Ultrassom Terapêutico

LABORATÓRIO DE ELETROTERMOFOTOTERAPIA
ULTRASSOM TERAPÊUTICO (US)
O ultrassom terapêutico é um dos diversos recursos que podem ser aplicados no

cotidiano da prática clínica, trazendo resultados positivos nos tratamentos de diversas
alterações patológicas. Low e Reed (2001) definem o ultrassom como a sucessão de
ondas sonoras emitidas por meio da vibração mecânica de um cristal estimulado por
energia elétrica (fenômeno piezoelétrico) e propagado em diversos meios, para que
quando aplicado sobre tecidos humanos gerem efeitos fisiológicos, ajudando no
processo de reabilitação dessas estruturas. Os benefícios do tratamento com o
ultrassom estão relacionados a seus efeitos térmicos (calor) e não térmicos
(micromassagem, ondas estacionárias, correntes acústicas e cavitação).
Figura 1 – Tratamento com ultrassom.
O cabeçote do equipamento de ultrassom apresenta algumas estruturas

específicas:
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• Transdutor: parte do equipamento onde se acomoda o cristal piezoelétrico.

Nessa área, a energia elétrica gera vibração mecânica e, posteriormente, o
som, quando passa pela área do cristal;
• ERA: é a área de radiação efetiva, ou seja, a região onde a onda sonora é
propagada.
Antes da realização da técnica, é importante realizar o teste de cavitação para

averiguar a funcionalidade do equipamento, procedendo da seguinte forma: colocar
sobre a ERA do equipamento uma pequena quantidade de água, aumentar a intensidade
(W/cm²) e observar a formação de bolhas.
Durante a aplicação, o transdutor (parte ERA) do equipamento de ultrassom
deve estar devidamente acoplado ao meio de condução para que se evitem danos ao
equipamento ou redução de eficácia da técnica.
Existem diversas técnicas de aplicação. A mais comum é por contato direto, em
que a ERA é acoplada sobre a pele do paciente com o auxílio de gel como meio de
contato, e não se deve desacoplá-lo sob o risco de dano ao equipamento. Nessa técnica
de aplicação, pode-se acrescentar ao gel ou substitui-lo por substâncias de efeito
terapêuticos, realizando a fonoforese.
Outra técnica de aplicação é a modalidade subaquática, que utiliza a água como
meio de contato com muitas vantagens, por conseguir fazer uma distribuição mais
uniforme da onda. Essa modalidade é indicada quando existe a necessidade de aplicação
do ultrassom em áreas pequenas e irregulares, como mãos e pés.
Os parâmetros para aplicação subaquática são os mesmos da aplicação direta,
porém essa modalidade exige cuidados específicos, como:
• Observar a classificação de segurança do equipamento IPX5 (resistente à

água);
• Submergir completamente apenas a região do cabeçote, jamais os fios;
• Usar recipiente plástico ou de vidro para evitar potencialização das ondas por
reflexão em materiais de metal;
• Realizar pequenos e lentos movimentos circulares, sem a necessidade de
contato com a pele, pois a água será o meio condutor;

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• Remover quaisquer acessórios de metal do paciente (anéis e pulseiras);

• Sempre usar luvas para evitar contaminação cruzada.
Alguns aparelhos seguem protocolos preestabelecidos com parâmetros já

ajustados, cabendo ao profissional apenas aplicá-los adequadamente, de acordo com a
patologia a ser tratada. A eficácia da aplicação do ultrassom terapêutico depende da
compreensão dos parâmetros a serem ajustados adequadamente:
• A frequência deve ser ajustada de acordo com a necessidade de tratamento

do paciente; quanto maior a frequência, menor a profundidade de
penetração da onda;
• A intensidade (doses que variam entre 0,125W/cm² e 5W/cm²) é ajustada de
acordo com a estrutura a ser tratada, pois intensidades menores tratam
estruturas mais próximas da pele, enquanto intensidades maiores tratam
estruturas mais profundas;
• A onda contínua ou pulsada, de acordo com a necessidade de gerar mais ou
menos calor;
• O tipo de agente acoplante, seja ele gel de contato simples, acrescido com
fármacos ou mesmo por imersão em meio líquido;
• O tempo de aplicação, que deve seguir o seguinte cálculo:
Á𝑟𝑒𝑎
𝑇(𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜) = (1)
𝐸𝑅𝐴
Portanto, para tratar uma área de 40cm² em uma ERA de 4cm, o cálculo realizado
será:
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜: 40 𝑐𝑚2 ⁄4 𝑐𝑚 = 10 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 (2)
Em todas as formas de aplicação, é necessário mover o cabeçote continuamente

em relação ao tecido que recebe o tratamento, pois o feixe de ultrassom é irregular
quanto à absorção nos tecidos devido a fenômenos de refração e reflexão. Além disso,

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pode ocorrer cavitação instável ou ondas estacionárias, superaquecendo os tecidos se

o cabeçote não for mantido em movimento constante.
Baseado nos processos descritos acima, prepare o ambiente e os parâmetros
para a aplicação do ultrassom terapêutico no laboratório virtual.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermatofuncional. São Paulo: Manole, 2002.
LOW, J; REED, A. Eletroterapia explicada: princípios e prática. 3. ed. São Paulo: Manole;
2001.
MOURA, E.; CAMPOS E SILVA, P. Fisioterapia: aspectos clínicos e práticas da reabilitação.

São Paulo: Artes médicas. 2005.
STARKEY, C. Recursos terapêuticos em fisioterapia: termoterapia, eletroterapia,

ultrassom, terapias manuais. São Paulo: Manole, 2001.

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O cabeçote do equipamento de ultrassom apresenta algumas estruturas

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• Transdutor: parte do equipamento onde se acomoda o cristal piezoelétrico.

Antes da realização da técnica, é importante realizar o teste de cavitação para

• Observar a classificação de segurança do equipamento IPX5 (resistente à

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• Remover quaisquer acessórios de metal do paciente (anéis e pulseiras);

Alguns aparelhos seguem protocolos preestabelecidos com parâmetros já

• A frequência deve ser ajustada de acordo com a necessidade de tratamento

𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜: 40 𝑐𝑚2 ⁄4 𝑐𝑚 = 10 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 (2)

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pode ocorrer cavitação instável ou ondas estacionárias, superaquecendo os tecidos se

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