Livro Didático Física III
Livro Didático Física III
Livro Didático Física III
DE IPATINGA
1
Jean Carlos Rodrigues
FÍSICA III
1ª edição
Ipatinga – MG
ANO
2
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização
escrita do Editor.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
3
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Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles
são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um
com uma função específica, mostradas a seguir:
4
SUMÁRIO
01
1.1 CARGA ELÉTRICA ................................................................................................ 9
1.2 PRINCÍPIOS DA ELETROSTÁTICA E PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO .................. 10
1.2.1CONDUTORES E ISOLANTES
...................................................................................................................... 11
1.2.2 PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO
...................................................................................................................... 12
1.3 LEI DE COULOMB ............................................................................................... 14
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 17
02
2.1 O CAMPO ELÉTRICO E SUAS LINHAS DE FORÇA ............................................. 22
2.2 CÁLCULO DA INTENSIDADE DE UM CAMPO ELÉTRICO .................................. 26
2.3 MOVIMENTO DE CARGAS DENTRO DO CAMPO ELÉTRICO ............................ 27
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 28
03
3.1 DEFINIÇÃO DE POTENCIAL ELÉTRICO............................................................... 33
3.2 LEI DE GAUSS ...................................................................................................... 34
3.3 CAPACITÂNCIA ................................................................................................. 37
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 41
04
4.1 A CORRENTE ELÉTRICA ...................................................................................... 47
4.2 LEIS DE OHM E RESISTÊNCIA ELÉTRICA ............................................................. 48
4.3 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO ........................................................................... 50
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 54
05
5.1 ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM SÉRIE .......................................................... 58
5.2 ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM PARALELO .................................................. 63
5.3 CIRCUITOS MISTOS ............................................................................................ 66
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 71
06
6.1 MAGNETISMO E CONCEITOS SOBRE: FERROMAGNETISMO,
PARAMAGNETISMO E DIAMAGNETISMO ........................................................ 75
6.1.1FERROMAGNETISMO, PARAMAGNETISMO E DIAMAGNETISMO
...................................................................................................................... 79
6.1.2A FORÇA MAGNÉTICA
...................................................................................................................... 79
6.2 ELETROMAGNETISMO ........................................................................................ 82
6.2.1A LEI DE AMPÉRE PARA UM FIO RETO E LONGO
...................................................................................................................... 83
6.2.2CAMPO MAGNÉTICO DE UMA ESPIRA CIRCULAR
...................................................................................................................... 85
5
6.2.3CAMPO MAGNÉTICO DE UM SOLENÓIDE
...................................................................................................................... 87
6.3 AS LEIS DE FARADAY E DE LENZ ........................................................................ 88
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 92
REFERÊNCIAS................................................................................. 100
6
7
CONFIRA NO LIVRO
8
AS CARGAS ELÉTRICAS E A UNIDADE
ELETROSTÁTICA
encontrada. Seu valor é 𝑒 = 1,6 𝑥 10−19 𝐶. Onde “𝐶” significa Coulomb, sua unidade
de medida pelo sistema internacional. Tendo em vista que a menor carga elétrica é
a do elétron, a carga elétrica total dos corpos pode ser determinada como um valor
múltiplo da carga elementar, como mostra a equação 1 a seguir.
𝑞 = 𝑛. 𝑒 (1)
9
(1𝑛𝐶 = 10−9 𝐶) já que o valor de carga equivalente a 1𝐶 é relativamente grande. É
importante citar que pesquisas atuais, mais avançadas, já trazem evidências de
partículas com carga elétrica menor do que a do elétron, como por exemplo, os
quarks.
10
Figura 2: (A) Dois Corpos Eletrizados Com Cargas Q1 E Q2. (B) Corpos Eletrizados Em Contato.
(C) Corpos Eletrizados Com Cargas Q5 E Q6 São Afastados
A carga elétrica total inicial do sistema composto pelos dois corpos eletrizados
é de 𝑄1 + 𝑄2, durante o contato, ocorre troca de cargas entre os corpos. A carga
elétrica final total será 𝑄5 + 𝑄6. Pelo princípio da conservação das cargas elétricas,
conclui-se que 𝑄1 + 𝑄2 = 𝑄5 + 𝑄6.
11
1.2.2 PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO
Um corpo inicialmente neutro, pode ser eletrizado por meio de três processos,
são eles: eletrização por atrito, eletrização por contato ou eletrização por indução.
O primeiro e mais antigo processo de eletrização estudado é feito por atrito. Neste,
ao final, os corpos estarão com cargas elétricas de sinais opostos. Um exemplo de
eletrização por atrito ocorre ao se pentear o cabelo. Durante o atrito entre o pente
e os fios de cabelos, há troca de cargas elétricas. O cabelo perde elétrons,
tornando-se positivo, já o pente, ganha elétrons e fica eletrizado negativamente.
Outro exemplo bastante comum é a experiência de eletrização entre o vidro e a lã.
Ao atritarmos uma placa de vidro com um pano de lã, ambos inicialmente neutros,
há troca de cargas elétricas de tal forma que no final do processo de eletrização,
ao separarmos os dois corpos, estes estarão com cargas elétricas opostas. O vidro
perderá elétrons e ficará eletrizado positivamente, já o pano de lã, tendo recebido
os elétrons, ficará eletrizado negativamente como ilustra a figura 3.
12
Figura 4: Experiência de eletrização por contato entre dois corpos.
(a) (b)
Fonte: Sampaio e Calçada (2012 p.169)
13
𝐵, é uma esfera condutora neutra. Quando a esfera indutora 𝐴, eletrizada
positivamente, é aproximada, ocorre separação das cargas elétricas na esfera 𝐵. As
cargas negativas existentes em 𝐵 deslocam-se para o lado mais próximo da esfera
indutora, visto que cargas opostas se atraem. O lado oposto da esfera 𝐵,
naturalmente, ficará positivo, conforme indicado na figura 5(b). Se a esfera indutora
𝐴 for afastada, a esfera 𝐵 voltará a ser neutra.
14
|q|. |Q|
F = K0. (2)
d2
15
Figura 7: Valor Da Constante Eletrostática Para Alguns Meios Materiais.
