Curso 210306 Aula 06 Somente em PDF Caa1 Completo
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CBM-GO - Legislação Aplicável ao Corpo
de Bombeiros Militar - 2022 (Pós-Edital)
Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos
20 de Setembro de 2022
Índice
1) Lei nº. 19.969/2018 - Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Goiás
..............................................................................................................................................................................................3
2) Questões Comentadas - Lei nº. 19.969/2018 - Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de
..............................................................................................................................................................................................
43
3) Lista de Questões - Lei nº. 19.969/2018 - Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Go
..............................................................................................................................................................................................
63
Olá, pessoal!
Nesta aula, nosso objetivo é estudar a lei que institui o Código de Ética e Disciplina dos Militares do
Estado de Goiás.
Veremos, um a um, todos os dispositivos da lei. Reproduzirei aqui aqueles que considero essenciais e
com maiores chances de serem exigidos em provas. Irei explicá-los de forma a facilitar sua compreensão
da "letra da lei". Além disso, sinalizarei os pontos aos quais deve dar maior atenção.
Vamos começar!
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
As finalidades dessa lei que institui o Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Goiás -
CEDIME/GOF – são:
O CEDIME/GO prima-se pelo respeito ao Estado Democrático de Direito e pelos direitos individuais
garantidos pelo art. 5º da Constituição Federal, inclusive os relativos à liberdade de expressão e de
manifestação do pensamento.
Sujeitar-se-ão aos efeitos deste Código de Ética quando no meio civil ou militar se
conduzirem de modo a desrespeitar e ofender os princípios da hierarquia, da
disciplina e da ética militar:
Para melhor entender o que será definido nessa lei, grave as seguintes definições:
Da Ética Militar
O exercício de cargo de militar estadual exige uma conduta moral e profissional irrepreensíveis,
compatíveis com os preceitos éticos a seguir definidos:
Art. 5° O sentimento do dever, o denodo militar e o decoro da classe impõem a cada um dos integrantes
das Corporações conduta moral e profissional irrepreensíveis, com observância dos seguintes preceitos
éticos militares:
II – exercer com autoridade, eficiência e probidade as funções que lhe couberem em decorrência do
cargo;
IV – cumprir e fazer cumprir leis, regulamentos, instruções e ordens emanadas das autoridades
competentes;
V – ser justo e imparcial nos julgamentos dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
VI – zelar pelos preparos próprio, moral, intelectual, físico e, também, pelos dos subordinados, tendo
em vista o cumprimento da missão comum;
X – abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa relativa à Segurança Pública;
XV – garantir assistência social, moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família
exemplar;
XVI – comportar-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não sejam prejudicados os
princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar;
XVII – abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer
natureza ou encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVIII – abster-se do uso das designações hierárquicas com o fim de obter vantagem pessoal ou causar,
mesmo que não intencionalmente, prejuízo à administração militar quando:
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades empresariais;
c) discutir ou provocar discussões por qualquer meio de comunicação a respeito de assuntos políticos
ou militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado;
XIX – zelar pelo bom nome da Corporação a que pertencer e de cada um dos seus integrantes,
obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da ética militar.
O militar da ativa não poderá tomar parte na administração ou gerência de sociedade empresária,
podendo, no entanto, dela participar como acionista ou quotista. Desde que não infrinjam tais
proibições, não estão impedidos de exercerem, diretamente, a gestão de seus bens.
Os militares da reserva remunerada, quando convocados, ficam proibidos de tratar, nas organizações
militares e nas repartições públicas civis, dos interesses de organizações ou empresas privadas de
qualquer natureza.
▪ O superior deve tratar os subordinados com urbanidade e justiça, interessando-se pelo seu
bem-estar.
a correção de atitudes
➢ Cabe ao superior hierárquico a inteira responsabilidade pelas ordens que emitir e pelas
consequências que delas advierem.
Nos termos do Código de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Goiás, são autoridades:
I – o Governador do Estado;
III – o Comandante-Geral;
IV – o Subcomandante-Geral;
§ 1º As autoridades mencionadas nos incisos I e III deste artigo são competentes para aplicar qualquer
das sanções disciplinares previstas nesta Lei, inclusive aos inativos.
§ 2º Tratando-se de perda do posto e da patente, somente após o julgamento previsto no § 3º, inciso
VI, do art. 142 da Constituição Federal e no § 5º do art. 100 da Constituição Estadual, a competência
para a aplicação da sanção será exclusiva do Governador do Estado.
§ 3° As autoridades indicadas nos incisos IV a X deste artigo são competentes para aplicar qualquer das
sanções disciplinares previstas nos incisos I a V do art. 25 desta Lei.
§ 4° As autoridades mencionadas nos incisos X a XIV deste artigo são competentes para aplicar
qualquer das sanções disciplinares previstas nos incisos I a IV do art. 25 desta Lei.
partir do item X deste artigo, devendo haver informação sobre esta ação disciplinar ao Comando a que
estiver subordinado o militar.
§ 6º Quando duas autoridades de níveis hierárquicos diferentes, com competência disciplinar sobre
o transgressor, conhecerem do processo, à de nível mais elevado competirá punir, salvo se entender
que a punição esteja dentro dos limites de competência da autoridade inferior.
§ 7º Quando uma autoridade, ao julgar uma transgressão, concluir que a punição a ser aplicada está
além do limite máximo que lhe é autorizado, cabe à mesma solicitar à autoridade superior, com
competência disciplinar sobre o transgressor, a aplicação da punição devida.
§ 8º A autoridade que instaurar o processo administrativo disciplinar, na esfera dos limites de sua
competência, também o será para solucionar o feito e aplicar a sanção cabível.
§ 9º Caso a autoridade instauradora não tenha mais competência para aplicar a sanção, os autos do
processo disciplinar serão encaminhados àquela a que o militar punido esteja subordinado para o fim
de cumprimento da punição.
O militar que tiver conhecimento de um fato contrário à disciplina deverá levar a ocorrência ao
conhecimento, por escrito ou verbalmente, em tempo hábil, de seu Comandante ou Chefe imediato.
▪ A informação deve ser clara, concisa, precisa e conter os dados capazes de identificar as pessoas
ou coisas envolvidas, o local, a data e hora da ocorrência e caracterizar as circunstâncias do fato.
No caso de ocorrência com transgressão disciplinar envolvendo militares de mais de uma OPM ou OBM,
caberá à autoridade que primeiro tomar conhecimento comunicar ao comandante regional comum aos
militares ou, se não houver, ao Comando de Correições e Disciplina da Corporação, cabendo a este a
apuração dos fatos.
No caso de ocorrência envolvendo militares de forças diversas, a autoridade militar competente deverá
tomar as medidas disciplinares referentes àqueles sob sua subordinação, informando ao escalão
superior o que foi por ela apurado, devendo ele dar ciência do fato ao Comandante Militar interessado.
Transgressão disciplinar é toda violação do dever, da ética e das obrigações militares. E são
sancionáveis todas as ações ou omissões contrárias à disciplina e à ética militar especificadas nessa lei.
A transgressão disciplinar classifica-se, segundo sua intensidade, desde que não haja causas
atenuantes, em:
I – leve (L);
II – média (M);
Sem prejuízo da ordem dos procedimentos previstos para condução de processo disciplinar, quando do
julgamento do PAD instaurado para apuração de transgressões, a sanção administrativa deve ser
dosada em duas fases, sendo:
a) os antecedentes do transgressor;
b) as causas determinantes;
II – na segunda fase deverão incidir nas penas-bases, caso existam, causas que justifiquem ou
circunstâncias que as atenuem ou agravem.
IV – a fim de compelir o subordinado a cumprir rigorosamente o seu dever, em caso de perigo iminente,
necessidade urgente, calamidade pública, bem como preservar a ordem e a disciplina;
==270cbd==
VI – no caso de ignorância plenamente comprovada, desde que não atente contra os sentimentos
normais de patriotismo, humanidade e probidade.
Parágrafo único. Não haverá punição quando for reconhecida qualquer outra causa de justificação ou
excludente de ilicitude prevista no Código Penal Militar.
▪ a premeditação.
