História Da Educação
História Da Educação
História Da Educação
Apresentação
Nesta Unidade de Aprendizagem, estudaremos a história da educação e as suas origens, desde o
período colonial até a atualidade, em uma perspectiva analítica. Buscaremos identificar as
influências do pensamento europeu na formação dos indivíduos e os efeitos e as permanências
desse pensamento até os dias atuais no sistema educacional brasileiro.
Bons estudos.
Ao que se refere ao Brasil, o problema parece ser cultural, uma vez que as estruturas políticas do
ensino permanecem as mesmas do período colonial. Apesar das iniciativas positivas de várias
frentes do Estado sobre a educação no país, problemas como a dicotomia do ensino (escola para
rico e outra para pobre) permanecem. As verbas direcionadas ao ensino nacional de base têm sido
reduzidas e, em muitos casos, redirecionadas para outros níveis da educação e ou ações do Estado
(CASTRO, 2013).
É diante desses problemas e outros tantos que se pode perceber o quanto a nossa educação está
deficiente e carente de soluções reais capazes de atender de forma efetiva às demandas de boa
educação.
Vamos ao Desafio!
Neste infográfico, você vai ver uma breve cronologia da história da educação com os principais
marcos, as mudanças de pensamentos políticos e, consequentemente, do sistema educacional
brasileiro.
A seguir, que tal você testar parte desse conhecimento sobre o percurso histórico da educação
brasileira em um quiz? Nele você encontrará questões sobre importantes reformas educacionais
introduzidas no país ao longo dos anos.
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Conteúdo do livro
Aprofunde os seus conhecimentos lendo o capítulo História e história da educação, da obra
Realidade socioeconômica e política brasileira, base teórica para esta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
REALIDADE
SOCIOECONÔMICA
E POLÍTICA
BRASILEIRA
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar sobre a história da educação, com uma
abordagem não somente dos fatos históricos do Brasil, mas também dos
aspectos culturais, sociais e ideológicos da educação.
Para isso, você vai ver um breve histórico da educação no Brasil en-
trelaçado com os aspectos culturais e sociais intrínsecos à história. Além
disso, vai conhecer os fatores ideológicos que compõem a educação a
partir do poder de propagação de princípios e valores dentro das escolas.
Por fim, você vai reconhecer argumentos de teóricos da Sociologia sobre
a forma como a educação exerce um papel fundamental para a formação
do indivíduo em sociedade.
Acesse o link a seguir para saber mais sobre os dados da educação básica no Brasil.
https://goo.gl/RuKGii
As teorias (...) têm dominado o cenário acadêmico nos últimos anos, represen-
tadas por autores como Establet, Baudelot, Passeron e Bourdieu, destacando-se
ainda Akhusser e Gramsci, que interpretam a Escola como aparelho ideológico
do Estado, a partir do qual os setores dominantes tentam exercer seu poder
hegemônico. Nesse sentido, o sistema educacional é visto como um instrumento
de transmissão ideológica, ou seja, da ideologia dominante, subjacente ao
capitalismo, que tem por função levar os cidadãos a aceitarem passivamente
as formas de produção, de organização e de reprodução do sistema. A Escola
seria um dos instrumentos que o Estado utiliza para essa tarefa.
[...] se, por um lado, a Escola tem transmitido uma ideologia hegemônica, por
outro, a escolarização tem desenvolvido o repertório básico que é fundamental
para a formação da cidadania e, talvez, para a própria superação da condição
de alienação. Obviamente, isto não significa que estamos defendendo a Escola
tal qual se apresenta hoje, mas reconhecendo uma consequência da escolari-
zação que até então não estava claramente colocada. Além disto, poder-se-ia
imaginar que o papel da Escola poderia ser muito mais importante se ela
estivesse planejada de acordo com as características e necessidades da popu-
lação atendida; por exemplo, se os currículos e programas escolares fossem
planejados, respeitando-se o repertório inicial da população, e direcionados
numa perspectiva de formação do comportamento crítico, certamente teria um
efeito de grande relevância para a formação da cidadania (LEITE, 1989, p. 19).
https://goo.gl/To568o
8 História e história da educação
A escola pode ser um ambiente libertador: com base no diálogo, pode educar
o indivíduo para que ele consiga entender, reagir e solucionar os problemas
da sociedade local e global. A educação é um recurso que pode ser utilizado
para transformar a realidade do homem e, consequentemente, a sociedade
em que ele vive.
