PROJETO DE ENSINO - 3 de 17 - EJA

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INTRODUÇÃO

Esse trabalho acadêmico estrutura-se na proposta de produção de uma


iniciativa de plano pedagógico fundamentada no desenvolvimento da leitura, escrita
e interpretação dentro do processo de alfabetização e letramento, tal proposta se
encontra uma conjuntura na modalidade de Ensino para Jovens e Adultos.
Averigua-se que o perfil dos estudantes da EJA necessitam de estratégias
diferenciadas para o processo de alfabetização desse público, tais metodologias
devem vincular-se ao máximo as peculiaridades do dia-a-dia dos sujeitos com os
conhecimentos formais, constantemente valorizando os conhecimentos prévios e
assim, incitar a construção de novos saberes.
Essa atividade é demasiadamente significante devido ao fato de fazer alusão
a uma situação real do cotidiano do professor, esse trabalho acadêmico visa
investigar as especificidades presentes as turmas da EJA, ademais, também os
aspectos do processo de aprendizagem, como a variação linguística, o conceito de
leitura de mundo idealizado por Paulo Freire a alfabetização e letramento.
TEMA

Averiguando-se sobre a distinção, mas, da inseparabilidade dos processos de


leitura, escrita e interpretação da alfabetização e letramento, os conhecimentos em
questão se apresentam como essenciais para a possibilidade da gênese de
metodologias mais particulares para a EJA.
Utilizando-se dos trabalhos de Soares (2006), compreende-se que a
alfabetização, em uma conotação etimológica, significa: levar a obtenção do
alfabeto, ou seja, ensinar a ler e escrever. Sendo assim, a especificidade da
alfabetização é a aquisição do código alfabético e ortográfico, por via do
desenvolvimento das habilidades de escrita e leitura.
Como processo autônomo da alfabetização, contudo, essencialmente ligado a
ela existe o letramento, Soares (2006), evidencia a atualidade do uso do conceito de
“letramento”, que denota o processo relacional dos indivíduos com a cultura escrita.
Desta maneira, é incorreto afirmar que uma pessoa é iletrada, porque todos os
sujeitos possuem uma conexão direta com o mundo escrito. Contudo, verifica-se a
presença de múltiplos níveis de letramento, que provavelmente diversificam devido à
realidade da cultura.
A afirmação acima sobre o feitio incorreto de se declarar que um indivíduo é
iletrado, podemos explorar a declaração em questão quando distinguimos, por meio
de uma análise dialética do processo de evolução humano, onde acontece a
incorporação do mundo do qual o sujeito pertence e a existência de uma leitura
crítica do mundo real antes mesmo de alcançar a habilidade da escrita.
Sendo assim, diferencia-se a índole social e a demanda de uma visão do
contexto social em que o indivíduo pertence no que concerne-se ao letramento. Em
contradição, nota-se a individualidade como particularidade primordial da
alfabetização.
JUSTIFICATIVA
Particulariza-se o público contemplado pela modalidade da Educação Básica
para Ensino de Jovens e Adultos em uma única característica: pluralidade.
A distinção inicial a ser considerada é a da basal da diversidade, que abrange
em sua própria definição a característica daquilo que é diverso, observa-se que
existe outra questão relevante, a gratuidade, quando analisamos a partir do direito
presente na Constituição Federal (1988) à educação, podemos utilizar de tais
preceitos como norteadores da compreensão da facilidade de acesso de um público
diverso, detentor de diferentes especificidades existenciais, dentre essas, a
pluralidade de gêneros, crenças religiosas, situações sociais, profissões e faixas
etárias (GENTIL, 2005).
A escola possui um elemento social, desta forma, na visão de Friedrich et al
(2010) a função social da escola orienta debates a respeito das práticas de formação
de cidadãos, além, da compreensão nesta instituição dos conhecimentos produzidos
durante o desenvolvimento da humanidade, caracterizada como um ponto de
intersecção destes dois fatores, a escola é intuída da missão de educar e moldar os
indivíduos, os tornando aptos para viver e atuar em sociedade utilizando-se dos
seus conhecimentos para tal.
Um dos elementos principais que oportuniza as possibilidades de superação
dos desafios na efetivação deste direito é a escola e principalmente, o professor.
Compreende-se a necessidade de uma formação adequada e de qualidade para que
o professor mantenha o papel de facilitador do conhecimento e que possibilite a
transformação na vida desses grupos de alunos marginalizados de uma sociedade
letrada (PAIVA, 1973).
A utilização de códigos culturais sociais e locais familiares particulares a sala
de jovens e adultos, propicia a gênese de um ambiente de aprendizagem
fundamentado no respeito, por parte do professor, pelos saberes iniciais que os
alunos possuem e também incitando a participação na gênese de novos
conhecimentos por parte dos educandos, tendo em vista que os mesmos não são se
encontram longe das temáticas estudadas.
Moreira e Souza (2015) desenvolvem que os saberes de caráter informal
conquistados fora da sala de aula, podem ser caracterizados como uma leitura de
mundo do educando e a valorização desses saberes pelos educadores da EJA são
dotados de grande diferencial na evitação do fracasso escolar, constata-se que
quando o ensino é dirigido por meio da leitura de mundo do aluno e de seus
interessantes, alcança-se mais facilmente resultados demasiadamente positivos.
PARTICIPANTES

