Apostila Estatística e Matemática Financeira
Apostila Estatística e Matemática Financeira
Apostila Estatística e Matemática Financeira
DE IPATINGA
ESTATÍSTICA E MATEMÁTICA
FINANCEIRA
Felipe Chaves Inácio
1
Felipe Chaves Inácio
Possui graduação em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (2000)
e Mestrado em Estatística pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) (2004).
Atualmente é gerente da Seção de Estatística e Indicadores Municipais na Prefeitura
Municipal de Ipatinga e professor tutor na Faculdade Única de Ipatinga. Tem experiência
na área de Economia, com ênfase em Métodos e Modelos Matemáticos, Econométricos
e Estatísticos.
1ª edição
Ipatinga – MG
2020
2
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
3
Menu de Ícones
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo apli-
cado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são
para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com
uma função específica, mostradas a seguir:
4
SUMÁRIO
01
1.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8
1.2 DIMENSIONAMENTO DA AMOSTRA.................................................................... 8
1.3 TIPOS DE AMOSTRAGEM ................................................................................... 10
FIXANDO O CONTEUDO ............................................................................................ 12
02
2.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 15
2.2 TABELAS DE FREQUÊNCIAS ................................................................................ 15
2.3 MEDIDAS DESCRITIVAS ...................................................................................... 17
03
3.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 28
3.2 MEDIDA DE ASSIMETRIA .................................................................................... 29
3.3 MEDIDA DE CURTOSE ......................................................................................... 30
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................ 32
04
4.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 35
05
5.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 65
5.2 ESTIMAÇÃO ........................................................................................................ 67
5
UNIDADE INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: TESTE DE HIPÓTESES ...................................... 74
06
6.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 74
6.2 TESTE DE HIPÓTESES PARA A MÉDIA POPULACIONAL...................................... 76
07
7.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 85
7.2 REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO ........................................................................... 87
08
8.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 103
8.2 DESCONTO SIMPLES......................................................................................... 104
8.3 DESCONTO COMPOSTO.................................................................................. 110
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................... 113
09
9.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 116
9.2 FLUXO DE CAIXA ............................................................................................. 116
9.3 SÉRIE DE PAGAMENTOS UNIFORMES .............................................................. 118
10
10.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 137
10.2 DESCONTO DE DUPLICATAS ............................................................................ 137
10.3 NOTAS PROMISSÓRIAS .................................................................................... 139
10.4 FOMENTO COMERCIAL (FACTORING) ........................................................... 140
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................... 144
11
11.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 147
11.2 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS ........................................................... 147
11.3 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE ...................................................... 153
11.4 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTO ................................................................ 156
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................... 159
12
12.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 162
12.2 VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)..................................................................... 162
12.3 TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) ................................................................... 164
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................... 168
6
RESPOSTAS FIXANDO CONTEÚDO........................................................ 171
7
AMOSTRAGEM UNIDADE
INTRODUÇÃO
DIMENSIONAMENTO DA AMOSTRA
8
pode acarretar em maiores custos financeiros e maiores tempos de execução.
Por outro lado, está margem de erro não pode ser grande demais, pois pode
comprometer os resultados da pesquisa. Dessa forma, precisamos sempre escolher
uma margem de erro que esteja a meio termo.
Existem várias formas (e fórmulas) para o cálculo do tamanho de amostras.
Uma forma relativamente simples e que traz resultados bastante satisfatórios a se-
guinte, demonstrada pela equação (1):
N
n= (1)
NE + 1
Onde:
n = tamanho da amostra;
N = tamanho do universo;
E = margem de erro escolhida.
Então:
3000
n=
3000 ∙ (0,05) + 1
3000
n=
3000 ∙ (0,0025) + 1
3000
n=
7,5 + 1
3000
n=
8,5
n = 352,941176 ≅ 𝟑𝟓𝟑
9
TIPOS DE AMOSTRAGEM
10
MCCLAVE, J. T. Estatística para administração e economia. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2009. Disponivél em: https://bit.ly/2QNFMKU
11
FIXANDO O CONTEUDO
a) n = 450
b) n = 400
c) n = 300
d) n = 380
e) n = 395
a) n = 1.087
b) n = 1.110
c) n = 800
d) n = 950
e) n = 750
a) n = 800
b) n = 400
c) n = 1.500
d) n = 1.000
e) n = 1.275
a) Quanto maior for a margem de erro, maior será também o tamanho da amostra.
b) A margem de erro deve ser escolhida antes de calcular o tamanho da amostra.
12
c) O tamanho do universo não influencia o tamanho da amostra.
d) O tamanho da amostra é sempre um percentual fixo do universo.
e) O tamanho da amostra é diretamente proporcional à margem de erro.
7. Suponha que uma pessoa deseje realizar uma pesquisa com os habitantes de um
município. Sabendo que este município possui 10.000 habitantes e que a pessoa
pretende selecionar uma amostra utilizando uma margem de erro de 5%, quantos
habitantes ela deverá selecionar?
a) 385
b) 450
c) 520
d) 284
e) 785
13
8. O gerente de marketing de uma determinada empresa decide fazer uma pes-
quisa, por amostragem, para conhecer o perfil socioeconômico dos clientes em
potencial no seu município. Para tanto, ele seleciona algumas pessoas em cada
um dos 10 bairros deste município. Dessa forma, qual foi o tipo de amostragem
utilizado por ele?
a) Amostragem aleatória.
b) Amostragem sistemática.
c) Amostragem por conglomerados.
d) Amostragem estratificada.
e) Amostragem por conveniência.
14
ESTATÍSTICA DESCRITIVA Erro!
Fonte de
referênci
INTRODUÇÃO a não
encontra
A estatística descritiva pode ser entendida como um conjunto de técnicas e
métodos estatísticos que nos permitem descreve um determinado conjunto de dados
para que possamos ”enxergar” as informações nele contidas. Dentre estas técnicas
encontram-se tabelas, gráficos e medidas que irão representar o conjunto de dados
em questão. A estatística descritiva nos permite apenas descrever um conjunto de
dados sem que possamos, a partir dele, fazer afirmativas acerca do universo do qual
tal conjunto foi extraído. A parte da estatística que nos permite fazer isso é chamada
de inferência estatística. Dentre as técnicas da estatística descritiva, começaremos
estudando as tabelas de frequências e passaremos então para as medidas descriti-
vas.
TABELAS DE FREQUÊNCIAS
15
Supondo que a tabela 1 se refira às idades de 25 pessoas de um determinado
grupo, podemos dizer que 8 destas pessoas (ou 32%) possuem idade entre 10 e 20
anos. Sete pessoas possuem idade entre 20 e 30 anos e assim sucessivamente. A
frequência relativa informa justamente a porcentagem de valores dentro de cada
classe e é obtida dividindo-se a frequência da classe pela frequência total. Por sua
vez, a frequência acumulada é obtida somando-se a frequência da classe com a
frequência das classes anteriores. Por exemplo, a frequência da terceira classe é
obtida somando-se 5 + 7 + 8 = 20 e significa que existem 20 pessoas com idade entre
10 e 40 anos.
Através desta tabela podemos perceber, por exemplo, que 60% das pessoas
deste grupo possuem entre 10 e 30 anos de idade. Isso pode ser percebido somando-
se as frequências relativas das duas primeiras classes. Por outro lado, somando as
frequências relativas das duas últimas classes, podemos perceber que apenas 20%
destas pessoas possuem idade entre 40 e 60 anos. Dessa forma, podemos concluir
que este grupo é constituído basicamente por pessoas mais jovens.
Uma questão que devemos sempre considerar diz respeito ao número de
classes que serão utilizadas em cada tabela. No exemplo acima, foram utilizadas 5
classes, mas nem sempre será assim. A quantidade de classes de uma tabela
dependerá do número de valores existentes no conjunto (ou seja, o tamanho da
amostra). Chamando de “K” o número de classes e de “n” o tamanho da amostra,
a quantidade de classes que serão utilizadas na tabela pode ser calculada pela
equação (2):
K = 1 + 3, 22 log n (2)
Entretanto, é importante notar que este cálculo pode ser simplificado quando
o conjunto de dados não possui mais de 50 valores. Neste caso, o número K de
classes poderá ser aproximado pela equação (3):
K = √n (3)
16
A
H= (4)
K
MEDIDAS DESCRITIVAS
Como o próprio nome sugere, esse conjunto de medidas nos dão a ideia de
centralidade, sendo a média a mais importante delas, embora não seja a única.
Existem alguns “tipos” de médias, utilizadas em diferentes situações, conforme
veremos a seguir.
17
Média aritmética simples: Representada pelo símbolo X, é utilizada em situações
onde todos os valores têm o mesmo peso, ou seja, têm todos a mesma importância
no conjunto de dados. É calculada pela equação (5):
∑x
X= (5)
N
Assim, para calcularmos a média simples, basta somar todos os valores e dividir
pela quantidade de valores somados.
2 + 4 + 5 + 7 + 12
X=
5
X=6
∑ (x . p)
X = (6)
∑p
Exemplo: Suponha que um aluno tenha sido aprovado com as seguintes notas nas
disciplinas a abaixo, cada uma com seu respectivo peso.
18
(98 × 3) + (97 × 3) + (85 × 2) + (90 × 2)
X =
3+3+2+2
935
X =
10
X = 93,5
Moda: É o valor que aparece com a maior frequência num conjunto de dados.
Iremos representa-la por “mo”.
19
mediana pelo símbolo 𝑋 e sua posição no conjunto é dada pela equação (7):
n+1
(7)
2
Exemplo: Seja o seguinte conjunto de dados: 2, 4, 6, 10, 12, 15, 20, 22, 25, 26, 28, 30,
33, 35, 37, 41, 44, 47, 49, 55 e 58, calcule sua mediana.
n+1 21 + 1
= = 11
2 2
Neste link Veja mais sobre estes conceitos apresentados de outra maneira, com vídeos
e um mapa mental em: https://bit.ly/3biOR7I (Acesso em: 08 maio 2020).
Nos livros abaixo, há também uma explicação detalhada sobre a estatística descritiva:
MCCLAVE, J. T. Estatística para administração e economia. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2009. Disponivél em: https://bit.ly/2QNFMKU. Acesso em: 08 maio 2020.
DOANE, D. P.; SEWARD, L. E. Estatística Aplicada à Administração e Economia. 4. ed.
Porto Alegre: AMGH, 2014. Disponivel em: https://bit.ly/3hWvWSI. Acesso em: 08 maio
2020.
Quartis: Os quartis fazem parte das chamadas “medidas separatrizes” que são
medidas que dividem o conjunto de dados em partes iguais. No caso dos quartis,
trata-se de três valores que dividem o conjunto em quatro partes (desde que o
conjunto esteja ordenado). Dessa forma, 25% dos valores do conjunto de dados
são menores que o primeiro quartil (𝑄 ), 50% dos valores são menores que o
segundo quartil (𝑄 ) e 75% dos valores são menores que o terceiro quartil (𝑄 ). É
importante notar que, por serem medidas de posição, não calculamos seus
valores. O que calculamos são suas posições dentro do conjunto de dados. Essas
20
posições são dadas pelas equações (8), (9) e (10):
n+1
Q = (8)
4
n+1
Q = (9)
2
n+1
Q =3∙ (10)
4
12 15 16 18 19
20 24 25 27 28
30 33 34 35 38
n+1 15 + 1
Q = = =4
4 4
n+1 15 + 1
Q = = =8
2 2
n+1 15 + 1
Q =3∙ =3∙ = 3 ∙ 4 = 12
4 4
Q = 18
Q = 25
Por fim, o terceiro quartil é o é o número que ocupa a 12ª posição no conjunto:
Q = 33
21
Dessa forma, podemos afirmar que 25% das pessoas pesquisadas têm idade
inferior a 18 anos. 50% delas têm idade inferior a 25 anos e 75% das pessoas têm idade
inferior a 33 anos.
Conjunto A: 10 ; 1 ; 18 ; 20 ; 35 ; 3 ; 7 ; 15 ; 11 ; 10
Conjunto B: 12 ; 13 ; 13 ; 14 ; 12 ; 14 ; 12 ; 14 ; 13 ; 13
Variância: Representada por s2, é uma das medidas de variação mais utilizadas.
