Apostila Digital: Matemática
Apostila Digital: Matemática
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Matemática
A
Análise Combinatória
Introdução à Análise Combinatória
Análise Combinatória é um conjunto de procedimentos que possibilita a construção de grupos diferentes
formados por um número finito de elementos de um conjunto sob certas circunstâncias.
Na maior parte das vezes, tomaremos conjuntos Z com m elementos e os grupos formados com elementos
de Z terão p elementos, isto é, p será a taxa do agrupamento, com p<m.
Arranjos, Permutações ou Combinações, são os três tipos principais de agrupamentos, sendo que eles
podem ser simples, com repetição ou circulares. Apresentaremos alguns detalhes de tais agrupamentos.
Observação: É comum encontrarmos na literatura termos como: arranjar, combinar ou permutar, mas todo o
cuidado é pouco com os mesmos, que às vezes são utilizados em concursos em uma forma dúbia!
Arranjos
São agrupamentos formados com p elementos, (p<m) de forma que os p elementos sejam distintos entre sí
pela ordem ou pela espécie. Os arranjos podem ser simples ou com repetição.
Arranjo simples: Não ocorre a repetição de qualquer elemento em cada grupo de p elementos.
Fórmula: As(m,p) = m!/(m-p)!
Cálculo para o exemplo: As(4,2) = 4!/2!=24/2=12.
Exemplo: Seja Z={A,B,C,D}, m=4 e p=2. Os arranjos simples desses 4 elementos tomados 2 a 2 são 12
grupos que não podem ter a repetição de qualquer elemento mas que podem aparecer na ordem trocada.
Todos os agrupamentos estão no conjunto:
As={AB,AC,AD,BA,BC,BD,CA,CB,CD,DA,DB,DC}
Arranjo com repetição: Todos os elementos podem aparecer repetidos em cada grupo de p elementos.
Fórmula: Ar(m,p) = mp.
Cálculo para o exemplo: Ar(4,2) = 42=16.
Exemplo: Seja C={A,B,C,D}, m=4 e p=2. Os arranjos com repetição desses 4 elementos tomados 2 a 2 são
16 grupos que onde aparecem elementos repetidos em cada grupo. Todos os agrupamentos estão no
conjunto:
Ar={AA,AB,AC,AD,BA,BB,BC,BD,CA,CB,CC,CD,DA,DB,DC,DD}
Arranjo condicional: Todos os elementos aparecem em cada grupo de p elementos, mas existe uma
condição que deve ser satisfeita acerca de alguns elementos.
Fórmula: N=A(m1,p1).A(m-m1,p-p1)
Cálculo para o exemplo: N=A(3,2).A(7-3,4-2)=A(3,2).A(4,2)=6×12=72.
Exemplo: Quantos arranjos com 4 elementos do conjunto {A,B,C,D,E,F,G}, começam com duas letras
escolhidas no subconjunto {A,B,C}?
Aqui temos um total de m=7 letras, a taxa é p=4, o subconjunto escolhido tem m1=3 elementos e a taxa que
este subconjunto será formado é p1=2. Com as letras A,B e C, tomadas 2 a 2, temos 6 grupos que estão no
conjunto:
PABC = {AB,BA,AC,CA,BC,CB}
Com as letras D,E,F e G tomadas 2 a 2, temos 12 grupos que estão no conjunto:
PDEFG = {DE,DF,DG,ED,EF,EG,FD,FE,FG,GD,GE,GF}
Usando a regra do produto, teremos 72 possibilidades obtidas pela junção de um elemento do conjunto
PABC com um elemento do conjunto PDEFG. Um típico arranjo para esta situação é CAFG.
Permutações
Quando formamos agrupamentos com m elementos, de forma que os m elementos sejam distintos entre sí
pela ordem. As permutações podem ser simples, com repetição ou circulares.
Permutação simples: São agrupamentos com todos os m elementos distintos.
Fórmula: Ps(m) = m!.
Cálculo para o exemplo: Ps(3) = 3!=6.
Exemplo: Seja C={A,B,C} e m=3. As permutações simples desses 3 elementos são 6 agrupamentos que
não podem ter a repetição de qualquer elemento em cada grupo mas podem aparecer na ordem trocada.
Todos os agrupamentos estão no conjunto:
Ps={ABC,ACB,BAC,BCA,CAB,CBA}
Permutação com repetição: Dentre os m elementos do conjunto C={x1,x2,x3,...,xn}, faremos a suposição
que existem m1 iguais a x1, m2 iguais a x2, m3 iguais a x3, ... , mn iguais a xn, de modo que
m1+m2+m3+...+mn=m.
Fórmula: Se m=m1+m2+m3+...+mn, então
Pr(m)=C(m,m1).C(m-m1,m2).C(m-m1-m2,m3) ... C(mn,mn)
Anagrama: Um anagrama é uma (outra) palavra construída com as mesmas letras da palavra original
trocadas de posição.
Cálculo para o exemplo: m1=4, m2=2, m3=1, m4=1 e m=6, logo: Pr(6)=C(6,4).C(6-4,2).C(6-4-
1,1)=C(6,4).C(2,2).C(1,1)=15.
Exemplo: Quantos anagramas podemos formar com as 6 letras da palavra ARARAT. A letra A ocorre 3
vezes, a letra R ocorre 2 vezes e a letra T ocorre 1 vez. As permutações com repetição desses 3 elementos
do conjunto C={A,R,T} em agrupamentos de 6 elementos são 15 grupos que contêm a repetição de todos
os elementos de C aparecendo também na ordem trocada. Todos os agrupamentos estão no conjunto:
Pr={AAARRT,AAATRR,AAARTR,AARRTA,AARTTA,
AATRRA,AARRTA,ARAART,ARARAT,ARARTA,
ARAATR,ARAART,ARAATR,ATAARA,ATARAR}
Permutação circular: Situação que ocorre quando temos grupos com m elementos distintos formando uma
circunferência de círculo.
Fórmula: Pc(m)=(m-1)!
Cálculo para o exemplo: P(4)=3!=6
Exemplo: Seja um conjunto com 4 pessoas K={A,B,C,D}. De quantos modos distintos estas pessoas
poderão sentar-se junto a uma mesa circular (pode ser retangular) para realizar o jantar sem que haja
repetição das posições?
Se considerássemos todas as permutações simples possíveis com estas 4 pessoas, teriamos 24 grupos,
apresentados no conjunto:
Pc={ABCD,ABDC,ACBD,ACDB,ADBC,ADCB,BACD,BADC,
BCAD,BCDA,BDAC,BDCA,CABD,CADB,CBAD,CBDA,
CDAB,CDBA, DABC,DACB,DBAC,DBCA,DCAB,DCBA}
Acontece que junto a uma mesa "circular" temos que:
ABCD=BCDA=CDAB=DABC
ABDC=BDCA=DCAB=CABD
ACBD=CBDA=BDAC=DACB
ACDB=CDBA=DBAC=BACD
ADBC=DBCA=BCAD=CADB
ADCB=DCBA=CBAD=BADC
Existem somente 6 grupos distintos, dados por:
Pc={ABCD,ABDC,ACBD,ACDB,ADBC,ADCB}
Combinações
Quando formamos agrupamentos com p elementos, (p<m) de forma que os p elementos sejam distintos
entre sí apenas pela espécie.
Combinação simples: Não ocorre a repetição de qualquer elemento em cada grupo de p elementos.
Fórmula: C(m,p) = m!/[(m-p)! p!]
Cálculo para o exemplo: C(4,2)=4!/[2!2!]=24/4=6
Exemplo: Seja C={A,B,C,D}, m=4 e p=2. As combinações simples desses 4 elementos tomados 2 a 2 são 6
grupos que não podem ter a repetição de qualquer elemento nem podem aparecer na ordem trocada. Todos
os agrupamentos estão no conjunto:
Cs={AB,AC,AD,BC,BD,CD}
Combinação com repetição: Todos os elementos podem aparecer repetidos em cada grupo até p vezes.
Fórmula: Cr(m,p)=C(m+p-1,p)
Cálculo para o exemplo: Cr(4,2)=C(4+2-1,2)=C(5,2)=5!/[2!3!]=10
Exemplo: Seja C={A,B,C,D}, m=4 e p=2. As combinações com repetição desses 4 elementos tomados 2 a 2
são 10 grupos que têm todas as repetições possíveis de elementos em grupos de 2 elementos não podendo
aparecer o mesmo grupo com a ordem trocada. De um modo geral neste caso, todos os agrupamentos com
2 elementos formam um conjunto com 16 elementos:
Cr={AA,AB,AC,AD,BA,BB,BC,BD,CA,CB,CC,CD,DA,DB,DC,DD}
mas para obter as combinações com repetição, deveremos excluir deste conjunto os 6 grupos que já
apareceram antes, pois AB=BA, AC=CA, AD=DA, BC=CB, BD=DB e CD=DC, assim as combinações com
repetição dos elementos de C tomados 2 a 2, são:
Cr={AA,AB,AC,AD,BB,BC,BD,CC,CD,DD}
É fácil ver isto ligando r1 a todos os pontos de s e assim teremos n segmentos, depois ligando r 2 a todos os
pontos de s e assim teremos n segmentos, e continuamos até o último ponto para obter também n
segmentos. Como existem m pontos em r e n pontos em s, teremos m.n segmentos possíveis.
Cada símbolo possui 10 lugares com exatamente 6# e 4Ø. Para cada combinação existe uma
correspondência biunívoca com um símbolo e reciprocamente. Podemos construir um símbolo pondo
exatamente 6 pontos em 10 lugares. Após isto, os espaços vazios são prenchidos com barras. Isto pode ser
feito de C(10,6) modos. Assim:
Crep(5,6) = C(5+6-1,6)
Generalizando isto, podemos mostrar que:
Crep(m,p) = C(m+p-1,p)
Número Binomial
O número de combinações de m elementos tomados p a p, indicado antes por C(m,p) é chamado
Coeficiente Binomial ou número binomial, denotado na literatura científica como:
Exemplo: C(8,2)=28.
Extensão: Existe uma importante extensão do conceito de número binomial ao conjunto dos números reais
e podemos calcular o número binomial de qualquer número real r que seja diferente de um número inteiro
negativo, tomado a uma taxa inteira p, somente que, neste caso, não podemos mais utilizar a notação de
combinação C(m,p) pois esta somente tem sentido quando m e p são números inteiros não negativos.
Como Pi=3,1415926535..., então:
A função envolvida com este contexto é a função gama. Tais cálculos são úteis em Probabilidade e
Estatística.
Teorema Binomial
Se m é um número natural, para simplificar um pouco as notações, escreveremos mp no lugar de C(m,p).