Substância Constante Eletrostática
16
FIXANDO O CONTEÚDO
2. (UFPel) Adaptada. Todos os corpos são constituídos por átomos, e estes são
formados por partículas menores denominadas elétrons, prótons e nêutrons.
Prótons e elétrons possuem carga elétrica de mesma intensidade (valor), mas de
sinais contrários, em que o próton é a carga positiva e o elétron, a carga negativa.
No átomo em seu estado natural não existe uma predominância de carga elétrica,
por que o número de prótons é igual ao número de elétrons, o que o torna neutro.
No entanto, quando ele perde ou ganha elétrons dizemos que está eletrizado.
17
IV. Aproximando-se um condutor eletrizado negativamente de outro neutro, sem
tocá-lo, este permanece com carga total nula, sendo, no entanto, atraído pelo
eletrizado.
V. Um corpo carregado pode repelir um corpo neutro.
Estão corretas
a) Apenas I, II e IV.
b) Apenas I, III e IV.
c) Apenas I, IV e V.
d) Apenas II e IV.
e) Apenas II, III e V.
cargas é:
4. (FUVEST). A eletrização por atrito ocorre quando atritamos dois corpos, inicialmente
neutros. Haverá transferência de elétrons de um corpo para o outro, de tal forma
18
que um corpo fique eletrizado positivamente (cedeu elétrons) e o outro corpo,
fique eletrizado negativamente (ganhou elétrons). A eletrização por atrito é mais
evidente quando é feita por corpos isolantes, pois os elétrons permanecem nas
regiões atritadas.
Um estudante atrita um pente de plástico em seu cabelo e aproxima-o de um
filete de água, que imediatamente se encurva na direção do pente. Marque a
alternativa que explica de forma correta o motivo pelo qual isso ocorre.
19
6. (FUND. CARLOS CHAGAS). Um bastão de vidro é atritado em certo tipo de tecido.
O bastão, a seguir, é encostado num eletroscópio previamente descarregado, de
forma que as folhas do mesmo sofrem uma pequena deflexão. Atrita-se a seguir o
bastão novamente com o mesmo tecido, aproximando-o do mesmo eletroscópio,
evitando o contato entre ambos. As folhas do eletroscópio deverão:
a) 3 vezes menor
b) 6 vezes menor
c) 9 vezes menor
d) 12 vezes menor
e) 9 vezes maior
20
elétricas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa.”
A expressão matemática que formaliza o enunciado da lei de Coulomb é
mostrada é
|𝑞|.|𝑄|
𝐹 = 𝐾0 . . Onde 𝐾0 é a constante eletrostática do vácuo. Seu valor com as
𝑑2
𝑁.𝑚2..
unidades de medida do Sistema Internacional (SI), é de 9.109 𝐶2
Duas partículas
a) 1,2. 10−5
b) 1,8. 10−4
c) 2,0. 10−4
d) 2,4. 10−4
e) 3,0. 10−3
21
O CAMPO ELÉTRICO UNIDADE
02
Corpos eletrizados criam, no espaço, ao seu entorno, uma perturbação
chamada de campo elétrico. Cada ponto desta região está associado a um vetor
campo elétrico, com módulo, direção e sentido. Então, ao se colocar uma carga
elétrica 𝑄 em qualquer destes pontos, está carga sofrerá ação de uma força de
natureza elétrica. Historicamente, a forma com a qual dois corpos elétricos se
interagem, como visto pela lei de Coulomb, possui natureza semelhança com a
apresentada na teoria de força gravitacional entre dois corpos massivos. Em ambos
os casos, a intensidade da força de interação varia inversamente proporcional ao
quadrado da distância entre os corpos.
22
Para se evidenciar a presença de campo elétrico no ponto 𝑃, a carga de
prova 𝑞, é colocada. Caso a carga de prova seja positiva, haverá força de repulsão,
entretanto, se a carga for negativa, haverá atração entre a carga gerado de
campo elétrico e a carga de prova. Na figura 8, é possível observar no ponto 𝑃, a
direção e o sentido da força de repulsão que atua sobre a carga de prova.
23
Figura 10: Representação do campo elétrico criado por duas cargas elétricas (a) carga
positiva (b) carga negativa.
24
O campo elétrico é mais intenso nas regiões mais próximas da carga elétrica
geradora, visto que a concentração de linhas de campo é maior. Caso, em
determinada região, o campo elétrico apresente mesmos: direção, sentido e
módulo, então, o campo elétrico será chamado de uniforme, conforme mostra a
figura 11(a).
Figura 12: Linha De Campo Ou De Força (A) De Um Campo Elétrico Uniforme (B) E (C) De
Campos Elétricos Variáveis.
25
2.2 CÁLCULO DA INTENSIDADE DE UM CAMPO ELÉTRICO
O campo elétrico 𝐸, será definido como a força elétrica F que atua por
unidade de carga 𝑞, no ponto 𝑃, conforme mostra a equação 3.
𝐹
𝐸= (3)
𝑞
Figura 13: Direção Da Força E Do Vetor Campo Elétrico Sobre A Carga De Prova, Situada No Ponto P.
26
2.3 MOVIMENTO DE CARGAS DENTRO DO CAMPO ELÉTRICO
Figura 14: Direção De Movimentação Das Cargas Elétricas Dentro De Um Campo Elétrico
27
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Campo elétrico é uma grandeza física vetorial que mede o módulo da força
elétrica exercida sobre cada unidade de carga elétrica colocada em uma região
do espaço sobre a influência de uma carga geradora de campo elétrico. A partir
da razão entre a força elétrica e carga de prova é possível calcular a intensidade
do campo elétrico. Uma partícula puntiforme, de carga elétrica igual a 2,0.10−6 𝐶,
𝑉
é deixada em uma região de campo elétrico igual a 100 𝑚. Calcule o módulo da
a) 50.105 𝑁
b) 100.106 𝑁
c) 200.10−6 𝑁
d) 20.104 𝑁
e) 2.10−4 𝑁
2. O campo elétrico mede a influência que uma certa carga elétrica geradora
produz em seus arredores. Quanto mais próximas estiverem duas
cargas, maior será a força elétrica entre elas por causa do módulo
do campo elétrico naquela região. O campo elétrico produzido
por cargas pontuais (cujas dimensões são desprezíveis), dispostas no vácuo é
𝑄 109 𝑁
realizado pela seguinte equação: 𝐸 = 𝑘. 𝑑2. Sabendo que 𝑘0 = 9,0. 𝑚2 𝐶 2 . O campo
109 𝑉
a) 72. 𝑚
109 𝑉
b) 7,2.
