Instituto Politécnico de Saúde Moçambique Lichinga Trabalho de Mic Com Fins Avaliativos
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Instituto Politécnico de Saúde Moçambique Lichinga Trabalho de Mic Com Fins Avaliativos
INVESTIGAÇÃO E ÉTICA
INVESTIGAÇÃO E ÉTICA
3. Conclusão .......................................................................................................................... 12
1. Introdução
Na Universidade, a aprendizagem, a docência, o ensino, só serão significativas se forem
sustentadas por uma permanente atividade de construção do conhecimento. Tanto quanto o
aluno, o professor precisa da pesquisa para bem conduzir um ensino eficaz. Essa exigência
decorre de duas injunções: primeiro, quem lida com processos e produtos do conhecimento
precisa ficar em permanente situação de estudo pois o conhecimento é uma atividade histórica,
que se encontra em contínuo devir, e o mínimo que se exige de um professor é que ele
acompanhe o desenvolvimento do saber de sua área; mas além disso, impõe-se a postura
investigativa porque o conhecimento é um processo de construção dos objetos, ou seja, todos
os produtos do conhecimento são consequências de processos de produção dos mesmos,
processo que precisa ser refeito, sem o que não ocorre apropriação, o que se reforça pelas
exigências da situação pedagógica de aprendizagem.
Investigação e ética é o tema que iremos desenvolver neste trabalho. O presente trabalho tem
como objectivo desenvolver o domínio sobre o papel da investigação científica na construção
do conhecimento. Pesquisa científica é a aplicação prática de um conjunto de processos
metódicos de investigação utilizados por um pesquisador para o desenvolvimento de um estudo.
Ela caracteriza-se por ser uma investigação extremamente disciplinada, que segue as regras
formais dos procedimentos para adquirir as informações necessárias e levantar as hipóteses que
dão suporte para a análise feita pelo pesquisador (cientista).
1.1.Objectivo
1.1.1. Geral
Analisar o papel da investigação científica na construção do conhecimento.
1.1.2. Especifico
Definir o conceito de pesquisa cientifica;
Identificar os tipos de pesquisa;
Explicar a importância da ética na pesquisa cientifica.
1.2.Metodologia
O presente trabalho foi elaborado com base na leitura de varais obras literárias, manuais e livros
que abordam assuntos relacionados com o tema em questão. Como não basta-se recorreu-se
também ao uso da internet.
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2. Investigação e Ética
2.1.Investigação Cientifica
Para Severino (2007, cit. em Magibire, 2019), na Universidade, a aprendizagem, a docência, o
ensino, só será significativa se forem sustentadas por uma permanente atividade de construção
do conhecimento. Tanto quanto o aluno, o professor precisa da pesquisa para bem conduzir um
ensino eficaz. De acordo com o autor acima citado, refere-se que:
Essa exigência decorre de duas injunções: primeiro quem lida com processos e produtos
do conhecimento precisam ficar em permanente situação de estudo, pois o
conhecimento é uma atividade histórica, que se encontra em contínuo devir, e o mínimo
que se exige de um professor é que ele acompanhe o desenvolvimento do saber de sua
área; mas, além disso, impõe-se a postura investigativa porque o conhecimento é um
processo de construção dos objetos, ou seja, todos os produtos do conhecimento são
consequências de processos de produção dos mesmos, processo que precisa ser refeito,
sem o que não ocorre apropriação, o que se reforça pelas exigências da situação
pedagógica de aprendizagem (p. 21).
São dois os motivos pelos quais o professor precisa manter-se envolvido com a pesquisa:
primeiro, para acompanhar o desenvolvimento histórico do conhecimento, segundo, porque o
conhecimento só se realiza como construção de objetos.
Segundo Severino (2007, cit. em Magibire, 2019), tendo bem presentes as finalidades do ensino
superior, aos professores universitários se impõe o compromisso com um investimento
sistemático no planejamento de suas disciplinas, na qualificação de sua interação pedagógica
com seus alunos e numa concepção do ensino e da aprendizagem como processo de construção
do conhecimento bem como num cuidado especial com a avaliação.
O plano de ensino deve ser a expressão de uma proposta pedagógica que dê uma visão
integral do curso pensado com vistas ao desenvolvimento do aluno mediado pelos
processos de aprendizagem. Além de constituir o roteiro do trabalho docente e da
caminhada do aluno, ele deve mediar a proposta educativa visada pelo curso em geral e
pela disciplina em particular. Daí a importância que tem a justificativa para alicerçar as
programações. A interação comunicativa, a capacidade de estabelecimento de uma
relação profissional e democrática que se configure fundamentalmente pelo respeito
mútuo, dimensão que tem a ver com o relacionamento humano e com a necessidade de
um contrato entre as partes, de modo que a autoridade não se confunda com o
autoritarismo nem a liberdade com libertinagem (Magibire, 2019, p. 22).
