4 - Sinais Vitais
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4 - Sinais Vitais
Sinais Vitais
o Indicador objetivo e observável, que pode evidenciar-se espontaneamente, por estimulação,
ou pela utilização de determinado equipamento.
São:
o Temperatura
o Pulso
o Respiração
o Tensão arterial
o Dor
o Alterações da TA:
Hipertensão:
Sistólica acima de 130
Diastólica acima de 90
Hipotensão:
Sistólica a baixo de 90 (com sinais de tontura e pulsação aumentada)
Diastólica abaixo de 70
Hipotensão ortostática:
Queda de tensão arterial de 25 a 10, acompanhada de sinais e sintomas de perfusão
cerebral inadequada, quando se levanta da posição deitada para sentada ou de pé
Fatores que afetam os valores normais:
Idade
Sexo
Peso
Raça
Clima
Ritmo circadiano
Exercício físico
Stress
Posição
o Objetivo:
Identificar sinais de agravamento súbito do estado do utente
Vigiar o utente no período pós-operatório
Acompanhar a evolução dos valores
Avaliar os efeitos do tratamento com anti hipertensores
Avaliar os efeitos de todos os tratamentos dos quais pode resultar hipertensão
Ensinar o utente a medir a própria TA
o Equipamento:
Esfigmomanómetro: aneroide ou automático
Composição:
Braçadeira
Pera insufladora
Válvula de controlo
o Antes de medir a TA deve se tentar controlar fatores que possam influenciar as TA tal como:
Refeições
Fumar
Exercício físico
Dor
Ansiedade
Ao informar o utente dos valores ter em atenção o método que é usado para não alarmar o
utente e tentar medir no outro braço para controlar
o Método auscultatório:
1. Preparar o equipamento necessário
2. O ambiente deve estar silencioso
3. Lavar as mãos
4. Explicar ao utente os princípios da medição, informando-o da sua duração e da
necessidade de eventuais repetições.
5. Perguntar ao utente os seus valores normais
6. Pedir ao doente que se sente ou deite
7. Libertar o braço de constrições como vestuário, assegurar que a pele está seca e integra
e os músculos do braço se encontram relaxados.
8. Envolver os braços com uma Braçadeira de dimensões apropriadas, a câmara de
borracha insuflável sobre o trajeto da artéria braquial com o bordo inferior 2/3 cm acima
da prega do cotovelo
9. Eliminar as rugas e ajustar a Braçadeira
10. Palpar o pulso da artéria braquial na zona ante cubital
11. Colocar os auriculares do Estetoscópio nos ouvidos e pousar o diafragma sobre a
artéria braquial logo abaixo da Braçadeira
12. Verificar a aferição do manómetro
13. Fechar o parafuso da Pera de insuflação
14. Insuflar a Braçadeira suavemente e o suficiente para abolir o pulso radial
15. Abrir progressivamente a Válvula, um centímetro todos os segundos, até voltar a
auscultar a artéria braquial
16. Identificar as TAS e TAD
o Sons de korotkoff:
1. Aparecimento de ruídos sistólicos, batimentos nítidos, de intensidade crescente que
correspondem à TAS
2. Batimentos de ruídos suaves
3. Reaparecimento dos ruídos arteriais nítidos, primeiro fortes depois breves
4. Ruídos abafados, semelhantes a sopro
5. Desaparecimento dos ruídos sistólicos, o que corresponde à TAD
Pulsação:
o Objetivo:
Avaliar a frequência cardíaca
Detetar anomalias cardiovasculares
Avaliar a amplitude
Verificar a integridade da vascularização periférica
Avaliar os efeitos de um tratamento farmacológico.
o Onde avaliar:
Locais onde as artérias sejam superficiais e assentem numa base dura.
Mais comuns:
Pulso radial nos adultos e crianças – sentido na artéria radial (pulso)
Pulso apical nos latentes – auscultado no ápice do coração, no quarto ou quinto espaço
intercostal, na linha media da clavícula esquerda
Outros locais:
Temporal: palpado na artéria temporal entre o olho e a linha do cabelo acima do osso
zigomático local indicado como rotina em latentes e crianças
Carotídeo: situado sobre o pescoço ao lado da laringe, entre a traqueia e o musculo
esternocleidomastóideo. Como é uma artéria central as pulsações podem persistir
quando o voluma de ejeção é insuficiente para se poderem palpar os pulsos periféricos
Braquial: situado na face anterior do cotovelo entre os músculos bícipe e trícipe.