O estabelecimento dos participantes no plano de ensino é de grande


importância porque é para esses que todas as atividades são pensadas, desta
forma, se especifica que o contexto educacional e os participantes desse plano de
aula são os jovens e adultos da modalidade de Ensino para Jovens e Adultos
OBJETIVOS

Objetivo geral:
1. Aprimorar a leitura, interpretação e escrita no processo de alfabetização e
letramento.
Objetivos específicos:
1. Debater sobre o preconceito linguístico.
2. Entender como a diversidade linguística se faz presente no Brasil.
PROBLEMATIZAÇÃO

Segundo Julião, Beiral e Ferrari (2017) no artigo “As políticas de educação de


jovens e adultos na atualidade como desdobramento da constituição e da LDB”, a
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, símbolo legal de grande
importância para a compreensão da EJA, que a decretou como modalidade da
Educação Básica na composição moderna da sociedade, é o documento que inicia a
gênese de delineamentos do perfil do público dessa modalidade de ensino,
recorrendo nomeadamente ao artigo 205, observa-se que a Constituição Federal
certifica a inserção de todos na escola, não estipulando particularidades que tem
como consequência a exclusão de certos públicos ou que determinam requisitos
especiais para tal acesso.
Considerando o exposto a respeito da Constituição Federal, é possível
verificar que o pleno desenvolvimento do sujeito acontece com a obtenção de
consciência sobre o seu pertencimento a nível sócio-cultural construído em
convergência aos princípios escolares, sendo esses equiparados às suas vivências
e desejos, desta forma, concebendo uma atitude de ação social do indivíduo.
Abrangendo tanto os aspectos econômicos quanto os sociais, sendo assim dotado
da capacidade de argumentação crítica (STRELHOW, 2012).
A importância do letramento e da alfabetização para os alunos de EJA se
apresenta quando considera-se a vitalidade da participação ao mundo da escrita e
da leitura, especialmente nos aspectos do trabalho, essa significância justifica-se
também quando alcançamos uma consciência total de que o acesso a educação é
um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988.
Isso posto, em um mundo letrado, a deficiência da habilidade de escrita e
leitura configuraram o analfabeto no novo marginalizado social, considerando que os
aspectos burocráticos, financeiros e sociais da contemporaneidade são
necessidades de alta importância e que solicitam a habilidade de leitura e escrita. Os
saberes, nesta conjuntura, a capacidade de ler e escrever, sendo consideradas
como atividades simples pelo coletivo, mostram-se como uma significativa
ferramenta de liberdade e independência que deve ser de acesso a todos.
REFERENCIAL TEÓRICO

