ser obrigatória a instituição de RPPS por todos os
entes federativos.
A Certo.
B Errado.
4 00126193 2
A respeito das inovações trazidas pela Emenda Constitucional (EC) n.º 103/2019, julgue o item a
seguir.
A Certo.
B Errado.
4 00126193 0
A Certo.
B Errado.
4 001261928
Situação hipotética: Jorge, com 65 anos de idade, e Márcia, também com 65 anos de idade, vivem
em coabitação. Ela recebe benefício previdenciário cujo montante ultrapassa um quarto do salário
mínimo.
Assertiva: Nessa situação, o fato de Márcia receber benefício previdenciário no referido montante
não retira de Jorge o direito ao BPC.
A Certo.
B Errado.
4 001261921
Terá direito ao auxílio-inclusão a pessoa com de ciência física moderada ou grave, quali cada como
segurado obrigatório do RGPS ou liado a RPPS, que receba o BPC e passe a exercer atividade com
remuneração limitada a dois salários mínimos.
A Certo.
B Errado.
4 001261920
No âmbito do Sistema único de Assistência Social, compete à União efetuar o pagamento dos
auxílios natalidade e funeral.
A Certo.
B Errado.
4 001261918
O critério de aferição da percepção da renda familiar é considerado su ciente pela lei para a
concessão do BPC.
A Certo.
B Errado.
4 001261916
A proteção social especial é um tipo de proteção que, entre outros objetivos, visa contribuir para a
reconstrução de vínculos familiares e comunitários e a proteção de famílias e indivíduos para o
enfrentamento de situações de violão de direitos.
A Certo.
B Errado.
4 001261915
Assertiva: Nessa situação, o fato de Carlos ser estrangeiro impede-lhe o direito ao BPC.
A Certo.
B Errado.
4 001261914
Assertiva: Nessa situação, o RGPS e o RPPS são considerados, respectivamente, como regime de
origem e regime instituidor.
A Certo.
B Errado.
4 001261911
O tempo de atividade rural reconhecido pelo INSS por intermédio de certidão de tempo de serviço é
reconhecido para ns de compensação nanceira previdenciária entre o RGPS e RPPS,
independentemente de indenização a cargo do servidor.
A Certo.
B Errado.
4 001261908
O tempo de contribuição concomitante não gera direito adquirido à compensação nanceira para
efeito de aposentadoria.
A Certo.
B Errado.
4 001261906
Determinada região, sob vigência de período de defeso de camarão e de lagosta xado pelo IBAMA,
conta, entre outros, com os seguintes segurados:
A Certo.
B Errado.
4 001261901
Determinada região, sob vigência de período de defeso de camarão e de lagosta xado pelo IBAMA,
conta, entre outros, com os seguintes segurados:
A Certo.
B Errado.
4 0012618 99
Determinada região, sob vigência de período de defeso de camarão e de lagosta xado pelo IBAMA,
conta, entre outros, com os seguintes segurados:
Maria, ainda que beneficiária de pensão por morte, tem direito ao seguro-desemprego.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 97
Determinada região, sob vigência de período de defeso de camarão e de lagosta xado pelo IBAMA,
conta, entre outros, com os seguintes segurados:
A Certo.
B Errado.
4 0012618 96
Questão 30
Lei n 7 99890 Regulamentação do SeguroDesemprego e do Abono Salarial e Instituição do Fundo de Amparo ao T rabalhador FAT
Lei n 84242015 Seguro Desemprego para Pescador Artesanal
Determinada região, sob vigência de período de defeso de camarão e de lagosta xado pelo IBAMA,
conta, entre outros, com os seguintes segurados:
A Certo.
B Errado.
4 0012618 93
Situação hipotética: Maria, que contribui para o RGPS na condição de empregada doméstica há
dezessete anos ininterruptos, recentemente completou sessenta e dois anos de idade.
Assertiva: Nessa situação, Maria tem direito ao benefício da aposentadoria, cujo valor do benefício
será equivalente a 100% da média aritmética simples das últimas trinta e seis contribuições mensais
efetivamente recolhidas.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 91
Questão 32 SalárioMaternidade
O indivíduos segurado do RGPS que obtiver a guarda judicial de uma criança de cinco anos de idade
para ns de adoção terá direito ao benefício do salário-maternidade, o qual será pago diretamente
pelo INSS.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 8 8
A Certo.