𝑚
109 𝑉
c) 81. 𝑚
1010 𝑉
d) 720. 𝑚
108 𝑉
e) 54. 𝑚
28
3. Uma linha de força é uma linha imaginária desenhada de modo que sua
tangente em qualquer ponto aponto no sentido do vetor do campo elétrico
naquele ponto. A proximidade entre estas linhas está relacionada com a
intensidade do campo naquela região. As linhas de força não são reais, mas sim
um artifício para se visualizar a região de atuação do campo elétrico. Caso o
campo elétrico seja nulo, não haverá de linhas de força no local. Assinale a
alternativa verdadeira sobre as propriedades das linhas de força do campo
elétrico:
𝑉
a) O campo elétrico é uma grandeza escalar que pode ser escrita tanto em quanto
𝑚
𝑁
em 𝐶 .
a) 𝐸 ′ = 𝐸
𝐸
b) 𝐸 ′ =
2
𝐸
c) 𝐸 ′ = 4
𝐸
d) 𝐸 ′ = 8
𝐸
e) 𝐸 ′ = 16
29
𝑄
5. Adaptada(PUC-SP) A expressão 𝐸 = 𝑘. 𝑑2 o nos permite calcular a intensidade do
30
pela placa negativa, assim, movimentam-se na mesma direção do campo. Já as
cargas negativas, deslocam-se na direção contrária em relação ao campo
elétrico formado entre as placas. Nota-se que a medida em que uma carga
elétrica desloca-se dentro de campo elétrico, sua energia potencial diminui,
porém, sua energia cinética aumenta. Este deslocamento indica que houve
realização de trabalho pela força elétrica, ou seja, variação de energia potencial
elétrica.
a) I
b) II
c) III
d) IV
e) a energia adquirida em todos os pontos será a mesma.
31
(a) (b)
Na figura abaixo, está representado, em corte, um sistema de três cargas elétricas.
A partir da interação entre as linhas de força dos campos elétricos criados pelas
partículas 1,2 e 3 é correto afirmar que:
32
POTENCIAL ELÉTRICO UNIDADE
pontos de um campo elétrico, está associada ao trabalho que a força elétrica realiza
sobre uma carga no deslocamento entre esses estes pontos, conforme equação 4.
Sendo uma grandeza escalar, necessita apenas da intensidade e de uma unidade
de medida, para ficar bem representada.
τ
∆v = (4)
q
33
Figura 15: Uma carga geradora Q e uma carga de prova q, separadas por uma distância d.
𝑄
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑘0 . (5)
𝑑
Segundo Halliday e Resnick (2016), a lei de Gauss relaciona o fluxo elétrico total
Φ de um campo elétrico, através de uma superfície fechada, chamada de superfície
gaussiana, com a carga resultante que é envolvida por essa superfície. A expressão
matemática para a lei de Gauss é representada pela equação 6.
𝜀0 . ∅ = 𝑞𝑒𝑛𝑣 (6)
Onde:
34
Tendo em vista que o fluxo elétrico que atravessa uma superfície é definido
pela equação 7.
∅ = ∮ 𝐸. 𝑑𝐴 (7)
𝜀0 . ∮ 𝐸. 𝑑𝐴 = 𝑞𝑒𝑛𝑣 (8)
35
Figura 16: Duas Cargas Pontuais, De Mesmo Valor Absoluto E Sinais Opostos, E As Linhas De
Campo Que Representam O Campo Elétrico. Quatro Superfícies Gaussianas São Vistas De
Perfil. A Superfície S1 Envolve A Carga Positiva. A Superfície S2 Envolve A Carga Negativa.
36
3.3 CAPACITÂNCIA
𝑞 = 𝐶. 𝑉 (9)
Onde:
𝑞 - carga elétrica armazenada em 𝐶 (Coulomb).
𝐶- Capacitância em 𝐹 (Faraday).
V-diferença de potencial ou tensão elétrica em 𝑉 (Volts).
Os capacitores apresentam como principal função, acumular cargas elétricas
em suas placas condutoras. Estes componentes eletrônicos são amplamente
utilizados em circuitos elétricos diversos e possuem um material dielétrico que separa
as duas placas condutoras. A figura 16 ilustra alguns tipos de capacitores existentes.
37
Figura 18: (a) Um capacitor de placas paralelas, feito de duas placas de área A separadas
por uma distância d. As cargas da superfície interna das placas têm o mesmo valor absoluto
q e sinais opostos. (b) Como mostram as linhas de campo, o campo elétrico produzido.
38
lo a uma fonte de tensão. Um exemplo, é o circuito ilustrado na figura 18(a) e
esquematizado na figura 18(b), onde encontram-se a simbologia para a bateria,
para a chave e também do capacitor. A bateria irá fornecer a diferença de
potencial.
Figura 19: (A) Circuito Formado Por Uma Bateria B, Uma Chave S E As Placas A E B De Um
Capacitor C. (B) Diagrama Esquemático No Qual Os Elementos Do Circuito São
Representados Por Símbolos.
39
40
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Toda carga elétrica produz um campo elétrico que se permeia pelo espaço,
sendo capaz de produzir forças de atração ou repulsão sobre outras cargas
elétricas. A interação entre cargas, portanto, dá origem a uma energia potencial,
que pode ser transformada em energia cinética, no caso em que uma dessas
cargas seja móvel, por exemplo. A expressão matemática para a energia
potencial elétrica (EP) é dada pela expressão a seguir e ilustrada na imagem
abaixo.
𝑄
𝐸𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑘0 .
𝑑
a) I, II e III.
b) II.
c) I.
d) II e III.
e) I e III.
