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CURSO DE ODONTOLOGIA
DISCIPLINA DE ENDODONTIA 1 e 2
AUTORES:
CLAUDIA LEAL SAMPAIO SUZUKI
SIMONE SCANDIUZZI FRANCISCO
PROFESSORES COLABORADORES:
ISAAC DE SOUSA ARAUJO
ISABELA BARBOSA DE MATOS
MARIA LARISSE CABRAL SILVA
MARINA CAVALCANTI DE ALENCAR
MONITORES:
RENATA HELLEN MORAIS SALES
JESSYCA PEREIRA DE CARVALHO
LARA CARTAXO CAVALCANTE
ÉVELIN MORAIS ROCHA
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DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
M294m
Manual da disciplina de Endodontia: pré-clínica / Claudia Leal Sampaio
Suzuki... [et al.]. – Juazeiro do Norte: Unileão, 2022.
74p. : il., color.
E-book
CDD 617.6342
Capítulos Pag.
1 Lista de Materiais e instrumentais para o laboratório de Endodontia 1 e 2 7
1.1 Como devo organizar a minha caixa metálica? 10
1.2 Montagem do manequim 11
2 Anatomia interna da câmara pulpar 15
2.1 Incisivo central superior 18
2.2 Incisivo lateral superior 18
2.3 Incisivos inferiores 19
2.4 Canino superior 20
2.5 Caninos inferiores 20
2.6 1º Pré-molar superior 21
2.7 2º Pré-molar superior 22
2.8 1º e 2º Pré-molares inferiores 22
2.9 1º Molar superior 23
2.10 2º Molar superior 24
2.11 Molares inferiores 25
3 Abertura coronária ou acesso coronário 27
3.1 Passo a passo: Incisivos superiores 30
3.3 Passo a passo: Incisivos inferiores 31
3.4 Passo a passo: Canino superiores e inferiores 32
3.5 Passo a passo: Pré molares superiores 34
3.6 Passo a passo: Pré molares inferiores 36
3.7 Passo a passo: Molares superiores 37
3.5 Passo a passo: Molares inferiores 38
4 Fases da instrumentação - Ampliação do terço Cervical e Médio 41
5 Odontometria 45
6 Instrumentação: Técnica convencional - limas manuais de aço inoxidável 48
7 Técnica da Easy - limas manuais rotatórias de níquel titânio 50
8 Obturação dos canais radiculares 54
9 Irrigação dos canais radiculares 61
9.1 Protocolo hipoclorito 62
9.2 Protocolo gel de clorexidina 63
9.3 Soluções Irrigadoras- Propriedades 64
10 Medicação Intracanal 68
Referência bibliográfica 75
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Materiais e Instrumentais
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Lista de Materiais para o Laboratório de Endodontia 1 e 2
Paramentação e Biossegurança no Laboratório
• Estojo ou Caixa inox PERFURADA para instrumental (20x10x5)- para os instrumentais clínicos
FAVA ou similar
• Sonda exploradora no 5
• Pinça clínica com guia e parte ativa estriada (SS White / Duflex ou similar)
• Colgaduras unitárias (grampos) para filme radiográfico
Material de Consumo – para o arquivamento das radiografias que serão entregues no final
das atividades práticas
• Copinho de vidro bem pequeno (de cachaça) para a colocação da solução irrigadora
• Seringas plásticas de 5 cc com êmbolo de silicone autoclaváveis (Ultradent)
• Agulhas p/ irrigação – (Endo Eze Amarela Ultradent – comprar na Dental)
• Agulhas hipodérmicas de 20x 5,5mm (comprar em farmácia ou em lojas de material cirúrgico)
• Cânula metálica para aspiração - com a agulha metálica (30X7)
• Pontas Capillary Tip (0.14) autoclaváveis (p/ aspiração) ou Pontas Capillary Tip (0.19)
autoclaváveis
• Seringas descartáveis de 5ml (comprar em farmácia)
• Ponta Easy Clean Blister Easy ( Comprar 01 blister com 6 unidades) ou se você preferir comprar a
caixa toda, poderá dividir com seus colegas OU DA Marca MKLIFE
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Instrumental Endodôntico - para a Instrumentação dos canais radiculares
Blister sortido- 6 limas sortidas DE 25mm (#15.03; #20.03; #25.03; #30.03; #35.03; #40.03)
Blister sortido- 6 limas sortidas-DE 25mm (#15.05; #20.05; #25.05; #30.05; #35.05; #40.05)
Blister- Orifice shaper somente a 15.10
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BROCAS
• Estojo Endo Inox 8 Divisões 12x5x2cm FAMI (cod. 2830032) ou Fava- para colocar as
brocas de endo ou SIMILAR
• Brocas Esféricas Carbide FG HL nº 2, 3 (28 mm de pescoço longo -1 unidade de cada)
• Brocas Esféricas diamantadas FG nº 1011, 1012 (1 de cada)
• Broca Esférica HASTE LONGA diamantada FG nº 1012, 1013 HL (1 unidade de cada)
• Tronco-cônica diamantada de ponta inativa nº 3083, 2082, (1 unidade de cada)
• Broca de Gates-Glidden nº 2 e 3 (32 mm -3 de cada),
• Brocas de Largo nº 2 (2 de cada)
Materiais para Obturação dos canais radiculares
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➢ COMO DEVO ORGANIZAR A MINHA CAIXA METÁLICA?
É muito importante manter a caixa de limas sempre organizada, isso interfere diretamente no seu
desempenho nos laboratórios/estágios.
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MONTAGEM DO MANEQUIM
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Os dentes deverão estar montados (posicionados) e NÃO fixados no manequim a fim de serem conferidos
pelo Professor
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Parte IV- RADIOGRAFIAS INICIAIS
☺Instruções para tomada radiográfica:
Primeiramente radiografas somente os DENTES ANTERIORES.
Se quiser pode utilizar o Posicionador ou não para tomada radiográfica, valendo-se da técnica do
paralelismo.
Posição para as tomadas radiográficas no manequim.
As radiografias podem ser feitas com ou sem o posicionador.
