Matriz Religiosa Semita - APOSTILA
Matriz Religiosa Semita - APOSTILA
Matriz Religiosa Semita - APOSTILA
APRESENTAÇÃO
Prezado (a) aluno (a), é sempre muito bom ter você junto conosco. Nos estudos
das religiões, é imprescindível o conhecimento a respeito das religiões semitas. Estamos
prestes a conhecer uma ramificação do estilo de vida e adoração a Deus, que, não
somente é um dos mais antigos sistemas religiosos, como, é o que mais rompeu séculos
e provocou mudanças na história da humanidade.
Você está sendo convidado a estudar um povo que trouxe inovações e muita
mudança no sistema socioeconômico mundial, influenciou continentes e fez a história
se dividir. Estaremos conhecendo as três principais religiões monoteístas Abraâmicas,
Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, procurando entender aspectos históricos e
impulsionadores destas religiões, que, de forma tão evidenciada, se misturam ao estilo
de vida e cotidiano dos seus adeptos.
Depois, na unidade III, talvez, uma das mais difíceis de se analisar, vamos estudar
sobre o Cristianismo, o qual, por estar presente em nosso cotidiano, espiritualizado, não
nos atentamos muito ao seu conceito e sua importância para a humanidade.
E por falar em humanidade, na unidade IV, vamos conhecer uma religião que
contribui muito para o bem-estar da sociedade moderna, um ramo da religião semita,
conhecido como Islamismo, o qual, pode ter sua imagem confundida pelos
acontecimentos do último século.
UNIDADE I
Plano de Estudo:
• Guerras Santas;
Objetivos de Aprendizagem:
Você já deve estar familiarizado com alguns nomes e termos utilizados nos
noticiários e nas disciplinas teológicas, tais, como, judeu, hebreu, israelita. Todos estes
nomes buscam classificar um povo com uma cultura, uma história e uma religião única.
À medida que nosso conhecimento amplia, vamos conhecendo novos termos que têm
relação direta com este povo e sua religião. Um termo que antecede aos termos
descritos é o termo “semita”, que, muitas vezes, é dito no nosso meio de várias formas,
como: antissemitismo, semítico, judeus sionistas, entre outros termos.
Nesta primeira unidade de estudo, acerca das religiões semitas, vamos trazer
considerações a respeito da importância e influências destas religiões na formação do
mundo e no mundo atual. Nosso foco, não é somente estarmos entendendo e
visualizando os aspectos históricos, mas, adquirir uma visão atual e escatológica destas
religiões, por exemplo: De acordo com o surgimento e o andamento destas religiões,
qual será a tendência de futuro e de diálogo do cristianismo, frente, às demais religiões.
Onde entra o Ecumenismo Religioso? O que é possível evitar para que a religião cumpra
o seu papel espiritual e qual o caminho para uma religião sem vertentes políticas
externas?
Não teremos a pretensão de tratar cada uma das religiões de maneira profunda,
nos seus aspectos intrínsecos, porém, precisamos entender seus reflexos exteriores
para nas demais unidades adquirirmos o conhecimento individual de cada uma e
colaborar para que haja compreensão correta e entendimento, entendendo, que
fazemos parte do diálogo daquilo que faz parte do nosso dia-a-dia e está presente em
muitas decisões importantes pelo mundo.
Desejo a você um ótimo estudo e creio que vamos aprender muito juntos! Ao
trabalho!!!
1 O QUE SÃO RELIGIÕES SEMITAS?
A origem geográfica do povo semita está no Oriente Médio, nas regiões do Mar
Vermelho e do Planalto Iraniano, tanto, que os árabes, os hebreus e os fenícios são
descendentes semitas (TABELA DAS NAÇÕES, 2022).
Estes povos tiveram grande influência nas três grandes religiões monoteístas
mundiais, pois, provêm da cultura desses povos a escrita alfabética e as três grandes
religiões monoteístas do mundo -- judaísmo, cristianismo e islamismo.
Nas religiões teístas, encontramos as de raiz Abraâmica (que tiveram sua origem
nas tradições do Oriente Médio e na crença de Abraão em um único Deus). As religiões
monoteístas Abraâmica são formadas pelas três principais religiões do mundo:
Cristianismo, Judaísmo e Islã. São as religiões semitas (HEXHAM, 2003, p. 76).
Religiões semitas, são, religiões monoteístas, que creem no Deus de Abraão, tem
suas raízes no Oriente Médio e levam o nome do filho de Noé, Sem o qual, foi a
continuidade da raiz de Adão e Eva que continuou a adoração a um deus único (MATA,
2010, p. 06).
As suas bases refletem ações e reações por toda a face da terra e influenciam
nações por todo o mundo, tanto, as próximas ao seu berço no Oriente Médio, como, do
outro lado do globo terrestre.
2 O MUNDO E AS RELIGIÕES SEMITAS
Vamos iniciar este tópico partindo do ponto em que surgem as religiões semitas.
A história da humanidade se divide basicamente em Idade Antiga, Idade Média, Idade
Moderna e Idade Contemporânea.
A Idade Antiga, compreende de 4.000 a.C. até o ano 476 d.C., onde ocorreu a
queda do Império Romano do Ocidente.
A Idade Média é de 476 d.C. (Século V) até o Século XV, embora, não haja
consenso sobre a data exata, mas, adota-se a queda do Império Bizantino.
A Idade Moderna vai do Século XV até 1789 d.C., data da Revolução Francesa.
No Egito, por volta do ano 1.300 a.C., o faraó Amenotepe IV, ou Aquenáton,
provocou uma desordem no reinado quando exigiu a adoração somente ao seu Deus, o
deus Áton. Com isso, entende-se, que o primeiro ensaio de adoração a um deus único
em uma nação dominante estava acontecendo. Infelizmente, para o faraó, sua inovação
no reino não deu muito certo e logo após a sua sucessão, depois de dezessete anos de
reinado, todas as estátuas do deus Áton foram retiradas do Egito e enterradas no
deserto. O Egito queria ser politeísta e não adiantava ir contra esta vontade e costume
já enraizado no povo egípcio.
Por volta do ano 1.100 a.C., o Zoroastrismo surge no Irã, como uma religião
monoteísta, Aura-masda ou Ormuz, era o deus supremo. Esta concepção religiosa
introduz o dualismo (guerra entre o bem e o mal), e vai influenciar posteriormente o
cristianismo, inclusive (PEREIRA, 2020, p. 16).
Abraão relata uma experiência sobrenatural, ele ouve o Deus único e vivo, que,
fala com ele e o incumbe de uma missão: Formar uma nação diferente das demais
nações.
Neste ponto, podemos entender que a adoração ao Deus de Abraão toma uma
forma totalmente inovadora e diferente do que se praticava nas outras religiões no
mundo.
Primeiro, o Deus de Abraão não tinha imagem, não precisava ser carregado, não
tinha morada terrena e não precisava ser defendido. Além disso, era o Deus de Abraão
que tomava as iniciativas e dava os parâmetros para Abraão.
Era neste ponto da história que as civilizações começaram a tomar forma política,
começaram a implementar os Estados, estabelecendo suas formas de organização e
implementando relações entre si. Surgem as principais sociedades, o Egito, a
Mesopotâmia, a China, a Grécia e Roma antigas, os Persas, os Hebreus, os Fenícios, os
Celtas, os Etruscos, os Eslavos e os Povos Germanos.