DA SANÇÃO DISCIPLINAR
Ou seja, a sanção disciplinar tem duas funções básicas: uma preventiva, outra repressiva.
advertência
repreensão
reprimenda
• A sanção de advertência é a forma mais branda de punir e sempre que possível deve ser
precedida de processo administrativo sumário, quando a transgressão cometida for de
natureza leve.
• A sanção de repreensão deve ser precedida de processo administrativo sumário e constar dos
assentamentos pessoais do transgressor, sendo aplicada às faltas de natureza leve.
• A sanção de reprimenda, destinada à aplicação nas faltas de natureza média, deverá ser
anotada nos assentamentos pessoais do transgressor.
No caso de oficiais da inatividade ou convocados para o serviço ativo, a aplicação da perda do posto
ou patente não alcançará os proventos, limitando-se às prerrogativas militares.
No caso de o militar contar com mais de 20 (vinte) anos de efetivo serviço e com conceito favorável
do Comandante-Geral de sua Corporação, a sanção de exclusão a bem da disciplina, assim como a
perda do posto e da patente poderão cingir-se apenas à perda das prerrogativas militares com
proventos proporcionais ao tempo de serviço, quando:
I – o Oficial for julgado incompatível com o oficialato ou profissionalmente indigno dele, após
sentença transitada em julgado do tribunal competente;
II – o Oficial ou a Praça se tornar incompatível com a função militar em razão de decisão judicial
ou o seu ato tiver ocorrido durante o serviço.
Ressalvada a competência do Poder Judiciário, aplica-se a exclusão a bem da ética e disciplina, após
julgamento por Conselho de Ética e Disciplina, quando:
II – houver condenação transitada em julgado, por infração penal, excluídas as culposas, com
pena privativa de liberdade superior a dois anos.
A sanção administrativa de perda das prerrogativas militares é aplicável aos militares da reserva
remunerada e aos reformados.
Da Aplicação da Pena
A aplicação da sanção disciplinar compreende o ato ou efeito de tornar pública, oficialmente, a decisão
devidamente formalizada ou o pronunciamento verbal e devidamente transcrito em documento
próprio, no caso de advertência.
Vejamos as informações base que deverão estar presentes na decisão no processo disciplinar:
Art. 37. A decisão no processo disciplinar conterá a descrição da transgressão e de outros detalhes
relacionados com o comportamento do transgressor e a sanção aplicada, com observância da seguinte
ordem:
V – encontrada a sanção básica, sobre ela serão aplicadas as circunstancias atenuantes e agravantes,
se houver e as previstas no inciso II do art. 20 desta Lei;
VI – tornada definitiva a sanção, se for o caso, serão estabelecidos a forma e o local do cumprimento
da punição;
VII – a classificação do comportamento militar em que a Praça punida permanece nas fileiras da
Corporação ou nelas ingressada;
A anotação da sanção imposta nos assentamentos pessoais do militar deverá ocorrer após o fim do
prazo para interposição de recurso administrativo e este, quando houver, for julgado em definitivo pela
administração, após o militar ser notificado pessoalmente.
A sanção disciplinar tem como princípio o dever de ser aplicada com serenidade, imparcialidade e
justiça.
➢ a sanção disciplinar não pode atingir o máximo previsto para penas de advertências. repreensão
e reprimenda, quando ocorrerem apenas circunstâncias atenuantes;
➢ por uma única transgressão não deve ser aplicada mais de uma sanção disciplinar;
➢ na ocorrência de mais de uma transgressão disciplinar, sem conexão entre si, a cada uma deverá
ser imposta a sanção correspondente, com apuração em processos ou procedimentos distintos,
do contrário as de menor gravidade serão consideradas como circunstâncias agravantes da
transgressão principal;
➢ A punibilidade da transgressão disciplinar também prevista como crime prescreve nos prazos
previstos na legislação penal, salvo se tal prescrição ocorrer em prazo inferior aos 4 anos.
O comportamento militar das Praças espelha a sua atuação como militares e civis, sob o ponto de vista
disciplinar, sendo classificado em:
➢ Excepcional - quando, no período de 7 (sete) anos de efetivo serviço, não tenha sofrido
qualquer sanção disciplinar;
➢ Ótimo - quando, no período de 5 (cinco) anos de efetivo serviço, tenha sido punida com até 1
(uma) reprimenda;
➢ Bom - quando, no período de 2 (dois) anos de efetivo serviço, tenha sido punida com até 1
(uma) prestação de serviços de natureza preferencialmente operacional;
➢ Insuficiente - quando, no período de 1 (um) ano de efetivo serviço, tenha sido punida com 2
(duas) prestações de serviço de natureza preferencialmente operacional ou, no período de 2
(dois) anos, com mais de 2 (duas) prestações de serviço de natureza preferencialmente
operacional;
➢ Mau - quando, no período de 1 (um) ano de efetivo serviço, tenha sido punido com mais de 2
(duas) prestações de serviço preferencialmente operacional.
DAS RECOMPENSAS
➢ elogio;
➢ dispensa do serviço;
O elogio pode ser individual ou coletivo. Se individual, que coloca em relevo as qualidades morais e
profissionais, somente poderá ser atribuído a militar que haja se destacado dos demais da tropa na
execução de ato, serviço ou ação meritória.
Os aspectos principais que devem ser abordados são os referentes ao caráter e desprendimento, à
inteligência, às condutas civis e militares, à capacidade como comandante e administrador e à
capacidade física.
O elogio coletivo visa reconhecer e ressaltar um grupo de militares ao cumprir destacadamente uma
determinada missão.
A iniciativa de apreciação do ato a ser elogiado não deve partir do próprio militar a ser elogiado, sendo
de responsabilidade da autoridade que elogiar a publicação do ato em boletim ou diário.
I – dispensa total do serviço: que isenta de todos os trabalhos da OPM ou OBM, inclusive os
de instrução, o que não deve ultrapassar a 15 (quinze) dias, considerando todas aquelas já
concedidas no decorrer de 1 (um) ano civil;
II – dispensa parcial do serviço: de alguns trabalhos, que devem ser especificados na concessão.
A dispensa total do serviço é regulada por período de 24 (vinte e quatro) horas contado do horário do
início do expediente, até o mesmo horário no dia subsequente. A sua publicação deve ser feita, no
mínimo 24 (vinte e quatro) horas antes do início, salvo motivo de força maior.
As dispensas da revista de recolher e de pernoitar no quartel podem ser incluídas em uma mesma
concessão e não autorizam a ausência ao serviço para o qual o militar estiver ou for escalado, nem à
instrução a que deve comparecer.
Essas autoridades também são competentes para anular, restringir ou ampliar as recompensas
concedidas dentro do limite legal, devendo tais decisões ser motivadas e publicadas em Boletim ou
Diário Oficial da Corporação.
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
DA SINDICÂNCIA
▪ Se o investigado for Oficial, a delegação não poderá recair em Oficial de patente ou antiguidade
inferior à daquele.
A Sindicância deverá ser concluída em 40 (quarenta) dias, podendo este prazo ser prorrogado por mais
20 (vinte) dias.
Se da Sindicância concluir-se pela existência de infração penal militar cumulada com infração
administrativa, dentro dos limites de competência prevista no Código de Processo Penal Militar, será
esta anexada ao Processo Administrativo Disciplinar - PAD e extraída cópia para instruir o Inquérito
Policial Militar –IPM–, sem prejuízo do processo administrativo disciplinar.
➢ No caso de se concluir por existência de infração penal comum, cópia dos autos deverá ser
remetida à autoridade policial competente.
Em qualquer caso, concluindo-se pela existência de transgressão disciplinar militar, cumulada ou não
com infração penal, os autos originais ou suas cópias servirão de justa causa para instauração de
Processo Administrativo Disciplinar – PAD.
A Autoridade militar poderá delegar suas atribuições processuais a Oficial que serve sob seu
comando, exceto quando a autoridade for o Corregedor militar e o subordinado estiver sob comando
de outra autoridade, desde que esta seja de patente ou posto inferior.
▪ Observa-se que não poderá recair delegação em Oficial de patente ou antiguidade inferior à do
eventual Oficial processado.
