Curso de Magia - Jose Roberto Romeiro Abrahao
Curso de Magia - Jose Roberto Romeiro Abrahao
Curso de Magia - Jose Roberto Romeiro Abrahao
O Autor tem estudado e pesquisado todas as formas de ocultismo, tendo sido consagrado
Babalaô (cargo máximo dentro dos Cultos Afro) em 1988, após longa vivência no Candomblé, e
ter se associado a diversas entidades de cunhos regional, nacional e internacional, como o
Institute of Noetic Sciences (EUA), American Association of Electronic Voice Phenomena
(EUA), Amis de lã Radiesthésie (França), The Radionic Association (Inglaterra), Orunmila
(Nigéria), RGS (Suíça), entre tantas outras.
É o "Frater Superior" e "O.H.O - Outer Head of the Order - Cabeça Externa da Ordem, para
o mundo todo, da O. R. C - Ordo Rosae Caelestis - Ordem da Rosa Celeste, uma Ordem
Hermética internacionalmente estabelecida, e de seu "círculo interno", a O.L.C. - Ordo Lotus
Caelestis - Ordem do Lotus Celeste.
J.R.R. Abrahão não dá consultas, porém ministra cursos e workshops sobre os assuntos
abordados nesta obra, além de outros temas esotéricos
O símbolo máximo da O.R.C., Ordem dirigida pelo Autor, é o ilustrado na capa desta obra:
a espada e a rosa, símbolo do tantrismo ocidental.
CURSO DE MAGIA de autoria do advogado e jornalista J.R.R.Abrahão é uma obra
pioneira na literatura esotérica, "... é um verdadeiro aliado na sua busca de esclarecimentos sobre
a Magia ...você, aprendiz de Mago, poderá se dar ao luxo de merecer saber alguns poderosos
segredos invioláveis que até há pouco tempo eram proibidos a meros mortais" (do prefácio de
Rita Lee) .
J.R.R. Abrahão foi parceiro Musical e Mágico de nosso saudoso Raul Seixas que, pelo
mesmo, nutria imenso carinho, tanto que lhe dedicou uma de suas mais belas composições, de
grande sucesso: Carpinteiro do Universo.
Para todos aqueles desejosos de conhecer o que J.R.R. Abrahão e Raul Seixas estudaram e
praticaram juntos, em se tratando de Magia, recomendo o livro CURSO DE MAGIA, pois é o
retrato fiel da convivência Mágica de ambos.
"Meu amigo J.R.R. Abrahão é um legítimo praticante da Ciência Sagrada e isso é uma
raridade hoje em dia!
Prestem atenção no que ele diz, pois seu trabalho é altamente recomendável."
"Como membro dedicado de nossa Ordem, por vários anos, devido à capacidade e
inteligência, passo-lhe, assim, a posição de Frater Superior e O.H.O. de nossas Ordo Rosae
Caelestis e Ordo Lotus Caelestis, ficando o prezado amigo Frater R. como meu legítimo
sucessor. Leve adiante nossa mensagem de Amor, pois Amor é a Lei, mas Amor sob forte
Vontade".
Este livro é dedicado à memória de FRANZ BARDON, que o inspirou.
Primeira Parte -
Capítulo
Magia - Algumas Definições Importantes
Capítulo
As Egrégoras Coletivas e a Hierarquia dos Deuses Internos do Homem
Capítulo
Definições Básicas das Entidades "Quem é Quem"
Capítulo
Paramentos da Magia Cerimonial
Capítulo
O Que Caracteriza os Paramentos da Magia Evocativa Cerimonial
Capítulo
Paramentos da Magia Ritual - Serventia e Simbolismo
Capítulo
A Operação mais Importante da Magia: O contato e o Conhecimento do Anjo da Guarda, a
Natureza do Amante Secreto, do Augoeides, de Choronzon e do Habitante do Umbral
Capítulo
Breve Introdução à Radiônica - O Que São Máquinas Radiônicas
Segunda Parte -
Capítulo
A Prática da Evocação Mágica
Capítulo
Pentagramas, Hexagramas e Outras Estrelas
Capítulo
Invocação Mágica
Capítulo
A Invocação de uma Entidade
Capítulo
A Prática da Criação de Egrégoras
Capítulo
Consciência de Ser Deus
Capítulo
Conclusão: 0 Que é Magia
Sabemos que as pérolas do Conhecimento não devem cair nas mãos de "porcos", nem
tampouco permanecerem prisioneiras eternas de "poseurs", que se auto-denominam Magos,
afinal, Deus é "deusmocrático"! De alguma maneira quis o Propósito Divino dar à raça humana o
livre arbítrio, grande pivô do "ciúme" entre anjos e demônios na sua Santíssima Hierarquia. O
que fazer pois com nossa vontade, nossos desejos? Castrálos? Policiá-los? Melhor é bem usá-los.
"Se Deus quisesse que a gente não quisesse, nos teria feito formigas", diz meu amigo JOSÉ
ROBERTO ROMEIRO ABRAHÃO neste seu livro "debut" Curso de Magia. Como usar nossa
vontade para transformar a vida é fazer uso do livre arbítrio, é fazer Magia. Você, aprendiz de
Mago, poderá se dar ao luxo de merecer saber alguns poderosos segredos invioláveis que até
pouco tempo eram proibidos a meros mortais. O Curso de Magia do ABRAHÃO é um
dicionário/almanaque transparente, salpicado de informações básicas, teóricas e práticas - um
verdadeiro aliado na sua busca de esclarecimentos sobre a Magia. É claro que você também terá
a responsabilidade e o cuidado de não deixar estas pérolas ao alcance de quem ainda não saberia
apreciar este nível de Conhecimento, não é mesmo? Aliás, fosse na Idade Média, seríamos todos
queimados nas fogueiras da Inquisição com este Curso de Magia debaixo do braço... Eu, hein (e
o nome da) Rosa! Foi-se o tempo em que Magia, a arte de modificar o mundo pela vontade
verdadeira, era coisa de gente esquisita e demoníaca. Estamos em plena era de Aquário, onde
toda curiosidade esotérica é pouca. Você precisa de informações para não meter os pés pelas
mãos mexendo com a "coisa" de uma maneira irresponsável. ABRAHÃO conta, sem pudores,
quem é quem dentro da Magia e de quebra nos oferece no final um suculento cardápio com the
best of dos grandes Mestres e Magos para quem queira mergulhar de cabeça na Magia. É que ele
sabe como ninguém que dificilmente alguém lê seu Curso de Magia e pára por aí. O legal
também é que o ABRAHÃO não tem a postura nose in the air dos gurús, muito menos ostenta
ser dono da verdade. Ele generosamente passa para você seus vinte anos de estudos,
selecionando la creme de la creme de la Magie. Tudo sem culpa nenhuma e em nome do Desejo
Maior. Você sabe como se proteger? Sabe como fazer rituais sem correr risco? Sabe como usar
de suas "armas" para a cura? Quais são as sutis diferenças entre Voodoo, Candomblé, Umbanda
e Quimbanda? Que tal aprender a distinguir seu Eu Superior do seu Anjo da Guarda?
O Mago respeita sua própria vontade não como mero capricho e sim fazendo uso de sua
imagem e semelhança de Deus Pai-Mãe.
O que é "MAGIA"?
Como dizia Aleister Crowley (1875-1947), o famoso e controvertido Mago inglês, "Magia é
a Ciência e a Arte de provocar mudanças de acordo com a Vontade". Portanto, Magia é a ciência
e a arte de provocar mudanças, que ocorrem em conformidade com a vontade.
Segundo o mesmo Aleister Crowley, elas ocorrem no mundo material, portanto, no plano
físico. Segundo Dion Fortune, uma das mais conhecidas ocultistas britãnicas deste século,
porém, essas mudanças ocorrem na consciência individual do Mago.
De qualquer corrente que abracemos, temos três coisas distintas e de suma importância:
1) não importa qual definição usada para "Magia", o resultado real é o mesmo;
3) Magia funciona.
Para se ter uma idéia mais ampla do que exprime a palavra "Magia", devemos separá-la da
feitiçaria ou bruxaria. E como fazê-lo? Simples. Na feitiçaria/ bruxaria, não se compreende a
forma de operação dos Elementos da natureza, não se busca desenvolver adequadamente e de
forma equilibrada o conjunto de qualidades herméticas do homem (e da mulher), além do que se
busca nos elementos materiais mais densos (pedras, folhas, fogo material, etc.) a essência dos
Elementos dos quais emanam. Quer dizer, usa-se uma fogueira para atrair a energia do Elemento
Fogo, e assim por diante.
Para termos a Magia bem definida, deveremos compreender que a mesma não se divide
simplesmente em "branca" ou "negra", egoísta ou altruísta, e outras definições de cunho moral:
divide-se, isto sim, em DOGMÁTICA e PRAGMÁTICA.
DOGMÁTICA é a forma de Magia que faz uso de símbolos alheios aos pessoais,
simbologia essa díspar daquela pertencente ao sub-consciente do operador.
É a forma de Magia ensinada nas obras tradicionais do assunto, e nas Escolas idem.
PRAGMÁTICA é a que faz uso apenas dos símbolos pessoais, do fator de ressurgência
atávica, do simbolismo presente no sub-consciente do operador.
Os dois tipos de Magia, Dogmática e Pragmática, podem estar presentes em quaisquer dos
Níveis Operacionais de Magia, como veremos abaixo:
A) Evocação;
B) Divinação;
C) Encantamento;
D) Invocação;
E) Iluminação.
Os "Cinco Atos Mágicos Clássicos" podem estar presentes nos "Cinco Níveis de Atividade
Mágica":
2) Os "Cinco Níveis de Atividade Mágica":
A) Feitiçaria;
B) Shamanismo;
C) Magia Ritual;
D) Magia Astral;
E) Alta Magia.
Para definir melhor o que foi dito nos dois itens acima, vejamos a seguir breves definições
de ambos: (versão livre do "Liber KKK', contido na obra "Liber Kaos", de autoria de Peter James
Carroll).
"Nível de Feitiçaria"
- Divinação - um modelo simples do universo é preparado pelo Mago, para usá-lo como
ferramenta divinatória; Runas parecem adequadas; Geomancia é o ideal; I-Ching e Tarot são
bons também; usar bastante, em todas as situações, mantendo um diário com todos os resultados
obtidos sendo anotados.
- Encantamento - para essa função pode-se utilizar uma série de instrumentos, mas em
especial deve-se obter uma ferramenta especial, de significado distinto para o Mago; para fazer o
encantamento, o Mago faz uma representação física do objeto do desejo, usando as ferramentas
mágicas para realizar a teatralização do ato; por exemplo, o bonequinho representando a pessoa,
é batizado ou coisa que o valha, depois roga-se pragas sobre o mesmo, então se espeta ele todo
com alfinetes, representando ferimentos na vítima.
- Invocação - aqui o Mago testa os limites de sua habilidade de criar mudanças arbitrárias
causadas por modificações estudadas do ambiente e de comportamento; por exemplo, decorar
todo o Templo como se fosse um Templo de um Deus Egípcio, vestir-se como tal Deus,
personificando-o durante determinado período de tempo. É o que os iniciados fazem quando
"incorporam" seu Orixá.
