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PRIORIDADE IDOSO
em face da VIVO S/A , pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº
00.XXXXX/0000-00, situada na EndereçoCEP 00000-000, pelos fatos e fundamentos
que expõe a seguir.
DAS PUBLICAÇÕES:
Requer, para os fins do artigo 39, I, CPC, que as futuras publicações, intimações e
notificações venham exclusivamente no nome do Dra. Nome, inscrita na 00.000
OAB/UF, com endereço na EndereçoCEP 00000-000.
DOS FATOS:
Afirma a parte autora que no dia 15/01 do presente ano, a sua internet de casa
apresentava falhas, não conectando ao WIFI, bem como estava sem o seu telefone
fixo. Aguardou algumas horas e verificou com pessoas da mesma região se também
estavam passando por instabilidade, o que de fato se comprovou, já que todas as
pessoas que possuíam a VIVO estavam sem internet e telefone fixo.
Contudo, para a surpresa da Autora, nos dias subsequentes apresentava o mesmo não
funcionamento, qual seja, a internet continuou a não funcionar, estando sem acesso
até os dias atuais, já completando mais de 11 dias.
Certo é que, no dia 23/01, a parte autora novamente fez uma ligação para a central do
Réu e foi informada por uma mensagem automática, para a sua maior frustração, que
por questões técnicas, o serviço estava inoperante na região, e que seria restabelecido
dia 26/01 as 23h. Ora, já ultrapassa do razoável, pois já se contabilizaria 11 dias sem
telefone fixo e sem internet.
O prejuízo causado ao promovente é cristalino, eis que o mesmo foi privado de gozar
dos serviços contratados, sem quaisquer comunicados prévios ou justificativa
posterior, o que impediu a comunicação entre o promovente e seus familiares, amigos
e contratos profissionais.
Esta situação é muito grave, já que estamos passando por uma situação tão delicada
no país e é necessário e imprescindível a prestação correta do serviço, considerando
ser serviço ESSENCIAL. Além disso, a Autora é idosa, e precisa que o telefone fixo e a
internet estejam funcionando para qualquer emergência que ocorra.
Fatores estes que ensejaram o Dano Moral, tendo em vista o grave abalo que gerou na
esfera íntima da Autora, não vislumbrando alternativa, submete a questão ao
Judiciário para ver-se reparada.
DA TUTELA ANTECIPADA:
O Autor está sem o serviço de internet e telefone fixo desde o dia 30 de novembro de
2020, sendo este serviço ESSENCIAL, e diante da pandemia instaurada no país, é
IMPRESCINDÍVEL o funcionamento do serviço prestado para o uso em qualquer
emergência.
Os requisitos para antecipação dos efeitos da tutela restam comprovados pelo fumus
boni iuris , pois presente os protocolos de atendimento juntados pela Autor, bem
como as diversas provas que demonstra o não funcionamento do serviço.
Neste sentido, diante do fundamento legalmente expresso no art. 84, § 3º, do Código
de Defesa do Consumidor e do art. 300, do Novo Código de Processo Civil, faz-se
necessária a aplicação da ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA , para que a empresa
Ré cumpra com o serviço prestado, restabelecendo o funcionamento da internet e
telefone fixo a casa da parte autora, sob pena de multa a ser aplicada por este D. Juízo.
DA ESSENCIALIDADE DO SERVIÇO:
2- Neste sentido, a respeito dos serviços públicos essenciais, convém destacar o que
institui a Lei 7.783/89, que assim dispõe em seu artigo 10, in verbis:
VII - telecomunicações;
5- O serviço prestado pela empresa ora promovida foi inadequado, causando sério
constrangimento de ordem moral ao Autor, em total afronta ao princípio da
adequação da prestação do serviço disponibilizado ao consumidor previsto no artigo
22 do Código de Defesa do Consumidor, tendo por conseqüência o dever de indenizar.
Tribunais:
Bloqueio indevido das linhas telefônicas fixas e móvel do autor, após reiterada emissão
de faturas com lançamento de ligações não efetuadas, cuja a falha foi admitida pela
apelante com a emissão de novas fátuas com valores corrigidos, prontamente pagas
pelo autor. 2. patente a falha na prestação do serviço, impõe-se a indenização pelos
danos morais ocasionados, não havendo que se falar em mero aborrecimento, dado o
caráter essencial do serviço de telefonia fixa e móvel. Inteligência do Enunciado n. 17
do Aviso TJ 94/2010.3. Quantum indenizatório fixado que observou os princípios da
proporcionalidade e razoabilidade, considerando a extensão do dano sofrido, bem
como o caráter punitivo-pedagócigo da indenização, devendo ser mantido. 4. Negativa
de seguimento ao recurso, na forma do Artigo 557 do CPC." ( XXXXX20108190204 RJ
XXXXX- 86.2010.8.19.0204, Relator: DES. BENEDICTO ABICAIR, Data
Desembargador João Alves da Silva APELANTE: TNL PCS S/A (Adv. Wilson Sales Belchior
e Caio César Vieira Rocha) APELADO: Gilvan Luiz Duarte (Adv. José Guedes Dias)
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. COBRANÇA INDEVIDA. SERVIÇOS DE
TELEFONIA. SUSPENSÃO DOS SERVIÇOS. FALHA NA PRESTAÇÃO. COMPROVAÇÃO DO
DANO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO FORNECEDOR. QUANTUM INDENIZATÓRIO.