De uma forma breve, podemos entender que o mundo foi muito modificado
pelas religiões semitas, por exemplo, a religião Islã, do profeta Maomé, influencia no
panorama político mundial, dentro da era cristã, a partir do ano de 622 d.C., onde,
iniciou sua expansão, após a morte do profeta Maomé, com a instituição dos califados,
o mundo árabe inicia um processo de unificação e perseguição aos cristãos e judeus,
resultando, em guerras ideológicas, conhecidas como guerras santas.
Vamos tratar cada influência e cada característica nas unidades anteriores, onde,
vamos poder nos aprofundar nas intenções e consequências de cada um dos segmentos
religiosos semitas.
3 GUERRAS SANTAS
Vamos começar falando sobre o cenário que contribuiu para as famosas guerras
santas. Primeiramente, vamos tratar de um assunto interno. Em 18 de março de 235
d.C. foi assassinado o imperador Romano, Alexandre Severo. Assim, o Império Romano
caiu em um período de 50 anos de guerra civil. Esse período é conhecido como “a crise
do terceiro século”.
Durante os anos 235 d.C. ao 284 d.C., houve paz nas fronteiras externas do
Império Romano, embora, internamente, houve uma grande rotatividade de
Imperadores e aspirantes mortos pelas próprias tropas. No ano de 293 d.C. Diocleciano
dividiu o império Romano, instituindo a Tetrarquia, a fim de conter as inúmeras revoltas
que ocorriam dentro do Império Romano.
A Tetrarquia durou até o ano de 313 d.C. e marcou a resolução da Crise do Século
III.
Entendemos, assim, que o Império Romano tinha uma divisão geográfica, porém,
o Império Romano Ocidental teve seu fim em 476 d.C. com a abdicação de Rômulo
Augusto e o Império Romano Oriental sobreviveu um pouco mais, indo, até o ano de
1453 d.C. (MORRISSON, 2013, p. 46-48).
Fonte: https://www.shutterstock.com/image-illustration/final-assault-fall-constantinople-1453-
captured-200507513
O que nos importa na verdade neste conteúdo todo é entender que o Império
Romano sofreu divisões e junções ao longo de sua história e principalmente até o ano
de 1054 d.C., onde, houve o evento chamado de “O Grande Cisma” ou “Grande Cisma
do Ocidente”.
Este evento, pode ser considerado o compilador dos grandes motivos que vão
desencadear as “Cruzadas” e a “Guerra Santa”.
Fonte: https://www.shutterstock.com/image-photo/yerevan-armenia-26-june-2016-visit-1537731884
3. 2 Guerras Santas
Enfim, vimos que a Igreja Romana se dividiu no ano de 1054, mas, entendemos
que este foi um efeito final de desajustes que vinham desde séculos anteriores.
Vamos avançar na história: Em 1054 a Igreja se divide definitivamente. Os líderes
iniciam um processo de consolidação dos marcos religiosos e leis que regeriam cada
Igreja.
3. 3 A Primeira Cruzada
Surge a “Ordem de Cluny”, uma ordem monástica católica que se originou dentro
da Ordem de São Bento. Esta Ordem, mais centralizada no Papado, através da
independência de seus bispos, surge com a ideia de ser o suserano dos reinos europeus.
Ser um suserano é ser um doador de terras, assim, a ordem iria levantar guerreiros, que
iriam resgatar terras e devolvê-las aos “vassalos” (vassalos são os recebedores dos
dotes), tudo isso, em troca de lealdade, assim, os reinos ficariam leias ao Papado e Igreja
(troca de favores).
Vamos iniciar nosso tópico analisando os últimos 100 anos, isso nos dá uma
base maior para visualizar a expansão e tendência das religiões semitas no cenário
global. Para isso, vamos utilizar os dados do ano de 2012, levantados pelo Pew Research
Center, sediado em Washington DC, EUA. O Pew é um órgão que realiza pesquisas de
tendências globais e utiliza pesquisa de opinião pública e realiza pesquisa demográfica,
análise de conteúdo de mídia e outras pesquisas empíricas de ciências sociais.
Estaremos utilizando os dados de pesquisa de 2012, que foi realizada em mais de 200
países e conta com 2.400 fontes de dados. O Censo das religiões ao redor do mundo não
é algo muito novo. O primeiro censo a incluir perguntas acerca da religião, foi em 1776,
no Canadá.
Observe o gráfico:
Observe o gráfico:
Fonte: Wikimedia Commons contributors. As Religiões do Mundo, Distribuição das Religiões. 2008.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a6/Religion_distribution.png
Podemos observar que o Cristianismo e o Islamismo, cobrem maior parte dos
territórios, porém, a terceira religião semita, o Judaísmo, é quase imperceptível, o que
a faz ser considerada uma religião de porte médio em comparação das demais.
E o judaísmo?
Vemos que o judaísmo está espalhado por todo o mundo. Atualmente, estima-
se que cerca de 14,6 Milhões de adeptos pelo mundo.
Observe o mapa:
A maioria dos judeus que vivem fora de Israel está nos Estados Unidos da
América, cerca de 5,7 Milhões de judeus e em Israel, cerca de 6,6 Milhões.
SAIBA MAIS
A chamada “solução final” foi o nome dado pelos nazistas ao plano de genocídio
colocado em prática contra os judeus ao longo da Segunda Guerra Mundial, no
Holocausto. O plano voltava-se, principalmente, para a política de erradicação total da
população de judeus da Europa, porém, é importante lembrar que, no Holocausto, além
de judeus, foram executados ciganos, testemunhas de jeová, homossexuais, doentes
mentais e negros.
Estima-se que cerca de três milhões de judeus tenham morrido nos fuzilamentos
e nas câmaras de gás. Outros três milhões morreram em decorrência dos maus-tratos,
exaustão, fome, doenças etc. Os historiadores estimam que cerca de 2/3 dos judeus da
“Europa” tenham sido mortos pelas ações dos nazistas.
Fonte: SILVA, Daniel Neves. Solução final: o plano nazista de extermínio dos judeus na Europa. Brasil
Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/solucao-final-plano-nazista-exterminio-
dos-judeus-na-europa.htm.Acesso em: 12 maio 2021.
#SAIBA MAIS#
REFLITA
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acredito que você tenha uma compreensão sobre o que é ser um povo semita,
uma língua semita é uma religião semita. A grande importância de saber distinguir e
entender a origem do termo semita é um passo básico para um diálogo assertivo no
quesito de tolerância e convivência entre religiões. Precisamos entender que não
estamos tratando somente de uma preferência de fé, mas, de um conjunto de regras
que nasce com a comunicação, com a geografia e com experiências de fé exclusivas, e,
diferenciadas das demais existentes.
O ecumenismo, que, a simples modo, pode ser descrito como uma tentativa de
universalizar a fé e estabelecer uma harmonia diante das diferenças, precisa ser
analisado do ponto de vista de cada segmento religioso semita.
Movimentos originais têm surgido ao longo dos tempos com o intuito de gerar
um ambiente de diálogo, mas, embora, haja êxito em muitas áreas, ainda existem
extremos que precisam ser conquistados e somente estabelecendo um diálogo inter-
religioso, poderemos estabelecer um diálogo fora de cada esfera denominacional
religiosa.
O que é “Ecumenismo”?
Não se trata de uma união entre as igrejas, como era na antiguidade, mas,
atualmente, compreende-se que este movimento visa a aproximação e cooperação
entre os segmentos do cristianismo.
Uma base para o diálogo ecumênico é que a Igreja de Cristo vai além das
diferenças geográficas, culturais e políticas.