Então:
(a+b)m = am+m1am-1b+m2am-2b2+m3am-3b3+...+mmbm
Alguns casos particulares com m=2, 3, 4 e 5, são:
(a+b)2 = a2 + 2ab + b2
(a+b)3 = a3 + 3 a2b + 3 ab2 + b3
(a+b)4 = a4 + 4 a3b + 6 a2b2 + 4 ab3 + b4
(a+b)5 = a5 + 5 a4b + 10 a3b2 + 10 a2b3 + 5 ab4 + b5
A demonstração segue pelo Princípio da Indução Matemática.
Iremos considerar a Proposição P(m) de ordem m, dada por:
P(m): (a+b)m=am+m1am-1b+m2am-2b2+m3am-3b3+...+mmbm
P(1) é verdadeira pois (a+b)1 = a + b
Vamos considerar verdadeira a proposição P(k), com k>1:
P(k): (a+b)k=ak+k1ak-1b+k2ak-2b2+k3ak-3b3+...+kkbk
para provar a propriedade P(k+1).
Para que a proposição P(k+1) seja verdadeira, deveremos chegar à conclusão que:
(a+b)k+1=ak+1+(k+1)1akb+(k+1)2ak-1b2+...+(k+1)(k+1)bk+1
(a+b)k+1= (a+b).(a+b)k
= (a+b).[ak+k1ak-1b+k2ak-2b2+k3ak-3b3+...+kkbk]
a.[ak+k1ak-1b+k2ak-2 b2+k3ak-3b3+...+kkbk]
=
+b.[ak+k1ak-1b+k2ak-2b2+k3ak-3b3+...+kk bk]
ak+1+k1akb+k2ak-1b2+k3ak-2b3+...+kkabk
=
+akb+k1ak-1b2+k2ak-2 b3+k3ak-3b4+...+kkbk+1
ak+1+[k1+1]akb+[k2+k1]ak-1b2+[k3+k2]ak-2b3
=
+[k4+k3] ak-3b4+...+[kk-1+kk-2]a2bk-1+[kk+kk-1]abk+kkbk+1
ak+1+[k1+k0] akb+[k2+k1]ak-1b2+[k3+k2]ak-2b3
=
+[k4+k3]ak-3b4+...+[kk-1+kk-2]a2bk-1+[kk+kk-1]abk+kkbk+1
Pelas propriedades das combinações, temos:
k1+k0=C(k,1)+C(k,0)=C(k+1,1)=(k+1)1
k2+k1=C(k,2)+C(k,1)=C(k+1,2)=(k+1)2
k3+k2=C(k,3)+C(k,2)=C(k+1,3)=(k+1)3
k4+k3=C(k,4)+C(k,3)=C(k+1,4)=(k+1)4
... ... ... ...
kk-1+kk-2=C(k,k-1)+C(k,k-2)=C(k+1,k-1)=(k+1)k-1
kk+kk-1=C(k,k)+C(k,k-1)=C(k+1,k)=(k+1)k
E assim podemos escrever:
ak+1+(k+1)1akb + (k+1)2ak-1b2 + (k+1)3ak-2b3
(a+b)k+1=
+(k+1)4ak-3b4 +...+ (k+1)k-1a2bk-1 + (k+1)kabk + kkbk+1
que é o resultado desejado.
Conjuntos Numéricos
O mesmo conjunto também poderia ser representado por uma propriedade dos seus elementos ou seja, sendo x um
elemento qualquer do conjunto P acima, poderíamos escrever: P = { x | x é par e positivo } = { 2,4,6, ... } Relação de
pertinência Sendo x um elemento do conjunto numérico A , escrevemos x 0 A , onde o símbolo 0significa "pertence a".
Sendo y um elemento que não pertence ao conjunto A , indicamos esse fato com a notação y A.
O conjunto que não possui elementos , é denominado conjunto vazio e representado por φ . Com o mesmo raciocínio, e
opostamente ao conjunto vazio, define-se o conjunto ao qual pertencem todos os elementos, denominado conjunto
universo, representado pelo símbolo U. Assim é que, pode-se escrever como exemplos: i= { x; x ≠ x} e U = {x; x = x}.
Subconjunto
Se todo elemento de um conjunto A também pertence a um conjunto B, então dizemos que A é subconjunto de B e
indicamos isto por A d B. Notas: a) todo conjunto numérico é subconjunto de si próprio. ( A d A ) b) o conjunto vazio é
subconjunto de qualquer conjunto. (id A) c) se um conjunto A possui m elementos então ele possui 2m subconjuntos. d)
o conjunto formado por todos os subconjuntos de um conjunto A é denominado conjunto das partes de A e é indicado
por P(A). Assim, se A = {c, d} , o conjunto das partes de A é dado por P(A) = {φ , {c}, {d}, {c,d}} e) um subconjunto de A é
também denominado parte de A.
Intervalos numéricos
Dados dois números reais p e q, chama-se intervalo a todo conjunto de todos números reais compreendidos entre p e
q , podendo inclusive incluir p e q. Os números p e q são os limites do intervalo, sendo a diferença p - q , chamada
amplitude do intervalo. Se o intervalo incluir p e q , o intervalo é fechado e caso contrário, o intervalo é dito aberto. A
tabela abaixo, define os diversos tipos de intervalos.
Equações de primeiro grau
Para resolver um problema matemático, quase sempre devemos transformar uma sentença apresentada
com palavras em uma sentença que esteja escrita em linguagem matemática. Esta é a parte mais
importante e talvez seja a mais difícil da Matemática.
A balança está equilibrada. No prato esquerdo há um "peso" de 2Kg e duas melancias com "pesos" iguais.
No prato direito há um "peso" de 14Kg. Quanto pesa cada melancia?
2 melancias + 2Kg = 14Kg
Usaremos uma letra qualquer, por exemplo x, para simbolizar o peso de cada melancia. Assim, a equação
poderá ser escrita, do ponto de vista matemático, como:
2x + 2 = 14
Este é um exemplo simples de uma equação contendo uma variável, mas que é extremamente útil e
aparece na maioria das situações reais. Valorize este exemplo simples.
Podemos ver que toda equação tem:
Uma ou mais letras indicando valores desconhecidos, que são denominadas variáveis ou
incógnitas;
Um sinal de igualdade, denotado por =.
Uma expressão à esquerda da igualdade, denominada primeiro membro ou membro da esquerda;
Uma expressão à direita da igualdade, denominada segundo membro ou membro da direita.
A letra x é a incógnita da equação. A palavra incógnita significa desconhecida e equação tem o prefixo equa
que provém do Latim e significa igual.
2x+2 = 14
1o. membro sinal de igualdade 2o. membro
2x + 2 = 14 Equação original
2x + 2 - 2 = 14 - 2 Subtraímos 2 dos dois membros
2x = 12 Dividimos por 2 os dois membros
x=6 Solução
Observação: Quando adicionamos (ou subtraímos) valores iguais em ambos os membros da equação, ela
permanece em equilíbrio. Da mesma forma, se multiplicamos ou dividimos ambos os membros da equação
por um valor não nulo, a equação permanece em equilíbrio. Este processo nos permite resolver uma
equação, ou seja, permite obter as raízes da equação.
Exemplos:
1. A soma das idades de André e Carlos é 22 anos. Descubra as idades de cada um deles, sabendo-
se que André é 4 anos mais novo do que Carlos.
Solução: Primeiro passamos o problema para a linguagem matemática. Vamos tomar a letra c para
a idade de Carlos e a letra a para a idade de André, logo a=c-4. Assim:
c + a = 22
c + (c - 4) = 22
2c - 4 = 22
2c - 4 + 4 = 22 + 4
2c = 26
c = 13
< menor
> maior
< menor ou igual
> maior ou igual
Nas desigualdades, o objetivo é obter um conjunto de todas os possíveis valores que pode(m) assumir uma
ou mais incógnitas na equação proposta.
Exemplo: Determinar todos os números inteiros positivos para os quais vale a desigualdade:
2x + 2 < 14
Para resolver esta desigualdade, seguiremos os seguintes passos:
2x + 3y = 38 Primeira equação
2x + 3y - 3y = 38 - 3y Subtraímos 3y de ambos os membros
2x = 38 - 3y Dividimos ambos os membros por 2
x = 19 - (3y/2) Este é o valor de x em função de y
Substituímos aqora o valor de x na segunda equação 3x-2y=18:
3x - 2y = 18 Segunda equação
3(19 - (3y/2)) - 2y = 18 Após substituir x, eliminamos os parênteses
57 - 9y/2 - 2y = 18 multiplicamos os termos por 2
114 - 9y - 4y = 36 reduzimos os termos semelhantes
114 - 13y = 36 separamos variáveis e números
114 - 36 = 13y simplificamos a equação
78 = 13y mudamos a posição dos dois membros
13 y = 78 dividimos ambos os membros por 6
y=6 Valor obtido para y
Substituindo y=6 na equação x=19-(3y/2), obtemos:
x = 19 - (3×6/2) = 19 - 18/2 = 19-9 = 10
Exercício: Determinar a solução do sistema:
x+y=2
x-y=0
Cada equação do sistema acima pode ser visto como reta no plano cartesiano. Construa as duas retas no
plano e verifique que, neste caso, a solução é um par ordenado que pertence à interseção das duas retas.
Se o sistema é formado por duas equações que são retas no plano cartesiano, temos a ocorrência de:
Retas concorrentes: quando o sistema admite uma única solução que é um par ordenado localizado na
interseção das duas retas;
Retas paralelas: quando o não admite solução, pois um ponto não pode estar localizado em duas retas
paralelas;
Retas coincidentes: quando o admite uma infinidade de soluções pois as retas estão sobrepostas.
Exemplos das três situações
Tipos de retas Sistema
x+y=2
Concorrentes
x-y=0
x+y=2
Paralelas
x+y=4
x+y=2
Coincidentes
2x + 2y = 4
Problemas com sistemas de equações:
1. A soma das idades de André e Carlos é 22 anos. Descubra as idades de cada um deles, sabendo-
se que André é 4 anos mais novo do que Carlos.
Solução: A idade de André será tomada com a letra A e a idade de Carlos com a letra C. O sistema
de equações será:
C + A = 22
C-A=4
Resposta: C = 13 e A = 9
2. A população de uma cidade A é o triplo da população da cidade B. Se as duas cidades juntas têm
uma população de 100.000 habitantes, quantos habitantes tem a cidade B?
Solucão: Identificando a população da cidade A com a letra A e a população da cidade B com B, o
sistema de equações será:
A + B = 100000
A = 3B
Resposta: D = 40
Desigualdades com 2 Equações em 2 variáveis
Outra situação bastante comum é aquela em que existe uma desigualdade com 2 equações em 2 ou mais
incógnitas. Estudaremos aqui apenas o caso em aparecem 2 equações e 2 incógnitas x e y. Uma forma
geral pode ter a seguinte forma típica:
ax+by<c
dx+ey>f
onde as constantes: a, b, c, d, e, f; são conhecidas.
