Tutoria 1 M1 P3
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Problema 1
Tema: Patologias perinatais
Se o bebê apresentar boa vitalidade ao nascer (chorar/ manter uma boa respiração; ter
tônus muscular em flexão; nascer a termo), o coto umbilical deve ser clampeado após o
nascimento (extração completa do bebê). Prossegue-se com a estimulação por meio do
contato pele a pele com sua mãe, já que:
• Evita hipotermia;
• Favorece a relação mãe-filho;
• Estimula a contração uterina;
• Incentiva o aleitamento materno precoce.
Durante esse momento, deve-se também mensurar a vitalidade do RN, por meio do
boletim de Apgar, aplicado no 1° e no 5° minuto de vida e, se necessário, repetido a
cada 5 minutos, avaliando:
• Respiração (choro);
• FC;
• Cor da pele;
• Tônus muscular;
• Resposta reflexa.
Descrição dos sinais de Apgar
Frequência cardíaca: Frequência cardíaca entre 160 a 170 ou abaixo de 100 batimentos
por minuto é considerada anormal. Segundo os autores, a frequência cardíaca deve ser
auscultada com estetoscópio ou por palpação do cordão umbilical, na junção do cordão
com a parede abdominal. A ausência de batimentos indica pressão sanguínea baixa e
débito cardíaco pobre. Em condições normais, o cordão para de pulsar entre 10 e 30
segundos após o nascimento. A frequência cardíaca é o sinal mais importante ; quando o
RN é oxigenado e há um aumento da mesma, isto constitui um sinal de melhora no
estado geral. Frequência acima de 100 , recebe a nota 2 ; de 1 a 100 , nota 1 ; nota zero
é atribuída quando não houver batimentos cardíacos.
Tônus muscular: Quando há flexão dos membros superiores e inferiores que resistem à
extensão, e na presença de movimentação subseqüente adequada de todas as
extremidades, o RN recebe nota 2 ; tônus "regular" recebe nota 1 , e, em caso de flacidez
total, é lhe atribuída nota zero.
Cor: O item cor é o menos importante e o mais óbvio. Se a pele do recém nascido estiver
toda rosada, recebe nota 2 , o que pode ocorrer em 15 % dos recém-nascidos; a maioria
dos RN tem a pele rosada, com exceção dos pés e das mãos, que se apresentam
cianóticas, caso em que recebem nota 1. Quando todo o corpo estiver cianótico ou pálido,
recebe nota zero.
Estatura – deve ser utilizada uma régua antropométrica ou graduada. Evita-se fita
métrica pela possibilidade de erro. A cabeça do bebê deve ficar na extremidade fixa, com
as pernas bem esticadas.
• Estatura média do RN: 50 cm
Perímetro cefálico – medido com fita métrica, passando pela região mais proeminente
do occipital até as bordas supra orbitárias (ou glabela).
• Média: 34 – 36 cm.
Perímetro torácico – medido com a mesma fita métrica, passando pela linha
intermamilar.
• Deve ser, em média, 2 centímetros menor do que o perímetro cefálico.
Perímetro abdominal – medido com fita métrica, logo acima do coto umbilical.
• Cerca de 2 centímetros menor do que o perímetro torácico.
Capurro somático:
• Formato da orelha;
• Glândula mamária;
• Formação do mamilo;
• Textura da pele;
• Pregas plantares.
Para saber a idade gestacional, soma-se os pontos de cada item + 204 e os divide por 7,
obtendo o resultado em semanas.
A profilaxia ocular também é importante, já que evita infecções oculares que podem ser
transmitidas durante a passagem do RN pelo canal de parto. Aplica-se colírio oftálmico de
antibiótico em ambos os olhos, dentro da primeira hora após o nascimento, abrindo as
pálpebras com os dedos e aplicando as gotas no ângulo interno da pálpebra inferior.
Causas
A maioria dos casos envolve uma hiperbilirrubinemia não conjugada. Algumas das causas mais
comuns de icterícia neonatal incluem
● Hiperbilirrubinemia fisiológica
● Icterícia por amamentação
● Icterícia por leite materno
● Hiperbilirrubinemia patológica por doença hemolítica
A disfunção hepática (p. ex., causada por alimentação parenteral, provocando colestase, sepse
neonatal, hepatite neonatal) pode provocar hiperbilirrubinemia conjugada ou mista.
