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CONCURSOS (VJ Estratégia Aula 04 PN Ee eC Ce Re erect Oa PELL) Professores: Aline Santiago, Paulo H M SousaAULA 04 Responsabilidade Civil. Apresentacao da Aula 04.. Cronograma das Aulas .. Atos Juridicos Licitos. Ato ili ito e o abuso de direito (art. 186 e 187), Excludentes de ilicitude (art.188) .... (arts. 927 a 954), Da Responsabilidade Ci O danovrnenmmnnnnnieniniennrnnnn A responsabilidade civil e a reparagao do dano. nexo causal. 0s efeitos da responsabilidade civil quanto aos titulares da ado ressarcitéria e quanto aos devedores da indenizacao. vVvVVVVV > Outras situagdes (arts. 939 © 940): sense > Aresponsabilidade civil e sua relacdo com a esfera penal Questdes da FCC senses a de Questdes Questdes Comentadas .. www.estrategiaconcursos.com.br tdeesAULA 04 Atos ILicITos. RESPONSABILIDADE CIVIL, PVR eee es ‘ ola! A aula de hoje talvez seja a mais “tranquila” entre as que foram apresentadas até aqui. E de boa aplicabilidade prética e de facil assimilag&o. Ao analisar questées que se referem aos atos ilicitos e a responsabilidade civil tenha em mente a situacao de inferioridade na qual é colocado aquele que sofre © dano (em relagdo aquele que o causa) e que esta situacéo seré sempre levada em consideragao pelo direito. Imagine as situagées na pratica, ficando clara esta ideia, vocé poderé acertar questées mesmo sem um dominio absoluto do assunto. Coragem. toil dette ewe Aulas Tépicos abordados no edital Data Aula 04 Atos juridicos ilicitos; abuso de direito; 10/05/2017 Aulas Tépicos abordados no edita Artigos da Lei fe fe i Art, 186 - 188 Bs ‘Aula 04 At05 juridicos ilicitos. Da responsabilidade 35 Civil. Art. 927 - 954 Be Se OBSERVACAO IMPORTANTE: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a IRATARIA legislacd it 5 en RATARIA legislagao Sobre direitos autorals e da outras providéncias. Grupos de rateio e pirataria sao clandestinos, violam a lei € prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) www.estrategiaconcursos.com.br 2dees: AULA 04 ATOS ILICITOS. RESPONSABILIDADE CIVIL. Jé estudamos em outra aula que o ato para ser considerado um ato juridico precisa ter repercusséo no mundo juridico. Vocé se recorda disto? Atos juridicos licitos (atos juridicos em sentido amplo) séo os tnegécios juridicos e, também, os chamados ?atos juridicos em sentido estrito (ou atos n&o negociais), sendo que estes Ultimos desencadeiam consequéncias juridicas independentemente da vontade do agente, e isto porque seus efeitos estéo previamente descritos na lei. Os efeitos desses atos se produzem ex /ege’. E o que acontece, por exemplo, quando um pai reconhece um filho, deste ato de reconhecimento - que n&o é um ato negocial, mas é licito, decorre uma série de consequéncias juridicas. Deste modo, existe um ato de vontade da pessoa, mas a produgao dos efeitos ndo se dé de acordo com o seu querer, mas sim de acordo com o que esté determinado na lei em relac&o aquele ato praticado. Isto ndo pode ser modificado pela pessoa interessada. V todo negécio juridico é um ato licito, mas nem todo ato licito seré um negécio juridico, é 0 que ocorre com os atos jurfdicos em sentido restrito que s&o apenas licitos ou meramente licitos. Vo ato ilicito, embora seja_um fato juridico, no sera considerado ato iuridico, pois atenta contra o direito (desta forma, sempre que vocé estiver diante da expressdo ato juridico - estaré diante de um ato licito). * Ex lege = de acordo com a lei www.estrategiaconcursos.com.br 3de89LAto juridico ‘em sentido 3.Atosillcitos Lee 4 ( Fato Juridico Figura 1. © Fato Juridico compreende: 0 ato Juridico em sentido amplo (1 e 2); ¢, também, os atos ilicitos (3). Todos estes atos devem ter repercussdo no mundo juridico. A responsabilidade civil podera ter origem em um ato que a principio é licito (como, por exemplo, a contratagéio de uma obrigag&o), mas que no seu inadimplemento (no seu néo cumprimento) pode gerar a necessidade de indenizar. E a responsabilidade civil poderd se originar pela ndo observacao de determinadas regras de convivio em sociedade. Portanto, a responsabilidade pode advir de um nao cumprimento contratual - diz responsabilidade civil *contratual_ou_negocial, ou poderé advir de um no respeito a regras de convivio em sociedade — e, neste caso, diz responsabilidade civil 2extracontratual ou aquiliana. No Cédigo Civil de 2002, a responsabilidade civil extracontratual ou aquiliana esté baseada em dois dispositivos legais, quais sejam: o art. 186 - que trata do ato ilfcito, e o art. 187 - que trata do abuso de direito. Qdoessemos agora ao seu estudo mais detalhado! Ato ilicito e o abuso de direito (art. 186 e 187) © ato ilicito, embora também decorra da vontade do agente, produz efeito juridico involuntario, gera obrigacdo de reparar o dano. Conforme lig&o de Flavio Tartuce”: “De inicio, 0 ato ilicito é 0 ato praticado em desacordo com a ordem juridica, violando direitos e causando prejuizos a outrem. Diante da sua ocorréncia, a ® Manual de Direito Civil, vol. Unico, ed. Método, 2° ed., pg. 418. www.estrategiaconcursos.com.br 4de09norma juridica cria 0 dever de reparar 0 dano, o que justifica o fato de ser o ato ilicito fonte do direito obrigacional. O ato ilicito 6 considerado um fato juridico em sentido amplo, uma vez que produz efeitos juridicos que néo séo desejados pelo agente, mas somente aqueles impostos pela lei”. Assim, estaremos no campo dos atos ilicitos se 0 agente, por tagdo ou 2omiss4o voluntaria, pratica ato contra o direito, com ou sem a intencdo manifesta de prejudicar, no entanto ocasiona o prejuizo, ocasiona dano a outrem. Observe que para o Direito Civil existiré interesse no ato ilicito se houver dano a ser reparado (um dano a ser indenizado). Nao existe no Direito Civil o interesse em “punir” o culpado pelo ato. Neste ramo do direito o interesse esté na reparagdo do dano, com a recomposicao patrimonial da pessoa que foi atingida pelo ato ilicito. Neste momento, surge, ent&o, a outra figura do nosso estudo de hoje, qual seja: a responsabilidade civil. Cabe fazermos aqui “um pequeno paréntese”, diferenciando 0 ato ilicito na esfera civil (como jé explicado) e na esfera penal. Na esfera do Direito Penal, ha uma série de condutas denominadas