ALELOPATIA
ALELOPATIA
ALELOPATIA
1, e25262, 2021
ISSN 2237-7417 | CC BY 4.0
Resumo
As plantas produzem aleloquímicos com propriedades que podem afetar outras plantas
de forma benéfica ou maléfica. Através de estudos com extratos naturais, é possível
analisar as propriedades alelopáticas de espécies e sua influência na germinação e
crescimento de plantas. Assim, o objetivo do presente trabalho foi analisar o potencial
alelopático da Kalanchoe laetivirens sobre sementes de Glycine max (L.). Para
realização da análise de germinação e crescimento, utilizou-se o EaqKL nas
concentrações 10% e 20%. A alelopatia resulta da liberação de compostos químicos
capazes de prejudicar ou beneficiar o desenvolvimento de outras plantas e organismo. A
Kalanchoe laetivirens demostrou efeito alelopático positivo sobre a germinação da soja,
1
Revista de Casos e Consultoria, V. 12, N. 1, e25262, 2021
ISSN 2237-7417 | CC BY 4.0
Abstract
Plants produce allelochemicals with properties that can affect other plants in a beneficial
or harmful way. Through studies with natural extracts, it is possible to analyze the
allelopathic properties and their influence on plant germination and growth. Thus, the
objective of this article was to analyze the allelopathic potential of Kalanchoe
laetivirens on seeds of Glycine max (L.). In order to perform the analysis of germination
and growth, we used EaqKL in concentrations of 10% and 20%. Allelopathy is the
result of the release of chemical compounds that acts harming or benefiting the
development of other plants and organisms. Kalanchoe laetivirens demonstrated a
positive allelopathic effect on soybean germination and it stimulated the root growth,
however, there was inhibition of the hypocotyl. It is suggested that future studies
analyze a more significant sample and use different concentrations and solvents to
produce the extract of K. laetivirens to enable its use in cultivars in the future. In
addition, it is recommended to develop phytochemical and pharmacological studies
regarding the K. laetivirens.
Keywords: Kalanchoe laetivirens; Medicinal plants; Allelopathy.
Resumen
Las plantas producen aleloquímicos con propiedades que pueden afectar a otras plantas
de forma beneficiosa o nociva. A través de estudios con extractos naturales, es posible
analizar las propiedades alelopáticas de las especies y su influencia en la germinación y
el crecimiento de las plantas. Así, el objetivo del presente trabajo fue analizar el
potencial alelopático de Kalanchoe laetivirens sobre semillas de Glycine max (L.). Para
realizar el análisis de germinación y crecimiento se utilizó EaqKL a concentraciones de
2
Revista de Casos e Consultoria, V. 12, N. 1, e25262, 2021
ISSN 2237-7417 | CC BY 4.0
Introdução
O interesse por pesquisas com plantas medicinais tem crescido devido à grande
variedade de espécies no mundo e devido à necessidade de descoberta de novos
fármacos para tratamento de doenças metabólicas, imunossupressoras, infecciosas e
cancerígenas (ARAÚJO et al., 2014).
As plantas produzem substâncias conhecidas como aleloquímicos, com
propriedades que afetam benéfica ou maleficamente outras plantas, este fenômeno é
chamado de alelopatia. Este efeito resulta de metabólitos secundários, quando liberados,
podem interferir na germinação, no crescimento e/ou no desenvolvimento de plantas já
estabelecidas e, ainda, no desenvolvimento de microorganismos. Estas substâncias
podem ser identificadas por análises fitoquímicas (KRUSE et al., 2000; BITENCOURT
et al., 2021)
A Kalanchoe laetivirens, também chamada de Bryophyllum laetivirens, é uma
suculenta, proveniente de áreas tropicais da África e da Ásia (MILAD et al., 2014),
popularmente utilizada no Brasil, onde é conhecida como aranto, flor-da-fortuna, mãe-
de-milhares (LORENZI, 2002; COLTRO, 2011). É geralmente consumida na forma de
chás e garrafadas, entretanto, ainda não há fortes evidencias científicas que comprovem
e caracterizem sua atividade farmacológica, nem sua composição fitoquímica (BRAGA,
2011; SANTOS, 2019).
3
Revista de Casos e Consultoria, V. 12, N. 1, e25262, 2021
ISSN 2237-7417 | CC BY 4.0
Metodologia
4
Revista de Casos e Consultoria, V. 12, N. 1, e25262, 2021
ISSN 2237-7417 | CC BY 4.0
Resultados
Conforme exibido no Gráfico 1, 10% das sementes tratadas com EaqKL 10%
germinaram no terceiro dia. No quarto dia, 75% das sementes germinaram, no quinto
dia 10% e no sexto dia 5%.
O grupo tratado com EaqKL 20% (N=20) apresentou 50% de sementes
germinadas no quarto dia, 40% no quinto e 1% no sexto dia. Enquanto o grupo controle
apresentou no terceiro dia 5% de sementes germinadas, 40% no quarto dia, 25% no
quinto dia e no sexto dia 30%.
5
Revista de Casos e Consultoria, V. 12, N. 1, e25262, 2021
ISSN 2237-7417 | CC BY 4.0
6
Revista de Casos e Consultoria, V. 12, N. 1, e25262, 2021
ISSN 2237-7417 | CC BY 4.0
7
Revista de Casos e Consultoria, V. 12, N. 1, e25262, 2021
ISSN 2237-7417 | CC BY 4.0
Considerações Finais
Referências
8
Revista de Casos e Consultoria, V. 12, N. 1, e25262, 2021
ISSN 2237-7417 | CC BY 4.0
CHON, S. U., JANG H. G., KIM, D. K., KIM, Y.M, BOO, H.O., E KIM, Y. J. (2005).
Allelopathic potencial in lettuge (Lactuca sativa L.) plants. Scientia horticulturae, 106
(3), 309 – 317, 2005.
COLTRO, S. ET AL. Enraizamento de estacas de videira iac 313 por extratos de tiririca
(Cyperus rothundus). Cadernos de agroecologia, v.6, n.2, 2011.
9
Revista de Casos e Consultoria, V. 12, N. 1, e25262, 2021
ISSN 2237-7417 | CC BY 4.0
LI, F. et al. Fitoextração de metais pesados assistida por reagente químico por
Bryophyllum laetivirens de solo de jardim feito de lodo Faculdade de Meio Ambiente,
Universidade de Tecnologia de Zhejiang, Hangzhou. Chemosphere, vol. 253, agosto de
2020.
LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais do Brasil: nativas e exóticas. Nova
Odessa: Instituto Plantarum. 512p, 2002.
SILVA, L.C.V.; BRAULIO, C.S.; CORREIA, A.J.; et al. Efeito alelopático do extrato
foliar de eucalipto na germinação de sementes de tiririca (Cyperus rotundus L.).
Brazilian Journal of Animal and Environmental Research, Curitiba, v.4, n.1, p.
1315-1320 jan./mar. 2021.
ZIMDAHL, R.L. Fundamentals of Weed Science. 4th. ed. San Diego: Academic
Press, 2013.
10