Processamento do filme
radiográfico no
laboratório
1. Solução reveladora
2. Água
3. Solução fixadora
IMPORTANTE: Uma radiografia para cada grupamento dentário, formando 6 radiografias periapicais,
centralizadas, sem cortar a incisal/oclusal e ápice, atenção para a posição do filme (picote para
incisal/oclusal), processar devidamente e montá-las na cartela radiográfica
IMPORTANTÍSSIMO:
IMPORTANTE: NÃO ir embora do laboratório antes do professor anotar o que foi realizado
naquele dia, pois isso poderá prejudicar a nota prática.
a) Conduta: nesse quesito serão observados relacionamento aluno / professor, pontualidade (entrada
e saída do laboratório), trajes adequados (conforme normas de biossegurança) e preenchimento
adequado do relatório;
b) Material: será avaliada a disponibilização dos materiais necessários para o procedimento do dia,
organização da bancada (tanto no início quanto no fim do procedimento) e aplicação dos métodos
de biossegurança relativos à bancada e aos instrumentais / materiais necessários para realização do
procedimento;
c) Procedimento: nesse quesito serão avaliados o planejamento do procedimento do dia, o interesse
e o domínio do aluno sobre o assunto (embasamento teórico), a análise crítica do procedimento, o
grau de dificuldade o desempenho técnico (qualidade).
d) As atividades laboratoriais serão registradas e assinadas em um PORTIFÓLIO de atividades da
disciplina.
e) As radiografias deverão ser obrigatoriamente montadas em cartelas plásticas e anexadas a Folha de
Relatório. (Uma para cada dente executado) e deverão ser anexadas numa pasta com o nome do
aluno. Esta pasta ficará com o professor e não será devolvida para os alunos.
f) 30 minutos antes do final da aula, os professores anotarão no PORTIFÍLIO a atividade realizada,
portanto, o aluno não deverá ir embora sem mostrar os trabalhos realizados no dia,
prejudicando sua nota final se ficar sem o visto do professor.
g) Os registros das atividades diárias só serão assinados pelos professores no mesmo dia da atividade.
Lembre-se que não será atribuída uma nota diária porém o aluno será avaliado diariamente e será
atribuído um valor ( NOTA AV PRÁTICA) correspondente aos trabalhos realizados no laboratório no
final do semestre.
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Anatomia e Acesso Coronário
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ANATOMIA INTERNA APLICADA A ENDODONTIA
🡺 Câmara pulpar: cavidade única, volumosa e aloja a polpa coronária, ocupando o centro da coroa e
assemelha-se em forma à superfície externa do dente.
▪Dentes anteriores: é delimitada pelas paredes vestibular, lingual, mesial e distal, O teto da câmara
pulpar está localizado abaixo da margem incisal e geralmente apresenta reentrâncias que
correspondem às saliências na coroa, os chamados divertículos pulpares, mamelões ou tubérculos.
->Incisivos: Nos incisivos, a câmara pulpar é triangular, estreita no sentido vestibulolingual e ampla
em sentido mesiodistal, não apresentando divertículos pulpares proeminentes, exceto nos dentes
jovens.
->Caninos: a câmara apresenta seu maior diâmetro no sentido vestibulolingual na altura da região
cervical, afilando-se em direção à ponta da cúspide, onde apresenta um divertículo pronunciado.
▪Dentes posteriores: a parede oclusal se relaciona com a face oclusal e denomina-se teto da câmara,
enquanto a face cervical é o assoalho da câmara.
🡺 Canal radicular: é a parte da cavidade pulpar que se estende por toda a porção radicular dos dentes,
acompanhando sua forma externa.
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-> O canal principal geralmente tem a forma cônica e se
afunila a partir de sua abertura ou embocadura
(orifício de entrada) progressivamente em direção ao
forame apical (orifício de saída).
-> Os Istmos são definidos como uma área estreita, em
forma de fita, que conecta dois ou mais canais
radiculares, podem diferentes configurações e sua
prevalência depende do grupamento dental.
Fonte: Gavini , Giulio, 2018, p.7
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➢ Morfologia interna dos grupamentos dentais
NÚMEROS DE 1a2
RAÍZES
NÚMERO DE 1a2
Fonte: Cardoso, p.3
CANAIS
Fonte: Cardoso, p. 4
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PARÂMETROS ILS
● Geralmente é menor que o incisivo central, apresentando
COMPRIMENTO DO 22,5 mm (17,7 a 28,9
uma raiz única com um canal amplo. Múltiplos canais são DENTE mm)
raros, mas há relatos de incisivos laterais com dois, três ou
quatro canais COMPRIMENTO DA 13,4 mm (9,6 a 19,4 mm)
● Este dente está situado em uma área de risco RAIZ
embriológico, apresentando diferentes anomalias
anatômicas, incluindo raízes múltiplas, fusão, geminação, NÚMERO DE RAÍZES 1a2
sulcos radiculares, dens invaginatus, cúspide talão (dens
evaginatus), canais em C ou S, coroa cônica e porção NÚMERO DE 1a2
CANAIS
apical delgada
● A raiz é ligeiramente cônica e a porção apical tende a ANOMALIAS 2 canais; 3 canais;
apresentar curvatura no sentido distopalatino. Essa 4 canais; 2 raízes; sulco
curvatura, por ser abrupta, pode levar à formação de radicular;
degrau, ao transporte ou à perfuração durante os fusão/geminação; dens
procedimentos de preparo químico-mecânico invaginatus; dens
evaginatus; canal em forma
● A seção transversal do canal varia da forma ovalada na de C.
porção cervical a arredondada no terço apical
● O ombro palatino precisa ser removido durante o
preparo do terço cervical, permitindo o acesso direto ao canal radicular
● O ápice radicular localiza-se próximo à tábua óssea vestibular, podendo estar em proximidade com
a cavidade nasal, exigindo cuidado durante procedimentos cirúrgicos.
=>Incisivos inferiores
PARÂMETROS II
PARÂMETROS CS
NÚMERO DE RAÍZES 1
=>Caninos inferiores
PARÂMETROS CI
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● Normalmente, apresenta raiz única com um canal; porém, pode também apresentar duas raízes
(vestibular e lingual) e dois canais. Nesse caso, para acessar o canal lingual, é necessária a remoção
do ombro lingual durante o preparo cervical
● É menor do que o canino superior em todas as dimensões
● Sua raiz apresenta formato similar ao canino superior, contudo, muito mais achatada na direção
mesiodistal e mais alongada na direção vestibulolingual, com curvatura apical frequentemente no
sentido vestibular ou lingual
● O canal radicular geralmente é oval ou achatado na direção mesiodistal, apresentando seu maior
diâmetro na direção vestibulolingual
● A seção transversal do canal radicular geralmente é oval em toda a extensão do canal, tornando-se
arredondada na região apical e apresentando maior diâmetro na porção média da raiz.