tipicas, que esto descritas na lei, so condutas que atentam contra a lei penal, violam a lei, indo de encontro a vida social. Estas condutas constituem os crimes ou delitos penais 2 “Entao, a violagao do direito pode ser vista sob mais de um aspecto?” Exatamente. Para o nosso estudo, no que se refere a esta aula, é importante que vocé entenda que a violacdo do direito pode configurar ofensa sociedade, pela infragdo de preceito indispensavel a sua existéncia (infracdo a norma de direito public), ou configurar um simples dano individual (0 i ivado). No primeiro caso, estaremos diante de um delito penal, consistente na violacao da lei penal e que induz responsabilidade penal, tendente a punig&o. No segundo caso, estaremos diante de um “delito” civil, consistente na violagdo de um direito subjetivo privado e que induz reparagéo (indenizagio) do dano, a chamada responsabilizacio civil. Observe, no entanto, que existe a possibilidade de um ato ilicito violar as duas esferas. Neste caso, existirao, a0 mesmo tempo, as duas responsabilidades, quais sejam: a penal e a civil. Outra ética que pode ser analisada, mas que n&o cabe nesta aula de direito civil 0 seu estudo aprofundado, € a que diz respeito as infragdes administrativas. www.estrategiaconcursos.com.br 5 dees~ mportante! Ainda analisando a relacéo entre o direito civil e 0 direito penal, outra diferenciag&o que devemos fazer, para um melhor entendimento da aula, é com relag&o a palavra culpa. A culpa seré um dos pressupostos da responsabilidade civil. No campo civil usa- se muito a palavra culpa em sentido /ato sensu, ou seja, a culpa em sentido amplo. Na responsabilidade, quando falarmos em culpa, estamos nos referindo tanto ao dolo* quanto a culpa‘ propriamente dita. Em sentido amplo a culpa abrange toda espécie de comportamento contrario a direito, seja ele intencional ou no, bastando que seja imputavel ao causador do dano. Para o direito civil ato ilicito ¢ aquele contrario 4 ordem juridica e lesivo ao direito subjetivo individual, criando o dever de reparar tal prejuizo, seja ele moral ou 2patrimonial. Assim esta normatizado no artigo 186 do CC: Art. 186. Aquele que, por agée ou omisséo yoluntaria, negligéncia ou imprudéncia, tviolar direito @ causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilicito. Verificamos que o art. 186 menciona tanto 0 dolo como a culpa (assim considerados no campo penal). Quando fala em “ago ou omisséo voluntaria” se refere ao dolo - que é a situagao em que o agente quer 0 resultado ou assume o risco de produzi- lo. A culpa, segundo o art. 186, vem representada pela expressao “negligéncia ou imprudéncia”. Na conduta culposa, ha sempre ato voluntario determinante de um resultado involunta A pessoa nao previu 0 resultado, mas a previsibilidade do evento existe, isto 6, se nés olharmos objetivamente para o evento observaremos que 0 acontecimento era previsivel. 2 No dolo o agente procura intencionalmente o resultado. “Na culpa o fato se da por negligéncia, imprudéncia ou impericia. www.estrategiaconcursos.com.br 6 desAco Negligéncia Le Imprudéncia Violar direito e causar dano a 20missio Voluntéria Figura 2. Representagao do CC art. 186. Ato ilicito. Veja, entdo, que no art. 186 existem duas caracteristicas marcantes: No artigo 187 aparece a figura do abuso de direito: Art. 187. Também comete ato ilicito o titular de um direito que, ao exercé-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econémico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. Assim, 0 abuso de direito consiste em um ato juridico de objeto licito, mas cujo exercicio ndo observa os limites que s3o impostos. Desta forma, 0 agente exercita um direito seu, mas exorbita seus limites e acaba por desviar- se dos fins sociais para os quais estava voltado este direito. © ato em si é licito, mas perdera esta licitude (tornando-se ilicito) na medida de sua execuggo. Atente que este artigo nao fala em culpa, pois para que se caracterize o abuso de direito basta que a pessoa seja titular de um direito e que, na utilizaco de suas prerrogativas, exceda os seus limites. Uma vez presentes os requisitos do art. 187, a responsabilidade sera fa - ou seja, independente de culpa. objet www.estrategiaconcursos.com.br 7 de9Os conceitos de responsabilidade objetiva (que independe de culpa) e de responsabilidade subjetiva (que depende da comprovacao de culpa) sdo bastante importantes e vocé vera isso no decorrer desta aula. Neste sentido, temos o enunciado 37 da I Jornada de Direito Civil do Conselho Nacional de Justic¢a: “Art. 187. A responsabilidade civil decorrente do abuso de direito independe de culpa, e fundamenta-se somente no critério objetivo-finalistico”. © Cédigo Civil de 2002 (como vimos acima no art. 187) considera o abuso de direito um ato ilicito, isto porque, extrapolar os limites de um direito em prejuizo de outra pessoa merece uma resposta, em virtude de consistir em violacdo a principios de finalidade da lei. Aquele que transborda os limites aceitaveis de um direito, ocasionando prejuizo, deve indenizar. A diferenca basica entre os institutos vistos acima (ato ilicito e abuso de direito) € que no primeiro o ato jé nasce ilicito e assim também sero suas consequéncias; jé no segundo o ato nasceré licito, mas serd ilicito o exercicio abusivo de suas prerrogativas. Ainda sobre 0 art, 187 temos o enunciado 413 da V Jornada de Direito Civil que reforca a orientagéo do atual cédigo quanto ao principio da sociabilidade, presente no mencionado artigo: “Os bons costumes previstos no art. 187 do CC possuem natureza subjetiva, destinada ao controle da moralidade social de determinada época; e objetiva, para permitir a sindicdncia da violagéo dos negécios juridicos em questdes nao abrangidas pela funcao social e pela boa-fé objetiva”. Excludentes de ude (art.188) O artigo 188 do CC enumera casos de exclusdo de ilicitude. Sao os atos lesivos que ndo sdo considerados 'S. Art. 188. Nao constituem atos ilicitos: I - 0s praticados em ilegitima defesa ou no 2exercicio regular de um direito reconhecido; IT - a deterioracao ou destruicao da coisa alheia, ou a lesao a pessoa, a fim de remover 2perigo iminente. www.estrategiaconcursos.com.br 8 deesPardgrafo unico. No caso do inciso II, 0 ato seré