O que está em pauta é uma concepção da aprendizagem como processo de construção do
conhecimento. Consequentemente torna-se imprescindível a adoção de estratégias diretamente
vinculadas de modo que experiências práticas possam ser mobilizadas para essa aprendizagem.
Ou seja, que a própria prática da pesquisa seja caminho do processo de ensino e aprendizagem.
Nessa linha, todas as disciplinas do curso devem se articular, fazendo que ocorra envolvimento
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No planejamento da disciplina, é preciso levar em conta o plano maior do curso, uma vez que
a disciplina é uma parte de um todo, organicamente articulado para que possa responder,
adequadamente, ao projeto formativo do aluno. A programação da disciplina deve conter os
seguintes elementos: Justificativa, objetivos, conteúdos temáticos, metodologia de trabalho,
avaliação, leituras complementares e cronograma (Magibire, 2019).
É por isso que a programação da disciplina deve começar com a justificativa; trata-se de mostrar
aos alunos o lugar que ela ocupa, em função de seu conteúdo, no projeto formativo. Apresentar
a justificativa é fundamental, pois todos precisamos saber a razão pela qual uma atividade é
desenvolvida. Não é válido usar apenas argumentos de autoridade, de tradição ou de
determinação legal (Magibire, 2019).
Ao contrário do que diz o senso comum, fazer pesquisa não é privilégio apenas dos iluminados;
entretanto, pesquisar é uma atividade que requer disciplina, rigor e fidedignidade no
levantamento e no trato dos dados obtidos para tal. Segundo Luna (1999), desenvolver uma
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É certo que não se trata de tarefa fácil, principalmente para os iniciantes na prática da pesquisa,
como também é certo que não se trata de algo impossível de ser realizado. Tomada em sentido
amplo, pesquisa é toda atividade voltada para a solução de problemas; como atividade de busca,
indagação, investigação, inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no âmbito
da ciência, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos, que nos auxilie na
compreensão dessa realidade e nos oriente em nossas ações (Pádua, 2002, p. 31).
Partindo do princípio de que os seres humanos estabelecem relações desde o seu nascimento
como forma de sobrevivência no grupo social do qual faz parte, concordamos com Santos
(2000, p. 17) ao afirmar que “pesquisar é o exercício intencional da pura atividade intelectual,
visando melhorar as condições práticas de existência”. Assim, toda pesquisa surge de uma
dúvida, de uma necessidade de conhecer mais e melhor determinado objeto. Da sua dúvida
inicial, o sujeito busca soluções para saná-la, orientado pela sua visão de mundo.
Sendo a pesquisa intencional ao sujeito, é necessária uma organização lógica e uma preparação
metodológica para que o pesquisador obtenha êxito em seus propósitos. Partindo da ideia de
que a pesquisa é intencional e busca elucidar as lacunas teórico-práticas, é importante destacar
que seu universo abrange passos que se percorre, elucidando a própria temática escolhida na
investigação. Tal universo é sempre amplo, daí a necessidade da elaboração de uma boa revisão
da literatura, indicando a abrangência da temática em estudo.
2.4.Tipos de Pesquisa
A existência de inúmeros tipos de pesquisa (há praticamente uma classificação diferente para
cada obra que trata do assunto) gera dificuldade até de comunicação e compreensão a priori do
tipo de investigação que se pretende realizar e o que ele realmente significa. Como não existem
restrições acerca do tipo de pesquisa a ser desenvolvido pelo investigador, a escolha de um tipo
adequado vai depender das necessidades específicas de cada estudo e da natureza do objeto.
Vale alertar para os cuidados a serem tomados na adoção de uma ou outra classificação, pois
nem sempre se utilizam critérios e objetivos adequados.
Essa pesquisa evita que se tome como inédito o conhecimento já existente, que se repitam
estudos já desenvolvidos, bem como que se elaborem pesquisas desguarnecidas de
fundamentação teórica. Por ser etapa obrigatória a todos os demais tipos de pesquisa, não há
unanimidade entre os autores sobre a caracterização de estudos eminentemente bibliográficos
como pesquisas científicas, embora esse tipo esteja presente na maioria das classificações.
Em 1964, foi redigida a declaração de Helsinque pela Organização Médica Mundial que
estabelece os princípios orientadores da pesquisa médica e em 1982 as Directrizes
Internacionais para pesquisas Biomédicas, que envolvem seres humanos. A
preocupação com as questões éticas surge quanto a ciência, ou os seus pesquisadores,
extrapolam os limites da dignidade humana, principalmente nas experiências com seres
humanos. Um dos grandes princípios na pesquisa é o consentimento esclarecido dos
envolvidos, dos participantes. Tal deve ser feito com clareza e uma linguagem acessível.
Normalmente, em todas as pesquisas no momento de colecta de dados é importante ter em mãos
uma carta de apresentação (credencial). Se os informantes forem menor, uma autorização
expressa do encarregado ou responsável.
