Apostila de Classificação
Apostila de Classificação
Apostila de Classificação
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MGG
Classificação
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade
Gestor do SENAI
Petronio Machado Zica
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Classificação
Sumário
2- Tipos de Equipamentos......................................................................................................... 14
2.1- Classificadores............................................................................................................... 14
2.2- Peneiras ......................................................................................................................... 20
2.3- Ciclones ......................................................................................................................... 45
3- Referências Bibliográficas .................................................................................................... 58
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Classificação
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade,
responder às suas demandas de informações e construir links entre os diversos
conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
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Classificação
1- Introdução e Princípios
A classificação e o peneiramento têm como objetivo comum, a separação de um
material em duas ou mais frações, com partículas de tamanhos distintos.
FUNDAMENTOS DA CLASSIFICAÇÃO
Quando uma partícula cai livremente no vácuo, ela está sujeita a uma aceleração
constante e sua velocidade aumenta indefinidamente, qualquer que seja seu tamanho
ou densidade. Se, contudo, a partícula cai em um outro meio que não o vácuo, este
oferece uma resistência ao seu movimento, a qual aumenta em razão direta com a
velocidade, até atingir um valor constante. Quando as duas forças que atuam na
partícula (gravitacional e de resistência do fluido) se tornam iguais, a partícula atinge
uma velocidade denominada terminal e passa a ter uma queda com velocidade
constante.
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Classificação
undersize oversize
100%
0% overflow underflow
corte
Figura 1 – Classificação das partículas
Fonte: Tratamento de Minério: Classificação e Peneiramento – Cap. 5.
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Classificação
undersize oversize
100%
Eficiência
Corte
by pass
0%
overflow underflow
Figura 2 – Classificação das partículas
Fonte: Tratamento de Minério: Classificação e Peneiramento – Cap. 5.
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Classificação
onde:
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Classificação
A força de resistência na sedimentação em queda livre é calculada com base nas leis
de Stokes e Newton, respectivamente para os regimes laminar e turbulento.
Para o caso de partículas grossas (> 5 mm), o regime passa a ser turbulento, e a lei de
Newton substitui a de Stokes.
onde:
Q = coeficiente de resistência.
Substituindo-se [5.8] em [5.2] tem-se a seguinte expressão para velocidade terminal.
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Classificação
onde:
k1 e k2 = constantes,
ds - df = densidade efetiva de uma partícula de densidade ds em um fluido de densidade
df .
Essas leis mostram que a velocidade terminal da partícula, em um dado fluido, é função
apenas do tamanho e da densidade da partícula, concluindo-se, portanto que:
• Se duas partículas têm a mesma densidade, a partícula com maior tamanho terá
maior velocidade terminal;
• Se duas partículas têm o mesmo tamanho, a partícula mais densa terá maior
velocidade terminal.
Considere duas partículas minerais de densidades (da) e (do) e diâmetros (Da) e (Do)
respectivamente, caindo em um meio fluido de densidade df, a uma mesma taxa de
sedimentação. Suas velocidades terminais devem ser as mesmas e tem-se pela
aplicação direta das leis de Newton e Stokes que:
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Classificação
onde:
Da e Do = diâmetros das partículas a e b respectivamente;
da e do = densidades das partículas a e b respectivamente;
condição : (do > da)
Essa razão de sedimentação é sempre maior do que a em queda livre, e quanto mais
densa a polpa, maior será a razão do diâmetro de partículas com velocidades terminais
de sedimentação idênticas.
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Classificação
A comparação entre as quedas livre e impedida pode ser feita de maneira mais clara.
Supondo-se que se tenha cinco pares de partículas esféricas de quartzo(dQ=2,65) e
galena (dG=7,5) de 10, 20, 30, 40 e 50 mm de diâmetro e outros cinco pares das
mesmas espécies de 0,1; 0,2; 0,3; 0,4 e 0,5 mm de diâmetro em queda livre na água e
depois em queda impedida em uma suspensão de partículas muito finas de quartzo em
água com 40% de sólidos e 60% de água (em volume) ou seja, com a seguinte
densidade:
dp = (2,65 x 0,40) + (1,0 x 0,60) = 1,66
Para que as esferas grossas de quartzo e galena tenham a mesma velocidade terminal
em quedas livre e retardada, a razão de sedimentação (z) será igual a 3,94 e 5,90,
enquanto que para partículas finas esta razão será de 1,98 e 2,43, respectivamente.
