Módulo 5 - 2022

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MATEMÁTICA

ENSINO MÉDIO – MÓDULO V

1
Caro(a) aluno (a):

É com grande satisfação que o “CESEC – Governador Bias Fortes”, apresenta este
módulo de estudos , com intuito de lhe apoiar e contribuir no seu processo de
ensino-aprendizagem. Trata-se de um material pedagógico de fácil compreensão,
pensado na sua formação acadêmica de qualidade e nos desafios que lhes serão
impostos na sua trajetória de vida.
Este material foi desenvolvido a partir dos Cadernos do Estudante do Programa
Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho para os Centros
Estaduais de Educação de Jovens e Adultos (CEEJAs), elaborados pela Secretaria de
Educação do Estado de São Paulo, em parceria com a Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, Ciências, Tecnologia e Inovação.

Bons estudos!

2
É importante saber que também se aprende a estudar. No entanto, se buscarmos
em nossa memória, dificilmente nos lembraremos de aulas em que nos ensinaram
a como fazer.
Afinal, como grifar um texto, organizar uma anotação, produzir resumos, ficha-
mentos, resenhas, esquemas, ler um gráfico ou um mapa, apreciar uma imagem
etc.? Na maioria das vezes, esses procedimentos de estudo são solicitados, mas
não são ensinados. Por esse motivo, nem sempre os utilizamos adequadamente ou
entendemos sua importância para nossa aprendizagem.
Aprender a estudar nos faz tomar gosto pelo estudo. Quando adquirimos este
hábito, a atitude de sentar-se para ler e estudar os textos das mais diferentes disci-
plinas, a fim de aprimorar os conhecimentos que já temos ou buscar informações,
torna-se algo prazeroso e uma forma de realizar novas descobertas. E isso acontece
mesmo com os textos mais difíceis, porque sempre é tempo de aprender.
Na hora de ler para aprender, todas as nossas experiências de vida contam muito,
pois elas são sempre o ponto de partida para a construção de novas apren-
dizagens. Ler amplia nosso vocabulário e ajuda-nos a pensar, falar e escrever
melhor.
Além disso, quanto mais praticamos a leitura e a escrita, desenvolvemos melhor
essas capacidades. Para isso, conhecer e utilizar adequadamente diferentes
procedimentos de estudo é fundamental. Eles lhe servirão em uma série de
situações, dentro e fora da escola, caso você resolva prestar um concurso público,
por exemplo, ou mesmo realizar alguma prova de seleção de emprego.
Por fim, é importante lembrar que todo hábito se desenvolve com a frequência.
Assim, é essencial que você leia e escreva diariamente, utilizando os procedimentos
de estudo que aprenderá e registrando suas conclusões, observações e dúvidas.

3
Caro estudante,

∙ Todas as atividades deverão ser realizadas no caderno


e na sequência apresentada.

∙ A sequência das atividades foi desenvolvida para


garantir aprendizado e aproveitamento do seu tempo.

∙ Ao fazer os registros, deve se lembrar da necessidade


da organização e cuidado com o seu caderno.

∙ Faça uma leitura diária do material para consolidar a


sua aprendizagem.

BONS ESTUDOS!

4
MATEMÁTICA

SUMÁRIO

Capítulo 1 ‒ Trigonometria: primeiras ideias........................................................... 5

Tema 1 – Teorema de Pitágoras................................................................................................................6

Tema 2 – Trigonometria no triângulo retângulo......................................................................................12

Tema 3 – Relações no Ciclo Trigonométrico ........................................................................................... 20

Capítulo 2 ‒ Geometria Analítica ............................................................................ 26

Tema 1 – Sistema cartesiano: o ponto ...................................................................................... 26

Tema 2 – A equação da reta................................................................................................................ 34

Tema 3 – A equação da circunferência ..................................................................................... 40

5
MATEMÁTICA
CAPÍTULO 1

Relações no Ciclo Trigonométrico

Introdução
Desde a Antiguidade, astrônomos e geômetras estudam as propriedades dos triângulos
para resolver problemas, sobretudo os que possibilitam determinar medidas
inacessíveis, por exemplo, a medida do raio da Terra, a distância da Terra à Lua, a
largura de um rio ou a altura de uma montanha.
A base para esses estudos foi a semelhança de triângulos, cujo desenvolvimento levou
à criação de uma área da Matemática chamada Trigonometria.

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Teorema de Pitágoras TEM A 1

Neste tema, serão abordados assuntos relativos aos triângulos retângulos, às relações
entre ângulos e seus lados e será retomado o Teorema de Pitágoras.

Repare nas escadas que você vê no dia a dia. Você percebe que uma escada, o solo
e a parede próximos a ela formam um triângulo retângulo? Os ângulos internos desse
triângulo permitem determinar o comprimento da escada. Você sabe como?

Triângulo Retângulo

O triângulo retângulo é conhecido assim por ser um triângulo que possui um ângulo reto, ou
seja, medindo 90°. Há nele uma importante relação entre os lados, conhecida como teorema de
Pitágoras, que serve para encontrar um dos lados desconhecido, quando conhecemos os outros dois.
Chamamos de hipotenusa o maior lado do triângulo retângulo, que fica oposto ao ângulo reto, e os
demais lados são conhecidos como catetos. O teorema de Pitágoras diz que a soma do quadrado dos
catetos é sempre igual ao quadrado da hipotenusa.