É preciso ter em conta que o pesquisador ao lidar com a pessoa humana deve preservar sempre
a sua dignidade. Ademais, a ciência não é feita apenas de certezas, mas também de erros, que
quanto cometidos em humanos podem deixar sequelas graves. Hoje, o debate sobre a ética na
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pesquisa atinge também outros seres animais. Os principais aspectos éticos que devem
fundamentar a realização das pesquisas científicas são:
Essa sensação persegue a história humana, desde que inventos magníficos como o navio, o
automóvel e o avião, foram transformados em máquinas de guerra. Ou mesmo ante as brumas
radioativas de Hiroshima e Nagasaki — Oppenheimer — o pai da bomba atômica — num
discurso emocionado se autodenominar “a morte, o destruidor de mundos” (Magibire, 2019).
À medida que a pesquisa científica afeta o mundo convém ficarmos de sobreaviso. Isso por que
a ciência é feita por pessoas. E todas as pessoas, mesmo sendo cientistas, possuem interesses,
intenções e ambições. Para agravar esse quadro, a ciência é financiada por governos e por
empresas — cujas políticas podem nem sempre visar o bem comum – entendendo essa
expressão, em seu sentido mais amplo como sendo o bem, em sua essência, estendido para toda
a humanidade (Magibire, 2019).
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Fica cada vez mais claro que pesquisa científica atual, em seus passos mais decisivos, está
condicionada às regras de financiamento, às expectativas sobre seus resultados e às forças
sociais e de instituições que moldam seus rumos.
Ora vejamos:
Ou não?
Na década de 1950, quando Jonas Salk — um dos cientistas que participou do desenvolvimento
da vacina contra a poliomielite — foi questionado sobre se ele patentearia a vacina. Ele
respondeu com outra pergunta:
Além de que, ao negar o benefício a outro ser humano se estaria também praticando uma forma
de desumanidade. Por exemplo, A indústria farmacêutica Novartis tentou bloquear
recentemente a fabricação na Índia de um medicamento genérico aplicado na terapia do câncer.
Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Ciências Econômicas, tem uma posição radicalmente contra
as leis de propriedade intelectual. Ele enfatiza que essa prática visa apenas garantir lucros
exorbitantes para as desenvolvedoras, que por congelamento do desenvolvimento científico,
certifica-se de não haver concorrência (Magibire, 2019).
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Pela lei dos mercados é fácil observar o que se resulta de um monopólio, seja em que área for.
Ele dá o exemplo da Myriad Genetics, uma empresa que alegou propriedade intelectual sobre
genes humanos. Este é um exemplo extremo, mas suas observações são amplamente aplicáveis.
Ele explica que, neste caso: Geneticistas têm argumentado que o registro de patentes sobre os
genes realmente tende a impedir o aperfeiçoamento de vários testes genéticos (como prevenção
de doenças genéticas, por exemplo), e de modo geral, interferir com o avanço da própria ciência.
De modo mais geral: os cientistas podem realmente justificar os resultados previsíveis dos
projetos em que estão envolvidos? O que deve ser feito, então, para maximizar o benefício da
ciência visando o bem comum?
3. Conclusão
Conclui-se que, a pesquisa é um acto dinâmico de questionamento, indagação e
aprofundamento consciente na tentativa de desvelarmos determinados objetos e buscarmos
resposta significativa para uma dúvida ou problema. Portanto, pesquisar é procurar, é obter
respostas, é conhecer o desconhecido, é desvelar o que está oculto na realidade observada.
Ao contrário do que diz o senso comum, fazer pesquisa não é privilégio apenas dos iluminados;
entretanto, pesquisar é uma atividade que requer disciplina, rigor e fidedignidade no
levantamento e no trato dos dados obtidos para tal. Desenvolver uma pesquisa visa à produção
de conhecimento novo, relevante teórica e socialmente, além de fidedigno.
As directrizes básicas em pesquisa científica foram estabelecidas pela primeira vez em 1947,
no Código de Nuremberg, no qual ficou definido que seria indispensável o consentimento do
participante de pesquisa clínica. Este código tinha com principal finalidade controlar
atrocidades cometidas pelo regime nazista.
Em 1964, foi redigida a declaração de Helsinque pela Organização Médica Mundial que
estabelece os princípios orientadores da pesquisa médica e em 1982 as Directrizes
Internacionais para pesquisas Biomédicas, que envolvem seres humanos.
4. Referencias bibliográficas
Köche, José Carlos. (1997). Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática
da pesquisa. 14ª ed. rev. e ampl. Petrópolis: Vozes.
Lima, Manolita Correia de. (2004). Monografia: a engenharia da produção acadêmica. São
Paulo: Saraiva.
Luna, Sérgio V. de. (1999). Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo: EDUC.