● Icterícia aparece nas primeiras 24 h, após a primeira semana de vida, ou demora > 2
semanas
● Bilirrubina total no soro aumenta > 5 mg/dL/dia (> 86 micromol/L/dia)
● Bilirrubina sérica total é > 18 mg/dL (> 308 micromol/L/dia)
● O lactente mostra sinais ou sintomas de doença grave
Algumas das causas patológicas mais comuns são:
História
História da doença atual deve referir idade, início e duração da icterícia. Sintomas importantes
associados incluem letargia e alimentação deficiente (sugerindo possível icterícia nuclear), que
podem evoluir para estupor, hipotonia ou convulsões e, eventualmente, hipertonia. Padrões de
alimentação podem sugerir possível amamentação ou alimentação insuficientes. Portanto, a
história deve incluir com o que o lactente está sendo alimentado, a quantidade e a frequência, o
aspecto da urina e das fezes (possível amamentação ou alimentação deficientes), se o lactente
suga bem o peito ou a mamadeira, se a mãe sente que o leite é suficiente e se a criança engole
bem durante as refeições e mostra-se satisfeita após as refeições.
A história clínica deve focar infecções maternas (infecções por toxoplasmose, outros agentes
patogênicos, rubéola, citomegalovírus e herpes simples [TORCH]), disfunções que podem
provocar o aparecimento de hiperbilirrubinemia precoce (diabetes materna), fator Rh e grupo
sanguíneo materno (incompatibilidade sanguínea materno-fetal) e história de parto prolongado ou
difícil (hematoma ou trauma por fórceps).
A história familiar deve observar doenças hereditárias conhecidas que podem causar icterícia,
incluindo deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) ou outras deficiências
enzimáticas de eritrócitos, talassemias, esferocitose e também qualquer história de irmãos que
tiveram icterícia.
Quadro clínico
A icterícia apresenta progressão craniocaudal e pode ser detectada visualmente por meio da
digitopressão na pele do RN. É classificada de acordo com cinco zonas de Kramer (zonas
dérmicas), a saber: presença de icterícia na cabeça e pescoço (zona 1), da cabeça até a cicatriz
umbilical (zona 2), até os joelhos e cotovelos (zona 3), nos braços, antebraços e pernas (zona 4)
e nas mãos e pés (zona 5). Quanto maior o número de áreas atingidas, maiores os níveis séricos
de bilirrubina. Ademais, a icterícia fisiológica caracteriza-se por início tardio (após 24 horas) com
pico entre o 3º e 4º dias de vida e declínio em 1 semana. Já a icterícia patológica é sugerida por
icterícia precoce (antes de 24h de vida), associação com outras manifestações clínicas ou
doenças do RN como anemia, plaquetopenia, letargia e perda de peso e icterícia prolongada
(maior que 8 dias no a termo e superior a 14 dias no pré-termo). No quadro de encefalopatia
bilirrubínica aguda, ocorre letargia, hipotonia e sucção débil nos primeiros dias de vida. Caso não
haja uma intervenção terapêutica imediata e agressiva, pode evoluir para Kernicterus, que
consiste na forma crônica da doença com sequelas neurológicas permanentes.
Tratamento
● Fototerapia
● Exsanguinotransfusão
Toxoplasmose congênita
Risco de transmissão:
Primeiro trimestre: 15% – apresenta repercussões graves no concepto, óbito fetal ou
neonatal, sequelas importantes;
Segundo trimestre: 25% – o recém‐nascido apresentará manifestações subclínicas;
Terceiro trimestre: 65% – com manifestações subclínicas e mais raramente um quadro
grave de parasitemia.
Transmissão
Fisiopatologia
Uma vez a gestante infectada, parte da replicação do toxoplasma ocorre na placenta,
situação que facilita a infecção do concepto. Quando a parasitemia atinge o feto, infecta
praticamente todos os sistemas orgânicos, exceto hemácias. Acrescenta-se a isso, que
os locais mais atingidos são:as Túnicas oculares e o Sistema Nervoso Central (no
cérebro é possível encontrar lesões heterogêneas compostas por áreas necrosadas
associadas a áreas com processos inflamatórios próximos a regiões vasculares, que se
calcificam precocemente).