Características do triângulo retângulo

O triângulo retângulo é um polígono que possui dois ângulos agudos e um ângulo reto. Além
disso, os seus lados recebem nomes específicos, o maior deles é conhecido como hipotenusa, que
sempre fica de frente ao ângulo reto, os outros dois lados são chamados de catetos.

As propriedades válidas para o triângulo


também valem para o triângulo retângulo, como:
a soma dos seus ângulos internos é sempre igual
a 180°. No entanto, especificamente, como um
dos ângulos do triângulo retângulo já mede 90°,
consequentemente, a soma dos outros dois
ângulos é igual a 90° e eles são agudos.

7
Teorema de Pitágoras
O Teorema de Pitágoras é um dos assuntos mais conhecidos da Matemática. Ele é uma das
primeiras coisas que lembramos quando falamos sobre geometria ou trigonometria. Sua
descoberta foi importante para a época, pois impulsionou inúmeros outros estudos, os quais
fizeram com que a matemática avançasse até os dias atuais. Seu enunciado é simples, assim como
os cálculos envolvidos.

Esse teorema só pode ser aplicado em um triângulo retângulo, que é aquele onde há um ângulo
igual a 90°, que chamamos de ângulo reto. Daí o nome, triângulo retângulo. Para compreender,
veja, abaixo, uma figura.

Em um triângulo retângulo, o lado maior, CB, recebe o nome de Hipotenusa. Este lado sempre
estará oposto ao ângulo reto. Os outros dois lados, AC e AB recebem o nome de Cateto.

O enunciado do Teorema diz o seguinte:

“O quadrado da medida da hipotenusa é igual a soma do quadrado das


medidas dos catetos”

Observando a figura acima, podemos resumir, matematicamente, o enunciado em:

Exemplos:

1) A diagonal de um retângulo mede 10 cm, e um de seus lados mede 8 cm. A superfície desse
retângulo mede:

a) 40 cm²
b) 48 cm²
c) 60 cm²
d) 70 cm²
e) 80 cm²
8
Resolução:
Desenhando o retângulo com as características informadas:

Para calcular a área precisamos saber a medida do outro lado, que pode ser descoberto pelo
teorema de Pitágoras:
10² = 8² + x²
100 = 64 + x²
100 – 64 = x²
36 = x²
x=6

Calculando a área do retângulo: Área = 8.6 = 48 cm²

2) Roberto irá cercar uma parte de seu terreno para fazer um canil. Como ele tem um
alambrado de 10 metros, decidiu aproveitar o canto murado de seu terreno (em ângulo reto)
e fechar essa área triangular esticando todo o alambrado, sem sobra. Se ele utilizou 6 metros de
um muro, do outro muro ele irá utilizar, em metros,

a) 7.
b) 5.
c) 8.
d) 6.
e) 9.

Resolução:
A questão fala em cercar um canto murado, utilizando 10m de tela. Temos claramente um
triângulo retângulo. Veja a figura:
Basta utilizarmos o teorema de pitágoras, onde 10 é a hipotenusa, um cateto é 6 e o outro vamos
chamar de x:
10² = 6² + x²
100 = 36 + x²
x² = 100 – 36
x² = 64
x=8

3) Pretende-se colocar uma escada junto a um prédio com 12 metros de altura. Tendo em conta
que a escada vai ficar 5 metros afastada do prédio, qual deverá ser o comprimento da escada,

9
de modo a que, esta consiga alcançar o topo do prédio?

Reparem que a escada, em conjunto com a parede do prédio e o chão formam um triângulo retângulo.
Assim sendo, podemos utilizar o Teorema de Pitágoras para calcular o comprimento da escada. O
comprimento da escada é a hipotenusa, o chão é um dos catetos e a parede do prédio é o outro cateto.
Os cálculos para encontrar o comprimento da escada seriam feitos da seguinte forma:

4) Na figura abaixo, que representa o projeto de uma escada de 5 degraus de mesma altura, o
comprimento total do corrimão é igual a:

a) 1,8 m.
b) 1,9 m.
c) 2,0 m.
d) 2,1 m
e) 2,2 m.

Observe que a altura entre o primeiro degrau e o


corrimão é de 90 cm. Somando o comprimento de
cada degrau, obteremos 5 . 24 = 120 cm

Observe que será formado um triângulo retângulo de catetos 90 cm e 120 cm. Podemos aplicar
o Teorema de Pitágoras para encontrar a medida do corrimão:

a2=b2+c2
a2=902+1202
a2=8100+14400
a2=22500

10
a = √22500
a = 150cm

Assim, o corrimão terá 150 cm. Mas observe que ainda há dois pedaços do corrimão, ambos de
30 cm, assim, a medida do corrimão será 150 cm + 60 cm = 210 cm. Transformando para metros
(dividindo por 100) teremos 2,1 m. Alternativa D.

ATIVIDADE Teorema de Pitágoras

1) Carla ao procurar seu gatinho o avistou em cima de uma árvore. Ela então pediu ajuda a sua
mãe e colocaram uma escada junto à árvore para ajudar o gato a descer.