B Errado.
4 0012618 8 7
Questão 34 T ítulo II Do Plano de Benef ícios da Previdência Social Benef ícios Previdenciários
Situação hipotética: Cláudio contribuiu para o RGPS pelo período de sete anos e seus meses,
quando então cou incapacitado para o trabalho e entrou em gozo do benefício de auxílio por
incapacidade temporária, condição na qual ele permaneceu por dois anos e dez meses.
Assertiva: Nessa situação, devido ao tempo que cou sem contribuir para o INSS em decorrência do
benefício, Cláudio perdeu a sua qualidade de segurado, mas poderá recuperá-la após doze
contribuições mensais ininterruptas.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 8 4
O crime de apropriação indébita previdenciária é crime comissivo comum, tendo em vista que
qualquer pessoa pode deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos
contribuintes, no prazo e na forma legal ou convencional.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 8 2
Situação hipotética: Mário, contador da empresa Silva & Silva Ltda., deixou de lançar mensalmente
nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos seus segurados,
con gurando com isso o crime de sonegação de contribuição previdenciária tipi cado em artigo do
Código Penal, razão por que contra ele foi movida ação judicial.
Assertiva: Nessa situação, se Mário confessar espontaneamente o delito antes de proferida a
sentença pertinente e recolher integralmente o valor sonegado, a sua pena será reduzida pela
metade.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 8 1
Situação hipotética: Haroldo se aposentou por tempo de contribuição em abril de 2018 e somente
em setembro de 2022 constatou-se que o valor do seu benefício previdenciário estava sendo pago a
menor desde a data da sua implantação.
Assertiva: Nessa situação, não está prescrito o direito de Haroldo requerer a revisão do valor do seu
benefício nem tampouco o pagamento das diferenças devidas a partir da sua implantação.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 76
Situação hipotética: Flávio formalizou pedido de pensão por morte em decorrência do óbito do seu
companheiro Rodrigo. Após a análise da documentação apresentada, o INSS indeferiu o pedido sob o
argumento de que Flávio não era dependente economicamente de Rodrigo.
Assertiva: Nessa situação, contra a decisão de indeferimento caberá recurso ordinário na via
administrativa, recurso este que deverá ser julgado pela Junta de Recursos do Conselho de Recursos
da Previdência Social.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 75
Terá direito ao serviço de reabilitação pro ssional prestado pelo INSS, que tenha por objetivo
proporcionar o reingresso ao mercado de trabalho, o segurado que car incapacitado parcial ou
totalmente para trabalho, independentemente do cumprimento de carência.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 73
O segurado do RGPS vítima de acidente de trabalho poderá exigir do INSS, além dos benefícios
decorrentes do acidente de trabalho, o transporte do acidentado para tratamento fora do seu
domicílio, quando necessário, assim como o fornecimento de instrumentos de auxílio para a sua
locomoção quando a perda ou redução da capacidade funcional do segurado puder ser atenuada
pelo seu uso.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 72
O anistiado político que, durante algum tempo, cou exilado no exterior em decorrência de ameaça
de punição por motivo exclusivamente político poderá usar o tempo do exílio como tempo de serviço
para efeito de aposentadoria, independentemente do recolhimento da contribuição previdenciária
referente ao tempo do exílio.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 69
Situação hipotética: Francisco, que recebe pensão especial por ter participado de operações bélicas
durante a Segunda Guerra Mundial, foi convidado para assumir a secretaria de segurança pública de
determinado estado da Federação.
Assertiva: Nessa situação, Francisco não poderá cumular a pensão especial de ex-combatente com
os rendimentos decorrentes do cargo de secretário, mas poderá optar por um ou outro rendimento.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 68
Situação hipotética: Paulo, que era portador de de ciência física decorrente da síndrome da
talidomida e que, por esse motivo, recebia pensão especial há mais de quinze anos, faleceu
recentemente em decorrência de complicações decorrentes dessa enfermidade. Até então, Paulo
convivia em companhia da sua mãe e a pensão por ele recebida era a única fonte de renda familiar.