legitimo somente quando as circunstancias 0 tornarem absolutamente necessério, n&o excedendo os limites do indispensdvel para a remogao do perigo. B pcan no se esqueca, ha trés casos excepcionais que nao constituem atos ilicitos apesar de causarem lesdes aos direitos de outrem, isto ocorre porque a prépria norma juridica Ihes retira a qualificacdo de ilfcito. Sdo eles: A legitima defesa; Exercicio regular (ou normal) de um direito reconhecido; Estado de necessidade (quando ha perigo iminente) Vamos ver cada um deles! &.. A legitima defesa é considerada como excludente de responsabilidade civil, se com o uso moderado de meios necessdrios alguém repelir injusta agressdo, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Observe que existe um ato que é praticado contra um agressor, mas os meios utilizados para esta defesa devem ser apenas aqueles estritamente necessérios. A legitima defesa pode ser real ou, ento, pode ser putativa, A legitima defesa putativa ocorre quando uma pessoa imagina estar sofrendo uma agress&o, mas na realidade isso ndo esta acontecendo. Nesta situaggo, se a pessoa tomar alguma atitude com a intengdo de se defender deste perigo imaginavel, cabera indenizagao para 0 prejudicado. Como também cabera indenizacdo se houver excessos na defesa. Assim, para que ocorra a legitima defesa é preciso: %Que a ameaca ou a agressdo ao direito seja atual ou iminente; Que seja injusta; %Que os meios utilizados na repulsa sejam moderades, isto 6, no véo além do necessario para a defesa; %Que a defesa seja de direito. &, O exercicio regular ou normal de um direito reconhecido exclui qualquer responsabilidade pelo prejuizo, por ndo ser um procedimento que fere www.estrategiaconcursos.com.br 9deo9ao direito. Parte-se do principio que quem usa de um direito seu no causa dano a ninguém. Como exemplos podemos citar a pessoa que executa uma construg&o nos parametros permitidos por lei em determinado terreno, mas que acaba por prejudicar o imével vizinho, ocultando a sua visdo ou recepsao solar. Mas cuidado! Conforme ja explicado anteriormente, se houver configurado ato &, fe} II - a deterioracao ou destruicdo da coisa alheia, ou a leséo a pessoa, a fim de remover 2perigo iminente. € a situacéo encontrada no inciso II: Paragrafo Unico, No caso do inciso II, 0 ato seré legitimo somente quando as circunstancias 0 tornarem absolutamente necessdrio, ndo excedendo os limites do indispensdvel para a remocao do perigo. © estado de necessidade consiste na ofensa do direito alheio (deterioracéo ou destruicio de coisa pertencente a outrem ou lesdo a uma pessoa) para remover perigo iminente, quando as circunstancias 0 tornarem absolutamente necessario e quando n&éo exceder os limites do indispensavel para a remogao do perigo. Assim, por exemplo, age em estado de necessidade quem destréi a propriedade alheia para salvar vida de alguém. Para que se configure o estado de necessidade, exige-se: Perigo atual que ameace um bem juridico, n’o provocado voluntariamente pelo agente; %Prejuizo indispensavel para evitar o dano iminente; %Limitag&o do prejuizo ao necessirio para a sua remocao; %Proporgéio maior do dano evitado em relagSo ao dano infligido. Embora a lei declare que a o estado de necessidade (inciso II do art. 188) e a legitima defesa (art. 188, inciso I) nao tipificam um ato iligto, em determinados casos, suieitam o autor do dano a reparacdo. £ 9 que encontraremos nos arts. 929 e 930: Art, 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, nao forem culpados do perigo, assistir-Ihes-4 direito 4 indenizacao do prejuizo que sofreram. www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 89Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terd o autor do dano acao regressiva para haver a importancia que tiver ressarcido ao lesado. Paragrafo Unico. A mesma acao competira contra aquele em defesa de quem se causou © dano (art. 188, inciso 1). Portanto, se a pessoa lesada, ou dono da coisa destruida ou deteriorada nao forem culpados do perigo, estes terdo direito a indenizacéo e o autor do dano sera responsavel pela reparaco, ficande, contudo, com acéio regressiva contra seu causador. 2 n “Ficou complicado. Vocés podem esclarecer melhor isto?” Sim. Observe que nas hipéteses dos arts. 929 e 930 existem terceiros envolvidos. Ocorre mais ou menos 0 seguinte: 1paulo lesa 2José, mas em virtude de causa provocada por 3Mério (causador do perigo). Nesta situac&o, 2José, ndo é 0 culpado pelo perigo e fara jus a indenizacéo paga por *Paulo que lhe causou dano. *Paulo, por sua vez, tera direito de ac&o (regressiva) contra 2Mario (0 verdadeiro culpado pelo perigo). Observe que n&o hd como nao associarmos o assunto Atos ilicitos (arts. 186 a 188) com a Responsabilidade Civil (arts. 927 a 954). Pois o dano, principal efeito dos atos ilicito, gera a obrigagéo de reparagdo, @ responsabilizacao civil. Da Responsabilidade Civil (arts. 927 a 954) Para que uma pessoa seja responsabilizada civilmente e assim surja o dever de indenizar, trés° sfo os pressupostos® que devem estar presentes, quais sejam: a) Fato lesivo yoluntdrio ou conduta humana, causado pelo agente por acio ou omissSo, que ocasione dano a outrem, ainda que exclusivamente moral. Normalmente ocorre uma aco positiva - ou seja, © sujeito pratica uma ag&o que ocasionaré o dano. J4 a omisséo é mais trabalhosa para ser comprovada, uma vez que se precisa provar que 5 Existe divergéncia entre os doutrinadores sobre quais séo os pressupostos do dever de indenizar. Alguns acrescentam aos trés - a conduta, 0 nexo eo dano - a culpa genérica ou lato sensu, Nés optamos por explicar a culpa em separado, por uma questao didatica, mas vale o esclarecimento. ® Vocés também podergo encontrar estes pressupostos como elementos da responsabilidade civil. www.estrategiaconcursos.com.br tide 89existia um dever de agir e também que se tivesse ocorrido esta aco, 0 dano néo se teria concretizado. O fato poder estar relacionado tanto a ato préprio como a ato de terceiro e que esteja sob a guarda da pessoa. b) Ocorréncia de um dano, seja ele *patrimonial (material) ou 2moral (extrapatrimonial). Nao pode haver responsabilidade civil sem a existéncia de um dano, é também necessario que exista prova, real e concreta, desta