Deverá ser nomeado escrivão no Processo Administrativo Disciplinar – PAD –, não podendo recair a
escolha em Praça, quando o acusado for Oficial.
Recebida a exceção, o exceto deverá suspender o feito, apresentar seu relatório em 24 (vinte e quatro)
horas, juntá-lo aos autos e remetê-lo à autoridade imediatamente superior ou delegante para que esta
decida nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes.
A exceção apresentada contra ato do Governador ou do Comandante-Geral será por eles decidida.
Decidida a exceção, os autos voltarão a ser movimentados imediatamente para ser dada continuidade
ao processo, perante a mesma ou outra autoridade na conformidade da decisão.
DO PROCESSO SUMÁRIO
O processo administrativo disciplinar sumário é para o caso de a transgressão disciplinar militar ser
de natureza leve, bem como para as de natureza média e grave, quando praticadas por militar
matriculado nos diversos cursos de formação realizados pela Polícia Militar ou Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Goiás.
➢ A autoridade militar ou aquela a quem ela delegar suas atribuições processuais citará o militar
infrator para comparecer em dia e hora marcados para audiência de instrução e julgamento,
sendo-lhe facultado comparecer com defensor e testemunhas.
➢ Aberta a audiência, será dada a palavra ao acusado para apresentar suas alegações orais, em
seguida, às eventuais testemunhas e novamente ao acusado para apresentar alegações finais,
também orais.
Em último ato, a autoridade que dirigir o feito por delegação deverá fazer conclusos os autos para a
autoridade delegante, emitindo relatório ou parecer para que esta profira decisão nas 24 (vinte e
quatro) horas seguintes, ou, se for o caso, no mesmo prazo determinará a transformação do rito do
feito para ordinário ou especial.
De todo o ocorrido, será lavrada ata, que, depois de assinada por todos os presentes, será juntada à
decisão da autoridade para ser publicada em boletim ou diário.
O processo administrativo disciplinar ordinário é escrito e será observado sempre que a transgressão
disciplinar militar for de natureza média e grave, mas que não se vislumbre de início a sanção de
exclusão a bem da disciplina ou de perda das prerrogativas militares.
➢ Válida a citação, o acusado deverá comparecer a todos os atos do processo e, quando for
citado por edital e não comparecer, será julgado à revelia, em que a autoridade deverá dar-
lhe defensor.
➢ A qualquer tempo, o acusado revel poderá se apresentar, recebendo o processo na fase em que
se encontre.
➢ Nas alegações preliminares, o acusado ou seu defensor poderá suscitar qualquer matéria de
defesa, inclusive competência, suspeição ou impedimento da autoridade processante ou
investigante, bem como pedir diligências ou perícias e arrolar testemunhas até o limite de 05
(cinco).
Citado o acusado, com ou sem as alegações preliminares, a autoridade marcará prazo de 05 (cinco)
dias, o local e a hora para a audiência una de instrução e julgamento, dela notificando o acusado e/ou
seu defensor.
Presente o acusado e/ou seu defensor, a autoridade ouvirá e reduzirá a termo as declarações das
testemunhas arroladas na instauração do feito, até o limite de 05 (cinco), em seguida ouvirá da mesma
forma as declarações das testemunhas arroladas pela defesa, seguido de eventuais peritos ou
diligências, e, por último, reduzirá a termo o interrogatório do acusado, quando este não for revel.
A audiência de instrução e julgamento poderá ser suspensa por período suficiente para realização da
diligência necessária à solução do feito.
Terminada a instrução do feito, a autoridade dará a palavra ao acusado ou seu defensor por 20 (vinte)
minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez), para apresentação de alegações orais, que serão reduzidas a
termo pelo escrivão, ou, considerando a complexidade do caso, concederá prazo máximo de 05 (cinco)
dias para apresentação de memoriais.
A autoridade poderá apresentar sua decisão na mesma audiência, ou, considerando a complexidade
do caso, apresentá-la em 05 (cinco) dias, após as alegações orais ou apresentação dos memoriais.
▪ Se a autoridade que dirigir o feito for por delegação, nesta fase deverá fazer conclusos os autos
para a autoridade delegante, emitindo parecer para que ela proceda à decisão no prazo de 5
(cinco) dias.
Todos os atos realizados em audiência serão registrados em ata a ser assinada por todos e autuada
juntamente com a documentação produzida na audiência.
Do Processo Especial
O processo administrativo disciplinar especial será cabível quando a Praça ofender a ética militar ou
cometer outra transgressão disciplinar militar cumulada ou não com aquela, ainda que estiver ou
ingressar na situação de desertor por prazo superior a 06 (seis) meses e sejam, por isso, recomendadas
a exclusão a bem da disciplina, a reforma ou a perda das prerrogativas militares do transgressor.
O processo administrativo disciplinar especial será dirigido por Conselho de Ética e Disciplina, estando
a Praça na atividade ou inatividade.
Vejamos outras situações que fazem com que o militar seja sujeito à declaração de incapacidade e à
sanção de exclusão a bem da disciplina ou perda das prerrogativas militares:
Art. 83. Ficam ainda sujeitos à declaração de incapacidade para permanecerem como militares, e,
consequentemente, à sanção de exclusão a bem da disciplina ou perda das prerrogativas militares, as
Praças que:
II - forem condenadas por sentença penal definitiva na forma prevista no art. 34, II, desta Lei;
III - demonstrarem incapacidade profissional para o exercício de função policial ou bombeiro militar;
IV – forem consideradas moralmente inidôneas para promoção pela Comissão de Promoção de sua
instituição.
O disciplinando poderá ser afastado de suas funções pela autoridade convocante, por sua iniciativa ou
por solicitação do Conselho de Ética e Disciplina.
O Conselho de Ética e Disciplina será composto por três Oficiais, sendo um Major ou um Capitão e
dois Tenentes. A Presidência do Conselho será exercida por Major ou por Capitão, cabendo ao Tenente
mais antigo atuar como relator e o de menos tempo de serviço como escrivão.
Todos os membros do Conselho, bem como o defensor, poderão fazer perguntas para as testemunhas
e o disciplinando.
A autoridade que determinar a instauração do Conselho de Ética e Disciplina poderá, a qualquer tempo,
em ato fundamentado, dissolvê-lo ou modificar sua composição.
Em todas as audiências do Conselho será lavrada ata que conterá as principais ocorrências do processo
e as assinaturas dos presentes.
Deverá ser concedida a suspensão condicional do processo de Conselho de Ética e Disciplina pelo
período de 01 (um) ano ao processado que satisfizer os seguintes requisitos:
III – não constituírem os fatos de que é acusado infrações penais dolosas injustificáveis comuns
ou militares, independentemente do deslinde da ação penal correspondente;
II – qualificação do acusado;
Se o disciplinando não for encontrado para citação, deverá o presidente fazer nova citação pessoal nas
próximas 72 (setenta e duas) horas. Não sendo ainda encontrado, determinará que o disciplinando seja
citado por edital publicado em boletim ou diário por duas vezes, em intervalos de 5 (cinco) dias entre
as publicações.
Válida a citação, é facultado ao acusado comparecer a todos os atos do processo. E se válida e o acusado
não comparecer, o julgamento ocorrerá à sua revelia, sendo-lhe nomeado defensor pela autoridade.
A qualquer tempo, o disciplinando revel poderá se apresentar, recebendo o processo na fase em que
se encontrar.
➢ Nas alegações preliminares o acusado ou seu defensor poderá suscitar toda matéria de defesa,
inclusive competência, suspeição ou impedimento da autoridade processante ou investigante,
pedir diligências ou perícias e arrolar testemunhas até o limite de 08 (oito).
➢ O exame de insanidade mental, quando necessário e deferido, será realizado pelas Juntas
Médicas de qualquer das Corporações militares do Estado e, na falta de especialistas, poderá
ser realizado pela Junta Médica Oficial do Estado ou do Tribunal de Justiça.