Exemplo: Determinar todos os pares ordenados de números reais para os quais:
2x + 3y > 6
5x + 2y < 20
Há infinitos pares ordenados de números reais satisfazendo a esta desigualdade, o que torna impossível
exibir todas as soluções. Para remediar isto, utilizaremos um processo geométrico que permitirá obter uma
solução geométrica satisfatória.
Processo geométrico:
(1) Traçar a reta 2x+3y=6 (em vermelho);
(2) Escolher um ponto fora da reta, como o par (2,2) e observar que ele satisfaz à primeira desigualdade;
(3) Devemos colorir o semi-plano contendo o ponto (2,2) (em verde);
(4) Traçar a reta 5x+2y=20 (em azul);
(5) Escolher um ponto fora da reta, por exemplo, o próprio par já usado antes (2,2) (não é necessário que
seja o mesmo) e observamos que ele satisfaz à segunda desigualdade;
(6) Colorir o semi-plano contendo o ponto (2,2), inclusive a própria reta. (cor azul)
(7) Construir a interseção (em vermelho) das duas regiões coloridas.
(8) Esta interseção é o conjunto solução para o sistema com as duas desigualdades.
Esta situação gráfica é bastante utilizada em aplicações da Matemática a estudos de Economia e Processos
de otimização. Um dos ramos da Matemática que estuda este assunto é a Pesquisa Operacional.
Equações do segundo grau
Equações algébricas são equações nas quais a incógnita x está sujeita a operações algébricas como:
adição, subtração, multiplicação, divisão e radiciação.
Exemplos:
1. a x + b = 0
2. a x² + bx + c = 0
3. a x4 + b x² + c = 0
Uma equação algébrica está em sua forma canônica, quando ela pode ser escrita como:
ao xn + a1 xn-1 + ... + an-1 x1 + an = 0
onde n é um número inteiro positivo (número natural). O maior expoente da incógnita em uma equação
algébrica é denominado o grau da equação e o coeficiente do termo de mais alto grau é denominado
coeficiente do termo dominante.
Exemplo: A equação 4x²+3x+2=0 tem o grau 2 e o coeficiente do termo dominante é 4. Neste caso,
dizemos que esta é uma equação do segundo grau.
onde D (às vezes usamos a letra maiúscula "delta" do alfabeto grego) é o discriminante da equação do
segundo grau, definido por:
D = b² - 4ac
Exemplos gerais
1. 4x²=0 tem duas raízes nulas.
2. 4x²-8=0 tem duas raízes: x'=R[2], x"= -R[2]
3. 4x²+5=0 não tem raízes reais.
4. 4x²-12x=0 tem duas raízes reais: x'=3, x"=0
Exercícios: Resolver as equações incompletas do segundo grau.
1. x² + 6x = 0
2. 2 x² = 0
3. 3 x² + 7 = 0
4. 2 x² + 5 = 0
5. 10 x² = 0
6. 9 x² - 18 = 0
Exercícios
1. Calcular o discriminante de cada equação e analisar as raízes em cada caso:
a. x² + 9 x + 8 = 0
b. 9 x² - 24 x + 16 = 0
c. x² - 2 x + 4 = 0
d. 3 x² - 15 x + 12 = 0
e. 10 x² + 72 x - 64 = 0
2. Resolver as equações:
a. x² + 6 x + 9 = 0
b. 3 x² - x + 3 = 0
c. 2 x² - 2 x - 12 = 0
d. 3 x² - 10 x + 3 = 0
Equações bi-quadradas
São equações do 4o. grau na incógnita x, da forma geral:
a x4 + b x² + c = 0
Na verdade, esta é uma equação que pode ser escrita como uma equação do segundo grau através da
substituição:
y = x²
para gerar
a y² + b y + c = 0
Aplicamos a fórmula quadrática para resolver esta última equação e obter as soluções y' e y" e o
procedimento final deve ser mais cuidadoso, uma vez que
x² = y' ou x² = y"
e se y' ou y" for negativo, as soluções não existirão para x.
Exemplos:
1. Para resolver x4-13x²+36=0, tomamos y=x², para obter y²-13y+36=0, cujas raízes são y'=4 ou y"=9,
assim:
x² = 4 ou x² = 9
o que garante que o conjunto solução é:
S = { 2, -2, 3, -3}
2. Para resolver x4-5x²-36=0, tomamos y=x², para obter y²-5y-36=0, cujas raízes são y'= -4 ou y"=9 e
desse modo:
x² = -4 ou x² = 9
o que garante que o conjunto solução é:
S = {3, -3}
3. Se tomarmos y=x² na equação x4+13x²+36=0, obteremos y²+13y+36=0, cujas raízes são y'= -4 ou
y"= -9 e dessa forma:
x² = -4 ou x² = -9
o que garante que o conjunto solução é vazio.
Introdução à estatística
1- Objeto da estatística
Estatística é uma ciência exata que visa fornecer subsídios ao analista para coletar, organizar, resumir,
analisar e apresentar dados. Trata de parâmetros extraídos da população, tais como média ou desvio
padrão.
A estatística fornece-nos as técnicas para extrair informação de dados, os quais são muitas vezes
incompletos, na medida em que nos dão informação útil sobre o problema em estudo, sendo assim, é
objetivo da Estatística extrair informação dos dados para obter uma melhor compreensão das situações que
representam.
Quando se aborda uma problemática envolvendo métodos estatísticos, estes devem ser utilizados mesmo
antes de se recolher a amostra, isto é, deve-se planejar a experiência que nos vai permitir recolher os
dados, de modo que, posteriormente, se possa extrair o máximo de informação relevante para o problema
em estudo, ou seja para a população de onde os dados provêm.
Quando de posse dos dados, procura-se agrupá-los e reduzi-los, sob forma de amostra, deixando de lado a
aleatoriedade presente.
Seguidamente o objetivo do estudo estatístico pode ser o de estimar uma quantidade ou testar uma
hipótese, utilizando-se técnicas estatísticas convenientes, as quais realçam toda a potencialidade da
Estatística, na medida em que vão permitir tirar conclusões acerca de uma população, baseando-se numa
pequena amostra, dando-nos ainda uma medida do erro cometido.
2- População e amostra
Qualquer estudo científico enfrenta o dilema de estudo da população ou da amostra. Obviamente teria se
uma precisão muito superior se fosse analisado o grupo inteiro, a população, do que uma pequena parcela
representativa, denominada amostra. Observa-se que é impraticável na grande maioria dos casos, estudar-
se a população em virtude de distâncias, custo, tempo, logística, entre outros motivos.
A alternativa praticada nestes casos é o trabalho com uma amostra confiável. Se a amostra é confiável e
proporciona inferir sobre a população, chamamos de inferência estatística. Para que a inferência seja válida,
é necessária uma boa amostragem, livre de erros, tais como falta de determinação correta da população,
falta de aleatoriedade e erro no dimensionamento da amostra.
Quando não é possível estudar, exaustivamente, todos os elementos da população, estudam-se só alguns
elementos, a que damos o nome de Amostra.
Quando a amostra não representa corretamente a população diz-se enviesada e a sua utilização pode dar
origem a interpretações erradas.
3- Recenseamento
Recenseamento é a contagem oficial e periódica dos indivíduos de um País, ou parte de um País. Ele
abrange, no entanto, um leque mais vasto de situações. Assim, pode definir-se recenseamento do seguinte
modo:
Estudo científico de um universo de pessoas, instituições ou objetos físicos com o propósito de adquirir
conhecimentos, observando todos os seus elementos, e fazer juízos quantitativos acerca de características
importantes desse universo.
Sondagem
Por vezes não é viável nem desejável, principalmente quando o número de elementos da população é muito
elevado, inquirir todos os seus elementos sempre que se quer estudar uma ou mais características
particulares dessa população.
Assim surge o conceito de sondagem, que se pode tentar definir como:
Estudo científico de uma parte de uma população com o objetivo de estudar atitudes, hábitos e preferências
da população relativamente a acontecimentos, circunstâncias e assuntos de interesse comum.
5- Amostragem
Amostragem é o processo que procura extrair da população elementos que através de cálculos
probabilísticos ou não, consigam prover dados inferenciais da população-alvo.
Não Probabilística
Acidental ou conveniência
Intencional
Quotas ou proporcional
Tipos de Amostragem Desproporcional
Probabilística
Aleatória Simples
Aleatória Estratificada
Conglomerado
Não Probabilística
A escolha de um método não probabilístico, via de regra, sempre encontrará desvantagem frente ao método
probabilístico. No entanto, em alguns casos, se faz necessário a opção por este método. Fonseca (1996),
alerta que não há formas de se generalizar os resultados obtidos na amostra para o todo da população
quando se opta por este método de amostragem.
Intencional
O entrevistador dirige-se a um grupo em específico para saber sua opinião. Por exemplo, quando de um
estudo sobre automóveis, o pesquisador procura apenas oficinas.
5.3- Desproporcional
Muito utilizada quando a escolha da amostra for desproporcional à população. Atribui-se pesos para os
dados, e assim obtém-se resultados ponderados representativos para o estudo.
Probabilística
Para que se possa realizar inferências sobre a população, é necessário que se trabalhe com amostragem
probabilística. É o método que garante segurança quando investiga-se alguma hipótese. Normalmente os
indivíduos investigados possuem a mesma probabilidade de ser selecionado na amostra.
Aleatória Estratificada
Quando se deseja guardar uma proporcionalidade na população heterogênea. Estratifica-se cada
subpopulação por intermédio de critérios como classe social, renda, idade, sexo, entre outros.
5.5- Conglomerado
Em corriqueiras situações, torna-se difícil coletar características da população. Nesta modalidade de
amostragem, sorteia-se um conjunto e procura-se estudar todo o conjunto. É exemplo de amostragem por
conglomerado, famílias, organizações e quarteirões.
6- Dimensionamento da amostra
Quando deseja-se dimensionar o tamanho da amostra, o procedimento desenvolve-se em três etapas
distintas:
• Avaliar a variável mais importante do grupo e a mais significativa;
• Analisar se é ordinal, intervalar ou nominal;
• Verificar se a população é finita ou infinita;
Obs.: A proporção (p) será a estimativa da verdadeira proporção de um dos níveis escolhidos para a variável
adotada. Por exemplo, 60% dos telefones da amostra é Nokia, então p será 0,60.
A proporção (q) será sempre 1 - p. Neste exemplo q, será 0,4. O erro é representado por d.
Para casos em que não se tenha como identificar as proporções confere-se 0,5 para p e q.
7- Tipos de dados
Basicamente os dados, dividem-se em contínuos e discretos. O primeiro é definido como qualquer valor
entre dois limites quaisquer, tal como um diâmetro. Portanto trata-se de um valor que ser "quebrado". São
dados contínuos, questões que envolvem idade, renda, gastos, vendas, faturamento, entre muitas outras.