Assertiva: nessa situação, a mãe de Paulo tem direito de receber pensão previdenciária decorrente
da morte de seu filho Paulo.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 60
O lho do seringueiro cujo pai tenha sido recrutado para trabalhar na produção de borracha nos
seringais da região amazônica durante a Segunda Guerra Mundial e que comprovar o seu estado de
carência econômica terá direito a receber o pagamento de pensão mensal vitalícia, cumulativo com o
benefício concedido a seu pai.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 56
As crianças vítimas de sequelas neurológicas decorrentes da síndrome congênita do zika vírus têm
direito ao recebimento de uma pensão especial mensal e vitalícia que será devida pela secretaria de
assistência social dos municípios em que elas residam, e que será paga com recursos orçamentários
provenientes da União.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 55
Os segurados facultativos devem recolher a contribuição relativa a determinado mês, por iniciativa
própria, até o dia 15 do mês subsequente àquele a que se re ra a contribuição, inexistindo outra
forma de efetuar esse recolhimento.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 53
Cabe ao INSS acompanhar a arrecadação das contribuições sociais e das contribuições instituídas a
título de substituição
A Certo.
B Errado.
4 0012618 51
A multa incidente sobre os débitos de contribuições previdenciárias não pagas nos prazos previstos
na legislação específica será calculada diariamente e não poderá extrapolar o percentual de 20%.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 4 9
Quando a remuneração do trabalhador avulso, em determinado mês, não alcançar o salário mínimo,
ele poderá complementar a sua contribuição visando o cômputo da competência desse mês como
tempo de contribuição.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 4 6
A Certo.
B Errado.
4 0012618 4 5
O limite máximo do salário de contribuição será atualizado sempre que ocorrer alteração do valor dos
benefícios previdenciários.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 4 1
Salário de contribuição é o valor que serve de base de incidência das alíquotas das contribuições
previdenciárias dos segurados, à exceção do segurado especial.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 4 0
A Certo.
B Errado.
4 0012618 3 9
Para o trabalhador, os valores relativos ao salário de contribuição que forem sonegados não serão
computados para ns de cálculo de benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, salário-
maternidade ou mesmo pensão por morte.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 3 8
A Certo.
B Errado.
4 0012618 3 6
É obrigação das companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigatório de danos pessoais
causados por veículos automotores de vias terrestres o repasse à seguridade social de 50% do valor
total do prêmio recolhido e destinado ao Sistema único de Saúde para custeio da assistência médico-
hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 3 4
A Certo.
B Errado.
4 0012618 3 3
Constituem contribuições sociais, entre outras, as receitas das empresas, incidentes sobre a
remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 3 1
A Certo.
B Errado.
4 0012618 3 0
Do ponto de vista previdenciário, considera-se empresa a rma individual ou sociedade que assume o
risco de atividade econômica urbana ou rural, com ns lucrativos, excluídos os órgãos e entidades da
administração pública direta, indireta ou fundacional.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 29
A Certo.
B Errado.
4 0012618 25
Com relação ao regime geral de previdência social (RGPS), julgue o item subsequente.
São segurados facultativos: o ministro de con ssão religiosa e o membro de instituto de vida
consagrada, de congregação “ou de ordem religiosa.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 22
Com relação ao regime geral de previdência social (RGPS), julgue o item subsequente.
Situação hipotética: Daniel, pessoa física residente em imóvel rural, desenvolve, como produtor e de
forma individual, atividade agropecuária em área de três módulos scais, com exploração de
atividade turística na propriedade rural não descaracteriza a condição de segurado especial de
Daniel.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 21
Com relação ao regime geral de previdência social (RGPS), julgue o item subsequente.
Para ns previdenciários, considera-se empresa a rma individual ou sociedade que assume risco de
atividade econômica, a ela equiparando-se a cooperativa e a missão diplomática.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 20
Com relação ao regime geral de previdência social (RGPS), julgue o item subsequente.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 19
Com relação ao regime geral de previdência social (RGPS), julgue o item subsequente.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 18
No direito previdenciário, a lei nova não surte efeitos pretéritos, salvo se em benefício de infratores
de norma de custeio.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 15
O princípio da territorialidade vige no âmbito do direito previdenciário, razão por que é vedada a
aplicação da norma brasileira desse ramo do direito fora do território nacional.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 14
No que diz respeito aos princípios constitucionais da seguridade social, julgue o item a seguir.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 11
No que diz respeito aos princípios constitucionais da seguridade social, julgue o item a seguir.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 10
P: Nos processos de justi cações administrativas, quando o segurado apresentar testemunhas com
valor de prova, a agência fornecerá um servidor exclusivo para o atendimento.