• Normalmente apresenta duas raízes (vestibular e palatina) e dois canais com forames
independentes, normalmente localizados próximo ao ápice anatômico. Quando as raízes se
encontram fusionadas, os dois canais podem continuar independentes ou se unir no terço médio ou
apical
● A prevalência de pré-molares superiores com três raízes (duas raízes vestibulares e uma palatina)
tem sido relatada em 6% dos casos estudados. Nesse caso, o orifício de entrada dos canais vestibulares
encontra-se normalmente no terço médio e suas dimensões são menores, dificultando sua localização,
além do preparo e obturação dos canais, sendo necessária maior ampliação do acesso coronário no
sentido vestibular
● Frequentemente, estes dentes apresentam concavidade radicular na porção mesial da raiz logo
abaixo da câmara pulpar, o que aumenta o risco potencial de perfuração lateral durante o preparo
químico-mecânico ou quando da inserção de retentores intrarradiculares
● A seção transversal do canal palatino apresenta-se ligeiramente maior que a do canal vestibular. Na
altura da junção cemento-esmalte tem formato de rim, com maior diâmetro na direção mesiodistal,
em razão da concavidade existente no aspecto mesial da raiz
● A prevalência de sulcos radiculares no aspecto palatino da raiz vestibular é alta. Essa alteração
morfológica pode favorecer a perfuração radicular caso a porção coronária do canal seja
instrumentada excessivamente
● Quando um dos orifícios for encontrado, a linha de desenvolvimento presente no assoalho da câmara
pulpar (e de coloração mais escura) serve como referência para a localização do(s) outro(s) orifício(s)
● Variações na configuração do sistema de canais radiculares incluem a presença de raízes fusionadas
com canais separados, com interconexões (istmos) ou saída foraminal única
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● A porção apical da raiz pode se apresentar extremamente fina e curva, favorecendo a perfuração
ou o rasgamento da raiz em caso de alargamento apical excessivo. Além disso, geralmente se
encontra próxima ao seio maxilar, exigindo cuidados durante os procedimentos cirúrgicos
paraendodônticos.
PARÂMETROS PMI
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-1º PMS: apresenta normalmente raiz única com um canal de seção transversal mais ampla na direção
vestibulolingual; contudo, o sistema de canais radiculares pode apresentar diferentes configurações que
não se mostram tão óbvias no exame radiográfico convencional, incluindo a presença de múltiplos canais.
Nesse caso, os canais normalmente se dividem nos terços médio ou apical, sendo que o canal lingual,
quando presente, tende a divergir do canal principal em um ângulo agudo, exigindo adequação na
forma de conveniência do acesso coronário
• A seção transversal do canal varia da forma oval na porção cervical, tornando-se mais arredondada
nos terços médio e apical
• Um segundo canal pode ser identificado em cerca de 30% destes dentes e três canais (dois vestibulares
e um lingual) podem ocorrer ocasionalmente. Nesse tipo de configuração, além do menor diâmetro,
os canais são muito divergentes, o que dificulta sua localização, preparo e obturação
• Canais em forma de C têm sido relatados em 14% das raízes que apresentam canal único e duas
saídas foraminais
• O forame mentual pode estar localizado distalmente ou entre este e o segundo pré-molar inferior,
exigindo cuidado quando da realização de procedimentos cirúrgicos paraendodônticos nessa região.
-2º PMS: geralmente apresenta raiz única, quase sempre cônica, com um canal
• O sistema de canais radiculares apresenta menores variações de configuração que o primeiro pré-
molar inferior
• A seção transversal do canal geralmente é oval, com seu maior diâmetro no sentido vestibulolingual
• O canal lingual, quando presente, tende a divergir do canal principal em um ângulo agudo, exigindo
adequação na forma de conveniência da abertura coronária
• Na sua porção apical é frequente a deposição secundária de cemento.
=>1ºMolar Superior
Fonte: Cardoso, p. 8
• É o mais volumoso dos molares superiores e geralmente apresenta três raízes divergentes
(mesiovestibular, distovestibular e palatina), com um total de três ou quatro canais. É rara a
ocorrência de fusões radiculares
• A raiz palatina apresenta maior volume e oferece o acesso mais fácil; porém, sua porção apical
frequentemente se curva no sentido vestibular (54,6% dos casos), o que pode não ser evidente
radiograficamente. Essa raiz raramente apresenta duas saídas foraminais
A raiz distovestibular é cônica, geralmente reta e normalmente possui apenas um canal; porém, pode
apresentar dois canais que se unem na orção apical. O orifício do canal distovestibular normalmente
se localiza mais próximo ao orifício palatino do que o mesiovestibular
• A raiz mesiovestibular frequentemente apresenta dois canais que se conectam por meios de istmos,
podendo se unir na porção apical ou ter saídas foraminais independentes. Mais raramente, essa raiz
pode apresentar três canais
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• A posição do orifício do segundo canal da raiz
PARÂMETROS 1ºMS
mesiovestibular varia muito, mas geralmente se
encontra em algum ponto entre o orifício do canal
COMPRIMENTO DO DENTE 20,1 mm
mesiovestibular principal e o palatino. A linha de
desenvolvimento presente no assoalho da câmara COMPRIMENTO DA RAIZ MV:12,9 mm (8,5 a 18,8 mm)
pulpar (de coloração mais escura), conectando os
orifícios da raiz mesiovestibular e palatina, serve DV: 12,2 mm (8,9 a 15,5 mm)
como referência para sua localização. A presença P: 13,7 mm (10,6 a 17,5 mm)
de um sulco no assoalho pulpar, saindo do canal
mesiovestibular, é também forte indicativo da
presença do segundo canal nessa raiz
NÚMERO DE RAÍZES Pode aparecer de 1 a 4 raízes
• O trajeto do segundo canal da raiz
NÚMERO DE CANAIS MV: 1 a 3; outro
mesiovestibular normalmente é tortuoso,
dificultando seu preparo. Além disso, os canais DV: 1 a 2
mesiovestibulares podem apresentar curvaturas P: 1 a 2; outro
severas na direção vestibulopalatina e que não
são evidentes radiograficamente
ANOMALIAS 1 canal, de 5 a 8 canais, canal em
forma de C, 4 raízes e
• A presença de concavidade no aspecto distal da hipertaurodontismo
raiz mesiovestibular favorece a ocorrência de
perfuração em caso de preparo excessivo da porção coronária dos canais
• Em razão da proximidade dos ápices com o seio maxilar, algumas vezes, infecções sinusais podem
surgir em decorrência de alterações patológicas pulpares.