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Classificação
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Classificação
2- Tipos de Equipamentos
2.1- Classificadores
Os classificadores podem ser divididos em vários grupos dependendo do mecanismo,
do fluido utilizado, etc, conforme é apresentado na figura 4.
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Classificação
Classificadores Horizontais
Os classificadores horizontais são essencialmente do tipo sedimentação em "queda
livre" e têm acentuada utilização quando se pretende uma separação apenas por
tamanho. Estes classificadores são divididos em: cones de sedimentação,
classificadores mecânicos e classificadores espirais.
Cone de Sedimentação
Este tipo de classificador é o mais simples, sendo utilizado praticamente na separação
de sólidos e líquidos, ou seja, como unidades desaguadoras em operações de pequena
escala. É usado também na deslamagem de minérios.
Classificadores Mecânicos
Os classificadores mecânicos têm seu uso difundido em operações de circuito fechado
de moagem e na classificação de produtos de usinas de lavagem de minérios.
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Classificação
Classificador Espiral
Os classificadores espirais (Figura 10) são os mais utilizados em instalações de
pequena capacidade, estando o seu campo de aplicação restrito a uma faixa
granulométrica entre 0,833 a 0,074 mm. Sua utilização em instalações de grande porte
perde para os hidrociclones, devido a maior capacidade e versatilidade destes.
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Classificação
Para se obter uma classificação mais fina, a velocidade de revolvimento ou arraste deve
ser pequena e a inclinação da calha a menor possível, pois com isso se obtém um
tanque de sedimentação com maior volume, o que permite um tempo de sedimentação
maior. Para classificação mais grossa, o procedimento é oposto ao acima citado. O
parâmetro mais importante é a diluição da polpa. Quando se opera em circuitos
fechados com moinhos de bolas, os produtos de moagem dificilmente apresentam
menos de 65% em peso de sólidos, enquanto que os classificadores espirais não
operam com mais de 50%. Nesse caso a água necessária para diluição da polpa é
adicionada no lavador da alimentação. O aumento na diluição reduz a densidade do
transbordo aumenta a sedimentação em "queda livre".
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Classificação
As partículas mais grossas ou mais pesadas afundam para a zona B, onde são
arrastadas pelo espiral.
As partículas mais finas ou mais leve não têm massa suficiente para atravessar a zona
C e acabam sendo devolvidas para a zona D onde são arrastadas pela corrente
horizontal para o Over Flow.
Variáveis do processo
Altura do vertedouro de over flow
Se a espiral estiver girando imersa na polpa, esta fica mais calma, se estiver
parcialmente imersa, a polpa fica, portanto mais agitada.
Vertedouro mais alto – corte mais fino
Vertedouro mais baixo – corte mais grosso
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Classificação
Porcentagem de Sólido
No processo de classificação em classificadores espirais, a % de sólidos é uma variável
que interfere no corte.
O controle é feito pele diluição da polpa do over flow, apesar de que para alterar esse
controle tem –se que atuar na repolpagem da alimentação .
% sólidos mais alto – corte mais grosso
% sólidos mais baixa – corte mais fino
Rotação da Espiral
• Esta variável normalmente é definida no projeto.
• Conforme se aumenta a rotação da espiral, aumenta-se a agitação da polpa e o
corte tende a ficar mais grosso
• Se reduz a rotação da espiral, a polpa fica mais calma e tende-se a afinar o corte
Inclinação do Classificador
É outra variável que interfere no corte do classificador, mas que também já vem definida
de projeto.
2.2- Peneiras
Entende-se por peneiramento, a separação de um material em duas ou mais classes,
estando estas limitadas uma superior e outra inferiormente. As que passam são
denominadas como “undersize” e o material retido é denominado “oversize.
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Classificação
A úmido, o peneiramento industrial é normalmente aplicado para até 0,4 mm, mas
recentemente tem sido possível peneirar partículas mais finas, da ordem de 50 µm.
Escalas Granulométricas
A determinação das faixas de tamanho das partículas é feita por meio de uma série de
aberturas de peneiras que mantém entre si uma relação constante.