Quando fala-se em valores discretos, aborda-se um valor exato, tal como quantidade de peças defeituosas.
Comumente utiliza-se este tipo de variáveis para tratar de numero de filhos, satisfação e escalas nominais
no geral.
O tipologia dos dados determina a variável, ela será portanto contínua ou discreta. Isto quer dizer que ao
definir-se uma variável com contínua ou discreta, futuramente já definiu-se que tipo de tratamento se dará a
ela.
De acordo com o que dissemos anteriormente, numa análise estatística distinguem-se essencialmente duas
fases:
Uma primeira fase em que se procura descrever e estudar a amostra:
Estatística Descritiva e uma segunda fase em que se procura tirar conclusões para a população:
4. Definir o número de classes (K), que será calculado usando . Obrigatoriamente deve estar
compreendido entre 5 a 20.
5. Conhecido o número de classes define-se a amplitude de cada classe:
6. Com o conhecimento da amplitude de cada classe, define-se os limites para cada classe (inferior e
superior)
Distribuições simétricas
A distribuição das frequências faz-se de forma aproximadamente simétrica, relativamente a uma classe
média
Distribuições Assimétricas
A distribuição das freqüências apresenta valores menores num dos lados:
Média aritmética
Quartil
Sendo a média uma medida tão sensível aos dados, é preciso ter cuidado com a sua utilização, pois pode
dar uma imagem distorcida dos dados.
Pode-se mostrar, que quando a distribuição dos dados é "normal", então a melhor medida de localização do
centro, é a média.
Sendo a Distribuição Normal uma das distribuições mais importantes e que surge com mais frequência nas
aplicações, (esse fato justifica a grande utilização da média).
A média possui uma particularidade bastante interessante, que consiste no seguinte:
se calcularmos os desvios de todas as observações relativamente à média e somarmos esses desvios o
resultado obtido é igual a zero.
A média tem uma outra característica, que torna a sua utilização vantajosa em certas aplicações:
Quando o que se pretende representar é a quantidade total expressa pelos dados, utiliza-se a média.
Na realidade, ao multiplicar a média pelo número total de elementos, obtemos a quantidade pretendida.
9.1- Moda
Define-se moda como sendo: o valor que surge com mais frequência se os dados são discretos, ou, o
intervalo de classe com maior frequência se os dados são contínuos.
Assim, da representação gráfica dos dados, obtém-se imediatamente o valor que representa a moda ou a
classe modal
Esta medida é especialmente útil para reduzir a informação de um conjunto de dados qualitativos,
apresentados sob a forma de nomes ou categorias, para os quais não se pode calcular a média e por vezes
a mediana.
9.2- Mediana
A mediana, é uma medida de localização do centro da distribuição dos dados, definida do seguinte modo:
Ordenados os elementos da amostra, a mediana é o valor (pertencente ou não à amostra) que a divide ao
meio, isto é, 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais à mediana e os outros 50% são
maiores ou iguais à mediana
Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, depois de ordenada a amostra de n elementos:
Se n é ímpar, a mediana é o elemento médio.
Se n é par, a mediana é a semi-soma dos dois elementos médios.
10 - Medidas de dispersão
Introdução
No capítulo anterior, vimos algumas medidas de localização do centro de uma distribuição de dados.
Veremos agora como medir a variabilidade presente num conjunto de dados através das seguintes medidas:
10.1- Medidas de dispersão
Um aspecto importante no estudo descritivo de um conjunto de dados, é o da determinação da variabilidade
ou dispersão desses dados, relativamente à medida de localização do centro da amostra.
Supondo ser a média, a medida de localização mais importante, será relativamente a ela que se define a
principal medida de dispersão - a variância, apresentada a seguir.
10.2- Variância
Define-se a variância, como sendo a medida que se obtém somando os quadrados dos desvios das
observações da amostra, relativamente à sua média, e dividindo pelo número de observações da amostra
menos um.
Na figura acima, tem as barras na cor marrom representando os desvios padrões. Quanto mais afastado do
centro da curva normal, mais área compreendida abaixo da curva haverá. A um desvio padrão, temos
68,26% das observações contidas. A dois desvios padrões, possuímos 95,44% dos dados compreendidos e
finalmente a três desvios, temos 99,73%. Podemos concluir que quanto maior a variabilidade dos dados em
relação à média, maior a probabilidade de encontrarmos o valor que buscamos embaixo da normal.
Propriedade 1:
"f(x) é simétrica em relação à origem, x = média = 0;
Propriedade 2:
"f(x) possui um máximo para z=0, e nesse caso sua ordenada vale 0,39;
Propriedade3:
"f(x) tende a zero quando x tende para + infinito ou - infinito;
Propriedade4:
"f(x) tem dois pontos de inflexão cujas abscissas valem média + DP e média - DP, ou quando z tem dois pontos de inflexão cujas
abscissas valem +1 e -1.
Funções, Constante, 1º e 2 Grau
Tipos particulares de funções
FUNÇÃO CONSTANTE
Uma função é dita constante quando é do tipo f(x) = k, onde k não depende de x .
Exemplos:
a) f(x) = 5
b) f(x) = -3
Nota : o gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo dos x .
Veja o gráfico a seguir:
FUNÇÃO DO 1º GRAU
Uma função é dita do 1º grau , quando é do tipo y = ax + b , onde a ¹ 0 .
Exemplos :
f(x) = 3x + 12 ( a = 3 ; b = 12 )
f(x) = -3x + 1 (a = -3; b = 1).
Propriedades da função do 1º grau :
1) o gráfico de uma função do 1º grau é sempre uma reta .
FUNÇÃO DO 2º GRAU
Uma função é dita do 2º grau quando é do tipo f(x) = ax2 + bx + c , com a ¹ 0 .
Exemplos: f(x) = x2 - 2x + 1 ( a = 1 , b = -2 , c = 1 ) ;
y = - x2 ( a = -1 , b = 0 , c = 0 )
Gráfico da função do 2º grau y = ax2 + bx + c : é sempre uma parábola de eixo vertical .
Exercícios Resolvidos
1 - UCSal - Sabe-se que -2 e 3 são raízes de uma função quadrática. Se o ponto
(-1 , 8) pertence ao gráfico dessa função, então:
a) o seu valor máximo é 1,25
b) o seu valor mínimo é 1,25
c) o seu valor máximo é 0,25
d) o seu valor mínimo é 12,5
*e) o seu valor máximo é 12,5.
SOLUÇÃO:
Sabemos que a função quadrática, pode ser escrita na forma fatorada:
y = a(x - x1)(x - x2) , onde x1 e x2, são os zeros ou raízes da função.
Assim,
xv = - b / 2.a = - 1 / 2(-1) = 1 / 2
Logo, a alternativa correta é a letra A .
Geometria Básica
Volume
Volume de um sólido é a quantidade de espaço que esse sólido ocupa. Nesse cálculo, temos que
ressaltar as três dimensões do sólido, observando o seu formato. O entendimento de volume é usado,
mesmo que intuitivamente, em nossas ações no dia-a-dia, por exemplo: antes de estacionar um carro,
calculamos mentalmente o espaço do carro e verificamos se tal espaço é compatível com as dimensões do
carro, ao instalar uma TV em um móvel, conferimos, primeiro, se o espaço disponível pode comportar a TV,
entre outros exemplos.
Alguns sólidos geométricos são formados por polígonos e esses polígonos recebem o nome de faces do
polígono. Já o segmento que une duas faces do polígono recebe o nome de aresta do sólido. Assim como
no cálculo da área, o cálculo do volume de um sólido depende do formato do sólido. Mas, de forma geral, o
volume de um sólido geométrico é calculado a partir do produto de sua base por sua altura. Por enquanto,
calcularemos o volume de alguns sólidos, como: o paralelepípedo retângulo, o cubo e o cilindro.
Paralelepípedo Retângulo
Cubo
V = a x a x a ou V = a³
Cilindro
V = (pi) x r² x h
Área
Área é a região plana interna delimitada pelos lados de um polígono. Tal conceito é amplamente usado no
dia-a-dia, como na medição de um terreno, na delimitação de um espaço, entre outros. O valor da área de
um polígono varia de acordo com seu formato.
Cada polígono tem uma forma peculiar para calcular sua área. Exemplificaremos alguns conhecidos, tais
como: retângulo, quadrado, paralelogramo, triângulo, trapézio, losango e círculo.
Retângulo
A=bxh
Quadrado
A = l x l ou A = l²
Paralelogramo
A=bxh
Triângulo
A=bxh/2
Losango
Ao traçar as diagonais, maior (D) e menor (d) do losango, o dividimos em quatro triângulos de áreas iguais,
onde cada um tem a oitava parte da área do retângulo de base igual ao valor da diagonal menor do losango
e de alura igual ao valor da diagonal maior. Logo, a área do losango é igual a quatro vezes a área de um
dos quatro triânglos, resultando na metade da área desse retângulo. Portanto:
A=Dxd/2
Trapézio
A = [(B + b) x h] / 2
Círculo
A = (pi) x r²
Perímetro
Perímetro é a soma das medidas dos lados de um polígono. Notoriamente, tal conceito é muito simples,
basta verificar se todos os lados estão representados pelas mesmas unidades de comprimento e somá-los.
Alguns casos valem ser ressaltados:
Retângulo
No retângulo, a medida de suas duas bases (b) são iguais, assim como a
medida de suas duas alturas (h). Como perímetro é a soma de todos os
lados, portanto seu perímetro é:
P=2xb+2xh
Polígonos Regulares
Nos polígonos regulares, tem-se uma particularidade: a medida de todos os lados é semelhante. Assim, o
perímetro desses polígonos será o produto do número de lados (n) pela medida do lado (l), ou seja:
P=nxl
Medidas de Volume
Quando falamos de medidas de volume, tem-se que mencionar que tal conceito vem sendo usado desde a
antiguidade e, atualmente, convive-se com ele no dia-a-dia. Diversas são as atividades onde são usados o
conhecimento sobre volume, como na construção de uma barragem, faz-se necessário calcular o volume de
concreto para a obra; em um caminhão de transporte, onde é necessário conhecer o volume de carga total
desse caminhão; na construção de uma piscina, onde é preciso conhecer o volume de água que a piscina
suporta; em um botijão de gás, onde nele está marcado o volume de gás que ele contém, etc.
A unidade padrão de volume é o metro cúbico (m³), já que a unidade padrão de comprimento é o metro (m).
Para calcular o valor de um volume, pode-se usar os múltiplos ou submúltiplos da unidade padrão de
volume, se o valor for muito maior ou menor de que o metro cúbico, respectivamente. Os múltiplos são o
quilômetro cúbico (km³), o hectômetro cúbico (hm³) e o decâmetro cúbico (dam³); os submúltiplos são o
decímetro cúbico (dm³), o centímetro cúbico (cm³) e o milímetro cúbico (mm³).