Há apenas uma possibilidade de combinação de valores lógicos para as proposições simples que
compõem P que a tornam falsa.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 08
P: Nos processos de justi cações administrativas, quando o segurado apresentar testemunhas com
valor de prova, a agência fornecerá um servidor exclusivo para o atendimento.
A proposição “o segurado apresentar testemunhas com ou sem valor de prova” é uma tautologia.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 07
P: Nos processos de justi cações administrativas, quando o segurado apresentar testemunhas com
valor de prova, a agência fornecerá um servidor exclusivo para o atendimento.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 06
Questão 74 Interseção
Ao realizar um levantamento de informações solicitado por seu chefe, um técnico do seguro social
veri cou que, entre os segurados que apresentaram suas demandas ao longo da semana anterior,
75% receberam algum atendimento remoto (por telefone, aplicativo ou Internet) e em 35%
receberam atendimento presencial. houve casos em que os atendimentos foram iniciados no modo
remoto, mas, devido às suas complexidades, precisaram ser concluídos presencialmente.
Se havia somente as duas modalidades de atendimento descritas, é correto concluir que 10% dos
segurados passaram pelas duas modalidades de atendimento em suas demandas.
A Certo.
B Errado.
4 0012618 00
Ao realizar um levantamento de informações solicitado por seu chefe, um técnico do seguro social
veri cou que, entre os segurados que apresentaram suas demandas ao longo da semana anterior,
75% receberam algum atendimento remoto (por telefone, aplicativo ou Internet) e em 35%
receberam atendimento presencial. houve casos em que os atendimentos foram iniciados no modo
remoto, mas, devido às suas complexidades, precisaram ser concluídos presencialmente.
Se 20% dos segurados que buscaram atendimento presencial zeram para solicitar a reativação do
benefício de prestação continuada (BPC), então 10% do total de bene ciários que buscaram
atendimento pleiteavam a reativação do BPC.
A Certo.
B Errado.
4 001261799
O recurso BitLocker, ferramenta de criptogra a presente no Windows 10, possibilita que o usuário
proteja a privacidade de seus dados.
A Certo.
B Errado.
4 001261795
Phishing é um tipo de invasão mediante o uso de software malicioso que torna inacessíveis os dados
armazenados no equipamento invadido, geralmente usando criptogra a, no qual o agente invasor
exige o pagamento de resgate para restabelecer o acesso do usuário aos dados afetados.
A Certo.
B Errado.
4 001261793
Na planilha mostrada na gura acima, que representa um conjunto de células no MS Excel 365, foi
realizada a seguinte sequência de ações:
- todas as células mostradas foram selecionadas;
- foram selecionadas todas as colunas na caixa de diálogo Remover Duplicadas e, em seguida, clicou-
se no botão OK.
A Certo.
B Errado.
4 001261791
De acordo com o trecho destacado na barra de endereço mostrada na gura em apreço (cadeado
seguido do trecho https://), é correto a rmar que a página em questão é parte da intranet do INSS,
acessível somente por meio de senha, conforme indica o símbolo do cadeado à esquerda do
endereço.
A Certo.
B Errado.
4 00126178 4
Questão 80 Cookies
Tendo como base a figura anterior, julgue o seguinte item.
Os cookies, mencionados no texto da gura apresentada, podem salvar con gurações dos usuários
em um arquivo armazenado nos computadores desses usuários.
A Certo.
B Errado.
4 00126178 2
Questão 81 Lei n 8987 95 Concessões e Permissões de Serviços Públicos Concessão de serviços públicos II
Julgue o próximo item, referente ao ato administrativo, aos serviços públicos, à responsabilidade civil
do Estado e às Leis n.º 8.429/199e e n.º 9.784/1999.
A concessão de serviço público consiste na delegação de sua prestação, feita pelo poder
concedente, por meio de licitação, na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa
jurídica ou a consórcio de empresas que demonstre capacidade para o seu desempenho, por sua
conta e risco e por prazo determinado.
A Certo.
B Errado.
4 001261771
Julgue o próximo item, referente ao ato administrativo, aos serviços públicos, à responsabilidade civil
do Estado e às Leis n.º 8.429/199e e n.º 9.784/1999.
Ainda que não seja agente público, aquele que induzir ou concorrer culposa ou dolosamente para a
prática de ato de improbidade administrativa sujeitar-se-á, no que couber, às disposições da Lei n.º
8.429/1992.