LIMITES RAZOÁVEIS. MANUTENÇÃO DA DECISÃO DE PRIMEIRO a uma relação de
razoabilidade e proporcionalidade, sendo compatível com a extensão dano, imperativa
é a sua sentença. [...] ACORDA a Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba,
à unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator,
integrando a presente decisão a súmula de julgamento de fl. 247. "(DJE/TJPB
04/06/2013)
essencial, seu fornecimento deve ser contínuo e sem interrupção, além do adequado,
eficiente e segura.
10- A Carta Política da República, no seu art. 37, § 6º, levante o Principio da
Responsabilidade Objetiva, pelo qual o dever de indenizar encontra amparo no risco
que o exercício da atividade do agente causa para terceiros, em função do proveito
econômico daí resultante, senão vejamos:
11- Neste sentido, estabelece o art. 14 do Código de Defesa do Consumidor que: Art.
14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa,
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre
sua fruição e riscos.
13- Assim, é insofismável que a promovida feriu os direitos do consumidor ao agir com
total descaso, desrespeito e negligencia, interrompendo injustificadamente, sem
relação alguma com o consumidor, os serviços de ordem essencial, configurando má
prestação de serviços, o que causou danos de ordem domiciliar, social e profissional,
que restou impedido de se comunicar por meio de seu principal meio de comunicação,
qual seja, telefonia móvel.
14- Deste modo, amparado pela lei, doutrina e jurisprudência pátria, o consumidor
deverá ser indenizado pelos danos que lhe forem causados.
DO DANO MORAL:
15- O Promovente nunca deixou de cumprir com suas obrigações, assim, está sem
poder utilizar os serviços contratados de forma adequada há pelo menos seis meses,
sem qualquer justificativa ou previsão de melhoria dos serviços.
16- Não se pode aceitar que a má prestação dos serviços de forma contínua seja um
mero aborrecimento do cotidiano com as operadoras tendem a argumentar. A
realidade é que a situação apresentada na presente ação já transcendeu esta barreira,
razão pela qual a parte autora busca uma devida reparação por todos os danos,
aborrecimentos, transtornos causados pela empresa ré, que age com total descaso
com seus clientes ao sustentar que não há problemas nas suas redes, quando milhares
de clientes estão sem poder utilizar dos serviços contratados.
18- Diante dos fatos acima relatados, mostra-se patente a configuração dos "danos
morais" sofridos pelo Autor, que foi privado de usufruir do serviço essencial de
telefonia móvel contratado perante a Promovida, apesar de completamente pago.
19- A Magna Carta em seu art. 5º consagra a tutela do direito à indenização por dano
material ou moral decorrente da violação de direitos fundamentais, tais como a
intimidade, a vida privada e a honra das pessoas:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
(...)
estabelecem: "Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito. Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo."
21- Também, o Código de Defesa do Consumidor, no seu art. 6º, protege a integridade
moral dos consumidores:
Art. 6º - São direitos básicos do consumidor: (...)
22- Com efeito, restaram evidenciadas nos autos - além de serem manifestas no seio
da sociedade - as falhas por que passa o sistema da empresa-ré no que tange à
possibilidade de perfectibilizar as chamadas que se almejam levar a efeito. Nesta
senda, impende seja reconhecido o direito pleiteado pela apelante de ver-se
indenizada pelo prejuízo moral amargado."(STJ AgRg no Agravo de Instrumento n.
749.388 - RS 2006/00000-00, Rel. Min. Aldir Passarinho Júnior, julg: 02/10/2007).
23- Havendo prestação de serviços de telefonia celular ao usuário, que figura como
consumidor final da efetiva relação, dada a sai de natureza ser de consumo. A
concessionária telefônica responde objetivamente pelo risco advindo das contratações
de seus serviços de telefonia celular, devendo arcar como os danos morais causados
ao sujeito que teve o dissabor de experimentar problemas e falhas de sinal telefônico.
26- Impende destacar ainda, que tendo em vista serem os direitos atingidos muito
mais valiosos que os bens e interesses econômicos, pois reportam à dignidade
humana, a intimidade, a intangibilidade dos direitos da personalidade, pois abrange
toda e qualquer proteção à pessoa, seja física, seja psicológica. As situações de
angústia, paz de espírito abalada, de mal estar e amargura devem somar-se nas
conclusões do juiz para que este saiba dosar com justiça a condenação do ofensor.
DO PEDIDO:
Nestes termos,
Pede deferimento
25 de janeiro de 2021.
Nome
00.000 OAB/UF