Sabendo que o gato estava a 8 metros do


chão e a base da escada estava posicionada
a 6 metros da árvore, qual o comprimento
da escada utilizada para salvar o gatinho?

a) 8 metros.
b) 10 metros.
c) 12 metros.
d) 14 metros.

2) Uma represa no formato retangular possui dimensões de 30 metros por 40 metros. Qual
será a distância percorrida por uma pessoa que atravessa essa represa pela sua diagonal?

a) 45 metros
b) 50 metros
c) 65 metros
d) 70 metros
e) 80 metros

3) Determine a medida de um cateto que faz parte de um triângulo retângulo, cuja hipotenusa
é 20 cm e o outro cateto mede 16 cm.

4) A figura mostra um edifício que tem 15 m de altura, com uma escada colocada a 8 m de sua
base ligada ao topo do edifício. O comprimento dessa escada é de:

a) 12 m.
b) 30 m.
c) 15 m.
d) 17 m.
e) 20 m.

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5) Para executar um serviço, o trabalhador apoiou na laje de sua casa a escada de 4,3 m de
comprimento como mostra o esquema abaixo:

A base da escada, apoiada


sobre um piso horizontal
está afastada 1,8 m da
parede.
Qual é a altura aproximada
da construção?

Trigonometria do triângulo retângulo TEM A 2

Neste tema, às relações entre ângulos e seus lados e será retomado o Teorema de
Pitágoras.

Repare nas escadas que você vê no dia a dia. Você percebe que uma escada, o
solo e a parede próximos a ela formam um triângulo retângulo? Os ângulos
internos desse triângulo permitem determinar o comprimento da escada. Você
sabe como?

Da semelhança de triângulos à Trigonometria do triângulo retângulo


Atualmente, os problemas de medições indiretas, ou seja, aquelas que pos-
sibilitam determinar distâncias inacessíveis, são resolvidos com tecnologia de
ponta, como nos sistemas de GPS, controlados por computadores e conectados
em satélites e instrumentos de precisão, como os teodolitos utilizados por topó -
grafos e agrimensores.

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Entretanto, o princípio utilizado na programação desses computadores é o
mesmo desenvolvido pelos gregos há mais de dois milênios, com base na
semelhança de triângulos e na Trigonometria.

Veja como isso funciona analisando os triângulos retângulos na figura a seguir

Nessa figura, pode-se observar vários triângulos retângulos que são seme-
lhantes, em especial os triângulos OAB e OCD. O que esses triângulos têm em
comum são os ângulos internos: o ângulo reto; o ângulo α, que é comum; e o ter-
ceiro ângulo, que, para complementar 180°, tem que medir 90° – α. Por
exemplo: se α = 30o, o terceiro ângulo mede 60°.

Uma vez que são triângulos semelhantes, a razão entre seus lados correspon-
dentes é constante.
Diz-se que as razões entre catetos e hipotenusa ou entre os dois catetos é uma
função do ângulo α. Os matemáticos denominaram essas funções de funções tri-
gonométricas, das quais as principais são as funções seno, cosseno e tangente
de um ângulo.
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Seno e cosseno de um ângulo

Através da razão entre os lados do triângulo podemos definir as principais razões


trigonométricas, são elas:

• Seno
• Cosseno
• Tangente

Considere o triângulo ABC, reto em C, da figura


seguir:

As razões trigonométricas básicas são obtidas


através das relações entre os lados do triângulo.

Vamos exemplificar cada uma delas.

Seno

O Seno de um ângulo agudo em todo triângulo retângulo é a razão entre a medida do cateto
oposto a esse ângulo e a medida da hipotenusa.

Cosseno

O Cosseno de um ângulo agudo em qualquer triângulo retângulo é a razão entre a medida do


cateto adjacente a esse ângulo e a medida da hipotenusa.

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Tangente de um ângulo

A Tangente de um ângulo agudo em todo triângulo retângulo é a razão entre a medida do


cateto oposto a esse ângulo e a medida do cateto adjacente a esse ângulo.

Exemplos:
1) Calcular o seno, o cosseno e a tangente do ângulo alfa

2) No triângulo da figura calcule:

Ângulos Notáveis

Entre os ângulos agudos de um triângulo, existem três que aparecem com mais frequência em
problemas de trigonometria evolvendo triângulos. Esses ângulos são chamados ângulos
notáveis, são os de 30°, 45° e 60°.

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A tabela a seguir mostra as medidas deles.

Problemas com ângulos notáveis

Exercícios resolvidos razões trigonométricas

1) (UFPI) Um avião decola, percorrendo uma trajetória retilínea, formando com o solo, um
ângulo de 30º (suponha que a região sobrevoada pelo avião seja plana). Depois de percorrer
1 000 metros, qual a altura atingida pelo avião?

A altura será de 500 metros.

2) (Cefet – PR) A rua Tenório Quadros e a avenida Teófilo Silva, ambas retilíneas, cruzam-se
conforme um ângulo de 30º. O posto de gasolina Estrela do Sul encontra-se na avenida Teófilo
Silva a 4 000 m do citado cruzamento. Portanto, determine em quilômetros, a distância entre
o posto de gasolina Estrela do Sul e a rua Tenório Quadros?