A Certo.
B Errado.
4 001261769
Julgue o próximo item, referente ao ato administrativo, aos serviços públicos, à responsabilidade civil
do Estado e às Leis n.º 8.429/199e e n.º 9.784/1999.
A administração pode revogar seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais,
porque deles não se originam direitos, podendo, ainda, anulá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
A Certo.
B Errado.
4 001261766
Julgue o próximo item, referente ao ato administrativo, aos serviços públicos, à responsabilidade civil
do Estado e às Leis n.º 8.429/199e e n.º 9.784/1999.
Será impedido de atuar em processo administrativo o servidor público que tiver interesse direito ou
indireto na matéria. Além disso, poderá ser arguida a suspeição de autoridade que tenha amizade
Íntima ou inimizade notória com algum dos interessados nesse processo.
A Certo.
B Errado.
4 001261765
Julgue o próximo item, referente ao ato administrativo, aos serviços públicos, à responsabilidade civil
do Estado e às Leis n.º 8.429/199e e n.º 9.784/1999.
Com base na teoria do risco administrativo, admite-se pesquisa em torno da culpa da vítima, a m de
abrandar ou excluir a responsabilidade civil objetiva das pessoas jurídicas de direito público e das
pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público.
A Certo.
B Errado.
4 001261763
O abuso de poder é tratado pela doutrina majoritária como. gênero cujas espécies são: o excesso de
poder, que ocorre quando o agente público atua nos limites de sua competência legalmente
de nida, mas visando a um m diverso da consecução do interesse público; e o desvio de poder, que
se dá quando o agente público exorbita da competência que lhe foi legalmente atribuída.
A Certo.
B Errado.
4 00126174 3
Questão 87 Fontes do Direito Administrativo
A lei é considerada a fonte primordial do direito administrativo brasileiro, razão por que esse ramo do
direito público nacional se encontra codi cado, ou seja, as normas administrativas estão reunidas em
um só corpo de leis.
A Certo.
B Errado.
4 00126174 1
Questão 88 Autarquias
A Certo.
B Errado.
4 00126173 9
Questão 89 Formas de Provimento Lei 8112 arts 5 a 32 Acesso aos Cargos e Empregos Públicos Art 8
De acordo com a Lei nº.112/1990, são formas de provimento de cargo público: nomeação, promoção,
ascensão, transferência, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução.
A Certo.
B Errado.
4 00126173 8
A Certo.
B Errado.
4 00126173 3
A Certo.
B Errado.
4 00126173 1
Situação hipotética: uma servidora pública do INSS, ocupante do cargo efetivo de técnico do seguro
social, foi eleita deputada federal nas eleições de 2022.
Assertiva: nessa situação, a Servidora cará afastada de seu cargo efetivo no INSS para o exercício
de mandato eletivo na Câmara dos Deputados, sendo esse tempo de serviço contado para todos os
efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
A Certo.
B Errado.
4 001261729
O servidor público estável perderá o seu cargo de Provimento efetivo em virtude de: sentença
judicial transitada em julgado, processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa ou
procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.
A Certo.
B Errado.
4 001261727
Somente por lei especí ca poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição da em empresa
pública, sociedade de economia mista e fundação pública, cabendo, em todos os casos, lei
complementar para definir as áreas de atuação dessa entidades.
A Certo.
B Errado.
4 001261726
Brasileiros naturalizados podem ser eleitos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,
caso cumpram, as demais condições de elegibilidade, porque tais cargos não são privativos de
brasileiros natos.
A Certo.
B Errado.
4 001261721
A cassação dos direitos políticos é possível nos casos de cancelamento da naturalização por
sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; condenação criminal transitada em
julgado, enquanto durarem seus efeitos; recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa; e improbidade administrativa.
A Certo.
B Errado.
4 001261720
O indivíduo que tomar posse em determinado cargo efetivo de uma autarquia federal será obrigado
a liar-se ao sindicato de sua categoria pro ssional, pois a esse sindicato cabe a defesa dos diretos e
interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.
A Certo.
B Errado.
4 001261719
A Certo.
B Errado.
4 001261714
O direito de reunião está assegurado a todos, desde que observados os seguintes requisitos
constitucionais: caráter pací co; localização aberta ao público; prévia autorização da autoridade
competente; e não frustação de outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.
A Certo.
B Errado.