"Nível Shamânico"
- Evocação - o Mago busca estabelecer uma visualização de uma entidade por ele projetada,
para realizar seus desejos; muitas vezes, pode-se visualizar a mesma Entidade que se "assentou"
no nível de feitiçaria. Pode-se interagir com essas entidades em sonho, donde se tira o conceito
do "parceiro astral".
- Divinação - consiste, basicamente, em visões respondendo a questões específicas; o Mago
interpreta a visão de acordo com seu simbolismo pessoal.
- Encantamento - o Mago tenta imprimir sua vontade no mundo exterior por uma
visualização simbólica ou direta do efeito desejado.
- Evocação - o Mago pode evocar a Entidade já trabalhada nos dois níveis anteriores, ou
então qualquer outra. Em geral, um sigilo desenhado em papel, simbolizando a Entidade
evocada, é o que basta para criar o vínculo necessário entre a mente do Mago e a Entidade que se
deseja evocar.
- Divinação - qualquer instrumento de divinação serve, mas o Mago deve, antes da prática,
sacralizar os instrumentos da divinação, por meio de algum tipo de prática. Métodos complexos
servem tão bem quanto os simples, mas uma atitude da mente, mantendo um estado de
consciência algo alterado, é imprescindível.
- Encantamento - aqui entram em ação as "Armas Mágicas", que variam de acordo com o
Mago, dentro, é claro, de um simbolismo universal. A concentração deve ser no ritual, ou no
sigilo, ao invés de na realização do desejo; o sigilo é traçado com a ferramenta mágica, no ar, e a
mente é levada a um estado alterado de consciência. Assim, entra em ação a mente inconsciente,
mais poderosa nessas operações.
- Invocação - o Mago busca saturar seus sentidos com as experiências correspondentes a, ou
simbólicas de, alguma qualidade particular que busca invocar; no caso, pode ser dos Arquétipos
Universais, através da decoração do Templo e de sua pessoa com cores, aromas, símbolos,
pedras, plantas, metais e sons correspondentes aquele Arquétipo desejado. O Mago tenta ser
"possuído" pela Entidade em questão; as clássicas Formas-Divinas ou Posturas-Mágicas tem uso
aqui; antes de qualquer Evocação Mágica, o Mago deve Invocar Deus, tornando-se ele.
"Nível de Alta-Magia"
As operações neste nível são elevadas, devendo ser praticadas somente por quem já seja um
Iniciado pelo sistema de Franz Bardon; as OPERAÇÕES neste nível são as cobertas pelos três
trabalhos subseqüentes de Franz Bardon (Frabato The Magician; The Practice Of Magical
Evocation, The Key To The True Quabbalah) .
2) Sacrifício Vital;
3) Orgasmo Sexual.
Deste Sistema propagou-se o uso de Sigilos e Pantáculos, bem como ressurgiu o interesse
pela Cabala, Numerologia, Astrologia e Geomancia. Além disso, sua interpretação e
simplificação do Sistema-dos-Tattwas do livro "As Forças Sutis da Natureza" de autoria de
Rama Prasad, permitiu uma grande abertura. Uma das mais importantes adições ao ocultismo
ocidental, dada pela Golden Dawn, foi através de seu método de "Criação de Imagens
Telesmáticas" (sobre o assunto, ver o texto relativo ao mesmo).
Aleister Crowley foi iniciado na Golden Dawn; associou-se, após abandonar a mesma, com
a A.:A.: (ARGENTUM ASTRUM, ESTRELA DE PRATA), também chamada de GRANDE
FRATERNIDADE BRANCA, e com a O.T.O. (ORDO TEMPLI ORIENTIS, ORDEM DOS
TEMPLOS DO ORIENTE), as quais ele moldou de acordo com suas crenças e convicções
pessoais. Muitos confundiram Thelema com Satanismo, o que é um imenso engano. Há muitas
Ordens Thelêmicas, como a O.R.M (Ordo Rosae Misticae), por exemplo, que seguem a filosofia
básica, mas com ditames próprios - como utilizar uma "Árvore da Vida" com doze "esferas"
(fora Daath), o que resulta num Tarot com 24 Arcanos Maiores.
Há, porém, uma cisão da O.T.O, a O.T.O.A. (Ordo Templi Orientis Antigua, Ordem dos
Templos do Oriente Antiga), ocorrida quando Aleister Crowley assumiu a "direção" da O.T.O.
mundial; a O.T.O.A. mantém-se fiel à tradição pré-crowleyana, contendo em seu cabedal muitos
ensinamentos do VUDÚ Haitiano. A O.T.O.A. é dirigida por Michael Bertiaux, cuja formação
mágica é Franco-Haitiana. Foi ele, aliás, quem introduziu os ensinamentos de Crowley na
O.T.O.A., tornando-a, assim, uma das Ordens Mágicas com maior quantidade de ensinamentos a
dar. A O.T.O.A., além das Correntes citadas acima (Draconiana, Ofidioniana e Tifoniana),
também faz uso da Corrente Aracnidoniana. O sistema da O.T.O. também funciona por graus,
indo desde o grau I° até o VII°, com muita teoria; daí, vem os graus realmente operativos, o VIII
° (Auto-Magia Sexual), o IX° (Magia Heteroerótica) e o XI° (Magia Homoerótica); existe ainda
o grau X°, que não é porém um grau mágico, mas político-administrativo, sendo seu portador
eleito pelos outros portadores dos graus IX° e XI° (o candidato a grau X deverá ser um deles),
tornando-se o líder nacional da Ordem. Aleister Crowley era portador do grau-mágico XI° da
O.T.O..
É um sistema importante que foi aproveitado por quase todas as Ordens Ocultas hoje em
atividade.
SISTEMA SANGREAL:
criado pelo famoso ocultista William G. Gray, é um Sistema que busca fundir a Tradição
Ocidental em suas principais manifestações: a Cabala e a Magia. Na verdade, a Cabala aqui
abordada é a teórica, que aliás é utilizada em todas as Escolas de Ocultismo, exceto aquelas que
abraçam o Sistema de Cabala Prática de Franz Bardon, do Sistema Hermético. Apesar disso, é
um Sistema bastante completo e racional, que tem fascinado os mais experientes e competentes
ocultistas da atualidade. A obra de W.G.Gray é extensa mas não excessiva, o que contribui para
facilitar o estudo deste Sistema.
SISTEMA DE PATHWORKING:
idêntico em tudo ao Sistema dos Tattwas, exceto que utiliza-se desenhos relativos às Esferas
e Caminhos ("Paths", daí o nome) da Árvore-de-Vida, que é um hieróglifo cabalístico. Pode-se,
alternativamente, utilizarse de Sigilos de diversas Entidades (visando "viajar" para as paragens
habitadas por aquelas), ou até mesmo Vévés (Sigilos do Vudú), com a mesma finalidade - a
autoiniciação.
Na corrente da Igreja de Satã, não se prega o sacrifício animal, substituído pelo orgasmo
sexual; o sacrifício humano inexiste, ao menos com a pretensa vítima "ao vivo" - é aceitável
realizar um ritual visando a morte de outrem, que, então, será uma "vítima sacrificial", embora
não seja imolada num altar, á lá alguns Satanistas que praticam a imolação de pessoas. Portanto,
os Satanistas modernos podem vir a realizar sacrifícios humanos, desde que sejam apenas na
forma de rituais representados de forma teatral. Isto é, o sacrifício é de forma simbólica apenas.
O Satanismo de La Vey é um culto organizado, nada tendo a ver com os Satanistas que,
volta e meia, são manchete dos noticiários.
2) aqueles que praticam o mal pelo mal, estão realizando o trabalho de Satã, sendo, portanto,
seus servidores;
3) Satã recompensa seus servidores com poderes pessoais e facilita-lhes satisfazer e realizar
seus desejos.
Satanistas verdadeiros são raros, a grande maioria dos que se dizem tal são simplesmente
pessoas possuídas por forças desconhecidas que invocaram - e seu destino será a cadeia, o
manicômio ou a tumba, depois do suicídio.
As instruções dadas no famoso livro que ensina este Sistema não devem ser levadas a cabo
"ao pé da letra", de forma irrefletida; deve-se, porém, ter total atenção aos ensinamentos, antes de
colocar os mesmos em prática.
Como em todos os textos antigos, aqui também muita coisa está cifrada ou velada.
Deste poderoso Sistema apareceram inúmeras práticas com "quadrados mágicos" que nada
têm a ver com o Sistema ensinado nesta obra.
Para encerrar nossa abordagem sobre a Magia Enoquiana, um aviso: muito cuidado ao
pronunciar qualquer palavra no idioma enoquiano, pois as mesmas tem muita força, podendo
provocar manifestações nos planos sutis mesmo que as "chamadas" tenham sido feitas de forma
inconsciente ou inconsequente.
A Bruxaria é um misto de métodos de Magia clássica (Ritual, Sexual, etc.), com práticas de
Magia Natural (uso de velas, incensos, ervas, banhos, poções, etc.), cultuando Entidade Pagãs em
geral. Nada tem a ver com o Satanismo. Bons exemplos do que podemos chamar de Bruxaria,
em língua portuguesa, estão no livro "BRIDA", de autoria de Paulo Coelho. Aquilo lá descrito
mostra bem o Sistema da Bruxaria, menos nítido, mas também presente nas suas outras obras.
Pena a insistência de algumas pessoas em condenar a bruxaria a um lugar inferior entre os
Sistemas Mágicos.
Sua origem remonta a Idade da Pedra, com inúmeras evidências disso em cavernas habitadas
nessa era. O Shamanismo moderno está ainda embrionário, embora suas raízes sejam profundas
e fortes. O Shaman é uma espécie de curandeiro, com poderes especiais nos planos sutis. O
Shamanismo caracteríza-se pela habilidade do Shaman entrar em transe com grande facilidade, e
sempre que desejado.
SISTEMA SOLAR:
aonde se busca, única e exclusivamente, o conhecimento e a conversação com o Anjo da
Guarda.
SISTEMA ZOS-KIA-CULTUS:
criado por Austin Osman Spare, o redescobridor do Culto de Priapo. É a primeira
manifestação organizada de Magia Pragmática. Baseia-se na fusão da Magia Sexual com a
Sigilização Mágica. A obra "Practical Sigil Magic", de Frater U.: D.: revela seus segredos. É um
Sistema eficiente, mas não serve para qualquer pessoa, somente para aquelas de mente aberta e
sem preconceitos. O motivo é simples: seu método de Magia Sexual é o conhecido como "Grau
V111°", na O.T.O., ou seja, a Auto-Magia Sexual.
Infelizmente, a Cabala das Runas perdeu-se para sempre na noite dos tempos. As Runas tem
origem totalmente Teutônica. As Runas tem se tornado um dos mais importantes alfabetos
mágicos, talvez devido a seu poder como elementos emissores de ondas-de-forma, talvez devido
à facilidade de sua escrita.