les&o. c) Nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente. E uma ligac&o virtual entre a aco e o dano resultante. A causa do dano deve ser o comportamento do agente. Este nexo ficara afastado, excluindo a responsabilidade, por exemplo, se 0 evento se deu por culpa exclusiva da vitima, no chamado estado de necessidade, na legitima defesa e no caso fortuito ou forga maior. ‘Sao elementos necessarios a configuracao do ato ilicito: 3Nexo de causalidade entri Viclacdéo de dircito > 2Ocorréncia do dano O cédigo coloca o Titulo - Da Responsabilidade Civil - dentro da Parte Especial, no Direito das Obrigagdes, e o divide em dois capitulos: *Da Obrigag&o de Indenizar (arts. 927 a 943) e 2Da Indenizacao (arts. 944 a 954). A responsabilidade civil dirige-se @ restauragdo de um equilibrio moral e patrimonial desfeito. E a perda ou a diminuic&o verificada no patriménio do lesado ou 0 dano moral que desencadeiam a reac&o legal, movida pela ilicitude da ac&o do autor, pela lesdo ou pelo risco. O dano causa desequilibrio www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 89Assim, todo aquele que causar dano’ a outrem fica obrigado a repara-lo, restabelecendo assim 0 equilibrio rompido. E uma espécie de contraprestacao. Art. 927. Aquele que, por ato ilicito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a reparé-lo. Pardgrafo Unico. Haverd obrigac3o de reparar o dano, independentemente de culpa, nos ‘casos especificados em lei, ou ?quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. > A Culpa. Conforme ja explicamos, a culpa envolve 4a culpa stricto sensu (ou aquiliana) ¢ 20 dolo. Nao hé de se confundir os conceitos de dolo e de culpa que séo bastante distintos, mas as consequéncias, no que diz respeito as indenizagées civis, sero as mesmas. A indenizag&o baseia-se no dano sofrido, no entanto a culpa poderé ser analisada. Veja o que dizem os artigos 944 e 94 yt. 944. A indenizacéo mede-se pela extens&o do dano. Paragrafo Unico. Se houver excessiva desproporcao entre a gravidade da culpa @ 0 dano, poderd o juiz reduzir, equitativamente, a indenizacao. Art, 945, Se a vitima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenizacdo seré fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. & NC-UFPR 2017/UFPR/Administrador. Foi considerado correto 0 seguinte enunciado: A indenizaéo é medida pela extensdo do dano, mas se houver excessiva desproporcéo entre a gravidade da culpa e 0 dano, podera o juiz reduzir a indenizacao. No artigo 945 aparece a figura da culpa concorrente, que traré a diminuig&o dos efeitos do ato ilicito como consequéncia. ? Pessoa natural ou pessoa juridica. www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 89m “E 0 que vem a ser a culpa concorrente?” A concorréncia de culpas se da quando tanto o agente quanto a vitima agem com culpa. A culpa da vitima acaba por diminuir a culpa do agente. Portanto, quando a vitima também concorreu para o evento danoso, com sua propria conduta, é comum a indenizagao ser concedida pela metade ou em fragdo diversa, dependendo da contribuig&o da vitima. Pois como ambas as partes cooperaram para o evento, néo seria justo que uma so respondesse pelos prejuizos. Porque, aqui, a outra parte nao contribuiu para o evento danos: Quando se tem a culpa como elemento necessario para a caracterizago do dever de indenizar, estaremos diante da responsabilidade subjetiva - esta depende da culpa do agente causador do dano. © contrétio também foi previsto no nosso ordenamento juridico. Existem varias situagdes para as quais o ordenamento dispensa a culpa para o dever de indenizar, bastando *9 dano, 7a_autoria e 39 _nexo causal, 0 que se denomina responsabilidade objetiva. ‘Em questées de prova, principalmente as que envolvem a chamada responsabilidade indireta, vocé deve dominar alguns conceitos, quais sejam: culpa in comittendo - esté relacionada a uma aco. ‘culpa in omittendo - esta relacionada a uma omissao. culpa in eligendo - esté relacionada a mé escolha do preposto. culpa in vigilando - esta relacionada a falta de ateng&o com o procedimento de outrem, cuja pessoa é responsével. ‘culpa in custodiendo - esta relacionada a falta de cuidados com a guarda de animal ou de objeto. Vamos falar um pouquinho da imputabilidade. www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 89A imputabilidade, é 0 termo juridico utilizado para aferir se alguém pode ser responsabilizado por seu ato, é elemento constitutivo da culpa, se refere a condigdes pessoais® daquele que praticou 0 ato lesivo, é a verificagao se o ato é resultado de uma vontade livre. Existem casos que afastam a imputabilidade: %A menoridade - porém o ato ilicito por ele praticado acarretaré a responsabilidade objetiva (art. 933 e 932, que sera visto mais afrente); %A deméncia ou estado de grave desequilibrio mental, acarretado pelo alcoolismo ou pelo uso de drogas, ou de debilidade mental, que torne o agente incapaz de controlar suas agées. Também neste caso havera a responsabilidade objetiva do responsdvel pelo incapaz; %A anuéncia da vitima que por ato de vontade interna ou de simples escolha elege um de seus interesses em detrimento de outro. Além disso, temos os trés excludentes: %Exercicio normal de _um direito, como por exemplo, um credor que penhora bens do devedor para pagamento de divida; ‘SLeaitima defesa; ‘$Estado de necessidade. » Orisco e a teoria do risco. © pardgrafo Unico do art. 927 € taxativo quando diz que havera casos onde néo se cogita a culpa do agente, so hipéteses em que o dano é reparével mesmo sem o fundamento da culpa (responsabilidade objetiva), baseando-se simplesmente no risco objetivamente considerado. Neste caso, de responsabilidade sem culpa, & preciso esclarecer que o perigo deve resultar do exercicio da atividade e n&o do comportamento do agente. A atividade é licita, mas causa perigo a outrem. Art. 927. Paragrafo Unico. Havera obrigagéo de reparar o dano, independentemente de culpa, nos ‘casos especificados em lei, ou 2quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Sdo duas as situages da chamada responsabilidade objetiva: ® Se no momento da prética do ato, a pessoa tinha consciéncia do que fazia e mesmo assim o praticou. www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 