No dia da audiência, presentes o disciplinando e/ou seu defensor, no caso de revelia, o Presidente dará
a sessão por aberta, fará leitura das principais peças do processo e, a seguir, facultará ao defensor a
sustentação oral pelo prazo máximo de 20 (vinte) minutos, prorrogável por mais 10 (dez) e, a seguir, o
membro de menos tempo de serviço militar proferirá seu voto oral, seguido do voto do relator e, por
último, do voto do Presidente.
➢ considerar o disciplinando culpado das acusações que lhe pesam e opinar por sua exclusão a
bem da disciplina ou pela perda das prerrogativas militares;
➢ considerar o disciplinando parcialmente culpado das acusações que lhe pesam e opinar por
outra sanção disciplinar mais branda, prevista nesta Lei;
➢ considerar o disciplinando parcialmente culpado das acusações que lhe pesam e opinar pela
concessão da suspensão condicional do processo, na forma desta Lei;
➢ considerar o disciplinando inocente das acusações que lhe pesam, dando-o por apto a
permanecer na ativa ou continuar gozando das prerrogativas militares.
O disciplinando é isento de sanção por transgressão militar, se, por doença mental, era, ao tempo da
ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, seja na esfera penal,
seja na administrativa militar ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Encerrada a audiência de julgamento, seu Presidente fará relatório do processo, exporá a conclusão a
que chegaram os membros do Conselho e intimará o disciplinando da decisão.
Se não for o Governador a autoridade convocadora do Conselho, deverão os autos ser remetidos ao
Comandante-Geral para homologar ou não o julgado em decisão fundamentada, efetivar a publicação
do ato e a intimação do disciplinando e ou de seu defensor.
Dessa decisão, se sucumbente o disciplinando, caberá recurso dentro do prazo de 5 (cinco) dias.
Antes da homologação, a autoridade poderá determinar prazo não superior a 30 (trinta) dias para que
o Conselho realize novas diligências.
O prazo de tramitação do processo no Conselho de Ética e Disciplina, que vai da sua instalação até a
conclusão dos seus trabalhos, não poderá ultrapassar a 40 (quarenta) dias, excluindo-se o prazo de
eventual incidente de insanidade mental do acusado e das diligências.
Depois de aplicada, a sanção disciplinar poderá ser modificada pela autoridade que a aplicou ou por
outra, superior e competente, quando surgirem fatos que recomendem tal procedimento.
anulação
agravação
• A anulação da sanção disciplinar consiste em torná-la sem efeito, podendo ser concedida a
qualquer tempo pelo Governador ou Comandante-Geral, de ofício ou a requerimento do
ofendido, quando ficar comprovado abuso ou ilegalidade na sua aplicação.
A anulação deverá eliminar toda e qualquer anotação nos assentamentos funcionais do militar, relativa
à pena aplicada.
I – quando, embora não cumprida, ficar comprovado que foram atingidos os objetivos visados
com a aplicação da sanção disciplinar;
O cancelamento de sanção disciplinar é o direito concedido ao militar de tê-la excluída, bem como a
averbação e outras notas a ela relacionadas, em seus assentamentos funcionais. Esse cancelamento
dar-se-á, automaticamente, ao militar apenado que tenha completado, sem qualquer outra punição,
as seguintes condições:
I - 05 (cinco) anos de efetivo serviço, no caso de a sanção disciplinar ser prestação de serviço
de natureza preferencialmente operacional ou transferência a bem da disciplina;
As sanções escolares aplicadas aos alunos dos cursos de formação poderão ser canceladas por ocasião
da conclusão do curso, a critério do Comandante da Academia do Corpo de Bombeiros Militar ou do
Comando da Academia de Polícia Militar, independentemente de requerimento.
As anotações de punições canceladas deverão ser excluídas da ficha virtual do militar e, não se
tratando desta, todas as anotações relacionadas com as sanções disciplinares canceladas deverão ser
apagadas de maneira que não seja possível a sua leitura. Em todo caso, na margem onde for feito o
cancelamento, deverão ser anotados o número e a data do boletim da autoridade que concedeu o
cancelamento, com rubrica da autoridade competente que assinar as folhas de alterações.
A autoridade militar que determinar o afastamento cautelar das funções ou da localidade deverá
fundamentar sua decisão e encaminhar os originais à autoridade superior, que poderá ou não
homologar a medida por meio de ato fundamentado.
Uma vez cessadas as circunstâncias geradoras do afastamento cautelar das funções ou da localidade, a
autoridade militar poderá determinar o fim da medida cautelar.
Recurso disciplinar é o direito concedido ao militar que se julgue prejudicado, injustiçado ou ofendido
por superiores hierárquicos, na esfera disciplinar. Pode ser de duas formas:
I – reconsideração de ato;
II – recurso disciplinar.
• Reconsideração de ato é o recurso por meio do qual o militar que se julgue prejudicado ou
injustiçado solicita à autoridade que proferiu a decisão que a reexamine e a reconsidere.
O pedido de reconsideração de ato deverá ser encaminhado pela autoridade a quem o requerente
estiver diretamente subordinado, no prazo máximo de 08 (oito) dias, a contar da data em que o militar
for cientificado formalmente da decisão punitiva.
A autoridade autora do ato disciplinar deverá decidir se o reconsidera ou o mantém, no prazo máximo
de 15 (quinze) dias, por meio de ato motivado, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos.
O recurso disciplinar só é cabível após a decisão do pedido de reconsideração do ato atacado ser
publicada em boletim ou diário, dando ciência ao recorrente ou, ainda, quando não for observado o
prazo de 15 dias para a autoridade decidir se reconsidera ou mantém o ato.
O recurso disciplinar deverá ser interposto no prazo de até 08 (oito) dias, a contar da data em que o
militar foi cientificado formalmente da decisão recorrida.
A autoridade deverá decidir o recurso disciplinar no prazo máximo de 20 (vinte) dias, por ato
motivado, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos.
Recebido o recurso disciplinar, a autoridade competente para solucioná-lo deverá decidir pelo
afastamento temporário do recorrente da subordinação direta da autoridade recorrida, desde que
requerido e devidamente fundamentado.
A apresentação dos recursos disciplinares deverá ser feita individualmente, e tratar de caso específico,
cingir-se aos fatos que motivaram o recurso, bem como fundamentar-se em novos argumentos, provas
ou documentos comprobatórios e elucidativos.
O prazo para apresentação de recurso pelo militar que se encontra executando serviço ou ordem que
impeçam a sua apresentação, ou que se encontre cumprindo sanção disciplinar de detenção antes
aplicada, começa a ser contado depois de cessada tais situações.
A interposição de um recurso disciplinar por outro não impedirá seu exame, salvo se comprovada má-
fé.
