Empreendedorismo Na Economia
Empreendedorismo Na Economia
Empreendedorismo Na Economia
Disciplina:
Empreendedorismo
Turma: 302/Tarde
Grupo nº2
O Docente
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Almeida Raúl
Caála, 2021
INSTITUTO
Instituto Superior SUPERIORCaála
Politécnico POLITÉCNICO SUPERIOR DA CAÁLA
Medicina Dentária
Autores:
Elizabeth Nawongo Rodrigues Dala
Eugénio Vemba Talani
João Mário Caviendi
Lúcio Adriano N. Filemone
Martins Borges Paulo Mucanda
Caála, 2021
ÍNDICE
Introdução ................................................................................................................................. 1
Empreendedorismo .................................................................................................................. 2
Tipos de empreendedorismo .................................................................................................... 3
Empreendedorismo e criação do emprego ............................................................................. 6
O Empreededorismo e o Desenvolvimento econômico .......................................................... 7
Empreendedorismo por oportunidade e por necessidade..................................................... 7
Ensino do Empreendedorismo nos Sistemas de Ensino Angolano....................................... 8
O impacto do empreendedorismo no desenvolvimento econômico social de Angola. ...... 10
O empreendedorismo no Município do Huambo ................................................................ 10
Conclusão ................................................................................................................................ 12
Referências bibliográficas ...................................................................................................... 13
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Introdução
Nos últimos anos o termo empreendedorismo esta sendo muito falado no Brasil, e cada vez
mais as pessoas tem o desejo de abrir o próprio negócio. Um dos motivos para o aumento desta
atividade empreendedora no Brasil foi o alto índice de desemprego, segundo dados do IBGE o
contingente de desempregados que em junho de 2015 era de 8.354 milhões em 2016 aumentou
para cerca de 12 milhões, desta forma o empreendedorismo tem assumido um importante papel
em resposta a ausência de trabalho assalariado. É bom ressaltar que ao abrir um negócio a
pessoa não busca somente obter recurso para suprir suas necessidades, mas irá permitir ao
cidadão integra-se novamente a sociedade.
Segundo Joseph Schumpeter (1985) o indivíduo empreendedor é aquele que para obter lucro
assume riscos, faz acontecer, se antecede aos fatos e enxerga o futuro da organização
(José Dornelas, 2001). Num momento, onde a instabilidade político-econômica e a taxa de
desemprego chegaram a um índice alarmante a prática empreendedora no Brasil tornou-se fonte
de riqueza, desenvolvimento e subsistência. Segundo fontes do GEM – Global
Entrepreneurship Monitor (2016), houve um aumento significativo de novas empresas e
optantes do MEI, onde os empreendedores contam com um regime fiscal diferenciado que
favorece os pequenos negócios.
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Empreendedorismo
Os estudos sobre o empreendedorismo têm demonstrado que este termo tem seu
desenvolvimento lastreado no entendimento de que empreender é realizar alguma ação voltada
para o desenvolvimento (Hébert, & Link, 1989; Leyden, & Link, 2015).
Segundo Filion (1999, p. 6), “há notável nível de confusão a respeito da definição do termo
empreendedor”, pois, apesar de ser um assunto multidisciplinar, os autores tendem a tratá-lo a
partir de premissas oriundas somente de um olhar. Tal fato tende a simplificar e confundir o
leitor sobre qual exatamente o sentido que está sendoabordado.
Dois autores economistas e clássicos para essa teoria foram Jean Say e Richard Cantillon, que
construíram o sentido de empreendedorismo voltado para o desenvolvimento e o empreendedor
como um homem de negócios que assume risco de lucro ou perdas. A partir da contribuição
desses autores o empreendedor passou a ser visto pela sua capacidade de gerar desenvolvimento
e com a capacidade de abrir e gerenciar negócios (Sadler, 2000; Diefenbach, 2011). No século
XX, no entanto, é que as contribuições para o conceito de empreendedorismo tornam-se mais
proeminente. Segundo Boava e Macedo (2011), o termo inglês entrepreneurship passa a
designar a capacidade de organizar, controlar e de supor riscos dentro de uma empresa ou
negócio. Para alguns economistas, o empreendedorismo pode ser considerado a partir da figura
do empreendedor e sua capacidade de inovar e de destruição criativa (Schumpeter, 1934). Para
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outros, envolve decisões de risco (Knight, 1921). Há ainda quem toma o empreendedor como
um agente que está alerta para as oportunidades do mercado (Kirzner, 1979). Assim, são pelo
menos três escolas econômicas centrais que contribuíram para o desenvolvimento do termo: a)
Germânica, com o autor principal Joseph Schumpeter que define o empreendedor como um
agente que toma iniciativas para criar novos produtos, processos ou serviços (Rodriguez, &
Gimenez, 2005); b) Chicago, que denomina o empreendedorismo a partir da tomada de decisão
em condições de risco. O empreendedor tem como função principal a assunção de riscos diante
de uma condição de incerteza (Bula, 2012; Swedberg, 2000) e seu principal scollar é Frank
Knight; e c) Austríaca, que define o empreendedor como um agente que permanece em alerta
para oportunidades do ambiente (Tang, Kacmar, & Busenitz, 2012). Israel Kirzner é seu
principal scollar.