Quadro clínico
Nas crianças infectadas, 70% dos casos são assintomáticos ao nascimento, entretanto,
apresentam altos índices de prematuridade, retardo do crescimento intrauterino,
anormalidades liquóricas, como pleocitose e hiperproteinorraquia; e cicatrizes de
retinocoroidite.
Diagnóstico
O diagnóstico de toxoplasmose aguda ou congênita pode ser comprovado por meio de
testes sorológicos, e o padrão‐ouro é o teste do corante (dye test), mas realizado em
poucos laboratórios.
Tratamento
Prevenção
O cuidado com as gestantes suscetíveis (soronegativas) é muito
importante na redução da infecção congênita.
Recomenda‐se:
• não comer carne crua ou mal passada;
• ingerir frutas, legumes e verduras bem lavados e descascados;
• evitar contato com fezes de gato;
• evitar manipular areia e terra ou utilizar luvas;
• lavar as mãos após manipular carne ou vegetais crus;
• evitar insetos na cozinha;
• consumir água filtrada ou fervida e leite pasteurizado.
Sífilis congênita
Aspectos da transmissão
Manifestações clínicas
Ocorre após o segundo ano de vida, com malformações ou cicatrizes da doença precoce.
As principais manifestações são: tíbia em “lâmina de sabre”, articulações de Clutton,
fronte “olímpica”, nariz “em sela”, dentes incisivos medianos superiores deformados
(dentes de Hutchinson), molares em “amora”, rágades periorais, mandíbula curta, arco
palatino elevado, ceratite intersticial, surdez e dificuldade no aprendizado.
Diagnóstico laboratorial
Pesquisa direta
São muito sensíveis e pouco específicos, indicados para diagnóstico inicial e seguimento
terapêutico, por serem passíveis de titulação. Devem ser realizados no sangue do recém
nascido, e não no sangue do cordão umbilical. Recém‐nascidos de mães com sífilis,
mesmo os não infectados, podem apresentar anticorpos maternos transferidos através da
placenta. É consi‐ derado diagnóstico o teste não treponêmico reagente
na amostra do recém‐nascido que apresente um título 4 vezes maior do que o título
na amostra materna (confirmado em uma segunda coleta na criança), mas a ausência
dessa diferença de títulos não exclui a sífilis congênita.
Testes treponêmicos
Tratamento
Tratamento materno
Tratamento neonatal
Se houver alteração liquórica ou se não for possível colher o LCR, empregar a penicilina
cristalina EV por 10 dias, na dose de 50.000UI/kg/dose a cada 12 horas na primeira
semana de vida e a cada 8 horas após a primeira semana. A penicilina procaína não é
indicada na possibilidade de neurossífilis;
• Se o liquor estiver alterado, usar apenas a penicilina cristalina nas doses anteriores,
EV, por 10 dias. Se o recém‐nascido for assintomático e apresentar VDRL com titulação
igual ou inferior à materna ou VDRL negativo, pode‐se fazer apenas o se‐ guimento
ambulatorial;
Quadro clínico
Diagnóstico
Avaliação geral
Hemograma completo, testes de função hepática, radiografia de ossos longos,
fundoscopia, audiometria, neuroimagem (ultrassonografia de crânio, TC de crânio),
estudo do liquor, ecocardiograma (em recém‐nascidos que apresentem alterações na
ausculta cardíaca).
PCR: o vírus da rubéola pode ser detectado por meio da PCR, pela identificação do RNA
viral. Pode ser pesquisado em vários líquidos orgânicos, como secreções da orofaringe,
respiratórias, líquido amniótico, urina e liquor;
Isolamento viral: o vírus da rubéola pode ser isolado a partir de secreções da orofaringe
ou ser cultivado em amostras de sangue periférico, placenta, urina e liquor.
Tratamento
Não existe tratamento específico para a infecção congênita pelo vírus da rubéola. O uso
de agentes antivirais ou imunoglobulina específica não altera a evolução da doença, nem
possui qualquer efeito sobre o tempo de excreção do vírus. Portanto, nos casos de SRC,
suas manifestações devem ser abordadas da mesma forma que os neonatos não
portadores dessa síndrome:
Prevenção
A infecção congênita pelo HSV, embora de baixa prevalência, é responsável por 0,2% de
todas as internações no período neonatal e por 0,6% de todas as mortes nesse mesmo
período nos Estados Unidos.