Ao explorar sobre a trajetória da EJA no Brasil, Sampaio (2009) menciona que


o início é marcado pelo método educacional instituído pelos jesuítas em suas
missões. Refere-se a um processo de absorção e mudança da cultura nativa, esse
sistema durou aproximadamente duzentos e dez anos, período de tempo que
viabilizou o alicerçamento curricular proposto, essencialmente devido aos
investimentos constantes da realeza no processo de sapiência de seus alunos.
Paiva (1973) aponta que a preocupação acerca da ampliação da educação
para todas as esferas sociais não estava em primeiro plano devido ao caráter
exportador de matérias primas da sociedade, desta forma, a educação dos adultos
indígenas se mostrava desprezível.
A peripécia da vinda da família real portuguesa ao Brasil se caracteriza como
o episódio que resultou na necessidade da alteração do modelo educacional
brasileiro, tais modificações objetivavam suprir o requerimento da classe
aristocrática burguesa para a elaboração de novos ofícios técnico-burocráticos.
O desenvolvimento da sociedade é marcada pelos processos de
industrialização e urbanização, agindo como propulsores para a necessidade
crescente de mão de obra com conhecimentos especializados e habilidades de
trabalho, como resultado, a escola passa a responsabilizar-se pela missão de instruir
para a vida e de capacitar para o trabalho. O ano de 1854 é marcado pelo advento
da primeira escola noturna e logo após, em 1876 o Brasil já conta com 117 escolas
espalhadas pelo território (SAMPAIO, 2009, p. 18).
Considerando a Revolução de 30, o impacto das transformações econômicas
e políticas por fim ensejaram o estabelecimento de um modelo político de educação
fundamental no país, por consequência, resultando em experiências relevantes na
área. O processo de industrialização e urbanização configurou demandas que
intimaram o aumento da escolarização para adultos e jovens.
Tida como a fase áurea para a educação de adultos, é no decorrer da década
de 40 que abundantes movimentos políticos e pedagógicos ganham força,
nomeadamente: a fundação do INEP, que gerou incentivo e possibilidade de
realização de estudos na área, assim como, a criação das primeiras produções
acadêmicas aplicadas ao ensino supletivo, o debute da Campanha de Educação de
Adolescentes e Adultos (CEAA), tal lançamento resultou em uma atenção específica
referente aos materiais pedagógicos para adultos, e com destaque, a realização do
1º Congresso Nacional de Educação de Adultos (1947) e o Seminário
Interamericano de Educação de Adultos (1949).
O remate da década de 50 até meados de 60 é marcado por grande
excitação na modalidade de ensino de adultos e da alfabetização. É nesse contexto
que acontece “II Congresso Nacional de Educação de Adultos, que é tido como um
dos marcos históricos desta área. O relatório denominado “A Educação de Adultos e
as populações Marginais: o problema dos mocambos” é proposto por um dos
grandes nomes da pedagogia, Paulo Freire, que encabeçando um grupo de
educadores pernambucanos, legitimava e estimulava uma educação de adultos que
encoraje à cooperação, deliberação, atuação e a responsabilidade social e política
(PAIVA, 1973).
É possível mencionar a pedagogia Freireana como uma força motriz para as
mudanças radicais na educação e metas de ensino no prelúdio da década de 60, o
pensamento de Paulo Freire fundamentava-se na concepção de que o educando
não somente entende da realidade em que vive, mas, também atua em sua
transformação.
Nota-se um congelamento político e pedagógico durante o período militar,
posteriormente, em 1988 a promulgação da Constituição Federal assegura avanços
significativos do EJA, estabelecendo no artigo 208 o direito à Educação
independente de idade e a criação de metas e recursos para combater o
analfabetismo. A década de 90 é marcada por retrocesso, devido às políticas
públicas desfavoráveis ao direito à Educação devido à falta de investimentos para
atender todas as demandas.
Recuperando o artigo 205, agora utilizando-se de um entendimento adjunto a
outros representativos legais essenciais, a LDB e as Diretrizes Nacionais
Curriculares (Resolução CNE/CEB nº 01/2000 – BRASIL, 2000a) e Operacionais
(Resolução CNE/CEB nº 03/2010 – BRASIL, 2010, constata que três concepções
presentes nesse documento se fazem primordiais para a compreensão do tema
delimitado, são eles: o pleno desenvolvimento da pessoa, sua competência para o
exercício da cidade e sua capacidade para o trabalho. Assim o artigo 208 é claro:
O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I
– ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive sua oferta
gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria
(CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988).
Tais ideias desenvolvidas posteriormente indicam uma demanda de se
ponderar e conceber um instituição escolar que preocupa-se e atende as
peculiaridades e as necessidades dos indivíduos envolvidos. A partir disso, o 4º
artigo da LDB outorga destaque à reorganização da EJA como modalidade da
Educação Básica, sendo ela inteiramente gratuita no Ensino Fundamental e Médio,
captando as necessidades e disponibilidades dos educandos.