4 001261708
A casa é asilo inviolável do indivíduo e nela ninguém poderá ingressar sem o consentimento do
morador, salvo se houver determinação judicial para o ingresso.
A Certo.
B Errado.
4 001261707
Questão 101 Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal Decreto n 60292007
Julgue o item subsequente, a respeito do Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal.
A atuação da Comissão de Ética Pública poderá ser provocada por qualquer cidadão, agente público,
pessoa jurídica de direito privado, associação ou entidade de classe, visando a apuração de infração
ética imputada a agente público, órgão ou setor específico de ente estatal.
A Certo.
B Errado.
4 001261705
Questão 102 Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal Decreto n 60292007
Julgue o item subsequente, a respeito do Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal.
No âmbito das comissões de ética, caso se conclua pela existência de falta ética após a instrução
processual, poderá ser adotada, entre outras, a providência de recomendação de abertura de
procedimento administrativo, se a gravidade da conduta assim o exigir.
A Certo.
B Errado.
4 001261704
Questão 103 Código de Ética do Servidor Público Civil do Executivo Federal Decreto n 117 11994
Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal Decreto n 60292007
Julgue o item subsequente, a respeito do Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal.
A Comissão de Ética Pública é integrada por brasileiros que preencham os requisitos de idoneidade
moral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública, designados para mandatos
de dois anos, sendo vedada a recondução.
A Certo.
B Errado.
4 001261703
Questão 104 Código de Ética do Servidor Público Civil do Executivo Federal Decreto n 117 11994
Com base no Código de Ética Pro ssional do Servidor Público. (Civil do Poder Executivo Federal
(CEPSPC), julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Bruno, servidor público federal, todos os dias, após o término do seu
expediente, dirige-se a um bar muito frequentado da cidade em que reside para ingerir bebida
alcóolica. Nessas ocasiões, habitualmente, Bruno é visto embriagado pelos demais frequentadores do
bar. Por volta das 22 h, ele costuma ir para sua casa, de forma que esse comportamento não afeta o
seu desempenho profissional.
Assertiva: Nessa situação, a embriaguez habitual de Bruno fora do ambiente de trabalho não fere o
CEPSPC, uma vez que se trata de conduta do dia a dia da vida privada, que não pode afetar o seu
bom conceito na vida profissional.
A Certo.
B Errado.
4 001261702
Questão 105 Código de Ética do Servidor Público Civil do Executivo Federal Decreto n 117 11994
Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal Decreto n 60292007
Com base no Código de Ética Pro ssional do Servidor Público. (Civil do Poder Executivo Federal
(CEPSPC), julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Carlos, servidor público federal, com o objetivo de realizar uma doação a uma
instituição de caridade que se encontrava em péssima situação nanceira, pleiteou auxílio nanceiro
do representante de uma empresa multinacional como condição para cumprir sua missão, o ser
atendido em seu pleito pela empresa, Carlos aprontamento concretizou a doação no valor integral
que havia recebido
Assertiva: Nessa situação, tendo em vista que Carlos não reteve para si qualquer quantia da doação
recebida, sua atitude encontra respaldo no CEPSPC.
A Certo.
B Errado.
4 001261697
Questão 106 Código de Ética do Servidor Público Civil do Executivo Federal Decreto n 117 11994
Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal Decreto n 60292007
Com base no Código de Ética Pro ssional do Servidor Público. (Civil do Poder Executivo Federal
(CEPSPC), julgue o item que se segue.
O servidor público não poderá, em Hipótese alguma, desprezar o elemento ético da sua conduta,
Assim, ele não terá apenas que decidir entre o legal € o ilegal, o conveniente e o inconveniente, mas
principalmente entre o honesto e o desonesto, à luz das regras constitucionais,
A Certo.
B Errado.
4 001261693
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
A Certo.
B Errado.
4 001261691
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
Por constituir um substantivo, o termo “bem-estar”, empregado no segundo parágrafo, poderia ser
grafado, em conformidade com a ortografia oficial, sem o hifen: bem estar.
A Certo.
B Errado.
4 001261690
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
O emprego das vírgulas após os trechos “De acordo com o último relatório da Organização
Internacional do Trabalho (OIT)” (no segundo período do primeiro parágrafo) e “Conforme de nição
da OIT” (no início do segundo parágrafo) justifica-se pelo mesmo motivo.
A Certo.
B Errado.