Seu cálculo é feito pela equação (11):
∑(x − x)
S = (11)
n−1
22
Este conjunto tem n = 4 elementos e sua média é igual a:
4 + 5 + 8 + 5 22
x= =
4 4
x = 5,5
Os termos (x − x) são:
(4 − 5,5) = 2,25
(5 – 5,5) = 0,25
(8 – 5,5) = 6,25
(5 – 5,5) = 0,25
∑(x − x) 9
S = =
n−1 4−1
S =3
S= S = √3
S ≈ 1,73
23
Veja mais sobre as medidas de variação e suas interpretações em: https://bit.ly/3lLYvEW
(Acesso em: 08 maio 2020).
S
C = ∙ 100 (12)
x
1,73
C = ∙ 100
5,5
C ≈ 31,45
A renda per capta de um país é a renda total deste país dividida pelo número de
habitantes, ou seja, trata-se de uma média simples. Por outro lado, a distribuição de renda
nos dá uma medida da variação desta renda ao redor da média, ou seja, nos dá uma
ideia de variabilidade. Um país cuja renda apresenta grande concentração, apresentará
uma variância (da renda) alta ou baixa?
24
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 𝑥̅ = 15
b) 𝑥̅ = 12
c) 𝑥̅ = 18
d) 𝑥̅ = 7
e) 𝑥̅ = 10
a) 𝑥̅ = 10
b) 𝑥̅ = 15
c) 𝑥̅ = 08
d) 𝑥̅ = 05
e) 𝑥̅ = 12
4. Encontre o terceiro quartil do seguinte conjunto de dados: 03; 05; 09; 10; 12; 15; 18.
a) Q3 = 6
b) Q3 = 09
c) Q3 = 10
25
d) Q3 = 15
e) Q3 = 12
5. Suponha que um determinado aluno tenha concluído o último ano do Ensino Mé-
dio com as seguintes notas:
Suponha ainda que cada disciplina tenha um determinado peso, conforme a ta-
bela acima. Sendo assim, calcule a média ponderada das notas deste aluno.
a) 83,27
b) 80,51
c) 85,37
d) 80,00
e) 82,00
a) S² = 4,24
b) S² = 5,25
c) S² = 18
d) S² = 20
e) S² = 15
26
Classes Frequência Freq. Relativa Freq. Acumulada
15 Ⱶ 25 9 0,30 9
25 Ⱶ 35 2 0,07 11
35 Ⱶ 45 5 0,17 16
45 Ⱶ 55 6 0,20 22
55 Ⱶ 65 8 0,26 30
Total 30 1 -
a) 31,5
b) 45,81
c) 40,67
d) 31,5
e) 50,67
27
MEDIDAS DE ASSIMETRIA E Erro!
CURTOSE
Fonte
de
INTRODUÇÃO
referênc
O conceito de simetria sempre remete à ideia de igualdade. Segundo o dici-
onário Houaiss (2001, p. 2573) simetria é: “ [...] conformidade, em medida, forma e
posição relativa, entre [...] cada lado de uma linha divisória, um plano médio, um
centro ou eixo [...] semelhança entre duas metades [...].
Do ponto de vista da estatística, a simetria ocorre quando a média, a moda e
a mediana de um conjunto (ou variável) são iguais. Ou seja, simetria em estatística
significa que 𝑋 = 𝑋 = 𝑚 . Graficamente, teríamos algo desta forma:
Quando uma distribuição não apresenta simetria, dizemos que ela é “assimé-
trica” e seu gráfico poderá ser de uma das duas formas apresentadas na Figura 3
abaixo:
28
MEDIDA DE ASSIMETRIA
X − m
A = (13)
D
10 ; 12 ; 15 ; 18 ; 20 ; 12 ; 21 ; 12
∑ x 120
X= =
n 8
∑(x − X)
S= S = ≈ 4,17
n−1
X − m 15 − 12
A = = ≈ 0,72
S 4,17
29
MEDIDA DE CURTOSE
Representada por “K”, a medida de curtose mais comum é dada pela equa-
ção (14):
1 (x − X)
K= –3 (14)
n (S)
30
Exemplo: Considerando o conjunto de dados do exemplo anterior, temos:
1 (10 − 15) + (12 − 15) + (15 − 5) +(18 − 15) + (20 − 15) + (12 − 15) + (21 − 15) + (12 − 15)
K= –3
8 4,17
1 2870
K= –3
8 302,37
2870
K= –3
2418,96
K ≈ – 1,81
Nos Livros abaixo vocês encontrarão mais informações e explicação mais detalhada
sobre assimetria e curtose.
MCCLAVE, J. T. Estatística para administração e economia. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2009. Disponível em: https://bit.ly/2QNFMKU.
DOANE, D. P.; SEWARD, L. E. Estatística Aplicada à Administração e Economia. 4. ed.
Porto Alegre: AMGH, 2014. Disponível em: https://bit.ly/3hWvWSI.
Sabemos que a altura de pessoas adultas segue uma distribuição normal (assimetria igual
a zero). Assim, a probabilidade de encontrarmos uma pessoa com altura 5 cm acima da
média é igual à probabilidade de encontrarmos uma pessoa com altura 5 cm abaixo da
média. Se, hipoteticamente, a distribuição de probabilidades das alturas fosse assimétrica
à esquerda (assimetria menor que zero) seria mais provável encontrar pessoas mais altas
ou mais baixas?
31
FIXANDO O CONTEÚDO
a) Quando uma distribuição não apresenta simetria, dizemos que ela é assimétrica.
b) Uma distribuição assimétrica é aquela em que a média, a moda e a mediana são
iguais.
c) A principal medida de assimetria é chamada de Coeficiente de Variação.
d) Quando uma distribuição for simétrica, o Coeficiente de Pearson será maior que
zero.
e) Quando o Coeficiente de Pearson é maior que zero, dizemos que a distribuição é
assimétrica à esquerda.
Coeficiente de Bowley
Q + Q − 2Md
AS =
Q −Q
15 17 19 20 22
25 27 29 30 32
38 39 41 43 45
32
a) A = 1,25
b) A = 0,05
c) A = -1,55
d) A = 0
e) A = 0,22
a) A = 0,0
b) A = -1,55
c) A = 0,75
d) A = - 0,51
e) A = 0,71
6. Suponha que cinco pessoas tenham sido entrevistadas para preencher a uma
vaga de emprego e o conjunto abaixo represente a idade de cada candidato.
18 21 21 22 25
a) 1,48
b) – 2,47
c) – 1,48
d) 0,25
e) – 0,25
33
7. No que se refere à curtose, assinale a alternativa correta.
Coeficiente de Bowley
Q + Q − 2Md
AS =
Q −Q
a) A = - 0,25
b) A = 0,55
c) A = - 1,25
d) A = 2,15
e) A = 1,75
34
PRINCÍPIOS DA PROBABILIDADE Erro!
Fonte
INTRODUÇÃO
de
referênc
A todo o momento estamos lidando com situações que envolvem imprevisibi-
lidade. Ao sairmos de casa, por exemplo, não temos certeza de choverá ou não ou
mesmo se chegaremos a tempo para um determinado compromisso. Nestes casos,
podemos ter, no máximo, uma estimativa da chance destes eventos acontecerem.
Este tipo de fenômeno, em que está envolvido o acaso, tem sido objeto de interesse
da humanidade há vários séculos. Entretanto, somente a partir do século XVI filósofos
e matemáticos começaram a dar os primeiros tratamentos matemáticos ao pro-
blema.
A partir dos chamados “jogos de azar”, praticados desde a Idade Antiga,
começou-se a pensar numa maneira de quantificar (ou calcular) a chance de certos
eventos ocorrerem. Por exemplo, no lançamento de dois dados, qual a chance de
que a soma dos resultados seja igual a 7? Assim nasceu o que podemos chamar de
teoria das probabilidades e podemos pensar a probabilidade, ainda que de maneira
informal, como uma medida da chance de certo evento acontecer. Ao longo da
história, algumas definições mais formais foram dadas até chegarmos à definição
utilizada hoje, conforme veremos mais adiante. Antes disso, entretanto, precisaremos
entender alguns conceitos importantes.
Conceitos fundamentais
35
de iniciar o percurso. É importante destacar que este não é o tipo de fenômeno es-
tudado pela probabilidade.
Fenômenos aleatórios: são aqueles que, mesmo sendo repetidos sob as
mesmas condições iniciais, podem conduzir a resultados diferentes. As condições
iniciais não determinam o resultado do fenômeno. Ou seja, não é possível prever o
resultado antes que o fenômeno ocorra. Nestes casos, o resultado depende de
fatores imprevisíveis, ou dito de outra forma, depende o acaso. Por exemplo, quando
arremessamos uma moeda, não podemos prever se ocorrerá “cara” ou “coroa”. Este
é o tipo de fenômeno estudado pela probabilidade.
A = sair número 6;
36
Como os eventos são subconjuntos do espaço amostral, podemos então usar
a notação e as operações de conjuntos para os eventos. Sendo assim, se A e B são
dois conjuntos quaisquer, temos as seguintes operações:
A ∪ B = {x ∈ Ω | x ∈ A 𝐨𝐮 x ∈ B}
A ∩ B = {x ∈ Ω | x ∈ A 𝐞 x ∈ B}
C = {x ∈ Ω | x ∉ A}
A − B = {x ∈ Ω | x ∈ A 𝐞 x ∉ B}
A ∪ B = {1; 2; 3; 6}
A ∩ C = {2; 3}
C = {4; 5; 6}
C = {1; 4; 5}
A – B = {1}
37
DEFINIÇÕES DE PROBABILIDADE
Probabilidade Clássica
3 1
P(A) = =
6 2
Probabilidade frequentista
Pode ser usada quando não sabemos se todos os eventos têm a mesma
chance de ocorrer. Neste caso, a probabilidade de ocorrência se basearia na sua
frequência relativa. Ou seja, para calcularmos a probabilidade de ocorrência de um
evento deveríamos realizar o experimento um grande número de vezes e dividir o
número de vezes que o evento ocorre pelo número de vezes que o experimento foi
realizado.
Exemplo: Dizemos que uma moeda é viciada quando a probabilidade de sair
cara é diferente (maior ou menor) que a probabilidade de sair coroa. Normalmente,
38
são moedas fabricadas especialmente para que isso ocorra. Suponha então que te-
nhamos um destas moedas e queiramos saber qual é probabilidade de sair cara.
Neste caso, poderíamos, por exemplo, lançar a moeda 1.000 vezes e observar
quantas caras ocorreriam. Se ocorresse, digamos, 350 vezes a probabilidade de sair
cara, seria:
350
P(cara) = = 0,35
1000
1) 0 ≤ P(A) ≤ 1;
2) P(Ω) = 1;
39
Por fim, o terceiro axioma afirma que, se A e B forem dois eventos tais que não
possam ocorrer simultaneamente (A ∩ B = {∅}), então a probabilidade da união dos
dois eventos é igual à soma das probabilidades de cada evento isoladamente.
REGRA DA ADIÇÃO
Eventos excludentes
Dizemos que dois eventos quaisquer são excludentes (ou mutualmente exclu-
dentes) quando eles não podem ocorrer simultaneamente. Por exemplo, se arremes-
sarmos um dado e definirmos o evento A como sendo a ocorrência de um número
par e o evento B como sendo a ocorrência de um evento B, podemos dizer que A e
B são dois eventos excludentes. Seria diferente, por exemplo, se definíssemos o evento
B como a ocorrência de um número maior que 4. Neste caso, se saísse o número 6 os
dois eventos ocorreriam. Usamos este conceito para definir uma regra: a
probabilidade de ocorrência de um evento A ou de um evento B será dada
conforme a equação (16):
40
maior que 4, teríamos o seguinte:
3 2 1
P(A ou B) = + −
6 6 6
4
P(A ou B) =
6
REGRA DO PRODUTO
Eventos independentes
2 1
P(B) = =
6 3
2
P(B) =
3
Neste caso, os eventos A e B não seriam independentes, uma vez que a ocor-
rência do evento A altera a probabilidade de ocorrência do evento B. Tendo em
mente essa relação, podemos definir outra regra: a probabilidade de ocorrência de
um evento A e de um evento B será dado pela equação (17):
41
Neste caso, P(B|A) é a probabilidade de ocorrência do evento B, sabendo
que (ou dado que) o evento A ocorreu antes. Isso é o que chamamos de
probabilidade condicional.
Exemplo: Suponha que tenhamos uma caixa com 4 bolas pretas, 5 bolas brancas e 3
bolas azuis. Suponha ainda que vamos retirar bolas ao acaso, sem saber qual delas
iremos pegar e, uma vez retirada, a bola não retorna para a caixa. Sendo assim, a
probabilidade de retirarmos uma bola branca, por exemplo, será:
5
P(branca) =
12
5
P(branca | preta) =
11
Exemplo: Tendo o exemplo anterior como base (tendo as 12 bolas na caixa), qual
seria a probabilidade de retirarmos uma bola azul e, em seguida, uma bola branca?