As possessões que ocorrem no VUDÚ (como no Candomblé, Lucumí e Santeria), são reais,
fruto da Invocação Mágica dos Deuses, Deusas e demais Entidades. Não se trata de uma
exteriorização de algum tipo de dupla-personalidade, nem de uma possessão por Elementares ou
por Cascarões Avivados (como normalmente ocorre em religiões que fazem uso das mesmas
práticas). A possessão no VUDÚ é um fenômeno completo e real. O Deus "monta" o indivíduo
da mesma forma que um ser humano monta num cavalo. As Entidades "sobem" do solo para o
corpo do indivíduo, penetrando inicialmente pelos seus pés, daí "subindo", e isso é uma sensação
única, que só pode ser descrita por quem já teve tal experiência. Cada LOA (Deus ou Deusa) do
VUDÚ tem sua personalidade distinta, poderes específicos, regiões de autoridade, além de
insígnias ou emblemas - vevés e ferramentas. Creio firmemente que uma fusão dos Cultos Afro
só trará benefícios a todos os praticantes da Ciência Sagrada.
Seu sistema procura englobar tudo quanto seja válido e prático em Magia, descartando tudo
quanto for mais complexo que o necessário. Caracteriza-se por não ter preconceitos contra
nenhuma forma de Magia, desde que funcione!
muito parecido com o sistema de Magia da O.T.O. (Thelêmico), centralizando suas práticas
na Magia Sexual (em especial nas práticas de Mão Esquerda), na Magia Ritual e na Magia
Eletrônica, conta, porém, com uma distinção fundamental do sistema pregado por Aleister
Crowley: enquanto na O.T.O busca-se a fusão com a Energia Criadora, através da dissolução do
ego, na Fraternitas Saturni (FS) busca-se elevar o espírito humano a uma condição de Divindade,
alcançando o mesmo estado que o da Divindade cultuada: LÚCIFER, a oitava superior de
SATURNO, cuja região central é o DEMIURGO, e cuja oitava inferior é SATÃ, SATAN,
SHATAN ou SATANÁS (e sua contra-parte feminina, SATANA). Portanto, Lúcifer e Satã são
entidades distintas.
Muitas Escolas de Ocultismo, que utilizam a Cabala como parte de seus ensinamentos, o
fazem utilizando a chamada Cabala Teórica, que baseia-se no hieróglifo da Árvore da Vida e
suas atribuições. Poucas Escolas utilizam a Cabala Prática, como ensinada por Franz Bardon. As
diferenças entre a Cabala Prática e a Teórica são muitas, mas, como principal distinção, na
Cabala Teórica o enriquecimento pessoal é apenas a nível teórico, isto é, intelectual, enquanto
que na Prática se aprende, se compreende, se vive a realidade do Misticismo das Letras. O
mesmo conhecimento que foi utilizado para criar tudo quanto existe no Universo. É
simultãneamente Dogmático e Pragmático.
MAGIA ELETRÔNICA:
é uma forma "acessória" da Magia Ritual, utilizandose de paramentos do tipo "Bobina
Tesla" ou "Gerador Van De Graff', para gerar poderosas energias visando potencializar os rituais.
Os métodos utilizados para a detecção das energias são nitidamente Pragmáticos, uma vez
que fazem uso de pêndulos (radiestesia) ou das placas-de-fricção (sistemas sujeitos à Lei das
Sincronicidades, de Carl Gustav Jung).
O "coração" do sistema Radiônico, porém, não é seu método de detecção (uma vez que há
aparelhos sem nenhum sistema de detecção, como a Peggotty Board, ou Tábua de Cravilhas),
mas seu sistema de índices.
Assim, quando se utiliza índices desenvolvidos por outras pessoas, se está operando no
sistema Dogmático, apesar de que os números presentes nos índices são sempre comuns à mente
de qualquer operador - mas as seqüências em que eles aparecem, que formam os índices, o fazem
de forma desconhecida ao subconsciente do operador, portanto de forma Dogmática.
Quando, porém, fazemos uso de índices que sejam fruto de nossas próprias pesquisas ou
experiências, trabalhamos, então, de forma Pragmática.
SISTEMA DO CANDOMBLÉ:
muito parecido com o Sistema do Vudú, mas simplificado. Na verdade, o Candomblé é um
culto aos Deuses e Deusas do panteão Nagô, aonde predomina a Magia Natural, com grande
ênfase nos sacrificios animais, na criação de Elementares Artificiais e em outras tantas práticas
mágicas - como os banhos de ervas, o uso de pós mágicos, etc. - , além de Evocações e
Invocações das Divindades cultuadas. É um Sistema de grande potencial, infelizmente tornado,
ao longo dos anos, inferior ao Vudú, do ponto de vista iniciático.
SISTEMA DA UMBANDA:
consiste na Invocação de Entidades de um panteão próprio e extremamente complexo,
visando obter os favores das Entidades "incorporadas"; também existe a Evocação quando se faz
"oferendas" de coisas diversas para as Entidades. É basicamente um culto de "Magia Branca".
SISTEMA DA QUIMBANDA:
muito parecido com o Sistema da Umbanda, somente que aquí se trabalha com Entidades
demoníacas; é basicamente um culto de "Magia Negra".
SISTEMA DA WICCA:
um aprimoramento do Sistema de Feitiçaria, a Wicca é uma religião muito bem organizada e
sistematizada, sendo que nela se aboliu a prática de sacrificios animais, que era frequente na
Feitiçaria. Há um ramo mais elitizado da Wicca, a Seax-Wicca, dos seguidores de Gerald
Gardner, que busca aprimorar a Wicca, transformando-a num culto menos dogmatizado que a
Wicca tradicional.
- SISTEMA MAATIANO: criado por dissidentes da O.T.O., tem uma visão mais moderna
da Magia Sexual. Sua visão sobre o grau XI° é particularmente distinta.
- SISTEMA DE EULIS: criado por Pascal Beverly Randolph, um iniciado entre os Aluítas,
é um método científico de Magia Sexual ocidental, muito poderoso e perigoso. Seu criador era
médico, e cometeu suicídio após muitos problemas na vida - era mulato, político liberal,
libertino, residente nos Estados Unidos. No século XIX!
- SISTEMA ZOS-KIA: criado por Austin Osman Spare, consiste no uso mágico da "Auto-
Magia Sexual" ou "Auto-Amor". É também um Sistema muito potente e
perigoso. Seu criador, talentoso artista plástico, morreu esquecido e quase na miséria. Veja
em verbete próprio.
Por esta razão, eles (os Deuses Menores) são tratados com respeito, mas nunca com
reverência ou louvação.
O hermetista, o mago, ou quem aspira sê-lo, não deve cometer o sacrilégio de orar por um
dos Deuses Menores, que fazem, em conjunto, a Hierarquia dos Deuses Internos do Homem,
uma das doze hierarquias que governam o universo, como nós o concebemos.
Os Deuses são ferramentas que devem ser utilizadas pelo mago com a autoridade da Luz,
sendo que a Luz é a emanação primária; todas as coisa lhe são subservientes.
O homem não precisa curvar-se à ser algum, não importando quão terrível seja sua
aparência. Essas formas horripilantes derretem-se, como cera quente, quando atingidas pela luz.
Suas essências são os sonhos do imanifesto, suas formas são os sonhos da humanidade.
Deuses não são jamais criações individuais; são, sempre, o trabalho da mente coletiva de
uma sociedade.
Apesar de terem sua formas criadas pelo desejo (consciente ou inconsciente) das pessoas, os
Deuses não são uma mera ilusão, mas aspectos da manifestação da criação coletiva de que
falamos acima, que a sociedade em questão reconheceu e magicamente cercou, cristalizando-a
em formas distintas com motivos compreensíveis.
O que a humanidade chama de suas criações são, na verdade, criações da Luz do Imanifesto
agindo através dos seres humanos, da mesma forma que a luz física brilha e atravessa um prisma
de material transparente no universo manifesto.
Quando os homens e as mulheres começaram sua louvação a Thor, eles não inventaram os
atributos da entidade - o trovão e o relãmpago, força, coragem, fúria, destruição - mas
reconheceram o princípio comum atrás dessas qualidades e "focaram" isto numa forma com um
nome e uma aparência humana.
Sendo assim, Thor já existia antes dos seres humanos apareceram, não sendo, porém,
simbolizado como um guerreiro com os cabelos negros, olhos firmes, musculatura hercúlea,
portando um machado com dois gumes (por vezes um martelo com duas pontas).
Pelo poder da divina providência que estava com eles, os indivíduos tomaram esse
simbolismo do imanifesto, de forma a compreender e controlar as forças desse Deus.
O que fizeram foi prover um veículo através do qual as forças existentes subjetivamente
pudessem expressar-se para a raça humana. Dando a Thor uma forma humana, os nórdicos de
outrora deram, às forças existentes, qualidades as quais, de outro modo, não possuiriam.
O Thor pré-humanidade não tinha nada em comum com os afazeres humanos, seus prazeres
ou sofrimentos.
Era um Princípio da Natureza, um concurso natural de forças que, quando moldado numa
forma humana, poderia ser acessível em linguagem humana e responder a nível inteligível por
quem o questionasse.
São mais pois detêm incomensurável poder natural, são eternos e indestrutíveis, ao menos
em termos humanos.
Mesmo que toda a humanidade pare de pensar nos Deuses, aquele concurso de forças que
proveu o foco para o Deus permanecerá, pronto a receber um novo nome e novo simbolismo, de
alguma outra cultura futura.
Homens não criam Deuses, apenas dão-lhe nomes - mas é através destes nomes que
ganhamos poder sobre os Deuses.
O complexo nome de um Deus engloba sua forma, seus desejos, seus atributos, suas
habilidades e limitações; é um tipo de magia que circunda e vincula o Deus à vontade do grupo
que lhe deu expressão.
Eis o motivo pelo qual é dito freqüentemente que os Deuses dependem da devoção e
sacrifícios de seus seguidores, sem o que eles desvaneceriam.
As pessoas que dão nomes aos Deuses são, ao mesmo tempo, servidores e mestres desses
Deuses, pois, pela negação, esses Deuses, seriam mandados para o domínio das forças-cegas da
natureza, das quais a energia em questão brotou.
É frequente que, mesmo no mais rico e variado panteão de Deuses - Menores, encontremos
uma divindade superior, quase (ou completamente) indefinível, que foi relegada a um segundo
plano, isto é, o da religiosidade.
Mas esse caminho de mentirinha, que afasta o ser humano do estrada da evolução cósmica,
não se limita aos que louvam "Deuses", mas a todos os que louvam qualquer outra egrégora. E o
que é mesmo uma egrégora? A mesmíssima coisa que "Deuses-Menores" apenas não possuindo
forma humanóide nem nome. Como exemplo, temos as egrégoras formadas em torno de todas as
artes divinatórias. Em algumas formas de divinação (Geomancia, Jogo-dos-Búzios, Opelê-ifá,
etc.) há uma "convenção mental", da mesma forma que algumas das "Ciências Experimentais"
(Radiestesia, Radiônica, etc.).
Essas "convenções mentais" permitem que o praticante alcance o nível de sua percepção
extrasensorial.
A convenção mental é ir passando ou esfregando uma das mãos numa placa, na máquina, até
sentir, no dedo utilizado, uma sensação de travamento ao movimento imprimido.
É dessa forma que o radionicista (praticante da Radiônica) atinge seu nível de percepção
extra-sensorial.
De que serviria conhecer só a parte nefasta? A egrégora só tem função como ferramenta,
neste caso, da busca da harmonia, do equilíbrio perdido.