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3)

ATIVIDADE Aplicações das razões trigonométricas

1) (CBM-SC, soldado-2010) Para socorrer uma pessoa num apartamento durante um


incêndio, os bombeiros utilizarão uma escada de 30m, que será colocada conforme a figura a
seguir formando com o solo um ângulo de 60º. Qual a distância do apartamento ao chão?
(Utilize sen60º=0,87; cos60º=0,5 e tg60º= 1,73)

a) 15 m.
b) 26,1 m.
c) 34,48 m.
d) 51,9 m.

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2) Um teleférico foi instalado ligando uma base ao
cume de uma montanha. Para a instalação, foram
utilizados 1358 m de cabos, dispostos a uma
angulação de 30° em relação ao solo. Qual a altura da
montanha?

3) A vista superior de um parque mostra dois


caminhos para se chegar ao ponto C, a partir do
ponto A. Uma das opções é ir para B, onde há
bebedouros e lugares de descanso e, depois ir para
C. Caso um visitante do parque queira ir direto
para C, quantos metros ele terá caminhado a
menos do que a primeira opção?

Considerar as aproximações:
sen 58° = 0,85
cos 58° = 0,53
tan 58° = 1,60

4) Durante uma partida de futebol, o jogador 1


faz um lançamento para o jogador 2 com um
ângulo de 48°. Qual a distância que a bola deverá
percorrer até chegar ao jogador 2?

Considere:
sen 48° = 0,74
cos 48° = 0,66
tan 48° = 1,11

5) Um avião levantou voo, formando um ângulo de 20º com o solo, e atingiu uma altura de
1368 metros. A distância percorrida pelo avião, em metros quadrados, foi de:
(Use: sen 20º = 0,342; cos 20º = 0,94; tg 20º = 0,364)
a) 2 km
b) 3 km
c) 4 km
d) 5 km
e) 6 km

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6) Uma tirolesa será feita em uma montanha que possui 100 metros de altura. Sabendo que
ela será amarrada de tal modo que forme com o chão um ângulo de 30º, qual deve ser o
tamanho do cabo da tirolesa?
a) 100 m
b) 125 m
c) 150 m
d) 175 m
e) 200 m

7) Um avião decola com uma inclinação de 15°em relação ao horizonte. Após


percorrer 500m nesta direção, qual será a altura do avião em relação à pista?
(Utilize sen 15°=0,26;cos15°=0,97;tg 15°=3,73).

8) Um cabo foi colocado a uma distância de 51 metros de uma torre de energia elétrica. Se o
ângulo que o cabo faz com o chão é de 32°, qual é o comprimento do cabo?
(Utilize: sen 32°=0,53, cos32°=0,85, tg 32°=0,62)

9) Para medir a largura de um rio, uma pessoa se posiciona no ponto P, na margem oposta em
relação a uma árvore no ponto A. Depois caminha 10m10m seguindo a margem e, com um
instrumento de medição de ângulos, determina que P𝑄̂A=74°. Calcule, em metros, a
largura l do rio. (Utilize sen 74°=0,96, cos74°=0,28, tg 74°=3,5)

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10) No desenho abaixo está representado o
instante em que um satélite de órbita baixa
transmite o sinal para uma antena receptora.

Qual é a distância S que esse sinal de satélite deve


percorrer para chegar até a antena receptora?

Relações no Ciclo Trigonométrico TEMA 3


Neste tema, os conhecimentos adquiridos sobre seno, cosseno e tangente serão
ampliados e vistos de outra perspectiva.

Você já reparou que os ponteiros do relógio passam várias vezes pelos mesmos
números e marcam ora o horário da manhã, ora o horário da noite?
Será que ciclos como esses, com eventos que se repetem inúmeras vezes, estão
relacionados com Trigonometria?

Ciclo trigonométrico

O Ciclo Trigonométrico, também chamado de Ciclo ou Circunferência Trigonométrica, é uma


representação gráfica que auxilia no cálculo das razões trigonométricas.

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De acordo com a simetria do círculo trigonométrico temos que o eixo vertical corresponde
ao seno e o eixo horizontal ao cosseno. Cada ponto dele está associado aos valores dos
ângulos.

Quadrantes no Ciclo Trigonométrico

Quando dividimos o círculo trigonométrico em quatro partes iguais, temos os quatro


quadrantes que o constituem. Para compreender melhor, observe a figura abaixo:

• 1.° Quadrante: 0º
• 2.° Quadrante: 90º
• 3.° Quadrante: 180º
• 4.° Quadrante: 270º

Ciclo Trigonométrico e seus sinais


De acordo com o quadrante em que está inserido, os valores do seno, cosseno e tangente
variam.
Ou seja, os ângulos podem apresentar um valor positivo ou negativo.

Para compreender melhor, veja a figura abaixo:

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Comprimento do Ciclo Trigonométrico
Antes de falarmos sobre o comprimento de uma circunferência, é importante recapitular o
que é circunferência e o que é círculo.

A dica é sempre lembrar que a circunferência é o contorno do círculo, ou seja, a


circunferência é formada por todos os pontos cuja distância ao centro é igual ao raio,
enquanto o círculo é formado pela circunferência e por todos os pontos internos a ela.