4 00126168 9
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
No início do quarto parágrafo, a expressão “Por outro lado” desempenha papel de reforço da coesão
textual e poderia ser substituída, sem prejuízo semântico ao texto original, por Inversamente.
A Certo.
B Errado.
4 00126168 8
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
A Certo.
B Errado.
4 00126168 7
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
Seria mantida a correção gramatical do texto caso o termo “analisado’ (quarto parágrafo) fosse
exionado no feminino — analisada —, dada a possibilidade de sua concordância com o termo
subsequente “crise”, com o qual estabelece relação sintático-semântica.
A Certo.
B Errado.
4 00126168 6
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
Seria preservada a coerência das ideias do texto se, no segundo parágrafo, a expressão “na medida
em que” fosse substituída pelo vocábulo pois.
A Certo.
B Errado.
4 00126168 2
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
No terceiro parágrafo, o segmento “a ideia” (segundo período) retoma, por coesão, a “noção” descrita
no primeiro período.
A Certo.
B Errado.
4 00126168 0
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
No último parágrafo, a expressão “nas quais” poderia, sem prejuízo sintático para o texto, ser
substituída por cujas.
A Certo.
B Errado.
4 001261679
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
Em relação a aspectos estruturais do texto e às informações por ele veiculadas, julgue o item
subsequente.
A Certo.
B Errado.
4 001261676
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias,
nas quais mulheres desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos
e pessoas com de ciência. Para a minoria que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado
que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
Em relação a aspectos estruturais do texto e às informações por ele veiculadas, julgue o item
subsequente.
Por mencionar dados, articular depoimentos e expor argumentos, o texto con gura-se como
predominantemente descritivo.
A Certo.
B Errado.
4 001261675
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
Em relação a aspectos estruturais do texto e às informações por ele veiculadas, julgue o item
subsequente.
Ao con rmarem a forte dimensão emocional do trabalho de cuidados, os estudos relatados no texto
recomendam que esse setor da economia não seja assumido pelo Estado nem seja objeto de
mercantilização.
A Certo.
B Errado.
4 001261674
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
Em relação a aspectos estruturais do texto e às informações por ele veiculadas, julgue o item
subsequente.
A pro ssionalização do trabalho de cuidados nos últimos anos remodelou a essência do conceito de
cuidado.
A Certo.
B Errado.
4 001261673
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com
o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3
bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as
novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos
disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar
seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia
Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica
e Políticas de Paris, na França, identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de
arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis de dependências, como crianças, idosos e
pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em
outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois
tipos de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na
intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata
que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta
anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como
economia, antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção
ganhou corpo. Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade
nas situações de dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho
fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se
fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da
pesquisa levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na
sociedade, recaindo, de forma mais intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne,
nos Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o
trabalho de cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado
gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a
respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais
dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse
fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no
provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma
mercantilização desses serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de
instituições públicas de acolhimento, expansão de políticas de nanciamento, formação e regulação
do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa.
fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
Em relação a aspectos estruturais do texto e às informações por ele veiculadas, julgue o item
subsequente.
A Certo.
B Errado.
4 001261672
Respostas:
1 B 2 A 3 B 4 A 5 B 6 A 7 A 8 B 9 A 10 A 11 B
12 B 13 B 14 B 15 B 16 A 17 A 18 A 19 B 20 B 21 A 22 B
23 A 24 B 25 A 26 A 27 B 28 A 29 B 30 B 31 B 32 A 33 B
34 B 35 B 36 B 37 A 38 A 39 A 40 A 41 A 42 A 43 B 44 B
45 B 46 B 47 B 48 A 49 A 50 A 51 A 52 A 53 B 54 A 55 B
56 A 57 B 58 A 59 A 60 B 61 B 62 B 63 A 64 A 65 B 66 A
67 B 68 B 69 B 70 A 71 A 72 B 73 B 74 A 75 B 76 A 77 B
78 A 79 B 80 A 81 A 82 B 83 B 84 A 85 A 86 B 87 B 88 B
89 B 90 A 91 A 92 A 93 A 94 B 95 A 96 B 97 B 98 A 99 B
100 B 101 A 102 A 103 B 104 B 105 B 106 A 107 B 108 B 109 A 110 B
111 A 112 B 113 A 114 A 115 A 116 B 117 B 118 B 119 B 120 A