Nos cultos aos Deuses, os praticantes submetem-se às egrégoras de forma objetiva. Mas, na
astrologia, os praticantes e consulentes submetem-se a ela subjetivamente, e ambas as situações
são identicamente nefastas.
Pois a astrologia dista tanto da realidade astronômica, que o que atua nos seres vivos e coisa
inanimadas não são as influências planetárias e estelares, mas as influências de uma poderosa e
complexa egrégora que atua conforme foi, e constantemente é, programada.
Ridículo é comparar as duas coisas, pois a astronomia estuda as posições dos astros celestes
enquanto a astrologia estuda a movimentação e minúcias complexas de uma egrégora caprichosa
e multifacetada, que se move e interage a todo instante.
Mas, o mais importante, é saber que, se fossem as influências dos astros celestes com que
lidássemos em astrologia, seria algo mais complexo para mudar, se possível fosse.
Como, porém, trata-se de uma egrégora, tudo é mutável através de práticas mágicas.
É como no jogo-de-búzios: uma tragédia preconizada pode ser evitada por procedimentos
mágicos.
É pelo exposto que se compreende o motivo pelo qual as previsões feitas dentro de uma
egrégora de ciência experimental tem maior precisão e envergadura mais abrangente do que
aquelas feitas dentro das chamadas artes divinatórias, pois, nas primeiras, fica em realce o
enfoque científico e nas últimas o místico; além disso, previsões realizadas dentro de uma
egrégora de artes divinatórias tem maior precisão com indivíduo vinculados àquela egrégora
(consciente ou inconscientemente) e também com os que não tem vínculo a egrégora alguma, do
que com sujeitos vínculos a outras egrégoras.
OBSERVAÇÃO:
Este trabalho não diz respeito às "inteligências originais", quer cósmicas (positivas) ou
caóticas (negativas), que são reflexos puros da Luz (e das trevas); com reflexos puros quero dizer
que não passam pelo prisma que é o ser humano.
Igualmente, este material não trata das egrégoras individuais, ou seja formas-pensamento,
elementares, elementais-artificiais, larvas, fantasmas, vampiros, sombras, guardiões e outras
criações individuais, voluntárias ou involuntárias.
Todas as entidades espirituais emanam da Divina Providência. Portanto, toda entidade
espiritual é semelhante. Sua unidade é básica, suas diferenças são superficiais.
- Deuses - entidades espirituais de grande poder, criadas por uma cultura ou sociedade.
- Anjo - entidade espiritual dedicada ao serviço da Luz, à obra cósmica; é uma "inteligência
original".
- Demônio - entidade espiritual dedicada ao serviço do caos, no serviço das trevas; é uma
inteligência original oposta.
- Espírito planetário - entidade espiritual formada das qualidades de um único astro celeste, e
a este atada.
- Elemental artificial - o mesmo que elemental, mas criado pela mente humana, muitas vezes
inconscientemente. Pode ser benéfico ou maléfico.
- Elemental fabricado - quase a mesma coisa que o Elemental artificial, mas criado sempre
de forma consciente, normalmente com intenções maléficas.
- Familiar (ou Famaliá) - entidade espiritual que pode ser de uma grande variedade, desde o
"espírito" de um antepassado, aprisionado por meios mágicos, até seu "cascarão" avivado
magicamente, com o uso de uma entidade criada para esse fim. Em geral serve a uma pessoa, ou
a um grupo restrito de pessoas. A esse respeito, ler os trabalhos referentes a Egum, especialmente
os de autoria de Fernandes Portugal, Anthony Ferreira, Jorge Alberto Varanda e Luís de Jagum.
Os trabalhos de Fernandes Portugal (Yorubana), são os mais completos, mas talvez um pouco
herméticos para os não-iniciados no Candomblé. Vale conferir.
- Psichogone - elementar ou elemental-artificial criado por meio da Magia Sexual. Não confundir
com Íncubos e Súcubos.
Vampiro - entidades espiritual que suga vitalidades, à força, de seres vivos. Muitas seitas de
Magia Negra fazem uso deste tipo de Entidade, embora não exclusivamente delas (Kahunas,
Quimbanda, etc.).
Guardião - entidade espiritual criada conscientemente por alguém, para dar-lhe proteção (ou
a terceiros).
- Mensageiro - entidade espiritual que é a forma objetiva dos defeitos, imperfeições, vícios e
paixões individuais - é um "demônio espiritual" individual. Diferentemente de Choronzon (ver
adendo logo adiante), que mantem-se incógnito, invisível e caracteriza-se por ser um "mau-
conselheiro" ou "mau-anjo-da-guarda", numa alegoria ao indivíduo com um anjo pousado em
seu ombro direito e um demônio encarapitado em seu ombro esquerdo, o Mensageiro é uma
personificação positiva de nossos defeitos, vícios e paixões, de molde a que possamos contactá-
lo e conhecê-lo, manejando assim positivamente nossas imperfeições. Alguns ocultistas chamam
essa entidade de "Terror do Umbral", que é a mesmíssima coisa. A linha que separa o
Mensageiro de Choronzon é estreita e, muitas vezes, pouco perceptível; portanto, cautela. Para o
ritual de contactar o Mensageiro, veja o livro "O Diário de Um Mago", de Paulo Coelho. Outra
técnica de resultados semelhantes pode ser encontrada no livro "Praticas e Exercícios Ocultos",
de Gareth Knight (pag.28, O Guia da Meditação.); ao ler a técnica lá descrita, observe com
atenção a advertência.
- Demônio da Guarda - conceito difundido pelo ocultista italiano Frank G. Ripel, que indica
um "Espírito Guardião" que é a representação objetiva das "Correntes Tifonianas".
- Anjo da guarda - conceito difundido através da obra "A Magia Sagrada de Abramelin",
com uma conhecidíssima sigla em inglês (HGA), abreviatura do termo em inglês (Holly
Guardian Angel); esse conceito foi trazido ao público por S.L.MacGregor-Mathers, mas
popularizado por Aleister Crowley; entidade espiritual conhecida como Eu Superior - forma
objetiva do que em forma subjetiva podemos entender como a centelha divina que habita todo e
qualquer ser humano. Representa de forma objetiva as "Correntes Draconianas". Mas não é
simplesmente isso. Ver o adendo logo a seguir sobre o Augoeides e Choronzon.
A criação das imagens Telesmáticas pode ser comparada ao processo da vida. Começa com
um impulso inicial, utiliza-se de materiais e técnicas diversos, e então evolui num padrão que é
constituido de numerosos blocos completos. A Imagem Telesmáticas é uma fusão de forças,
desejos e EMOÇÕES às quais foi dada uma forma, através da vontade criativa do Mago. Possui
sua própria identidade e um senso de proposta de existência que gira em torno do motivo da
missão, que foi criada para cumprir. Uma vez criada, viva, teme a morte, e usará de todas as suas
limitadas habilidades para evitar a dispersão do seu ser. Quanto mais tempo viver, mais forte e
complexa ficará, pois continuará a sugar identidade do Mago que a criou. Não são criaturas só do
ego do Mago, sua natureza vem de Deus. Essas entidades espirituais tornam-se tão concretas
com o tempo, que são facilmente percebidas, ouvidas e até vistas, por pessoas que não sabem da
sua existência. Quando são formadas por um grupo de pessoas, de Magos, tornam-se a Egrégora
particular desse grupo, como ocorre com as Lojas Mágicas das inúmeras Ordens Iniciáticas, com
os Templos das mais variadas religiões, ou com as Máquinas Radiônicas.
- Larva - entidade espiritual criada por fortes emoções de uma pessoa, ou como seu servidor
pessoal mágico (criado então de forma consciente).
- Elementar - entidade espiritual criada por um indivíduo, como seu serviçal mágico (de
forma consciente). Pode ter as mais variadas formas e funções, até mesmo ser simbolizado como
um desenho ou letras agrupadas (Sigilo). Ver "Liber Null & Psychonaut", de Peter J. Carroll;
"Initiation into Hermetics", de Franz Bardon. Podem ser simplesmente "Artificiais" (criados
inconscientemente) ou "Fabricados" (criados de forma consciente).
- Fantasma - entidade espiritual que consiste num cascarão (cadáveres de corpo astral)
habitado por um tipo de larva - o que pode ocorrer de forma consciente ou inconsciente, isto é,
essa criação pode ser voluntária ou involuntária.
- Egrégora - forma-pensamento criada por um grupo de pessoas, que pode ser desde um
grupo de Magos de uma mesma Loja Mágica até uma comunidade toda, até mesmo uma
sociedade inteira. Segundo definem os Thelemitas, é uma forma-pensamento ou semelhante,
criada por um Mago, e adotada por outro ou outros.
- Vodun - cabe aqui o que foi dito sobre os Orixás, no item anterior, só que dizendo respeito
ao Candomblé de Nação Gege ou Gege-Mahim ou Gege-Marrim.
- Domovoi - Espírito da Casa, Egrégora das moradias, a parte Astral e Mental das
residências. Na Polonia costuma-se removê-lo quando se muda.
Egum - Cascarão de pessoas mortas, magicamente avivado, e então habitado por Entidade
criada artificialmente; manifesta-se no Candomblé.
- Guia - Espírito que "guia" o indivíduo em suas ações; pode "guiá-lo" para o bem ou para o
mal, para o sucesso ou para o fracasso.
- Santo Católico - Entidade Egregórica, Imagem Telesmática, criada pelos seus crentes.
Aliás, o mesmo pode ocorrer com as Entidades de Umbanda e Quimbanda, ao "divinizarem"
alguém; por exemplo, ZÉ PELINTRA.
- Igbá, Ibá, Assentamento - pote ou receptáculo semelhante, que serve de corpo físico para
Entidade criada artificialmente, com qualquer finalidade. Ver Imagem Talismãnica.
- Prenda - o mesmo que Igbá.
Observação
Nunca são benéficos mas prejudiciais. São essas entidades os habitantes das Qliphots.
É importante saber que a -"Hierarquia dos Deuses Internos do Homem" é mais uma das
hierarquias que governam o nosso Universo, nosso Sistema Solar; portanto, não é apenas uma
Egrégora, mas também uma hierarquia, da qual existem muitas.
Isto é, a operação mágica em questão atua tanto na psique do Mago, como no mundo
exterior.
Aos praticantes da Evocação Mágica, portanto, fica a sugestão de que trabalhem com essa
poderosa hierarquia da mesma forma que trabalham com qualquer outra.
Todos os riscos que se aplicam às outras Hierarquias, nesse tocante, valem aqui.
Segundo o Mestre Franz Bardon, o melhor e mais competente autor de obras sobre
Ocultismo, um Mago realmente bem treinado é capaz de praticar a Evocação Mágica sem o
auxílio de paramento algum.
Mas, como Magos experientes são raros hoje em dia, resolvemos listar os principais
paramentos mágicos, pois acreditamos que os implementos adequados são de grande valia para
todos os que experimentam a Magia.
Na realidade, os paramentos mágicos só tem valor quando o Mago conhece plenamente seu
simbolismo, pois os mesmos são apenas auxílios para a consciência e a memória do Mago.