Para resolvermos, vamos definir os seguintes eventos:
Dessa forma, estamos buscando P(A 𝐞 B), tendo em mente que a ocorrência
de um destes eventos, irá alterar a probabilidade de ocorrência do outro (os dois
eventos não são independentes). Assim, teremos:
42
3 5
P(A e B) = ×
12 11
15
P(A e B) =
132
P(A e B) = 0,1136 ou 11,35%
PROBABILIDADE TOTAL
R1 ∩ R2 = ∅
R1 ∩ R3 = ∅
R2 ∩ R3 = ∅
R1 ∪ R2 ∪ R3 = Ω
Considerando um evento B qualquer (conforme Figura 5), ele pode ser escrito
como:
B = B ∩ Ω
43
Como temos também que Ω = R1 ∪ R2 ∪ R3, podemos escrever:
B = B ∩ (R1 ∪ R2 ∪ R3).
𝐏(𝐁) = [𝐏(𝐁 | 𝐑𝟏) ∙ 𝐏(𝐑𝟏)] + [𝐏(𝐁 | 𝐑𝟐) ∙ 𝐏(𝐑𝟐)] + [𝐏(𝐁 | 𝐑𝟑) ∙ 𝐏(𝐑𝟑)]
Lembrando que este resultado pode ser generalizado para qualquer quanti-
dade de conjuntos.
Exemplo: Suponha que um time de futebol tenha 50% de chance de vencer uma
partida se seu melhor jogador estiver em campo e 25% de chance se ele não estiver.
O departamento médico do clube estima que há uma chance de 30% de que o
jogador esteja em campo. Sendo assim, qual a probabilidade deste time ganhar o
jogo? Para resolver, vamos, primeiramente, definir alguns eventos.
A = ganhar o jogo
B = jogador estar em campo
C = jogador não estar em campo
44
TEOREMA DE BAYES
P(B|A) ∙ P(A)
P(A|B) = (18)
P(B)
Queremos, então, saber qual a probabilidade de peça ter sido produzida pela
máquina B, sabendo que a peça é defeituosa. Ou seja, queremos calcular P(B|d).
Sendo assim, temos o seguinte, de acordo com a fórmula de Bayes:
45
P(d|B) ∙ P(B)
P(B|d) =
P(d)
Neste caso, P(d) é a probabilidade total de uma peça ser defeituosa indepen-
dente da máquina que a produziu. Assim:
P(d) = 0,046
(0,07) ∙ (0,40)
P(B|d) =
0,046
0,028
P(B|d) =
0,046
46
mama, ou seja, 99% das mulheres nessa faixa etária não são portadoras. Sabe-se tam-
bém que mamografia apresenta resultados positivos em 80% das mulheres que real-
mente têm câncer, mas este teste dá positivo também para 9,6% das mulheres que
não têm câncer, ou seja, há um falso positivo em 9,6% dos casos. Sendo assim, se uma
mulher faz o teste e tem um resultado positivo, qual a probabilidade de que ela
realmente tenha câncer de mama? Para calcular esta probabilidade, vamos definir
os seguintes eventos:
P(B|A) ∙ P(A)
P(A|B) =
P(B)
(0,80) ∙ (0,01)
P(A|B) =
(0,80)(0,01) + (0,096)(0,99)
0,008
P(A|B) =
0,008 + 0,09504
0,008
P(A|B) =
0,10304
DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADE
Uma distribuição de probabilidade pode ser entendida como uma função que
associa uma probabilidade a cada resultado de uma variável aleatória.
47
Por exemplo, se arremessarmos dois dados, a soma dos resultados obtidos é
uma variável aleatória. Por mais que saibamos os possíveis resultados, não temos
como saber qual deles vai ocorrer. Podemos, entretanto, associar uma probabilidade
para cada resultado possível e assim teremos a distribuição de probabilidade dessa
variável aleatória. Se fizermos isso, teremos a seguinte situação:
48
A maioria das distribuições de probabilidade podem ser expressas algebrica-
mente e se constituem em modelos usados para estudar o comportamento da vari-
ável em questão. Segundo Novaes e Coutinho (2013, p. 142):
Distribuição Binomial
n!
P(x) = ∙ p ∙ (1 − p) (19)
x! (n − x)!
Onde:
n = número de vezes que o experimento é realizado;
49
x = número de sucessos pretendidos;
p = probabilidade de sucesso (deve permanecer constante em cada repeti-
ção).
Exemplo: Suponha que uma moeda não viciada seja arremessada 5 vezes. Assim,
qual seria a probabilidade de sair “cara” 3 vezes?
Percebam que neste caso o experimento está sendo repetido (cinco vezes) e cada
vez em que isso ocorre, há somente dois resultados possíveis (cara e coroa). Além
disso, a probabilidade de sucesso (neste caso, sair cara) é sempre a mesma e o fato
de sair cara num lançamento não interfere na probabilidade de sair cara em outro,
ou seja, os eventos são independentes. Assim, podemos utilizar a distribuição binomial
para modelar este experimento. Então, temos o seguinte:
n = 5
x = 3
p = 0,5 (perceba que a moeda não é viciada, então a probabilidade de sair
cara é 50%)
Logo:
5!
P(x) = ∙ (0,5) ∙ (1 − 0,5)
3! (5 − 3)!
120
P(x) = ∙ (0,125) ∙ (0,25)
6×2
P(x) = 10 × 0,03125
n = 4
x = 3
p = 0,45
50
4!
P(x) = ∙ (0,45) ∙ (1 − 0,45)
3! (4 − 3)!
24
P(x) = ∙ (0,091125) ∙ (0,55)
6×1
P(x) = 4 × 0,050
P(x) = 0,2 ou 20
Exemplo: O gerente de uma empresa sabe que a probabilidade de uma peça ser
produzida com defeito é igual a 3%. Na análise de um lote contendo 10 peças, qual
a probabilidade de serem encontradas 5 peças defeituosas?
n = 10
x = 5
p = 0,03
10!
P(x) = ∙ (0,03) ∙ (1 − 0,03)
5! (10 − 5)!
X~ Bi(3; 5) (20)
X~ Bi(μ ; σ ) (21)
51
A média e a variância da distribuição binomial são calculadas então por meio
das equações (22) e (23):
μ=n∙p (22)
σ = n ∙ p ∙ (1 − p) (23)
Exemplo: Suponha que a probabilidade de uma pessoa se atrasar para um voo seja
2%. Se em um determinado voo estão previstos 250 passageiros, quantos se atrasarão
em média? Qual é a variância?
n = 250
p = 0,02
μ = 250 ∙ 0,02
μ= 5
σ = 4,9
Distribuição normal
52
Figura 7: Curva de Laplace-Gauss
Cabe ressaltar que a distribuição normal tem certas características que preci-
samos conhecer:
53
A função que representa a distribuição normal é dada pela equação (24):
( )
e (24)
f(x) =
σ√2π
Onde:
π = 3,1416 …
e = 2,7183 …
σ = desvio − padrão da distribuição
μ = média da distribuição
54
Através destes gráficos, podemos perceber que, se uma variável aleatória “X”
segue uma distribuição normal com média igual a μ e desvio-padrão igual a 𝜎, então
68,26% dos seus valores encontram-se a 1𝜎 (um desvio-padrão) de distância da mé-
dia (para mais ou para menos). Da mesma forma, 95,44% dos valores encontram-se
a 2𝜎 (dois desvios-padrão) de distância da média (também para mais ou para
menos) e 99,73% dos valores encontram-se a 3𝜎 (três desvios-padrão) de distância da
média. Observe que, como a distribuição é simétrica em relação à média, as
probabilidades acima e abaixo da média são iguais, de forma que valores negativos
de desvios servem apenas para dizer que se trata de valores abaixo da média.
55
vez que a área entre a média e 1,90 é igual a 0,3413, então a área acima de 1,90
seria 0,5 menos 0,3413, o que daria 0,1587. Dessa forma, a probabilidade de encon-
trarmos, ao acaso, uma pessoa com mais de 1,90m será 15,87%.
Neste caso, é importante perceber que 1,30 está a dois desvios da média
(para menos), ou seja: 1,70 − 2σ = 1,30. Como vimos acima, 47,72% dos valores de
uma variável que segue a distribuição normal estão a dois desvios de distância da
média. Portanto, a probabilidade de encontrar uma pessoa com altura entre 1,30m
e 1,70m (que é a média) é igual a 47,72%. Entretanto, precisamos ainda da probabi-
lidade de encontrarmos uma pessoa com altura entre 1,70m (média) e 1,90m. Essa
probabilidade foi calculada acima e é igual a 34,13%. Dessa forma, temos o seguinte:
56
Figura 11: Gráfico de distribuição normal para resolução do 3º exemplo
x−μ
z= (25)
σ
57
que se encontram entre zero e algum valor z que teremos calculado através da
fórmula acima.
Exemplo: Suponha que o tempo necessário para concluir uma prova siga uma distri-
buição normal com média igual a 60min e desvio padrão igual a 15min. Se um aluno
for selecionado ao acaso, qual a probabilidade de que demore mais de 40min para
concluir a prova?
x−μ
z=
σ
40 − 60
z=
15
z = −1,33
Lembre-se que o sinal negativo indica apenas que o valor se encontra abaixo
da média.
58
Ao padronizar a distribuição, percebemos que a probabilidade da variável “X”
(tempo para finalizar a prova) seja maior que 45 iguais à probabilidade da variável
“Z” (variável padronizada) seja maior que -1,33. Graficamente, teríamos a Figura 13:
(Lembre que a média da variável Z é sempre zero).
59
Dessa forma, a probabilidade de um aluno escolhido ao acaso demorar mais
de 40min para finalizar a prova é igual a 90,82%.
60
Nos Livros abaixo vocês encontrarão mais informações e explicação mais detalhada
sobre probabilidade.
MCCLAVE, J. T. Estatística para administração e economia. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2009. Disponível em: https://bit.ly/2QNFMKU. Acesso em: 10 maio 2020.
DOANE, D. P.; SEWARD, L. E. Estatística Aplicada à Administração e Economia. 4. ed.
Porto Alegre: AMGH, 2014. Disponível em: https://bit.ly/3hWvWSI. Acesso em: 10 maio
2020.
61
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 25%
b) 33,33%
c) 66,67%
d) 15%
e) 50%
a) 83,33%
b) 75%
c) 25,45%
d) 33%
e) 66%
4. Suponha que a probabilidade de uma pessoa se atrasar para um voo seja 25%
(0,25). Assim, qual a probabilidade de 3 pessoas estarem atrasadas num grupo de
5 pessoas?
a) 1,3%
62
b) 3,4%
c) 8,8%
d) 4,4%
e) 5,1%
a) 50%
b) 60%
c) 20%
d) 70%
e) 75%
6. Considerando a questão anterior, suponha que fossem retiradas duas bolas (sem
que nenhuma retornasse para a caixa). Calcule a probabili-dade da primeira bola
ser branca e a segunda, azul.
a) 6,67%
b) 7,39%
c) 5,25%
d) 8,5%
e) 5,95%
7. Suponha que uma moeda equilibrada seja arremessada 5 vezes. Calcu-le a pro-
babilidade de sair cara 2 vezes.
a) 15,87%
b) 26,2%
c) 54,25%
d) 83,5%
e) 31,25%
63
8. Uma variável “X” segue uma distribuição normal com média igual a 10 e desvio-
padrão igual a 4. Assim, calcule a probabilidade desta variável assumir um valor
maior que 15.
a) 25,51%
b) 10,56%
c) 15,32%
d) 18,37%
e) 19,53%
64
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Erro!
Fonte de
referênci
INTRODUÇÃO
a não
Vimos, na primeira unidade que, quando queremos conhecer uma caracterís-
tica ou conjunto de características de um universo não é necessário pesquisarmos
todos os seus elementos. Muitas vezes, isso nem é possível. Dessa forma, selecionamos
uma amostra e estudamos tais características nesta parte selecionada do universo.
A estatística descritiva, que vimos na unidade 2, contém uma série de técnicas e mé-
todos utilizados para trabalhar, resumir e apresentar os dados trabalhados dentro da
amostra (os dados “coletados”) sem, no entanto, fazer nenhuma referência ao
universo do qual a amostra foi retirada. Quando desejamos fazer alguma afirmação
a respeito de uma característica do universo com base nos dados de uma amostra
dele retirada, entramos no campo da inferência estatística.