Fonte: Cardoso, p. 9
• Este dente apresenta morfologia externa semelhante à do primeiro molar superior, com a presença
de três raízes (mesiovestibular, distovestibular e palatina) com três ou quatro canais. Contudo, as
raízes são mais curtas, menos divergentes e curvas, com maior tendência à fusão parcial ou total,
principalmente entre as raízes mesiovestibular e palatina
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• Geralmente há um canal em cada raiz, porém
podem existir dois ou três canais na raiz PARÂMETROS 2ºMS
mesiovestibular ou dois canais nas raízes
distovestibular e palatina. Há também COMPRIMENTO DO 20,0 mm (16,0 a 26,2 mm)
prevalência relativamente significativa de DENTE
segundos molares com duas raízes palatinas
independentes COMPRIMENTO DA MV: 12,9 mm (9,0 a 18,2 mm)
RAIZ
DV: 12,1 mm (9,0 a 16,3 mm)
• No caso de fusão das raízes, o formato da
P: 13,5 mm (9,8 a 18,8 mm)
câmara pulpar torna-se distorcido e alongado
na direção vestibulolingual, podendo os orifícios
dos canais se dispor quase que em linha reta,
havendo maior proximidade entre os orifícios NÚMERO DE RAÍZES 1 a 4 raízes
dos canais mesiovestibular e distovestibular
NÚMERO DE CANAIS MV: 1 a 3
• Na presença de raízes fusionadas, este dente DV: 1 a 2
pode apresentar apenas dois canais (vestibular
e palatino) com dimensões semelhantes. P: 1 a 3
Molares inferiores
Fonte: Cardoso, p. 13
1ºMI: é o maior dos molares inferiores. Normalmente, apresenta duas raízes (mesial e distal). Ocasionalmente,
pode haver três raízes, com dois ou três canais na raiz mesial e um, dois ou três canais na raiz distal.
Raramente, uma terceira raiz mais curta e com curvatura acentuada no sentido vestibular pode estar
presente, principalmente no seu aspecto distolingual (radix entomolaris), tendo maior incidência nos povos
de origem asiática
• Mais de 25% das raízes distais apresentam dois canais que geralmente são mais amplos do que os da
raiz mesial. Quando há canal único, ele normalmente é oval e sua saída foraminal ocorre
lateralmente ao ápice anatômico
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• A raiz mesial geralmente é curva no sentido distal. O canal mesiolingual é maior e mais reto que o
mesiovestibular, mas pode apresentar curvatura no sentido mesial próximo ao ápice. O canal
mesiovestibular apresenta curvaturas mais frequentes, inclusive no plano vestibulolingual.
2º MI:
PARÂMETROS 2ºMI
Este dente tem sua morfologia externa semelhante à do
primeiro molar inferior, apresentando normalmente duas COMPRIMENTO DO 20,6 mm (15,5 a 25,5
raízes (mesial e distal) com três ou quatro canais; porém DENTE mm)
as raízes são mais curtas, com os ápices mais próximos e
canais mais curvos, havendo alta prevalência de COMPRIMENTO DA RAIZ M: 13,9 mm (9,3 a 18,3
anomalias de desenvolvimento, incluindo a presença de mm)
canais em forma de C e radix entomolaris.
D: 13,0 mm (8,5 a 18,3
Além disso, há maior tendência à fusão radicular parcial mm)
ou total
• Os dois orifícios mesiais encontram-se mais
próximos um ao outro NÚMERO DE RAÍZES 1 a 4 raízes
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Referência Bibliográfica
SIQUEIRA, J. F. J., LOPES, H. P., & VIEIRA, A. R. Endodontia: biologia e técnica 5º ed. Rio de Janeiro-RJ: GEN
I Grupo Editorial Nacional." (2020).
COHEN, S., & HARGREAVES, K. M. Caminhos da polpa. 11º ed. Rio de Janeiro-RJ: GEN I Grupo Editorial
Nacional. (2011).
RIELSON JOSÉ ALVES CARDOSO, MARY CAROLINE SKELTON MACEDO, NILDEN CARLOS ALVES
CARDOSO JOÃO HUMBERTO ANTONIAZZI. Cap 1. ANATOMIA DENTAL INTERNA E CIRURGIA DE
ACESSO- acessível em: https://issuu.com/mainesk/docs/1_anatomia_proapice
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ABERTURA CORONÁRIA OU ACESSO CORONÁRIO
➢ Abertura Coronária: É o preparo de uma cavidade que inclui a porção da coroa do dente removida
para se ter acesso à cavidade pulpar.
↪ Engloba desde o acesso à câmara pulpar, seu preparo, até a obtenção da configuração final da cavidade,
sua limpeza, antissepsia e localização dos orifícios das entradas dos canais
⮚ 1°Passo: Análise Anatômica: Aspectos Radiográficos
⮚ Importante: Nunca comece o acesso sem ANTES fazer a Radiografia de diagnóstico
Instrumental e materiais:
Materiais ● EPIs,
utilizados
● Caneta de alta e baixa rotação.
● Forro de bancada, manequim com dentes artificiais e dentes naturais, cartelas radiográficas.
● Filme Radiográfico.
● Sonda tipo Rhein ponta reta n6.
● Sonda Exploratória n5
● Kit de Brocas
● Pasta para arquivar as fichas do laboratório
● Tupperware para a realização do acesso
FORMA DA CAVIDADE PULPAR - a cavidade pulpar é a cavidade existente no interior dos dentes. Em
um dente íntegro, o formato por ela apresentado lembra a forma exterior dele. Divide-se em:
● Câmara pulpar: está situada no interior da coroa dentária;
● Canal radicular: o canal radicular começa no assoalho da câmara pulpar e se prolonga por toda a
raiz do dente.
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Princípios do Acesso
● EXPOSIÇÃO DA CÂMARA PULPAR - este passo é também denominado de exposição da câmara
pulpar.
A penetração da broca, através da dentina, deve ser realizada com movimentos circulares pequenos.
A abordagem à câmara pulpar é percebida facilmente por que, quando tal acontece, sentimos a
broca “cair num vazio”, que é onde a polpa coronária fica alojada. Esta fase é realizada com brocas
esféricas Carbide e diamantada (de acordo com o tamanho da coroa do dente).
● REMOÇÃO DE TODO O TETO DA CÂMARA PULPAR = FORMA DE CONTORNO
Brocas esféricas Carbide e diamantada (de acordo com o tamanho da coroa do dente).
● FORMA DE CONVENIÊNCIA Brocas tronco cônicas de Ponta INATIVA_ 3083 OU 2082.
2- O acesso inicial é feito com broca esférica Carbide longa (2 ou 3) ou as brocas diamantadas DE HASTE
LONGA, em alta rotação, posicionada PERPENDICULAR AO LONGO EIXO DO DENTE (Fig B e C). O
Objetivo é EXPOR a câmara pulpar.