Como podemos observar, já foi feito muito progresso através do diálogo inter-
religioso pelo mundo, mas, ainda há muito o que fazer para chegar ao pleno objetivo do
ecumenismo.
Fonte: OLIVEIRA, R. F. de. Seitas e Heresias - Um Sinal do Fim dos Tempos, Raimundo Oliveira, CPAD.
2010, Pg. 173 - 178.
LIVRO
• Sinopse: Os semitas tinham mais de cinco mil deuses, mas seu culto era irrelevante.
Quase não há estátuas dos deuses semitas. Entretanto, as estátuas dos adoradores são
milhares. Os reis, os nobres e os potentados faziam estátuas de arantes em pé, com as
mãos postas e os imensos olhos esbugalhados e a colocavam como seus representantes
nos templos. Essas estátuas são impressionantes: de mãos postas, em atitude de
recolhimento e oração, os olhos desmesuradamente grandes, direcionados para o céu,
olhando o infinito.
FILME/VÍDEO
• Título: Cruzada
• Ano: 2005.
• Sinopse: Balian (Orlando Bloom) é um jovem ferreiro francês, que guarda luto pela
morte de sua esposa e filho. Ele recebe a visita de Godfrey de Ibelin (Liam Neeson), seu
pai, que é também um conceituado barão do rei de Jerusalém e dedica sua vida a manter
a paz na Terra Santa. Balian decide se dedicar também a esta meta, mas após a morte
de Godfrey ele herda terras e um título de nobreza em Jerusalém. Determinado a
manter seu juramento, Balian decide permanecer no local e servir a um rei amaldiçoado
como cavaleiro. Paralelamente ele se apaixona pela princesa Sibylla (Eva Green), a irmã
do rei.
WEB
DANTAS, Gabriela Cabral da Silva. "Fé Bahá'í". Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/religiao/fe-bahai.htm. Acesso em: 23 mar. 2022.
HEXHAM, I. Dicionário das Religiões e Crenças Modernas. São Paulo. Vida, 2003.
MATA, Sérgio da. História & Religião. Belo Horizonte. Autêntica Editora, 2010.
OLIVEIRA, R. Seitas e Heresias - Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro. CPAD,
2002.
VAN BAALEN, J. K. O Caos das Seitas. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1970.
UNIDADE II
JUDAÍSMO
Plano de Estudo:
• História do Judaísmo;
Sionista, a Shoah.
Objetivos de Aprendizagem:
Como diz o ditado popular, “nem sempre tamanho é documento”, vamos ver
como um grupo religioso que possui algo em torno de 15 milhões de adeptos, pode ter
sido grande influenciador na política global e, ainda, é responsável por grandes e
importantes resoluções.
Finalmente, vamos tratar dos assuntos internos da religião judaica, será que há
consenso interno geral? Quais são os pontos de discussão entre os seus adeptos? A
religião judaica é uma só? Qual a herança dos acontecimentos passados para os dias
atuais? Há possibilidades de um diálogo inter-religioso com os judeus? Falaremos,
também, dos seus diferenciais, vamos retornar um pouco a falar da Torá, da Fé
Monoteísta e da Diáspora e suas repercussões pelo mundo.
1 HISTÓRIA DO JUDAÍSMO
A relação destes homens e destas gerações com Deus era íntima, não exerciam
culto a outros deuses, mas, a adesão a este estilo de vida, não traziam regras extras do
seu convívio diário. Eles adoravam ao Deus único de forma natural, estava em seu estilo
de vida.
Podemos entender que neste período o judaísmo começa a ser organizado como
religião, tal, qual, conhecemos de fato. As práticas judaicas, alicerce visível da religião,
foram exercidas livremente até a destruição do Segundo Templo, este período foi até o
ano 70 d.C., onde o Imperador Tito destruiu o Segundo Templo (JOSEFO, 2004, p. 487)
O que é o Halacha?
A maioria das religiões baseiam-se num texto sagrado e dele é extraída uma série
de ensinamentos que servem como referência ética e espiritual. No judaísmo, o livro
sagrado é a Torá e, o conjunto de normas e leis que servem como guia, são conhecidas
pela palavra “Halacha”. É uma palavra de origem hebraica e pode ser traduzida como
“caminho”. Em outras palavras, a Halacha indica qual deve ser o caminho certo a seguir
para levar uma vida de acordo com os ensinamentos da Torá, tanto na escrita como na
oral. Este conjunto de leis é válido a todas as comunidades judaicas. Na prática, constitui
o modelo ético que serve como referência a qualquer praticante da religião judaica. No
cristianismo, os apóstolos, logo após a morte de Jesus, compilaram as normas e
condutas que um cristão deveria ter, este conjunto de ensinamentos, chamou-se
“Didaquê”, que referencia a doutrina dos apóstolos.
Não podemos esquecer que a Torá surgiu em um Concílio Canônico Judaico, logo
no início do Primeiro Século, com objetivo de blindar o ensino judaico de receber
influência dos ensinos apostólicos.
Faz quase dois mil anos que o povo de Israel foi expulso de suas terras. Esse povo
judeu se instalou, principalmente, na Europa, no Norte da África e no Oriente Médio.
O novo povo em Israel era composto por dois grupos principais: 1) A MAIORIA:
composta pela comunidade “Sefaradi” (que eram os judeus já estabelecidos no
território israelense), os “Asquenazi” (veteranos e sobreviventes do Holocausto) 2);
UMA GRANDE MINORIA: formada de imigrantes judeus recentes vindos dos países
Islâmicos do Norte de África e do Oriente Médio (EMBASSIES, 2020).
Durante longos anos o povo judeu enfrentou vários momentos de tensão devido
a sua diversidade interna.
A sociedade israelense, também, teve de lutar pela independência econômica,
defesa dos ataques dos árabes do outro lado da fronteira. Mesmo assim, os pontos
comuns da religião, a memória histórica, e a coesão nacional dentro da sociedade
judaica foram fortes o suficiente para superar todos os desafios.
Não podemos avaliar o grau de adesão religiosa pelo índice de pais que
matriculam seus filhos em escolas com ensino religioso ou por eleitores que votam em
partidos praticantes ou não, pois, a necessidade tem feito que pais não praticantes
matriculem seus filhos em escolas religiosas e cidadão ortodoxos votem em partidos
políticos mais liberais.
Podemos dizer, hoje em Israel, a maioria pode ser caracterizada por “judeus
seculares”, estes, manifestam estilos de vida modernos, com certo respeito e prática
dos preceitos religiosos. Dentro dessa maioria de judeus seculares, muitos seguem uma
forma modificada da vida tradicional.
Antes do Estado de Israel, ser considerado um Estado, e nos seus primeiros anos
de existência, o kibutz assumiu funções centrais no assentamento dos imigrantes, na
própria imigração e na defesa do território, porém, quando elas foram transferidas para
o governo, a ação entre o kibutz e o restante de Israel foi reduzida.
Fonte: https://www.shutterstock.com/image-photo/group-portrait-members-jewish-kibbutz-palestine-
242816485
Quando estudarmos o Islamismo, veremos, que o povo árabe desejava ter acesso
a Torá, porém, os judeus, no intuito de não receberem influência em sua raiz, não
permitiram o acesso dos descendentes de Ismael, assim, Deus, revelou-se ao povo árabe
através do Alcorão (isto na visão árabe).