A LDB vinculada ao estabelecimento das concepções da Constituição
Federal, elucidaram aspectos modernos essenciais a serem discutidos,
nomeadamente, a demanda de delimitar a função da em contextos políticos e
históricos, a gênese de métodos para assegurar os direitos já alcançados e
recentemente, dissertar sobre a presença da diversidade nos educandos da
modalidade da EJA.
Existe uma nítida influência que as pautas propostas pela LDB tiveram no
Brasil, amplificado a partir de um contexto de intensa mobilização concernente ao
sentido da EJA particularizada como modalidade da Educação Básica.
Nota-se como resultado a anuência das Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação de Jovens e Adultos, que englobado em sua visão e revela o
reconhecimento, por parte do Conselho Nacional de Educação (CNE), da
concepção de EJA como ““um modo de existir com característica própria” (BRASIL,
2002 p. 26)”, demandando que o seu desenvolvimento contemple “as situações, os
perfis dos estudantes, as faixas etárias” e norteia-se “pelos princípios de equidade,
diferença e proporcionalidade na apropriação e contextualização das diretrizes
curriculares nacionais e na proposição de um modelo pedagógico próprio” (BRASIL,
2002).
Entende-se que a complexidade de ser um profissional da educação não
define-se pela complexidade de ser profissional, no sentido de pessoa dotada com a
sensibilidade de entender os alunos em uma cultura que cria e demanda elementos
diferentes de cada um, como afirma Tardiff (2002), o professor estará se constituindo
(GENTIL, 2005).
“O profissional do ensino é alguém que deve habitar e construir seu próprio
espaço pedagógico de trabalho de acordo com limitações complexas que só
ele pode assumir e resolver de maneira cotidiana, apoiando
necessariamente em visão de mundo, de homem e de sociedade (TARDIFF
2002,p. 149).
A então chamada sociedade do conhecimento exige do indivíduo, que além
de ler e escrever é preciso é preciso dominar as práticas sociais de leitura e escrita
para que possa se integrar socialmente e exercer sua cidadania, isto é, o sujeito tem
que saber ler, interpretar, enfim conhecer os significados das palavras no que se
refere o código escrito. Diante deste contexto surge o problema: Qual a diferença
entre Alfabetização e Letramento?
Pensar em Alfabetização e Letramento é remeter-se a diversas fronteiras as
quais os conceitos ressentem que chega ao Brasil nas décadas de 80, de acordo
conforme Soares (2004). Na visão da autora a invenção do letramento surge a partir
das necessidades “de reconhecer e nomear práticas sociais de leitura e de escrita
mais alcançadas e complexas que as práticas de ler e escrever resultantes da
aprendizagem do sistema de escrita.”
Atualmente saber ler e escrever tem se mostrado insuficiente para satisfazer
adequadamente a demanda contemporânea. É necessário ir além da aquisição de
decodificação de signos, é preciso saber fazer uso da escrita e da leitura no dia a dia
em sua intensidade como função social, é ler o mundo. Tendo em vista que vivemos
numa sociedade cercada por uma diversidade de linguagem com as quais
interagimos o tempo todo com seus distintos signos e significados, ou sejas é
preciso letrar-se.
Ao passo que a sociedade, gradualmente, se torna mais envolta na escrita, o
analfabetismo vai sendo superado, contudo, uma nova demanda começa a ganhar
intensidade, a eminente necessidade que os sujeitos integrem as práticas de escrita
e leitura, obtenham competências para utilizá-las e abracem tais práticas. Constata-
se que tais práticas podem ser exercitadas e incluídas no cotidiano por meio da
escrita de um formulário, bilhete, declaração, requerimentos e também pela leitura
de livros, revistas, jornais, placas, além, do exercício de localizar informações em
contratos, bulas de remédio, boletos e catálogos (TARDIFF, 2005).
Considerando que existe uma desconexão do indivíduo no processo em
algum momento do ciclo básico de ensino que o leva a modalidade da EJA, se faz
necessário pensar sobre como esse processo é executado, tendo em vista que
impacta diretamente na absorção do conhecimento.
Por fim, compreende-se que é necessário olhar minuciosamente o ambiente
educativo, isto é, a sala de aula, sempre considerando que o estudante da EJA
possui sua bagagem de saberes, sua história, seus conhecimentos e vivências que
necessitam ser valorizados no processo de ensino.
METODOLOGIA
1º momento: Após instalar um aparelho de reprodução de música na sala de aula
junto ao notebook, será colocado para tocar a música da cantora Isabela Moraes
chamada “Preconceito Linguístico”
(https://www.vagalume.com.br/isabela-moraes/preconceito-linguistico.html). Após
isso, será realizada uma aula expositiva onde será explicado sobre o que é o
preconceito linguístico.
Duas perguntas serão colocadas na lousa: “O que é preconceito linguístico
segundo a música apresentada? Cite exemplos de como e onde isso ocorre” e “O
que a cantora quis dizer com ‘Palavras marginalizadas, o preto o pobre e o racismo,
o preconceito por nada’? Explique com as suas palavras”, as questões devem ser
respondidas em uma folha à parte para entregar ao final da aula.