O HSV é o vírus DNA membro da família Herpesviridae. Infecta o ser humano através de
inoculação oral, genital, mucosa conjuntival ou pele com solução de continuidade. Daí
infecta os nervos terminais de onde é transportado, via axônios, até as raízes
ganglionares dorsais, onde permanece latente durante toda a vida do hospedeiro. No
estado de latência, esses vírus não são suscetíveis às drogas antivirais.
Epidemiologia
Estima‐se que a infecção neonatal pelo HSV ocorra em 1/3.000 a 1/20.000 nascimentos
nos Estados Unidos. São descritos 3 modos de transmissão da infecção:
• intrauterina: muito rara. Ocorre por meio de viremia materna ou infecção ascendente
do trato genital, mesmo com membranas íntegras;
• perinatal: responde por 85% do total. Ocorre por meio do contato do recém‐nascido
com o trato genital materno infectado, com lesões ou não;
• pós‐natal: cerca de 10% das infecções ocorrem quando um cuidador com infecção
ativa (p.ex., herpes labial) tem contato próximo com um recém‐nascido.
Quadro clínico
Infecção intrauterina
* Doença localizada na pele, olhos e boca: os sintomas estão presentes nas primeiras
duas semanas de vida. As lesões de pele apresentam‐se como vesículas agrupadas sob
uma base eritematosa que podem estar localizadas ou disseminadas. A presença de
hiperemia conjuntival, associada a lacrimejamento intenso, chama a atenção para o
diagnóstico. Vesículas na região periorbital, ceratite e coriorretinite também podem fazer
parte do quadro. O acometimento da orofaringe caracte‐ riza‐se pela presença de
úlceras na boca, palato e língua;
* Doença do SNC: os sintomas iniciam-se em torno da segunda ou terceira semana de
vida. Cerca de 60 a 70% dos recém nascidos com lesões na pele apresentam
envolvimento do SNC. As manifestações clínicas incluem: convulsões, letargia, irritação,
tremores, recusa alimentar, instabilidade térmica e fontanela anterior tensa. O liquor
apresenta pleiocitose à custa de células mononucleares, glicose relativamente baixa e
proteína moderadamente elevada. O eletroencefalograma (EEG) apresenta alterações
precoces, como descargas epilep‐ tiformes focais ou multifocais;
* Doença disseminada: ocorre em 25% dos casos. Envolve múltiplos órgãos, como
fígado, pulmões, adrenais, SNV, pele, olhos e boca. As manifestações clínicas são muito
semelhantes à sepse causada por outros microrganismos e incluem febre ou hipotermia,
apneia, letargia, irritabilidade, desconforto respiratório, distensão abdominal. Com a pro‐
gressão da doença, podem surgir hepatite, ascite, icterícia, neutropenia, trombocitopenia,
coagulação intravascular disseminada, derrame pleural, enterocolite necrotizante,
convulsões e choque. A mortalidade ultrapassa 80% nessa forma de doença.
Diagnóstico
A ultrassonografia fetal pode ser útil ao demonstrar as lesões no cérebro fetal, porém, ao
nascimento, o diagnóstico deve ser confirmado pela ressonância magnética, que tem
mostrado melhor sensibilidade que a TC, principalmente no acompanhamento de lesões
cerebrais.
Tratamento
O tratamento da infecção por HSV é feito com aciclovir, EV, na dose de 60 mg/kg/dia,
dividido em 3 doses diárias, a cada 8 horas. O tempo de terapia antiviral depende do tipo
de infecção. Na doença localizada na pele, olhos e boca, o tempo mínimo é de 14 dias.
Na doença de envolvimento sistêmico ou que atinge o SNC, o tratamento mínimo é de 21
dias. O ganciclovir pode ser usado como terapêutica alternativa, na dose de 6 mg/kg/dose
a cada 12 horas.
