4 - Práticas Do Planejamento Escolar PDF
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Introdução
Vamos planejar?
Assista à entrevista concedida pela professora Nilda Alves sobre planejamento
e cotidiano escolar.
Sabemos que, por mais que planejemos uma aula, ela nunca ocorrerá
exatamente como o programado, já que é modificada pela interação dos
estudantes. Então, por que planejamos? O planejamento anual de uma escola é
marcado por constante demandas e reorientações, sendo assim, por que
planejar?
Essas reflexões não têm respostas prontas. Elas devem fazer parte do seu
cotidiano como docente. Nesse sentido, é fundamental que você, como futuro
docente, independentemente do segmento e da forma como vai atuar,
compreenda as discussões que existem em relação ao planejamento na escola.
o Medir
o Executar
o Calcular
o Atingir
o Metrificar
o Organizar
o Avaliar
o Estruturar
o Investir
o Resultado
o Aluno
o Professores
o Direção
Existem muitas variáveis. O que pensamos, normalmente, é por que e para quem
planejamos. Esses objetivos são fundamentais. Ao planejarmos, devemos ter em
mente a finalidade e os envolvidos.
Planejamento no cotidiano
Ou seja, o planejamento está presente em nossa vida desde a hora em que
acordamos e tomamos nossas decisões: tomar café da manhã ou não? Como
chegar ao trabalho? Como organizar uma viagem, uma festa ou um encontro
com os amigos? Todas essas escolhas fazem parte do nosso planejamento
cotidiano, que nasce de um desejo, de uma intenção, de uma possibilidade ou
necessidade. Esperamos tomar as decisões mais acertadas mesmo sabendo
que há uma imprevisibilidade no dia a dia que nem sempre nos permite realizar
nossas tarefas da forma como planejamos. Mas queremos alcançar nossos
objetivos e, mesmo sem termos consciência, isso faz parte do ato de planejar.
Primeira Fase
Segunda Fase
Terceira Fase
Ainda segundo o autor, a vertente crítica, que ele denomina de segunda vertente,
exige que os docentes busquem compreender o que é a escola também de fora
dela, isto é, considerá-la como uma instituição inserida em um contexto social
mais amplo.
Vasconcellos (2000) nos ajuda a pensar nesse planejamento, que deve ser
compreendido como um instrumento capaz de intervir em uma situação real para
transformá-la. É uma mediação teórico-metodológica para uma ação intencional,
que tem como objetivo fazer algo acontecer. Para isso, é importante e necessário
estabelecer, além de condições materiais, uma disposição interior, buscando
prever o desenvolvimento da ação desejada no tempo e no espaço. Caso o
planejamento não seja formulado, ocorrerá o trabalho a partir de improvisações
e sob pressão.
Como marco dessa fase, apontamos o desafio proposto por Vera Candau: a
superação de uma didática exclusivamente instrumental. A autora apresentou a
construção de uma didática fundamental, que estaria articulada à problemática
da educação na sociedade. Essa proposta representou um amplo movimento de
reação à didática marcada pela ideia de neutralidade.
O planejamento educacional pode ser dividido em três fases. Podemos afirmar que a
segunda fase, de caráter técnico-instrumental, é aquela que
Questão 2
Os planos
Libâneo (1994) aponta que há planos em, pelo menos, três níveis: o plano da
escola, o plano de ensino e o plano de aula.
Plano de escola
Plano de ensino
Plano de aula
O quê?
Conteúdo de cada área do conhecimento.
Como?
Metodologias de ensino e práticas avaliativas.
Por quê?
O direito à apropriação do conhecimento produzido historicamente.
Para quê?
A socialização e apropriação dos conteúdos constituem um compromisso com a
emancipação das camadas populares.
Para quem?
Sujeito histórico-social construído nas determinações das relações de classe.
Plano de ensino X Plano de aula
Plano de curso
O plano de curso — ou plano de ensino, como nos apresenta Libâneo (1994) —
é um instrumento de trabalho que possui o objetivo de referenciar os conteúdos,
as metodologias, os procedimentos e as técnicas a serem utilizadas no processo
de ensino-aprendizagem concernente às unidades escolares, sejam estas de
ensino fundamental e médio, instituições de ensino superior e cursos técnicos
de qualquer nível.
