Aulas - Resumo - Funções Do SE
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AULAS-RESUMO - FUNÇÕES DO SE
O SE pode ser um pronome e, neste caso, aquele pronome oblíquo átono, que foi apre-
sentado no bloco anterior, está sujeito às relações de próclise, ênclise ou mesóclise.
O SE pode ser uma conjunção e pode ser um substantivo.
O SE pode ser uma conjunção subordinativa integrante, no caso das orações subordi-
nadas substantivas, e também pode ser uma conjunção subordinativa adverbial condicional.
Quando o SE é um pronome, existe o traço semântico mais um agente associado à oração.
Ou seja, quem pratica a ação verbal, ao passo que o traço semântico é quando é possível
dizer quem pratica a ação verbal.
Quando se tem um traço semântico, menos agente, o SE vai ser partícula apassivadora,
ou vai ser índice de indeterminação do sujeito; quando for possível identificar quem pratica
a ação verbal, o SE será pronome reflexivo ou recíproco, parte integrante do verbo, ou pro-
nome expletivo.
Existem a voz passiva analítica e a voz passiva sintética. É preciso lembrar o que é uma
voz passiva, ou melhor, o que significa apassivar: significa transformar um objeto direto em
sujeito paciente.
Ao escrever uma frase na voz passiva, se está transformando um objeto direto em sujeito
paciente e nessa transformação é possível usar o formato analítico ou o formato sintético.
O formato analítico é aquele da locução verbal SER mais particípio. O formato sinté-
tico é aquele dotado de partícula apassivadora. Apenas é possível pensar em voz pas-
siva se e somente se houver na frase original um objeto direto para ser transformado em
sujeito paciente.
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Partícula
apassivadora
Traço semântico
- AGENTE Índice de
Pronome
indeterminação
do sujeito
Traço semântico
+ AGENTE Pronome reflexivo
SE
(ou recíproco)
Pronome
Subordinadativa
Substantivo expletivo
adverbial
condicional
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Um dos tópicos mais explorados nas questões de reescrita de textos é justamente con-
cordância verbal. Se estabelece uma existência de um sujeito paciente com o qual o verbo
deve concordar.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
COMENTÁRIO
a. Não é porque o verbo está na terceira pessoa do singular que já é um índice de determi-
nação do sujeito. Isso não tem nada a ver. Quem prioriza, prioriza algo, prioriza a formação
intelectual das crianças. É uma partícula apassivadora.
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A partícula apassivadora serve para transformar o objeto direto em sujeito paciente, este
é o sujeito cujo núcleo é a palavra formação, e é por isso que esse verbo está no singular.
Cogita-se uma mudança de modelo econômico. “Talvez seja inevitável passar por uma
fase de desglobalização, ou seja, de comércio e fluxo de capitais reduzidos entre os
países”, observa o economista francês Thomas Piketty.
b. Na forma verbal “Cogita-se” (linha 28), a partícula “se” indica que o sujeito da oração
é indeterminado.
COMENTÁRIO
b. Quem cogita, cogita algo, assim não é possível saber quem pratica a ação verbal. O SE
funciona como uma partícula apassivadora e a partícula apassivadora, na língua portugue-
sa, serve para transformar esse objeto direto em sujeito paciente.
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O núcleo do sujeito é a palavra mudança, por isso que o verbo está no singular. Se por
acaso fosse mudanças, “cogitam-se mudanças”. Haveria a flexão de plural.
Além disso, na voz passiva analítica, ficaria: é cogitada uma mudança de modelo econômi-
co, ou seja, o sujeito da oração é indeterminado. O SE é partícula apassivadora.
A linguagem pode ser entendida como um conjunto de símbolos com significado usados
socialmente com o intuito de veicular a comunicação, portanto toda criança, na fase de
aquisição da linguagem, aprende esse conjunto de símbolos comunicativos estabeleci-
dos e convencionados para se relacionar e interagir com o meio a sua volta.
c. “A linguagem pode ser entendida como um conjunto de símbolos com significado”
(linhas 7 e 8): Pode-se entender a linguagem como um conjunto de símbolos
com significado.
COMENTÁRIO
c. Sugere-se a substituição, pode-se entender a linguagem como um conjunto de símbolos
com significado. Aqui, há uma reescrita de textos. Há um verbo “pode”, que é um verbo
auxiliar no caso, e há a locução verbal “ser entendida”. Na verdade, há aqui uma locução
verbal com 3 verbos e isso ocorre porque o verbo “ser” é justamente o verbo auxiliar, ao
passo que “entendida” é o verbo que está no particípio e “ser” mais particípio é igual a voz
passiva analítica.
Então, essa construção “pode ser entendida” representa uma voz passiva analítica.
No primeiro caso, uma voz passiva analítica, no segundo caso, uma voz passiva sintética.
Trata-se de partícula apassivadora que tem a incumbência de transformar o objeto dire-
to em um sujeito paciente. A diferença é que agora se está dentro de uma voz passiva
sintética.
É uma reescrita que preserva a correção gramatical. Além disso, preserva também os
sentidos originais, até porque fazer essa transposição de voz passiva analítica para a voz
passiva sintética não muda o sentido do texto.
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Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz.
Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos,
e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e
há mister olhos.
d. No trecho “Para um homem se ver a si mesmo” (linha 6), a forma “se” que acompanha
o verbo indica reciprocidade.
COMENTÁRIO
d. Nessa construção, para um homem se ver a si mesmo é uma construção redundante. O
texto é de Machado de Assis, mas é um texto do século XVIII, ou seja, quando o português
tinha uma outra estrutura.
O “se” funciona como um pronome reflexivo, mas é apenas reflexivo, ele não é recíproco,
porque a ideia de reciprocidade vem de uns aos outros e aqui não é para um homem se ver
uns aos outros, até porque só é um homem, não existe reciprocidade.
Então, no trecho para um homem se ver a si mesmo, a forma “se” que acompanha o verbo
não indica reciprocidade, indica apenas reflexividade. Até porque não existe reciprocidade
praticada por uma pessoa só.
COMENTÁRIO
e. Trata-se de um sujeito paciente. Há aqui uma estrutura com três verbos, uma locução
verbal de três verbos, mas é preciso se concentrar na presença do verbo “ser”, que está
seguido do verbo “acolher” (ser + particípio = voz passiva analítica).
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Quem acolhe, acolhe algo, acolhe as queixas. Não é objeto direto, porque aqui o “se” fun-
ciona como uma partícula apassivadora, a qual serve para transformar o objeto direto em
sujeito paciente.
O núcleo desse sujeito paciente é queixas, que está no plural, e é por isso que esse verbo
deve também estar no plural, para que haja a devida concordância verbal.
As queixas devem ser acolhidas é equivalente a devem se acolher as queixas.
GABARITO
1. A–E; B–E; C–C; D–E; E–C
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Elias Santana.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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