O comprimento da circunferência é justamente o perímetro do círculo.

Observe na figura que:


• r representa o raio;
• a circunferência está representada pela cor vermelha,
desprezando-se a espessura;
• o círculo está representado pelas cores amarela e
vermelha;

Comprimento de circunferência
Trata-se da mesma ideia de quando se calcula o perímetro de um polígono. O comprimento
da circunferência é calculado por:

C = 2·π·r
C → comprimento
r → raio
π → (lê-se: pi)

Exemplo 1.
Calcular o comprimento de uma circunferência de raio igual a 10 cm.
C=2.π.r
C = 2 . 3,14 . 10
C = 62,8 cm

Exemplo 2.
Calcular o comprimento de uma circunferência de raio igual a 2 metros.
C=2.π.r
C = 2 . 3,14 . 2
C = 12,56 m

Exemplo 3.
Calcular o comprimento de uma circunferência de raio igual a 50 cm.
C=2.π.r
C = 2 . 3,14 . 50
C = 314 cm
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ATIVIDADE Comprimento da Circunferência
1) Calcule o comprimento de uma circunferência de raio 40 cm. (Use π = 3,14)
2) Medindo o comprimento de uma circunferência com um barbante, obteve-se 94,2 cm. Qual
a medida do raio e do diâmetro dessa circunferência? (Use π = 3,14)
3) O raio da roda de uma bicicleta mede 25cm.
a) Qual o comprimento da circunferência da roda?
b) Quantos centímetros a bicicleta percorrerá após a roda efetuar 30 voltas? (Use π = 3,14)

4) Uma pista de atletismo tem a forma circular e seu diâmetro mede 80 m. Um atleta treinando
nessa pista deseja correr 10 km diariamente. Determine o número mínimo de voltas completas
que ele deve dar nessa pista a cada dia

Conversões de Medidas de Ângulos

Quando medimos o ângulo de um arco utilizamos como unidade o grau ou o radiano. Temos
que 1º (um grau) possui 60’ (sessenta minutos) e 1’ (um minuto) possui 60” (sessenta
segundos). Uma circunferência possui 360 arcos de abertura igual a 1°.

No caso da medida em radianos, dizemos que o arco mede um radiano (1 rad) se o seu
comprimento for igual ao comprimento do raio da circunferência que se encontra o arco
medido.

Convertendo Graus em Radianos

Uma volta completa no círculo trigonométrico corresponde, em graus, a 360º e em


radianos, 2π, pois no caso de medida de ângulo, o valor de π (pi) passa a ser referente a
180º. Dessa forma, se temos um ângulo na unidade grau podemos transformá-lo para a
unidade radiano e vice-versa por meio da aplicação de uma simples regra de três.

Exemplo 1
Transformar 60º em radianos.

23
Exemplo 2
Transformar 110º em radianos

Convertendo Radianos em Graus


Na conversão de radianos para graus, basta substituirmos o valor de π por 180º. Veja
exemplos:

ATIVIDADE Conversão de unidades de medidas de ângulos


1) Converter:

a) 300° em radianos;

b) 150° em radianos;

c) 230° em radianos;

d) 310° em radianos;

e) 135° em radianos;

2) Converter:

a) 7π/6 rad em graus;

b) 5π/4 rad em graus;

c) 4π/3 rad em graus;

d) 11π/6 rad em graus;

e) 2π/3 rd em graus;

24
MATEMÁTICA
CAPÍTULO 2

GEOMETRIA ANALÍTICA

Introdução
O sistema utilizado para representar pontos por meio de
pares ordenados é chamado sistema cartesiano ouplano
cartesiano, em homenagem ao filósofo e matemático
francês René Descartes (1596-1650), que, em 1637,
publicou um método de resolução de problemas de
Geometria usando Álgebra e de problemas de Álgebra
usando Geometria. A reunião dessas duas áreas da
Matemática é denominada Geometria Analítica.

Sistema cartesiano: o ponto TEM A 1

Neste tema, você aprofundará seus conhecimentos sobre medição de distâncias,


e verá como se determina a posição de um ponto por meio de coordenadas.

Você já estudou a localização de um ponto da Terra por meio de coordenadas


geográficas que indicam a latitude e a longitude? E, para localizar ruas, você já
utilizou um mapa com sistema de coordenadas de letras e números? Ao
utilizar um celular ou GPS para encontrar determinado lugar, reparou que ele
também usa umsistema de coordenadas?

Plano cartesiano
O plano cartesiano da Geometria Analítica, tratado nesta Unidade, é o mesmo
usado para construir gráficos de funções, sendo constituído por dois eixos per-
pendiculares e orientados: o eixo das abscissas (horizontal) e o eixo das
ordenadas (vertical). Esses dois eixos definem quatro regiões do plano
chamadas de quadrantes.
25
Na Geometria Analítica,

© Sidnei Moura
2o quadrante 1o quadrante
qual- quer ponto do plano
cartesiano é representado 4
por um par ordenado (x, y),
que é a localização do ponto.
O x indica a abscissa, 3
marcada no eixo horizontal, ordenada
e o y indica a orde- nada,
marcada no eixo vertical. 2

Analisando o sinal dos 1 0 1 2 3 4


números do par ordenado, é
ssa
possível saber em que
região do plano o ponto se ordenada

encontra: no 1o, 2o, 3o ou 4o


quadrante.
ssa
3o quadrante 4o quadrante

Se a abscissa do ponto é positiva, o ponto está à direita do eixo vertical; se a


ordenada do ponto é positiva, o ponto está na parte superior do plano
cartesiano, acima do eixo horizontal.