Uma segunda escala foi sugerida por Richards, Estados Unidos, que seguiu a mesma
equação de Rittinger, sendo que adotou como razão de escala . Esta
escala foi tomada como padrão pelo Governo Americano.
As aberturas das peneiras para as duas escalas (Tyler e Richards) foram relacionadas
ao número de malhas (mesh) que representa o número de aberturas de uma mesma
dimensão contido num comprimento de 25,4 mm.
A escala ISO (International Standard Opening) adotou como abertura de referência (ao)
1 mm, que corresponde a 18 malhas (mesh), e como razão de escala
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Classificação
• peneiras fixas: as peneiras fixas DSM (Figura 14) introduzidas pela Dutch State
Mines, são utilizadas para desaguamento de suspensões e para uma separação
precisa de suspensões de partículas finas. Recentemente, vêm sendo
empregadas em circuito fechado de moagem quando a granulometria do produto
é grossa e no peneiramento a úmido de materiais finos até 50 µm. Esta
compreende uma base curva formada por fios paralelos entre si, formando um
ângulo de 90° com a alimentação. A alimentação é feita por bombeamento na
parte superior da peneira sendo distribuída ao longo de toda a extensão da
peneira. Partículas com tamanho de aproximadamente a metade da distância do
espaço entre fios passam pela superfície da peneira. O diâmetro de corte
depende da percentagem de sólido da polpa, o que faz com que esse parâmetro
tenha que ser bem controlado para que se possa obter um rendimento adequado
da peneira. O peneiramento tende a concentrar nos finos os minerais mais
densos, ao contrário do que ocorre com outros classificadores.
• Possuem uma elevada capacidade de produção, podendo-se utilizar como um
valor médio para pré-dimensionamento, 100 m3/h por metro de largura de leito
para abertura de 1,0 a 1,5 mm.
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Classificação
Atualmente, são substituídos, parcialmente, por peneiras vibratórias que têm maior
capacidade e eficiência, mas ainda são muito utilizados em lavagem e classificação de
cascalhos e areias (Figura 16).
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Classificação
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Classificação
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Classificação
Tipos de Peneiras
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Classificação
A grande vantagem das peneiras tipo banana está nas aplicações onde o material
contém alta quantidade de finos, condição na qual existe um ganho significativo de
capacidade em relação às peneiras convencionais. O ganho relativo, comparado com
as peneiras inclinadas convencionais, depende da quantidade de finos presentes na
alimentação. Considera-se que, com a alimentação contendo menos de 30% de fração
passante, não existem ganhos no uso da peneira banana. Porém, podem ter a
capacidade dobrada quando existe grande quantidade de finos, como no caso de
minério de ferro. Nas aplicações onde a quantidade de finos é baixa, caso típico de
repeneiramento, o uso de peneira tipo banana é conceitualmente incorreto.
% Passante 40 50 60 70 80
% Ganho 10 25 40 50 60
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Classificação
Para se obter o máximo de rendimento das peneiras tipo banana, é fundamental que se
faça uma alimentação bem distribuída. Caso contrário, em função da alta velocidade,
uma boa parte da área de peneiramento é perdida. O uso de aberturas retangulares no
sentido do fluxo, com relação comprimento/largura escalonada ao longo da peneira,
também é prática importante para maximizar o rendimento.
A série CBS (Metso) para aplicação no setor de agregados, que consiste em peneiras
com perfil banana moderado, com inclinação inicial de 25 e final de 16. Mesmo tendo
perfil banana bastante moderado, existe um significativo ganho de capacidade e, em
função do maior ângulo final, foi possível usar-se o movimento circular, simplificando o
acionamento e mantendo características favoráveis de peneiras com movimento
circular.
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Classificação
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Classificação
Figura 25 – Peneira XB
Fonte: Nordberg
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Classificação
Peneiras modulares: Usado em peneiras com tamanhos iguais ou superiores a 8’x 20’
(2,4x6,0m), o conceito já está amplamente testado e aprovado em centenas de
peneiras em operação. Baseia-se em seccionar a peneira ao meio no sentido
transversal, formando dois módulos. Para efeito de processo, as duas secções
trabalham como se fossem uma única peneira. Porém, para efeito mecânico, trabalham
como duas peneiras independentes. O grande benefício desta concepção é a
possibilidade de produzir peneiras de grande porte com peso reduzido, sem perder a
robustez estrutural.