41
elétrico. A diferença de potencial 𝑽𝑨 – 𝑽𝑩 entre os dois pontos considerados vale,
em 𝑽. Durante esse deslocamento, a força elétrica realiza um trabalho igual a
𝟒. 10−3 𝑱 sobre a partícula, conforme mostra a figura a seguir.
a) −8 𝑥 𝟏𝟎−𝟏𝟎
b) 8 𝑥 𝟏𝟎−𝟏𝟎
c) −2 𝑥 𝟏𝟎𝟒
d) 2 𝑥 𝟏𝟎𝟒
e) 0,5 𝑥 𝟏𝟎−𝟒
a) A carga sofrerá a ação de um trabalho resistente pela força elétrica, uma vez que
a força que surge sobre ela é contrária ao seu deslocamento.
42
b) Sua energia cinética aumenta, apesar de sua energia potencial elétrica
permanecer constante.
c) Sua energia cinética permanece constante, já que a força resultante sobre a
carga é nula.
d) Sua energia potencial decresce enquanto sua energia cinética aumenta, por
causa do trabalho motor da força elétrica.
e) Sua velocidade mantém-se constante, já que sua energia cinética permanece
inalterada.
∈0 . 𝐴
𝐶=
𝑑
∈0 — Permissividade dielétrica do vácuo (𝐹/𝑚)
𝐴 — área das placas (𝑚²)
𝑑 — distância entre as placas (𝑚)
43
5. Capacitores são dispositivos utilizados para o armazenamento de cargas elétricas.
Existem capacitores de diversos formatos e capacitâncias. Não obstante, todos
compartilham algo em comum: são formados por dois terminais separados por
algum material dielétrico. Os capacitores são utilizados em diversas aplicações
tecnológicas. Quando ligados a uma diferença de potencial, um campo
elétrico forma-se entre suas placas, fazendo com que os capacitores acumulem
cargas em seus terminais, uma vez que o dielétrico em seu interior dificulta a
passagem das cargas elétricas através das placas. A propriedade que mede a
eficiência de um capacitor em armazenar cargas é a capacitância. A
capacitância é uma grandeza física medida em unidades de Coulomb por Volt,
mais conhecida como Farad (𝐹), em homenagem ao físico inglês Michael
Faraday (1791-1867). Dizemos que 1 Farad é equivalente a 1 Coulomb por Volt. A
fórmula utilizada para calcular a capacitância é esta, confira:
𝑄
𝐶=
𝑉
𝐶 — Capacitância (𝐹)
𝑄 — carga elétrica (𝐶)
𝑉— tensão elétrica (𝑉)
a) 3.10−3 𝐹.
b) 1.10−6 𝐹.
c) 1.10−3 𝐹.
d) 5.10−6 𝐹.
e) 4. 10−5 F.
44
distância entre as placas do capacitor e também da área dessas placas. Além
disso, a permissividade do material dielétrico é uma grandeza diretamente
proporcional em relação ao valor da capacitância, conforme mostra a equação
a seguir:
∈0 . 𝐴
𝐶=
𝑑
∈0 — Permissividade dielétrica do vácuo (𝐹/𝑚)
𝐴 — área das placas (𝑚²)
𝑑 — distância entre as placas (𝑚)
são circulares, com diâmetro igual à 20 𝑐𝑚, é correto afirmar que a permissividade
elétrica da mica, em 𝐹, é igual a: Dados:
Adote 𝜋 = 3 𝑒 1 𝑛𝐹 =10−9 𝐹
a) 2 𝑥 10−12
b) 4 𝑥 10−12
45
c) 10 𝑥 10−10
d) 20 𝑥 10−12
e) 25 𝑥 10−11
a) I, II, IV e V.
b) I, II, III e V.
c) I, II, III, IV e V.
d) III, IV e V.
e) I, IV e V.
46
ELETRODINÂMICA UNIDADE
INTRODUÇÃO
04
A eletrodinâmica é a área da física que aborda o movimento ordenado das
cargas elétricas, bem como as causas e efeitos deste movimento nos circuitos
elétricos. O estudo da eletrodinâmica, permite ampliar o entendimento a respeito do
princípio de funcionamento de diversas tecnologias que utilizam componentes
eletrônicos.
𝑑𝑞
𝐼= (10)
𝑑𝑡
47
foi convencionado, por questões históricas, somente para fins de análise e cálculo de
circuitos, que a corrente elétrica é um movimento de cargas elétricas do polo positivo
para o polo negativo e que se desloca em sentido contrário ao da corrente elétrica
real. Existem dois tipos de corrente elétrica, a corrente continua e a corrente
alternada.
No primeiro tipo, o campo elétrico e a corrente, permanecem na mesma
direção durante o funcionamento do circuito, já nos circuitos que trabalham com
corrente alternada, tanto a direção do campo elétrico, quanto ao da corrente
variam com o tempo. Como exemplos, pode-se citar as pilhas e baterias como fonte
de corrente contínua e como fonte de corrente alternada, a geração hidrelétrica
que alimenta nossas residências. Uma das maneiras de converter corrente alternada
(𝐶𝐴) em corrente continua (𝐶𝐶) é por meio dos retificadores, assim, torna-se possível
o uso da energia da rede fornecida pelas concessionárias em aparelhos eletrônicos
de corrente continua.
48
ressaltar que a equação 11, pode ser utilizada para o cálculo da resistência elétrica
de resistores ôhmicos ou não, pois ela por si só, não constitui a lei de Ohm.
De acordo com YOUNG E FREEDMAN (2009), o valor da resistência elétrica dos
materiais considerados ôhmicos, é diretamente proporcional ao comprimento, a
resistividade e inversamente proporcional a área da secção transversal do mesmo,
como mostra a figura 19.
𝐿
𝑅 = 𝜌. 𝐴 (12)
Onde:
𝑅 − 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑒𝑚 𝑂ℎ𝑚 (𝛺);
𝜌 − 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑒𝑚 (𝛺 𝑥 𝑚);
𝐿 − 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 (𝑚);
𝐴 − Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒𝑐çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 𝑒𝑚 (𝑚²).
49
De acordo com YOUNG E FREEDMAN (2009) A resistividade elétrica é uma
propriedade inerente ao material e é determinada experimentalmente e tabelada.