Cada unidade de medida de volume vale 1000 vezes a unidade imediatamente inferior. Para fazer-se uma
mudança de unidade entre as medidas de volume, deve-se multiplicar, se a mudança for de uma unidade
maior para uma menor, ou dividir, se a mudança for de uma unidade menor para uma maior, dependendo do
número de unidades mudadas. Para tornar tal procedimento um pouco mais viável, pode-se deslocar a
vírgula para a esquerda ou direita, dependendo da mudança. Para cada unidade mudada, a vírgula se
desloca três casas decimais para a esquerda ou para a direita.
Maior -> Menor: deve-se multiplicar por 1000 para cada unidade mudada, ou seja, para cada unidade
mudada, a vírgula se desloca três casas decimais para a direita.
Ex: 0,0059 cm³ para mm³
Haverá a mudança para uma unidade de volume inferior, assim, desloca-se a vírgula três casas para a
direita.
Portanto, o valor será de 0,0059 x 1000 = 5,9 mm³
Menor -> Maior: deve-se dividir por 1000 para cada unidade mudada, ou seja, para cada unidade mudada, a
vírgula se desloca três casas decimais para a esquerda.
Ex: 526000 dm³ para dam³
Haverá a mudança para duas unidades de volume superiores, assim, desloca-se a vírgula seis casas para a
esquerda.
Portanto, o valor será de 526000 : 1000000 = 0,526 dam³
Medidas de Superfície
Não se sabe ao certo quando foi usado pela primeira o cálculo da área de uma superfície. O que se sabe é
que é algo muito antigo, antes mesmo de Cristo. No Egito Antigo, essa noção era utilizada para calcular o
valor do imposto que um agricultor tinha que pagar ao faraó pelo uso da terra nas proximidades do rio Nilo.
O valor de tal imposto era proporcional à extensão de terra que o agricultor possuía.
Atualmente, podemos citar vários exemplos de aplicação do cálculo da área de uma superfície: para saber a
extensão de um terreno rural ou urbano, para estimar a área da superfície de um rio, para calcular o valor
da área de uma figura geométrica, etc.
Como a unidade padrão de comprimento é o metro (m), a unidade padrão de superfície é o metro quadrado
(m²). Assim como na unidade de comprimento, a unidade de superfície tem seus múltiplos e submúltiplos,
que são usados para medir superficies maiores ou menores do que o metro quadrado. Os múltiplos são o
quilômetro quadrado (km²), o hectômetro quadrado (hm²) e o decâmetro quadrado (dam²); os submúltiplos
são o decímetro quadrado (dm²), o centímetro quadrado (cm²) e o milímetro quadrado (mm²).
Cada unidade de medida de superfície vale 100 vezes a unidade imediatamente inferior. Para fazer-se uma
mudança de unidade entre as medidas de superfície, deve-se multiplicar, se a mudança for de uma unidade
maior para uma menor, ou dividir, se a mudança for de uma unidade menor para uma maior, dependendo do
número de unidades mudadas. Para tornar tal procedimento mais simples, pode-se deslocar a vírgula para
a esquerda ou direita, dependendo da mudança. Para cada unidade mudada, a vírgula se desloca duas
casas decimais para a esquerda ou para a direita.
Maior -> Menor: deve-se multiplicar por 100 para cada unidade mudada, ou seja, para cada unidade
mudada, a vírgula se desloca duas casas decimais para a direita.
Ex: 0,09 m² para cm²
Haverá a mudança para duas unidades de superfície inferiores, assim, desloca-se a vírgula quatro casas
para a direita.
Portanto, o valor será de 0,09 x 10000 = 900 cm²
Menor -> Maior: deve-se dividir por 100 para cada unidade mudada, ou seja, para cada unidade mudada, a
vírgula se desloca duas casas decimais para a esquerda.
Ex: 2000 dm² para hm²
Haverá a mudança para três unidades de superfície superiores, assim, desloca-se a vírgula seis casas para
a esquerda.
Portanto, o valor será de 2000 : 1000000 = 0,002 hm²
Medidas de Comprimento
Durante muito tempo as unidades de medida eram muitas, variavam de acordo com o povoado. Por
exemplo: um povoado mais ao Norte usava um palmo de mão como referência para medir comprimento e
um outro povoado mais ao Sul usava o pé como unidade. Assim, tornava-se inviável estabelecer relações
comerciais, o que impedia o progresso de grande parte dos povoados. Devido a essa dificuldade, tornou-se
necessário estabelecer uma unidade padrão de comprimento, algo que fosse aceito por todos. Isso
aconteceu no final do século XVIII, quando reformadores franceses escolheram uma comissão de cinco
matemáticos para que elaborassem um sistema padronizado, foi quando definiu-se o metro (m) como
unidade internacional de comprimento e seu valor é igual a fração 1/300.000.000 da distância percorrida
pela luz, no vácuo em um segundo.
Dependendo do que vai ser medido, fica inviável medir usando o metro. Portanto deve-se usar medidas
maiores ou menores do que o metro, múltiplos ou submúltiplos, respectivamente. Os múltiplos são o
quilômetro (km), hectômetro (hm) e decâmetro (dam). Já os submúltiplos são o decímetro (dm), centímetro
(cm) e milímetro (mm).
Para fazer-se uma mudança de unidade entre as medidas de comprimento, deve-se multiplicar, se a
mudança for de uma unidade maior para uma menor, ou dividir, se a mudança for de uma unidade menor
para uma maior, dependendo do número de unidades mudadas. Para tornar tal procedimento mais simples,
pode-se deslocar a vírgula para a esquerda ou direita, dependendo da mudança.
Maior -> Menor: deve-se multiplicar por 10 para cada unidade mudada, ou seja, para cada unidade mudada,
a vírgula se desloca uma casa decimal para a direita.
Ex: 3,7 dm para mm
Haverá a mudança para duas unidades de comprimento inferiores, assim, desloca-se a vírgula duas casas
para a direita.
Portanto, o valor será de 3,7 x 100 = 370 mm
Menor -> Maior: deve-se dividir por 10 para cada unidade mudada, ou seja, para cada unidade mudada, a
vírgula se desloca uma casa decimal para a esquerda.
Ex: 680 cm para dam
Haverá a mudança para três unidades de comprimento superiores, assim, desloca-se a vírgula três casas
para a esquerda.
Portanto, o valor será de 680 : 1000 = 0,68 dam
Geometria Espacial
Introdução
A Geometria espacial (euclidiana) funciona como uma ampliação da Geometria plana (euclidiana) e trata
dos métodos apropriados para o estudo de objetos espaciais assim como a relação entre esses elementos.
Os objetos primitivos do ponto de vista espacial, são: pontos, retas, segmentos de retas, planos, curvas,
ângulos e superfícies. Os principais tipos de cálculos que podemos realizar são: comprimentos de curvas,
áreas de superfícies e volumes de regiões sólidas. Tomaremos ponto, reta e plano como conceitos
primitivos, os quais serão aceitos sem definição.
Planos e retas
Um plano é um subconjunto do espaço R3 de tal modo que quaisquer dois pontos desse conjunto, podem
ser ligados por um segmento de reta inteiramente contido no conjunto.
Duas retas (segmentos de reta) no espaço R3 podem ser: paralelas, concorrentes ou reversas.
Retas paralelas: Duas retas são paralelas se elas não possuem interseção e estão em um mesmo plano.
Retas concorrentes: Duas retas são concorrentes se elas têm um ponto em comum. As retas
perpendiculares são retas concorrentes que formam entre si um ângulo reto.
Retas reversas: Duas retas são ditas reversas quando uma não tem interseção com a outra e elas não são
paralelas. Isto significa que elas estão em planos diferentes. Pode-se pensar de uma reta r desenhada no
chão de uma casa e uma reta s, não paralela a r, desenhada no teto dessa mesma casa.
Reta perpendicular a um plano: Uma reta é perpendicular a um plano no espaço R3, se ela intersecta o
plano em um ponto P e todo segmento de reta contido no plano que tem P como uma de suas extremidades
é perpendicular à reta.
4. Ângulo diedral: É ângulo formado por dois planos concorrentes. Para obter o ângulo diedral, basta
tomar o ângulo formado por quaisquer duas retas perpendiculares aos planos concorrentes.
5. Planos normais são aqueles cujo ângulo diedral é um ângulo reto (90 graus).
O que é espaço?
O que é o espaço? Reconhecemos e usamos o espaço, mas se alguém perguntar o que é o espaço, muitos
irão ter dificuldades em explicar. Na verdade, é mais fácil explicar o que se pode fazer com este ente
primitivo que não tem definição para nós.
"Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar."
João 14:2, A Bíblia Sagrada
Uma primeira tentativa para explicar isto, é dizer que é tudo o que nos envolve e é o local onde podemos
nos mover para a frente, para o lado e para cima.
Pelo conceito expresso, observamos que vivemos em um ambiente tridimensional. Basta então conhecer as
três direções para identificar a posição relativa que ocupamos.
Exemplo: Se um indivíduo está no centro da cidade em uma posição O=(0,0,0) e quer andar para a frente 3
quadras, depois andar para o lado 5 quadras e depois subir até o 10o. andar de um prédio a posição final do
mesmo após o percurso será o ponto P=(3,5,10) e podemos observar que as unidades não são
necessariamente as mesmas. Se este mesmo indivíduo se deslocasse para a posição final P=(3,10,5),
certamente chegaria a um lugar diferente.
O Sistema cartesiano R4
Você já pensou que ao invés de estar num sistema tridimensional como dissemos antes, talvez você esteja
num sistema tetradimensional? Na verdade, vivemos num sistema R 4, pois são necessárias 4 coordenadas
para indicar a posição relativa de um objeto.
Um objeto colocado às 12:00 h no ponto (3,4,12) não é o mesmo objeto colocado às 13:00 h no mesmo
ponto (3,4,12).
Para entender melhor, exija um sacrifício de uma pessoa e a coloque parada (se possível, estática) às 12:00
h em um local de sua casa, que tomaremos como o ponto (3,4,12). Você espera que esta pessoa seja a
mesma pessoa às 13:00 h? É óbvio que aconteceram modificações no comportamento da mesma, mesmo
que você não tenha observado.
Você acha que uma árvore plantada em um local por mais de 20 anos é a mesma a cada instante? O corpo
humano também é composto de átomos que se movem a uma velocidade que não pode ser visualizada,
assim, um corpo está em constante movimento e dependendo dos estímulos recebidos das mais diversas
fontes, terá alteração, logo não será o mesmo de antes, nem mesmo 1 segundo depois!
Até o momento já observamos como é possível estender o conceito de espaço a algo além daquilo que
possamos desenhar ou conceber geometricamente.
Existem outras formas cilíndricas diferentes das comuns, como por exemplo o cilindro sinuzoidal obtido pela
translação da função seno.