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Classificação
Assim, como nas peneiras tipo banana, é necessária grande atenção para alimentação
bem distribuída. O modo mais recomendável quando se alimenta uma única peneira por
meio de um transportador de correia é utilizar um chute de alimentação da peneira
bifurcada ou trifurcada. No caso de alimentação de mais de uma peneira, torna-se
quase obrigatório o uso de silo e alimentador. Os alimentadores recomendados são de
correia e vibratórios, disponíveis em larguras compatíveis com as peneiras de grande
porte.
Nas grandes pedreiras é comum o uso, em paralelo, de duas peneiras de porte médio.
Neste caso, necessita-se de mais transportadores de correia, ao passo que, com o uso
de uma única peneira de grande porte, consegue-se obter um lay-out limpo, com menor
quantidade de equipamentos.
Telas
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Classificação
Recursos de fabricação
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Classificação
Figura 29 – Strain-Gage
Fonte: Metso
Instrumentação e controle
Sem dúvida, tiveram grande avanço verificado nos últimos anos, contribuindo para o
aumento de disponibilidade e possibilitando até monitorar a qualidade do produto. O
seu uso é cada vez maior, especialmente nas peneiras de grande porte.
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Classificação
Eficiência de Peneiramento
Em peneiramento industrial a palavra eficiência é empregada para expressar a
avaliação do desempenho da operação de peneiramento, em relação a separação
granulométrica ideal desejada, ou seja, a eficiência de peneiramento é definida como a
relação entre a quantidade de partículas mais finas que a abertura da tela de
peneiramento e que passam por ela e a quantidade delas presente na alimentação.
onde:
E = eficiência; P = passante (t/h); A = alimentação (t/h);
a = percentagem de material menor que a malha da alimentação.
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Classificação
Para uma grelha, onde se tem apenas o afastamento livre entre as barras, este
determina o tamanho máximo da menor dimensão da partícula que atravessa as barras
paralelas.
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Classificação
A seleção das peneiras deve ser feita em função das características do material e do
tipo de serviço a que ela irá se prestar.
Dimensionar os equipamentos significa calcular as dimensões das suas superfícies em
função da capacidade requerida, ou seja, da quantidade de material com características
e condições determinadas que deve passar pelo equipamento por um tempo
determinado (hora). No caso das peneiras, duas condições independentes devem ser
atendidas; área da tela e espessura do leito.
Área Total
A área total "A" pode ser definida por:
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Classificação
b) Fatores modificadores
Existem muitas variáveis e inter-relações entre essas variáveis que afetam o
peneiramento de um dado material, mas aqui só serão avaliadas aquelas que afetam
de maneira significativa o cálculo do tamanho de peneiras para minérios.
É importante lembrar que para um determinado deque, o fator de finos sempre será
calculado em relação à alimentação desse deque.
onde:
E = eficiência; P = passante (t/h); A = alimentação (t/h);
a = percentagem de material na alimentação menor que a abertura considerada.
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Classificação
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Classificação
Quando se tem uma área de superfície aberta diferente daquele padrão apresentado no
gráfico, deve-se inserir um fator de correção que é obtido pela razão da área da
superfície aberta usada em relação à padrão.
Como exemplo, se for usado para uma separação em 2,54 cm, um deck, com 36% de
superfície aberta, o fator será 0,62 (36/58) e se ao contrário for usado para mesma
abertura, um deque com superfície aberta de 72% o fator será 1,24 (72/58).
Segundo Mular, o volume de água recomendado é de 18,92 a 31,53 m3/s para 0,765
m3 de material alimentado. A tabela abaixo apresenta os valores dos fatores de acordo
com as aberturas.
Exemplos
Para ilustrar o procedimento de determinação destes fatores de dimensionamento de
peneiras, são apresentados os seguintes exemplos.
a) Circuito aberto (Figura 31)
Dados de alimentação:
vazão: 300t/h de minério de ferro; densidade aparente: 2082kg/m3; umidade: 8%;
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Classificação
O próximo passo será selecionar uma peneira padrão com uma área de 8,74 m2,
mantendo-se uma razão comprimento/largura de 2:1 para que haja um peneiramento
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Classificação
eficaz. Assim, por tentativa tem-se uma peneira de 1,83 m x 4,87 m com uma área total
de 8,91 m2.
