Contrarreforma

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CONTRARREFORMA

A contrarreforma foi o esforço da Igreja


Católica para barrar o protestantismo e seu
avanço pela Europa. No entanto, alguns
historiadores apontam que já existia de modo
embrionário uma reforma na Igreja
conduzida desde o final do século XV, com
Francisco de Cisneros, na Espanha, sendo um
caso.

Da Espanha também veio Inácio de Loyola, o


fundador da Companhia de Jesus, mais
conhecida aqui como Ordem Jesuíta. Alguns
historiadores entendem os jesuítas como uma
reação católica contra o protestantismo. Essa
interpretação foi feita porque os jesuítas
acreditavam na difusão do catolicismo pelo
mundo por meio das missões de catequese.

Outros historiadores não entendem a


fundação da Ordem dos Jesuítas, em 1535,
como um acontecimento inserido em uma
relação de causa e efeito, com a causa sendo a
reforma protestante, mas eles concordam que
seus representantes cumpriram um papel
fundamental no fortalecimento da Igreja
Católica a partir da segunda metade do século
XVI, pois espalharam o catolicismo pelo
mundo.
Umas das medidas tomadas para a reforma do
clero católico foi a criação de seminários que
garantiam uma melhor formação dos
sacerdotes. Por meio dessa decisão, foi
definido que padres deveriam estudar em
seminários e que seu sacerdócio só poderia
iniciar-se após completarem 25 anos. Além
disso, medidas mais enérgicas foram
tomadas, pois o papa Paulo III, em 1542, deu
início à Inquisição Romana, uma das
respostas de Roma ao crescimento do
protestantismo.
REFORMA
PROTESTANTE
As ações que caracterizaram a contrarreforma
começaram a ser estabelecidas a partir da
década de 1530, mas se deram principalmente
após o Concílio de Trento. A contrarreforma é
entendida por grande parte dos historiadores
como um movimento de reação ao avanço do
protestantismo no continente europeu.
O protestantismo surgiu na Europa com base
nas críticas realizadas pelo monge alemão
Martinho Lutero por meio de uma carta
escrita por ele e conhecida como 95 teses. O
documento escrito por Lutero tinha como
objetivo iniciar um debate a respeito da
utilização das indulgências como forma de
conceder perdão aos pecados dos fiéis.
Lutero era contra essa prática e achava que
não era um atributo do papa obrigar as
pessoas a pagarem pelo perdão e salvação.
Seu intuito era reformar a Igreja por meio da
moralização das práticas do clero, e sua ação
manifestava uma insatisfação de longo prazo
que existia contra os abusos promovidos pela
Igreja de Roma.
No desenrolar dos acontecimentos, Lutero
acabou sendo excomungado pelo papa Leão X
e foi considerado herege por Carlos V,
imperador do Sacro Império. Essa repressão
ao reformista naturalmente levou à sua
ruptura com a Igreja, fazendo com que ele
abandonasse sua posição nela. A teologia
desenvolvida com base em suas ideias ficou
conhecida como protestantismo.
O protestantismo espalhou-se pelo
continente por diversos fatores que
envolviam questões econômicas, políticas e,
claro, religiosas. O uso da
imprensacontribuiu para espalhar os escritos
do alemão por todo o continente. O
sentimento latente de insatisfação das Além disso, uma série de derivações do
pessoas com a Igreja Católica fez com que o protestantismo luterano, como o calvinismo
protestantismo ganhasse muito espaço, o anglicanismo ganharam força. Assim,
sobretudo no norte europeu. regiões como a Inglaterra, Países Baixos,
Suécia, Suíça, Alemanha, entre outras,
presenciaram um crescimento rápido das
doutrinas protestantes. A repressão a Luter
foi uma primeira reação da Igreja, mas, a
partir da década de 1530, foi necessário qu
medidas mais assertivas fossem tomadas pa
garantir a primazia católica sobre a
cristandade. Para saber mais sobre esse
polêmico e audaciosos movimento religioso
CONTRARREFORMA

Contrarreforma foi o conjunto de ações


tomadas pela Igreja Católica no sentido de
barrar o avanço do protestantismo na Europa.
A contrarreforma é entendida como a reação
da Igreja Católica ao avanço do
protestantismo pela Europa. Ela se deu por
meio de uma série de ações realizadas pela
Santa Sé, que incluíram a catequização de
pessoas por meio dos jesuítas, a reativação do
tribunal da Inquisição, a proibição de certos
livros etc. Alguns dos princípios
estabelecidos para a reforma da Igreja
Católica foram debatidos durante o Concílio
de Trento.
IQUISIÇÃO

A Inquisição era uma instituição que


promovia a perseguição aos hereges, e sua
atuação foi muito forte entre os séculos XII e
XIV, perdendo um pouco de sua força durante
o século XV. Por meio do papa Paulo III, a
Inquisição ganhou força novamente e foi
utilizada como forma de silenciar aqueles que
não professavam o catolicismo.
CONCÍLIO DE
TRENTO

Uma ação mais efetiva para barrar o avanço


do protestantismo deu-se por meio do
Concílio de Trento, realizado em três ciclos
entre 1545 e 1563. Um concílio é uma espécie
de assembleia que reúne as maiores
autoridades da Igreja para promover a
discussão de pontos importantes da fé
católica.
Ao longo da história, diversos concílios
aconteceram, e o Concílio de Trento foi
convocado pelo papa Paulo III, sendo que seus
encontros aconteceram em 1545-1547, depois
1551-1552 e, por fim, em 1562-1563. Ao longo
dessas sessões que se estenderam por 18 anos,
uma série de decisões foram tomadas, sendo
que algumas delas reforçavam princípios e
práticas do catolicismo e outras tentavam
estabelecer formas de fortalecer-se o combate
à heresia.
Primeiramente, o Concílio de Trento debateu
e reforçou algumas questões doutrinárias
importantes do catolicismo. Assim, foram
tratadas de questões como o pecado original,
os sacramentos e questões relativas ao ritual
da missa, por exemplo. Nessa questão
doutrinária também foram analisados os
princípios do protestantismo, e eles foram
novamente rechaçados.
A infalibilidade do papa foi outra questão
debatida, sendo mantida como parte da
doutrina católica, e foi determinado que a
venda de indulgências, o estopim da reforma
protestante, estava proibida. Entretanto, o
Concílio de Trento não ficou apenas nos
debates litúrgicos e doutrinários do
catolicismo, mas estabeleceu outras práticas
para combater o avanço do protestantismo na
Europa.

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