Observe, na figura ao lado,


que os sinais dos pontos
determinam em qual
quadrante ele se encontra: o
ponto C, por exemplo, que
tem todas as coordenadas
negativas, está no 3o
quadrante. Se você
reparar em todos os
pontos da figura, perceberá
um padrão, conforme a
tabela abaixo.

26
Sinal da abscissa (x) Sinal da ordenada (y) Quadrante

+ + 1o

– + 2o

– – 3o

+ – 4o

Com isso, mesmo que um ponto não possa ser visto ou representado no plano
cartesiano, é possível saber com segurança em qual quadrante ele se localiza.
Por exemplo, (– 37, 45) é um ponto do 2o quadrante: à esquerda do eixo das
ordenadas e acima do eixo das abscissas.
Com base nas coordenadas dos pontos no plano cartesiano, é possível determinar:

a) a distância entre dois pontos;


b) se três pontos estão alinhados, ou seja, se pertencem a uma mesma reta;
c) as coordenadas do ponto médio de um segmento.

Distância entre dois pontos


Dados dois pontos distintos do plano cartesiano, é possível determinar a
distância entre eles calculando a medida do segmento de reta que tem os dois
pontos como extremidades. Para isso, basta aplicar o teorema de Pitágoras.
Sejam os pontos A(xa, ya) e B(xb, yb) no plano cartesiano. Na figura a seguir,
esses pontos determinam as extremidades do segmento ̅𝐴𝐵 ̅̅̅̅ e, como esse
segmento está inclinado em relação aos eixos, ele coincide com a hipotenusa de
um triângulo retângulo cujos catetos medem (xb – xa) e (yb – ya).

27
Pode-se usar essa fórmula para determinar a distância dos pontos A(2, 3) e B(6, 6).

© Sidnei Moura
y
7

7 x

A distância entre os pontos A e B é, portanto, 5.

Agora, observe o cálculo da distância entre dois pontos, P(– 2, – 3) e Q(3, 9), apli-
cando-se essa fórmula, mas sem representá-los graficamente. Note que P é um
ponto do 3o quadrante, e Q, um ponto do 1o quadrante.

A distância entre os pontos P e Q é 13.

28
Alinhamento de três pontos

Outro problema que se pode resolver utilizando as coordenadas do plano


cartesiano é determinar se três pontos estão alinhados.

O modo de verificar se três pontos estão alinhados é organizar as coordenadas


dos pontos em uma tabela e usar um dispositivo prático de multiplicação
em cruz.

As coordenadas dos três pontos devem ser organizadas de modo que as abscis-
sas fiquem na primeira linha da tabela e as ordenadas na segunda linha. Na
quarta coluna, devem ser repetidas as coordenadas da primeira coluna.

Exemplo 1.
Verifique se os pontos A(5, 5), B(1, 3) e C(0, 5) estão alinhados.
Solução: devemos fazer o cálculo do determinante das coordenadas dos pontos A, B e C e verificar
se o resultado é igual a zero.

Como o determinante das coordenadas dos pontos resultou em um valor diferente de zero, podemos
concluir que os pontos A, B e C não estão alinhados.

Exemplo 2.
Determine o valor de c para que os pontos A(4, 2), B(2, 3) e C(0, c) estejam alinhados.
Solução: para que os pontos A, B e C estejam alinhados, o determinante de suas coordenadas deve
ser igual a zero. Assim, temos que:

29
Fazendo o cálculo do determinante obtemos:
12 + 0 + 2c – 4 – 4c – 0 = 0
ou
8 – 2c = 0
2c = 8
c = 4.

Exemplo 3
Dados os pontos A (2, 5), B (3, 7) e C (5, 11), vamos determinar se estão alinhados.

Diagonal principal

2 .7 . 1 = 14
5 . 1 .5 = 25
1 .3 . 11 = 33

Diagonal secundária

1 . 7 . 5 = 35
2 . 1. 11 = 22
5 . 3. 1 = 15

Somatório diagonal principal – Somatório diagonal secundária

(14 + 25 + 33) – (35 + 22 + 15)

72 – 72 = 0

Os pontos somente estarão alinhados se o determinante da matriz quadrada calculado pela regra
de Sarrus for igual a 0.

30
IMPORTANTE!

Ponto médio de um segmento de reta


Segmento de reta é limitado por dois pontos de uma reta. Por exemplo, considere a reta r e dois
pontos A e B que pertencem a essa reta.

A distância dos pontos A e B é o segmento da reta r.

Por ser um “pedaço” de uma reta podemos medir o seu comprimento (distância entre dois
pontos de uma reta), assim possuindo seu ponto médio (ponto que separa o segmento ao
meio).