Femoral: situado na virilha, no triangulo femoral. É contornado lateralmente por
músculos e, acima, pelo ligamento inguinal.
Abdominal: mesmo acima do umbigo
Poplíteo: situado atras do joelho
Tibial posterior: atras do malelo interno do tornozelo
Pedioso: situado no dorso do pé, acima da raiz dos dedos
o O que se avalia:
Frequência
Qualidade:
Amplitude – forte, normal, fraco (filiforme), ou ausente
Ritmo – regular/rítmico ou irregular/arrítmico
Geralmente as mulheres têm maior frequência cardíaca, assim como os lactentes e as
crianças.
A frequência cardíaca diminui ao chegar à idade adulta e aumenta ligeiramente nos idosos.
o Terminologia:
Normocardico – pulsação normal
Bradicardia – pulsação baixa (-60)
Taquicardia – pulsação rapida (+100)
Bradisfigmia – pulso fino e bradicardico
Taquisfigmia – pulso fino e taquicardíaco
o Fatores que influenciam:
Exercício
Emoções
Temperatura
Medicamentos
Hemorragias
Mudanças posturais
Distúrbios pulmonares
Temperatura:
o Definição:
Diferença entre quantidade de calor produzido pelos processos corporais e a quantidade
de calor perdida para o ambiente externo (termogénese – termólise)
Esta relação é regulada por mecanismos neurológicos e cardiovasculares.
Obedece a um ritmo que se repete cada 24h
É mínima no fim da noite e máxima 12h depois.
É um pouco mais elevada no inverno que no verão.
o Fatores que afetam:
Ambiente
Stresse
Idade
Hormonas
Ritmo cardíaco
o Consequências da falência termorreguladora:
Se a temperatura subir acima de 41/42.2 ºC podem ocorrer lesões nos tecidos devido a
alteração ou inativação das proteínas celulares. A maioria das funções enzimáticas fica
comprometida. – Hipertermia
Numa hipotermia prolongada as membranas celulares ficam danificada. Formam-se
cristais por congelação dos tecidos, o que provoca lesões. – Hipotermia.
o Mecanismos de perda de calor:
Irradiação
Remoção de roupas ou lençóis
Posição do utente
Ter atenção a que num ambiente aquecido, a quantidade de calor perdido por irradiação
diminuiu e pode mesmo inverter-se, podendo a temperatura aumentar por radiação.
Condução
Aplicação de uma bolsa de gelo
Promoção de um banho do doente com uma água morna
Convecção
Dispersão do calor através de correntes de ar. Este tipo de perda de calor aumenta
quando a pele húmida entra em contacto com o ar em movimento.
Evaporação
Perdas insensíveis
Sudação: resulta da elevada temperatura da pele ou da elevada temperatura interna,
da atividade muscular e do stress
o Vias de avaliação:
Oral:
Deve ser usado em crianças com mais de 4 anos.
Ter em atenção se o utente ingeriu alimentos quentes nos últimos 30 minutos.
A ponta do termómetro é colocada debaixo da língua e mantém-se a boca fechada.
A leitura deve ser feita em 3 minutos. Mais preciso que o axial mas menos pratico.
Retal:
ideal para menores de 3 anos.
pode ser usada desde o nascimento.
criança deitada de costas e introduz-se o termómetro 1 a 2 cm depois de lubrificar e
sem esforçar.
É o mais rigoroso mas menos pratico.
Axilar:
É o mais pratico mas mais demorado.
Pode ser usado em bebes com menos de 3 anos desde que este esteja ao colo de um
adulto.
Timpânica:
Método mais rápido e higiénico.
Só deve ser utilizado a maiores de 3 anos.