Um outro ponto importante é a espessura do leito de material que passa no deque. Este
deve ser controlado para se ter certeza de que está dentro dos limites aceitáveis. A
recomendação para um peneiramento efetivo é a de que o leito no final do deque não
seja de 12,7 mm, a espessura do leito não deve ser superior a 50,8 mm.
Para determinar a espessura do leito, utiliza-se a Figura 5.21 que fornece a vazão de
minério para cada centímetro de altura do leito em função da largura da peneira e do
peso específico do minério para um ângulo de inclinação de 18°.
No caso do exemplo, tem-se que para uma largura de peneira de 1,83 m, a quantidade
de material para cada centímetro de altura do leito é de 46 t/h. Para uma vazão de 105
t/h que atravessa o deque, a espessura do leito é de 22,8 mm , valor esse que está
abaixo do máximo recomendado que é de 50,8 mm.
Para outros ângulos de inclinação da peneira, a vazão de minério (kg/s) para cada
centímetro de altura de leito é obtida com a multiplicação do valor encontrado para a
inclinação de 18° (Figura 32) pelo fator mostrado na tabela.
Quando se estiver trabalhando com mais de um deque, será importante lembrar que
cada deque deve ser tratado individualmente.
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Classificação
A carga circulante pode ser determinada de várias maneiras mas o método que se
segue é direto e lógico ).
Solução:
O primeiro passo é assumir uma eficiência de peneiramento. Uma eficiência mais alta
implica em uma peneira maior, mas numa carga circulante menor. Isso pode ser uma
vantagem, pois o custo de um britador é sempre bem superior ao de uma peneira,
mesmo quando comparados os seus respectivos tamanhos. Assim, será assumido uma
eficiência de 95%.
Baseado nesta eficiência, a alimentação da peneira deverá conter 210,5 t/h (200/0,95)
de material abaixo de 12,7 mm para que a vazão de passante seja de 200 t/h.
Da análise granulométrica sabe-se que a alimentação inicial (Al) contém 130 t/h (0,65 x
200) de material abaixo de 12,7 mm. Sendo assim, o britador deverá produzir então
80,5 t/h.
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Classificação
Se for usado um britador giratório para 12,7 mm que produz 75% de material abaixo de
12,7 mm na descarga(15), então sua alimentação terá que ser de 107,3 t/h para
produzir 80,5 t/h de material menos 12, 7 mm.
Assim, a carga circulante (c.c.) de 107,3 t/h mais a alimentação inicial de 200 t/h
fornece a alimentação total que é então de 307,3 t/h.
Calculada a carga circulante, o próximo passo será selecionar a área da peneira a ser
usada através do método mencionado anteriormente,tomando como base 307,3 t/h de
material alimentado e uma análise granulométrica obtida pela combinação proporcional
da alimentação inicial e da análise da descarga do britador.
2.3- Ciclones
Conceito
Caracteriza-se por usar a força centrífuga como agente principal da separação de
partículas de tamanho e densidade diferentes em um meio fluído.
Princípio de funcionamento
O ciclone é um equipamento que transforma a energia potencial do fluxo de
alimentação (pressão) em energia cinética (movimento).
Ao chegar junto às paredes, elas entram em contato com as mesmas, sofrem a ação do
atrito e perdem a velocidade, sendo arrastadas para baixo sob a ação da gravidade e
descarregadas com o underflow.
Ao descarregar pelo apex, as partículas têm que atravessar o orifício por onde o ar é
aspirado para dentro do ciclone (é a base da região do vortex ascendente).
45
Classificação
Há então a chance das partículas mais finas, que tenham sido aprisionadas por
partículas mais grosseiras e empurradas em direção ao underflow, se soltarem e se
dirigirem para o overflow.
Da mesma forma que partículas muito finas, que foram arrastadas pela águas, terem a
última chance de retomarem o caminho correto.
Hidrociclones
Os hidrociclones, como os classificadores mecânicos, têm a sua maior aplicação em
circuitos fechados de moagem, diferindo desses últimos pela maior capacidade. O
princípio básico de separação empregado nos hidrociclones é a sedimentação
centrífuga. O desempenho desses é influenciado por suas dimensões, pelas variáveis
operacionais e pelas propriedades físicas dos sólidos e da polpa alimentada.