Vamos determinar as coordenadas do ponto médio do segmento PQ da figura.

Assim, o ponto médio tem coordenadas:

31
Exemplo

Determine as coordenadas do ponto médio do segmento AB de extremos A (1, 9) e B (7, 5).


Solução: Temos que

Portanto, o ponto médio do segmento AB tem coordenadas M (4 , 7)

ATIVIDADE Pontos
1 Dê as coordenadas dos pontos indicados no plano cartesiano.

© Sidnei Moura
y
5

1 2 3 4

3
2 Sejam os pontos A(3, 4), B(– 2, 3), C(2, 0), D(0, – 3), E( , – 5), F(– 1, 1) e G(2, – 2).
2

a) Indique quais são os pontos do 3o quadrante.

b) Indique quais são os pontos que estão sobre os eixos.

3 Determine as distâncias entre os seguintes pontos:

a) P(4, 3) e Q(7, 3)
b) P(4, 7) e Q(4, 3)
c) P(– 7, – 5) e Q(5, 0)
d) P(4, – 1) e Q(4, 1)

4 Calcule a distância entre os pontos (0, 0) e (3, 4).

32
5 Entre os pontos de cada item a seguir, verifique quais estão alinhados:
a) (– 1, – 1), (1, 1) e (2, 5) c) (– 2, 3), (– 3, 2) e (0, 0)

b) (– 2, –2), (1, 1) e (2, 2) d) (6, – 9), (0, 0) e (– 2, 3)

6 Determine o valor de m para que os pontos (m, 2), (3, 1) e (0, –1) estejam alinhados.

7 Em cada caso, determine as coordenadas do ponto médio:


a) (2, 6) e (12, 20) b) (– 3, 5) e (3, – 5)

A equação da reta TEM A 2

Neste tema, você vai ver como traçar uma reta por meio da determinação
dedois de seus pontos no plano cartesiano.

Você já percebeu que os trilhos do metrô e do trem são formados por retas, que
mantêm a mesma distância uma da outra em todo o seu percurso? E que, no mapa
do metrô, algumas linhas se cruzam em determinados pontos?

O estudo da reta

Equação geral da reta


Imagine um ponto P móvel que esteja sempre alinhado a dois pontos fixos, A e B.
Nessas condições, esse ponto P pode ocupar infinitas posições, e esses infinitos
pontos alinhados aos pontos A e B determinam uma reta.

33
Dois pontos definem uma reta. Desta forma, podemos encontrar a equação geral da reta
fazendo o alinhamento de dois pontos com um ponto (x,y) genérico da reta.

Sejam os pontos A (xa, ya) e B (xb ,yb), não coincidentes e pertencentes ao plano cartesiano.

Três pontos estão alinhados quando o determinante da matriz associada a esses pontos é igual
a zero. Assim devemos calcular o determinante da seguinte matriz:

Desenvolvendo o determinante encontramos a seguinte equação:

(ya - yb) x + (xb - xa) y + xayb - xbya = 0

Vamos chamar:

a = (ya - yb)
b = (xb - xa)
c = xayb - xbya

A equação geral da reta é definida como:

ax + by + c = 0
Onde a, b e c são constantes e a e b não podem ser simultaneamente nulos.

Exemplos:
1) Encontre uma equação geral da reta que passa pelos pontos A (-1, 8) e B (-5, -1).

Primeiro devemos escrever a condição de alinhamento de três pontos, definindo o matriz


associada aos pontos dados e a um ponto genérico P (x ,y) pertencente a reta.

Desenvolvendo o determinante, encontramos:

(8+1) x + (1-5) y + 40 + 1 = 0

A equação geral da reta que passa pelos pontos A (-1,8) e B (-5,-1) é:

9x - 4y + 41 = 0

34
2) Encontre a equação da reta que passa pelos pontos A (2, 4) e B (3, 7).

Resolução:

Calculando o determinante e igualando ele a zero, temos que:

Então a equação geral da reta é:

−3x + y + 2=0

3) Analise a reta apresentada no plano cartesiano a seguir:

Encontre a equação da reta r.

Resolução:

Analisando o gráfico, podemos destacar os pontos A (2, 1) e B (5, 4). Então calcularemos
o determinante igualado a zero:

35
Note que todos os termos são múltiplos de 3, logo, podemos dividir todos os elementos por
3, encontrando a equação geral da reta:

−x + y + 1=0

Equação reduzida da reta

A equação reduzida da reta é a maneira de representar de forma algébrica a reta, sendo


possível obter, por meio do estudo da geometria analítica, informações importantes sobre
o comportamento da reta quando representada no plano cartesiano.

A equação reduzida da reta é a equação y = mx + n, em que m e n são, respectivamente, os


coeficientes angular e linear, e x e y são, respectivamente, a variável independente e
dependente.

Por meio do valor do coeficiente angular, é possível saber se a reta é crescente, decrescente
ou constante. Já o coeficiente linear mostra o ponto em que a reta intercepta o eixo vertical
y.

Vale salientar que m e n são números reais.

Exemplos:

a) y = 2x – 4
m=2en=–4

b) y = – 3x + 5
m=–3en=5

A equação da reta nos dá a coleção de pontos que formam a reta no plano cartesiano,
sendo possível analisar o gráfico por meio da equação e fazer a sua representação no plano
cartesiano.