2º momento: O professor de Geografia será chamado, após ter sido avisado e o


conteúdo planejado previamente, para realizar uma aula falando sobre os diferentes
sotaques e expressões que existem nos distintos locais do Brasil. Em seguida, os
estudantes serão orientados a sentar e organizar com as cadeiras uma roda na sala.
Será realizado uma roda de conversa sobre a aula do professor de geografia,
desenvolvendo acerca da existência da diversidade de sotaques na própria escola e
em diferentes contextos, os alunos terão um espaço para falar de suas concepções
e experiências em relação ao preconceito linguístico. O professor deve se posicionar
de maneira positiva na exposição das experiências dos alunos, desenvolvendo
sobre a importância da diversidade para a formação do Brasil e criando um contexto
onde o educando se sinta confortável de expressar-se sem julgamentos.

3º momento: Após ser combinado com o laboratório de informática, os alunos serão


levados para essa sala e orientados a pesquisar conteúdos como textos, poemas e
reportagens sobre o tema. Ao voltar para a sala, serão instruídos a escrever uma
redação em folha separada, sem identificação, para ser entregue com o tema “O que
eu aprendi sobre o preconceito linguístico e como vou levar essas informações para
minha vida?”.

4º momento: As redações serão misturadas e entregues aleatoriamente para os


educandos. Em primeiro momento, eles deverão ler em silêncio e em segundo
momento, e desenvolverem para a sala o que interpretaram sobre a redação,
citando trechos do texto. Esse exercício deve ser realizado de forma leve, realizado
como uma conversa em grupo, estimulando a leitura e a interpretação dos alunos
sobre os textos.
CRONOGRAMA

Planejamento
1º etapa do projeto: Será realizado um planejamento das atividades e da teoria a
embasa, além, de explicar sobre a temática para o professor de Geografia e verificar
sua disponibilidade.
Duração: 4 dias.

Execução
2º etapa do projeto: A execução realizada conforme descrito na metodologia.
Duração: 4 semanas.

Avaliação
3º etapa do projeto: A avaliação dos requisitos definidos e das atividades entregues.
Duração: 1 semana.
RECURSOS

Os recursos escolhidos para serem utilizados referem-se a um aparelho de


reprodução de música, notebook, laboratório de informática, acesso à internet,
lousa, caneta para lousa, professor de geografia, folhas avulsas para escrita e
canetas.
AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada em três eixos: a qualidade da escrita, da leitura e


da participação dos alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho acadêmico fundamentado na modalidade de Ensino de


Jovens e Adultos, se apresenta como altamente significativo para o nosso processo
de aprendizagem, enquanto universitários, tendo em vista que nos incita a ponderar
sobre as metodologias pedagógicas, visando a adaptação do público em pauta é a
melhor qualidade de ensino.
Definem-se como pontos importantes a serem pensados: a demanda da
análise a respeito dos aspectos sociais inerentes à modalidade da EJA e o
entendimento desses elementos sociais foi obtido somente durante o exercício no
processo de pesquisa da trajetória desta modalidade. Algo possível por meio dos
artigos citados na bibliografia deste trabalho, sendo assim, alcança-se a
compreensão sobre os referenciais legais, avanços e regressos pertencentes a
construção história da Educação de Jovens e Adultos que propiciaram a concepção
de uma perspectiva distinta e mais integral sobre esta modalidade de ensino e sua
relevância.
Em conclusão, para se desenvolver as habilidades de leitura, escrita e
interpretação apresenta como uniformemente necessário a investigação acerca da
distinção entre o letramento e a alfabetização, levando em conta que a compressão
sobre as dissemelhanças entre esses processos sincrônicos coopera para a
validação e assimilação concernente aos saberes prévios que os educandos
possuem ao retornar a sala de aula
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