891Casos especificados em lei. '6?Atividade que por sua natureza implique risco ao direito de outro Segundo Caio Mario da Silva Pereira®: "No campo da teoria objetivista situa-se a teoria do risco proclamando ser de melhor justica que todo aquele que disponha de um conforto oferecido pelo progresso ou que realize um empreendimento portador de utilidade ou prazer, deve suportar os riscos a que exponha os outros”. A teoria do risco muda o foco, que até antéo estava localizado na culpa. Agora a responsabilidade baseia-se no risco. A culpa nao é substituida apenas deixa de ser o principal elemento a ser observado. » Classificacgées da responsabilidade civil. wwe ? Muito importante! (Pensando em provas de concursos) As espécies de responsabilidad Quanto ao seu fundamento, poderé ser: responsabilidade subjetiva que & a teoria cléssica e pressupde a culpa em sentido amplo como elemento necessario, como fundamento, para a responsabilizacio civil; ¢ responsabilidade objetiva que se fundamentada no risco, no dano mesmo sem culpa, sendo necessdrios apenas o dano e 0 nexo de causalidade Quanto ao seu fato gerador, como jé falado anteriormente, poderé ser: responsabilidade contratual (quando oriunda de inexecug30 de negécio juridico bilateral ou unilateral); responsabilidade extracontratual ou aquiliana (a fonte dessa responsabilidade é a inobservancia da lei, 6 a lesdio a um direito, sem que entre as partes exista qualquer relac8o juridica). A responsabilidade contratual esté localizada principalmente no que diz respeito ao Inadimplemento™ de obrigacées: Art. 389. Nao cumprida a obrigago, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualizacao monetéria segundo indices oficiais regularmente estabelecidos, e honordrios de advogado. Art. 390. Nas obrigagdes negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster. ° Caio Mario da Silva Pereira, Instituigées de direito Civil, volume I, 25 ed., pag. 560. *° N&o cumprimento. www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 89Art, 391. Pelo inadimplemento das obrigacées respondem todos os bens do devedor. Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem nao favoreca. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceg6es previstas em lei. Art. 393. O devedor nao responde pelos prejuizos resultantes de caso fortuito ou forca maior, se expressamente nao se houver por eles responsabilizado. Paragrafo Unico. O caso fortuito ou de fora maior verifica-se no fato necessério, cujos efeitos nao era possivel evitar ou impedir. Art. 402. Salvo as excecées expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. Art. 403. Ainda que a inexecugao resulte de dolo do devedor, as perdas e danos sé incluem os prejuizos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuizo do disposto na lei processual. %Quanto ao agente (quanto 4 pessoa que pratica a acdo), podera ser: eta (se proveniente da propria pessoa responsabilizada), e indireta ou complexa (se derivada de ato de terceiro na vigéncia de vinculo legal de responsabilidade; ou de responsabilidade sobre animais (fato de animal) e objetos que estéo sob sua guarda). >» Odano. Apés detalharmos a culpa e o risco passemos para o dano. Jé falamos anteriormente que ndo pode haver responsabilidade civil sem um dano, para que haja pagamento de indenizacéo, é necesséria a comprovacao da existéncia de lesdo. Pensando em provas vocé precisa ter os seguintes entendimentos: Ao lado do dano individual - que constitui les a patriménio ou a direito de personalidade, nés temos também o dano social - que é uma lesdo a sociedade no seu nivel de vida, tanto por rebaixamento de sua seguranga, quanto por diminuig&o de sua qualidade de vida. O dano individual basicamente podera ser: “ 0 dano patrimonial é les’o concreta, a um interesse relativo a patriménio da vitima, consistente na perda ou deteriorago, total ou parcial, dos bens materiais que Ihe pertencem, sendo suscetivel de avaliacdo pecuniaria e de indenizaco pelo responsavel www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 890 dano moral é les&o aos direitos da personalidade, de pessoa natural ou juridica. A indenizaco por dano moral inclusive encontra respaldo constitucional federal em seu art. 5, incisos V e X: Art. 59, V - é assegurado 0 direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenizacao por dano material, moral ou 4 imagem; X - so invioléveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado 0 direito a indenizacéo pelo dano material ou moral decorrente de sua violacao; > A responsabilidade ci e@ a reparacao do dano. Como vocé jé pode perceber, a responsabilidade civil constitui uma relacdo obrigacional que tem por objeto a prestacdo de ressarcimento, ou seja, a reparacdo do dano procurando, na medida do possivel, desfazer seus efeitos, restituindo o prejudicado ao status quo ante. Portanto a fung&o da responsabilidade é servir como sancio civil, punindo © lesante e desestimulando a pratica de atos lesivos, mas é também, principalmente, a garantia ao direito do lesado, tendo natureza compensatéria, mediante a reparacao do dano causado a vitima. A obrigac&o de ressarcir 0 prejuizo causado pode originar-se: %Inexecugao contratual, pois se origina de responsabilidade contratual, o n&o cumprimento da obrigacdo, seja total ou parcial, bem como nos casos de retardamento de seu cumprimento. ‘SA Lesdo a direito subjetivo ocorre sem que preexista entre o lesado e lesante qualquer relagéo juridica, Nesta responsabilidade extracontratual aparecerao, por exemplo, os casos de *responsabilidade por fato de terceiro, 2de animais e 2de coisas, que configuram a responsabilidade indireta. Vamos dar uma olhada em alguns artigos do Cédigo Civil onde temos a possibilidade da responsabilidade indireta: Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresdrios individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulacao. Art. 936. O dono, ow detentor, do animal ressarcird o dano por este causado, se no provar culpa da vitima ou forca maior. Art. 937. © dono de edificio ou construcao responde pelos danos que resultarem de sua ruina, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 89Art, 938, Aquele que habitar prédic, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele cairem ou forem lancadas em lugar indevido. O principio que rege a profundidade de alcance da responsabilidade, até onde ela atingira o patriménio da pessoa que deve indenizar, é o principio da responsabilidade patrimonial. Ou seja, a pessoa deveré responder com seu patriménio pelos prejuizos causados a terceiros. A responsabilidade deverd ser total, cobrindo o dano em todos os seus aspectos, de modo que todos os bens do devedor, com excecéo dos inaliendveis, respondam pelo ressarcimento. Além disso, @ obrigag&o de prestar a reparagdo transmite-se com a heranga e o lesado poderé demandar o espélio até onde este alcancar 0 saldo positivo deixado pelo de cujus aos seus sucessores. 