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3- Após a exposição pulpar a Broca irá trabalhar PARALELA AO LONGO EIXO DO DENTE. Ao atingir
a câmara pulpar (sensação de cair no vazio- esta fase é a EXPOSIÇÃO PULPAR), começar a remover o
teto da câmara dando forma à cavidade (FORMA DE CONTORNO), que é ditada pela anatomia interna
da câmara pulpar (Fig. D).
É a fase que dará a forma de contorno do acesso.
O Movimento que se faz é de dentro para fora, tracionando a broca devagar,
expondo a câmara pulpar, mas sem penetrar com a broca no interior do canal.
A broca NUNCA será trabalhada na embocadura do canal ou na entrada do
canal.
(verificar na Radiografia)
A forma final da cavidade, nos incisivos superiores é triangular com base
voltada para incisal e a do canino é oval com o longo eixo no sentido
inciso-cervical.
(Fotos ilustrativas do Prof. Érico Lemos) - ENDO –E: https://www.endo-e.com/
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Incisivo Central Superior Incisivo Lateral Superior
A- Ponto de eleição
B- Primeira direção de trepanação (exposição pulpar)
C- Segunda direção de trepanação (remoção do teto -
forma e contorno)
D, E e F- Removendo do teto com movimento de
varredura, de dentro pra fora, dando a forma de contorno
Desgaste compensatório
G- Removendo o ombro - dando a forma de conveniência
** Para fixar:
↪ Acesso Dos Incisivos: Formato Triangular - com base
maior para incisal e arredondado na cervical
Fonte: Lopes e
Siqueira, p-433,
2015
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Passo a Passo: INCISIVOS INFERIORES
1- O acesso é sempre feito pela superfície lingual dos dentes e é semelhante ao acesso do Incisivo
Superior.( Ponto de eleição - 0,1mm acima do cingulo para os inferiores)
2- Ficar atento para o tamanho da coroa, pois Incisivos Inferiores são mais estreitos.
3- Possibilidade de ter dois canais: Um canal por vestibular e outro lingual.
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Passo a Passo: ACESSO CANINO SUPERIORES E INFERIORES
Para realizar a cirurgia de acesso à câmara pulpar dos dentes anteriores superiores devemos seguir os
seguintes passos:
1- O acesso é sempre feito pela superfície lingual/ palatina dos dentes.
A penetração inicial é feita exatamente no centro da face lingual, 01 mm abaixo do cíngulo para os
superiores e 0,1mm acima do cingulo para os inferiores, com a broca posicionada no ponto de
referência.
2- O acesso inicial é feito com broca esférica Carbide longa (2 ou 3) ou as brocas diamantadas, em alta
rotação, posicionada PERPENDICULAR AO LONGO EIXO DO DENTE. O objetivo é EXPOR a
câmara pulpar.
4- Após toda remoção do teto, o próximo passo é a FORMA DE CONVENIÊNCIA chamada de DESGASTE
COMPENSATÓRIO.
Realizar o alisamento das paredes laterais da cavidade e remoção do Ombro Palatino com brocas
tronco-cônicas diamantadas de ponta INATIVA (Fig. E).
5- Uma vez concluída a abertura da cavidade, deve-se realizar a toalete dela.
Irrigar abundantemente com solução irrigadora.
6- Visualizar o orifício do canal radicular.
7- Nessa fase, o dente está pronto e para a realização do próximo passo do tratamento endodôntico.
PRÓXIMO PASSO - AMPLIAÇÃO CERVICAL
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Canino Superior
Obs. IMPORTANTES:
Canino Superior
O canino superior, devido ao seu
grande comprimento, requer a
utilização de instrumentos mais longos
do que os normalmente utilizados. Na
maioria das vezes a porção apical
apresenta-se muito alongada e fina.
Canino Inferior
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PASSO A PASSO ACESSO DE PRÉ MOLARES SUPERIORES:
Fase de cirurgia de acesso
FASES DO ACESSO
● EXPOSIÇÃO DA CÂMARA PULPAR - este passo é também denominado de trepanação ou
abordagem da câmara pulpar.
A penetração da broca através da dentina deve ser realizada com movimentos circulares pequenos.
A abordagem à câmara pulpar é percebida facilmente por que, quando tal acontece, sentimos que
a broca cai num vazio.
● REMOÇÃO DE TODO O TETO DA CÂMARA PULPAR = FORMA DE CONTORNO - Brocas esféricas
● FORMA DE CONVENIÊNCIA - Brocas tronco cônicas 2082 ou 3083
PASSO A PASSO :
● Exposição pulpar- broca esférica #2 ou 1011,1012
● Face oclusal– sulco central paralelo ao longo eixo do dente com leve inclinação para a face
palatina, até expor a polpa.
● Direção de trepanação: Face oclusal, sulco central - Paralela ao longo eixo do dente.
● Forma de contorno – Broca esférica #2 - Remoção do teto- movimento de varredura.
Importante: Marcar a profundidade em que a broca esférica irá descer.
NÃO COLOCAR A BROCA NA EMBOCADURA DO CANAL
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1º PRE MOLAR
1⁰ PM SUPERIOR
2 CANAIS E 2 RAÍZAES
2º PRE MOLAR
2⁰ PM SUPERIOR
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PASSO A PASSO ACESSO DE PRÉ
MOLARES INFERIORES
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PASSO A PASSO ACESSO DE MOLARES SUPERIORES
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Fonte: Fotos ilustrativas do Prof. Érico Lemos - ENDO –E
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PASSO A PASSO ACESSO DE MOLARES INFERIORES
Localização dos canais radiculares
Canal Mésio-vestibular- Orifício do canal se localiza abaixo da cúspide MV;
Canal Mésio-lingual- Orifício do canal se localiza abaixo da cúspide ML;
Canal Distal- Orifício do canal se localiza abaixo do sulco central – 1 a 2mm para a distal.
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Fases da Instrumentação
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AMPLIAÇÃO CERVICAL- INSTRUMENTAÇÃO DO TERÇO CERVICAL E MÉDIO
Conceitos:
● Cateterismo: Movimento exploratório do canal
● CAD: Medida do dente na radiografia = comprimento do dente na radiografia - da coroa até o
vértice radiográfico
● CPT: Comprimento Provisório de Trabalho
O cateterismo pode ser realizado com a Lima #15 ou #10 (sempre com limas de pequeno
calibre)
Objetivo: Verificar a inclinação do longo eixo do canal (da raiz), e verificar alguma obstrução na
Anatomia interna do canal
O movimento de exploração imprimido à lima é realizado com a penetração do instrumento no interior
do canal, com pouca pressão e acompanhada de movimentos horários e anti-horários de 1⁄4 de volta.
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4° passo- Fazer o cálculo dos 2/3 da raiz =
(CAD X 2): 3, usar valor aproximado.