Aplicações práticas: Os cilindros abaixo sugerem alguma aplicação importante em sua vida?
A Construção de cilindros
Seja P um plano e nele vamos construir um círculo de raio r e tomemos também um segmento de reta AB
que não seja paralelo ao plano P e nem esteja contido neste plano P. Um cilindro circular é a reunião de
todos os segmentos congruentes e paralelos a AB com uma extremidade no círculo.
Observamos que um cilindro é uma superfície no espaço R³, mas muitas vezes vale a pena considerar o
cilindro como a região sólida contida dentro do cilindro. Quando nos referirmos ao cilindro como um sólido
usaremos aspas, isto é, "cilindro" e quando for à superfície, simplesmente escreveremos cilindro.
A reta que contém o segmento AB é denominada geratriz e a curva que fica no plano do "chão" é a diretriz.
Em função da inclinação do segmento AB em relação ao plano do "chão", o cilindro será chamado reto ou
oblíquo, respectivamente, se o segmento AB for perpendicular ou oblíquo ao plano que contém a curva
diretriz.
Objetos geométricos em um "cilindro"
Em um cilindro, podemos identificar vários elementos:
1. Base: É a região plana contendo a curva diretriz e todo o seu interior. Num cilindro existem duas
bases.
2. Eixo: É o segmento de reta que liga os centros das bases do "cilindro".
3. Altura: A altura de um cilindro é a distância entre os dois planos paralelos que contêm as bases do
"cilindro".
4. Superfície Lateral: É o conjunto de todos os pontos do espaço, que não estejam nas bases,
obtidos pelo deslocamento paralelo da geratriz sempre apoiada sobre a curva diretriz.
5. Superfície Total: É o conjunto de todos os pontos da superfície lateral reunido com os pontos das
bases do cilindro.
6. Área lateral: É a medida da superfície lateral do cilindro.
7. Área total: É a medida da superfície total do cilindro.
8. Seção meridiana de um cilindro: É uma região poligonal obtida pela interseção de um plano
vertical que passa pelo centro do cilindro com o cilindro.
Volume de um "cilindro"
Em um cilindro, o volume é dado pelo produto da área da base pela altura.
V = A(base) h
Se a base é um círculo de raio r, e pi=3,141593..., então:
V = pi r² h
Exercício: Calcular o volume de um cilindro oblíquo com base elíptica (semi-eixos a e b) e altura h.
Sugestão: Veja nesta mesma Página um material sobre a área da região elíptica.
Exemplo: Um cilindro circular equilátero é aquele cuja altura é igual ao diâmetro da base, isto é h=2r. Neste
caso, para calcular a área lateral, a área total e o volume, podemos usar as fórmulas, dadas por:
A(lateral) = 4 pi r²
A(base) = pi r²
A(total) = A(lateral) + 2 A(base) = 6 pi r²
Volume = A(base).h = pi r².2r = 2 pi r³
Exercício: Seja um cilindro circular reto de raio igual a 2cm e altura 3cm. Calcular a área lateral, área total e
o seu volume.
A(base) = pi.r² = pi.2² = 4 pi cm²
A(lateral) = 2.pi.r.h = 2.pi.2.3 = 12 pi cm²
A(total) = A(lateral) + 2 A(base) = 12pi + 8pi = 20 pi cm²
Volume = A(base).h = pi.r²h = pi.4.3 = 12 pi cm³
Geometria Espacial: Cones
O conceito de cone
Considere uma região plana limitada por uma curva suave (sem quinas), fechada e um ponto P fora desse
plano.
Denominamos cone ao sólido formado pela reunião de todos os segmentos de reta que têm uma
extremidade em um ponto P (vértice) e a outra num ponto qualquer da região.
Elementos do cone
Em um cone, podem ser identificados vários elementos:
Observação: Para efeito de aplicações, os cones mais importantes são os cones retos. Em função das
bases, os cones recebem nomes especiais. Por exemplo, um cone é dito circular se a base é um círculo e é
dito elíptico se a base é uma região elíptica.
A seção meridiana do cone circular reto é a interseção do cone com um plano que contem o eixo do cone.
Na figura ao lado, a seção meridiana é a região triangular limitada pelo triângulo isósceles VAB.
Em um cone circular reto, todas as geratrizes são congruentes entre si. Se g é a medida da geratriz então,
pelo Teorema de Pitágoras, temos uma relação notável no cone: g²=h²+r², que pode ser "vista" na figura
abaixo:
A Área Lateral de um cone circular reto pode ser obtida em função de g (medida da geratriz) e r (raio da
base do cone):
A(lateral) = pi.r.g
A Área total de um cone circular reto pode ser obtida em função de g (medida da geratriz) e r (raio da base
do cone):
A(total) = pi.r.g + pi.r² = = pi.r.(g+r)
Cones Equiláteros
Um cone circular reto é um cone equilátero se a sua seção meridiana é uma região triangular equilátera e
neste caso a medida da geratriz é igual à medida do diâmetro da base.
Como o volume do cone é obtido por 1/3 do produto da área da base pela altura, então:
V = (1/3) pi r3
Exercícios resolvidos
Notação: Usaremos a notação R[3] para representar a raiz quadrada de 3.
1. A geratriz de um cone circular reto mede 20 cm e forma um ângulo de 60 graus com o plano da
base. Determinar a área lateral, área total e o volume do cone.
Como sen(60o)=h/20, então
(1/2) R[3] = h/20
h = 10 R[3] cm
4. As áreas das bases de um cone circular reto e de um prisma quadrangular reto são iguais. O prisma
tem altura 12 cm e volume igual ao dobro do volume do cone. Determinar a altura do cone.
Se
h(prisma) = 12
A(base do prisma) = A(base do cone) = A
V(prisma) = 2×V(cone)
assim:
A×h(prisma) = 2(A h)/3
A 12 = (2/3)A h
h = 18 cm
O conceito de esfera
A esfera no espaço R³ é uma superfície muito importante em função de suas aplicações a problemas da
vida. Do ponto de vista matemático, a esfera no espaço R³ é confundida com o sólido geométrico (disco
esférico) envolvido pela mesma, razão pela qual muitas pessoas calculam o volume da esfera. Na maioria
dos livros elementares sobre Geometria, a esfera é tratada como se fosse um sólido, herança da Geometria
Euclidiana.
Embora não seja correto, muitas vezes necessitamos falar palavras que sejam entendidas pela coletividade.
De um ponto de vista mais cuidadoso, a esfera no espaço R³ é um objeto matemático parametrizado por
duas dimensões, o que significa que podemos obter medidas de área e de comprimento mas o volume tem
medida nula. Há outras esferas, cada uma definida no seu respectivo espaço n-dimensional. Um caso
interessante é a esfera na reta unidimensional:
So = {x em R: x²=1} = {+1,-1}
Por exemplo, a esfera
S1 = { (x,y) em R²: x² + y² = 1 }
é conhecida por nós como uma circunferência de raio unitário centrada na origem do plano cartesiano.
A seguir apresentaremos elementos esféricos básicos e algumas fórmulas para cálculos de áreas na esfera
e volumes em um sólido esférico.
A superfície esférica
A esfera no espaço R³ é o conjunto de todos os pontos do espaço que estão localizados a uma mesma
distância denominada raio de um ponto fixo chamado centro.
Uma notação para a esfera com raio unitário centrada na origem de R³ é:
S² = { (x,y,z) em R³: x² + y² + z² = 1 }
Uma esfera de raio unitário centrada na origem de R 4 é dada por:
S³ = { (w,x,y,z) em R4: w² + x² + y² + z² = 1 }
Você conseguiria imaginar espacialmente tal esfera?
Do ponto de vista prático, a esfera pode ser pensada como a película fina que envolve um sólido esférico.
Em uma melancia esférica, a esfera poderia ser considerada a película verde (casca) que envolve a fruta.
É comum encontrarmos na literatura básica a definição de esfera como sendo o sólido esférico, no entanto
não se deve confundir estes conceitos. Se houver interesse em aprofundar os estudos desses detalhes,
deve-se tomar algum bom livro de Geometria Diferencial que é a área da Matemática que trata do
detalhamento de tais situações.
O disco esférico é o conjunto de todos os pontos do espaço que estão localizados na casca e dentro da
esfera. Do ponto de vista prático, o disco esférico pode ser pensado como a reunião da película fina que
envolve o sólido esférico com a região sólida dentro da esfera. Em uma melancia esférica, o disco esférico
pode ser visto como toda a fruta.
Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o centro da esfera pelo ponto (0,0,0), a equação da esfera
é dada por:
x² + y² + z² = R²
e a relação matemática que define o disco esférico é o conjunto que contém a casca reunido com o interior,
isto é:
x² + y² + z² < R²
Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o centro da esfera pelo ponto (x o,yo,zo), a equação da
esfera é dada por:
(x-xo)² + (y-yo)² + (z-zo)² = R²
e a relação matemática que define o disco esférico é o conjunto que contém a casca reunido com o interior,
isto é, o conjunto de todos os pontos (x,y,z) em R³ tal que:
(x-xo)² + (y-yo)² + (z-zo)² < R²
Da forma como está definida, a esfera centrada na origem pode ser construída no espaço euclidiano R³ de
modo que o centro da mesma venha a coincidir com a origem do sistema cartesiano R³, logo podemos fazer
passar os eixos OX, OY e OZ, pelo ponto (0,0,0).
Seccionando a esfera x²+y²+z²=R² com o plano z=0, obteremos duas superfícies semelhantes: o hemisfério
Norte ("boca para baixo") que é o conjunto de todos os pontos da esfera onde a cota z é não negativa e o
hemisfério Sul ("boca para cima") que é o conjunto de todos os pontos da esfera onde a cota z não é
positiva.
Se seccionarmos a esfera x²+y²+z²=R² por um plano vertical que passa em (0,0,0), por exemplo, o plano
x=0, teremos uma circunferência maximal C da esfera que é uma circunferência contida na esfera cuja
medida do raio coincide com a medida do raio da esfera, construída no plano YZ e a equação desta
circunferência será:
x=0, y² + z² = R2
sendo que esta circunferência intersecta o eixo OZ nos pontos de coordenadas (0,0,R) e (0,0,-R). Existem
infinitas circunferências maximais em uma esfera.
Se rodarmos esta circunferência maximal C em torno do eixo OZ, obteremos a esfera através da rotação e
por este motivo, a esfera é uma superfície de revolução.
Se tomarmos um arco contido na circunferência maximal cujas extremidades são os pontos (0,0,R) e (0,p,q)
tal que p²+q²=R² e rodarmos este arco em torno do eixo OZ, obteremos uma superfície denominada calota
esférica.
Na prática, as pessoas usam o termo calota esférica para representar tanto a superfície como o sólido
geométrico envolvido pela calota esférica. Para evitar confusões, usarei "calota esférica" com aspas para o
sólido e sem aspas para a superfície.