O inverso da resistividade é a condutividade, ou seja, quanto menos resistivo for o
material, melhor condutor de eletricidade ele será. Em contrapartida, materiais
isolantes como vidro e borracha, correspondem aos maiores valores de resistividade.
50
Figura 21: Multímetro Digital
51
Figura 22: Circuito Elétrico Com Bateria, Dois Resistores E Amperímetro Ligado Em Série.
Figura 23: Circuito Elétrico Com Bateria, Dois Resistores E Voltímetro Ligado Em Paralelo.
52
53
FIXANDO O CONTEÚDO
1. A lei de Ohm declara que a resistência elétrica de cada condutor de uma ampla
classe de condutores, especialmente os metálicos, é uma constante (quando
outros fatores externos não interferem no condutor em foco) e, neste caso, pela
definição de resistência 𝑅 = 𝑉/𝑖, a intensidade de corrente “𝑖” que vai percorrer o
condutor é diretamente proporcional a diferença de potencial “𝑉” nele aplicada.
Ao ser estabelecida uma 𝑑𝑑𝑝 de 50𝑉 entre os terminais de um resistor, estabelece-
se uma corrente elétrica de 5𝐴. É correto afirmar que a resistência elétrica deste
resistor será de:
a) 10 Ω
b) 0,1 Ω
c) 250 Ω
d) 1 Ω
e) Nenhuma das alternativas
a) 8
b) 12
c) 16
d) 20
e) 𝑒30
54
Sobre essa lâmpada, considere as seguintes afirmações.
I. O filamento da lâmpada é ôhmico.
II. A resistência elétrica do filamento, quando ligado em 6 𝑉, é 6 𝛺.
III. O filamento da lâmpada não é ôhmico.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) Apenas I e III.
4. (UNIFESP) Você constrói três resistências elétricas, 𝑅𝐴, 𝑅𝐵 𝑒 𝑅𝐶, com fios de mesmo
comprimento e com as seguintes características:
55
a) 𝑅𝐴 > 𝑅𝐵 > 𝑅𝐶.
b) 𝑅𝐵 > 𝑅𝐴 > 𝑅𝐶.
c) 𝑅𝐵 > 𝑅𝐶 > 𝑅𝐴.
d) 𝑅𝐶 > 𝑅𝐴 > 𝑅𝐵.
e) 𝑅𝐶 > 𝑅𝐵 > 𝑅𝐴.
5. (MACK) Um fio 𝐴 tem resistência elétrica igual a duas vezes a resistência elétrica de
outro fio 𝐵. Sabe-se que o fio 𝐴 tem o dobro do comprimento do fio 𝐵 e sua secção
transversal tem raio igual à metade do raio da secção transversal do fio 𝐵. A
relação 𝑝𝐴 / 𝑝𝐵 entre a resistividade do material do fio 𝐴 e a resistividade do
material do fio 𝐵 é:
a) 0,25
b) 0,50
c) 0,75
d) 1,25
e) 1,50
56
de cobre possui área de secção transversal correspondente a 10 mm2. Sabendo
que a resistividade da liga de cobre é de 2,1 𝑥 10−2 𝛺 . 𝑚𝑚²/𝑚, determine a
resistência para 5 m desse fio.
a) 1,05 𝑋 102
b) 2,05 𝑋 10−2
c) 1,05 𝑋 10−2
d) 1,05 𝑋 102
e) 1,05 𝑋 102
a) A resistência elétrica interna de um voltímetro deve ser muito pequena para que,
quando ligado em paralelo às resistências elétricas de um circuito, não altere a
tensão elétrica que se deseja medir.
b) A resistência elétrica interna de um voltímetro deve ser muito alta para que,
quando ligado em série às resistências elétricas de um circuito, não altere a tensão
elétrica que se deseja medir.
c) A resistência elétrica interna de um amperímetro deve ser muito pequena para
que, quando ligado em paralelo às resistências elétricas de um circuito, não altere
a intensidade de corrente elétrica que se deseja medir.
d) A resistência elétrica interna de um amperímetro deve ser muito pequena para
que, quando ligado em série às resistências elétricas de um circuito, não altere a
intensidade de corrente elétrica que se deseja medir.
e) A resistência elétrica interna de um amperímetro deve ser muito alta para que,
quando ligado em série às resistências elétricas de um circuito, não altere a
intensidade de corrente elétrica que se deseja medir.
57
ANÁLISE DE CIRCUITOS DE UNIDADE
CORRENTE CONTINUA
INTRODUÇÃO
05
Um circuito elétrico consiste na ligação entre vários componentes eletrônicos
como, por exemplo, resistores, capacitores, indutores, baterias, pilhas, transistores,
dentre outros. Para um circuito ser considerado de corrente continua, grandezas
elétricas como corrente e tensão, devem permanecer constantes ao longo do
tempo. Por isso, este capítulo trata exclusivamente dos circuitos puramente resistivos,
bem como das associações de resistores possíveis.
58
Nota-se que diante da avaria de qualquer componente, todo o restante do
circuito ficará sem alimentação de corrente elétrica e por consequência, de tensão.
A análise de circuito requer o cálculo de algumas grandezas físicas
importantes, como: resistência equivalente do circuito, corrente elétrica em cada
componente e total, tensão (ou ddp – diferença de potencial) em cada
componente e total, além da potência dissipada.
A resistência equivalente de um circuito, significa, de forma simplificada, o
valor de uma única resistência capaz de substituir todas as outras do arranjo. Nos
circuitos em série, a resistência equivalente é calculada como a soma de todas as
resistências que compõem o circuito elétrico, conforme a equação 12.
𝑅𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + 𝑅𝑛 (12)
Por exemplo, para o circuito ilustrado na figura 24, supõe-se que os valores das
resistências sejam 𝑅1 = 3Ω, 𝑅2 = 8 Ω 𝑒 𝑅3 = 200 Ω.
59
elétrica. Por meio dela é possível calcular o consumo energético de cada
componente e do circuito todo. A potência elétrica está associada com a
quantidade de energia consumida ou recebida por unidade de tempo por um
componente ou circuito elétrico. Pelo sistema internacional, sua unidade de medida
é (𝐽/𝑠), Joule por segundo ou (𝑊) Watt.