▪ deixar de comunicar ao superior hierárquico a execução de ordem dele recebida, tão logo seja possível
fazê-lo;
▪ chegar atrasado ou faltar a qualquer evento, serviço ou instrução em que deva tomar parte ou assistir;
▪ deixar de comunicar em tempo hábil os motivos do atraso ou da falta ao serviço ou local onde deva
comparecer;
▪ deixar de devolver, ao final do serviço ou do prazo fixado, o armamento e equipamento que lhe tenham
sido entregues;
▪ deixar o superior de determinar a retirada, seja de solenidade militar ou civil, de subordinado que a ela
compareça com uniforme diferente do convencionado;
▪ sobrepor ao uniforme insígnia, distintivo, condecoração ou medalha não-regulamentar, bem como usá-los
indevidamente;
▪ conversar ou fazer ruído em ocasiões, locais ou horários em desacordo com regulamentação ou convenção
social;
▪ usar, quando uniformizado, barba, cabelos, bigode ou costeletas em desacordo com regulamentação ou
convenção;
▪ usar a militar, quando fardada, piercing visíveis ou acessórios similares, cabelos soltos e/ou unhas em
desacordo com os regulamentos específicos, salvo por recomendação médica;
▪ usar joias, correntes, peças de vestimentas e outros adereços que prejudiquem a apresentação pessoal ou
descaracterize o fardamento;
▪ deixar de prestar a seu superior hierárquico as continências, honras, sinais de respeito e cerimônias
regulamentares;
▪ envolver-se, durante o serviço, com assuntos alheios as suas funções que possam causar
prejuízo à execução das tarefas sob sua responsabilidade;
▪ não ter o cuidado devido como instrutor ou monitor na preparação das matérias a serem
ministradas ao corpo discente, ou de faltar às aulas sem justo motivo;
▪ executar atividade que envolva acentuados perigos, sem autorização superior, salvo nos casos
de competições ou demonstrações esportivas legais;
▪ adentrar, sem permissão ou ordem superior, em lugar onde lhe seja vedado;
▪ aceitar manifestação coletiva de seus subordinados, salvo as que demonstrem íntima, boa e
sã camaradagem;
▪ editar ato administrativo faltando qualquer de seus requisitos básicos, com o fim de causar
prejuízos a militar ou à Corporação;
▪ fazer uso do anonimato para a prática de atos que levem a instauração injustificada de
procedimento ou processo administrativo ou judicial contra militar;
▪ aconselhar ou concorrer para não ser cumprida qualquer ordem de autoridade competente,
ou para retardar a sua execução;
▪ afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por força de disposição legal ou ordem
superior;
▪ assumir compromisso pela OPM ou OBM sob seu comando ou em que serve, sem comunicar
à autoridade superior;
▪ retirar ou tentar retirar, de qualquer lugar sob administração militar, material, viatura ou
animal, ou deles servir-se indevidamente, sem autorização do responsável;
▪ maltratar ou permitir que se maltrate detido ou preso sob sua guarda ou de outrem;
▪ deixar ou concorrer para que presos sob sua guarda conservem em seu poder instrumentos
ou objetos não permitidos;
▪ soltar preso ou detido ou não concluir devidamente a ocorrência, sem ordem de autoridade
competente;
▪ travar ou incitar discussão pessoalmente ofensiva, rixa ou luta corporal, com outro militar;
▪ ter em seu poder, introduzir, distribuir, usar ou consumir, em área militar ou sob a
administração militar, substância inflamável, explosiva, alcoólica ou entorpecente, em
desacordo com leis, regulamentos ou regimentos internos;
▪ utilizar ou trazer consigo materiais, anotações, publicações ou objetos não permitidos em lei
ou regulamento, ou, ainda, utilizar ou possibilitar o uso de meios fraudulentos em provas e
testes de instrução e ensino militar;
▪ ostentar tatuagem que deponha contra o decoro e a ética militar, ou faça apologia a crime
ou contravenção;
▪ influir para que terceiros intervenham para propiciar ou impedir sua promoção, lotação,
remoção, destacamento ou transferência.
A punição disciplinar do militar não o exime da responsabilidade civil e penal pelo ato ilícito
praticado.
Além disso, aplicam-se, subsidiariamente, a este, no que couber, o Código de Processo Penal Militar –
CPPM– e o Código Penal Militar - CPM.
QUESTÕES COMENTADAS
1. (ELABORADA PELO PROFESSOR) A Lei Estadual nº 19.969/2018 dispõe sobre a instituição do Código
de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Goiás - CEDIME/GOF– com a finalidade de:
Comentários: Nos termos do art. 1º da Lei, tem como finalidade: definir, especificar, graduar e
classificar as transgressões disciplinares passíveis de punição; e estabelecer normas relativas a sanções
disciplinares, conceitos e recompensas previstos em lei.
Gabarito: Letra D.
2. (ELABORADA PELO PROFESSOR) A Lei Estadual nº 19.969/2018, sujeitar-se-ão aos efeitos deste
Código quando no meio civil ou militar se conduzirem de modo a desrespeitar e ofender os princípios
da hierarquia, da disciplina e da ética militar:
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) III.
Comentários: Nos termos do art. 2ºda Lei, estão corretas em apenas I e II.
Art. 2º Sujeitar-se-ão aos efeitos deste Código quando no meio civil ou militar se conduzirem de modo a
desrespeitar e ofender os princípios da hierarquia, da disciplina e da ética militar:
I – os militares da ativa e os da inatividade remunerada;
II – os alunos dos cursos de formação, aperfeiçoamento, especialização e estágios, ainda que
pertencentes a outra corporação militar.
Gabarito: Letra A.
3. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, aquele que, investido de
autoridade decorrente de lei ou regulamento, for responsável por comando, administração, emprego,
instrução e disciplina de uma Organização Militar, será denominado
A) Comandante.
B) Chefe.
C) Comandante ou Chefe.
D) Coronel.
E) Major ou Coronel.
Comentários: De acordo com o art. 3º, inciso II da Lei, será denominado Comandante ou Chefe aquele
que, investido de autoridade decorrente de lei ou regulamento, for responsável por comando,
administração, emprego, instrução e disciplina de uma Organização Militar.
Gabarito: Letra C.
II – exercer com autoridade, eficiência e probidade as funções que lhe couberem em decorrência do
cargo;
IV – cumprir e fazer cumprir leis, regulamentos, instruções e ordens emanadas das autoridades
competentes;
V – ser justo e imparcial nos julgamentos dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
A) I, II e III.
B) I, II e V.
D) II, III, IV e V.
Art. 5° O sentimento do dever, o denodo militar e o decoro da classe impõem a cada um dos integrantes
das Corporações conduta moral e profissional irrepreensíveis, com observância dos seguintes preceitos
éticos militares:
I – considerar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da dignidade pessoal;
II – exercer com autoridade, eficiência e probidade as funções que lhe couberem em decorrência do
cargo;
III – respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV – cumprir e fazer cumprir leis, regulamentos, instruções e ordens emanadas das autoridades
competentes;
V – ser justo e imparcial nos julgamentos dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
VI – zelar pelos preparos próprio, moral, intelectual, físico e, também, pelos dos subordinados, tendo
em vista o cumprimento da missão comum;
VII – empregar todas as suas energias em benefício do serviço;
VIII – praticar a camaradagem e desenvolver permanentemente o espírito de cooperação;
IX – ser discreto em suas atitudes, maneiras e em linguagem escrita e falada;
X – abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa relativa à Segurança Pública;
XI – respeitar as autoridades civis, militares e eclesiásticas;
XII – cumprir corretamente seus deveres de cidadão;
XIII – proceder de maneira ilibada na vida pública e privada;
XIV – observar as normas da boa educação;
XV – garantir assistência social, moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família exemplar;
XVI – comportar-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não sejam prejudicados os
princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar;
XVII – abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer
natureza ou encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVIII – abster-se do uso das designações hierárquicas com o fim de obter vantagem pessoal ou causar,
mesmo que não intencionalmente, prejuízo à administração militar quando:
a) em atividades político-partidárias;
b) em atividades empresariais;
c) discutir ou provocar discussões por qualquer meio de comunicação a respeito de assuntos políticos
ou militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado;
d) no exercício de funções de natureza não-militar;
XIX – zelar pelo bom nome da Corporação a que pertencer e de cada um dos seus integrantes,
obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos da ética militar.
Gabarito: Letra E.
E) Cabe ao superior hierárquico a inteira responsabilidade pelas ordens que emitir e pelas consequências
que delas advierem.
ALTERNATIVA B - CORRETA. O subordinado se sujeita às provas de respeito e deferência para com seus
superiores, de conformidade com os regulamentos e as tradições militares. (Art. 8º, § 3º)
ALTERNATIVA E - CORRETA. Cabe ao superior hierárquico a inteira responsabilidade pelas ordens que
emitir e pelas consequências que delas advierem. (Art. 11, § 1º)
Gabarito: Letra C.
6. (ELABORADA PELO PROFESSOR) À luz da Lei Estadual nº 19.969/2018, disciplina militar é a rigorosa
observância e o acatamento integral das leis, dos regulamentos, e princípios militares, traduzindo-se
pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos os componentes da respectiva Corporação
Militar. São manifestações essenciais de disciplina:
I – a correção de atitudes;
A) I, II e III.
B) I, II e V.
C) I, III e V.
D) II, III, IV e V.
Art. 10. Disciplina militar é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, dos regulamentos, e
princípios militares, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos os
componentes da respectiva Corporação Militar.