A partir da rotação, construiremos duas calotas em uma esfera, de modo que as extremidades dos arcos
sejam (0,0,R) e (0,p,q) com p²+q²=R² no primeiro caso (calota Norte) e no segundo caso (calota Sul) as
extremidades dos arcos (0,0,-R) e (0,r,-s) com r²+s²=R² e retirarmos estas duas calotas da esfera, teremos
uma superfície de revolução denominada zona esférica.
De um ponto de vista prático, consideremos uma melancia esférica. Com uma faca, cortamos uma "calota
esférica" superior e uma "calota esférica" inferior. O que sobra da melancia é uma região sólida envolvida
pela zona esférica, algumas vezes denominada zona esférica.
Consideremos uma "calota esférica" com altura h1 e raio da base r1 e retiremos desta calota uma outra
"calota esférica" com altura h2 e raio da base r2, de tal modo que os planos das bases de ambas sejam
paralelos. A região sólida determinada pela calota maior menos a calota menor recebe o nome de segmento
esférico com bases paralelas.
No que segue, usaremos esfera tanto para o sólido como para a superfície, "calota esférica" para o sólido
envolvido pela calota esférica, a letra maiúscula R para entender o raio da esfera sobre a qual estamos
realizando os cálculos, V será o volume, A(lateral) será a área lateral e e A(total) será a área total.
Exemplo: As pirâmides do Egito, eram utilizadas para sepultar faraós, bem como as pirâmides no México e
nos Andes, que serviam a finalidades de adoração aos seus deuses. As formas piramidais eram usadas por
tribos indígenas e mais recentemente por escoteiros para construir barracas.
1. Base: A base da pirâmide é a região plana poligonal sobre a qual se apoia a pirâmide.
2. Vértice: O vértice da pirâmide é o ponto isolado P mais distante da base da pirâmide.
3. Eixo: Quando a base possui um ponto central, isto é, quando a região poligonal é simétrica ou
regular, o eixo da pirâmide é a reta que passa pelo vértice e pelo centro da base.
4. Altura: Distância do vértice da pirâmide ao plano da base.
5. Faces laterais: São regiões planas triangulares que passam pelo vértice da pirâmide e por dois
vértices consecutivos da base.
6. Arestas Laterais: São segmentos que têm um extremo no vértice da pirâmide e outro extremo num
vértice do polígono situado no plano da base.
7. Apótema: É a altura de cada face lateral.
8. Superfície Lateral: É a superfície poliédrica formada por todas as faces laterais.
9. Aresta da base: É qualquer um dos lados do polígono da base.
Classificação das pirâmides pelo número de lados da base
triangular quadrangular pentagonal hexagonal
A(base) = 2.2 = 4 m²
A(lateral) = 4.2.1 = 8 m³
Logo, a área total da barraca é
A(total) = A(lateral) + A(base) = 8+4 = 12 m²
A(seção) h²
=
A(base) H²
Então:
V(seção) h³
=
V(base) H³
Exemplo: Uma pirâmide tem a altura medindo 9cm e volume igual a 108cm³. Qual é o volume do tronco
desta pirâmide, obtido pelo corte desta pirâmide por um plano paralelo à base da mesma, sabendo-se que a
altura do tronco da pirâmide é 3cm?
Como
V(pirMenor)/V(pirâmide) = h³/H³
V(pirMenor)/108 = 6³/9³
V(pirMenor) = 32
então
V(tronco)=V(pirâmide)-V(pirMenor)= 108cm³-2cm³ = 76 cm³
Poliedro
Poliedro é um sólido limitado externamente por planos no espaço R³. As regiões planas que limitam este
sólido são as faces do poliedro. As interseções das faces são as arestas do poliedro. As interseções das
arestas são os vértices do poliedro. Cada face é uma região poligonal contendo n lados.
Poliedros convexos são aqueles cujos ângulos diedrais formados por planos adjacentes têm medidas
menores do que 180 graus. Outra definição: Dados quaisquer dois pontos de um poliedro convexo, o
segmento que tem esses pontos como extremidades, deverá estar inteiramente contido no poliedro.
Poliedros Regulares
Um poliedro é regular se todas as suas faces são regiões poligonais regulares com n lados, o que significa
que o mesmo número de arestas se encontram em cada vértice.
Tetraedro Hexaedro (cubo) Octaedro
Característica do
Medida da característica
poliedro convexo
Relação de Euler V+F=A+2
Número m de ângulos diedrais m=2A
Ângulo diedral
Na tabela abaixo, você pode observar o cumprimento de tais relações para os cinco (5) poliedros regulares
convexos.
Poliedro regular Cada face Faces Vértices Arestas Ângulos entre
convexo é um (F) (V) (A) as arestas (m)
triângulo
Tetraedro 4 4 6 12
equilátero
Hexaedro quadrado 6 8 12 24
Octaedro triângulo 8 6 12 24
equilátero
pentágono
Dodecaedro 12 20 30 60
regular
triângulo
Isocaedro 20 12 30 60
equilátero
Áreas e Volumes
Poliedro regular Área Volume
Tetraedro a2 R[3] (1/12) a³ R[2]
Hexaedro 6 a2 a³
Octaedro 2 a2 R[3] (1/3) a³ R[2]
Dodecaedro 3a2 R{25+10·R[5]} (1/4) a³ (15+7·R[5])
Icosaedro 5a2 R[3] (5/12) a³ (3+R[5])
Nesta tabela, a notação R[z] significa a raiz quadrada de z>0.
Prisma
Prisma é um sólido geométrico delimitado por faces planas, no qual as bases se situam em planos
paralelos. Quanto à inclinação das arestas laterais, os prismas podem ser retos ou oblíquos.
Prisma reto Aspectos comuns Prisma oblíquo
Bases são regiões poligonais
congruentes
Seções de um prisma
Seção transversal: É a região poligonal obtida pela interseção do prisma
com um plano paralelo às bases, sendo que esta região poligonal é
congruente a cada uma das bases.
Seção reta (seção normal): É uma seção determinada por um plano
perpendicular às arestas laterais.
Princípio de Cavalieri: Consideremos um plano P sobre o qual estão
apoiados dois sólidos com a mesma altura. Se todo plano paralelo ao plano
dado interceptar os sólidos com seções de áreas iguais, então os volumes
dos sólidos também serão iguais.
Prisma regular
É um prisma reto cujas bases são regiões poligonais regulares.
Exemplos: Um prisma triangular regular é um prisma reto cuja base é um triângulo equilátero. Um prisma
quadrangular regular é um prisma reto cuja base é um quadrado.
Planificação do prisma
Um prisma é um sólido formado por todos os pontos do espaço localizados dentro dos planos que contêm
as faces laterais e os planos das bases.
As faces laterais e as bases formam a envoltória deste sólido. Esta envoltória é uma "superfície" que pode
ser planificada no plano cartesiano. Tal planificação se realiza como se cortássemos com uma tesoura esta
envoltória exatamente sobre as arestas para obter uma região plana formada por áreas congruentes às
faces laterais e às bases. A planificação é útil para facilitar os cálculos das áreas lateral e total.
Volume de um prisma
O volume de um prisma é dado por:
V(prisma) = A(base).h
Uma forma alternativa para obter a área lateral de um prisma reto tendo como base um polígono regular de
n lados é tomar P como o perímetro desse polígono e h como a altura do prisma.
A(lateral) = P.h
Tronco de prisma
Quando seccionamos um prisma por um plano não paralelo aos planos das
bases, a região espacial localizada dentro do prisma, acima da base inferior
e abaixo do plano seccionante é denominado tronco de prisma. Para calcular
o volume do tronco de prisma, multiplicamos a média aritmética das arestas
laterais do tronco de prisma pela área da base.
Inequação do 1º Grau
Uma inequação do 1° grau na incógnita x é qualquer expressão do 1° grau que pode ser escrita numa das
seguintes formas:
ax + b > 0;
ax + b < 0;
ax + b ≥ 0;
ax + b ≤ 0.
Onde a, b são números reais com a ≠ 0.
Exemplos:
-2x + 7 > 0
x – 10 ≤ 0
2x + 5 ≤ 0
12 – x < 0
Exemplo 2:
2x – 6 < 0
2x – 6 = 0
x=3
Inequação de 2º Grau
As inequações são expressões matemáticas que utilizam, na sua formatação, os seguintes sinais de
desigualdades:
As inequações do 2º grau são resolvidas utilizando o teorema de Bháskara. O resultado deve ser
comparado ao sinal da inequação, com o objetivo de formular o conjunto solução.
Exemplo 1
Exemplo 2
Exemplo 3
S = {x ? R / x ≤ 0 ou x ≥ 4}
Exemplo 4
S = {x ? R / x < 3 e x > 3}
Juros Compostos
O atual sistema financeiro utiliza o regime de juros compostos, pois ele oferece uma maior
rentabilidade se comparado ao regime de juros simples, onde o valor dos rendimentos se torna fixo,
e no caso do composto o juro incide mês a mês de acordo com o somatório acumulativo do capital
com o rendimento mensal, isto é, prática do juro sobre juro. As modalidades de investimentos e
financiamentos são calculadas de acordo com esse modelo de investimento, pois ele oferece um
maior rendimento, originando mais lucro.
Considere que uma pessoa aplique R$ 500,00 durante 8 meses em um banco que paga 1% de juro ao
mês. Qual será o valor ao final da aplicação?
M = C * (1 + i)t, onde:
M: montante
C: capital
i: taxa de juros
t: tempo de aplicação
Exemplo 2
Qual o montante produzido por um capital de R$ 7.000,00 aplicados a uma taxa de juros mensais de
1,5% durante um ano?
C: R$ 7.000,00
i: 1,5% ao mês = 1,5/100 = 0,015
t: 1 ano = 12 meses
M = C * (1 + i)t
M = 7000 * (1 + 0,015)12
M = 7000 * (1,015)12
M = 7000 * 1,195618
M = 8369,33
O montante será de R$ 8.369,33.
Com a utilização dessa fórmula podemos também calcular o capital de acordo com o montante.
Exemplo 3
Calcule o valor do capital que, aplicado a uma taxa de 2% ao mês, rendeu em 10 meses a quantia de
R$ 15.237,43?
M: R$ 15.237,43
t: 10
i: 2% a.m. = 2/100 = 0,02
M = C * (1 + i)t
15237,43 = C * (1 + 0,02)10
15237,43 = C * (1,02)10
15237,43 = C * 1,218994
C = 15237,43 / 1,218994
C = 12500,00
O capital é de R$ 12.500,00.
Exemplo 4
Qual a taxa de juros empregada sobre o capital de R$ 8.000,00 durante 12 meses que gerou o
montante de R$ 10.145,93?
C: R$ 8.000,00
M: R$ 10.145,93
t: 12
i: ?
