FES I - Aula 22 - Eliminação Do Trabalho Escravo
FES I - Aula 22 - Eliminação Do Trabalho Escravo
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ELIMINAÇÃO DO TRABALHO
ESCRAVO
Celso Furtado (cap. 24)
Caio Prado Jr (Cap. 18)
Prof. Edivaldo Constantino
ESTRUTURA DA AULA
O problema da mão-de-obra: Eliminação do trabalho escravo
“Esse caso extremo, entretanto, não poderia concretizar-se, pois os empresários, vendo-se privados da
mão-de-obra, tenderiam a oferecer salários elevados, retendo dessa forma parte dos ex-escravos. A
consequência última seria, portanto, uma redistribuição da renda em favor da mão-de-obra.”
“(...) sendo pouco provável que esta última (a abolição) haja provocado uma redistribuição de
renda de real significação.”
Como assim?
Traços da escravidão!
O PROBLEMA DA MÃO-DE-OBRA: ELIMINAÇÃO DO
TRABALHO ESCRAVO
Homem formado nesse sistema social está desaparelhado para responder aos estímulos
econômicos.
“Quase não possuindo hábitos de vida familiar, a ideia de acumulação de riqueza é praticamente
estranha. Demais, seu desenvolvimento mental limita extremamente suas “necessidades”.”
“Observada a abolição de uma perspectiva ampla, comprova-se que a mesma constitui uma
medida de caráter mais político que econômico. A escravidão tinha mais importância como base
de um sistema regional de poder que como forma de organização da produção.”
“Seja como for, o certo é que a escravidão só entra em debate franco depois que se começa a
reprimir efetivamente o tráfico em 1850, e ele é de fato extinto, como vimos, pouco depois.”
Caio Prado Júnior, História Econômica do Brasil. Cap. 18
A DECADÊNCIA DO TRABALHO SERVIL E SUA
ABOLIÇÃO
Lavoura sentirá falta de braços.
O café estava em período de franca expansão.
O crescimento vegetativo dos escravos era insuficiente.
Sem sucesso.
Mas institui-se taxas locais à saída dos escravos.
A DECADÊNCIA DO TRABALHO SERVIL E SUA
ABOLIÇÃO
“A lei de 28 de setembro nada produzirá de concreto, e servirá apenas para atenuar a intensidade
da pressão emancipacionista. Ela estabelecera para os filhos de escravos, até a sua maioridade,
um regime de tutela exercida pelo proprietário dos pais. Ele teria obrigação de sustentá-los, mas
podia utilizar-se de seus serviços. De modo que continuaram escravos de fato, o mesmo que os
pais. Calcula-se que por este processo a escravidão ainda levaria de cinquenta a sessenta anos
para desaparecer no Brasil.”
Tentou-se importar coolies chineses. Mas não foi bem aceita pela Inglaterra.
A DECADÊNCIA DO TRABALHO SERVIL E SUA
ABOLIÇÃO
Povo começou a participar das agitações.
Formam-se as sociedades abolicionistas: Sociedade Brasileira contra a Escravidão e a Associação Central
Emancipacionista.
“Pela mesma época alarga-se consideravelmente a agitação pela entrada em cena dos maiores e
mais diretos interessados: os próprios escravos. Até então eles se tinham mantido apenas como
espectadores passivos da luta que se travava em seu benefício; agora se tornam participantes
dela, reagindo contra seu estado por meio de fugas coletivas e abandono em massa das
fazendas.”