A inferência estatística é uma das partes da Estatística [...] que tem por
objetivo a coleta, redução, análise e modelagem dos dados, a partir
do que, finalmente, faz-se a inferência para uma população da qual
os dados (a amostra) foram obtidos. Um aspecto importante da
modelagem dos dados é fazer previsões, a partir das quais se podem
tomar decisões (MORETTIN; BUSSAB, 2010, p. 01).
65
Quando nos referimos a alguma característica de um universo, usamos o termo parâmetro
(ou parâmetro populacional). Ao nos referirmos a uma característica de uma amostra,
usamos o termo estatística, e o usamos para estimar o parâmetro populacional.
66
ESTIMAÇÃO
67
Podemos escrever este resultado na forma da equação (26):
∑ X
μ= (26)
k
Exemplo: Imagine que uma turma tenha apenas quatro alunos e que suas notas (ele-
mentos do universo ou da população em questão) sejam: 9; 6; 8; 5. Neste caso, a
média populacional será:
9+6+8+5
μ=
4
μ=7
9+6+8
X = = 7,67
3
9+8+5
X = = 7,33
3
6+8+5
X = = 6,33
3
5+9+6
X = = 6,67
3
68
28
μ=
4
μ=7
σ
σ = (27)
√n
Onde:
σ = desvio-padrão da distribuição amostral;
σ = desvio-padrão da população;
n = tamanho da amostra.
S
σ = (28)
√n
Exemplo: Em uma pesquisa realizada com uma amostra de 120 funcionários de uma
determinada empresa, descobriu-se que as despesas mensais decorrentes de
aquisições de materiais de escritório diversos é de R$150,00 em média por funcionário,
com um desvio-padrão de R$50,00. Dessa forma, qual seria a média de gastos da
distribuição amostral (considerando todas as possíveis amostras com 120
funcionários)? Qual seria o desvio-padrão da distribuição amostral?
69
A média da média da distribuição amostral seria:
μ = X = 150
50
σ = ≈ 4,56
√120
70
FIXANDO O CONTEÚDO
a) Trata-se de uma área da estatística que nos permite fazer afirmações sobre uma
população (universo) com base nos dados de uma amostra.
b) Trata-se de uma área da estatística que nos fornece elementos para extrairmos
uma parte representativa do universo para estudarmos.
c) Um parâmetro é uma característica de uma amostra.
d) Os parâmetros são usados para estimar valores das estatísticas com base em uma
amostra.
e) Os parâmetros variam de acordo com a amostra extraída do universo.
2. Considerando uma amostra de 120 elementos cuja média é igual a 50, calcule
uma estimativa para a média populacional.
a) 50
b) 35
c) 65
d) 75
e) 58
3. Considerando uma amostra de 144 elementos cujo desvio padrão é igual a 45,
calcule uma estimativa para o desvio padrão da distribuição amostral.
a) 3,25
b) 4,75
c) 2,27
d) 3,75
e) 4,54
71
a) 0,04
b) 0,09
c) 1,00
d) 1,5
e) 0,1
5. No que se refere ao processo de estimação, é correto afirmar que:
6. Um universo é formado pelos seguintes valores: 27; 29; 21; 28. Retirando-se as pos-
síveis amostras de 3 elementos; calcule uma estimativa para a média da
população (composta por todos os funcionários) e assinale a alternativa correta.
a) 27,5
b) 26,25
c) 28,35
d) 29,25
e) 25,31
7. Uma amostra de 36 elementos apresenta média igual a 150 e desvio padrão igual
a 127. Sendo assim, calcule uma estimativa para média populacional e assinale a
alternativa correta.
a) 235
b) 127
c) 175
d) 210
e) 150
72
8. Uma amostra de 169 elementos apresenta desvio padrão igual a 26. Calcule uma
estimativa do desvio padrão da distribuição amostral.
a) 5
b) 2
c) 4
d) 7
e) 9
73
INFERÊNCIA ESTATÍSTICA: TESTE Erro!
DE HIPÓTESES
Fonte
de
referênc
INTRODUÇÃO
Na unidade anterior, vimos que o valor de uma estatística calculada com base
em uma única amostra do universo, não é necessariamente igual ao parâmetro po-
pulacional que estamos tentando conhecer. Imagine que estamos tentando conhe-
cer a média 𝜇 de uma determinada população (ou universo). Para isso, retiramos
uma amostra (de tamanho “𝑛”) e, com os valores desta amostra, calculamos a
estatística 𝑋. Como vimos, se tivéssemos selecionado uma outra amostra do mesmo
tamanho, a estatística teria provavelmente um valor diferente. Então, como fazer
alguma afirmação sobre μ com base em 𝑋? Dito de outra forma, ao fazermos uma
afirmação sobre um parâmetro populacional, é natural que queiramos saber se os
dados provenientes de uma amostra contrariam ou não esta afirmação. Neste caso,
o que deveríamos fazer é um “teste de hipóteses”. Vejamos o seguinte exemplo:
Exemplo: Suponha que um cientista esteja realizando um estudo sobre a altura dos
habitantes do seu município. Em um estudo anterior, foi encontrado que a média de
altura destes habitantes era 1,70m. Embora outros estudiosos afirmem que esta média
aumentou, o cientista acredita que ela permanece a mesma. Assim, ele seleciona
uma amostra e calcula a média amostral. Suponha que ele tenha encontrado 1,72m
como média e 0,36m como variância amostral (não confunda com a variância
populacional que neste caso é desconhecida). Isso prova definitivamente que o
cientista estava errado? Sabemos que não. Ele pode ter encontrado este valor por
uma coincidência devido à amostra que ele selecionou. Se tivesse selecionado outra
amostra, muito provavelmente encontraria outro valor. O que ele deve fazer então é
testar a hipótese de que a média de altura dos habitantes de todo o município é
igual a média encontrada na amostra ou se é diferente dela. Na notação estatística
escrevemos isso da seguinte forma:
74
H : μ = 1,70
H : μ > 1,70
Onde:
H é chamada de “hipótese nula”
H é chamada de “hipótese alternativa”.
H : μ = 1,70
(teste unilateral)
H : μ < 1,70
H : μ = 1,70
(teste bilateral)
H : μ ≠ 1,70
Erro tipo I: Aquele que cometemos ao rejeitar a hipótese nula, sendo ela verda-
deira;
Erro tipo II: Aquele que cometemos ao aceitar a hipótese nula, sendo ela falsa.
75
Os níveis de significância mais utilizados na prática são 0,01; 0,05 e 0,10. Ou seja,
o mais aceito na prática é que a probabilidade de rejeitar a hipótese nula sendo ela
verdadeira deve ser no máximo 10%.
Um conceito parecido com o nível de significância é o chamado “p − valor”
(ou Valor − p). Assim como o nível de significância, o p − valor também é uma
probabilidade.
76
Teste com variância populacional conhecida
X−μ
Z= σ (30)
√n
Aqui, μ é o valor que se supõe para o parâmetro (valor que está sendo tes-
tado em H0), σ é o desvio-padrão da população e n é o tamanho da amostra. Como
dito acima, esta estatística de teste segue uma distribuição normal padrão, ou seja,
Z ~ N(0; 1).
Neste caso, como em qualquer teste de hipótese, iremos rejeitar H somente
quando a estatística de teste (neste caso Z) for mais extrema (maior ou menor, de-
pendendo do caso) que um valor de referência. Este valor de referência é obtido a
partir do nível de significância pretendido e da distribuição de probabilidade que a
estatística segue.
H : μ = 1,70
H : μ > 1,70
X−μ
Z=
S
√n
1,72 − 1,70
Z=
0,5
√100
0,02
Z=
0,5
10
77
0,02
Z=
0,05
Z = 0,4
H : μ = 1,70
H : μ ≠ 1,70
Quando temos um teste bilateral, o nível de significância deve ser dividido por
2. Assim, ele serial igual a 0,025 e o valor correspondente na tabela da distribuição
normal padrão seria 1,96. Como nossa estatística de teste é menor que este valor,
ainda assim não rejeitaríamos H0, ou seja, nossa conclusão seria a mesma.
78
X−μ
T=
S (31)
√n
H : μ = 1,70
H : μ > 1,70
X−μ
T= s
√n
1,72 − 1,70
T=
0,6
√25
0,02
T= ≈ 1,17
0,6
5
Consultando a tabela abaixo com nível de significância de 0,05 (na tabela
consta 0,95 na primeira linha pois trás o a probabilidade acumulada) com v = 24 graus
de liberdade (v = 25 – 1), encontramos o valor de referência igual a 1,711. Como
nossa estatistica de teste é menor que o valor de referência, então não rejeitamos a
hipótese nula. Da mesma forma, isso significa que os dados da amostra não contêm
79
evidência suficiente para afirmarmos que a média de altura dos habitantes deste
município seja maior que 1,70m.
O nível de significância desejado deve ser subtraído de 1 para que possamos usar a
tabela. Assim, o nível de significância de 0,05 será α = 1 – 0,05 (α = 0,95). Obviamente, o
nível de significância de 0,01 seria α = 1 – 0,01 (α = 0,99).
Nos link a seguir , veja mais sobre testes de hipóteses como testes para outros
parâmetros populacionais e exemplos de aplicações em: https://bit.ly/3lM7ndx. Acesso
em: 14 maio 2020.
80
Tabela 4: Tabela de valores críticos – t de Student
81
FIXANDO O CONTEÚDO
2. Suponha que a média de uma amostra seja igual a 1,75. Indique qual seria a hipó-
tese nula em um teste de hipóteses.
a) H = 1,75
b) H ≠1,75
c) H =1,80
d) H >1,75
e) H < 1,75
a) H < 1,75
b) H > 1,75
c) H = 1,75
d) H ≠ 1,75
e) H = 1,80
H : μ = 1,5
H : μ ≠ 1,5
82
a) Trata-se de um teste bilateral.
b) A hipótese alternativa é μ = 1,5.
c) A hipótese nula é μ ≠ 1,5.
d) Trata-se de um teste unilateral.
e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.
H : μ = 120
H : μ ≠ 120
Suponha que tenha sido encontrada uma estatística de teste igual a 2,41 e que o
valor de referência seja 1,96. Neste caso, assinale a alternativa correta.
a) Devemos rejeitar H
b) Devemos aceitar H
c) Não podemos afirmar que a média populacional seja diferente de 120.
d) Nada pode ser afirmado com este teste.
e) Trata-se de um teste unilateral.
H : μ = 50
H : μ ≠ 50
a) Devemos rejeitar H
b) Devemos aceitar H
c) Não há evidência suficiente para afirmarmos que a média populacional seja me-
nor que 50.
d) Nada pode ser afirmado com este teste.
e) Trata-se de um teste bilateral.
83
7. Assinale a alternativa correta no que se refere a testes de hipóteses.
a) T = 5,25
b) T = 3,75
c) T = 6,25
d) T = 3,25
e) T = 4,44
84
JUROS SIMPLES E COMPOSTOS UNIDADE
INTRODUÇÃO
Além dos juros (J), há também outros conceitos que precisamos entender para
estudar a relação do dinheiro com o tempo. São eles:
85
Montante (M): também chamado de “valor futuro”, é o valor obtido após a
adição dos juros ao final de um período específico. Assim, o montante será
igual ao principal mais os juros.
Taxa de juros (i): é o quociente entre os juros recebidos e o capital aplicado.
Dito de outra forma é a remuneração do capital aplicado e se refere sempre
a um determinado período de tempo. A taxa de juros pode ser representada
de duas maneiras: taxa percentual e taxa unitária. A taxa percentual é aquela
apresentada em porcentagem e a taxa unitária será a taxa percentual
dividida por 100. Por Exemplo:
M=C+J (32)
J
i= (33)
C
M =C+J
J =M−C
J = 125 − 100 = 𝟐𝟓
J
i=
C
25
i= = 𝟎, 𝟐𝟓 𝐨𝐮 𝟐𝟓%
100
86
Assim, a taxa de juros cobrada é igual a 25% ao mês, que é o período da
operação.
REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO
Capitalização Simples
87
taxa percentual (3%). Também é importante perceber que os juros são constantes ao
longo do tempo, ou seja, a dívida é acrescida sempre do mesmo valor. É isso que
significa dizer que os juros são uma função linear do tempo. A cada mês, a taxa de
variação da dívida é sempre a mesma (constante). Obviamente, não é necessário
construir sempre um quadro como este o que pode ser trabalhoso especialmente
quando o tempo da operação é muito extenso. Felizmente, existem fórmulas que nos
permitem calcular as variáveis envolvidas em uma operação financeira. Vejamos
algumas que se referem à capitalização simples.
J=C∙i∙t (34)
J =?
C = 1.000
i = 3% ao mês
t = 6 meses
J=C∙i∙t
J = 1.000 ∙ 0,03 ∙ 6
J = $180
88
Ou seja, os juros gerados na operação são de $180,00 como esperávamos.
Qual é a taxa de juros cobrada em um empréstimo de $1.500,00 que deve ser
pago por $1.950,00 após 12 meses?
C = 1.500
M = 1.950
t = 12 meses
i =?
Para usar a fórmula, vamos primeiramente calcular o valor dos juros.
J =M−C
J = 1.950 − 1.500
J = 450
J=C∙i∙t
450 = 1.500 ∙ i ∙ 12
450 = 18.000 ∙ i
450
i=
18000
i = 0,025 ou 2,5%
Assim, a taxa de juros da operação é de 2,5% ao mês, uma vez que o prazo
está medido em meses.
C = 2.300
89
J = 800
t =?
J=C∙i∙t
800 = 115 ∙ t
t = 800/115
t ≈ 6,96
i = 7,5% ao ano
t = 5 anos
J = 4.000
J=C∙i∙t
4000 = C ∙ 0,075 ∙ 5
4000 = C ∙ 0,375
C = 4000/0,375
90
C ≈ 10.666,67
Exemplo: Se um capital de $10.000,00 for aplicado a uma taxa de 1,5% ao mês qual
será o montante após 12 meses?
Solução: Neste caso, temos os seguintes dados:
C = 10.000
i = 1,5% ao mês
t = 12 meses
M =?
91
M = 10000 ∙ (1 + 0,015 ∙ 12) ⇒ A multiplicação deve ser feita primeiro
M = 10000 ∙ (1 + 0,18)
M = 10000 ∙ (1,18)
M = 11.800
Exemplo: Suponha que uma pessoa faça uma aplicação de $2.500,00 em um fundo
que rende 3% ao mês. Quanto essa pessoa terá após 2 anos?
Solução: Reparem que a taxa é mensal e o período está medido em anos. Assim,
temos que converter a taxa para uma taxa anual da seguinte forma:
i = i ∙ 12
i = 0,03 ∙ 12
i = 0,36
Aqui, “i_a” é a taxa anual e “i_m” é a taxa mensal. Agora, podemos utilizar a
fórmula do montante:
92
M = C ∙ (1 + i ∙ t)
M = 2500 ∙ (1 + 0,36 ∙ 2)
M = 2500 ∙ (1 + 0,72)
M = 2500 ∙ (1,72)
M = 4.300
Assim, ao final de seis meses, o valor da dívida será de $1.194,06. Reparem que,
quando adotamos a capitalização simples este valor era menor ($1.180,00). Essa
93
diferença será tanto maior quanto maior for o período entre o início e o fim da
operação. O gráfico 1 abaixo ilustra a diferença ente os dois tipos de capitalização.
Podemos ver, através do gráfico, que ao final de 60 meses, a dívida sob o regime de
capitalização composta é praticamente o dobro do que seria sob o regime de
capitalização simples.
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65
M = C ∙ (1 + i) (36)
M = montante;
C = capital;
i = taxa de juros;
t = período (ou tempo).
94
A partir desta fórmula, podemos também obter uma fórmula para o capital,
“passando” o termo (1 + i) para “o outro lado da igualdade”. Assim, temos:
M
C= (37)
(1 + i)
Exemplo: Imagine que uma pessoa faça uma aplicação de $1.500,00 em um fundo
que renda 2% de juros ao mês. Quanto essa pessoa terá após 12 meses?
M=?
C = 1.500
i = 2% ao mês
t = 12 meses
M = C ∙ (1 + i)
M = 1500 ∙ (1 + 0,02)
M = 1500 ∙ (1,02)
M = 1500 ∙ 1,268
M = 1.902
C =?
M = 3.200
95
i = 1,5% ao mês
t = 15 meses
Substituindo na fórmula, temos:
M = C ∙ (1 + i) t
3200 = C ∙ (1 + 0,015) 15
3200 = C ∙ (1,015) 15
3200 = C ∙ (1,25)
C = 3200 / 1,25
C = 2.560
M = C ∙ (1 + i)
2600
= (1,04)
1300
log(1,04) = log 2
log 2
t=
log 1,04
96
0,30103
t=
0,017033
t = 17,7
Assim, após 17,7 meses (uma vez que a taxa é mensal), o capital de $1.300,00
irá gerar um montante de $2.600,00 a uma taxa de 4% ao mês.
Exemplo: Qual é a taxa de juros que faz um capital de $5.000,00 gerar um montante
de $8.000,00 após 12 meses?
Solução: Substituindo os valores na fórmula do montante, temos o seguinte:
M = C ∙ (1 + i)
8000 = 5000 ∙ (1 + i)
8000
= (1 + i)
5000
1,6 = (1 + i)
1,6 = (1 + i)
(1 + i) = 1,6
1 + i = 1,0399
i = 1,0399 − 1
i = 0,0399 ou 3,99%
Assim, a taxa de juros procurada é 3,99% ao mês (uma vez que o período está
em meses).
Equivalência de taxas
97
períodos unitários distintos são equivalentes quando produzem o mesmo montante
no final de determinado tempo, pela aplicação de um mesmo capital inicial
(SOBRINHO, 2008).
Dito de outra forma, duas taxas são equivalentes quando produzem o mesmo
montante, quando aplicadas ao mesmo capital durante o mesmo tempo. Assim,
uma taxa de 2% ao mês, por exemplo, é equivalente a uma taxa de 26,82% ao ano.
Vejamos: considerando um capital de $1.000,00 aplicados a 2% ao mês durante 12
meses, temos:
M = 1.000 ∙ (1 + 0,02)
M = 1.000 ∙ (1,2682)
M = 1.268,20
M = 1.000 ∙ (1 + 0,2682)
M = 1.000 ∙ (1,2682)
M = 1.268,20
i = (1 + i ) −1
Onde “i_a” é a taxa anual e “i_m” é a taxa mensal. De forma análoga, para
calcular a taxa mensal conhecendo a taxa anual, utilizamos a seguinte fórmula:
i = (1 + i ) −1
98
Exemplo: Qual é a taxa mensal equivalente a 32% ao ano?
Solução:
i = (1 + 0,32) −1
,
i = (1,32) −1
i = 1,0234 − 1
i = 0,0234 ou 2,34%
Nos links abaixo, vocês encontrarão esses assuntos de forma bem detalhada e com muitos exemplos
diferentes.
99
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 30% ao mês.
b) 24% ao mês.
c) 12% ao mês.
d) 36% ao mês.
e) 0,12% ao mês.
a) $40.000,00.
b) $30.000,00.
c) $50.000,00.
d) $25.000,00.
e) $12.000,00.
a) 0,3% ao mês.
b) 0,66% ao mês.
c) 3% ao mês.
d) 4% ao ano.
e) 0,4% ao mês.
a) 0,012 ao ano.
b) 0,12 ao ano.
c) 0,0012 ao ano.
100
d) 0,12% ao ano.
e) 0,012% ao ano.
a) $19.200,00.
b) $24.000,00.
c) $20.400,00.
d) $18.750,00.
e) $19.820,00.
6. Calcule a taxa de juros de um empréstimo de $2.000,00 que deve ser pago por
$2.350,00 após 6 meses, considerando a capitalização simples.
a) 2,92% ao ano.
b) 0,029% ao mês.
c) 0,029% ao ano.
d) 1,03% ao mês.
e) 2,92% ao mês.
a) $14.287,48.
b) $14.000,00.
c) $13.800,00.
d) $4.287,48.
e) $5.728,53.
8. Qual é o capital que, aplicado por 24 meses a uma taxa de 2% ao mês sob o
101
regime de capitalização composta gera um montante de $20.000,00?
a) $19.000,00.
b) $17.500,00.
c) $15.204,70.
d) $12.434,43.
e) $18.452,25.
102
DESCONTOS UNIDADE
INTRODUÇÃO
Err
A operação de desconto pode ser entendida como o “inverso” da
capitalização. Nos regimes de capitalização, nós conhecemos o valor presente
(capital) e desejamos conhecer o valor futuro (montante) após a aplicação de uma
taxa de juros ao longo de um determinado período. Por outro lado, na operação de
desconto, nós conhecemos o valor futuro de um título e desejamos conhecer seu
valor presente em uma data específica após a aplicação de uma taxa de desconto.
Em ambos os casos, a operação depende do tempo decorrido.
D=M−C (38)
Onde “D” é o valor do desconto, “M” é o valor de resgate do título na sua data
de vencimento e “C” é o valor pago pelo título na data da operação.
Exemplo: Um título de $2.500,00 foi liquidado por $2.275,00 dois meses antes da sua
data de vencimento. Neste caso, qual foi o valor do desconto?
Solução: Neste caso, temos as seguintes informações:
103
M = 2.500
C = 2.275
D =?
D= M−C
D = 2.500 − 2.275
D = 225
DESCONTO SIMPLES
D=M∙d∙t (39)
104
Para obter o valor presente, ou valor descontado, basta subtrair o valor futuro
pelo desconto, ou seja:
C=M−D (40)
M = 900
d = 2,5% ao mês
t = 3 meses
D =?
D= M∙d∙t
D = 900 ∙ 0,025 ∙ 3
D = 67,50
105
Solução: Sabemos que C=M-D, então:
C = 900 − 67,50
C = 832,50
M = 1.550
C = 1.470
t = 20 dias
d =?
D= M−C
D = 1.550 − 1.470
D = 80
D= M∙d∙t
80 = 1.550 ∙ d ∙ 20
80 = 31000 ∙ d
80/31000 = d
d = 0,0026 ou 0,26%
106
Assim, a taxa de desconto da operação é 0,26% ao dia.
Exemplo: Um título de $5.200,00 é liquidado por $4.950,00. Considerando uma taxa de
desconto de 3% ao mês, o título foi liquidado quanto tempo antes da data de
vencimento?
Solução: Neste caso, temos os seguintes dados:
M = 5.200
C = 4.950
d = 3% ao mês
t =?
D= M−C
D = 5.200 − 4.950
D = 250
D= M∙d∙t
250 = 156 ∙ t
250/156 = t
t = 1,6
107
poderíamos transformar este tempo. Sabemos que se trata de 1 mês mais 0,6 mês.
Então, precisamos saber quantos dias equivalem a 0,6 mês. Para isso, basta fazermos
uma regra de três simples, da seguinte forma:
𝟏 𝐦ê𝐬 ↔ 𝟑𝟎 𝐝𝐢𝐚𝐬
𝟎, 𝟔 𝐦ê𝐬 ↔ 𝐱 𝐝𝐢𝐚𝐬
𝐱 ∙ 𝟏 = 𝟑𝟎 ∙ 𝟎, 𝟔
𝐱 = 𝟏𝟖 𝐝𝐢𝐚𝐬
d
d = (41)
30
108
0,035
d =
30
d = 0,0012
D= M∙d∙t
D = 850 ∙ 0,0012 ∙ 15
D = 15,30
C=M−D
C = 850 − 15,30
C = 834,70
C = M(1 − d ∙ t) (42)
C = M(1 − d ∙ t)
C = 850(1 − 0,0012 ∙ 15)
C = 850(1 − 0,018)
C = 850(0,982)
C = 834,70
109
Naqueles casos em que o período da operação for muito longo, é comum
utilizar uma taxa crescente de desconto, considerando o que chamamos de “taxa
de desconto efetiva”.
DESCONTO COMPOSTO
C = M(1 − d) (43)
Exemplo: Uma pessoa resolve liquidar, 120 dias antes do vencimento, um título de
$20.000,00. Sabendo que a taxa de desconto é de 2,3% ao mês, qual será o valor
descontado, considerando o sistema de desconto composto?