§ 1º São manifestações essenciais de disciplina:
I – a correção de atitudes;
II – a rigorosa observância das prescrições regulamentares;
III – a obediência às ordens dos superiores hierárquicos;
IV – a dedicação integral ao serviço;
V – a colaboração espontânea à disciplina coletiva e à eficiência da Instituição.
Gabarito: Letra E.
7. (ELABORADA PELO PROFESSOR) De acordo com a Lei Estadual nº 19.969/2018, acerca das
transgressões disciplinares, julgue as alternativas e assinale a INCORRETA.
C) A transgressão disciplinar classifica-se, segundo sua intensidade, desde que não haja causas
atenuantes, em média, grave e gravíssima.
E) Não haverá punição quando for reconhecida qualquer outra causa de justificação ou excludente de
ilicitude prevista no Código Penal Militar.
ALTERNATIVA A - CORRETA. Transgressão disciplinar é toda violação do dever, da ética e das obrigações
militares. (Art. 15)
ALTERNATIVA E - CORRETA. Não haverá punição quando for reconhecida qualquer outra causa de
justificação ou excludente de ilicitude prevista no Código Penal Militar. (Art. 21, parágrafo único)
Gabarito: Letra C.
Comentários: De acordo com o art. 22, inciso V da Lei, falta de prática em serviço é uma circunstância
atenuante da transgressão militar.
Gabarito: Letra D.
B) A sanção de advertência é a forma mais branda de punir e sempre que possível deve ser precedida de
processo administrativo sumário, quando a transgressão cometida for de natureza leve ou média.
C) A sanção de repreensão deve ser precedida de processo administrativo sumário e constar dos
assentamentos pessoais do transgressor, sendo aplicada às faltas de natureza leve.
E) A sanção disciplinar de transferência a bem da ética e disciplina deverá constar dos assentamentos
pessoais do transgressor e será aplicada ao militar da ativa que se tornar incompatível com a comunidade
local em que serve.
ALTERNATIVA B - INCORRETA. A sanção de advertência é a forma mais branda de punir e sempre que
possível deve ser precedida de processo administrativo sumário, quando a transgressão cometida for de
natureza leve. (Art. 26)
Gabarito: Letra B.
10. (ELABORADA PELO PROFESSOR) À luz da Lei Estadual nº 19.969/2018, a aplicação da sanção
disciplinar compreende o ato ou efeito de tornar pública, oficialmente, a decisão devidamente
formalizada ou o pronunciamento verbal e devidamente transcrito em documento próprio, no caso de
advertência. A aplicação da sanção disciplinar deverá:
I - ser proporcional à gravidade da transgressão, sendo que a transferência a bem da ética e disciplina, a
exclusão a bem da ética e disciplina ou a perda das prerrogativas militares serão destinadas às
transgressões graves;
II – a sanção disciplinar não pode atingir o máximo previsto, quando ocorrerem apenas circunstâncias
atenuantes;
III – por uma única transgressão não deve ser aplicada mais de uma sanção disciplinar;
IV – na ocorrência de mais de uma transgressão disciplinar, sem conexão entre si, a cada uma deverá ser
imposta a sanção correspondente, com apuração em processos ou procedimentos distintos, do contrário
as de menor gravidade serão consideradas como circunstâncias agravantes da transgressão principal;
V – a transgressão disciplinar não será apreciada em caso de eventual ação judicial que guardar relação
com aquela;
A) I, II e III.
B) I, II e V.
C) III, IV e V.
Comentários: De acordo com o art. 41 da Lei, estão corretas apenas em I, II, III e IV.
Gabarito: Letra D.
I - EXCEPCIONAL - quando, no período de 7 (sete) anos de efetivo serviço, não tenha sofrido qualquer
sanção disciplinar;
II - ÓTIMO - quando, no período de 5 (cinco) anos de efetivo serviço, tenha sido punida com até 1 (uma)
reprimenda;
III - BOM - quando, no período de 2 (dois) anos de efetivo serviço, tenha sido punida com até 1 (uma)
prestação de serviços de natureza preferencialmente operacional;
IV - INSUFICIENTE - quando, no período de 1 (um) ano de efetivo serviço, tenha sido punida com mais de
2 (duas) prestações de serviço de natureza preferencialmente operacional ou, no período de 3 (três)
anos, com mais de 2 (duas) prestações de serviço de natureza preferencialmente operacional;
V - MAU - quando, no período de 1 (um) ano de efetivo serviço, tenha sido punido com mais de 3 (três)
prestações de serviço preferencialmente operacional.
A) I, II e III.
B) I, II e V.
C) III, IV e V.
Gabarito: Letra A.
12. (ELABORADA PELO PROFESSOR) De acordo com a Lei Estadual nº 19.969/2018, a Sindicância é
procedimento investigativo e visa apurar a autoria e materialidade de transgressão disciplinar militar
e, por ser de natureza inquisitorial, seguirá as mesmas regras e rito procedimental do Inquérito Policial
Militar –IPM–, exceto quanto à nomeação e atuação do escrivão e ao arquivamento dos autos, que
serão facultativos. A Sindicância deverá ser concluída em
Comentários: De acordo com o art. 57 da Lei, a Sindicância deverá ser concluída em 40 (quarenta) dias,
podendo este prazo ser prorrogado por mais 20 (vinte) dias.
Gabarito: Letra B.
13. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, acerca do Processo
Administrativo Disciplinar, julgue as alternativas e assinale a INCORRETA.
B) Deverá ser nomeado escrivão no Processo Administrativo Disciplinar – PAD –, não podendo recair a
escolha em Oficial, quando o acusado for Praça.
C) Recebida a exceção, o exceto deverá suspender o feito, apresentar seu relatório em 24 (vinte e quatro)
horas, juntá-lo aos autos e remetê-lo à autoridade imediatamente superior ou delegante para que esta
decida nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes.
D) A exceção apresentada contra ato do Governador ou do Comandante-Geral será por eles decidida.
E) Decidida a exceção, os autos voltarão a ser movimentados imediatamente para ser dada continuidade
ao processo, perante a mesma ou outra autoridade na conformidade da decisão.
ALTERNATIVA C - CORRETA. Recebida a exceção, o exceto deverá suspender o feito, apresentar seu
relatório em 24 (vinte e quatro) horas, juntá-lo aos autos e remetê-lo à autoridade imediatamente
superior ou delegante para que esta decida nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes. (Art. 65)
Gabarito: Letra B.
14. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, acerca do Processo
Especial no procedimento administrativo disciplinar, julgue as alternativas e assinale a INCORRETA.
A) O processo administrativo disciplinar especial será cabível quando a Praça ofender a ética militar ou
cometer outra transgressão disciplinar militar cumulada ou não com aquela, ainda que estiver ou
ingressar na situação de desertor por prazo superior a 06 (seis) meses e sejam, por isso, recomendadas
a exclusão a bem da disciplina, a reforma ou a perda das prerrogativas militares do transgressor.
B) O processo administrativo disciplinar especial será dirigido por Conselho de Ética e Disciplina, mesmo
estando a Praça na atividade ou inatividade.
C) O Conselho de Ética e Disciplina será composto por quatro Oficiais, sendo um Major ou um Capitão e
três Tenentes.
D) Todos os membros do Conselho, bem como o defensor, poderão fazer perguntas para as testemunhas
e o disciplinando.
ALTERNATIVA A - CORRETA. O processo administrativo disciplinar especial será cabível quando a Praça
ofender a ética militar ou cometer outra transgressão disciplinar militar cumulada ou não com aquela,
ainda que estiver ou ingressar na situação de desertor por prazo superior a 06 (seis) meses e sejam, por
isso, recomendadas a exclusão a bem da disciplina, a reforma ou a perda das prerrogativas militares do
transgressor. (Art. 80)
ALTERNATIVA B - CORRETA. O processo administrativo disciplinar especial será dirigido por Conselho de
Ética e Disciplina, mesmo estando a Praça na atividade ou inatividade. (Art. 81)
ALTERNATIVA C - INCORRETA. O Conselho de Ética e Disciplina será composto por três Oficiais, sendo
um Major ou um Capitão e dois Tenentes. (Art. 85)
ALTERNATIVA D - CORRETA. Todos os membros do Conselho, bem como o defensor, poderão fazer
perguntas para as testemunhas e o disciplinando. (Art. 86)
Gabarito: Letra C.
15. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, deverá ser concedida a
suspensão condicional do processo de Conselho de Ética e Disciplina pelo período de 01 (um) ano ao
processado que satisfizer os seguintes requisitos:
III – não constituírem os fatos de que é acusado infrações penais dolosas injustificáveis comuns ou
militares, independentemente do deslinde da ação penal correspondente;
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
Art. 90. Deverá ser concedida a suspensão condicional do processo de Conselho de Ética e Disciplina pelo
período de 01 (um) ano ao processado que satisfizer os seguintes requisitos:
I – não estiver classificada no mau comportamento;
II – não ser reincidente em faltas da mesma natureza;
III – não constituírem os fatos de que é acusado infrações penais dolosas injustificáveis comuns ou
militares, independentemente do deslinde da ação penal correspondente;
IV – seus antecedentes e conduta social o recomendarem.
Gabarito: Letra D.
16. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, depois de aplicada, a
sanção disciplinar poderá ser modificada pela autoridade que a aplicou ou por outra, superior e
competente, quando surgirem fatos que recomendem tal procedimento. São as seguintes as
modificações da sanção disciplinar aplicada:
I – anulação;
III – atenuação;
IV – agravação;
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
Comentários: De acordo com o art. 101, parágrafo único da Lei, todas estão corretas.
Art. 101. Depois de aplicada, a sanção disciplinar poderá ser modificada pela autoridade que a aplicou
ou por outra, superior e competente, quando surgirem fatos que recomendem tal procedimento.
Parágrafo único. São as seguintes as modificações da sanção disciplinar aplicada:
I – anulação;
II – relevação da falta de natureza leve;
III – atenuação;
IV – agravação.
Gabarito: Letra D.
17. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, acerca do cancelamento
das sanções disciplinares, julgue as alternativas e assinale a INCORRETA.
A) Cancelamento de sanção disciplinar é o direito concedido ao militar de tê-la excluída, bem como a
averbação e outras notas a ela relacionadas, em seus assentamentos funcionais.
D) As sanções escolares aplicadas aos alunos dos cursos de formação poderão ser canceladas por ocasião
da conclusão do curso, a critério do Comandante da Academia do Corpo de Bombeiros Militar ou do
Comando da Academia de Polícia Militar, desde que realizado requerimento.
E) As anotações de punições canceladas deverão ser excluídas da ficha virtual do militar e, não se
tratando desta, todas as anotações relacionadas com as sanções disciplinares canceladas deverão ser
apagadas de maneira que não seja possível a sua leitura. Em todo caso, na margem onde for feito o
cancelamento, deverão ser anotados o número e a data do boletim da autoridade que concedeu o
cancelamento, com rubrica da autoridade competente que assinar as folhas de alterações.
ALTERNATIVA D - INCORRETA. As sanções escolares aplicadas aos alunos dos cursos de formação
poderão ser canceladas por ocasião da conclusão do curso, a critério do Comandante da Academia do
Corpo de Bombeiros Militar ou do Comando da Academia de Polícia Militar, independentemente de
requerimento. (Art. 111)
ALTERNATIVA E - CORRETA. As anotações de punições canceladas deverão ser excluídas da ficha virtual
do militar e, não se tratando desta, todas as anotações relacionadas com as sanções disciplinares
canceladas deverão ser apagadas de maneira que não seja possível a sua leitura. Em todo caso, na
margem onde for feito o cancelamento, deverão ser anotados o número e a data do boletim da
autoridade que concedeu o cancelamento, com rubrica da autoridade competente que assinar as folhas
de alterações. (Art. 112)
Gabarito: Letra D.
18. (ELABORADA PELO PROFESSOR) De acordo com a Lei Estadual nº 19.969/2018, reconsideração de
ato é o recurso por meio do qual o militar que se julgue prejudicado ou injustiçado solicita à autoridade
que o proferiu que reexamine sua decisão e a reconsidere. A autoridade autora do ato disciplinar
deverá decidir se o reconsidera ou o mantém, no prazo máximo de
A) 15 dias, por meio de ato motivado, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos.
B) 20 dias, por meio de ato motivado, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos.
C) 30 dias, por meio de ato motivado, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos.
D) 45 dias, por meio de ato motivado, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos.
E) 60 dias, por meio de ato motivado, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos.
Comentários: De acordo com o art. 115, § 2º da Lei, a autoridade autora do ato disciplinar deverá decidir
se o reconsidera ou o mantém, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, por meio de ato motivado, com
indicação dos fatos e fundamentos jurídicos.
Gabarito: Letra A.
19. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Nos termos da Lei Estadual nº 19.969/2018, são transgressões
disciplinares leves, EXCETO:
A) deixar de comunicar ao superior hierárquico a execução de ordem dele recebida, tão logo seja possível
fazê-lo.
Comentários: De acordo com o art. 119, inciso V da Lei, deixar de ter compostura em lugar público é
transgressão disciplinar média.
VII – comparecer a qualquer solenidade, festividade ou reunião social, com fardamento diferente do
convencionado ou em trajes civis, quando deveria comparecer fardado;
VIII – deixar o superior de determinar a retirada, seja de solenidade militar ou civil, de subordinado que
a ela compareça com uniforme diferente do convencionado;
IX – deixar o superior, deliberadamente, de corresponder a cumprimento de subordinado;
X – sobrepor ao uniforme insígnia, distintivo, condecoração ou medalha não-regulamentar, bem como
usá-los indevidamente;
XI – fumar em lugar proibido ou em momento não autorizado; [...]
Gabarito: Letra B.
20. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, entre outras, são
transgressões disciplinares graves:
III – espalhar, injustificadamente, notícias ou informações que levem a injúria, difamação ou calúnia;
A) I, II e III.
B) I, II e V.
C) III, IV e V.
Gabarito: Letra E.
LISTA DE QUESTÕES
1. (ELABORADA PELO PROFESSOR) A Lei Estadual nº 19.969/2018 dispõe sobre a instituição do Código
de Ética e Disciplina dos Militares do Estado de Goiás - CEDIME/GOF– com a finalidade de:
2. (ELABORADA PELO PROFESSOR) A Lei Estadual nº 19.969/2018, sujeitar-se-ão aos efeitos deste
Código quando no meio civil ou militar se conduzirem de modo a desrespeitar e ofender os princípios
da hierarquia, da disciplina e da ética militar:
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) III.
3. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, aquele que, investido de
autoridade decorrente de lei ou regulamento, for responsável por comando, administração, emprego,
instrução e disciplina de uma Organização Militar, será denominado
A) Comandante.
B) Chefe.
C) Comandante ou Chefe.
D) Coronel.
E) Major ou Coronel.
II – exercer com autoridade, eficiência e probidade as funções que lhe couberem em decorrência do
cargo;
IV – cumprir e fazer cumprir leis, regulamentos, instruções e ordens emanadas das autoridades
competentes;
V – ser justo e imparcial nos julgamentos dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
A) I, II e III.
B) I, II e V.
D) II, III, IV e V.
E) Cabe ao superior hierárquico a inteira responsabilidade pelas ordens que emitir e pelas consequências
que delas advierem.
6. (ELABORADA PELO PROFESSOR) À luz da Lei Estadual nº 19.969/2018, disciplina militar é a rigorosa
observância e o acatamento integral das leis, dos regulamentos, e princípios militares, traduzindo-se
pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos os componentes da respectiva Corporação
Militar. São manifestações essenciais de disciplina:
I – a correção de atitudes;
A) I, II e III.
B) I, II e V.
C) I, III e V.
D) II, III, IV e V.
7. (ELABORADA PELO PROFESSOR) De acordo com a Lei Estadual nº 19.969/2018, acerca das
transgressões disciplinares, julgue as alternativas e assinale a INCORRETA.
C) A transgressão disciplinar classifica-se, segundo sua intensidade, desde que não haja causas
atenuantes, em média, grave e gravíssima.
E) Não haverá punição quando for reconhecida qualquer outra causa de justificação ou excludente de
ilicitude prevista no Código Penal Militar.
