Faculdade Serra Dourada de Altamira
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CURSO DE PSICOLOGIA
ALTAMIRA-PA 2023
1. DESCRIÇÃO DO FILME
Desde o seu nascimento, o indivíduo vive em contínuo construto, como ser social;
mesmo interagindo com o ambiente, possui a sua subjetividade. Esse construto o
expõe a padrões culturais e familiares que tem impacto na vida profissional, social e
pessoal, sendo que esses padrões podem ter resultados positivos ou negativos, na
vida do indivíduo.
A psicologia, como ciência que estuda e analisa os processos comportamentais
dos indivíduos, vem ao logo da sua história confirmar a eficácia de tratamentos de
diversas patologias, através de pesquisas, utilizando-se de diferentes abordagens
psicoterápicas, cada uma com seus objetivos, fundamentação teórica e métodos.
A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC), abordagem utilizada no decorrer
deste trabalho, tem como base teórica a teoria de Aaron Beck, que de acordo com
de com Judith S. Beck (BECK, 2022), surgiu em 1960, trazendo aspectos
cognitivos para o processo terapêutico, sendo que as pesquisas desta abordagem
tiveram seu início em berço psicanalítico, pelo psiquiatra e psicanalista Aaron Beck
que, com o intuito de validar os conceitos psicanalíticos da depressão, que fez
estudos utilizando a técnica de associação livre com seus clientes deprimidos,
usando como métrica os sonhos dos seus pacientes psiquiátricos, sem depressão.
O resultado desse estudo o surpreendeu, constatando no final das sessões,
manifestações resultantes de pensamentos dos seus clientes, onde se verificou que
todos eles tinham pensamentos “automáticos” negativos, que estavam ligados às
suas emoções; após ajudar seus clientes a identificar, avaliar e responder os
pensamentos irrealistas e mal adaptativos, constatou-se melhora rápida no quadro
depressivo de seus clientes. Aaron Beck é considerado hoje, o pai da Terapia
Cognitiva Comportamental, abordagem esta que teve eficácia, inicialmente, em
tratamentos de depressão, ansiedade e transtornos como TOC, bipolaridade, de
personalidade, abuso de substâncias e outros.
Segundo (BECK, 2022), a TCC, tem como base a “cognição”, que pode ser
adaptativa ou mal- adaptativa e ocorrem em três níveis:
• Pensamentos automáticos: Se apresentam através de palavras ou imagens.
• Crenças intermediárias: Originam-se por meio de significados atribuídos a partir
das experiências, desde o nascimento.
• Crenças nucleares: São ideias rígidas, a forma em que o indivíduo percebe a si,
aos outros e ao mundo, formando a tríade cognitiva.
É uma abordagem voltada para o presente, estruturada e de curta duração, que tem
como princípio de tratamento, a conceitualização ou compreensão do paciente e não
suposições do terapeuta e tem como modelo teórico; pensamento, emoção e
comportamento. Os pensamentos podem ser: disfuncional, realista ou adaptativa.
De acordo com a abordagem TCC, segundo as teorias de Beck a modificação
dos pensamentos e das crenças do indivíduo, após ser modificada, resulta em
mudanças de comportamento, promovendo neles bem-estar.
Zelma e Debora
O Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um transtorno mental em sua
maioria intenso, podendo ter início na adolescência e perdurar até a vida adulta se não
for tratado, por apresentar diferentes graus de intensidade p ode em sua forma mais grave
causar incapacidade laboral, social e familiar em pessoas acometidas por esse
transtorno, atingindo um percentual mais forte em torno de 10% dos casos
diagnosticados, além de comprometer o desempenho profissional e acadêmico, afeta
também as relações familiares devido a mudanças de comportamentos manifestada por
esse indivíduo no ambiente de suas atividades e rotinas domiciliares de acordo com
Cordioli (2014).
De acordo com o DSM-5, as características dos transtornos obsessivos
compulsivos são: pensamentos e imagens persistentes de forma perturbadora e
compulsivas, e traz como comorbidade em sua maioria a ansiedade, ocasionando
prejuízos na rotina de uma pessoa. De forma involuntária as obsessões surgem como,
pensamentos repetitivos e persistentes, ocasionada pelo medo por ex: contaminação,
medo da morte, as imagens podem ser de maneira aterrorizantes ou cenas violentas,
tendo as obsessões originalizadas pelo medo. As compulsões são comportamentos que
surgem como respostas as obsessões e nesse sentido surgem como rituais externos ou
internos com o intuito de neutralizar as ações obsessivas.
Em meio a essas compulsões não é incomum haver um subtipo dominante
(Starcevic & Brakoulias, 2008). E em suas múltiplas faces esses sintomas podem
aparecer de forma visíveis que são através de comportamentos repetitivos, e também
pode aparecer de forma não visível, que são na forma de compulsões mentais, se
apresentando através de repetição de palavras, argumentos mentais, ruminações,
repassar cenas, listas mentais, diálogos internos, fazer contagens de forma incessante e
repetição números são características comuns a esse transtorno, podem aparecer na
forma de rituais, lavar as mão com muita frequência, banhos demorados mais que o
normal, conferências de trancas, apagar luzes, excesso de limpeza, dentre outros.
(Goodman etal., 2014).
Blanca Ruiz Perez, 35 anos, solteira, auxiliar de laboratório, realizou triagem prévia
online, com apresentação de relatos clínicos anteriores, com diagnóstico CID-42
(obsessões ou compulsões recorrentes) tendo como queixa principal o medo de
contaminação por fungos, bactérias, vírus, micróbios, ácaros, além de somatizar tudo
aquilo que ouve e vê, apresentando também uma fixação pela cor branca.
Durante a terapia, com técnica de exposição, indiretamente conduzida pelo
profissional, observou-se sua obsessão por evitar ambientes públicos, utensílios de uso
coletivo, assim como, o uso exacerbado de materiais de limpeza e produtos de higiene
pessoal.
Blanca sente-se constantemente isolada, pois, devido a sua obsessão, evita
contato pessoal bem como ambientes de socialização e, pelo fato de demandar muito
tempo em sua rotina de limpeza, não consegue tempo para viver a sua própria vida,
vivendo sem conseguir manter relações familiares.
Com a técnica da terapia de exposição, praticada pelo grupo ali reunido,
pode-se observar que nos momentos de pensamentos de empatia com a modulação de
hiper foco direcionada ao outro, conseguiu-se transpor a barreira do comportamento
“em si”, reduzindo a pressão sobre o ponto principal do problema pessoal dela e Blanca
sequer percebeu que tocou outra pessoa durante a interação, apresentando resultado
positivo para sua melhora, além de ser utilizado como reforço positivo para o
desempenho dos demais membros do grupo.
2.ANÁLISE COMPREENSIVA (considerando a evolução do paciente)
Sabrina
REFERÊNCIAS