Solução: Como o prazo e a taxa de desconto estão em unidades diferentes,
110
vamos, primeiramente, transformar o prazo da operação. Como sabemos, 120 dias
corres- ponde a quatro meses. Então, substituindo na fórmula, temos:
𝐶 = 𝑀(1 − 𝑑)t
𝐶 = 20.000(1 − 0,023)4
𝐶 = 20.000(0,977)4
𝐶 = 20.000(0,9111)
𝐶 = 18.222
Assim, o valor descontado é $18.222,00
Exemplo: Suponha que uma pessoa tenha liquidado um título 90 dias antes do seu
vencimento, gerando um desconto de $1.379,77. Considerando uma taxa de
desconto de 3% ao mês, calcule o valor de resgate do título.
Solução: Os dados deste problema são:
D = 1.379,77
t = 90 dias ou três meses
d = 3% ao mês
M=?
Percebam que não temos o valor descontado (C) nem o valor de resgate (M).
Assim, vamos deduzir uma nova fórmula de cálculo:
D= M−C
D = M − [M(1 − d) ]
D = M[1 − (1 − d) ] (44)
111
1.379,77 = M(0,0873)
1.379,77
M=
0,0873
M = 15.804,92
112
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Suponha que um título com valor de resgate de $15.350,00 seja liquidado 20 dias
antes de seu vencimento por $15.000,00. Calcule o valor do desconto.
a) $350,00.
b) $450,00.
c) $300,00.
d) $225,00.
e) $280,00.
a) $500,00.
b) $220,00.
c) $320,00.
d) $250,00.
e) $450,00.
3. Um título com valor de resgate de $1.000,00 foi descontado um mês antes do seu
vencimento por $900,00. Calcule a taxa de desconto da operação.
a) 10% ao mês.
b) 15% ao mês.
c) 20% ao mês.
d) 10% ao dia.
e) 15% ao dia.
113
a) $1.250,00.
b) $1.186,25.
c) $320,75.
d) $113,75.
e) $1.224,80.
5. Uma pessoa deseja liquidar um título de $800,00 vinte dias antes do seu
vencimento. Considerando uma taxa de desconto de 2% ao mês, qual será o valor
descontado?
a) $789,33.
b) $12,33.
c) $652,23.
d) $425,00.
e) $782,35.
a) 5,75% ao mês.
b) 4% ao mês.
c) 2,25% ao mês.
d) 3,75% ao mês.
e) 4,25% ao mês.
7. Qual é o valor de resgate de um título que foi liquidado por $3.250,00 três meses
antes do seu vencimento a uma taxa de desconto de 1,5% ao mês?
a) $3.900,00.
b) $3.750,38.
c) $4.000,00.
d) 3.895,32.
e) $3.403,14.
114
8. Considerando o regime de desconto composto, calcule o valor descontado de
um título cujo valor de resgate é $15.000,00 e que foi liquidado 3 meses antes de
seu vencimento a uma taxa de desconto de 2% ao mês.
a) $13.125,36.
b) $12.500,00.
c) $14.117,88.
d) $13.458,23.
e) $12.753,55.
115
SÉRIES DE PAGAMENTOS UNIDADE
Erro!
Fonte de
INTRODUÇÃO referênci
As séries de pagamentos constituem-se em vários a não ou
pagamentos
recebimentos periódicos de valores (constantes ou variáveis) com vencimentos
sucessivos. Existem muitas classificações para as séries de pagamentos, dependendo
do fato das prestações (pagamentos ou recebimentos) serem constantes ou
variáveis; do prazo ser finito ou infinito e do vencimento das prestações são
antecipados ou postecipados. Entretanto, em todos estes casos, precisaremos de um
conceito de fundamental importância: o conceito de fluxo de caixa.
FLUXO DE CAIXA
Segundo Sobrinho (2008), “o fluxo de caixa pode ser entendido como uma
sucessão de recebimentos ou de pagamentos, em dinheiro, previstos para
determinado período de tempo”. Este fluxo é, normalmente, representado de forma
gráfica onde uma linha horizontal representa o tempo e linhas verticais, orientadas
para cima ou para baixo, representas as entradas e saídas de caixa,
respectivamente. Vejamos o seguinte Exemplo:
116
Fonte: Elaborado pelos Autores (2020)
30.000,00
117
7.000,00 7.000,00 7.000,00 7.000,00 7.000,00
30.000,00
118
𝑀 =?
R = 1.000
i = 1,5% ao mês
t = 4 meses
3 meses
0 1 2 3 4
119
cálculos. Imagine se tivéssemos 50 ou 100 prestações, por exemplo. Dessa forma, é
natural buscarmos uma maneira de obter este valor de forma mais direta. Para isso,
vamos buscar por uma fórmula somando, primeiramente, os montantes sem
efetuarmos os cálculos.
M = M +M +M +M
M = 1000(1,015) + 1000(1,015) + 1000(1,015) + 1000(1,015)
q −1
S =a ∙ (45)
q−1
1,015 − 1
M = 1000 1 ∙
1,015 − 1
1,0613635 − 1
M = 1000
0,015
M = 1000(4,0909)
M = 4.090,90
(1 + i) − 1
M =R∙ (46)
i
120
mês, quanto essa pessoa terá ao final de 3 anos?
Solução: Primeiramente, temos que observar que 3 anos são 36 meses. Assim, os
dados do problema são:
R = 800
i = 2% ao mês
t = 36 meses
(1 + 0,02) −1
M = 800 ∙
0,02
2,0399 − 1
M = 800 ∙
0,02
M = 800 ∙ (51,995)
M = 41.596
Exemplo: Suponha que uma pessoa deseje ter $10.000,00 para uma viagem daqui a
dois anos e queira saber quanto ela deve aplicar mensalmente, considerando um
fundo que rende 1,75% ao mês.
Solução: Os dados deste problema são:
M = 10.000
i = 1,75% ao mês
t = 2 anos (24 meses)
R=?
121
(1 + i) − 1
M=R∙
i
(1 + 0,0175) −1
10.000 = R ∙
0,0175
1,51644 − 1
10.000 = R ∙
0,0175
0,51644
10.000 = R ∙
0,0175
10.000 = R ∙ (29,51086)
10.000
R=
29,51086
R = 338,86
Assim, esta pessoa deverá depositar mensalmente $338,86 para ter $10.000,00
após dois anos.
Exemplo: Quantas prestações mensais de $500,00 devo aplicar para ter $11.707,22
considerando um fundo que rende 3% ao mês?
Solução: Os dados são os seguintes:
R = 500
M = 11.707,22
i = 3% ao mês
t=?
Substituindo na fórmula:
(1 + i) − 1
M=R∙
i
(1,03) − 1
11.707,22 = 500 ∙
0,03
11.707,22 ∙ 0,03 = 500 ∙ [(1,03) − 1]
351,2166 = 500(1,03) − 500
351,2166 + 500 = 500(1,03)
8851,2166 = 500(1,03)
851,2166
(1,03) =
500
(1,03) = 1,70243
122
Aqui, precisaremos usar novamente a propriedade dos logaritmos.
log(1,03) = log(1,70243)
t ∙ log(1,03) = log(1,70243)
log(1,70243)
t=
log(1,03)
0,23107
t=
0,01284
t ≈ 18
Assim, esta pessoa precisará aplicar 18 parcelas de $500,00 para ter o valor
pretendido.
Assim como temos uma fórmula para o cálculo do montante (valor futuro) de
uma série de pagamentos uniforme, temos também uma fórmula para o capital
(valor presente). Essa fórmula é a seguinte:
(1 + i) − 1
C=R∙ (47)
(1 + i) ∙ i
123
?
12x
R = 350
i = 4% ao mês
t = 12 meses
C=?
(1 + i) − 1
C=R∙
(1 + i) ∙ i
(1 + 0,04) − 1
C = 350 ∙
(1 + 0,04) ∙ 0,04
(1,04) − 1
C = 350 ∙
(1,04) ∙ 0,04
1,60103 − 1
C = 350 ∙
1,60103 ∙ 0,04
0,60103
C = 350 ∙
0,06404
C = 350 ∙ (9,38523)
C = 3.284,83
124
Solução: Neste caso, também há uma entrada de caixa no início da operação e,
depois, as saídas periódicas. Então, utilizaremos novamente a fórmula anterior com
os seguintes dados:
C = 50.000
i = 2,8% ao mês
t = 36 meses
R=?
Substituindo, temos:
(1 + i) − 1
C=R∙
(1 + i) ∙ i
(1 + 0,028) − 1
50.000 = R ∙
(1 + 0,028) ∙ 0,028
2,70241 − 1
50.000 = R ∙
2,70241 ∙ 0,028
1,70241
50.000 = R ∙
0,07567
50.000 = R ∙ [22,49782]
50.000
R=
22,49782
R = 2.222,44
(1 + i) − 1
M = R ∙ (1 + i) (48)
i
125
(1 + i) − 1
C = R ∙ (1 + i) ∙ (49)
(1 + i) ∙ i
Exemplo: Uma pessoa compra um aparelho de tv por $3.000,00 para ser paga em 6
prestações mensais e iguais. Sabendo que a primeira prestação é paga como
entrada e que a taxa de juros da operação é de 1,5% ao mês, qual será o valor das
prestações?
Solução: Esquematicamente, temos a seguinte situação:
3.000
? ? ? ? ?
?
C = 3.000
i = 1,5% ao mês
t = 6 meses
R=?
(1 + i) − 1
C = R ∙ (1 + i) ∙
(1 + i) ∙ i
(1 + 0,015) − 1
3.000 = R ∙ (1 + 0,015) ∙
(1 + 0,015) ∙ 0,015
126
(1,015) − 1
3.000 = R ∙ (1,015) ∙
(1,015) ∙ 0,015
0,09344
3.000 = R ∙ (1,015) ∙
1,09344 ∙ 0,015
0,09344
3.000 = R ∙ (1,015) ∙
0,01640
3.000 = R ∙ (1,015) ∙ [5,69756]
3.000 = R ∙ (5,78302)
3.000
R=
5,78302
R = 518,76
?
24x
R = 600
i = 2% ao mês
t = 24 meses
M=?
Substituindo na fórmula:
127
(1 + i) − 1
M = R ∙ (1 + i) ∙
i
(1 + 0,02) −1
M = 600 ∙ (1 + 0,02) ∙
0,02
(1,02) − 1
M = 600 ∙ (1,02) ∙
0,02
0,60844
M = 600 ∙ (1,02) ∙
0,02
M = 600 ∙ (1,02) ∙ [30,422]
M = 18.618,26
450
350
250
150
128
50
Neste caso, temos uma renda básica de $50,00 e gradiente igual a $100,00, ou
seja, R = 50 e G = 100.
G (1 + i) − 1
M= ∙ −t (50)
i i
1 G (1 + i) − 1
C= ∙ ∙ −t (51)
(1 + i) i i
Exemplo: Suponha que uma pessoa deseje realizar uma viagem dentro de 5 meses
e, para isso, resolva fazer aplicações em um fundo que rende 2% ao mês. Sabe-se
que o primeiro depósito ocorrerá ao final do primeiro mês e terá o valor de $200,00.
Os depósitos seguintes aumentarão segundo um gradiente de $50,00. Dessa forma,
quanto essa pessoa terá ao final do 5° mês?
Solução: Esquematicamente, temos a seguinte situação:
129
?
200 250
300
350
400
G = 50
R = 200
i = 2% ao mês
t = 5 meses
M=?
G (1 + i) − 1
M = ∙ −t
i i
50 (1 + 0,02) − 1
M = ∙ −5
0,02 0,02
(1,02) − 1
M = 2.500 ∙ −5
0,02
0,10408
M = 2.500 ∙ −5
0,02
M = 2.500 ∙ {[5,204] − 5}
M = 2.500 ∙ (0,204)
M = 510
130
(1 + i) − 1
M =R∙
i
(1 + 0,02) − 1
M = 200 ∙
0,02
M = 200 ∙ (5,20404)
M = 1.040,81
M = 510 + 1040,81
M = 1.550,81
G (1 + i) − 1
M= ∙ (1 + i) ∙ −t (52)
i i
G (1 + i) − 1 t
C= ∙ (1 + i) ∙ − (53)
i (1 + i) ∙ i (1 + i)
Dizemos que uma série de pagamentos é infinita quando ela tem um grande
número de pagamentos ou recebimentos durante um tempo que não é possível
especificar. Um bom exemplo são as rendas provenientes de fundos previdenciários,
aquelas que recebemos após a aposentadoria. Não é possível determinar por
quanto tempo uma pessoa aposentada receberá essa renda, podendo assim ser
considerada infinita. Imagine a situação em que uma pessoa faça uma aplicação
de $1.000,00 em um fundo que rende 3% ao mês. Essa pessoa poderá ter uma renda
mensal infinita de $30,00, uma vez que um mês depois haverá a sua disposição
$1.030,00. Se ela retirar $30,00 continuará tendo $1.000,00 que irá gerar mais $30,00 no
próximo mês e assim sucessivamente. Assim, no caso de uma série infinita
postecipada é o resultado da aplicação de uma taxa de juros por um capital onde
o número de períodos é muito grande e indeterminado. Dessa forma, o valor
periódico desta série (R) é dado por:
131
R=C∙i (54)
R
C= (55)
i
Exemplo: Se uma pessoa deseja ter uma renda infinita de $1.200,00 quanto ela deve
aplicar hoje considerando uma taxa de juros de 2,5%?