46
Classificação
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Classificação
Diâmetro do Hidrociclone
Define a capacidade e o diâmetro de corte dos hidrociclones. Aumentando o diâmetro,
aumentam a capacidade do hidrociclone e o diâmetro de corte.
Diâmetro do ápex
Dependendo do tipo de descarga do ápex, podem-se avaliar as condições de operação
do hidrociclone. Na Figura 36 são mostrados três tipos de descarga.
• descarga em cordão: o diâmetro do ápex é insuficiente. Com isso, partículas
grossas dirigem-se para o overflow. Pode ser usado intencionalmente quando se
deseja adensar e não classificar;
• descarga em cone: operação normal;
• descarga em pulverizador (spray): o diâmetro do ápex é maior que o
recomendável. As partículas finas dirigem-se para o underflow.
48
Classificação
Pressão
Aumentando a pressão, diminui o diâmetro de corte.
Percentagem de Sólidos
Aumentando a percentagem de sólidos na polpa, o diâmetro de corte aumenta até um
determinado limite e depois, diminui.
49
Classificação
Outro tipo de curva de partição é a denominada curva padrão de partição proposta por
Lynch e Rao, que por meio de inúmeras investigações mostraram que esta curva para
um dado material, independe do tamanho do hidrociclone, do vortex finder, do apex e
das condições operacionais. Com isto, é possível determinar uma curva padrão de
partição de um material em um hidrociclone de pequenas dimensões (laboratório) e
prever resultados em escala industrial.
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Classificação
Quanto maior o valor de (α), mais eficiente é a separação. O valor mais comum para (α)
é em torno de 4.
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Classificação
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Classificação
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Classificação
Diâmetros Existentes:
Diâmetro 26” - Convencional e fundo plano
Diâmetro 20” - Convencional e fundo plano
Diâmetro 15” - Convencional
Diâmetro 12” - Convencional
Diâmetro 10” - Convencional
Diâmetro 6” - Convencional
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Classificação
CUIDADOS OPERACIONAIS:
Ciclones de classificação:
Volume suficiente para não entupir a caixa de underflow e ter um peneiramento
eficiente, observando a densidade da alimentação.
Ciclones de reclassificação:
Volume de água suficiente para não entupir a caixa de underflow e ter um peneiramento
eficiente.
Ciclone de desaguamento:
Volume de água suficiente para não entupir a caixa, observando para não provocar a
diluição de alimentação.
Ciclone de deslamagem:
Volume de água suficiente para não entupir a caixa, observando a diluição.
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Classificação
Medidor de vazão:
É o medidor que indica a vazão de alimentação dos ciclones.
Medidor de densidade:
É o instrumento que mede a densidade de polpa na alimentação dos ciclones .
Os valores de densidade estão disponíveis nos visores locais e nos terminais da sala
de controle.
Medidor de Pressão:
É o instrumento que mede a pressão de entrada no distribuidor de alimentação dos
ciclones.
As faixas de trabalho dos ciclones variam conforme a sua função no processo.
Classificação: 0,8 a 1,0 kg/cm2
Reclassificação: 1,5 kg/ cm2
Deslamagem: 2,0 kg/ cm2
Balança Marcy:
Na falta de informação de densidade pelo instrumento o operador deverá fazer a
medida através da balança Marcy, coletando a amostra no recipiente padrão ( 1000ml )
e colocando na balança. A leitura da densidade deve ser feita na faixa branca externa.
Proveta:
Para o método da proveta, o operador coleta uma amostra na proveta e leva até uma
balança de precisão.
Calcula-se a densidade pela seguinte fórmula: D = M
V
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Classificação
Loop de controle:
Partição em massa:
É a percentagem de massa que vai para o underflow.
Curva de partição:
É a curva granulométrica que determina a distribuição das partículas para o underflow
em uma determinada faixa granulométrica (% Partículas indesejáveis, ineficiência da
classificação).
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Classificação
3- Referências Bibliográficas
CARRISSO, Regina Coeli C.; CORREIA, Júlio César G. Tratamento de Minério:
Classificação e Peneiramento – Cap. 5. Rio de Janeiro: CETEM, 2004.
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