Donde se conclúi que todo o poder que possam acumular ditos instrumentos emanam do
Mago.
Dirigindo sua atenção para determinado instrumento, as faculdades e poderes por esse
instrumento simbolizados são trazidos à mente consciente do operador.
Portanto, quando o Mago utiliza, em seu trabalho cerimonial, determinado instrumento, ele
obtém o contato desejado, sem qualquer esforço especial de sua parte.
Cada implemento mágico representa forças espirituais, leis e qualidades, e esta introdução
ao assunto pretende ser breve, mas não superficial.
O Mago que dispõe de todos os paramentos para a Magia Cerimonial deverá ser bastante
reservado em tudo que diz respeito aos mesmos.
Isto equivale a dizer que pouco deverá ele comentar sobre seus instrumentos, com quem
quer que seja.
Somente o Mago deverá tocar seus instrumentos, já que basta um olhar profano para
dessacralizar um instrumento mágico já consagrado.
Aliás, após a consagração, só deverão, esses instrumentos, serem tocados - ou vistos - pelo
seu dono; este só deverá manuseá-los quando estiver pronto para executar seu trabalho mágico.
Instrumento algum deverá, após consagrado, ser usado para qualquer função que não a
prática da Magia Cerimonial.
O Mago somente deverá manusear seus implementos quando estiver limpo, de corpo e alma;
isto é, quando todas influências externas já tiverem sido lavadas (no sentido real e figurativo),
poderá o Mago usar seus instrumentos mágicos.
Somente após ter tomado seu banho, estando então vestido com roupas de baixo limpas e
reservadas ao trabalho ritual (se possível tudo em sêda, e na cor adequada ao ritual), é que poderá
pegar suas ferramentas.
Apesar que meias, cuecas e calcinhas em sêda não são obrigatórias para o trabalho ritual,
recomando-as. Ou se usa o melhor, ou não se usa nada.
Tudo isso demonstra, da parte do Mago, uma atitude de respeito com relação aos seus
implementos mágicos.
E quanto maior for seu respeito por esses instrumentos, maior será o poder acumulado nos
mesmos.
Pois é muito importante que o Mago tenha, por seus instrumentos, o maior respeito e
carinho.
Na realidade, cada um dos implementos em questão deverá ser tratado como verdadeira
relíquia religiosa.
Pelo fato de que cada instrumento simboliza as mais divinas leis, cada instrumento é
realmente uma relíquia do poder cósmico.
Daí se conclúi que o Mago só deverá tocar seus implementos cerimoniais quando estiver
totalmente pronto para levar adiante sua operação mágica.
Somente nas mãos de um Mago que conheça plenamente o simbolismo universal e esteja
consciente do dito nas linhas acima é que os instrumentos da Magia Evocativa darão os
resultados desejados.
E os paramentos da Magia Ritual deverão ser consagrados, isto é, dedicados às suas funções
específicas, com o que se tornarão efetivos, mesmo que séculos se passem desde sua última
aplicação.
TRIDENTE - ídem Adaga, porém adeqüada somente ao trabalho com Entidades negativas.
TÚNICA - simboliza a proteção do Mago contra influências externas; deve ser longa e
confeccionada em sêda, fechada de cima a baixo.
DIÁRIO MÁGICO - caderno para que sejam relatadas todas as operações mágicas.
O Augoeides pode ser definido como o mais perfeito veículo do KIA (centelha-divina que
nos habita) no plano da dualidade.
O Sagrado Anjo da Guarda, Holly Guardian Angel ("HGA") em inglês, é o nosso poder de
consciência, Magia e Gênio.
Nós temos a pesarosa capacidade de ficarmos obsediados com meros produtos de nosso
próprio gênio, crendo, por engano, ser o próprio Gênio legítimo, não uma criação nossa.
Os efeitos colaterais dessa obsessão tem um nome genérico, CHORONZON, ou, ainda
DEMÔNIOS CHORONZON, pois seu nome é LEGIÃO. Louvar essas criações é aprisionar a si
mesmo na loucura, além de invocar desastres eventuais.
Para os que nada buscam, porém, também há uma nefasta criatura espreitando: o
HABITANTE DO UMBRAL.
Para entender a envergadura desses problemas, basta conhecer o nome do Anjo da Guarda
junto ao Tantrismo: O Amante Secreto. Portanto, todas as fantasias pessoais, inclusive as
sexuais, têm origem na natureza e aparência dessa Entidade. Eis por que todas as anomalias e
desvios sexuais têm origem em seus "opostos", isto é, nos opostos do Amante Secreto.
O Santo Anjo da Guarda é o mais importante dos elos mágicos - e o único seguro - entre os
humanos e as "forças externas".
Aleister Crowley é extremamente claro ao afirmar que o Anjo da Guarda não deve ser
confundido com entidades nebulosas como o Eu Superior. Diz ainda que o Anjo da Guarda é um
indivíduo real, com seu próprio universo, assim como os seres humanos.
O Santo Anjo da Guarda não é uma entidade subjetiva, nem consiste numa forma de "oposto
da consciência" da pessoa. Seus reflexos, porém, podem constituir um potencial de ordem
distinta, que pode vir a ser interpretado como o "mal" (ou o "Anjo Mau"), potencial esse que
supera, em muito, o de qualquer ser humano.
Esse "Anjo Mau" ou "Mau Anjo da Guarda" é um habitante de uma Zona Intermediária
entre os universos humano e não-humano, e é o único intermediário, ou "ponte", entre esses dois
universos.
Esses dois universos, o Solar (ou Dévico), e o Terrestre (ou Assurico), são as Zonas
habitadas pelas correntes homônimas, portanto também são as Zonas aonde se situam os Eu
Superior e Eu Inferior, respectivamente.
O encontro de um ser humano com seu Anjo da Guarda dá-se na Esfera Cabalística de
Tipheret, esfera Solar na Árvore Cabalística.
Tipheret é o assento dessas duas consciências, e até que os seres humanos atinjam Tipheret,
permanecerão atados à Corrente Assurica de consciência.
Como conseqüência de não alcançarem Tipheret, os seres humanos não obterão uma
consciência real do mundo dévico, mas não tornar-se-ão imunes às radiações e vibrações dessas
regiões.
Por outro lado, o Santo Anjo da Guarda, cujo ponto de contato com os seres humanos é em
Tipheret, liga a consciência humana com as Esferas além do Universo Solar.
Tendo em vista o que foi dito acima, antes de se praticar a Evocação Mágica, o indivíduo
deve obter o conhecimento de seu Anjo da Guarda, fator imprescindível para que qualquer
operação mágica com Entidades externas não se transforme num fiasco, ou numa tragédia.
É importante ressalvar que o "HGA" é, na verdade, nosso "Deus Pessoal", nossa "Divindade
Pessoal", e não um Anjinho alado...
Esse "Guardião" que aconselha, protege, encaminha, induz e alerta seu "protegido" não é
nenhum anjo - é, isto sim, alguém desencarnado que recebe essa função quando do nascimento
de cada indivíduo.
Aliás, o único trabalho que aborda este assunto na extensão devida é o magnífico "Initiation
Into Hermetics" de Franz Bardon.
Neste sentido, de "protetor", o Anjo da Guarda está mais para "Guia" de Umbanda ou
Quimbanda, ou ainda para "Babá-Egum" de Candomblé, do que para uma Divindade pessoal.
E por falar em Candomblé, o que chamamos de "nossos Orixás" corresponde muito bem ao
conceito de "HGA". Mas não "o nosso Orixá", porém "os nossos Orixás", isto é, o conjunto de
Orixás - 2, 3, 4, 5, 6 e até 7 Orixás "combinados" - que formam o Arquétipo perfeito para que
efetuemos a união - a União com o Arquétipo - que não é outra coisa que a união com o HGA - o
Conhecimento e a Conversação com o Santo Anjo da Guarda.
Também fica claro que, enquanto os Elementares só podem executar tarefas simples, às
Inteligências cabem tarefas complexas.
As Originais tem mais poder e maior envergadura desse poder que as Artificiais.
O correto é afirmar que os Anjos são seres Dogmáticos, enquanto os Demônios são seres
Pragmáticos.
Isto equivale a dizer que os Anjos aderem aos Dogmas, são atraídos pelos Rituais
Dogmáticos, e identificam-se mais com os Magos que praticam a Magia Dogmática.
Mas isso não significa que os Demônios sejam bons, pois lhes agrada ver o sofrimento dos
seres humanos, quando não causar esses sofrimentos.
Seria mais adeqüado dizer que aos Anjos cabe a missão de provocar efeitos agradáveis; aos
Demônios, de gerar efeitos desagradáveis.
Isto, porém, não significa que os Anjos estejam sempre dispostos a satisfazer os caprichos
de qualquer pseudo-mago; eles são Inteligências, sêres dotados de imenso poder.
É sempre perigoso contatar Anjos e Demônios, donde se conclúi que o Mago deve ter total
controle da situação, para nunca ser subjugado - quer seja por um Demônio, quer seja por um
Anjo.
Voltando por um instante ao tema inicial, visando eliminar quaisquer dúvidas, vejamos:
As Máquinas Radiônicas são, em sua aparência, caixas com montagens eletro-eletrônicas (e,
em alguns casos, eletro-mecãnicas também) dentro, com diversos botões de sintonia e chaves de
seleções, uma placa de fricção para o uso do praticante, e um (ou mais) poço, aonde se introduz o
testemunho do paciente.
As Máquinas Radiônicas foram batizadas, nos países de língua inglesa, de "Black Box"
(caixa preta), pois no início deste século, eram montadas em caixas de madeira forradas de couro
granulado preto, e no painel superior onde eram montados os controles era de material isolante
também preto (ebonite).
Com uma coisa, porém, todos concordam: - quanto maior o número de praticantes de um
sistema particular, melhor o dito sistema funcionará para todos.
Mas, quando o RNA é estimulado por um tratamento específico para o mesmo RNA, então
todos os outros tratamentos radiônicos tornam-se eficientes. Com a repetição deste fenômeno
inúmeras vezes, os dois pesquisadores chegaram a uma conclusão - todos os remédios são
elaborados no corpo pelo DNA!
Se o DNA não conseguir enviar sua mensagem às células através do RNA, o tratamento
parece não funcionar. Isto talvez auxilie os praticantes da radiônica a obter resultados mais
consistentes.
Para os dois pesquisadores citados, esse procedimento eliminou quase que totalmente os
insucessos.
Pathoclast (USA)
McGurk (UK)
A) - Pulsos eletro-magnéticos;
B) - Luz polarizada;
C) - Ondas de forma;
D) - Relação espacial.
Basta que o operador "vire-se de costas" para a "operação" que a mesma cessará, isto é, a
máquina deixará de emitir.
O único trabalho que contém a descrição exata de uma evocação mágica é o fabuloso livro
"The Practice of Magical Evocation", de autoria de Franz Bardon.
Aliás, não há obra mais completa, no tocante a Magia e Cabala, do que a de Franz Bardon,
composta de apenas quatro volumes, que reputo indispensáveis para todo estudioso e praticante
da Magia (ver bibliografia).
Posso afirmar que esta é a primeira vez que é publicado, em português, um texto com a
realidade, e só a realidade, de uma Evocação Mágica.