Existem várias maneiras de se calcular potência elétrica, algumas expressões
úteis são mostradas nas equações 13, 14 e 15, a seguir.
𝑃 = 𝑉. 𝐼 (13)
𝑃 = 𝑉²/𝑅 (14)
𝑃 = 𝑅. 𝐼² (15)
Onde:
𝑷 – 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 – 𝑊
𝑼 – 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 (𝑉)
𝑹 – 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 (𝛺)
𝒊 – 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 (𝐴)
E = P. ∆T (16)
Onde:
𝑬 – 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 𝑊. 𝑠
𝑷 – 𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 – 𝑊
∆𝑇 − 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 − 𝑠
60
A título de exemplificação, considere o circuito puramente resistivo em série
mostrado na figura 26.
61
V2 = R2. I
V2= 6Ω x 1A = 6V
Tensão na resistência 3
𝑉3= 𝑅3.𝐼
𝑉3= 1Ω 𝑥 1𝐴 = 1𝑉
Tensão total
V total = 3V + 6V + 1V
V total = 10V
Observa-se que em um circuito em série, a tensão fornecida pela fonte será
igual a soma das quedas de tensão nos componentes do circuito.
V total = V1 + V2 + V3
4) CÁLCULO DA POTÊNCIA DISSIPADA EM CADA RESISTOR
P= V.I
Potência dissipada na resistência 1
P1= V1.I
P1= 3V x 1A = 3W
Potência dissipada na resistência 2
P2= V2.I
P2= 6V x 1A = 6W
Potência dissipada na resistência 3
P3= V3.I
P3= 1V x 1A= 1W
Potência Total
P total = 3W + 6W + 1W
P total = 10W
Observa-se que em um circuito em série, a potência fornecida pela fonte
será igual a soma das potências dissipadas nos componentes do circuito.
P total = P1 + P2 + P3
Compare! A potência fornecida pela fonte é Pfonte = Vfonte x I fonte
Pfonte = 10V. 1A = 10W
62
5.2 ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM PARALELO
63
Segundo MARKUS (2011) nos circuitos em paralelo, a resistência equivalente é
calculada como a soma dos inversos de todas as resistências que compõem o
circuito elétrico, conforme a equação 17.
1 1 1 1
= R +R + R (17)
Requivalente 1 2 3
64
1 1 1 1
= R +R +R
Requivalente 1 2 3
1 1 1 1
= 3+6+1
Requivalente
1 9
=6 (invertendo ambos os lados da igualdade)
Requivalente
R_equivalente = 0,6666 Ω
65
P2 = V2. I
P2 = 10V x 1,666A = 16,666W
Potência dissipada na resistência 3
P3 = V3. I
P3 = 10V x 10A = 100W
Potência Total
P total = 33,33W + 16.67W + 100,00W
P total = 150W
Observa-se que em um circuito em paralelo, a potência fornecida pela
fonte será igual a soma das potências dissipadas nos componentes do circuito.
P total = P1 + P2 + P3
Compare! A potência fornecida pela fonte é Pfonte = Vfonte x I fonte
Pfonte = 10V. 15A = 150W
66
Figura 29: Circuito Elétrico Puramente Resistivo E Misto.
67
Figura 30: Circuito Elétrico Puramente Resistivo E Em Série.
I = V/Requivalente
I = 10V/5,5Ω
I = 1,81A
68
Figura 31: Circuito Elétrico Puramente Resistivo E Misto.
69
Itotal × R2
I1 = (18)
R1 +R2
Itotal × R1
I2 = (19)
R1 +R2
70
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 80
b) 100
c) 90
d) 62
e) 84
71
a) Circuitos mistos são circuitos que apresentam vários dispositivos diferentes, como
capacitores, resistores, diodos etc.
b) A resistência equivalente para uma associação de resistores em paralelo terá
sempre um valor menor do que o da menor resistência que compõe o circuito.
c) Em uma associação de resistores em série, o valor da corrente elétrica total é a
soma das correntes elétricas de todos os resistores.
d) Quando se quer manter a ddp entre os terminais de vários resistores igual, eles
devem ser associados em série.
e) A resistência equivalente para uma associação de resistores em série terá sempre
um valor menor do que o da menor resistência que compõe o circuito.
A sequência correta é:
a) F, V, F.
b) V, F, F.
c) V, V, V.
d) V, V, F.
e) F, F, V.
4. (PUC) Três resistores idênticos de 𝑅 = 30𝛺 estão ligados em paralelo com uma
bateria de 12𝑉. Pode-se afirmar que a resistência equivalente do circuito é de:
72
d) Req = 40Ω, e a corrente é 0,3 A.
e) Req = 60Ω, e a corrente é 0,2 A.
a) Req = 4Ω
b) Req = 20Ω
c) Req = 30Ω
d) Req = 40Ω
73
e) Req = 60Ω
a) 0,75 W
b) 1,33 W
c) 3,0 W
d) 4,5 W
e) 0,3 W
a) 0,60
b) 0,80
c) 1,2
d) 1,6
e) 2,4
74
MAGNETISMO E UNIDADE
ELETROMAGNETISMO
INTRODUÇÃO
06
Na antiguidade, há mais de 2000 anos, na região de magnésia, os gregos já
observavam uma pedra com comportamento estranho e que era capaz de atrair
objetos de ferro. Nomeada como ímã, termo derivado do francês aimant, que
significa amado, pelo poder de atração que pode exercer, sabe-se atualmente que
esta pedra é constituída de óxido de ferro e chamada frequentemente de
magnetita. Desde então, o estudo dos imãs ficou conhecido como magnetismo e
até meados do século XIX não existiam vínculos fortes entre a eletricidade e o
magnetismo, eram considerados campos quase independentes do conhecimento
científico. Durante o século XIX Oersted, experimentalmente, descobriu que o fluxo
de corrente elétrica através de um fio condutor afetava a orientação da agulha de
sua bússola e tempo depois, Ampère mostrou que pedaços de ferro deixados no
entorno de um fio conduzindo corrente elétrica, eram atraídos. Nestas observações
permitiram a junção da eletricidade com o magnetismo, dando origem ao
eletromagnetismo.