Tipos de empreendedorismo
As referências teóricas no campo da sociologia realçam que o empreendedorismo não é apenas
um fenómeno económico e psicológico, como também social e cultural (Swedberg, 2006).
Nesta dissertação, abordamos o empreendedorismo em termos genéricos. Contudo,
consideramos desejável referir especificamente três tipos de empreendedorismo:
ointraempreendedorismo, o empreendedorismo cultural e social.
Intraempreendedorismo:
Zahra e Covin (1995) abordaram duas dimensões na sua definição do termo: o foco na inovação
e a criação de negócios através da renovação estratégica. Sendo que a primeira dimensão revela
o compromisso da empresa em desenvolver novos produtos, serviços e processos, enquanto a
segunda ilustra a revitalização das operações através da mudança da sua abordagem
competitiva.
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condicionada a uma adequação dos objetivos organizacionais às aspirações pessoais dos
funcionários. Os autores ainda continuam, destacando quatro dimensões do IE: nova unidade
Empreendedorismo cultural:
A noção de empreendedorismo cultural (EC) estabelece uma relação entre dois conceitos
oriundos de distintos campos de ação e conhecimento: o de empreendedor, concebido na
economia e na administração, e o de cultura, tema central na antropologia e na sociologia.
O conceito EC foi abordado pela primeira vez na década de 1980 por Dimaggio (1982), em que
discute o papel do empreendedor na formação e sustentação de organizações culturais sem fins
lucrativos (orquestras, museus de arte e teatros, por exemplo). Este autor
Segundo Rae (2005) o que diferencia um artista de um empreendedor cultural é que o primeiro
está focado apenas na criação e produção cultural, enquanto o segundo expande as suas
atividades ao longo da cadeia produtiva da indústria criativa, preocupando-se com a
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como as empresas criativas, precisam desenvolver um conjunto especial de mecanismos e
procedimentos organizacionais para aproximar estes dois mundos.
Com base nas contribuições acima apresentadas, pode-se definir o empreendedor cultural como
a pessoa que tem a capacidade de identificar oportunidades de negócios nas áreas de cultura,
lazer e entretenimento, bem como desenvolvê-las de uma forma lucrativa e
sustentável.
Empreendedorismo social:
Dees (1998) afirma que o conceito de empreendedorismo pode ser aplicado tanto na área
comercial como na área social. Ele assume que o termo ES pode até ser considerado novo, mas
o fenómeno não. Para este autor, o ES sempre existiu, embora não tivesse a tal denominação.
Ele considera o empreendedor social como aquele que conhece os valores e as necessidades do
seu público-alvo e, para satisfazer estas necessidades, aplica recursos, tempo e conhecimento.
Assim, no ES a riqueza é considerada apenas um meio para atingir um fim, e a criação de
riqueza é apenas uma forma de medir a criação de valor (Dees, 1998). Ele ainda afirma ser
muito difícil determinar se o empreendedor social obtém resultados positivos que justifiquem
os recursos utilizados, porque a sobrevivência ou o crescimento de uma empresa social, pode
ser o indicador da sua eficiência, mas não a comprova. Assim, embora a avaliação do ES se
refira ao seu impacto e desempenho, torna-se complexa a sua medição.
Segundo Catford (1998) tal como o empreendedor empresarial, o ES é caracterizado por ter
uma visão particular das oportunidades e a mesma capacidade de convencer e incentivar os que
o rodeiam a implementar essas ideias. Porém, distinguem-se num ponto fulcral, enquanto o
empreendedor empresarial foca-se exclusivamente na vertente económica, o empreendedor
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social tem o objetivo de transformar uma ideia em realidade para uma causa social, isto é, criar
valor social,
A literatura fornece uma série de evidências em que pequenos negócios e novas empresas criam
um número substancial de novos postos de trabalho. Este tipo de estudo foi conduzido em
diferentes países: E.U.A (Birch, 1979 e 1987), Canadá (Baldwin e Picot, 1995),
Noruega (Klette e Mathiasen, 1996) e Holanda (Stel e Suddle, 2008), são apenas alguns
exemplos.
Birch (1979) foi o pioneiro de estudos desta natureza. O seu estudo no final dos anos 70 sobre
o volume de emprego criado pelas pequenas e médias empresas (PME) influenciou tanto os
académicos como os decisores políticos. No seu trabalho, Birch demonstrou que as PME são
responsáveis pela maior parte do emprego criado nos Estados Unidos. Este autor forneceu a
primeira evidência empírica de que as PME são o motor da criação de emprego, afirmando que
66% de novos empregos criados nos E.U.A. entre 1969 e 1976 foram criados por empresas com
20 ou menos trabalhadores.
