O documento discute como Zygmunt Bauman caracterizou a modernidade como "líquida" em contraste com a modernidade inicial "sólida". Ele também explora como Jean-Jacques Rousseau antecipou esses conceitos no século 18 ao descrever a vida moderna como instável e fluída. A modernidade inicial foi definida por valores e estruturas sociais sólidas, mas a revolução industrial, a internet e a velocidade da informação trouxeram mais fluidez e instabilidade às relações e identidades modernas.
O documento discute como Zygmunt Bauman caracterizou a modernidade como "líquida" em contraste com a modernidade inicial "sólida". Ele também explora como Jean-Jacques Rousseau antecipou esses conceitos no século 18 ao descrever a vida moderna como instável e fluída. A modernidade inicial foi definida por valores e estruturas sociais sólidas, mas a revolução industrial, a internet e a velocidade da informação trouxeram mais fluidez e instabilidade às relações e identidades modernas.
O documento discute como Zygmunt Bauman caracterizou a modernidade como "líquida" em contraste com a modernidade inicial "sólida". Ele também explora como Jean-Jacques Rousseau antecipou esses conceitos no século 18 ao descrever a vida moderna como instável e fluída. A modernidade inicial foi definida por valores e estruturas sociais sólidas, mas a revolução industrial, a internet e a velocidade da informação trouxeram mais fluidez e instabilidade às relações e identidades modernas.
O documento discute como Zygmunt Bauman caracterizou a modernidade como "líquida" em contraste com a modernidade inicial "sólida". Ele também explora como Jean-Jacques Rousseau antecipou esses conceitos no século 18 ao descrever a vida moderna como instável e fluída. A modernidade inicial foi definida por valores e estruturas sociais sólidas, mas a revolução industrial, a internet e a velocidade da informação trouxeram mais fluidez e instabilidade às relações e identidades modernas.
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O sólido e o líquido: As eras da Modernidade
Em Modernidade Líquida (2001), Zygmunt Bauman (1925-2017), acunha o termo
“liquidez” para atrelar o conceito de maleabilidade, transformação, fluidez apresentada pelos líquidos como metáfora que caracteriza a modernidade. Ao fazê-lo, Bauman realiza uma comparação entre a liquidez dessa modernidade à solidez do início da era moderna, em que, os valores, ideologias, ideias eram muito mais fixas. Já os líquidos fluem, não se atém ao tempo, se transmutam, dificilmente mantém-se em uma forma, características que o autor utiliza para descrever o século XXI.
O conceito “líquido” e “sólido” que Bauman apresenta para caracterizar a
Modernidade no fim do século XX e no começo do século XXI já começam a ser traçados no século XVIII, presentem no romance A Nova Heloísa (1761) de Jean- Jacques Rousseau, segundo Marshall Berman, em Tudo que é sólido se desmancha (2007). Em sua jornada do campo para cidade em busca da amada, arquétipo comum no século XVIIi com a ascensão do romance, o protagonista Saint-Preux “experimenta a vida metropolitana como ‘uma permanente colisão de grupos e conluios, um contínuo fluxo e refluxo de opiniões conflitivas.’” (BERMAN, 2007, p. 16). Para Berman (2007, p. 18), Saint-Preux “[...] reafirma sua intenção de manter-se fiel ao primeiro amor, não obstante receie, como ele mesmo o diz: ‘Eu não sei, a cada dia, o que vou amar no dia seguinte’. Sonha desesperadamente com algo sólido a que se apegar[...]” representando o conflito das relações modernas, entre o que é duradouro e passageiro, entre o que é profundo e rígido e o que é leve e fluído, entre o que é sólido e líquido.
Quando Bauman cunha o estágio sólido da era moderna, se refere à formação
dos Estados-Nação, em que a unidade social tinha como princípio a defesa de um território, da formação de uma identidade nacional, caracterizados por valores sociais, religiosos, linguísticos etc. A Revolução Francesa ressignifica o público e o privado, logo, o que é social e individual. A família, o trabalho, a vida social até então seguiam determinadas estruturas sólidas, inquestionáveis. A Revolução Industrial traz a mudança de paisagem, o avanço tecnológico-científico, o surgimento da imprensa que trariam a sociedade um otimismo em relação ao futuro, como relata Bauman (2016) em sua entrevista para Fronteiras. No século XXI, não é possível negar a importância dos avanços tecnológicos, principalmente o advento da Internet, principalmente para as relações sociais. O mundo que no século XV se “globaliza” através das grandes navegações é transformado pelas modificações que as novas possibilidades tecnológicas apresentam ao encurtar o espaço-tempo, em que a velocidade que se tem acesso à informação se opõe ao tempo necessário para transforma essa informação em conhecimento.
Referências
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da
modernidade. São Paulo: Companhia das Letras de Bolso, 2007.
LINS, M. A fluidez do mundo líquido de Zygmunt Bauman. Milênio/Globonews,