2 # “O que isto quer dizer?” Quer dizer que os herdeiros responderdo até os montantes deixados como heranca. Os herdeiros ndo responderdo com seu patriménio pessoal. Cs) Em tese, apenas 0 lesado ou seus herdeiros teriam legitimacao para exigir a indenizagdo do prejuizo, porém, atualmente, se tem admitido que a indenizagio possa ser reclamada pelos que viviam sob a dependéncia econémica da vitima. Havendo direito & reparacdo do dano, surge a liquidagdo, que é a operagéo de vai concretizar a indenizacéo, fixando o quanto e o modo do ressarcimento. Este ressarcimento nao poder exceder o valor do dano causado por no se permitir enriquecimento indevido. Ao credor se deve dar aquilo que baste para restaurar a situacao ao status quo ante, sem acréscimos nem redugées. Continuando! Para se chegar ao quantum devido, de acordo com os arts. 944 € 945 © magistrado analisar 0 grau de culpa do lesante e se houve yacdo (culpa) do lesad: Art. 944. A indenizaco mede-se pela extensdo do dano. Pardgrafo Unico. Se houver excessiva desproporcéo entre a gravidade da culpa e o dano, poderd 0 juiz reduzir, equitativamente, a indenizacao. www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 89Art. 945, Se a vitima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenizacao sera fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. 0 juiz deveré analisar também: A situacio da vitima e do causador do dano; A influéncia de acontecimentos exteriores ao fato prejudicial_(visto que a responsabilidade civil requer nexo de causalidade entre o dano e a aco que o produziu); SA possibilidade de lucro obtido pela vitima com a reparagao do dano. » O nexo causal. O nexo causal vem a ser o vinculo entre 0 prejuizo sofrido e a acao. Para caracterizar este nexo, basta que se verifique que o dano'! n&o ocorreria se o fato no tivesse acontecido. Vocé precisa tomar cuidado com a negago da causalidade, as excludentes de responsabilidade. As principais excludentes de responsabilidade civil sio: 0 estado de necessidade; a legitima defesa (jd vistos quando analisamos os excludentes de ilicitude do art. 188); a culpa da vitima; o fato de terceiro; o caso fortuito ou forga maior e a clausula de nao indenizar. Todos os casos de excludentes de responsabilidade deverdo ser devidamente analisados e comprovados, porque sua comprovacgao deixa o lesado sem a composig&o do dano sofrido. » Os efeitos da responsabilidade civil quanto aos titulares da acao ressarcité e@ quanto aos devedores da indenizagcao. ‘sTitulares da ac&o ressarcitéria: +10 dano podera ter um efeito indireto, como por exemplo, quando uma pessoa quebra a vitrine de uma loja, e por causa desta atitude objetos sao furtados da loja. Terd que indenizar 0 vidro e também os objetos que foram furtados, por ser dano indireto, embora efeito necessario da aco de quebrar a vitrine. * Se o evento danoso foi resultado de caso fortuito ou forca maior, deixa de existir o elemento culpa, deixando de existir a responsabilidade. Neste caso, existem dois elementos: um de ordem interna - que é a inevitabilidade do evento, e outro de ordem externa - que é 2 auséncia de culpa do agente. A alegacéo de caso fortuito ou forca maior cabe ao réu, ou a pessoa que estd sendo acusada de ter cometido o ato. www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 89No momento da consumac&io do fato lesivo surge para o lesado a pretensdo de indenizac&o, mas seu direito de crédito apenas se concretiza com a decisao judicial. Além disso, tal direito transmite-se com a heranca. Assim temos 0 art. 943: Art. 943. O direito de exigir reparacao e a obrigagao de presta-la transmitem-se com a heranca. Gab sisican ky NC-UFPR 2017/UFPR/Administrador. Foi considerado correto o seguinte enunciado: O direito de exigir reparacdo e a obrigagao de presta-la transmitem-se com a heranca. O direito de ressarcimento do dano atinge a todos os efetivamente experimentarem o prejuizo. As pessoas juridicas, puiblicas ou privadas, poderao propor acéo fundada em dano material ¢ em dano moral objetivo. %Devedores da indenizacdo: Como vimos o dano é pressuposto da responsabilidade civil e terd obrigag&o de repara-lo aquele para qual a lei impés tal responsabilidade. Em regra, a obrigaao de reparar o dano sera individual, mas nem sempre vai ser direta (como jé vimos nas espécies de responsabilidade), seré indireta, por exemplo, quando a pessoa responder por fato de outrem, por animais ou coisas sob sua guarda. A responsabilidade direta e a responsabilidade indireta: SA responsabilidade direta, simples ou por fato proprio - 6 a que decorre de um fato pessoal do causador do dano, resultando, portanto, de uma acao direta de uma pessoa ligada a violagdo ao direito ou ao prejuizo ao patriménio, por ato culposo ou doloso. A responsabilidade complexa ou indireta - é aquela que s6 podera ser vinculada indiretamente ao responsével. Compreende: A *responsabilidade por fato de terceiro; a 2responsabilidade pelo fato do animal; e a 3responsabilidade pelo fato da coisa. *Responsabilidade por fato de terceiro, art. 932: Art, 932, Séo também responsaveis pela reparacao civil: www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 89I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; II - 0 tutor e 0 curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condicées; III - 0 empregador ou comitente, por seus empregados, servi¢ais e prepostos, no exercicio do trabalho que Ihes competir, ou em razao dele; IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educacéo, pelos seus héspedes, moradores e