Durante a evolução das ideias sobre magnetismo, alguns fatos sobre os ímãs
foram observados. O primeiro deles é a capacidade de atrair o ferro e alguns outros
metais que serão tratados em breve. O segundo fato, é que os imãs possuem regiões
onde a força de atração é mais intensa. Estas regiões foram denominadas como
polos. Um experimento simples que ilustra estas observações é mostrado na figura
33, a seguir.
75
Figura 33: Limalha De Ferro Atraída Por Um Imã.
A limalha de ferro é atraída por todo o ímã, entretanto, é na região dos polos
que nota-se maior concentração. A maneira com a qual a limalha de ferro se
distribui ao redor do imã, ajuda no entendimento conceitual a respeito da
distribuição das linhas do campo magnético. O terceiro fato importante é que se um
imã leve for suspenso por meio da sua região central, de modo que possa mover-se
livremente, seu polo sul (sul magnético) ficará orientado aproximadamente para o
polo norte da terra (norte geográfico) e seu polo norte (norte magnético) ficará
orientado aproximadamente para o polo sul do planeta terra (sul geográfico),
conforme ilustra a figura 34. Esta característica permitiu o surgimento das primeiras
bússolas e motivou as famosas navegações dos séculos 15 e 16.
O quarto fato observado após a nomeação dos polos é que os polos com
nomes diferentes se atraem e polos com mesmo nome se repelem. Observe a
ilustração apresentada na figura 35.
76
Figura 35: Interação Entre Os Polos De Dois Ímãs.
Por último, notou-se que os polos são inseparáveis, ou seja, um imã ao ser
dividido em vários pedaços, dá origem a outros novos imãs, todos com um polo norte
e um polo sul, esta afirmação, conceituada como o princípio da inseparabilidade
dos polos é ilustrada na figura 36.
77
O campo magnético por se tratar de uma grandeza vetorial, apresenta
módulo, direção e sentido, como mostra a figura 37.
Figura 37:(A) Imã Com As Ilustrações Das Linhas De Campo; (B) Imã Com Pequenas Bússolas.
78
ilustram conceitualmente, a direção das agulhas das pequenas bússolas colocadas
em posições diferentes das linhas do campo magnético. Desta forma, representa-se
as linhas de força do campo magnético como saindo do polo norte e entrando no
polo sul do ímã. O vetor campo magnético será sempre tangente às linhas de
campo.
𝐹 = 𝐵. 𝑞. 𝑣. 𝑠𝑒𝑛(𝜃) (20)
Onde:
F = força que atua sobre a carga em Newton (N).
79
B = Intensidade do campo magnético em Tesla (T)
q = valor da carga elétrica em Coulomb (C)
θ = ângulo em grau entre o vetor velocidade da partícula e o vetor campo magnético.
Figura 38: (A) Carga Elétrica Se Deslocando No Mesmo Sentido Do Campo Magnético; (B)
Carga Elétrica Se Deslocando No Sentido Contrário Ao Campo Magnético.
(a) (b)
Fonte: Sampaio e Calçada (2012 p.316).
80
O sentido da força magnética 𝐹 que atua sobre a carga elétrica pode ser
melhor entendido utilizando a regra do tapa. Com a mão direita aberta, o polegar
representa o sentido da velocidade (𝑣) da carga elétrica e os demais dedos,
representam o sentido do campo magnético (𝐵). Caso a carga elétrica seja positiva,
a força se dá no sentido da palma da mão, caso seja negativa, no sentido das costas
da mão, de acordo com a figura 40.
Figura 40: Regra Do Tapa Aplicada Para Uma Carga Positiva; (B) Regra Do Tapa Aplicada
Para Uma Carga Negativa.
81
Por exemplo, a figura 41 ilustra em (a) a representação do vetor força
magnética saindo do plano e em (b) a representação do vetor força magnética
entrando no plano.
6.2 ELETROMAGNETISMO
82
Figura 42: Aparato Experimental De Oersted (A) Chave Aberta; (B) Chave Fechada E
Corrente Elétrica No Sentido Anti-Horário; (C) Chave Fechada E Corrente Elétrica No Sentido
Horário.
Por meio da lei de Ampère foi possível estabelecer relação entre o campo
magnético produzido por uma corrente elétrica que percorre um fio longo com: o
meio material, a intensidade da corrente e a distância perpendicular até o fio
condutor. A direção e o sentido do campo magnético podem ser obtidos utilizando
a regra da mão direita da seguinte maneira: posiciona-se o polegar da mão direita
no sentido da corrente elétrica, então, os outros dedos curvados, darão o sentido
de rotação do campo magnético, conforme mostra a figura 41(b).
83
Figura 43: (A) Fio Condutor E Limalha De Ferro Revelando O Contorno Das Linhas De Campo
Sobre Uma Folha Branca; (B) Regra Da Mão Direita Relacionando Sentido Da Corrente E Do
Campo Magnético Gerado Por Ela.
(a) (b)
Fonte: Sampaio e Calçada (2012 p.347).
𝜇0 .𝑖
𝐵= (21)
2.𝜋,𝑑
Onde:
B = intensidade do campo magnético em Tesla (T);
∮ B. dl = μ. I (22)
84
HAYT e BUCK (2013) afirmam que lei de Ampère em sua forma geral é útil como
ponto de partida para relacionar campo magnético com corrente elétrica em
problemas que envolvem trajetória fechada com corrente constante.
Figura 44: (A) Espira Circular; (B) Campo Magnético Gerado Na Espira Circular; (C) Regra Da
Mão Direita Relacionando Sentido Da Corrente E Do Campo Magnético.
85
Durante o estudo dos ímãs, discutiu-se que as linhas do campo magnético
saem do polo norte e entram no polo sul, então, é possível fazer uma analogia e
afirmar que uma espira circular, quando alimentada por uma corrente elétrica, tem
comportamento similar ao de um pequeno ímã. Observe a figura 43(a) e (b), a seguir.
Figura 45: (A) Campo Magnético Gerado Na Espira Circular; (B) Ímã Produzindo Campo
Magnético.
𝜇.𝑖
𝐵 = 2.𝑟 (23)
Onde:
B = intensidade do campo magnético em Tesla (T);
86
I = intensidade da corrente elétrica em Ampère (A);
r = raio da espira em metro (m)
(a) (b)
Fonte: Sampaio e Calçada (2012 p.361).