É bom ressaltar que, para o sucesso numa operação mágica desse tipo, muito treino e
dedicação são essenciais; creio que a prática assídua de faculdades mágicas bem desenvolvidas
por um método racional e seguro, como o encontrado na obra "Initiation Into Hermetics"
("Iniciação ao Hermetismo"), de autoria do mesmo Franz Bardon, é mesmo imprescindível.
O melhor para a prática da Magia Evocativa é que possamos utilizar, para nossas operações,
um cômodo exclusivamente para essa finalidade; algum cômodo aonde possamos ficar a sós, no
qual somente nós teremos acesso, aonde tenhamos total privacidade e que até mesmo apenas nós
façamos a limpeza, falando em termos puramente mundanos.
É claro que esta, bem como todas as demais colocações deste apêndice, podem sofrer
modificações, de acordo com a necessidade do Mago. Um cômodo assim fará o papel de um
verdadeiro Templo, no sentido mais amplo do termo.
Se for possível ao Mago, seu Templo Mágico deverá ser guarnecido com paramentos
adequados ao seu trabalho, respeitando todas as leis de analogia aplicáveis, da mesma forma que
os Magos do passado o fizeram. Neste caso, o Mago localizará seu Altar no Leste. O Mago
poderá, de acordo com seu grau de maturidade e crença pessoal, colocar em seu Altar uma
imagem de sua Divindade, ou, como faziam os Magos do passado, um Espelho Mágico, com
dois candelabros de sete braços, um em cada lado do citado Espelho Mágico, e um Turíbulo
entre os dois candelabros, em frente ao Espelho Mágico, mas em posição inferior a este. No
passado, os Templos Mágicos eram guarnecidos com quatro colunas ornamentadas com varias
figuras simbólicas, cada coluna representando um dos quatro elementos ( água, ar, terra e fogo ).
As paredes eram decoradas com figuras simbolizando várias divindades dos quatro elementos.
No passado, bem como nos dias atuais, somente uns poucos poderiam ter um Templo Mágico
assim luxuoso e sofisticado. Mas isso não deve desestimular o Mago, pois, não importa sua
situação financeira, ele (ou ela ) será capaz de realizar suas operações mesmo que não disponha
de um local como o descrito anteriormente para seu uso. Na verdade, um Mago competente
poderá levar a cabo uma Evocação Mágica em qualquer lugar, seja um quarto, uma cozinha, uma
edícula, um sótão ou um porão, desde que tenha sua privacidade garantida durante seu trabalho.
Mesmo que isso torne-se impossível, o Mago ainda poderá praticar sua Arte em qualquer
local isolado, ao ar livre, desde que não seja perturbado.
- o Mago deve escolher a Entidade a ser evocada, ou ainda qual a força planetária ou
elemental com a qual deseje estabelecer contato;
- isto é muito importante, pois só assim o Mago saberá de antemão, quais as considerações
relativas às leis da analogia deverá ter em mente, especialmente no que diz respeito à
acumulação de luz colorida adequada à esfera em questão;
- tendo escolhido a quem deseja evocar, o Mago deverá ter em mente o que pretende obter
da força em questão, elaborando portanto um plano preciso de ação;
- antes da evocação própriamente dita, o Mago deverá tomar um banho de higiene completo,
pois uma operação mágica dessa natureza requer não somente uma alma e um espírito limpos,
mas também um corpo físico limpo, especialmente quando estivermos evocando inteligências
positivas e elevadas;
- não sendo possível tomar um banho completo, o Mago deverá, ao menos, lavar
cuidadosamente suas mãos; esse procedimento não deverá jamais ser esquecido;
- providencie para que seu isolamento do mundo exterior seja completo, tanto para que você
não se distraia com acontecimentos alheios a sua operação, quanto visando evitar o olhar curioso
de outras pessoas;
- feche as cortinas, abaixe a campainha do telefone, até mesmo desligue a chave geral da
eletricidade de sua residência, para evitar distrações durante seu trabalho;
- a evocação tem início no momento em que você começa a se vestir; ponha, portanto,
atenção especial nesse ato, concentrando-se totalmente na operação que se seguirá;
- vista-se com roupas de seda- no frio, use roupas de baixo em seda - e calçados que sejam
um tipo de chinelos fechados, adequados ao uso especial que se tem em mente;
- tenha em mente que, ao vestir-se com suas vestes mágicas, você estará formando uma
proteção contra toda e qualquer influência desfavorável que venham do universo visível ou
mundo invisível;
- ao vestir-se, tenha em mente que seu corpo está totalmente protegido contra influências de
quaisquer seres, pouco importando se bons ou maus;
- essa absoluta certeza deve permanecer na mente do Mago o tempo todo de sua operação
mágica, de estar absolutamente isolado de toda e qualquer influência externa;
- ponha então, em volta de sua cintura, o cinturão mágico, tendo em mente que você é o
Soberano de todos os elementos, o Mestre de todos os
Poderes;
- finalmente, ponha em volta de sua cabeça a tiara mágica ou coroa mágica com a sensação
de uma verdadeira união com Deus, e sentindo que não é você, mas Deus é quem está levando a
cabo a operação;
- você deverá unir-se com o princípio Divino dentro de si de tal forma que se sentirá como a
própria Divindade;
- acenda agora sua Lâmpada ou Lamparina Mágica, que deverá "encher a sala" com a "cor
da esfera" em questão;
- coloque-a num local em torno do qual você traçará seu Círculo Mágico, ou pendure-a no
centro do cômodo;
- tendo consciência de que não é você, mas a própria Divindade, quem está levando adiante
a operação mágica, crie, com o auxílio de sua imaginação, um grande mar de luz, na coloração
adequada a esfera em questão, o qual, também pela imaginação, você acumulará do universo na
superfície do Espelho Mágico, de maneira que toda a superfície do Espelho Mágico seja tomada
pela cor;
- o poder daquela iluminação condensada deverá ser tão forte a ponto de iluminar totalmente
a sala em que se opera;
- nesse momento, você deve usar de sua imaginação, criando em seu ser a impressão de que
aquela luz acumulada é na verdade uma "matriz de poder", um fluido, que quase possa ser
observado com a visão física;
- de qualquer forma, você deverá ter a impressão permanente de estar movendo-se em meio
a uma oscilação colorida, na sala da operação;
- enquanto você está acumulando a luz no ambiente, deverá manter em sua mente a idéia
firme de que está fazendo isso com a finalidade de que o espírito evocado se condense de tal
forma que possa ser visto por seus olhos físicos e ouvido com seus ouvidos físicos;
- agora é hora de impregnar o Espelho Mágico com o princípio do Akasha. Projete, por força
da imaginação, na superfície do Espelho, que previamente deveria ter sido coberta com um
condensador fluídico, o desejo de que nenhum ser perturbador, nenhum espírito zombeteiro,
nenhuma força indesejável, nada nesse sentido penetre em seu ambiente de trabalho;
- pegue então um pedaço de papel mata-borrão e corte-o num formato adequado à esfera que
será evocada, ou seja:
- no centro do papel, trace, na cor da esfera em questão, utilizando-se de um lápis colorido, o
signo/assinatura/sigilo da entidade em questão, ou o pentagrama/hexagrama da força desejada,
respeitando, nesse último caso, o ponto de início e o ponto final do desenho;
- simbolicamente, trace novamente o desenho com seu dedo ou com seu Bastão Mágico,
concentrando-se nas qualidades da energia/ entidade que se evoca,;
- concentre-se também na idéia de que a entidade evocada está ligada ao desenho, e reagirá a
qualquer tempo, estando disposta a atender ao Mago em seus desejos;
- tenha em mente, ao traçar o desenho, que não é você quem o faz, mas Deus, e que,
portanto, a inteligência evocada renderá absoluta obediência a Deus;
- seu "Selo Mágico" está pronto, e você poderá começar a preparar o "Círculo Mágico" e o
"Triãngulo Mágico" ;
- se você já tiver um círculo bordado num pedaço de tecido, ou pintado num pedaço de
papel, ponha esse círculo no chão, ao lado do triãngulo, e re-trace o círculo com seu Bastão
mágico, ou com sua mão direita, ou ainda com um dos dedos de sua mão direita;
- sua meditação deverá ser tão perfeita, desde o início desse trabalho, de forma que nenhuma
outra idéia penetre em sua mente;
- siga agora o mesmo procedimento com relação ao triãngulo mágico, que também deve
estar pronto como o círculo mágico, re-traçando o triãngulo de forma idêntica ao que foi feito
com o círculo mágico;
- medite, durante essa operação, que o triãngulo representa o mundo tridimensional, isto é, o
plano mental, o plano astral e o plano físico;
- para evitar que a inteligência que se deseja evocar não se manifeste apenas em sua forma
mental, mas também em suas formas astral e física, é necessário que se inclua este desejo ao
concentrar-se em sua atitude meditativa rumo ao triãngulo;
- sua imaginação no momento de retraçar tanto o triãngulo quanto o círculo são igualmente
importantes e imprescindíveis;
- caso o Mago omita este ponto, a entidade lhe aparecerá apenas em sua forma mental e
conseqüentemente apenas na mente do Mago;
- terminada toda esta fase, coloque o triãngulo em frente do círculo e ponha o "Selo" no
centro do triãngulo;
- obviamente o "Selo" deverá ter sido preparado de acordo com o indicado anteriormente;
- o combustível a ser utilizado nas espiriteiras deverá ser um extrato de aguardente ( ou rum,
gim, uísque, etc. ) com camomila, isto é, um condensador líquido ( condensador fluídico ou
fluido condensador), no qual o Mago já acumulou, com o auxílio da imaginação, o mundo
tridimensional;
- que fique bem claro que a utilização das espiriteiras não é absolutamente necessária, mas é
um bom auxílio, especialmente para os iniciantes, pois um iniciante nas práticas evocativas
necessita de um maior número de acessórios que um Mago experiente neste departamento;
- claro que o Mago poderá traçar três círculos concêntricos, colocando no círculo
intermediário as quatro lamparinas simbolizando os elementos, no círculo externo colocará o
número de lamparinas análogo ao número atribuido a esfera da entidade que será evocada,
ficando, é obvio, o Mago, no centro do menor dos três círculos concêntricos;
- o turíbulo deverá ser guarnecido com carvão em brasa ou com um pavio ou mecha, e sobre
a chama/ brasa uma pequena placa de cobre será fixada;
- essa placa é que será aquecida pelo calor da chama/brasa;
- apenas pequenas quantidades deverão ser utilizadas, de molde que no ambiente sinta-se o
suave aroma da fragrãncia incensada, ao invés de poluir o ambiente com uma densa fumaça que
perturbará o trabalho;
- como alternativa do pó a ser incensado, pode-se utilizar uma tintura aromática, sempre
respeitando a lei das analogias;
- caso você não deseje utilizar o turíbulo durante a operação mágica, poderá pingar algumas
gotas da essência adequada num pedaço de papel mata-borrão;
- incensar o ambiente, na verdade, não é tão importante quanto querem alguns autores; é só
mais um apoio;