Baldwin e Picot (1995) conduziram um estudo no Canadá entre os anos 1970 e 1990 e também
encontraram evidências de que pequenos produtores industriais apresentam um maior
crescimento líquido de emprego em relação as grandes empresas. Klette e Mathiasen (1996)
estudaram a formação de novas empresas bem como as saídas das empresas do mercado
norueguês e concluíram que a dinâmica das empresas tem um fraco impacto na geração de
emprego a curto termo, mas a longo termo torna-se muito importante para o crescimento do
emprego.
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O Empreededorismo e o Desenvolvimento econômico
O desenvolvimento econômico é um conceito que por sua abrangência aproxima a economia
das demais ciências sociais. Segundo Porter (1992) o empreendedorismo contribui
positivamente para o desenvolvimento econômico, pois introduz inovação tanto pela inovação
de produtos ou de processos de produção, ou seja, leva a competividade e ao aumento da
eficiência econômica.
Entretanto Smith (1776), diz que o desenvolvimento econômico é a riqueza de uma nação. Ele
é construído a partir do trabalho produtivo com aumento dos investimentos em capitais
produtivos, a especialização da mão-de-obra e a divisão do trabalho. Já de acordo com Vieira
(2009) o desenvolvimento econômico é o crescimento acompanhado pela melhora das
condições de vida da população.
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consequentemente tem a necessidade de estarem economicamente ativas. Já as pessoas
motivadas pela oportunidade, são capazes de identificar um negócio dentre aqueles que lhe foi
apresentado (Reynolds, Bygrave, e Autio, 2002, p.20).
De acordo com o GEM (2011), os indivíduos podem ser motivados por necessidade ou por
oportunidade, mas nunca pelos dois motivos ao mesmo tempo. Entretanto Kirzner (1979)
considera empreendedores pessoas atenta às oportunidades mesmo que a motivação seja a
necessidade. Entretanto, Aldriche e Cliff (2003), concordam que o aspecto fundamental do
empreendedorismo é a identificação de oportunidades.
O empreendedorismo é o negócio que surge da necessidade das pessoas que querem se manter
economicamente ativas na sociedade a qual estão inseridas. Este grupo de empreendedores é
formado basicamente por aqueles indivíduos que perderam o emprego e precisam encontrar
uma forma de sobreviver, ou seja, prover o próprio sustento e o da família.
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Segundo Schumpeter (1992, citado por Ferreira, 2013), entendendo-se que o
empreendedorismo pode ser ensinado, então a educação para o empreendedorismo pode dotar
os estudantes de competências necessárias no mercado de trabalho, pode afirmar-se que a
educação importante na formação de indivíduos empreendedores promovendo oportunidades
equivalentes no acesso ao mercado de trabalho, desenvolvendo a criatividade, inovação e
tolerância ao risco, bem como a capacidade de planear e gerir projectos para atingir objetivos
potenciando o crescimento económico e o desenvolvimento através do fornecimento de mão-
de-obra qualificada estas competências são importantes no contexto atual das empresas.
Segundo Carvalho e Costa, (2015) nos cursos do ensino superior de licenciatura para uma maior
familiaridade, o empreendedorismo deve ser suportado numa abordagem de aprender-fazendo,
em particular nas aulas práticas, enquanto que, nas aulas teóricas pode adotar uma abordagem
mais expositiva combinada com aulas abertas e participação em seminários promovendo
conversas entre os estudantes e empreendedores, cujo objectivo consiste na promoção da
partilha de experiências que possam ser fonte de aprendizagem e facilitando o contacto com o
mundo real.
Para Golçaveis ( 2013), os iletrados futuros não serão aqueles que sejam incapazes de ler ou
escrever, mas sim os incapazes de apreender, e reaprender. Um empreendedor com educação
empresarial e prática tem a capacidade de criar lucros na empresa, a educação em
empreendedorismo proporciona melhorias a visibilidade aos negócios empresariais através do
aumento do conhecimento, a construção de confiança e promoção do auto eficácia.
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com o artigo 46.º do Decreto Legislativo Presidencial n.º 1/10, de 5 de março que por sua vez
vai influenciando para que grande parte dos empreendedores tenham um real contacto e
aprofundamento sobre o assunto, a educação empreendedora está numa fase de crescimento .
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De acordo com o GEM (2016), para o desenvolvimento da actividade empreendedora o
executivo local assume um papel fundamental, uma vez que os empreendedores fomentam a
inovação e a competitividade, funcionando como catalisadores das alterações estruturais
essenciais à economia e incentivando as empresas a melhorarem a sua produtividade.
Ainda para o mesmo autor é necessário que os jovens estudantes saibam que esta atividade tem
importância para o crescimento económico de qualquer sociedade tendo em conta a sua
intervenção na solução de vários problemas sócias.
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Conclusão
O empreendedorismo é considerado uma força motriz do crescimento económico,
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Referências bibliográficas
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studies, 38 (8), 911-927
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3. Aldrich, H. E., & Cliff, J. E. (2003). The pervasive effects of family on
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Venturing, 18(5), 573–596. doi: 10.1016/S0883-9026(03)00011-9
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Pesquisa/20
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Developmental Entrepreneurship, 12 (1), 3-29.
18. Schumpeter, J. (1934).The Theory of Economic Development. Harvard University Press,
Cambridge,
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