Teologia Pastoral
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Excelente obra almejam os que são chamados, vocacionados por Deus para servirem.
Porém, parece que uma desarmonia paira nas mentes de muitos que vêem para
servirem nos ministérios diversificados, existentes hoje no Corpo de Cristo; onde o
Parece que o lema eu nasci para comandar e mandar tem tomado espaço nos
corações dos que foram chamados para servir. Logicamente se respeita e se acata as
funções e ministério de liderança, onde o seu papel se tem como muito importante,
porém não sobrepondo aos demais; onde se pesa a mesma responsabilidade, pois o
Dom Supremo dado pôr Deus, o Espírito Santo, detém o poder de dar ou se manifestar
de diversificadas maneiras e nas mais diversas pessoas, conforme o apraz.
Assim que, nada temos de nós mesmos, pois tudo é dEle, a obra bem como o obreiro.
Se escuta o cambiar ou a desarmonia da vocação, de responsabilidades com a de
privilégios; sou cabeça e não cauda, mas o que não pensam é que devido a tamanha
responsabilidade que ser o cabeça trás, é que se existe após, a condição de levar o
corpo, direcionar o corpo; isto faz com que muitos, as vezes, desejem ser um pouco
cauda; isto para serem ou terem seu tempo de serem conduzidos e direcionados.
O que também é bom lembrar é que os ataques sempre são na parte vital do corpo, 1
e talvez não seja tão ruim assim ser ou ter a posição de cauda, não que haja uma
covarde aqui, mas sim um pensar humano; tanto porque, todos tem o seu devido
lugar e sua devida função no corpo; não é em vão que Deus, através do Dom Supremo,
determina o que cada um terá ou será na missão. Responsabilidades e privilégios se
completam, bem como o gozo do trabalho, sendo este onde for deve preencher
nossas vidas.
A nossa salvação e alento se baseia na pessoa de Cristo Jesus, o cabeça do corpo. Pôr
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Sendo então que, nós nos atamos, em poucas partes deste todo, mas que
demonstram um esboço da teologia pastoral. Teologia Ministerial implica também os
vários ministérios manifestados, como numa engrenagem, a engrenagem do Reino,
onde junta as peças, todas são de importância relevante para o bom desenvolvimento
da missão da igreja (missio eklesia), seja liderança, louvor, evangelismo, educação,
pastoreamento, misericórdia, intercessão etc.
Jesus Cristo é a máxima revelação de Deus, expressão plena de seu amor para com o
homem Nesta conclusão, observamos que Deus tem o homem como o mais
importante seja ele quem seja ou como esteja. Assim a Bíblia traz referencias do seu
IDE, visando o homem, objeto de seu amor. Neste contexto, de que Deus deseja este
relacionamento podemos rever dados bíblicos para formação de uma teologia
pastoral. Pôr exemplo: Quando a Bíblia traz palavras do próprio Jesus “ Eu vim para
...”, Meu Pai me enviou para ...”, Eu fui enviado para ...”.
“Os termos mais importantes ou destacados são enviar ou vir, e são termos usados
constantemente. Os apóstolos estão sempre envolvidos a estes termos que sempre,
também, os estão usando, como é o caso de Gálatas 4:4 Quando chegou a plenitude
dos tempos, Deus enviou a seu Filho...; e o caso de I Jo 4:9 NEle se manifestou o amor 3
de Deus pôr nós, que enviou seu Filho único ao mundo para que vivêssemos pôr Ele”.
A questão teológica está aplicada num contexto; vir revelação e vir escatológico.
Referindo-se também a um constante vir no sentido de sempre estar se adorando e
servindo, pois a Divindade está sempre neste relacionamento do céu para com a terra;
e neste vir, de revelar-se e de se manifestar escatológico (Ap 1:7; 22:7; 22:17,20; 1:4-
8; 4:8). Além destes versos outros permeiam a idéia de vir, ir, sair, e o ofício
sacerdotal, (Jo 7:16; 5:36; Mt 9:13; Jo 10:10; 12:46). Assim descreve o comentarista e
escritor: “Como o ser envolve a totalidade do universo assim também o vir envolve a
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Pôr outro lado é muito bom, e necessário, ressaltar a teologia pastoral que além de
bíblica e cristocêntrica, que logicamente não poderia de deixar de ser, tem sua ênfase
caracterizada, está pôr alguns pontos, que são eles: “Proclamação, Ensino, Serviço,
Comunhão, Profecia e Adoração”.
Profecia. A igreja nunca poderá deixar este aspecto, pois faz parte de sua
natureza mesma, ser profética. Aqui se mostra ou se ressalta a igreja como a boca
de Deus no sentido a denunciar o pecado e suas formas ou estruturas de pecado,
tanto individual como organizado. Mt 3:7-10; 14:1-12; 23:13-36; At 4:18-20; 5:27-
32; 22:26.
Aquilo que as igrejas oferecem, os pastores devem ser treinados para fornecer”.
Resultado disso será uma concepção do ministério pastoral não condizente com a
Bíblia e o fim previsível é: “que dentro de uma geração, ou no máximo duas, as igrejas
perderão a vida e a direção espiritual”.
Ainda nesse contexto, vale recordar que o termo “ministério”, no grego, aparece em
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sua maioria como “Diakonia” e é traduzido como “serviço”, “aquele que serve”.
Portanto, na junção dos termos “ministério” e “pastoral”, concebemos que se trata
de uma atividade em que a pessoa envolvida deve estar consciente de que só pode
exercer esse “ministério” se estiver disposta a servir, e isso só ocorrerá se houver
humildade. Esse líder deve se preocupar com conteúdos teológicos, ter consciência
política e de cidadania, mas não pode esquecer-se de ser exemplo de moralidade.