Objetivos
Os objetivos são divididos em duas categorias: gerais e específicos. Os objetivos
gerais são as grandes metas a perseguir, que se concretizam por meio de
objetivos mais específicos.
Objetivos gerais
Para a definição de objetivos gerais, é recomendado o uso de verbos com
significado abrangente. Deve englobar a totalidade do problema, definindo de
forma clara o que se pretende no final do projeto.
Objetivos específicos
Para a definição de objetivos específicos, é recomendado o uso de verbos com
significado mais restrito e direcionado. Os objetivos específicos contribuem para
a concretização do objetivo geral, pormenorizando-o. Estão relacionados com as
áreas específicas nas quais se desenvolvem.
Você pode fazer uma primeira versão e modificar como se fosse montar uma
segunda versão. Isso é necessário porque, conforme as aulas começam, você
conhecerá, de fato, seus alunos e terá de adaptar o que pensou à realidade do
que sabem e desejam.
Tempo provável
Trata-se da estimativa do tempo utilizado em cada unidade didática.
Desenvolvimento metodológico
O desenvolvimento metodológico é o componente do plano de ensino, a linha de
trabalho que será desempenhada para que aconteça o conhecimento. Indica o
que o professor e os alunos farão no desenrolar de uma aula ou de um conjunto
de aulas. É a construção do planejamento, de como e quais recursos serão
utilizados para o alcance dos objetivos propostos.
Avaliação
Avaliação diagnóstica
A avaliação diagnóstica é adequada para o início do período letivo, permitindo
que o professor conheça a realidade em que o processo de ensino-
aprendizagem acontecerá. Nesse caso, o principal objetivo é verificar o
conhecimento prévio de cada estudante.
Avaliação formativa
A avaliação formativa deve ser realizada durante todo o período letivo, com o
intuito de verificar se os estudantes estão alcançando os objetivos propostos
anteriormente.
Avaliação somativa
Planejamento de aula
Plano de aula
De acordo com Libâneo (1994, p. 225), “o planejamento escolar é uma tarefa
docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos de
organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua
revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. O plano de aula é um
documento elaborado pelo professor que define o tema da aula, seus objetivos,
o que exatamente será trabalhado, a metodologia a ser utilizada e como será
feita a avaliação do processo.
• Clareza e objetividade.
Pressupostos
É importante iniciar esta seção explicitando que aqueles que buscam apenas
conhecer os procedimentos, os métodos para desenvolver projetos, acabam se
frustrando, pois não existe um modelo ideal pronto e acabado que dê conta da
complexidade que envolve a realidade de sala de aula, do contexto escolar.
Para isso, é necessário conhecer o modo de vida dos alunos, reconhecendo que
há diversos contextos culturais e conhecimentos que circulam no mundo e que
precisam ser visibilizados. Nesse sentido, precisamos compreender que o
planejamento pode ser concebido de outra forma, construído mais
coletivamente, junto com os estudantes.
Todo projeto é definido pela escolha do tema que será trabalhado. Esse tema
pode ter origem nas experiências dos estudantes, em uma informação recolhida
em outro projeto, em uma experiência que se originou em um fato da atualidade,
ou ainda em um tema proposto pelo professor.
Após a escolha do tema do projeto, serão levantadas hipóteses sobre o objeto
escolhido e sobre quais perguntas deverão ser respondidas para que isso
aconteça.
Enquanto isso, o professor deve enumerar os objetivos que espera atingir com
o tema proposto e listar os conteúdos que podem ser trabalhados a partir do
tema escolhido. Desse modo, é importante:
Para realizar um trabalho com qualidade e dar o suporte necessário aos alunos,
o professor deve estudar e se atualizar em torno do tema do projeto,
contrastando as suas informações com outras fontes que os estudantes
apresentem. Nesse processo, também é papel do professor criar um clima de
envolvimento e de interesse, no grupo e em cada pessoa, sobre o que se está
trabalhando. Por fim, o professor deve fazer uma previsão dos recursos
necessários.
• Desenvolvimento de autoria.
• Realização de descobertas.
• Aprendizado na prática.
• Possibilidade de contextualização dos conceitos.