Solução: Pela fórmula do capital temos:
R
C=
i
1.200
C=
0,025
C = 48.000
R
C = (1 + i) ∙ (56)
i
132
Matemática financeira: aplicações à análise de investimentos de Carlos Patrício Samanez (2007)
você
133
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Suponha que uma pessoa deseja ter $5.000,00 para uma viagem dentro de 25
meses. Para isso, ela pretende depositar mensalmente certa quantia em um fundo
que rende 1,5% de juros ao mês. Considerando o sistema de parcelas vencidas,
qual deve ser o valor mensal depositado por ela?
a) $166,32.
b) $225,41.
c) $83,16.
d) $332,63.
e) $125,44.
a) $21.475,14.
b) $42.950,28.
c) $25.725,23.
d) $37.428,70.
e) $40.000,00.
3. Suponha que uma pessoa faça um empréstimo de $25.000,00 para ser pago em
24 prestações mensais e iguais. Sabendo que a uma taxa de juros é de 3,5% ao
mês que a operação ocorre sob o sistema de parcelas vencidas, qual será o valor
das prestações?
a) $1.041,67.
b) $2.561,32.
c) $2.000,00.
d) $2.464,25.
e) $1.556,82.
134
4. Suponha que uma pessoa compre um eletrodoméstico por $1.800,00 para ser
pago em 18 prestações mensais e iguais. Sabendo que a taxa de juros cobrada é
de 1,85% ao mês e a primeira prestação é paga como uma entrada (no momento
da compra), calcule o valor das prestações.
a) $223,41.
b) $116,33.
c) $100,00.
d) $152,00.
e) $125,45.
a) $36.187,72.
b) $40.125,87.
c) $28.800,00.
d) $43.850,00.
e) $29.380,00.
a) $851,24.
b) $983,46.
c) $750,00.
d) $728,35.
e) $568,21.
135
7. Considerando a questão anterior, qual seria o valor das prestações sob o regime
de parcelas vencidas?
a) $983,46.
b) $502,30.
c) $2.009,21.
d) $1.958,25.
e) $1.004,60.
a) 12 meses.
b) 36 meses.
c) 15 meses.
d) 18 meses.
e) 25 meses.
136
EMPRÉSTIMOS UNIDADE
Erro!
Fonte de
referênci
INTRODUÇÃO
a não
As várias modalidades de empréstimos constituem um importante instrumento
para a capitalização das empresas e, consequentemente, para o desenvolvimento
econômico de um país. Estes empréstimos podem ser de curto prazo, como capital
de giro, ou de longo prazo, como aqueles destinados a investimentos produtivos, por
exemplo. Neste contexto, a matemática financeira se apresenta como uma
importante ferramenta na operacionalização destas operações e os conteúdos vistos
até aqui serão muito úteis. Porém, precisaremos introduzir alguns novos conceitos
com o objetivo de melhor compreender essas operações e a forma como elas
acontecem na prática.
DESCONTO DE DUPLICATAS
137
é calculada sobre o valor do título e deve ser paga no momento da liberação
do crédito.
d + IOF
C = (58)
1 − (d + IOF)
Onde “CE” representa o custo efetivo e “d”, como antes, representa a taxa de
desconto da operação, considerando sempre o sistema de desconto simples.
d + IOF
C =
1 − (d + IOF)
(0,05) + (0,0246)
C =
1 − [(0,05) + (0,0246)]
0,0746
C =
0,9254
138
Obs.: Como a taxa de desconto é mensal, ela foi multiplicada por 2 para tê-la
em 60 dias. O mesmo foi feito com a alíquota de IOF que, por ser diária, foi
multiplicada por 60.
C = M − (D + IOF)
D = 30.000 ∙ 0,025 ∙ 2
D = 1.500
IOF = 30.000 ∙ 0,00041 ∙ 60
IOF = 738
C = M ∙ (1 − dt − IOFt) (59)
30.000
C = −1
27.762
NOTAS PROMISSÓRIAS
139
As notas promissórias, também chamadas de “commercial papers”, são títulos
de curto prazo emitidos com o objetivo de captar recursos para capital de giro.
Segundo Neto (2019), trata-se de “uma alternativa às operações de empréstimos
bancários convencionais, permitindo uma redução nas taxas de juros pela
eliminação da intermediação financeira bancária”. Os custos são constituídos pelos
juros pagos, comissões de demais despesas de emissão.
Exemplo: Suponha que uma empresa emita uma nota promissória com valor de
resgate de $35.000,00 e com vencimento em 3 meses. Ela oferece uma taxa de
desconto de 1,5% ao mês e os custos de emissão correspondem a 0,5% sobre o valor
de resgate. Nestas condições, qual será o valor líquido recebido pela empresa?
Solução: O valor líquido recebido será igual ao valor de resgate da nota menos o
desconto e os custos de emissão. Dessa forma, temos o seguinte:
Desconto: D = M ∙ d ∙ t
D = 35.000 ∙ 0,015 ∙ 3
D = 1.575
Custos de emissão: C = 35.000 ∙ 0,005
C = 175
Assim, o valor líquido será:
VL = 35.000 − 1.575 − 175
VL = 33.250,00
35.000
C = −1
33.250
C = 0,0526 ou 5,26% ao mês
140
captação de recursos pelas empresas, especialmente as pequenas e médias. Estas
operações não são realizadas por instituições financeiras e sim por empresas
comerciais denominadas “factors” ou “fatorizadoras”. As fatorizadoras compram as
duplicatas das empresas cedentes e passam a ser detentoras do crédito dos clientes.
Neste e em outros pontos, esta operação difere essencialmente do desconto de
duplicatas visto anteriormente. É também uma operação mais segura para as
empresas cedentes, uma vez que o risco pelo não pagamento da dívida pelo cliente
passa a ser da fatorizadora. Obviamente, este risco é considerado na operação e irá
refletir no valor pago pela fatorizadora. Este valor também dependerá de outros
fatores, de forma que a operação é realizada através da aplicação de um fator ao
valor de resgate do título de crédito que deve cobrir as despesas administrativas,
impostos e ainda proporcionar um lucro à fatorizadora. Este fator pode ser calculado
da seguinte forma:
141
C = 2,5% + 2% + 4,5%
C = 9%
0,09 0,09
Fator = =
1 − 0,01 0,99
fator
d= (61)
1 + fator
0,091
d=
1,091
d = 0,08341
C = M ∙ (1 − dt)
C = 15.000 ∙ (1 − 0,08341 ∙ 1)
C = 15.000 ∙ (0,91659)
C = 13.748,85
Valor de resgate
C = −1
Valor descontado
142
15.000
C = −1
13.748,85
C = 0,091 ou 9,1%
Como se pode ver, o custo efetivo é igual ao fator calculado anteriormente.
143
FIXANDO O CONTEÚDO
a) 0,0002%.
b) 0,06104%.
c) 0,00041%.
d) 0,035%.
e) 0,0203%.
a) $5.300,00.
b) $5.890,00.
c) $4.350,00.
d) $6.289,00.
e) $3.250,00.
a) $10.416,50.
b) $10.000,00.
c) $10.650,00.
d) $9.895,50.
e) $8.900,00.
144
4. Uma empresa emite uma nota promissória com valor de resgate de $15.000,00 e
com vencimento em 2 meses. Ela oferece uma taxa de desconto de 2% ao mês e
os custos de emissão correspondem a 0,7% sobre o valor de resgate. Sendo assim,
qual será o valor líquido recebido pela empresa?
a) $14.900,00.
b) $14.000,00.
c) $14.295,00.
d) $13.950,00.
e) $13.568,00.
a) 4,93%.
b) 3,27%.
c) 5,5%.
d) 2,75%.
e) 1,55%.
a) $3.950,00.
b) $3.800,00.
c) $4.000,00.
d) $4.250,00.
e) $2.790,00.
145
7. Imagine uma operação de fomento comercial sobre um título de $5.000,00 com
vencimento em 60 dias. Suponha que o custo do dinheiro seja 3% ao mês, as
despesas da fatorizadora representem 2,5% e sua margem de lucro seja de 5%. Se
o total de tributos representa 1%, qual será o fator da operação?
a) 0,106%.
b) 0,61%.
c) 12,45%.
d) 10,61%.
e) 11,54%.
a) $4.040,77.
b) $5.055,21.
c) $3.950,00.
d) $4.980,25.
e) $3.780,00.
146
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO UNIDADE
INTRODUÇÃO
Este sistema é também conhecido como “Tabela Price” pelo fato de ter sido
criado pelo matemático Richard Price no século XVIII e ter sido desenvolvido na
França no século seguinte.
147
financiamentos). A denominação "Sistema Frances", de acordo como
autor citado, deve-se ao fato de o mesmo ter-se efetivamente
desenvolvido na França no Século XIX (SOBRINHO, 2018, p. 138).
(1 + i) ∙ i
R=C∙ (62)
(1 + i) − 1
A=R−J (63)
(1 + i) ∙ i
R=C∙
(1 + i) − 1
(1 + 0,03) ∙ 0,03
R = 50.000 ∙
(1 + 0,03) − 1
(1,03) ∙ 0,03
R = 50.000 ∙
(1,03) − 1
0,04317
R = 50.000 ∙
0,34392
R = 50.000 ∙ (0,12552)
R = 6.276,00
148
J=i∙C
J = 0,03 ∙ 50.000
J = 1.500,00
A=R−J
A = 6.276 − 1.500
A = 4.776,00
A partir de agora, vamos representar a parcela dos juros em cada período por J1, J2, J3 e
assim sucessivamente. Da mesma forma, chamaremos de A1, A2, A3, ... a parcela de
amortização em cada período e de C1, C2, C3, ... o saldo devedor.
(1 + i) ∙ i
R=C∙
(1 + i) − 1
(1 + 0,015) ∙ 0,015
R = 35.000 ∙
(1 + 0,015) − 1
(1,015) ∙ 0,015
R = 35.000 ∙
(1,015) − 1
R = 35.000 ∙ (0,20909)
R = 7.318,13
Devemos lembrar que este valor será constante ao longo de todos os períodos.
A parcela de juros da primeira prestação será:
J = 0,015 ∙ 35.000
J = 525,00
149
A parcela da amortização também na primeira prestação será:
A = 7.318,13 − 525
A = 6.793,13
C =C−A
C = 35.000 − 6.793,13
C = 28.206,87
J =i∙C
J = 0,015 ∙ 28.206,87
J = 423,10
Amortização:
A =R−J
A = 7.318,13 − 423,10
A = 6.895,03
Saldo devedor:
C =C −A
C = 28.206,87 − 6.895,03
C = 21.311,84
150
Tabela 9: Tabela Final com os dados do financiamento
Período Prestação Juros Amortização Saldo devedor
0 - - - 35.000
1 7.318,13 525 6.793,13 28.206,87
2 7.318,13 423,10 6.895,02 21.311,85
3 7.318,13 319,68 6.998,45 14.313,40
4 7.318,13 214,70 7.103,42 7.209,98
5 7.318,13 108,15 7.209,98 0,00
Fonte: Elaborado pelo Autor (2020)
(1 + i) −1
C =R∙ (64)
(1 + i) ∙i
(1 + i) −1
C =R∙
(1 + i) ∙i
(1 + 0,015) −1
C = 7.318,13 ∙
(1 + 0,015) ∙ 0,015
(1,015) − 1
C = 7.318,13 ∙
(1,015) ∙ 0,015
C = 7.318,13 ∙ [1,955883]
C = 14.313,40
Este valor confere com aquele encontrado na tabela, como era de se esperar.
151
Solução: Primeiramente, precisamos calcular o valor das prestações.