- caso o Mago esteja evocando um ser não pertencente a nenhuma das sete esferas
planetárias, sob o qual não tenha certeza com respeito as correspondências análogas, deverá
utilizar como incenso um condensador líquido universal;
- a regra anterior aplica-se amplamente aos seres da zona da terra e dos elementos terrestres;
- uma boa mistura universal é composta dos seguintes elementos, em partes iguais em
volume:
incenso de igreja
mirra
estoraque
benjoim
aloés (babosa)
- uma fórmula universal como a descrita no item anterior tem serventia em todas as
situações;
- para o ato de incensar, apenas uma colher de café, rasa, será a quantidade ideal de cada
componente a ser utilizado, para que tenhamos, ao incensar, somente um agradável aroma, e não
um fumaceiro terrível com um cheiro insuportável;
- feito isso, mais um passo preparatório da evocação mágica foi cumprido, e poderemos
passar então a evocação mágica própriamente dita;
- tratando-se de um ser positivo, isto é, bom, poderemos colocar nossa espada em nosso
cinturão, no lado esquerdo do corpo;
- se tivermos entre os nossos implementos mágicos uma adaga, faca ou punhal, deveremos
colocar isso também no cinturão;
- isso faremos pois, um ser positivo, não importa de qual esfera proveniente, dificilmente
requerera o uso da espada ou faca;
- se, porém, estivermos evocando um ser negativo, isto é, mau, demoníaco, deveremos
empunhar nossa espada em nossa mão direita, como símbolo da vitória; nosso bastão mágico,
neste caso, estaria em nossa mão esquerda;
- colocando sua espada no cinturão, você estará expressando a idéia de que o ser evocado
não será forçado, de modo algum, a satisfazer seus desejos;
- com seres insubordinados ao Mago, porém, não há outro meio de controlá-los exceto com
a espada;
- seres demoníacos, negativos, são comandados pelo Mago com o auxílio da espada
flamígera, como símbolo da vitória, para que a entidade em questão lhe renda absoluta
obediência e satisfaça todos os seus desejos;
- não há ser demoníaco algum que o Mago não consiga controlar e submeter a sua vontade;
- tudo o que é necessário fazer é que o Mago aponte sua espada para o lugar aonde ele
deseja que o ser se manifeste, e isto ocorrerá prontamente, além do que o ser negativo em
questão atenderá prontamente a todas as determinações do Mago;
- desde que todo ser tem um instinto de autopreservação, todos os demônios temem a espada
mágica ou punhal mágico, pois em verdadeira comunhão com Deus, uma espada mágica pode,
figurativamente falando, despedaçar qualquer demônio;
- tome seu bastão mágico em sua mão direita, fique bem no centro do círculo e concentre-se
na idéia de que você é o centro, de que você é Deus, o soberano de todas as esferas, e de que
você está, ao mesmo tempo, na esfera/planeta da inteligência desejada;
- como o princípio divino, você chamará, em sua mente, a entidade desejada, ao mesmo
tempo em que você chama o nome dela, em sua mente, por toda a esfera/ planeta dela;
- você deve se convencer que a sua chamada será ouvida em todo canto da esfera daquela
entidade;
- simultaneamente, tenha em mente que, sendo Deus, você será o Deus daquele ser também,
que, então, lhe ouvirá também;
- permaneça nesse estado fatigante por alguns instantes, pois então seu espírito conceberá
que a entidade evocada está lhe respondendo em sua mente;
- desde que você está com toda a sua consciência na esfera em questão, você primeiramente
ouvirá a voz da inteligência em questão como se ela emanasse das mais profundas REGIÕES do
seu espírito;
- assim que você ouvir a voz da entidade e assim que você tiver a certeza de estar vendo a
entidade em espírito, retorne ao seu espírito, mantendo-se consciente de ser Deus, e você tornará
a unir sua alma com seu corpo físico;
agora chame novamente pela entidade, sussurrando o nome dela, repetindo esta forma de
chamar pela entidade algumas vezes;
- você então perceberá repentinamente que a entidade evocada está presente em sua
atmosfera astral, que ela está presente na sala de evocações;
- se sua operação foi corretamente executada até aqui, aonde o ser veio até seu local de
trabalho, sobre o "selo" colocado no centro do triãngulo mágico, fale em voz baixa ou em
tonalidade normal que ela, a entidade, deverá apresentar-se a você fisicamente;
- esse ato de auto-controle é para auxiliar o ser evocado a seguir o curso de seus
pensamentos e para conduzí-lo de sua própria esfera até a esfera que você lhe preparou em seu
templo;
- isto significa que o ser aparecerá em sua forma mental e em sua forma astral, e dependendo
do seu poder materializador, ele também assumirá um corpo fisico condensado;
- você poderá agora ver e ouvir a entidade evocada em seu triãngulo mágico, ou, se você
preparou adequadamente seu espelho mágico para a aparição da entidade, ela aparecerá no
espelho mágico em concordãncia com seu lay-out simbólico de qualidades da esfera relevante,
de molde que você estará apto a contactar a entidade de forma consciente;
- a entidade aparecerá com sua aparência real;
- procure, se for de seu interesse, combinar com o ser uma forma mais simples de contactá-
lo no futuro;
- após pedir o que você deseja da entidade, obviamente dentro da envergadura de poder e
natureza do ser, e obtendo dela alguma promessa do cumprimento do seu desejo, ou de ter obtido
o conhecimento almejado, ou seja lá o que for, só lhe resta enviá-la de volta;
- você deverá agradecer individualmente ao ser, expressando seu contentamento pelo fato de
que ele, o ser, o reconheceu como um Mago genuíno, e foi obediente a você, e então você lhe
pedirá que retorne a sua esfera original;
- com toda a sua consciência, você se colocará na esfera do ser evocado, e concentrar-se-á
por meio de sua imaginação que o ser evocado está retornando da esfera parcial criada em seu
templo para sua esfera, seu domicílio;
- feito isso, você retornará como um Mago em plena consciência para a sua consciência
normal, pondo portanto fim a evocação;
- permanecendo no templo, após o fim da operação, você se sentirá num estado de graça,
feliz, excitado;
- você poderá, ainda, repetir mentalmente toda a operação, passo a passo, para recordar cada
detalhe;
- com o auxílio de sua imaginação, dissolva a luz acumulada no universo, tire o "selo" de
dentro do triãngulo, pondo-o em local seguro;
- escreva tudo detalhadamente em seu diário mágico, exceto se for orientado de forma
diferente pela entidade evocada, com respeito a algo específico;
O meio mais comum para realizar esse tipo de operação mágica é, escolhida a entidade, da
qual se conhece o "selo", "sigilo" ou "assinatura", proceder como indicado anteriormente, na
parte relativa a evocação mágica.
Quando, porém, estamos desejosos de evocar uma força "cega", uma energia elemental
impessoal, uma força subjetiva, poderemos nos utilizar pentagramas e/ou hexagramas mágicos, o
que será feito de forma idêntica ao que se faria no caso dos "sigilos" referidos anteriormente.
Observação:
PENTAGRAMA
Traçar o pentagrama; no centro desse, traçar o sinal do signo zodiacal ao qual as energias
desejadas pertencem, isto é, do grupo elemental que nos interessa (primeiro, segundo ou terceiro,
ou seja, a parcela ativa, ou a parcela passiva, ou ainda a parcela neutra do elemento). Sobre isso,
ver o capítulo correspondente na primeira parte desta obra.
Quando se deseje somente a presença da energia elemental, mas sem o "colorido" do signo
zodiacal, omitese o traçado do sinal correspondente a qualquer signo zodiacal. Serve também
para evocar algum ser Elemental ou "abrir as portas do Éter". Frank G. Ripel aborda esse assunto
em profundidade nos seus três livros citados na bibliografia desta obra.
Também serve para "Evocar o Caos", abrir as portas para a Energia do Caos.
HEXAGRAMAS
Nesse último caso, devemos traçar os quatro hexagramas elementais, um em cada ponto
cardeal do nosso círculo mágico.
Atenção a seguir: para traçar os pentagramas / hexagramas, seguir a ordem numérica, indo
do número maior para o menor; quando houverem números e letras, os traçados não são
entrelaçados, mas independentes, portanto, fazer primeiro todo o traçado dos números e depois o
das letras, sem unir os números com as letras.
Pentagrama do FOGO
Pentagrama da ÁGUA
Pentagrama do AR
Pentagrama da TERRA
Hexagrama do FOGO
Hexagrama do AR
Hexagrama da ÁGUA
Hexagrama da TERRA
Hexagrama da LUA
Hexagrama de MERCÚRIO
Hexagrama de VÊNUS
Hexagrama de MARTE
Hexagrama de JÚPITER
Hexagrama de SATURNO
Hexagrama do SOL
Deve-se traçar os seis hexagramas, dos seis outros planetas astrológicos, no mesmo lugar,
isto é, um sobre o outro.
Para quaisquer outros astros celestes, incluindo Urano, Netuno e Plutão, pode-se utilizar do
mesmo hexagrama de Saturno.
Além desses sinais (pentagramas e hexagramas), e dos "sigilos", existem outros de uso em
magia evocativa:
- Heptagramas Platônicos (começar pelo ãngulo do planeta mais forte, e daí em ordem
decrescente); ver na bibliografia a obra de Panisha sobre o assunto; todos esses utilizados
também em Magia Talismãnica e Pantacular, isto é, na confecção (desenhos) e consagração
(ritual) de talismãs e pantáculos. Ver apêndice específico.
SOL (111)
LUA (369)
MARTE (65)
JÚPITER (34)
SATURNO (15)
Kameas Elementais:
Estrelas Unicursais:
5 pontas:
6 pontas:
planetas, signos, elementos como um todo
7 pontas:
os sete planetas (um deles ou todos eles), os Espíritos Olímpicos, os Deuses e Deusas da
mitologia (de qualquer panteão), entidades planetárias;
8 pontas:
os sete planetas mais o planeta Terra, a esfera do planeta Terra, entidades da Esfera da Terra
que não sejam Elementais;
9 pontas:
os dez planetas astrológicos (Sol, Lua, Marte, Mercúrio, Venus, Júpiter, Saturno, Urano,
Netuno, Plutão), as dez Shephirot (Esferas da Árvore da Vida) (KETHER, CHOKHMAH,
BINAH, CHESED, GEBURAH, TIPHARET, NETZACH, HOD, YESOD, MALKUTH); as dez
Shephirot (ou Sephiroth), cujo plural é Sephirah, são as dez emanações da Consciência Cósmica,
segundo a filosofia Cabalística.
11 pontas:
Qliphot (as Conchas da Árvore da Morte, a sombra da Árvore da Vida) :
12 pontas:
os Signos do Zodíaco
Como Evocar ou Invocar as forças das figuras geomãnticas: traçar os Pentagramas dos dois
elementos involvidos, na ordem em que aparecem na formação da figura, isto é, de cima para
baixo.
Exemplo:
Apenas como exemplo, uma das maneiras mais convencionais de evocar (ou invocar) a
força desejada, consiste em se traçar a estrela adequada, com a arma adequada (ou até mesmo
com a mão, com os dedos ou até com um dos dedos), partindo do ângulo aonde está situada a
força, e a partir daí, no sentido horário, até completar o traçado da estrela, isto é, até retornar ao
ponto de partida; para banir a força anteriormente chamada, repete-se a operação, mas desta vez
partindo não do ângulo da força, mas rumo a essa, no sentido anti-horário, isto é, no sentido
inverso ao da primeira operação.