Sendo assim, a escolarização é capaz de ser um instrumento para ree-
quilibrar a sociedade, de modo que as classes que vivem à margem podem
utilizar os conhecimentos adquiridos na escola para mudar a sua realidade,
diminuindo as desigualdades sociais.
Leituras recomendadas
BRITO, S. H. A. A educação no projeto nacionalista do primeiro governo Vargas (1930-1945).
2006. Disponível em: <http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/artigos_frames/
artigo_101.html>. Acesso em: 12 abr. 2018.
CALADO. A. J. F. Paulo Freire: sua visão de mundo, de homem e de sociedade. Caruaru:
Fafica, 2001. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/paulofreire/
paulo_freire_visao_mundo_homem_sociedade.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2018.
COSTA, D. D.; FERREIRA, N. I. B. O PROUNI na educação superior brasileira: indi-
cadores de acesso e permanência. Avaliação, Campinas, v. 22, n.1, jan./abr. 2017.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
-40772017000100141&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 14 abr. 2018.
DUARTE, M. A. V. Definições de Ideologia. 2016. Disponível em: <https://www.revista-
academicaonline.com/products/definicoes-de-ideologia-por-mauricio-duarte/>.
Acesso em: 12 abr. 2018.
SILVA, E. B. Educação como prática da liberdade. Revista Brasileira de Educação, n. 14,
maio/ago. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex
t&pid=S1413-24782000000200016>. Acesso em: 12 abr. 2018.
Dica do professor
Vamos, agora, a uma breve apresentação sobre o conceito de história da educação e a sua
importância e contribuição no cenário educacional atual.
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Exercícios
1) Segundo Cláudio de Moura Castro (2013), o Brasil foi retardatário ao que se refere ao
desenvolvimento de suas escolas. O autor explica que, quando examinamos estatísticas de
escolaridade da população como um todo, pelo peso dos mais velhos, ainda estamos abaixo
de Paraguai e Bolívia, apesar do enorme crescimento nos últimos anos. Na entrada do século
XX, tínhamos por volta de 90% de analfabetismo. Sintomaticamente, Portugal tinha uma
proporção pouco melhor do que a nossa. Somente na década de 1990 o Brasil conseguiu
universalizar o acesso e a presença na escola da população de 7 a 14 anos. Diante do atraso,
foi um feito extraordinário, pela velocidade em que sucedeu. Mas não podemos deixar de
registrar o fato de que meramente nos igualamos aos países latino-americanos mais
modestos.
Seja como for, "se antes tínhamos uma educação que era pouca e fraca, agora já não é tão
pouca". Com base nessa afirmativa, é correto dizer que:
A) O Governo Federal conseguiu, em pouco tempo, suprir a carência da falta de escola pública
no Brasil. Hoje, a lei garante escola para todas as crianças de 07 a 14 anos.
B) Apesar de o Brasil ter aumentado o seu número de escolas, de ter criado leis que garantam
vagas nas escolas para as crianças de 07 a 14 anos, ainda falta investir na qualidade do
ensino.
C) O Brasil, por ter conseguido avançar nas políticas educacionais do ensino público, alcançou os
demais países da América Latina, demonstrando, assim, que o sistema adotado pelo país é
melhor e mais eficiente.
D) O Brasil conseguiu resolver os problemas de atraso educacional, uma vez que adotou uma
política mais eficiente.
E) O Brasil alcançou as metas propostas para acabar com o analfabetismo no país até os anos
1990.
Texto I
Segundo Dourado e Oliveira (2009), uma das discussões atuais sobre a qualidade da
educação tange à questão do que se entende por educação. Segundo os autores, alguns
teóricos conservadores restringem a educação às diferentes etapas de escolarização,
seguindo uma matriz escolar. Contudo, para outra parte da sociedade, mais progressista,
entende-se a educação como espaço múltiplo, que permite compreender os diferentes
atores, espaços e dinâmicas formativas, efetivado por meio de processos sistemáticos e
assistemáticos.