Quem é judeu? Esta pergunta tem gerado muita discussão até os dias atuais. Os
judeus devem ser compreendidos como uma comunidade social, religiosa, nacional ou
étnica-cultural? A Halaca, traz a resposta através da tradição judaica, e diz, que uma
pessoa que nasceu de mãe judia ou que se tenha convertido a religião judaica é um
judeu. Portanto, para ser “judeu” teria que ter descendência, consanguinidade ou
pertencimento religioso (independente do grupo ou movimento judeu). Essa definição
não teve adesão total, ela foi posta em xeque no contexto do Holocausto impetrado
pelos nazistas. Nesta ocasião, em que muita gente de ascendência judaica, mas, que não
era judeu, segundo a definição da Halaca, foi assassinada, o Holocausto evidenciou
questões acerca da inclusão e exclusão dentro da comunidade judaica.
Assim, vemos que já é difícil um consenso único sobre quem é de fato um judeu,
mas, o mais difícil não é identificar um judeu e, sim, qual a sua corrente filosófica e seu
posicionamento dentro do judaísmo.
Quero que você analise agora, a “Crença” dos judeus ortodoxos, isso é muito
importante, pois, nos norteia aos acontecimentos globais envolvendo Israel e o motivo
pelo qual eles ocorrem. Observe o quadro abaixo:
Entendemos que muito do que vai divergir dentro do judaísmo, pelo menos em
boa parte dele, é o tema “Messias”, “Diabo” e “Responsabilidade para com o Ensino
Religioso”.
O judaísmo histórico é o judaísmo que surge desde o início e que tanto tratamos
até agora. Uma religião que mantém não somente os princípios como a tradição nos
ritos. A inflexibilidade no desenvolvimento das práticas culturais.
E o Judaísmo Reformado?
Que o diálogo religioso nos dias atuais, não se espelhe no monólogo que foi o
holocausto.
SAIBA MAIS
Após o exílio na Babilônia o termo “judeu” passou a ser usado para se referir a
todos os descendentes desse grupo étnico ou religioso ou, simplesmente; identificados
com ele, sem exigência da pertença racial ou de nacionalidade. Um exemplo encontra-
se no livro de Ester 2,5: Mardoqueu é identificado tanto como judeu quanto como
membro da tribo de Benjamim. Dessa maneira, o termo “judeu” começou a
corresponder à outra designação bem anterior que é “israelita”.
No N.T., “judeu” é um termo complexo, pois pode designar tanto Jesus com seus
seguidores, como também alguns de seus adversários. A rivalidade entre cristianismo e
judaísmo teve raiz nas menções negativas dos judeus no N.T., bem como também
similaridade de som com o nome de Judas, o traidor. Tudo isso, favoreceu que no mundo
cristão judeu passasse ser uma palavra pejorativa, pois, teriam sido eles, os responsáveis
pela crucifixão de Jesus.
#SAIBA MAIS#
REFLITA
“É o relacionamento entre o judeu e seu Criador que define seu Judaísmo, não
seu reconhecimento desse relacionamento ou sua concretização na vida diária.” Sendo
assim, porque ter um Templo para se praticar o judaísmo? Vamos refletir.
Fonte: O autor (2021).
#REFLITA #
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro (a) Aluno (a), buscamos trazer a vista, tudo aquilo que é pertinente para a
compreensão da Religião Judaica. As influências, tanto recebidas, como criadas pela
existência do judaísmo é algo contínuo, que faz parte do momento. Estudar o
judaísmo, para compreensão é adentrar num campo, às vezes, desconfortável, pois,
nos impele a entender lados totalmente opostos de fé.
A guerra intelectual para pôr em cheque a religião judaica, a fim de frear seu
crescimento, trazendo certo descrédito ao que se prega, surtiu efeito benéfico para a
religião, a qual, conseguiu migrar seus seguidores para várias regiões antes não
atingidas.
Concluímos que o judaísmo é uma religião que zela pelos seus membros e não
traça planos de ação para expandir, pelo contrário, o movimento sionista busca o
retorno e a concentração de uma nação em um só lugar.
Nós não sabemos como a história de Israel caminhará daqui por diante,
juntamente qual será o futuro do judaísmo, mas, os judeus ainda esperam um messias,
que, irá libertar integralmente o seu povo e irá proclamar através das leis judaicas, a paz
para a nação.
Sabemos que é dito em Apocalipse, capítulo 21, que novos céus e novas terras
existirão e a Nova Jerusalém será o lugar de vida eterna para a Nação Santa e o Povo
Escolhido de Deus. Shalom, Adonai!!!
LEITURA COMPLEMENTAR
A Guerra dos Seis Dias (1967), mostra que Israel, desde os seus primeiros
momentos de criação sofreu com ataques e guerras. O o aumento de ataques terroristas
árabes através das fronteiras com o Egito e a Jordânia, e vários bombardeios de
artilharia da Síria, vindos de assentamentos agrícolas no norte da Galileia e grandes
ataques militares dos países árabes vizinhos.
O Egito enviou um grande número de tropas para o deserto do Sinai (em maio
de 1967), ordenou que as forças de paz da ONU (estabelecidas lá a uma década) se
retirassem da região, restabeleceu um bloqueio do Estreito de Tiran, e fez em uma
aliança militar com a Jordânia. Israel viu-se diante de exércitos árabes preparados para
o ataque em todas as frentes.
Fonte: Consulado Geral de Israel em São Paulo. História: Estado de Israel. Disponível em:
https://embassies.gov.il/sao-paulo/AboutIsrael/history/Pages/HISTORIA-Estado-Israel.aspx. Acesso em:
05 abr. 2022.
LIVRO
• Ano: 2015.
• Sinopse: Ari, que construiu uma carreira de sucesso em Nova York, pensa ter deixado
seu passado para trás. Mas seu distante pai, Usher, que gerencia uma instituição de
caridade em El Once, antiga e unida comunidade judaica em Buenos Aires, o chama de
volta à cidade natal. O que segue é uma comédia de erros, de conexões, emoções de
pessoas perdidas e encontradas e a contemplação sobre a real extensão de poder
realmente se esquecer do passado.
WEB
JOSEFO, F. História dos Hebreus. Tradução de Vicente Pedroso. Rio de Janeiro: CPAD,
2004.
UNIDADE III
CRISTIANISMO
Plano de Estudo:
Falar do Cristianismo para quem está inserido no contexto cristão desde o seu
nascimento parece algo muito simples, porém, estaremos estudando uma das religiões
mais observada e discutida nos últimos dois mil anos.
Com o passar dos anos, vamos nos atentando aos ritos e práticas cotidianas da
religião, porém, para chegarmos no atual momento do cristianismo, muitas interações
foram realizadas entre a religião e o mundo. Estaremos falando de uma religião que,
sem dúvida, ditou o progresso social, científico e cultural no mundo, principalmente no
mundo Ocidental.
Algo muito importante para nós é entendermos porque pode ser difícil a fé cristã,
talvez, para aqueles que já vieram de um berço cristão, muitos aspectos do
conhecimento e do pensamento cristão podem ser praticados e entendidos sem muito
questionamento, mas, a priori, vamos trará no terceiro capítulo dos aspectos do
Pensamento Cristão, progredindo ainda mais no conhecimento desta religião.
Vamos ao estudo!!!