Terço apical
• Primeiramente se faz o Cálculo dos 2/3 - (CAD X 2):
3- (cálculo aproximado) Terço médio
• Você terá uma medida do terço cervical e médio para
Iniciar a Instrumentação do canal
Terço cervical
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Sequência Operatória: Canais Amplos e Médio
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Atenção: Esta broca irá entrar na embocadura do canal, ou seja, só metade da sua ponta ativa.
➜ Gates 3 (-2 mm da medida dos 2/3 do canal)
➜ Gates 2 (na medida dos 2/3 do canal)
Atenção: A GG2 entra no máximo com 16mm, ou seja, se a medida dos 2/3 passar de 16mm
desconsidere e use 16mm.
1. Irrigação
2. Cateterismo inicial #10 no CPT= 17mm
CAD: 19 mm
IMPORTANTE
● Nunca force as GG, se ela não descer até a medida que você colocou não force, vai só até onde a
ANATOMIA te permitir!
● Cuidado ao colocar a LARGO 2 em dentes achatados/atrésicos (Incisivos inferiores).
● Cuidado não trabalhar em lateralidade com a BROCA GG- Entrar e sair do canal seguindo o longo
eixo da raiz.
1. Inserir Lima #10 ou #15 na medida do CPT- Ajustar o cursor no ponto de referência e
verificar se o cursor está no ponto de referência.
2. Realizar a Radiografia de odontometria.
3. Medir novamente a lima inicial com a régua para se certificar da medida antes de retirá-la do
canal;
4. Verificar na radiografia se o comprimento obtido está na medida do forame apical. Se estiver,
anotar a medida do CT (Comprimento de trabalho – as limas trabalharão nesta medida)
5. Se o CT não estiver correto, ajustar a medida até que fique no forame - RX novamente;
6. Anotar essa medida para que ela seja o comprimento de trabalho (CT), ou seja, o
comprimento para a realização da instrumentação do canal.
7. Inicie a Instrumentação Apical.
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Esquema: ODM= CAD - 2 a 3mm= CPT (comprimento provisório de trabalho) – Realizar o RX
para confirmar a medida= CT
1) Medir CAD
3) Introduzir a lima #10 0u #15 sem pressão dentro do canal NA MEDIDA DO CPT
(ou seja aquela mesma medida que foi usada para explorar o canal durante o
Cateterismo Inicial
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4) Realizar a radiografia para confirmar o CT
• Medir a lima #10 ou #15 - ajustando a medida do CPT
Comprimento de Trabalho :
NO FORAME APICAL
5) Confirmar o CT
NO FORAME
APICAL
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INSTRUMENTAÇÃO APICAL (PREPARO BIOMECÂNICO OU QUÍMICO CIRÚRGICO)
5º Passo
INSTRUMENTAÇÃO APICAL: TEM DUAS ETAPAS
a) Etapa Da Ampliação Foraminal
A ampliação foraminal é realizada com mais 3 limas acima da lima inicial (DA) até que o canal
esteja todo instrumentado no CT (no forame).
Desta forma, será estabelecida toda a instrumentação do canal - da entrada do canal até o forame
apical. Lembrando de sempre verificar se o forame está realmente desentupido, utilizando uma LIMA
PATENTE = lima #10 ou #15 na medida 1 mm além do CT.
A última lima utilizada na ampliação foraminal, será chamada de Lima Anatômica Final
(LAF) ou Lima Mestra ou Lima de Memória.
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b) Etapa Do Recuo Progressivo
O próximo passo é a realização do Recuo Progressivo (Step Back) para dar mais conicidade ao
preparo do canal.
O recuo progressivo é feito instrumentando mais 3 ou 4 limas acima da Lima Anatômica Final
(LAF), reduzindo 1mm a cada lima.
Durante esta instrumentação, devemos realizar as seguintes recapitulações: Lima Anatômica Final
(LAF) no comprimento de trabalho (CT=forame); e utilizar a LIMA PATENTE = lima #10 ou #15 na
medida 1 mm além do forame (CT+1). Esta manobra tem como objetivo verificar se o forame realmente
está desentupido, ou seja, evitar que você compacte dentina no forame apical.
CUIDADOS IMPORTANTES
- Irrigar 2 a 3 ml a cada troca de lima.
- A lima só pode entrar no canal se estiver com solução irrigadora preenchendo todo o canal e toda a câmara
pulpar.
- Entrar com lima dentro do canal, sem solução irrigadora, é considerado um erro grave e pode
comprometer o desempenho do aluno dentro dos laboratórios e dos estágios.
Exemplo:
Odontometria:
Colocar uma lima #15 no CPT CT: 23 mm (até o forame)
(Comprimento provisório de
trabalho) e radiografar para
encontrar o Comprimento de Escolher a DA
Trabalho (CT: que deve ser a
Estabelecer a Lima Patente - Conferir
medida até o forame).
desobstrução do forame: #10 ou #15 no
CPT: CAD -2 (ou -3). CT +1: 24 mm
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INSTRUMENTAÇÃO APICAL (PREPARO BIOMECÂNICO OU QUÍMICO CIRÚRGICO)
1) Medir o CAD.
Definir o CPT (#10 ou #15 (CAD - 2 a 3 mm)
Fazer o cálculo dos 2/3
Objetivo do CATETERISMO com a lima #10 no comprimento CPT é para evitar desviar (perder) o canal.
Irrigação com substância química auxiliar
Em seguida realizar a Ampliação Cervical.
Orifice Shaper
Instrumentar com a lima #15/10 (Orifice Shaper), na medida dos 2/3+ recapitulação com
lima #10 ou #15 no CPT
Caso haja a necessidade instrumentar com lima #15 até #35 na medida de 2/3, e
em seguida voltar com a Lima # 15/10. Nunca forçar a lima pra descer até a
medida!
4) Odontometria
ATENÇÃO: Às vezes o FORAME está constrito e devemos GANHAR a patência com a lima #8 ou
#10, com todo o cuidado para que a lima ultrapasse o forame.