Central
o Terminologia:
Hipotermia – inferior a 36 ºC
Apirético – entre 36 e 37 ºC
SUB febril – 37 a 38 ºC
Febre - 38.2 ºC
Hipertermia ou hiperpirexia – acima de 40 ºC
Respiração:
o Ventilação: movimentos mecânicos do ar a entrar e sair dos pulmões.
o Difusão: as moléculas de gases passam de uma zona onde estão em grande concentração
para uma de menor concentração através da membrana respiratória.
o Avaliação da respiração:
Frequência:
Varia com a idade e declina ao longo da vida.
Qualidade:
Amplitude – volume de ar corrente
Pode ser:
Profunda – envolve expansão plena dos pulmões com expiração completa
Normal – movimentos basais
Superficial – apenas uma quantidade de ar passa através dos pulmões e o movimento
respiratório é difícil de observar
Ritmo
Regular – com intervalo regular
Irregular – com intervalo irregular
Simetria
A respiração normal, descontraída, não exige esforço, é automática, regular e ampla.
Quando a expansão torácica é assimétrica significa que. Parte do pulmão está obstruída
ou colapsada, ou num pós-operatório quando o utente se defende da dor no local da
incisão.
o Dispneia:
O utente refere falta de ar e demonstra fadiga e ansiedade pelo esforço que faz ao falar,
podendo também apresentar cianose ou taquicardia.
Classifica-se em:
Dispneia em esforço
Dispneia funcional
Dispneia em repouso
o Manifestações de respiração ruidosa:
Sibilos/ pieira – sons agudos e prolongados. Mais audíveis na expiração. Resultam da
circulação do ar através de vias sérias de calibre diminuído, muito perto do ponto de
encerramento.
Roncos – sons graves. Produzido nas vias aéreas de maior calibre, que tenham o seu
calibre diminuído por obstruções como secreções.
Crepitações – sons breves e descontínuos. Podem ser provocadas pela abertura rápida
de pequenas vias aéreas, colapsadas durante a expiração ou pela passagem de ar
através de secreções presentes nas vias aéreas.
Estridor – sons ásperos agravado na inspiração ou na expiração. Surge e indivíduos com
estenose das vias aéreas superiores.
o Terminologia:
Bradipneia – frequência baixa
Taquipneia – frequência alta
Eupneia – frequência normal
Apneia – respiração cessa por vários segundos
Hiperpneia – frequência e/ou profundidade aumentada
o Padrões respiratórios anormais:
Ortopneia: facilitada pela posição do utente
Cheyne-stockes: existe aumento gradativo, vindo a apresentar decréscimo na
profundidade, seguido de um período em que a respiração para pôr breves instantes.
Kuss-maul: frequência e profundidade aumentada
Hiperventilação: respiração rápida e profunda
Hipoventilaçao: estado de lentificação em que há volume insuficiente de ar que entra e
sai dos pulmões.
Dor:
o É uma experiência sensorial e emocional
o É um fenómeno complexo e especulativo nas vertentes
Bio fisiológicas
Bioquímicas
Psicossociais
Comportamentais
Morais
o Objetivos da avaliação:
Prevenir a dor
Medir a intensidade
Avaliar a repercussão emocional
Utilizar medidas de alívio
Avaliar a evolução
o Indicadores observáveis:
Comportamentais:
Expressão vocal, corporal e facial
Modificações comportamentais
Fisiológicas:
Sinais físicos
Alterações endocino-metabolicas: libertação de hormonas que levam à mobilização de
substratos e catabolismo como libertação de cortisol, adrenalina, noradrenalina,
corticoides, etc….
o Escalas de avaliação:
Critérios para escolher os instrumentos:
Tipo de dor
Idade/desenvolvimento cognitivo
Situação clínica
Facilidade e tempo necessário para a avaliação
Validação e fiabilidade da escala
Tipos de escala:
Visual
Numérica
Qualitativa
De faces
o Avaliação da dor:
Causa ou etiologia:
Determina o fator que causa a dor
Natureza da dor/
Física – dor orgânica
Psicológica – dor psicogénica
Frequência da dor:
Pode ser episódica ou esporádica (alterna com períodos sem dor) ou continua
Intensidade da dor:
Utilização das escalas
Qualidade da dor:
Principal sensação que a dor transmite ao indivíduo.
Duração
Localização no corpo:
Quando tem local localizado é uma dor localizada a e quando é difícil localizar chama se
dor difusa.