1 O MUNDO CRISTÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS HISTÓRICAS
Caracteriza-se pela fé, na qual, Deus se manifestou através de seu filho Jesus de
Nazaré, e é o “Cristo”. O cristianismo é o solo do desenvolvimento das civilizações do
Mundo Ocidental.
https://www.shutterstock.com/image-vector/roman-empire-greatest-extent-117-ad-
203589544
Bem, já sabemos muito sobre o que é o cristianismo, como surgiu, mas, quais as
consequências que esta estrutura religiosa trouxe para a civilização?
O foco do nosso estudo, praticamente se inicia agora, pois, por ser uma religião
de muitos e, talvez a sua religião, crescemos a sua sombra, recebendo informações que
se tornam óbvias ao longo do tempo, mas, podemos observar, se analisarmos mais
ceticamente, que, existe uma contracultura ao cristianismo. Assim, pergunto, se o
cristianismo é bom, porque há oposição por parte de outras religiões e o que ela
ocasionou com sua existência.
Não nos damos conta que o cristianismo é conhecido como uma religião
tolerante. Tolerante, quer dizer que se permite a existência e prática, juntamente com
outras religiões. É ordeira e permissiva na sua essência.
Mas, isto pode não ser bem assim, pois, o cristão (quem é adepto ao cristianismo)
pode não ser sempre tolerante e também, outrora, pode ter sido de outra religião, ou
seja, se é uma religião tolerante, porque não é como o judaísmo, que não interfere nas
demais religiões, ou melhor, não tira adeptos de outras religiões. Lembre-se que para
ser um judeu, precisa ter relação com as Leis Judaicas e até a ancestralidade Abraâmica.
É nesse ponto que se inicia o impacto do cristianismo no mundo.
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Até hoje, vemos a natureza cristã manifesta em lideranças, como o líder da Igreja
Cristã de Roma, o Papa, que constantemente realiza visitas aos continentes, pedindo
paz e tolerância religiosa e declara a necessidade de moral e ética entre os povos e
religiões. Além da Igreja de Roma, temos muitos outros líderes cristãos influentes nos
segmentos sociais, visando um diálogo harmônico voltado para o crescimento social.
Ainda, é correto afirmar que Jesus veio para trazer o concerto para os judeus,
mas, estes, o rejeitaram e Jesus passou a ser o caminho da salvação para o restante do
mundo.
Falar de algo que se é familiar ou cotidiano, talvez, seja até mais difícil, porque,
é tão automático às vezes, que não notamos o “porquê” executamos tais ações. Falar
sobre a cultura social e religiosa do cristianismo pode trazer revelações de coisas que
muitas vezes não entendemos o sentido real e passa a não ser mais uma ação simples,
mas, uma demonstração daquilo que cremos.
São poucas as culturas mundiais que o cristianismo não está presente, portanto,
são muitas culturas e diversidades que o cristianismo está inserido, assim, como
determinar o que realmente é uma cultura cristã?
Vamos iniciar nosso estudo falando sobre o que é uma estrutura social. A
estrutura social é definida através do modo como pessoas e grupos se comportam
dentro de um sistema de relações, interações e obrigações. A cultura está intimamente
ligada ao sistema social, pois, manifesta o comportamento e tradições de um grupo. Um
sistema sociocultural será manifesto por objetos socioculturais, tais como, a língua,
comidas típicas, música local, artes, vestimentas, religião e outros aspectos.
Falar da cultura cristã, é algo muito importante, porque, a cultura cristã está
implícita em muitas culturas mundiais, poucas culturas não foram influenciadas pelo
cristianismo. O Ocidente e a Europa, por exemplo, têm sua cultura criada na totalidade
na cultura cristã. O vínculo é tamanho, que, não temos como separar a história do
cristianismo da história da cultura Ocidental. (EDITORIAL QUECONCEITO, 2021.)
Precisamos entender que Deus criou a natureza, mas, a cultura, ou seja, o modo
como vamos usufruir é nós que criamos. O homem produz a sua cultura, porque é fruto
de sua vivência e suas experiências sociais. Fazemos cultura partindo de nossa
cosmovisão, de como entendemos e abrangemos o conhecimento ao nosso redor.
Deixe-me dizer que não existe uma "cultura cristã” apenas. Está nas bases da
estrutura sociocultural do cristianismo, a crença absoluta em Jesus Cristo como Filho de
Deus, Salvador e Senhor. Sem essa fé, em Cristo Jesus, será impossível agradar a Deus.
(EDITORIAL QUECONCEITO. 2021.)
Até alguém que não tenha consciência dessas vontades universais, em função de
uma história pessoal na qual elas não conheceram, irão aderir a elas quando as
conhecer, porque isto é humano. A isto, a tradição cristã chama de “Lei Natural” ou
“Natureza Humana”. O cristianismo é universal, é proposto a todas as culturas, para
valorizar todas elas, na medida em que dialoga com estes valores universais e, responde
às respostas a estas exigências profundas dos seres humanos (VATICAN, 1988).
Este "fecunda em outras culturas” e crescer dentro delas (e com elas), é o que a
Igreja chama de inculturação do Evangelho. No início a Igreja Católica utilizou o termo
“aculturação” que não soou bem entre as demais culturas, porque, dava o sentido de
cultura dominante. A inculturação é diferente de um processo de aculturação, na qual
um povo é submetido à cultura de outro, perdendo sua identidade original (VATICAN,
1988).
Fonte: https://www.shutterstock.com/image-photo/republic-moldovacondrita-september-15-2020-
condrita-1825878857
Pelo fato de, ainda, não termos passado pela eternidade, ou passado por
algumas experiências cristãs, não podemos ignorar o aspecto idealista que a fé cristã
produz. Podemos observar que a mais proeminente fonte de conhecimento acerca do
cristianismo está no “Testemunho”, tanto pessoal, como da comunidade cristã ao nosso
redor. São aspectos que nos levam a reflexões.
De uma religião que tem seu início através de fonte testemunhal presencial, o
cristianismo passa a ser uma religião que proporciona novos testemunhos aos seus
seguidores e o veículo de passagem é o ensino da Bíblia que é considerada Palavra Viva
e Eficaz de Deus para os homens.
4 DUAS GRANDES CORRENTES DO PENSAMENTO CRISTÃO
A Filosofia ou Pensamento Cristão teve duas fases que contribuíram para sua
difusão, consolidação e constituição: Do período do século I até o século VI e do século
XIII ao século XIV.
A Patrística, em si, tem muito do pensamento platônico, porque, foi dos escritos
de Platão que houve a formulação de várias obras patrísticas.
Podemos encerrar esta breve apresentação da Patrística dizendo que foram três
séculos onde houve a elucidação progressiva dos dogmas cristãos e pelo que chamamos
hoje de “Tradição Católica”.
A liturgia católica reafirma sua crença através dos “sete sacramentos” que
simboliza a comunhão espiritual do fiel junto a Deus. Entre esses sacramentos estão:
Batismo, a Crisma, a Eucaristia, a Confissão, a Ordem, o Matrimônio e a Extrema-Unção.
A “Missa” é o principal culto dos seguidores do catolicismo. Neste evento, celebra-se a
morte e a ressurreição de Cristo e o milagre da transubstanciação (momento/ato em
que pão e vinho se transformam no Corpo e no Sangue de Cristo).
Defendem que a Bíblia é a "Palavra de Deus". De acordo com esse ponto de vista,
pela ação do Espírito Santo, os cristãos, ao lerem a Bíblia, teriam uma maior harmonia
com Deus. Por esse motivo, a partir da Reforma Protestante, a Bíblia foi traduzida para
diversas línguas e distribuída sem restrições para as pessoas.