- traçar, próximo do lugar aonde foi traçado o "sigilo", a estrela adequada, no sentido
horário;
- para banir a força, traçar o "sigilo", daí traçar a estrela novamente, mas aqui em sentido
anti-horário, isto é, inverso ao usado antes.
Somente por curiosidade, a seguir temos uma relação de correspondências entre as estrelas
gráficas e os Planetas Astrológicos, seus Arquétipos e Esferas:
KAMEAS - USO MÁGICO DOS QUADRADOS PLANETÁRIOS
Quando se conduz uma evocação, se atrai uma Entidade desencarnada para si, mas a mesma
é mantida externa a nós, restrita ou confinada a uma área determinada, normalmente um
Triãngulo Mágico.
Como muitos de meus leitores são neófitos neste tipo de operações, aconselho aos que
desejam praticar a Invocação Mágica que se restrinjam às Entidades amáveis e benéficas, que
possuam qualidades que desejemos possuir. Jamais Invoquem Demônios ou outras Entidades
perigosas, cujas qualidades possam causar ferimentos ou acidentes, em quem o invoca ou aos
próximos desse.
Uma Invocação é mais fácil de ser levada a cabo, com sucesso, por alguém pouco treinado
magicamente, do que uma Evocação.
Uma Evocação é mais dificil de ser executada, com sucesso, nas mesmas condições.
Uma Invocação é uma Operação Mágica muito mais perigosa que uma Evocação, pouco
importando a experiência do Mago que a conduz.
O processo de Invocação de uma Entidade é muito parecido com o de Evocação Mágica.
Como a última já foi detalhadamente explicada anteriormente, vamos nos ater apenas aos tópicos
de maior relevãncia.
fique de frente para o ponto cardeal correspondente à esfera de poder da Entidade escolhida
(se souber este dado);
- use seu Bastão Mágico para traçar a "estrela" da operação, visualizando-a traçada;
- o Bastão é a arma mágica adequada, pois qualquer Entidade que não atenda amigavelmente
a uma chamada (com o Bastão), não deve ser "convidada" a penetrar em nosso Microcosmos;
- tente visualizá-la;
- mantenha sempre em mente seu desejo - de que a Entidade "entre" em você, o possua,
comungue consigo seus poderes e qualidades;
- após algum tempo de sentir-se "inundado" dessa energia, sinta a vontade de voltar a ser
você mesmo, de separar-se da Entidade;
- após banir a Entidade de volta ao plano dela, agradeça sua atenção e gentileza em atender
sua Invocação;
- seja sempre gentil com a Entidade Invocada; afinal, ele irá montá-lo como um cavaleiro
monta num cavalo...
As instruções a seguir foram usadas com sucesso por nosso Grupo, que manteve-as em total
sigilo durante muito tempo.
Elas poderão ser a chave de profundas transformações positivas em sua vida, se você assim
o permitir.
São as instruções para a criação de Egrégoras de tipo definido, mas que servem para a
criação de qualquer Egrégora.
Obviamente que, ao criar a "sua" parte da Egrégora, cada um deverá mentalizar o que deseja
para si, e somente para si, e quais os limites desse desejo (Karma, missão, etc.), de acordo com
seus conhecimentos e convicções pessoais.
- cada um deve pensar o que espera ou deseja para si apenas, ninguém sabe o que é bom
para os outros;
- buscar ajuda objetiva e subjetiva: abertura de caminhos, oportunidades de negócio que não
prejudiquem ou firam ao próximo, auxílio a que se vejam as oportunidades no caminho, que
nunca faltem os meios/alimentos mesmo em calamidades, que vosso patrimônio seja protegido,
que se tenham os meios de continuar os estudos, fartura de conhecimento, livros, amigos, essas e
outras coisas;
- cada um fará o ritual em seu lar, e usará da Egrégora quando necessitar, sem ter que ter a
interferência de um líder;
- além disso, num sentido mais hermético, a CORNUCOPIA simboliza o ventre feminino,
fecundo, fértil, gerador e preservador da vida;
- todos deverão ter à mão a ilustração da Imagem Telesmática, isto é, conforme nossa
sugestão, da CORNUCOPIA (neste caso); poderá, conforme as necessidades, e de acordo com a
vontade individual, ser substituída por outra que represente melhor as aspirações dos praticantes;
- desde o primeiro dia da Lua crescente até o último dia da Lua cheia, todos os dias, cada um
se recolherá a um canto qualquer, quando faltarem cinco minutos para a meia-noite (cinco
minutos para a uma hora da manhã durante o horário de verão);
b) as outras horas abertas são inviáveis para uma boa quantidade dos membros do grupo
(seis da manhã é muito cêdo; seis da tarde e meio-dia são horas de atividade profissional ou
social; sobrou a meia-noite);
- nas fases claras da Lua, mesmo que alguém "bobeie", não será gerada uma entidade com
aspectos negativos, pois as fases claras da Lua somente são adequadas para a geração de
entidades benéficas, enquanto que as fases escuras da Lua são adequadas para a geração de
entidades maléficas;
- a cada mês, findo o período inicial, que é de um ano, cada um deverá repetir o ritual no
Domingo de Lua cheia, e, caso queira, também no Domingo de Lua crescente;
- após os primeiros seis meses de trabalho, caso deseje, poderá trabalhar todos os dias, em
todas as fases lunares, sempre na mesma hora;
a) um cálice;
Execução:
- após uns quatro ou cinco minutos, molhar um pedaço do pãozinho no vinho, meditando
sobre esse mistério, da Eucaristia (ver Initiation Into Hermetics, de Franz Bardon);
- colocar na taça já vazia, um pouco de água mineral, o mesmo tanto que foi colocado de
vinho;
Observação:
Repetir essas palavras, diversas vezes, não importa se mentalmente ou de forma audível.
Se necessário, fazê-lo mentalmente apenas, mas não deixar, sob nenhuma hipótese, de
realizá-lo.
Existe, no livro "FRABATO", de Franz Bardon, uma bela oração, na página 206:
Arjuna pergunta a Krishna o motivo pelo qual ele deveria viver combatendo e matando
outros homens, uma vez que era um guerreiro. Krishna acha a pergunta imbecil, mas, mesmo
assim, uma vez mais, resolve responder. E é justamente desse belo trecho do texto em questão
que esses dois brilhantes compositores brasileiros tiraram inspiração para a composição de
GITA.
Só uma recomendação: para audição, recomendo a versão original, cantada por Raul Seixas.
Outras versões existem, mas não as recomendo para a finalidade que tenho em mente.
O Que é a Magia
Vivemos num tempo em que todos tem uma definição brilhante para Magia.
Não sou desses. Acho que os homens (e as mulheres) nasceram para "querer". Se Deus
quisesse que o homem não quisesse, não teria feito os homens (e mulheres) assim; talvez nos
tivesse feito formigas.
- "Magick is the science and art of causing changes to ocur in conformity with will"
Além disso, esse brilhante Mago, Autor e Pensador fabuloso, cunhou mais algumas frases
relevantes quando se pretende definir "MAGIA":
- "The Universe is in equilibrium: therefore he that is without it, though his force be but a
feather, can overturn the Universe. Be not caught within that web, O child of Freedom! Be not
entangled in the universal Lie, O child of Truth!" (The Book of Lies)
- "Sex is, directly or indirectly, the most powerful weapon in the armory of the Magician;
and precisely because there is no moral guide, it is indescribably dangerous" (Magick Without
Tears)
- "There are only two operations possible in the Universe, Analysis and Synthesis. To
Divide and to Unite. 'Solve et Coagula' said the Alchemists" (The Book of Thoth)
- "A man is what he maketh himself within the limits fixed by his inherited destiny; he is a
part of mankind; his actions affect not only what he calleth himself, but also the whole Universe"
(Liber Librae)
- "The Magician works in a temple, the Universe (be it remembered!) coterminous with
himself' (Book 4)
- "Magic is the science of understanding oneself and one's conditions. It is the art of
applying that understanding in action" (Magick in Theory and Practice)
Pesquiso "Ocultismo" há mais de duas décadas.
Todas são importantes mas, listá-las, inviabilizaria qualquer bibliografia que pretendesse ter
alguma utilidade prática.
Assim, decidí-me por listar apenas as obras de suma importãncia nessa matéria, omitindo,
por razões técnicas, autores de relevãncia.
Peço, ainda, que o leitor desculpe a forma como ordenei a bibliografia, pois optei por listar
os autores por ordem de importãncia de seus e, ao invés de citá-los por ordem alfabética.
OBRAS RECOMENDADAS:
DIETER RÜGGEBERG
DIETER RÜGGEBERG
um dos autores mais importantes da Magia, influenciou o trabalho de Mestres como Franz
Bardon, Aleister Crowley, Michael Bertiaux e outros.
- SEXUAL MAGIC - ISBN 0-939708-26-4 EDITOR:
MAGICKAL CHILDE PUBLISHING, INC.,
35 WEST 19 th. STREET, NEW YORK, NY 10011, USA
ESTADOS UNIDOS
DONALD TYSON
FRATER U:.D:.
autor moderníssimo, que merece ser estudado.
- SECRETS OF THE GERMAN SEX MAGICIANS - ISBN 0-87542-672-7
- PRACTICAL SIGIL MAGIC - ISBN 0-87542-774-X EDITOR:
NIGEL R. CLOUGH
autor de um livro extremamente importante:
- HOW TO MAKE AND USE MAGIC MIRRORS - ISBN 0-
GARETH KNIGHT
autor de vasta obra, da qual selecionei dois títulos, que considero os mais práticos:
- PRÁTICAS E EXERCÍCIOS OCULTOS - ISBN 0-85030- 296-X
- PRÁTICA DA MAGIA RITUAL - ISBN 0-85030-181-5
OLDEMAR NUNES
O autor ensina diversos exercícios, que reputo de muita utilidade para os estudiosos da Magia.
estudiosa da obra de Franz Bardon, escreveu um interessante e sério livro, abordando a força
mágica da música.
PANISHA
meu amigo Panisha (Paul Younis Shamye), pioneiro no Brasil da Nova Astrologia e da Nova
Geomancia, escreveu diversas obras importantes. Do ponto de vista da Magia, recomendo três
obras de sua autoria:
- A NOVA ASTROLOGIA AO ALCANCE DE TODOS - ISBN 85-85505-08-7
- A NOVA GEOMANCIA - ISBN IGNORADO
- OS HEPTAGRAMAS PLATÔNICOS E A NOVA ASTROLOGIA - ISBN IGNORADO
Médico, meu amigo de longa data, escreveu um livro bastante interessante, abordando inúmeros
temas de interesse dos estudiosos de ocultismo.
- CONHECIMENTO VITAL - ISBN IGNORADO EDITOR: INSTITUTO FÉNIX/ SÓ O Q
INTERESSA
PAULO COELHO
o maior "best-seller" do Brasil escreveu livros que despertaram o interesse pelo esoterismo
entre nós.
Apesar de sua obra de minha preferência ser dessa época, ainda a recomendo-o por conter
ensinamentos bastante úteis ao estudioso da Magia, em especial no tocante aos exercícios
ensinados.