• Elaboração de questões para investigação.
• Desenvolvimento de relações interpessoais e subjetivas dos sujeitos.
Esses fatores agravaram a condição emocional das crianças que perderam avós
e/ou familiares com os quais tinham um convívio muito próximo de uma forma
repentina, gerando um afastamento muito bruto e inesperado, em virtude do
contexto pandêmico. Outro agravante a ser considerado foi o afastamento do
convívio social com amigos e familiares. Ainda, a partir do processo de
isolamento, parques e áreas de lazer precisaram ser fechadas por conta da
contaminação.
Evasão escolar
Como reverter esse cenário? Essa é a grande pergunta realizada pelo Instituto
Alicerce (2022). Os dados apresentados comprovam que a pandemia acelerou
os problemas e acentuou as desigualdades sociais existentes em nosso país.
Diante disso, é essencial agir rápido, indo atrás de cada criança e cada
adolescente que teve seu direito à educação negado.
Notem o ciclo:
A equipe pedagógica reúne e entende a vivência dos professores.
A equipe pedagógica elabora um plano de ação integrado com
professores visando perceber e investigar a situação dos alunos e das
famílias.
Diante de resultados e necessidades, são separadas ações distintas para
atuar em problemas distintos: por exemplo, para alunos fragilizados
psicologicamente, práticas de ressocialização e adaptação aos novos
espaços, entre muitos outros possíveis. Para cada fragilidade, um plano
de ação com responsáveis, envolvidos, coleta e compartilhamento de
resultados.
• Então, a equipe pedagógica deve analisar os primeiros resultados e
detectar novas medidas, assim como proporcionar ações de clima.
Planejamento: praticando
“Talvez nunca antes na história deste país a escola tenha sido tão impulsionada
a repensar a forma como avalia os estudantes”, afirma Adriana Tárcia de Souza
Oliveira, que é professora de filosofia e de projeto de vida da Escola Estadual
Maria do Carmo Viana dos Anjos, em Macapá (AP) (VICHESSI, 2021, n. p.).
O que avaliar também foi posto em xeque e por que avaliar é outra questão que
desde o ano passado vem à tona cada vez mais. O Conselho Nacional de
Educação (CNE) recomendou a aprovação escolar automática do ano letivo de
2020 para o de 2021 — mesmo para aqueles que não aprenderam o esperado.
Evidentemente, não existem respostas simples para como, o que e por que
avaliar na pandemia, tudo depende do contexto. Contudo, o momento pós-
pandemia é um indutor excelente de reflexão: abre espaço para rever as práticas
avaliativas e planejar as que serão usadas, assim como abre oportunidade para
repensar os objetivos a serem alcançados com elas.
Para que o aluno aprenda, é importante que ele queira, ou seja, que ele esteja
motivado. Isso pode ser feito por meio de atividades desafiadoras, pois assim o
aluno sentirá o desejo de aprender. Para isso, o estudante deve ser respeitado
como um sujeito ativo. Um bom professor deve incentivar práticas educativas
que ativem o potencial dos alunos, visto que só assim o aluno deixará de ser
passivo e se tornará ativo em seu processo de aprendizagem.
Neste conteúdo, você deu seus primeiros passos para a elaboração de um bom
planejamento escolar. Para isso, foi necessário reconhecer a importância do
planejamento para o cotidiano escolar, bem como entender a diferença entre o
planejamento de curso, o planejamento de aula e o planejamento por projeto,
verificando a estrutura de cada um deles. No caso do planejamento por projetos,
identificamos as possibilidades que estão relacionadas a esse tipo de
experiência. Além disso, foi possível conhecer os tipos de avaliação, suas
especificidades e potencialidades.
Neste percurso, foi fundamental entender que, para fazer um bom planejamento,
há uma concepção de educação que está em jogo, e não um modelo a seguir.
Por fim, com foco nas práticas, tratamos dos desafios da sala de aula e do
cotidiano com o retorno às aulas pós-pandemia da covid-19. Tentamos integrar
os olhares entre as práticas docentes e caminhos que se mostram profícuos.
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Para saber mais sobre Pedagogia de Projetos, assista aos vídeos do professor
Nilbo Nogueira.