#SAIBA MAIS#
REFLITA
Fonte: IGREJA ORTODOXA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2021.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Igreja_Ortodoxa&oldid=62034216. Acesso
em: 12 set. 2021.
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro (a) Aluno (a), creio que você pode perceber o quanto o cristianismo é
importante e faz parte da evolução social do mundo, principalmente no Mundo
Ocidental onde ele participa direto da construção dos novos Países e culturas.
Mas, o que pode nos abrilhantar é entender o método que fez do cristianismo
um fator de mudança nos quase vinte séculos da Era Cristã. Saber como se comportaram
as Correntes do Pensamento Cristão é uma vantagem para o estudante, pois, não foi
somente a espiritualidade, mas, a ciência produzida pela espiritualidade que marcou o
mundo.
Vamos aprender ainda mais? Passamos apenas a base e o conceito que
precisamos para entender um todo, porém, quanto mais buscarmos os “por menores”,
seremos edificados!!! Busque mais, estude ainda mais!!!! Deus os abençoe!!!
LEITURA COMPLEMENTAR
Este Concílio teve seu poder contestado pela Igreja Católica Romana em 1054,
data do “cisma” religioso entre as Igrejas Cristãs.
Para a Igreja Ortodoxa o Espírito Santo provém do Pai, “não” está ligado ao Filho.
“Não” acreditam no purgatório.
Os padres são liberados para o matrimônio, desde que este se deu antes da sua
ordenação.
• Sinopse: Esta obra é uma síntese dos principais acontecimentos da história da igreja
cristã. É uma análise cronológica dos fatos mais decisivos. Sua leitura é fácil e sua
mensagem é objetiva. O que Deus fez, ele pode fazer novamente. Esta obra intenciona
auxiliar aqueles que têm pouco tempo para compulsar os volumosos livros de história.
FILME/VÍDEO
• Ano: 2018.
Quem foi o Jesus homem? Jesus é Deus? Qual a diferença entre Jesus e Cristo?
Qual a ideia central do Cristianismo? Quais são as subdivisões desta religião? Leandro
Karnal analisa a História e os textos sagrados da religião com mais seguidores do mundo.
Link do site: https://youtu.be/9cX5rF55-5g
REFERÊNCIAS
ISLAMISMO
Plano de Estudo:
• O Conflito Israelo–Palestino;
Objetivos de Aprendizagem:
Você, provavelmente, já deve ter ouvido falar sobre o Islamismo. Talvez, de uma
forma equivocada ou de uma forma que te provocasse certa curiosidade. Muitos dizem
que o Islamismo é mais antigo que o cristianismo, outros vão dizer que é mais antigo
que o judaísmo. Alguns, vinculam a religião islâmica com movimentos extremistas,
terroristas e até mesmo com um mundo sem liberdade e responsabilidade com a vida
humana. Sabemos que em todas as comunidades existem pontos positivos e negativos,
mas, precisamos saber o que realmente vem da religião e o que procede da vontade e
desejo de uma minoria dentro de um grupo.
1. 1 A Arábia Pré-Islâmica
A ascensão do Islamismo ocorreu por volta do ano 630 d.C., na região da Arábia,
ou Península Arábica como também é conhecida. Esta região localiza-se no sudoeste da
Ásia e no nordeste da África. Geologicamente, é considerada um subcontinente asiático,
generalizada pelo clima desértico. A Península Arábica possui 5/6 da sua área total
desértica, com clima seco e quente, e conta com pequenos oásis.
Viviam em tribos patriarcais, ao todo eram 300 tribos divididas entre beduínos,
nômades e citadinos urbanos e sedentários (ARMSTRONG, 1991, p. 05).
Houve também, na constituição do povo árabe, o povo Catanita, que tem sua
origem semita e surgiu na região do Levante, região que não inclui a Península Arábica.
A expansão árabe, começou de forma gradativa e progressiva, primeiro com a
assimilação de outro povo de origem semita, que viviam às voltas de Canaã, o povo
Nabateu, isto, já no primeiro ano da Era Cristã (LEWIS, 1990, p. 32).
Podemos identificar que através das migrações muitas rotas comerciais foram
criadas e o povo, embora, sedentário, tinha uma grande parte nômade e as idas e vindas
foram constantes e cada vez mais aumentando na região compreendida da Península
Árabe ou no Levante (HOURANI, 1991, p. 139).
Maomé pertencia ao clã dos Hachemitas, pertencente a tribo dos coraixitas. Era
filho de “Abedalá” e “Amina”. Seu pai faleceu pouco tempo antes do seu nascimento,
deixando à esposa como herança cinco camelos e uma escrava.
Havia em Meca, a tradição dos pais de entregar suas crianças (homem) para os
beduínos, a fim, que a criança vivesse no deserto e aprendesse valores de sobrevivência
e relacionamento. Em troca, os beduínos recebiam presentes dos habitantes de Meca.
A mãe de Maomé, Amina, o entregou aos cuidados de uma ama-de-leite chamada
“Haleemah”.
Com seis anos de idade a mãe de Maomé faleceu, assim, ele passou a viver com
o seu avô paterno, “Abedal Motalibe” e com os filhos dele. Eram filhos de Abedal
Motalibe, “Abas” e “Hâmeza” e que eram praticamente da mesma idade que Maomé
(filhos de um casamento tardio do avô). O avô de Maomé ocupava em Meca o
importante cargo no serviço de distribuição pelos peregrinos da água sagrada do poço
de Zamzam, porém, dois anos depois, ele faleceu e Maomé foi viver com o seu tio “Abu
Talibe”, novo chefe do clã Hachemita (HOURANI, 1991, p. 16).
A tradição islâmica acredita e prega que Maomé foi o último profeta do Deus de
Abraão. Maomé foi pastor durante sua adolescência. Em uma de suas viagens para a
Síria, segundo os relatos muçulmanos, quando Maomé, o seu tio e outros
acompanhantes regressavam, cruzaram com um eremita cristão chamado “Bahira” que
após ter olhado Maomé, concluiu que este era o enviado que todos aguardavam. Bahira
recomendou ao tio de Maomé, que levasse o seu sobrinho para Meca, que velasse pelo
bem-estar dele (ARMSTRONG, 1991, p. 28).
O nome completo de Maomé é “Abul Alcacim Maomé ibne Abedalá ibne Abedal
Motalibe ibne Haxime”. Nasceu em Meca no dia 25 de abril de 532 d.C. e faleceu em
Medina em 08 de junho de 632 d.C.
Para os muçulmanos (seguidores do Islã), Maomé foi um profeta que teve uma
experiência real com Deus e, como profeta, foi precedido por Abraão, Ismael, Isaac, Jacó,
Davi, Moisés e Jesus. No Alcorão (Livro sagrado dos muçulmanos) os nomes de Jesus,
Moisés e muitos outros personagens Bíblicos, aparecem com certa frequência.
O poder político de Maomé, foi tão grande, que ele conseguiu unir árabes da
Península Ibérica até a Pérsia.
Com toda a certeza, após, perceber que haviam diferenças irreconciliáveis entre
seus ensinos e a religião judaica, tornou-se hostil ao povo judeu. Qual era o ponto
principal de incompatibilidade? Para Maomé, ser um muçulmano teria que crer
incondicionalmente no chamado que Deus o fizera, algo, que os judeus jamais creriam.