(1 + i) ∙ i
R=C∙
(1 + i) − 1
(1,02) ∙ 0,02
R = 70.000 ∙
(1,02) −1
R = 70.000 ∙ (0,020174)
R = 1.412,18
(1 + i) −1
C =R∙
(1 + i) ∙i
(1 + 0,02) −1
C = 1.412,18 ∙
(1 + 0,02) ∙ 0,02
(1,02) −1
C = 1.412,18 ∙
(1,02) ∙ 0,02
C = 1.412,18 ∙ [45,35539]
C = 64.049.97
(1 + i) −1
J =i∙R∙ (65)
(1 + i) ∙i
A = A ∙ (1 + i) (66)
Exemplo: Considerando o exemplo anterior, qual será a parcela dos juros e a parcela
da amortização no período 120?
Solução: A parcela de juros será:
(1 + i) −1
J =i∙R∙
(1 + i) ∙i
(1,02) −1
J = 0,02 ∙ 1.412,18 ∙
(1,02) ∙ 0,02
(1,02) −1
J = 28,2436 ∙
(1,02) ∙ 0,02
152
J = 28,2436 ∙ [45,44664]
J = 1.283,58
A = R − (i ∙ C)
A = 1.412,18 − (0,02 ∙ 70.000)
A = 12,18
Assim, A será:
A = 12,18 ∙ (1,02)
A = 12,18 ∙ (1,02)
A = 128,60
C
A= (67)
t
R=J+A (68)
153
Exemplo: Suponha um financiamento de $65.000,00 a ser pago em 5 prestações
mensais a uma taxa de juros de 3% ao mês. Quais seriam os valores das prestações e
as parcelas de juros e amortização em cada período?
Solução: Calculando primeiramente o valor da amortização, temos:
C
A=
t
65.000
A=
5
A = 13.000
J = 0,03 ∙ 65.000
J = 1.950
R = 1.950 + 13.000
R = 14.950
C = 65.000 − 13.000
C = 52.000
C = A ∙ (t − n) (69)
154
O valor da parcela de juros e da prestação no período “n” pode ser calculado
através das seguintes fórmulas, respectivamente:
J = i ∙ A ∙ (t − n + 1) (70)
C
A=
t
100.000
A=
60
A = 1.666,67
C = 60.000,00
R = A ∙ [1 + i ∙ (t − n + 1)]
R = 1.666,67 ∙ [1 + 0,012 ∙ (60 − 24 + 1)]
R = 1.666,67 ∙ (1,444)
R = 2.406,67
A parcela de juros:
155
J = i ∙ A ∙ (t − n + 1)
J = 0,012 ∙ 1.666,67(60 − 24 + 1)
J = 740,00
(1 + i) ∙ i C ∙ (1 + i ∙ t) 1
R = C∙ + ∙ (72)
(1 + i) − 1 t 2
(1 + i) ∙ i 1
R = C ∙ (1 − q) ∙ + C∙q∙ +i (73)
(1 + i) − 1 t
156
C∙i
r=q∙ (74)
t
(1 + i) ∙ i 1
R = C ∙ (1 − q) ∙ + C∙q∙ +i
(1 + i) − 1 t
(1 + 0,05) ∙ 0,05 1
R = 300.0000 ∙ (1 − 0) ∙ + 300.000 ∙ 0 ∙ + 0,05
(1 + 0,05) − 1 4
(1,05) ∙ 0,05
R = 300.0000 ∙ (1) ∙
(1,05) − 1
R = 84.603,55
(1 + 0,05) ∙ 0,05 1
R = 300.0000 ∙ (1 − 1) ∙ + 300.000 ∙ 1 ∙ + 0,05
(1 + 0,05) − 1 4
(1 + 0,05) ∙ 0,05 1
R = 300.0000 ∙ (0) ∙ + 300.000 ∙ 1 ∙ + 0,05
(1 + 0,05) − 1 4
1
R = 300.000 ∙ 1 ∙ + 0,05
4
R = [300.000 ∙ (0,3)]
R = 90.000,00
Por fim, para calcular o valor da parcela no sistema misto, fazemos q = 0,5.
(1 + 0,05) ∙ 0,05 1
R = 300.0000 ∙ (1 − 0,5) ∙ + 300.000 ∙ 0,5 ∙ + 0,05
(1 + 0,05) − 1 4
(1 + 0,05) ∙ 0,05 1
R = 300.0000 ∙ (0,5) ∙ + 300.000 ∙ 0,5 ∙ + 0,05
(1 + 0,05) − 1 4
157
R = 42.301,77 + 45.000
R = 87.301,77
C∙i
r=q∙
t
300.000 ∙ 0,05
r = 0,5 ∙
4
r = 1.875
R =R −r
R = 87.301,77 − 1.875
R = 85.426,77
158
Matemática financeira: aplicações à análise de investimentos de Carlos Patrício Samanez (2007)
você encontrará mais detalhes sobre este conteúdo com muitos exemplos e exercícios. Disponível em:
https://bit.ly/3gIpQEt
FIXANDO O CONTEÚDO
a) $5.880,05.
b) $6.117,60.
c) $6.239,95.
d) $4.285,00.
e) $5.500,00.
a) $135.269,69.
b) $121.093,79.
c) $108.064,25.
d) $90.815,06.
e) $50.249,45.
159
a) $15.725,00.
b) $5.833,33.
c) $14.031,02.
d) $10.527,80.
e) $12.954,00.
a) $2.718,00.
b) $2.426,75.
c) $1.029,56.
d) $1.462,50.
e) $1.848,65.
a) $4.628,35.
b) $3.125,23.
c) $4.242,39.
d) $2.240,00.
e) $5.995,23.
a) $10.416,67.
160
b) $15.951,23.
c) $8.725,00.
d) $7.239,52.
e) $7.850,81.
a) $145.500,00.
b) $123.718,75.
c) $145.833,00.
d) $175.000,00.
e) $200.000,00.
a) $8.351,25.
b) $6.327,17.
c) $5.150,00.
d) $5.285,35.
e) $4.724,17.
161
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE UNIDADE
INVESTIMENTOS
INTRODUÇÃO
Err
Os métodos de análise de investimentos ou análise de fluxo de caixa consistem
em comparar o valor atual de vários fluxos de pagamento/recebimento futuros com
o valor do pagamento/recebimento realizado “hoje”.
FC FC FC FC
VPL = + + + ⋯+ −I (75)
(1 + i) (1 + i) (1 + i) (1 + i)
162
Esta técnica foi desenvolvida inicialmente para análise de projetos de
investimento. Neste caso, pode-se fixar uma taxa de retorno mínima desejada e
calcular, com base nela, o valor presente das receitas estimadas para os próximos
meses ou anos. Caso o valor presente líquido seja positivo, ou seja, se o valor presente
das receitas futuras for maior que o valor do investimento inicial, deve-se optar por
realizar o investimento, pois, neste caso, a taxa de retorno do investimento será maior
que a taxa mínima desejada. Dito de outra forma, se o VPL for positivo, o investimento
vale mais do que custa.
1.790.000
1.510.00
1.500.000
790.000
5.000.000
FC FC FC FC
VPL = + + + −I
(1 + i) (1 + i) (1 + i) (1 + i)
163
1.500.000 1.510.000 900.000 1.790.000
VPL = + + + − 5.000.000
(1 + 0,15) (1 + 0,15) (1 + 0,15) (1 + 0,15)
1.500.000 1.510.000 900.000 1.790.000
VPL = + + + − 5.000.000
(1,15) (1,15) (1,15) (1,15)
VPL = 1.304.347,83 + 1.141.776,94 + 591.764,61 + 1.023.438,31 − 5.000.000
VPL = 4.061.327,68 − 5.000.000
VPL = − 938.672,32 ⇒ VPL negativo
FC FC FC FC
VPL = + + + −I
(1 + i) (1 + i) (1 + i) (1 + i)
O método da taxa interna de retorno tem como objetivo encontrar uma taxa
intrínseca de rendimento em um investimento, empréstimo ou financiamento. Dito de
outra forma, a taxa interna de retorno é aquela que equaliza o valor presente de um
ou mais recebimentos futuros com o valor do investimento inicial, ou seja, é a taxa
que faz com que o VPL seja nulo. Dessa forma, a equação que nos dá a TIR pode ser
escrita da seguinte forma:
164
FC FC FC FC
I = + + + ⋯+ (76)
(1 + i) (1 + i) (1 + i) (1 + i)
FC FC FC FC
I − + + + ⋯+ =0 (77)
(1 + i) (1 + i) (1 + i) (1 + i)
5.000
4.000
3.000
10.000
Esta equação, entretanto, só pode ser resolvida por tentativa e erro (método
interativo). Para isso, devemos escolher uma taxa interna que acreditamos estar
próxima da taxa procurada. Escolheremos, por exemplo, 11%. Assim, a soma abaixo
deve ser igual a 10.000:
165
Como resultado não foi o que desejávamos, devemos tentar outra taxa. Para
que o resultado seja maior que aquele encontrado, a taxa deve ser menor.
Tentaremos, então, 9%.
Como ainda não encontramos o valor procurado, tentaremos com uma taxa
um pouco maior. Uma técnica que podemos utilizar para isso é a interpolação linear.
Como procuramos um valor entre 9% e 11%, procederemos da seguinte forma:
−2%(341,42)
x − 11% = = −1,75%
390,85
x = −1,75% + 11%
x = 9,25%
166
A rigor, a taxa ainda não é esta, devendo ser ligeiramente maior. Procedendo
com uma nova interpolação, obteremos uma taxa igual a 9,2647%. Teremos, então:
167
FIXANDO O CONTEÚDO
a) $950.000,00.
b) $455.687,51.
c) $900.000,00.
d) $2.345.728,75.
e) $2.587.325,83.
a) -$44.815,94.
b) $105.184,06.
c) $44.325,21.
d) $50.248,00.
e) -$68.429,35.
3. Suponha que uma pessoa deseja adquirir uma franquia no valor de $150.000,00. O
franqueador afirma que este investimento irá gerar receitas anuais de $50.000,00
no primeiro ano, $55.000,00 no segundo ano, $60.000,00 no terceiro ano, $75.000,00
no quarto ano e $65.000,00 no quinto ano. Calcule o valor presente líquido deste
investimento considerando uma taxa de juros de 12% ao ano.
a) $106.745,60.
b) $43.254,40.
c) -$52.487,20.
168
d) -$106.745,60.
e) $65.741,94.
a) -$7.918,14.
b) -$142.081,86.
c) $7.918,14.
d) $142.081,86.
e) -$2.156,15.
a) -$6.074,04.
b) -$126.074,04.
c) $126.074,04.
d) $6.074,04.
e) $12.274,04.
a) 15,25%.
b) 12,38%.
c) 18,53%.
d) 14,28%.
e) 10,5%.
169
7. Calcule a taxa interna de retorno de um investimento de $200.000,00 que gerará
receitas de $90.000,00 no primeiro ano, $75.000,00 no segundo ano e $80.000,00 no
terceiro ano.
a) 15,5%.
b) 22,15%.
c) 9,25%.
d) 11,13%.
e) 8,75%.
8. Uma pessoa deseja comprar uma franquia por $320.000,00. Sabendo que tal
franquia irá gerar uma receita de $110.000,00 por ano nos primeiros cinco anos,
calcule a taxa interna de retorno deste investimento.
a) 15,3512%.
b) 10,2708%.
c) 12,2561%.
d) 13,7854%.
e) 14,2356%.
170
RESPOSTAS FIXANDO CONTEÚDO
UNIDADE 01 UNIDADE 02
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 A
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 A QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 C
UNIDADE 03 UNIDADE 04
QUESTÃO 1 A QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 A QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 C QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 E
QUESTÃO 8 A QUESTÃO 8 B
UNIDADE 05 UNIDADE 06
QUESTÃO 1 A QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 A QUESTÃO 4 A
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 B
QUESTÃO 7 E QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 E
UNIDADE 07 UNIDADE 08
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 A QUESTÃO 7 E
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 C
171
UNIDADE 09 UNIDADE 10
QUESTÃO 1 A QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 E QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 C
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 B
QUESTÃO 7 E QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 C QUESTÃO 8 A
UNIDADE 11 UNIDADE 12
QUESTÃO 1 A QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 C QUESTÃO 3 E
QUESTÃO 4 E QUESTÃO 4 A
QUESTÃO 5 C QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 B
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 B
172
REFERÊNCIAS
MORETTIN, P. A.; BUSSAB, W. D. O. Estatística Básica. 6. ed. rev. e atual. São Paulo:
Saraiva, 2010.
NETO, A. A. Matemática financeira e suas aplicações. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
173