Quando a atitude ensinada por MacArthur não permeia o ministério pastoral, isso
acaba gerando um estilo de pastorado terreno, não fundamentado nos princípios
bíblicos. Diante dessas considerações, cabe destacar nossa preocupação de definir o
ministério pastoral, não a partir do nosso próprio conhecimento e exame, mas tendo
como princípio fundamental o que as Escrituras Sagradas ensinam a respeito dessa
atividade.
Episkopos (Bispo)
Uma dessas palavras é “bispo” ou “supervisor”, que no grego aparece como
episkopos, significando “direção”, “supervisão” e “vigia”. Da leitura do artigo de
Beyer, percebemos claramente que esse termo não foi de uso restrito da igreja nem
dos escritores Neotestamentários. Tratava-se de palavra aplicada no grego clássico
aos “deuses” que demonstravam proteção e cuidado pelos homens. Nesse mesmo
sentido, episkopos era empregada a homens que exerciam funções de vigilância e
proteção. Por isso, nos séculos 4 e 5 a.C., os funcionários do governo também eram
Percebemos, à luz desses textos, que o termo em sua origem não destacava a pessoa,
mas a função de servir o rebanho e cuidar dele, como rebanho de Deus. Além disso,
as mesmas exigências aplicavam-se tanto ao “bispo” como ao “presbítero”, como 9
veremos a seguir, demonstrando, assim, que eram termos diferentes, mas com
conteúdo sinônimo.
Presbyteros (Presbítero)
Esse termo é traduzido do grego para “presbítero” e “ancião” ou “mais velho”. Ele
designava uma pessoa com idade mais avançada em relação ao grupo. Segundo
Bornhkamm, o termo presbys era, na constituição de Esparta, um título político e
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Poimnê (Pastor)
O termo “pastor”, no grego, aparece como poimên, e seus derivativos são poimnê e
poimnion, cuja tradução é “rebanho”. Além desses, também encontramos poimanô,
traduzido por “pastorear”, “cuidar”. Outra palavra encontrada no texto bíblico é
archipoimên, que pode ser traduzida por “sumo pastor”, “pastor principal”.
No grego clássico, poimên (pastor) era título de honra aplicado a soberanos, líderes,
governantes e comandantes dos exércitos gregos. Ao que parece, esse entendimento
do termo em análise não se restringiu ao período do grego antigo, mas chegou até o
apóstolo Paulo, que emprega palavras denotando o privilégio e a honra dos que
exercem o ministério pastoral na igreja de Cristo.
Governante (lTs 5:12; lTm 3:4-5; 5:17);
Embaixador (2Co 5:20);
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Defensor (Fp1:7);
Ministro (1Co 4:1);
Exemplo (lTm 4:12; IPe 5:3).
À luz desse texto, percebemos que se esperava que o pastor conduzisse suas ovelhas
ao abastecimento de água. Podemos ter uma compreensão não muito adequada
dessa profissão pensamos se tratar de um pastor que cuidava de poucas ovelhas, mas,
se tomarmos o relato Lucas 15:1-7, notaremos que, em geral, o pastor se encarregava
do cuidado de um número razoável de ovelhas.
Fato é que o judaísmo posterior fez distinção entre pastores. Depois do exílio, os
rabinos farisaicos passaram a desvalorizar a ocupação de pastor. Eles se tomaram
suspeitos de desonestidade, e os homens piedosos foram proibidos de comprar-lhes
lã, leite e carne. Os privilégios cívicos eram negados aos pastores, como também aos
publicanos. Jeremias, ao comentar as profissões desprezíveis para os israelitas, no
período neotestamentário, inclui a de pastor.
No que se refere aos pastores, sua imagem simpática que conhecemos através da
pregação de Jesus é certamente um fato isolado; a literatura rabínica contém, quase
12 sempre, opinião desfavorável a eles, com exceção dos textos que, desenvolvendo
passagens do Antigo Testamento, apresentam Yahweh, o Messias, Moisés, Davi, como
pastores.
A profissão de pastor não era fácil como se pode pensar. Eles deveriam cuidar
incansavelmente dos animais indefesos e sua “devoção ao dever era posta à prova ao
montar-se guarda sobre o rebanho, noite após noite, contra as feras e os salteadores”.
De dia eram consumidos pelo calor; e à noite, pela geada dos campos palestinos.
Hienas, chacais e ursos apareciam com frequência, não sendo incomum a luta entre
o pastor e uma fera selvagem. Daí não serem apenas figura de linguagem as palavras
de Jesus: “O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10:11).
Por essa razão, não podiam dormir muito, faziam escalas entre si. Isaías 56:10-11
assinala que os pastores eram considerados atalaias, e a crítica de Deus, por meio do
profeta, consistia no fato de que eles eram sonhadores preguiçosos e que gostavam
de dormir. Pastores com atitudes incompatíveis à ocupação pastoral são
desconsiderados por Deus como tal. Os pastores compromissados com sua profissão,
em vez disso, construíam apriscos com paredes de pedra ou de madeira, com altura 13
suficiente para que animais predadores não pudessem saltá-las e devorar as ovelhas.
Do que foi dito até aqui, a partir da definição de “pastor” (poimên) aprendemos que
o termo aplicava-se a funções importantes, como as de governantes, generais e
ministros. Por isso, ao se referir aos pastores, Paulo os denomina “embaixadores” e
“ministros”, por exemplo. Infere-se daí que o “pastor” ocupa lugar de destaque nos
textos paulinos, como ocorre em 2Coríntios 5:18, onde lemos que Deus escolheu
reconciliar consigo os crentes através de Cristo, em que o ofício de pastor ocupa lugar
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