Maomé não foi só rejeitado pelos judeus e cristãos da época. O próprio povo
árabe o rejeitou no início e o expulsou, juntamente com vários de seus seguidores, da
cidade de Meca, isso, no ano de 622 d.C. Esta migração de Maomé é conhecida por
“Hégira”, na verdade, é o nome dado a fuga de Maomé para a cidade de Iatrebe,
atualmente a cidade de Medina. Foi ali que Maomé criou a primeira comunidade
muçulmana.
O que sabemos de Maomé, tem origem no próprio Alcorão, porém, sua biografia,
foi escrita pela primeira vez nos séculos VIII e IX, e são conhecidas como “Siras” e
“Hadices”. A sira de “ibne Ixaque”, nominada de “Vida do Mensageiro de Deus” (Sirat
Rasul Allah) escrita em 767 é a mais importante entre todas. O Livro de Raides foi escrito
entre os anos 747 e 823 da Era Cristã, por “Uaquidi” e contam as histórias das
campanhas militares de Maomé. Há uma coleção de hádices que formam a tradição oral
do Islã e fala daquilo que o profeta fez e daquilo que ele aprova diante das circunstâncias
cotidianas.
Quando Maomé tinha 25 anos de idade, conheceu Cadija, uma viúva rica de 40
anos de idade. Maomé por ser honesto nos seus negócios encantou Cadija, que propôs
casamento ao jovem. Assim, Maomé passa a ter acesso a uma classe social diferente,
mais rica. Também, passa a ser herdeiro, pois, como um menor, não teria herança.
Cadija teve seis filhos de Maomé e faleceu em 619. Foram quatro mulheres, Zainabe,
Rucaia, Um Cultum e Fátima e dois homens, Alcácime e Abedulá, que faleceram durante
a infância.
Dizem que Maomé era analfabeto, mas, como ele desempenhou funções na área
do comércio, muito provável que ele tenha possuído conhecimentos essenciais de
escrita.
Maomé se casou várias vezes, antes e depois da morte de sua primeira esposa
Cadija, cita-se, de onze a quinze mulheres, todas viúvas, exceto Aixa. Aixa, foi sua esposa
mais importante e, tornou-se noiva de Maomé com apenas 6 anos de idade, tendo se
casado aos 9 anos e, segundo os relatos, acredita-se que a consumação do casamento
ocorreu por volta dos 13 anos de idade.
Maomé escolhia suas esposas por alguns motivos claros. Um deles era dar
proteção a esposas de companheiros que haviam morrido, garantindo assistência
financeira. Outras mulheres eram frutos de saques, uma delas teve seu marido
torturado e executado. Outras porque eram belas e outras para aliança política. O
Alcorão determina que um homem só pode ter quatro esposas simultaneamente, mas,
no mesmo Alcorão, há uma exceção para o profeta Maomé (ROGERSON, 2004, p. 17).
Maomé, um ano antes da sua morte, dirigiu-se pela última vez aos seus
seguidores e fez o sermão final do profeta - o sermão do adeus. A morte de Maomé
ocorreu aos 62 anos de idade, em junho de 632, em Medina.
Deixou como legado a Península Arábica com todas as tribos unidas por uma
religião única. Como nenhum dos filhos de Maomé tinha atingido a vida adulta, a morte
do profeta deu origem a uma grande crise entre os seus seguidores, pois, não havia a
possibilidade de uma sucessão natural (ARMSTRONG, 1991, p. 30).
No ano 628, Maomé “peregrinou” para Meca. com um exército de 1600 homens
que o acompanhavam. A liderança de Meca fez um tratado com Maomé, estabelecendo
uma trégua por dez anos, onde, os muçulmanos poderiam peregrinar para Meca sem
problemas, assim, para consolidar o acordo, o antigo inimigo de Maomé, Abu Sufiane,
deus sua filha em casamento. Logo após assinar a trégua, Maomé ataca o oásis judaico
de Caibar, onde, habitavam agora a maioria dos Banu Nadir, que em 625 ele expulsara
de Medina. Caibar foi rendida. Maomé toma a filha do chefe judeu como sua esposa.
Alguns judeus vencidos foram autorizados a permanecer no oásis, e poderiam continuar
a praticar a religião judaica, mas, em troca dos seus bens e do pagamento do imposto
de 50% sobre as suas colheitas. Foi assim que surgiu uma nova situação para os vencidos
na guerra, o "dhimmi" ("povo protegido"), que tinham certa autonomia na sua
comunidade, e eram protegidos de agressões exteriores, porém, enquanto pagassem o
imposto, que se chamava “jizia” (LEWIS, 1990, p. 52).
No ano 629, Maomé enviou embaixadores a seis (ou oito) reis ou governadores
para os chamar ao Islão. Estes eram o governador dos coptas no Egito, o governador da
Síria, o príncipe de Omã, o príncipe do Iêmem, o governador do Barém, o governador da
Abissínia, o imperador bizantino Heráclio, o xá sassânida Cosroes II. O teor exato das
cartas não é certo, mas, o que é consenso entre os historiadores é o teor delas, que
sugeria "submeta-se ao Islã e ficará a salvo". Alguns se converteram ao Islão.
Em novembro de 629, dois anos após o tratado de Meca, este, foi quebrado.
Aliados de Meca atacaram um aliado de Maomé, o que levou Maomé a romper o tratado
de Al-Hudaybiyah. Maomé marchou sobre Meca em janeiro do ano 630 com dez mil
guerreiros. Foi um ataque sem derramamento de sangue, Abu Sufiane e as lideranças
de Meca submeteram-se formalmente. Muitos habitantes de Meca converteram-se ao
islão, entre eles Abu Sufiane, que teve um diálogo com o profeta, durante o qual um dos
seus companheiros lhe ordenou que se convertesse "antes que percas a cabeça”.
Maomé destruiu todos os ídolos na Caaba, em Meca (LEWIS, 1990, p. 53).
No ano de 630, Maomé foi informado, ainda em Meca, de que havia uma grande
concentração de tribos hostis e partiu para o confronto. Levando um exército de doze
mil homens, em Hunain, contra seus inimigos antigos de Meca, a tribo beduína dos
Hawazin. Maomé também venceu os aliados dos Hawazin, os Tacifes, no mesmo ano.
Capturaram cerca de seis mil mulheres e crianças, gado e armas, vinte e quatro mil
camelos e outros bens. A batalha foi tão importante que teve sua menção no Alcorão.
Como seria de esperar, a maior parte dos Hawazin converteu-se ao Islão nesta mesma
ocasião. Assim, Maomé ordenou, em consequência da adesão ao Islão, a devolução das
mulheres e crianças que tinham sido capturados. Maomé, agora, era visto como o
homem mais poderoso da Arábia, assim, a maioria das tribos enviou delegações para
Medina, em busca de aliança (LEWIS, 1990, p. 54-55).
Não podemos dizer que foi uma conquista integral em todas as áreas, pois, há
vários estudiosos que sugerem que em várias comunidades, as mulheres foram
prejudicadas com a adesão ao Alcorão, pois, o senso de liberdade anterior era mais
abrangente e real. No alcorão, novos limites foram drasticamente impostos para as
mulheres.
A DIVISÃO DO ISLAMISMO
O sucessor de Maomé é o califa, O chefe é o Imã descendente de Qualquer homem pode ser um líder
Adjetivos: Homem de moral, honra, Maomé que é inspirado por Alá, sua dentro da comunidade islâmica. São
respeito, trabalhador e humilde, palavra é inquestionável. Fiel contrários aos padrões dos sunitas
não soberbo. Fidelidade única ao apenas ao Corão. e xiitas.