Encontrar a DA (lima anatômica inicial) com as Limas Manuais TIPO KERR (no CT)
Irrigação com substância química auxiliar
INSTRUMENTAÇÃO APICAL: PARA CANAIS Atrésicos (Achatados) e Médios
Importante: Caso o canal esteja muito Atrésico- INSTRUMENTAR da #15 até #25 no
forame para depois usar as limas da EASY- Previne a Fratura da lima
Exemplo:
Escolher a DA Usar as limas tipo k
CT: 21 mm (até o forame)
Estabelecer a Lima Patente –
#10 ou #15 no CT +1: 22 mm
Instrumentação apical – Ampliação foraminal
Instrumentação apical – SHAPE FINAL
DA: # 20 em 21 mm (lima tipo K)
Recapitula
#25.03 21 mm
Lima Patente
#30.03 21 mm
#35.05 21 mm (LAF)
#35.03 21 mm
Recapitula Lima Patente
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Exemplo: Escolher a DA Usar as limas tipo k
CT: 21 mm (até o forame) Estabelecer a Lima Patente –
#10 ou #15 no CT +1: 22 mm
Instrumentação apical – Ampliação foraminal Instrumentação apical – SHAPE FINAL
DA: # 25 em 21 mm (lima tipo K)
#30.03 21 mm #40.05 21 mm (LAF)
Recapitula
#35.03 21 mm Recapitula Lima Patente
#40.03 21 mm Lima Patente
CINEMÁTICA:
• Empurre a lima até a RESISTÊNCIA
• Diminua a pressão apical e gire suavemente a lima até sentir que ela não oferece mais
resistência.
• Remova a lima, irrigue o canal, limpe a lima com gaze estéril e repita o procedimento
até o comprimento desejado. Muito irrigação a cada troca de lima.
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Obturação dos canais radiculares
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OBTURAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES
Fase de Obturação
Após a instrumentação total do canal, realizar a CONOMETRIA (provar o cone principal) e
a OBTURAÇÃO.
C E C C E CE
elecionar o Cone rincipal
Escolher entre as E C E
duas opções de
a ponta no E
Cones Principais necessário para o ravamento do
cone
E . elecionar Cone principal ou
4 .
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1ªopção: Usando os cones Principais (CALIBRADOS)
Você irá testar o cone com 1 OU 2 diâmetros acima da LAF, na medida do CT -1mm
Se houve o TRAVAMENTO- você pode Radiografar para confirmar
Você irá CALIBRAR O CONE FM ou M - com 1 OU 2 diâmetros acima da LAF, na medida do CT -1mm
Se houve o TRAVAMENTO- Radiografar para confirmar
2)Teste visual
• O cone DEVERÁ SER pressionado apicalmente
para verificar se O TRAVAMENTO Apical na medida do
CT-1mm e caso o cone ultrapasse esta medida, significa
que NÃO TEM TRAVAMENTO, E não está seguro,
portanto deverá ser refeito.
Veja as figuras ao lado:
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E QUANDO A PROVA DO CONE NÃO FICA NO CT-1mm, COMO RESOLVER?
EXISTEM DUAS SITUAÇÕES EM QUE O CONE NÃO ESTÁ POSICIONADO DE FORMA CORRETA E
DEVE SER CORRIGIDO:
a) Cone ultrapassou o CT
• Caso o cone principal esteja ultrapassando A MEDIDA do CT-1mm,
cheque a ODONTOMENTRIA e caso não esteja correta restabelecer
novamente a odontometria;
• Se a ODM estiver correta, ESCOLHA UM NOVO CONE, DE CALIBRE
MAIOR na medida do CT-1mm e TESTE novamente o TRAVAMENTO
OU
você poderá cortar a pontinha do CONE com lâmina de bisturi para
adaptá-lo na medida desejada.
O cone ultrapassou o CT
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4° Passo - Secagem do canal.
Secar o canal com as capilares tips e papel absorvente (Cones de Papel)
Temos preferência pelos cones de papel absorvente Cell Packs (1ª. e 2ª. Série) embalados e previamente
esterilizados.
Colocar a ponta da capilary tips na cânula de sucção e aspirar dentro do canal.
Em seguida utiliza-se 3 cones de papel de mesmo calibre do instrumento do preparo apical para secar
adequadamente o canal.
Enquanto isso proceder a desinfecção do cone principal e os secundários, colocando-os na Placa de Petric
repleto de solução irrigadora por 1minuto. (Somente na clínica).
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IMPORTANTE:
• Usar o espaçadpr de calibre compatível com os cone acessorios escolhidos para a condensação
lateral
• Após o RX, se necessário, realizar mais condensação lateral. Iniciar o corte dos cones.
Caso da obturação esteja INSUFICIENTE, podemos remover todo o material e refazer a obturação.
9° Passo Limpeza da Cavidade - Limpar o excesso de cimento da câmara pulpar com bolinhas
de algodão embebidas em álcool.
Lemos E
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A técnica de Obturação para a Técnica da Easy será a mesma seguinte os seguintes passos:
Testar o cone e verificar se ele está TRAVADO na medida correta= 1mm aquém do FORAME
• Teste Visual
• Teste Táctil
• Teste Radiográfico
C E C C E CE
elecionar o Cone rincipal
COMO ESCOLHER O CALIBRE DO CONE? E C E
a ponta no E
1ªopção: Usando os cones Principais (CALIBRADOS) necessário para o ravamento do
cone
E . elecionar Cone principal ou
Você irá testar o cone com 1 OU 2 diâmetros acima da 4 .
LAF 35.05- O forame deve estar com diâmetro ( Ø ) por volta de Ø35.
O CONE PRINCIPAL deverá ter no mínimo diâmetro entre 40 a 45
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IRRIGAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES
Materiais utilizados
Copinho de vidro bem pequeno (de cachaça) para a colocação da solução irrigadora
Fonte: https://www.ultradent.com.br
Ponta Easy Clean Blister Easy ( Comprar 01 blister com 6 unidades) ou se você preferir comprar a caixa
toda, poderá dividir com seus
colegas OU DA Marca MKLIFE
Fonte: https://easyequipamentos.com.br
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PROTOCOLO DE IRRIGAÇÃO
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Protocolo de irrigação: DURANTE A INSTRUMENTAÇÃO
• Depositar a solução DO GEL DE CLOREXIDINA 2% dentro do canal (lembrando
de calibrar a agulha medida dos 2/3)
• Instrumentar com as Limas- em seguida REMOVER O GEL com 3ml de SORO
FISIOLÖGICO
• Colocar novamente o GEL - Fazer este processo a cada troca de instrumento
Protocolo de irrigação antes de obturar:
• Uso do EDTA 17%: Irrigar 1 ml de EDTA, ativar por 20 segundos com a Easy
Clean (3 vezes)
• Lavar com 10 a 15 ml de soro fisiológico
• Irrigar 1ml da solução irrigadora, ativar por 20 segundos com a Easy Clean (3
vezes)
• Irrigação final com soro (Irrigar no mínimo 15 ml de soro em cada canal)
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SOLUÇÕES IRRIGADORAS
Vantagens
• E celente ação antimicrobiana.