educandos; V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia. ute QO: © artigo 932 6 muito importante para fins de prova!! © fato de terceiro néo exclui a responsabilidade, mas aquele que ressarcir © dano causado por outrem, se este nao for seu descendente, absoluta ou relativamente incapaz, poderé reaver o que pagou Com relagéo a responsabilidade civil dos incapazes e a reparacdo do dano hé outro artigo no cédigo: Art. 928, O incapaz responde pelos prejuizos que causar, se as pessoas por ele responsdveis ‘nao tiverem obrigac&o de fazé-lo ou nao dispuserem de meios suficientes. Pardgrafo unico. A indenizacéo prevista neste artigo, que deverd ser equitativa, nao terd lugar se privar do necessdrio o incapaz ou as pessoas que dele dependem. il: “41 — Art. 928: @ nica hipétese em que poderé haver responsabilidade soliddria do menor de 18 anos com seus pais é ter sido emancipado nos termos do art, 5°, pardgrafo unico, inc. I, do novo Cédigo Civil”. db Siticar ey FGV 2017/ALERJ/Procurador. Foi considerado correto 0 seguinte enunciado: Adriano, 15 anos de idade, modelo de grande sucesso, com varios contratos com grifes internacionais, fotografado em capas de revistas de moda nacionais e internacionais, com E também o Enunciado n° 41 da I Jornada de Di O www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 89evidente independéncia financeira, sai para passear na orla da cidade do Rio de Janeiro com seu cachorro da raca pitbull. Acontece que o animal, irritado com 0 barulho causado por um grupo de criangas que estavam em excursdo escolar, consegue se soltar da coleira e morde trés meninos, causando-Ihes sérias lesdes fisicas e estéticas. Considerando que os pais de Adriano so pessoas de origem humilde e nao dispdem de meios para arcar com a indenizacdo, é correto afirmar que Adrian: apesar de menor absolutamente incapaz, responde civilmente pelos danos causados, devendo ser arbitrado valor equitativo de indenizacao. 2Responsabilidade pelo fato do animal, caso do art. 936: Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarciré 0 dano por este causado, se nao Provar culpa da vitima ou forca maior. 2Responsabilidade pelo fato da coisa: Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresdrios individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulacdo. O art. 931 é caso de responsabilidade objetiva (independente de culpa). Art. 937. © dono de edificio ou construco responde pelos danos que resultarem de sua ruina, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. © titular do dominio ou possuidor, ao usar coisa inanimada que Ihe pertencer ou que tem permiss&o para possuir, pode originar acidentes lesivos ao patriménio e & integridade fisica do terceiro, caso em que deverd reparar o dano causado. Como exemplos podemos citar os prejuizos resultantes de: ruina total ou parcial de um edificio; queda de érvore; instalacdes domésticas; queda de elevador por falta de conservacao. Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele cairem ou forem lancadas em lugar indevido. Funda-se na obrigagao geral de nao colocar em risco a coletividade. www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 89» A Coautoria e a Solidariedade. Se houver coautoria ou cumplicidade no fato lesivo, responderao estas pessoas solidariamente, de acordo com o art. 942: Art. 942. Os bens do responsével pela ofensa ou violaco do direito de outrem ficam sujeitos 4 reparacéo do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderao solidariamente pela reparacao. Paragrafo Unico. Séo solidariamente responsdveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art, 932. Assim a solidariedade possibilita que qualquer um dos codevedores seja demandado pelo total da divida, permite que o titular do crédito possa exigir de qualquer deles o que Ihe € devido e instaura o direito de reembolso do devedor, que, demandado pelo débito solidério, satisfez a divida por inteiro. Este direito de reembolso ou direito de regresso esté autorizado nos arts. 930 e 934: Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se 0 perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este tera o autor do dano acao regressiva para haver a importancia que tiver ressarcido ao lesado. Pardgrafo Unico. A mesma ago competiré contra aquele em defesa de quem se causou © dano (art. 188, inciso I). Art. 934, Aquele que ressarcir 0 dano causado por outrem pode reaver 0 que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. & NC-UFPR 2017/UFPR/Administrador. Foi considerado correto 0 seguinte enunciado: Aquele que ressarcir 0 dano causado por outrem pode reaver 0 que houver pago daquele por quem pagou, salvo se 0 causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. > Outras situacées (arts. 939 e 940 A responsabilidade do demandante por divida nao vencida esta no art. 939: Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a divida, fora dos casos em que a lei o permita, ficaré obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro. www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 89Estamos falando de excesso de pedido, onde o autor, movendo acéo de cobranca de divida, pede mais do que aquilo a que faz jus. Por este motivo, o demandante de ma-fé deverd esperar o tempo que falta para o vencimento, descontar os juros correspondentes e pagar as custas em dobro. Se agiu de boa-fé, deverd pagar tao somente as custas vencidas na aco de cobranga, de que decaira, por ser intempestiva. A responsabilidade por divida ja solvida rege-se pelo art. 940: Art. 940. Aquele que demandar por divida ja paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficaré obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, 0 dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescricao. Este artigo trata do excesso de pedido, e tem por finalidade impedir que se exija uma segunda vez, divida que jé foi paga no todo ou em parte. Art. 941. As penas previstas nos arts. 939 e 940 néo se aplicaréo quando o autor desistir da acaéo antes de contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenizacao por algum prejuizo que prove ter sofrido. Portanto, se o credor desistir da agio, antes da outra parte ter respondido, nao se aplicaréo as penas previstas, salvo se o réu (devedor) tiver tido algum prejuizo por conta da aco. >» A responsabilidade civil e sua relagdo com a esfera penal. Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, néo se podendo questionar mais sobre a existéncia do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questdes se acharem decididas no juizo criminal. Trata-se do principio da independéncia relativa da responsabilidade civil em relacio & criminal. O individuo poderé n&o ser penalmente responsabilizado e, no entanto, ser obrigado a reparar o dano civil ou, vendo por outra dtica, a pessoa poderé ser civilmente responsdvel, sem ter que prestar contas de seu ato na esfera criminal. No entanto, ainda conforme art. 935, no que diz respeito a existéncia do fato ou de quem seja o seu autor, se estas questées ja estiverem decididas na esfera criminal, néo se pode mais questioné-las na esfera civil. www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 89& NC-UFPR 2017/UFPR/Administrador. Foi considerado correto 0 seguinte enunciado: A responsabilidade civil é independente da criminal, nao se podendo questionar mais sobre a existéncia do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando essas questées se acharem decididas no juizo criminal. Assim, podemos definir a responsabilidade civil como a aplicacéo de medidas que obriguem alguém a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiro em razao de: ato préprio; ato de pessoa por quem ele responde; ou de fato decorrente de coisa ou animal sob sua guarda; ou, ainda, de simples imposicao legal. Outro assunto que, por vezes, é pedido em provas é a responsabilidade civil relacionada aos contratos de transporte, tal tematica é encontrada nos artigos abaixo (A cobranca deste assunto, quando ocorre, tende a literalidade da lei. Se vocé tiver duvidas com relacdo a algo, por favor, entre em contato conosco): Art. 733. Nos contratos de transporte cumulativo, cada transportador se obriga a cumprir 0 contrato relativamente ao respectivo percurso, respondendo pelos danos nele causados a pessoas e coisas. § 120 dano, resultante do atraso ou da interrupgao da viagem, seré determinado em razéo da totalidade do percurso. § 2° Se houver substituicéo de algum dos transportadores no decorrer do percurso, a responsabilidade solidéria estender-se-4 ao substituto. Art. 734. O transportador responde pelos danos causados as pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motivo de forca maior, sendo nula qualquer clausula excludente da responsabilidade. Pardgrafo Unico. E licito ao transportador exigir a declarac&o do valor da bagagem a fim de fixar o limite da indenizacao. Art. 735. A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageiro nao é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem aco regressiva. Art. 736. Nao se subordina 4s normas do contrato de transporte o feito gratuitamente, por amizade ou cortesia. Pardgrafo Unico. Nao se considera gratuito o transporte quando, embora feito sem remuneracao, 0 transportador auferir vantagens indiretas. www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 89Chegamos ao final do nosso curso, e mais uma vez reiteramos 0 pedido de que facam todas as questées propostas, e caso fiquem em duvida entrem em contato através do forum. Bons estudos! Mine Sautiags & facton Paniehi. www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 89Resumo da Matéria 0 ato ilicito, para o direito civil, é aquele contrdrio & ordem juridica lesivo ao direito subjetivo individual, criando o dever de reparar tal rejuizo, seja ele *moral ou 2patrimonial, Assim esta normatizado no artigo 186 do CC: Art. 186. Aquele que, por ago ou omisséo voluntdria, negligéncia ou imprudéncia, *viol direito e 2causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilicito. CB rae que a “culpa” no direito civil (sentido amplo) compreende tanto o dole como a culpa. Quando fala em “agao ou omissao voluntaria” se refere ao dolo - que é a situago em que o agente quer o resultado ou assume o risco de produzi-lo. A culpa, segundo o art. 186, vem estatuida pela expresséo “negligéncia ou imprudéncia”. Na conduta’ culposa, hé sempre ato voluntario determinante do resultado involuntério. A pessoa ou o agente, ndo prevé o resultado, mas existe a previsibilidade do evento, isto é, se olharmos objetivamente para o evento veremos que este era previsivel. 0 agente é que nao prevé o resultado, pois, se ele previsse o que iria acontecer e mesmo assim praticasse a conduta, estaria agindo com dolo e néo com culpa. ‘Sao elementos necessaries a configuracao do ato ilicito: 3Nexo de causalidade entre: +Violagao de direito = =? Ocorréncia do dano No artigo 187 aparece a figura do abuso de direito: Art. 187. Também comete ato ilicito o titular de um direito que, ao exercé-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econémico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costume: Casos de excluséo de considerados ilicitos. ude: sdéo os atos lesivos que nao sao Art. 188, Nao constituem atos ilicitos: I - os praticados em *legitima defesa ou no 2exercicio regular de um direito reconhecido; www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 89II - a deteriorac&o ou destruicéo da coisa alheia, ou a lesao a pessoa, a fim de remover 2perigo iminente. Parégrafo Unico. No caso do inciso II, 0 ato sera legitimo somente quando as circunstancias o tornarem absolutamente necessdrio, néo excedendo os limites do indispensével para a remocao do perigo. Ha, entdo, trés casos excepcionais que no constituem atos ilicitos apesar de causarem lesdes aos direitos de outrem, isto ocorre porque a prépria norma juridica Ihes retira a qualificacdo de ilicito. Informagao: Nao constitui ato ilicito a destruig&o de coisa alheia ou a lesdo a pessoa a fim de remover perigo iminente. Mas lembre-se de que, em regra, todo aquele que causar dano a outrem fica obrigado a repara-lo. Formas de responsabilidade:
Responsabilidade contratual. (esté relacionada ao inadimplemento de obrigagdo - 0 nao cumprimento de obrigagées) Exemplo: Se um escritor, culposamente ou no, ndo entregar ao editor, no prazo estipulado no contrato, a obra prometida. Quanto ao fundamento: “>Responsabilidade Subjetiva - Depende de culpa do agente.
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