Corão e ao Suna.
Figura 1 - Islã por país. Mapa do mundo das áreas de maioria muçulmana
O Império Islâmico foi sendo degradado aos poucos após a morte de Maomé.
A Palestina era povoada por uma maioria árabe e uma minoria judia, porém,
entre os anos de 1920 até 1940, o número de judeus cresceu muito na região, pois, havia
a chegada de muitos refugiados e perseguidos pelo holocausto.
A Palestina foi escolhida pelos judeus por causa do movimento sionista, que
desde o século 19 incentivava e promovia a formação de um Estado Judeu, localizado
nas terras que Deus prometera a Abraão, assim, o movimento sionista promovia o
retorno a terra prometida.
Partiu dos extremistas judeus o ataque realizado contra o hotel King David, que
culminou na morte de 91 estrangeiros. Este hotel era o escritório britânico local.
Em 1947, a ONU votou para que a Palestina fosse dividida em dois Estados, um
judeu e outro árabe, com Jerusalém figurando como uma cidade internacional, mas,
somente os judeus aceitaram.
Houve fuga de mais de 700 mil palestinos, forçados a deixarem suas casas.
No ano seguinte, com o final da guerra, Israel havia expandido sua presença
militar por maior parte do território inimigo, inclusive, partes do que seria o projeto da
ONU para o Estado Palestino.
Fonte: https://www.shutterstock.com/image-photo/israel-palestine-divided-by-security-wall-
1929665261
Nunca houve acordo de paz e, com o apoio dos Estados Unidos, Israel venceu os
confrontos com os palestinos e as guerras seguem até hoje.
A Guerra dos Seis Dias, de 1967, fez que Israel ocupou Jerusalém Oriental e a
Cisjordânia, bem como as Colinas de Golã da Síria, a Faixa de Gaza e a península do Sinai.
Israel deixou Gaza em 2005. A ONU ainda considera aquele pedaço de terra como
parte do território ocupado, porque Israel determina o que entra e sai da Faixa de Gaza
por meio de um controle militar.
Israel reivindica toda Jerusalém como sua capital, enquanto os palestinos
reivindicam Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado Palestino, conforme
previa o plano da ONU.
Os Estados Unidos, que têm em Israel seu maior aliado no Oriente Médio, é um
dos poucos países que reconhecem a reivindicação de Israel sobre a cidade inteira.
Por isso, a condição em que o Islã se coloca, de ser a “orientação divina e verdade
permanente” seja compreendido pelo pensamento ocidental como “mais uma religião”,
com as características consideradas negativas e ultrapassadas pela modernidade que o
ocidente conhece.
Muito embora essa tese parece muito razoável, os fatos objetivos, a realidade
do homem moderno, o caos social decorrente da fragmentação dos valores éticos e
religiosos mostram que não houve bem uma evolução.
É bem verdade que o mundo ocidental rege que o velho deve dar lugar para o
novo, mas, o Islã não aceita isto, pois, ele identifica esta vontade como o desejo de
anular o essencial através da superficialidade.
Este termo define que o Islã não é apenas uma religião, mas, um sistema que
também governa a política, a economia, a cultura e a sociedade de Estado, quebrando
o conceito dos “Estados Laicos”, comum no Ocidente.
Foi a revolução do aiatolá Khomeini no Irã, que ofereceu uma inspiração a muitos
radicais islamitas e serviu como um exemplo de como um Estado Islâmico é
estabelecido.
https://www.shutterstock.com/image-photo/26-january-2019-medina-masjid-al-1755126419
Talvez o maior desafio do Islã seja a preservação da unidade. Nas mais diferentes
esferas de pensamento e poder, o Islã, também precisa combater as mesmas ameaças
que judeus e cristãos enfrentam.
Afinal, um dia o cristianismo atuou como Religião e Estado por muito tempo e,
hoje, já não atua assim mais. A história pode se repetir com outra Religião Semita?
SAIBA MAIS
A Faixa de Gaza é uma estreita faixa de terra localizada na costa oriental do Mar
Mediterrâneo. Faz fronteira com Israel no Leste e no Norte e com o Egito a Sudoeste.
O território tem 41 quilômetros de comprimento e apenas de 6 a 12 quilômetros
de largura, com uma área total de 365 quilômetros quadrados.
Mas sua população é de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o que a torna um dos
territórios mais densamente povoados do planeta.
Fonte: FAIXA DE GAZA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2021.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Faixa_de_Gaza&oldid=61811652. Acesso em:
10 ago. 2021.
#SAIBA MAIS#
REFLITA
#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalmente! Creio que foi muito importante para o nosso conhecimento sobre
as Religiões Semitas, aprender o que é o Islamismo e onde ele se encaixa no contexto
global. Agora podemos falar com conhecimento sobre o tema.
Conhecer o Islamismo, em sua raiz, nos mostra como a religião é integrada para
o crescimento e perpetuação de um povo e sua cultura.
Vimos no primeiro capítulo, o quanto foi propício ao povo árabe a religião, pois,
formavam um povo com política descentralizada, eram, de certa forma, vulneráveis aos
acontecimentos externos. Acreditamos, que, no futuro o povo da Península Arábica
seria um povo sem uma cultura característica dominante, e isso, é uma tendência que
observamos na atualidade, onde, mesmo com cultura forte, o secularismo e a
globalização, tem moldado muitas tradições em vários outros povos e nações.
Finalmente, vimos no último capítulo desta unidade, como a religião sofreu com
divergências internas, fundamentalismos, extremismos e até mesmo, pelos
aproveitadores e opositores.
Creio que após este estudo, você verá com outros olhos os acontecimentos
mundiais envolvendo o terrorismo e a religião Islâmica. Acredito que você saberá
identificar melhor os fatos.
Espero que esta leitura possa ter contribuído contigo no conhecimento para
entender como pode se dar o diálogo religioso entre as religiões semitas e,
principalmente, entre os povos que confessam a fé em um único Deus.
Insha'Allah!! (Inshalá) (“Se Deus Quiser” ou “Se Alá Quiser”)
LEITURA COMPLEMENTAR
O novo Estatuto enfatiza que a luta do Hamas “não é contra os judeus”, mas
contra "os agressores sionistas de ocupação". Isto, tensiona ainda mais a relação com
Israel, porque, Israel disse que o grupo estava "tentando enganar o mundo".
• Ano: 1976.
(Parte 2) https://www.youtube.com/watch?v=yGIM4AU6pz4
WEB
HOURANI, A. Uma história dos povos árabes. São Paulo. Editora Schwarcz. 1991.
CONCLUSÃO GERAL
Nós não teríamos estudado religião, de forma satisfatória, se não tivéssemos nos
dedicado ao estudo desta disciplina. As Religiões Semitas, é importante por trazer a
história do monoteísmo, e adoração a um Deus invisível e o conhecimento sobre um
Deus que influencia diretamente na vida da humanidade e, não depende do homem,
mas, o homem depende dele.
Na Unidade I nós tivemos uma abrangente apresentação dos efeitos que estas
religiões, juntas, representam para a formação do mundo, das ciências e como
influencia na alocação dos homens nas diferentes regiões terrestres. Trouxemos as
causas e efeitos que a existência destes grupos gera até os dias de hoje. Iniciando nosso
conhecimento mais específico sobre o Judaísmo, na Unidade II, falamos como tudo
começou e porque Abraão foi tão importante para as três ramificações. Como o
judaísmo se desenvolveu e como é sua influência atual.