Desvantagens
• lta to icidade e risco de acidentes pela injeção da solução no periápice, resultando em severas reações
inflamatórias (principal desvantagem).
• nstabilidade de armazenamento (prejudica a identificação da concentração da substância durante o uso).
• ropriedade irritante para a pele e mucosa (o uso diário em pacientes pode ser arriscado pela proximidade
com que se trabalha durante o procedimento clínico).
• ossibilidade de descolorir ou manchar roupas.
• Cheiro muito forte e desagradável.
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• ossibilidade de remover o carbono do dique de borracha (por vezes pode provocar ate a ruptura do dique
durante o procedimento).
• ropriedade corrosiva aos instrumentos.
• ai a atividade lubrificante.
e) Adesão dentinária
A utilização de substâncias químicas na Endodontia durante o preparo químico-mecânico pode modificar a
estrutura da dentina, sobretudo o colágeno, o que contribui consideravelmente para alterar as propriedades
mecânicas dessa estrutura, conforme demonstraram Moreira e colaboradores. Esse estudo avaliou o efeito
de diferentes substâncias químicas auxiliares durante o tratamento.
EDTA A 17%
O EDTA 17% e o ácido etilenodiaminotetracetico, que apresenta propriedades como ação quelante (se liga
a íons cálcio e fosfato da parte inorgânica da smear layer), capacidade de remoção de matéria inorgânica
e orgânica, aumento da permeabilidade dentinária e abertura dos túbulos dentinários, além de fazer a
associação do tergentol na solução (tensoativo aniônico), que melhora ainda mais as propriedades do EDTA.
Referência Bibliográfica: Todas as informações foram retiradas do livro Endodontia passo a passo: evidências
clínicas [recurso eletrônico]/ Organizador, Francisco José de Souza Filho. -São Paulo: Artes Médicas, 2015
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Medicação Intracanal
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MEDICAÇÃO INTRACANAL
• Rizogênese incompleta
(Apicificação)
• Exsudato persistente
• Abscessos periapicais
• Sintomatologia dolorosa
• Trauma/Reabsorções inflamatórias
Razões técnicas
• Falta de tempo
3Traumatismos
✓Manter a vitalidade pulpar nas
apicigêneses; Estimular formação da
barreira mineralizada nas apicificações;
dentais
✓ Inibir Reabsorção Radicular Externa-
dentes avulsionados por traumatismo
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Formocresol
• orte bactericida;
• em ação curta (em torno de 24 horas) e apresenta efeito toxico a os
tecidos periapicais e antígeno;
•Eficaz em casos de biopulpectomia .
Técnica de uso:
- Separar uma bolinha de algodão estéril e embebecer no formocresol, em
seguida deve ser removido o excesso de formocresol e colocar a bolinha de
algodão na embocadura do canal, a ele atua por vapor, por isso o seu
tempo é reduzido.
Técnica de Uso:
- Com um cone de papel de diâmetro e tamanho compatível
com o canal, no qual a ponta do cone não deve ultrapassar o limite entre os terços médio e apical.
Umedecemos a ponta do cone e levamos ao canal. Ou podemos umedecer uma bolinha de algodão e
acomodá-la na câmara pulpar.
Hidróxido de Cálcio
A indicação da pasta de hidróxido de cálcio como medicação intracanal entre sessões do tratamento de
dentes com necrose pulpar se deve principalmente à sua atividade antibacteriana, atividade anti-
endotoxina e capacidade de preenchimento do canal radicular; propriedades que serão discutidas a seguir.
O hidróxido de cálcio também possui outras propriedades biológicas, como a indução de formação de tecido
mineralizado, que se torna importante em algumas Portanto, embora a instrumentação mecânica e
irrigação exerça um papel significante na redução bacteriana, eles não são suficientes para eliminar os micro-
organismos do sistema de canais radiculares; sendo recomendado o uso da medicação intracanal para
suplementar os efeitos antibacterianos do preparo químico-cirúrgico.
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A atividade antibacteriana da pasta de hidróxido de cálcio é devida a seu alto pH (aproximadamente 12,5),
que depende da liberação dos íons hidroxila. Esses íons são radicais livres altamente oxidantes e apresentam
reatividade com muitos componentes bacterianos, promovendo danos à membrana citoplasmática,
proteínas e DNA bacteriano.
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LIMAS
Realizar a espatulação até que se forme uma pasta.
Uma lima tipo K de diâmetro imediatamente inferior ao da última lima empregada para a confecção
do preparo apical (lima de memória) é selecionada para a inserção da pasta de hidróxido de cálcio no
canal radicular.
O instrumento é carregado com a pasta em suas espirais, introduzido lentamente até alcançar o
comprimento de trabalho, pincelado contra as paredes do canal e girado no sentido anti-horário por duas
ou três vezes. A remoção do instrumento é realizada lentamente, sem interromper o movimento de
rotação anti-horária. Repete-se esse procedimento uma a três vezes, até que todo o canal radicular esteja
preenchido com a pasta (Lopes, Siqueira, 2020).
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LÊNTULO
Quando do uso de instrumento rotatório para a inserção da pasta no canal radicular, é
importante que o mesmo tenha um diâmetro menor que o do final do preparo, seja colocado
até a medida dos 2/3 ou no máximo até a profundidade de 2 a 3mm aquém do comprimento
de trabalho e acionado por um micromotor, com velocidade constante e com giro à direita,
por aproximadamente 10 segundos (Lopes, Siqueira, 2020).
Após a manipulação da pasta, ela é levada em pequenas porções à câmara pulpar por meio
de calcadores espatulados. A seguir, o instrumento rotatório é carregado em suas espirais com
pequena quantidade de pasta e introduzido lentamente
no canal. Simultaneamente, a espiral de Lentulo é
acionada para girar à direita e, com movimentos suaves e
lentos de penetração e remoção, busca-se o preenchimento
do canal radicular. É importante ressaltar que o
instrumento deve ser retirado do canal estando em
movimento de rotação (Lopes, Siqueira, 2020).
Neste ponto o micromotor está travado Ajustar para direita- sentido Horário
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LOPES, H. P.; SIQUEIRA JR, J. F. Endodontia: biologia e técnica. 5. ed. Rio de Janeiro: GEN |
Grupo Editorial Nacional, 2020.
GAVINI, G., CALDEIRA, C. L., LAGE- MARQUES, J. L., MACHADO, M. E. L., SANTOS, M., SIPERT,
C. R., PINHEIRO, E. T., PROKOPOWITSCH, I., MACEDO, M. C. S., FREIRE, L. Manual de
fundamentos teóricos e práticos em endodontia. FOUSP, 2018. 978-85-7040-011-6.
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