87
O campo magnético gerado por um solenoide se assemelha ao de um ímã
em barra. Quanto maior o número de espiras condutoras, maior é a capacidade do
solenoide em produzir campos magnéticos mais intensos. Para não ocorrer curto-
circuito, os fios das espiras são cobertos com um verniz isolante.
Segundo HAYT e BUCK (2013) aplicando, novamente a Lei de Ampère pode-
se deduzir que o campo magnético gerado no interior do solenoide ideal tem
intensidade dada pela equação 24.
μ.i
B = N. (24)
l
Onde:
B = intensidade do campo magnético em Tesla (T);
88
Figura 47: (A)Fluxo Do Campo Magnético Através Da Superfície S.
∅ = 𝐵. 𝐴. 𝐶𝑜𝑠(∝) (25)
Onde:
89
e Faraday, observe as figuras 46(a) e (b). Considere um ímã em forma de barra de
modo que seu eixo mantenha-se perpendicular ao plano da espira. Se o ímã e a
espira permanecem em repouso, um em relação ao outro, não há o que se falar em
corrente elétrica induzida na espira, pois não há variação de fluxo magnético, já que
o número de linhas de campo magnético no interior da espira permanece constante.
A partir do instante que ocorre aproximação da espira com o ímã, o fluxo magnético
no interior da espira aumenta, observe a figura 48(a).
(a) (b)
90
Caso a espira seja afastada do imã, o número de linhas de campo magnético
em seu interior irá reduzir, desta forma, a corrente elétrica induzida se inverterá (terá
sentido horário) e produzirá fluxo magnético no sentido de compensar a redução
provocada pelo distanciamento do ímã, conforme mostra a figura 47.
91
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Um feixe composto por partículas positivas, negativas e neutras, entra numa região
que possui campo magnético 𝐵. É correto afirmar que:
92
a) somente em A ou D
b) somente em B ou C
c) somente em A, B ou D
d) somente em B, C ou D
e) em A, B, C ou D
I. assim como há ímãs que possuem os dois tipos de polos, sul e norte, há ímãs que
possuem apenas um;
II. o campo magnético terrestre diverge dos outros campos, uma vez que o polo
norte magnético de uma bússola é atraído pelo polo norte magnético do planeta;
III. os pedaços obtidos da divisão de um ímã são também ímãs que apresentam os
dois polos magnéticos, independentemente do tamanho dos pedaços.
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
93
4. O campo magnético da terra foi descrito pelo médico inglês William Gilbert (1544
– 1603), com o uso da “terrella”, um ímã esférico sobre o qual era apoiada uma
agulha.
Qual é a importância do campo magnético terrestre? O campo magnético
terrestre impede a entrada de várias partículas nocivas à saúde, vindas do sol e
de outras regiões da galáxia. Ao atingirem o campo magnético da terra, essas
partículas são desviadas por causa da carga elétrica que possuem.
a) O polo norte geográfico está exatamente sobre o polo sul magnético, e o sul
geográfico está na mesma posição que o norte magnético.
b) O polo norte geográfico está exatamente sobre o polo norte magnético, e o sul
geográfico está na mesma posição que o sul magnético.
c) O polo norte magnético está próximo do polo sul geográfico, e o polo sul
magnético está próximo ao polo norte geográfico.
d) O polo norte magnético está próximo do polo norte geográfico, e o polo sul
magnético está próximo do polo sul geográfico.
e) O polo norte geográfico está defasado de um ângulo de 45º do polo sul
magnético, e o polo Sul geográfico está defasado de 45º do polo norte
magnético.
94
6. (UDESC 2008) Considere as seguintes afirmativas:
95
protuberâncias estourando como bolhas, manchas de luminosidade atenuada,
intensas cintilações das quais se erguem no espaço jatos repentinos. Quando uma
nuvem de gás eletrizado emitido no espaço pelo Sol investe a Terra atravessando
as faixas de Van Allen, registram-se tempestades magnéticas e auroras boreais”
(Ítalo Calvino em Todas as Cosmicômicas – Companhia das Letras, 2007, 1 ed).
Esse trecho relata fenômenos que afetam diretamente o mundo atual.
Diariamente uma “chuva de partículas” proveniente do Sol bombardeia o planeta
Terra. Caso essas partículas chegassem à superfície terrestre, ocorreriam diversos
problemas de saúde. Felizmente, o campo magnético do nosso planeta oferece
uma proteção natural contra essas partículas, defletindo-as antes de chegarem à
superfície. Por outro lado, quando o Sol tem picos de atividade, em períodos de
aproximadamente 11 anos, esses ventos solares penetram mais na atmosfera
prejudicando seriamente os sistemas de comunicação via satélite e os sistemas de
GPS. Esse fenômeno afeta em particular o Brasil, onde se encontra a Anomalia
Magnética do Atlântico Sul, na qual há a redução da intensidade do campo
magnético terrestre.
Analise as proposições sobre a ação do campo magnético terrestre para defletir
as partículas carregadas da superfície do planeta Terra.
96
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
8. (UFSC 2015). A ideia de linhas de campo magnético foi introduzida pelo físico e
químico inglês Michael Faraday (1791-1867) para explicar os efeitos e a natureza
do campo magnético. Na figura ao lado, extraída do artigo “Pesquisas
Experimentais em Eletricidade”, publicado em 1852, Faraday mostra a forma
assumida pelas linhas de campo com o uso de limalha de ferro espalhada ao redor
de uma barra magnética.
97
magnéticos isolados.
e) cargas elétricas em repouso não interagem com o campo magnético.
98
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 01 UNIDADE 02
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 C QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 C QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 C QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 A
UNIDADE 03 UNIDADE 04
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 B QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 D
UNIDADE 05 UNIDADE 06
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 A QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 D QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 E
99
REFERÊNCIAS
YOUNG E FREEDMAN. Física III, Eletromagnetismo. 12ª ed. Pearson. São Paulo. 2009.
Disponível em: https://bit.ly/3rj3G3R. Acesso em: 1 set. 2021.
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