Prevenção
Quadro clínico
Os sinais clínicos mais comuns observados na criança com infecção congênita por CMV
consistem na presença de petéquias, icterícia colestática e hepatoesplenomegalia,
acompanhados ou não de anormalidades neurológicas como a microcefalia. Os achados
laboratoriais observados em cerca de 50% das crianças sintomáticas refletem o
acometimento hepatobi‐ liar e retículo‐endotelial, caracterizados por trombocitopenia,
hiperbilirrubinemia conjugada e elevações de enzimas hepáti‐ cas. A apresentação
clínica pode variar de um quadro clínico leve, com manifestações transitórias, para um
acometimento sistêmico grave, levando a uma taxa de mortalidade neonatal de 5 a 10%.
O envolvimento sistêmico geralmente é caracterizado por várias manifestações incluindo
letargia, hepatoesplenome‐ galia, icterícia colestática progressiva, pneumonite,
hidropisia, rash petequial ou sufusões, hemólise com anemia importante, aplasia medular
com plaquetopenia e neutropenia refratária e persistente. Essa condição geralmente pode
ter evolução fulmi‐ nante, evoluindo para óbito ainda no período neonatal
Diagnóstico laboratorial
A PCR quantitativa, mais comumente conhecida como PCR em tempo real, permite
determinar a carga viral presente em diferentes amostras clínicas e, consequentemente,
monitorar a replicação viral em diferentes sítios corporais.
Básico
● hipotireoidismo congênito;
● fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias;
● anemia falciforme e diversas hemoglobinopatias;
● fibrose cística;
● hiperplasia congênita da suprarrenal;
● deficiência de biotinidase.
Ampliado
● hipotireoidismo congênito;
● fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias;
● anemia falciforme e diversas hemoglobinopatias;
● fibrose cística;
● hiperplasia congênita da suprarrenal;
● deficiência de biotinidase;
● hipotireoidismo congênito e deficiência de TBG (globulina ligadora da tiroxina T4);
● aminoacidopatias e distúrbio do ciclo da ureia.
Plus
● hipotireoidismo congênito;
● fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias;
● anemia falciforme e diversas hemoglobinopatias;
● fibrose cística;
● hiperplasia congênita da suprarrenal;
● deficiência de biotinidase;
● hipotireoidismo congênito e deficiência de TBG (globulina ligadora da tiroxina T4);
● aminoacidopatias e distúrbio do ciclo da ureia;
● galactosemias;
● toxoplasmose congênita.
Consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno por meio de uma
delicada sonda introduzida na orelhinha do recém-nascido. Para o teste, usam-se emissões
otoacústicas evocadas durante o sono natural do bebê, identificando-se uma possível deficiência
auditiva.
Triagem neonatal para a identificação de qualquer obstrução do eixo visual, incluindo catarata
congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma, retinopatia da prematuridade e outros transtornos
oculares congênitos e hereditários.
É um teste simples, rápido e indolor que consiste na identificação de um reflexo vermelho quando
os olhos do bebê são iluminados por um feixe de luz, sendo o exame feito em um olho por vez.
Como o Teste da Orelhinha, também deve ser realizado ainda na maternidade; de preferência, o
pediatra deve realizar o exame logo após o nascimento do bebê.
Se alguma alteração for identificada, o bebê deve ser submetido a um ecocardiograma; conforme
o resultado do exame e avaliação médica, o recém-nascido pode ser encaminhado a um centro
de referência em cardiopatias para tratamento e acompanhamento.
O Método Canguru também permite que os pais tenham uma maior participação nos
cuidados neonatais. Ocorre em três etapas:
Segunda etapa: nesta etapa o bebê permanece de maneira contínua com sua mãe e a
posição canguru deve ser realizada o maior tempo possível. A mãe participa ativamente
dos cuidados do prematuro, e deve estar apta para colocar o bebê na posição canguru.
Terceira etapa: é a etapa em que o bebê vai para casa e é acompanhado, juntamente
com sua família, no ambulatório e/ou em casa até atingir o peso de 2.500 g.
– A mãe deve estar segura, motivada, orientada e os familiares conscientes dos cuidados
necessários para o bebê em casa;
– O ganho de peso deve estar adequado durante três dias antes da alta;
– O atendimento na unidade hospitalar de origem deve ser garantido até a alta da terceira
etapa.
O Método Canguru traz inúmeros benefícios para os pais, a família, os bebês prematuros
e para a equipe de saúde:
– Possibilita maior competência e confiança dos pais no cuidado com seu filho.