Texto II
Segundo o Ministério da Educação (1998), os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s)
foram elaborados procurando, de um lado, respeitar as diversidades regionais, culturais e
políticas existentes no país e, de outro, considerar a necessidade de construir referências
nacionais comuns ao processo educativo em todas as regiões brasileiras. Com isso,
pretende-se criar condições, nas escolas, que permitam aos nossos jovens ter acesso ao
conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessários ao
exercício da cidadania.
B) Segundo o texto I, o sistema educacional que tem um modelo mais conservador de ensino
tem melhores resultados do que o modelo progressista de ensino.
C) Segundo o texto II, os PCN’s estão de acordo com uma proposta mais ampla, inclusiva e
dinâmica, ou seja, progressista.
D) Segundo o texto II, o Brasil tem demonstrado ser o “país da educação”, uma vez que tem
apresentado bons resultados mediante os censos realizados no país.
E) Conforme o texto II, o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), tem
desenvolvido planos educacionais que atendem às demandas da sociedade brasileira,
evitando introduzir temas ou assuntos nas escolas que incentivem a desordem ou caos, tais
como racismo, política, sexo, etc.
3) Claudio de Moura Castro (2013, p. 39-40) fala sobre as dificuldades enfrentadas no Brasil em
instituir uma educação de qualidade desde o Ensino Básico até o Ensino Superior. Dentre
essas críticas estão a falta de qualidade no Ensino Básico e a falta de união entre as
pesquisas científicas que são desenvolvidas e reconhecidas internacionalmente, mas que
não são utilizadas como fonte de dados para o desenvolvimento da educação básica. Nesse
sentido, conforme as ideias do autor, assinale a alternativa correta:
C) A batalha da qualidade no nsino básico foi vencida, resta-nos a meta da quantidade de vagas
proporcional à população.
E) Os recursos dedicados pelo Estado ao Ensino Superior correspondem, por aluno, a um sexto
daqueles dedicados à educação básica pública.
4) Cláudio de Moura Castro (2013, p. 39-44) faz uma crítica sobre os investimentos destinados
ao desenvolvimento da educação nacional. Para ele, as políticas de desenvolvimento
educacional passaram a valorizar outros níveis de ensino, ao contrário do que acontece na
maioria dos países no exterior. Logo, podemos afirmar que:
C) Não houve uma distinção de investimentos monetários entre Ensino Fundamental e Ensino
Superior. Ambos receberam verbas adequadas às suas necessidades apresentadas junto ao
Governo.
5) A educação no Brasil, no período colonial, serviu a dois propósitos iniciais, sendo o primeiro
a catequização dos índios e, posteriormente, dos negros vindos da África; e o segundo tinha
o propósito de ensinar as primeiras letras, filosofia, literatura, matemática e teologia tanto
para os filhos dos colonos pobres no Brasil quanto para os índios e negros. Essa mesma
matriz curricular para colonizados e colonizadores levou à primeira crise do ensino no Brasil,
na qual os colonos brasileiros e portugueses não aceitavam estudar os mesmos conteúdos e
permanecer nos mesmos espaços que índios e negros. Essa crise chegou ao fim no séc. XVIII,
com a expulsão dos jesuítas do Brasil. Nesse sentido, podemos entender que:
C) A crise da qualidade do ensino na educação pública atual é histórica, uma vez que tem suas
origens ainda no período colonial.
D) A crise da qualidade do ensino na educação pública no Brasil atualmente não tem relação com
o sistema educacional adotado e desenvolvido no período colonial. A fonte da crise atual
tange às questões de investimentos financeiros que possibilitem ajustar as escolas às
necessidades dos alunos.
Veja, Na pratica, o cenário real traduzido pelos principais indicadores da cidade de Teresina, capital
do Piauí, que mesmo enfrentando diversos problemas socioeconômicos vem se destacando como a
capital com o melhor índice do IDEB do Brasil.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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