B) A sanção de advertência é a forma mais branda de punir e sempre que possível deve ser precedida de
processo administrativo sumário, quando a transgressão cometida for de natureza leve ou média.
C) A sanção de repreensão deve ser precedida de processo administrativo sumário e constar dos
assentamentos pessoais do transgressor, sendo aplicada às faltas de natureza leve.
nas faltas de natureza grave, deverá ser anotada nos assentamentos pessoais do transgressor.
E) A sanção disciplinar de transferência a bem da ética e disciplina deverá constar dos assentamentos
pessoais do transgressor e será aplicada ao militar da ativa que se tornar incompatível com a comunidade
local em que serve.
10. (ELABORADA PELO PROFESSOR) À luz da Lei Estadual nº 19.969/2018, a aplicação da sanção
disciplinar compreende o ato ou efeito de tornar pública, oficialmente, a decisão devidamente
formalizada ou o pronunciamento verbal e devidamente transcrito em documento próprio, no caso de
advertência. A aplicação da sanção disciplinar deverá:
I - ser proporcional à gravidade da transgressão, sendo que a transferência a bem da ética e disciplina, a
exclusão a bem da ética e disciplina ou a perda das prerrogativas militares serão destinadas às
transgressões graves;
II – a sanção disciplinar não pode atingir o máximo previsto, quando ocorrerem apenas circunstâncias
atenuantes;
III – por uma única transgressão não deve ser aplicada mais de uma sanção disciplinar;
IV – na ocorrência de mais de uma transgressão disciplinar, sem conexão entre si, a cada uma deverá ser
imposta a sanção correspondente, com apuração em processos ou procedimentos distintos, do contrário
as de menor gravidade serão consideradas como circunstâncias agravantes da transgressão principal;
V – a transgressão disciplinar não será apreciada em caso de eventual ação judicial que guardar relação
com aquela;
A) I, II e III.
B) I, II e V.
C) III, IV e V.
I - EXCEPCIONAL - quando, no período de 7 (sete) anos de efetivo serviço, não tenha sofrido qualquer
sanção disciplinar;
II - ÓTIMO - quando, no período de 5 (cinco) anos de efetivo serviço, tenha sido punida com até 1 (uma)
reprimenda;
III - BOM - quando, no período de 2 (dois) anos de efetivo serviço, tenha sido punida com até 1 (uma)
prestação de serviços de natureza preferencialmente operacional;
IV - INSUFICIENTE - quando, no período de 1 (um) ano de efetivo serviço, tenha sido punida com mais de
2 (duas) prestações de serviço de natureza preferencialmente operacional ou, no período de 3 (três)
anos, com mais de 2 (duas) prestações de serviço de natureza preferencialmente operacional;
V - MAU - quando, no período de 1 (um) ano de efetivo serviço, tenha sido punido com mais de 3 (três)
prestações de serviço preferencialmente operacional.
A) I, II e III.
B) I, II e V.
C) III, IV e V.
12. (ELABORADA PELO PROFESSOR) De acordo com a Lei Estadual nº 19.969/2018, a Sindicância é
procedimento investigativo e visa apurar a autoria e materialidade de transgressão disciplinar militar
e, por ser de natureza inquisitorial, seguirá as mesmas regras e rito procedimental do Inquérito Policial
Militar –IPM–, exceto quanto à nomeação e atuação do escrivão e ao arquivamento dos autos, que
serão facultativos. A Sindicância deverá ser concluída em
13. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, acerca do Processo
Administrativo Disciplinar, julgue as alternativas e assinale a INCORRETA.
B) Deverá ser nomeado escrivão no Processo Administrativo Disciplinar – PAD –, não podendo recair a
escolha em Oficial, quando o acusado for Praça.
C) Recebida a exceção, o exceto deverá suspender o feito, apresentar seu relatório em 24 (vinte e quatro)
horas, juntá-lo aos autos e remetê-lo à autoridade imediatamente superior ou delegante para que esta
decida nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes.
D) A exceção apresentada contra ato do Governador ou do Comandante-Geral será por eles decidida.
E) Decidida a exceção, os autos voltarão a ser movimentados imediatamente para ser dada continuidade
ao processo, perante a mesma ou outra autoridade na conformidade da decisão.
14. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, acerca do Processo
Especial no procedimento administrativo disciplinar, julgue as alternativas e assinale a INCORRETA.
A) O processo administrativo disciplinar especial será cabível quando a Praça ofender a ética militar ou
cometer outra transgressão disciplinar militar cumulada ou não com aquela, ainda que estiver ou
ingressar na situação de desertor por prazo superior a 06 (seis) meses e sejam, por isso, recomendadas
a exclusão a bem da disciplina, a reforma ou a perda das prerrogativas militares do transgressor.
B) O processo administrativo disciplinar especial será dirigido por Conselho de Ética e Disciplina, mesmo
estando a Praça na atividade ou inatividade.
C) O Conselho de Ética e Disciplina será composto por quatro Oficiais, sendo um Major ou um Capitão e
três Tenentes.
D) Todos os membros do Conselho, bem como o defensor, poderão fazer perguntas para as testemunhas
e o disciplinando.
15. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, deverá ser concedida a
suspensão condicional do processo de Conselho de Ética e Disciplina pelo período de 01 (um) ano ao
processado que satisfizer os seguintes requisitos:
III – não constituírem os fatos de que é acusado infrações penais dolosas injustificáveis comuns ou
militares, independentemente do deslinde da ação penal correspondente;
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
16. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, depois de aplicada, a
sanção disciplinar poderá ser modificada pela autoridade que a aplicou ou por outra, superior e
competente, quando surgirem fatos que recomendem tal procedimento. São as seguintes as
modificações da sanção disciplinar aplicada:
I – anulação;
III – atenuação;
IV – agravação;
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
17. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, acerca do cancelamento
das sanções disciplinares, julgue as alternativas e assinale a INCORRETA.
A) Cancelamento de sanção disciplinar é o direito concedido ao militar de tê-la excluída, bem como a
averbação e outras notas a ela relacionadas, em seus assentamentos funcionais.
D) As sanções escolares aplicadas aos alunos dos cursos de formação poderão ser canceladas por ocasião
da conclusão do curso, a critério do Comandante da Academia do Corpo de Bombeiros Militar ou do
Comando da Academia de Polícia Militar, desde que realizado requerimento.
E) As anotações de punições canceladas deverão ser excluídas da ficha virtual do militar e, não se
tratando desta, todas as anotações relacionadas com as sanções disciplinares canceladas deverão ser
apagadas de maneira que não seja possível a sua leitura. Em todo caso, na margem onde for feito o
cancelamento, deverão ser anotados o número e a data do boletim da autoridade que concedeu o
cancelamento, com rubrica da autoridade competente que assinar as folhas de alterações.
18. (ELABORADA PELO PROFESSOR) De acordo com a Lei Estadual nº 19.969/2018, reconsideração de
ato é o recurso por meio do qual o militar que se julgue prejudicado ou injustiçado solicita à autoridade
que o proferiu que reexamine sua decisão e a reconsidere. A autoridade autora do ato disciplinar
deverá decidir se o reconsidera ou o mantém, no prazo máximo de
A) 15 dias, por meio de ato motivado, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos.
B) 20 dias, por meio de ato motivado, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos.
C) 30 dias, por meio de ato motivado, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos.
D) 45 dias, por meio de ato motivado, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos.
E) 60 dias, por meio de ato motivado, com indicação dos fatos e fundamentos jurídicos.
19. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Nos termos da Lei Estadual nº 19.969/2018, são transgressões
disciplinares leves, EXCETO:
A) deixar de comunicar ao superior hierárquico a execução de ordem dele recebida, tão logo seja possível
fazê-lo.
20. (ELABORADA PELO PROFESSOR) Conforme a Lei Estadual nº 19.969/2018, entre outras, são
transgressões disciplinares graves:
III – espalhar, injustificadamente, notícias ou informações que levem a injúria, difamação ou calúnia;
A) I, II e III.
B) I, II e V.
C) III, IV e V.
Gabaritos
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