TE1 Transporte Público e Covid19 1
TE1 Transporte Público e Covid19 1
TE1 Transporte Público e Covid19 1
O
Projeto AcessoCidades é uma 2. DIAGNÓSTICO E CAPACITAÇÃO:
iniciativa da Frente Nacional de mapeamento do uso de dados abertos e
Prefeitos (Brasil), em parceria com oficinas de capacitação do corpo técnico
a Confederación de Fondos de Cooperación para a geração, abertura, atualização e
y Solidaridad (Espanha) e Associazione utilização de dados de transportes para o
Nazionale Comuni Italiani (Itália). Em planejamento municipal;
conformidade com a Agenda 2030, o projeto
3. PLANEJAMENTO E VIABILIZAÇÃO
visa qualificar as políticas de mobilidade
DE BOAS PRÁTICAS: apoio à realização
urbana como ferramenta para a integração
de diagnósticos locais de mobilidade e
das políticas de desenvolvimento urbano
acessibilidade urbana e à implementação de
sustentável e redução de desigualdades
ações técnicas e políticas que promovam o
O projeto é cofinanciado pela União Europeia desenvolvimento urbano sustentável;
e se articula por 4 eixos centrais:
4. ENGAJAMENTO: fortalecimento
de espaços de diálogo entre cidades e
1. GOVERNANÇA: articulação de redes instituições de pesquisa e inovação, com a
nacionais e internacionais a partir da troca organização de atividades conjuntas e de
de experiências entre técnicos e gestores um concurso para apresentação de ideias e
municipais, consolidação de boas práticas ferramentas inovadoras para o planejamento
em mobilidade e acessibilidade urbana e e gestão da mobilidade urbana.
CONTEXTO
bastante afetados pela pandemia da covid-19 em todo o mundo. As políticas de
isolamento social, fundamentais para a contenção do vírus e proteção da vida
das pessoas, aliadas ao receio do contágio nos deslocamentos urbanos, forçaram a redução
abrupta da demanda, que chegou a menos de 20% do número de passageiros verificado
anteriormente1.
Essa redução da demanda impôs diversos desafios técnicos, institucionais e econômicos
ao poder público e ao setor de transportes urbanos. Frente a eles, as cidades passaram
a adotar diferentes estratégias para o planejamento e a gestão da mobilidade urbana, de
acordo com os contextos sociais, urbanos e sanitários em que estavam inseridas.
Cidades como Paris, Barcelona e Bogotá construíram dezenas de quilômetros de ciclovias e
Este relatório está alinhado com
ciclofaixas emergenciais, em complemento à rede cicloviária já existente2, e diversas outras
os Objetivos do Desenvolvimento
cidades estão ampliando suas calçadas3 com o objetivo de estimular deslocamentos ao ar
Sustentável (ODS):
livre, aumentar a segurança e diminuir o risco de contágio nos deslocamentos.
CONTEXTO
nacionalmente para apoiar o transporte público urbano4, entendendo o sistema como um
direito social e fundamental para a construção de cidades mais sustentáveis. Esse apoio
envolve o repasse de subsídios para a manutenção da oferta a níveis maiores do que a
demanda durante a pandemia e para garantir um distanciamento mínimo entre passageiros,
mas também assegurar o financiamento de projetos de infraestrutura e informação para
aumentar a cobertura, qualidade e eficiência dos transportes públicos após a pandemia. Isso
faz parte de uma estratégia combinada de curto e longo prazo para recuperar a confiança nos
transportes públicos e reduzir a migração de usuários para o transporte individual motorizado.
No Brasil, a estrutura dos contratos, o modelo de financiamento e a remuneração do
transporte público praticados na maioria das cidades, integralmente vinculados à tarifa,
geraram um déficit cumulativo para o sistema. Esse desequilíbrio econômico-financeiro
estrutural, agravado pelas condições impostas durante a pandemia, teve um impacto
devastador mediante à falta de coordenação e apoio financeiro e institucional nacional.
CONTEXTO
existir, foram assumidos por outras empresas ou diretamente pela administração municipal,
e estima-se que cerca de 6 mil trabalhadores do setor foram demitidos e 10 mil tiveram
seus contratos de trabalho suspensos5. Enquanto isso, a população enfrenta diariamente
situações de atrasos ou não-cumprimento de viagens por transporte público, ou ainda
deslocamentos em veículos muitas vezes lotados.
Frente aos novos e antigos desafios enfrentados pelas cidades, a troca de experiências é de
extrema importância para a formulação e aprimoramento de políticas públicas inteligentes
e eficientes, que tenham como objetivos a promoção da mobilidade urbana sustentável e a
redução de desigualdades sociais e urbanas.
Este documento sistematiza os principais desafios e ações debatidos no primeiro encontro
de troca de experiências entre cidades, organizado pelo projeto AcessoCidades, que
teve como tema o Transporte Público e Covid-19. O evento teve a participação de
representantes de municípios brasileiros, italianos e espanhóis.
5. Associação Nacional dos Transportes Urbanos (NTU). Boletins semanais sobre os impactos da pandemia de
Covid-19 no transporte público por ônibus.
720 mil
da próxima licitação para a concessão da operação
de ônibus da cidade, ainda em processo de aprovação,
habitantes propõe a readequação de linhas com inovação
tecnológica, eletrificação da frota e troncalização do
sistema.
No contexto da pandemia, a cidade enfrenta uma
redução abrupta da demanda pelo transporte público,
com quedas de até 75% no número de passageiros
transportados nos piores momentos da crise sanitária.
Com o objetivo de recuperar a confiança da população
no transporte público coletivo, estão sendo realizados
diversos protocolos higiênico-sanitários de desinfecção
dos veículos e planejamento contínuo da oferta com
base na demanda variável.
1.5 milhão veículos, é planejado e monitorado por uma única autoridade de transporte,
garantindo a coordenação e integração da rede e das políticas de transporte
de habitantes no território. A maioria dos deslocamentos na região é realizada por modos
População metropolitana: ativos (42%) e coletivos (29%).
3.5 milhões A demanda do transporte seguiu a curva dos casos de covid-19, com queda
muito acentuada nos primeiros meses de pandemia, especialmente com as
de habitantes
políticas de distanciamento social mais restritivas, e tendência tímida de
recuperação ao longo do tempo. Mesmo com o teletrabalho e com a menor
mobilidade devido à redução de atividades culturais e presenciais, verifica-
se que a demanda por transporte individual motorizado se recupera a uma
taxa mais rápida do que a demanda por transporte público. Em abril de 2021,
o fluxo de automóveis estava entre 80% e 90% do observado antes da
pandemia, enquanto o número de passageiros do transporte público estava
em 60%. As ações adotadas pela área metropolitana têm sido no sentido de
conter a disseminação do vírus e promover a estabilização do sistema de
transporte público no pós-pandemia, com enfoque em ações táticas nas vias
públicas e na comunicação com os passageiros.
REALIZAÇÃO
COFINANCIAMENTO