Para entender como encontrar a equação da reta, vamos antes conhecer o significado de
cada um dos seus coeficientes e aprender a encontrá-los.

36
Como calcular o coeficiente angular da reta?
O coeficiente angular está ligado à inclinação da reta e o cálculo desse coeficiente pode
ser feito de duas maneiras:

1º) quando conhecemos a inclinação da reta em relação ao eixo x;


2º) quando conhecemos dois pontos pertencentes à reta.

Mais usado que o primeiro caso, no segundo caso encontramos o coeficiente angular da reta
conhecendo dois pontos A(x1,y1) e B (x2, y2). Para isso, utilizamos a fórmula a seguir:

Exemplos:
1) Para compreender melhor vamos calcular o coeficiente angular da reta que passa por A
(– 5; 4) e B (3,2):
𝑦2− 𝑦1
m=𝑥
2− 𝑥1

2−4
m = 3−5
−2
m = −2
m=1

2) Determine o coeficiente angular da reta r, que passa pelos pontos A(1,4) e B(2,3).

Sendo,

x1 = 1 e y1 = 4
x2 = 2 e y2 = 3

37
ATIVIDADE 1 Retas

1 Determine a equação da reta que passa pelos pontos:

a) A(0, 0) e B(2, 3) b) C(– 1, 2) e D(3, 4)

2 Determine a equação da reta que passa pelos pontos (3, 0) e (0, 4) na


forma geral e reduzida.

3 Determine os coeficientes angulares e lineares de cada uma das retas


cujas equações são:
a) 2x + 3y + 6 = 0 b) – 3x + 5y – 15 = 0

4 Encontre a equação reduzida da reta que passa pelos pontos:

a) (1, 2) e (2, 5)

b) (1, 2) e (2, 4)

c) (2, 2) e (5, 5)

A equação da circunferência TEMA 3

Neste tema, você vai perceber que é possível representar uma circunferência
também por meio de equações, utilizando o plano cartesiano.

Você já reparou que o símbolo das Olimpíadas é formado pela união de cinco
circunferências? E que muitos logotipos são circulares?
As embalagens e peças publicitárias são desenhadas por meio de programas
de computador. Você imagina como isso é feito? Esses programas
interpretam equações da circunferência.

38
Circunferência
O conjunto de todos os pontos equidistantes de um ponto fixo de
coordenadas (a, b) a uma distância r é uma circunferência com centro em
C (a, b) e raio r.

Um ponto P(x, y), nessas condições, satisfaz à relação obtida do teorema de


Pitágoras:
(𝒙 − 𝒂)𝟐 + (𝒚 − 𝒃)𝟐 = 𝒓𝟐

Essa é a equação reduzida da circunferência de centro em C (a, b) e raio r.


Para saber, por exemplo, qual é a equação da circunferência de centro no
ponto (6, 5) e raio r = 3, basta substituir na equação:
(x – 6)2 + (y – 5)2 = 9

ATIVIDADE Equação da circunferência

1 Determine a equação da circunferência em que são dadas as coordenadas


do centro e a medida do raio:
a) C(0, 0), r = 5
b) C(2, 3), r = 1
c) C(3, – 4), r = 5
d) C(0, 4), r = 4
e) C(3, 0), r = 3
f) C(– 1, – 2), r = 7

39
Localização com GPS

Vivemos em uma era de grandes avanços nas comunicações e com grande


desenvolvimento da tecnologia, em especial da informática, que parece não ter
limites.
Nos últimos anos, nos acostumamos com aparelhos de celular de última geração,
automóveis que usam aparelhos de localização por meio do GPS (sigla em inglês
para Sistema Global de Posicionamento) e softwares que possibilitam ver tanto o
telhado de nossa casa quanto uma praça no centro de Portugal.
Uma das novidades desses novos tempos é que, no momento em que alguém
faz uma chamada por celular, a companhia de telefonia tem a localização exata
daquele aparelho.
Isso tem sido usado das mais variadas maneiras, e tem seus prós e contras.
Alguns, por exemplo, gostam de postar fotos que indicam onde estão, para
que os amigos possam saber e, se for o caso, encontrá-los mais tarde. A
localização de alguém por meio dessas tecnologias também permite aos órgãos
de segurança desvendar crimes, desde que os dados sejam acessados por
intermédio de autorização judicial. Por outro lado, alguns questionam o perigo
da invasão de privacidade.
Você deve estar se perguntando: O que isso tem a ver com o que estou estu -
dando? O fato é que a possibilidade da localização por meio de GPS e outras
tecnologias se faz por meio de coordenadas e equações matemáticas – trata-se
de uma aplicação da Geometria Analítica, além de outras ferramentas
matemáticas.
Os aparelhos celulares emitem sinais captados pelos sensores das torres de
telefonia, que, conectadas a centrais de computadores, conseguem determinar
a direção e a intensidade dos sinais, tornando possível localizar o aparelho por
meio de suas coordenadas.
Observe a figura a seguir: o processo de localização ocorre quando há
intersecção de duas circunferências.
© Sidnei Moura

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