Exemplo 5
Por quanto tempo devo aplicar um capital de R$ 800,00 a uma taxa de juros de 3% ao mês, para que
produza um montante de R$ 1.444,89?
C: R$ 800,00
M: R$ 1.444,89
i: 3% a.m.= 3/100 = 0,03
t: ?
Na tabela dos 100 primeiros números naturais destacamos em azul os números primos, portanto os
números primos entre 1 e 100 são: 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 59, 61, 67,
71, 73, 79, 83, 89, 97.
Juros Simples
O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre o valor principal. Sobre os juros
gerados a cada período não incidirão novos juros. Valor Principal ou simplesmente principal é o valor inicial emprestado
ou aplicado, antes de somarmos os juros. Transformando em fórmula temos:
J=P.i.n
Onde:
J = juros
P = principal (capital)
i = taxa de juros
n = número de períodos
Exemplo: Temos uma dívida de R$ 1000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime de juros simples e
devemos pagá-la em 2 meses. Os juros que pagarei serão:
M=P.(1+(i.n))
Exemplo: Calcule o montante resultante da aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias.
SOLUÇÃO:
M = P . ( 1 + (i.n) )
M = 70000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = R$72.960,42
Observe que expressamos a taxa i e o período n, na mesma unidade de tempo, ou seja, anos. Daí ter dividido 145
dias por 360, para obter o valor equivalente em anos, já que um ano comercial possui 360 dias.
0.13 / 6 = 0.02167
logo, 4m15d = 0.02167 x 9 = 0.195
2 - Calcular os juros simples produzidos por R$40.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a., durante 125 dias.
Temos: J = P.i.n
A taxa de 36% a.a. equivale a 0,36/360 dias = 0,001 a.d.
Agora, como a taxa e o período estão referidos à mesma unidade de tempo, ou seja, dias, poderemos calcular
diretamente:
J = 40000.0,001.125 = R$5000,00
3 - Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de juros em 75 dias?
Temos imediatamente: J = P.i.n ou seja: 3500 = P.(1,2/100).(75/30)
Observe que expressamos a taxa i e o período n em relação à mesma unidade de tempo, ou seja, meses. Logo,
3500 = P. 0,012 . 2,5 = P . 0,030; Daí, vem:
P = 3500 / 0,030 = R$116.666,67
4 - Se a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano, quantos meses serão necessários para dobrar um capital aplicado
através de capitalização simples?
Objetivo: M = 2.P
Dados: i = 150/100 = 1,5
Fórmula: M = P (1 + i.n)
Desenvolvimento:
2P = P (1 + 1,5 n)
2 = 1 + 1,5 n
n = 2/3 ano = 8 meses
Exercícios
1) O juro produzido por um capital de 5.000,00 aplicado à taxa de juros simples de 6% a.a. durante 2 anos é igual a:
a) 500,00
b) 1.200,00
c) 1.000,00
d) 800,00
e) 600,00
2) O juro de uma aplicação de 1.000,00 em 18 meses, se a taxa de juros é de 42% a.a. é de:
a) 720,00
b) 420,00
c) 756,00
d) 630,00
e) 1.200,00
3) A quantia a ser aplicada em uma instituição financeira que paga a taxa de juros simples de 8% a.a., para que se
obtenha 1.000,00 no fim de 4 anos é:
a) 320,00
b) 543,47
c) 238,09
d) 570,00
e) 757,58
5) Um principal de R$ 5.000,00 é aplicado à taxa de juros simples de 2,2% a.m., atingindo, depois de certo período, um
montante equivalente ao volume de juros gerados por outra aplicação de R$ 12.000,00 a 5% a.m. durante 1 ano. O
prazo de aplicação do primeiro principal foi de:
a) 10 meses
b) 20 meses
c) 2 anos
d) 1,5 ano
e) 30 meses
6) A taxa de juros simples relativa a uma aplicação de R$ 10.000,00 por um período de 10 meses, que gera um
montante de R$ 15.000,00 é de:
a) 48% a.a.
b) 15% a.m.
c) 10% a.m.
d) 100% a.a.
e) 5% a.m.
7) Uma loja oferece um relógio por R$ 3.000,00 à vista ou 20% do valor à vista, como entrada, e mais um pagamento de
R$ 2.760,00 após 6 meses. A taxa de juros cobrada é de:
a) 30% a.a.
b) 1% a.d.
c) 3% a.m.
d) 360% a.a.
e) 12% a.a.
8) As taxas de juros ao ano, proporcionais às taxas 25% a.t.; 18% a.b.; 30% a.q. e 15% a.m., são, respectivamente:
a) 100%; 108%; 90%; 180%
b) 100%; 180%; 90%; 108%
c) 75%; 26%; 120%; 150%
d) 75%; 150%; 120%; 26%
e) 100%; 150%; 120%; 108%
9) As taxas de juros bimestrais equivalentes às taxas de 120% a.a.; 150% a.s.; 86% a.q. e 90% a.t. são
respectivamente:
a) 40%; 100%; 86%; 120%
b) 60%; 43%; 50%; 20%
c) 20%; 50%; 43%; 60%
d) 120%; 86%; 100%; 40%
e) 20%; 43%; 50%; 60%
10) Uma pessoa aplicou R$ 1.500,00 no mercado financeiro e após 5 anos recebeu o montante de R$ 3.000,00. Que
taxa equivalente semestral recebeu?
a) 10%
b) 40%
c) 6,6%
d) 8,4%
e) 12%
11) Os juros simples comercial e exato das propostas abaixo relacionadas são, respectivamente:
• R$ 800,00 a 20% a.a., por 90 dias
• R$ 1.100,00 a 27% a.a., por 135 dias
• R$ 2.800,00 a 30% a.a., por 222 dias
a) 111,38 e 109,85; 518,00 e 510,90; 40,00 e 39,45
b) 40,00 e 39,45; 111,38 e 109,85; 518,00 e 519,90
c) 39,45 e 40,00; 109,85 e 111,38; 510,90 e 518,00
d) 40,00 e 39,95; 109,85 e 111,38; 518,00 e 510,90
e) 40,00 e 111,38; 39,45 e 109,85; 510,90 e 518,00
12) O juro simples exato do capital de R$ 33.000,00, colocado à taxa de 5% a.a., de 2 de janeiro de 1945 a 28 de maio
do mesmo ano, foi de:
a) R$ 664,52
b) R$ 660,00
c) R$ 680,00
d) R$ 658,19
e) R$ 623,40
13) A quantia de R$ 1.500,00 foi aplicada à taxa de juros de 42% a.a., pelo prazo de 100 dias. O juro dessa aplicação se
for considerado juro comercial e juro exato, será, em R$, respectivamente:
a) 175,00 e 172,12
b) 172,12 e 175,00
c) 175,00 e 172,60
d) 172,60 e 175,00
e) 170,00 e 175,00
14) Um capital de R$ 2.500,00 foi aplicado à taxa de 25% a.a. em 12 de fevereiro de 1996. Se o resgate for efetuado
em 03 de maio de 1996, o juro comercial recebido pelo aplicador foi, em R$, de:
a) 138,89
b) 138,69
c) 140,26
d) 140,62
e) 142,60
15) Certa pessoa obteve um empréstimo de R$ 100.000,00, à taxa de juros simples de 12% a.a. Algum tempo depois,
tendo encontrado quem lhe emprestasse R$ 150.000,00 à taxa de juros simples de 11% a.a., liquidou a dívida inicial e,
na mesma data, contraiu novo débito. Dezoito meses depois de ter contraído o primeiro empréstimo, saldou sua
obrigação e verificou ter pago um total de R$ 22.500,00 de juros. Os prazos do primeiro e do segundo empréstimo são,
respectivamente:
a) 12 meses e 6 meses
b) 18 meses e 6 meses
c) 6 meses e 12 meses
d) 6 meses e 18 meses
e) 12 meses e 18 meses
16) João fez um depósito a prazo fixo por 2 anos. Decorrido o prazo, o montante, que era de R$ 112.000,00, foi
reaplicado em mais um ano a uma taxa de juros 15% superior à primeira. Sendo o montante de R$ 137.760,00 e o
regime de capitalização juros simples, o capital inicial era, em R$:
a) 137.760,00
b) 156.800,00
c) 80.000,00
d) 96.000,00
e) 102.000,00
17) O prazo em que um capital colocado à taxa de 5% a.a., rende um juro comercial igual a 1/50 de seu valor é igual a:
a) 144 dias
b) 146 dias
c) 150 dias
d) 90 dias
e) 80 dias
18) Uma pessoa sacou R$ 24.000,00 de um banco sob a condição de liquidar o débito no final de 3 meses e pagar ao
todo R$ 24.360,00. A taxa de juro cobrada pelo uso daquele capital foi de:
a) 4,06% a.a.
b) 6% a.a.
c) 4,5% a.a.
d) 8% a.a.
e) 1% a.m.
19) Um agricultor, possuidor de um estoque de 5.000 sacas de café, na esperança de uma alta do produto, rejeita uma
oferta de compra desse estoque ao preço de R$ 80,00 a saca. Dois meses mais tarde, forçado pelas circustâncias,
vende o estoque ao preço de R$ 70,00 a saca. Sabendo-se que a taxa corrente de juro é de 6% a.a., o prejuízo real do
agricultor, em R$, foi de:
a) 350.000,00
b) 50.000,00
c) 54.000,00
d) 38.000,00
e) 404.000,00
20) A taxa de juros anual a que de ser colocado um capital para que produza 1/60 de seu valor em 4 meses é de:
a) 7,2%
b) 8%
c) 4%
d) 6%
e) 5%
21) Um negociante obteve R$ 100.000,00 de empréstimo à taxa de 7% a.a. Alguns meses depois, tendo encontrado
quem lhe oferecesse a mesma importância a 6% a.a., assumiu o compromisso com essa pessoa e, na mesma data,
liquidou a dívida com a primeira. Um ano depois de realizado o primeiro empréstimo, saldou o débito e verificou que
pagou, ao todo, R$ 6.250,00 de juros. O prazo do primeiro empréstimo foi de?
a) 9 meses
b) 6 meses
c) 11 meses
d) 3 meses
e) 7 meses
22) Uma pessoa deposita num banco um capital que, no fim de 3 meses (na época do encerramento das contas), se
eleva, juntamente com o juro produzido, a R$ 18.180,00. Este montante, rendendo juro à mesma taxa e na mesma
conta, produz, no fim de 6 meses, outro montante de R$ 18.543,60. O capital inicial foi de, em R$:
a) 18.000,00
b) 16.000,00
c) 15.940,00
d) 17.820,00
e) 17.630,00
25) Emprestei R$ 55.000,00, durante 120 dias, e recebi juros de R$ 550,00. A taxa mensal aplicada foi de:
a) 2,5% a.m.
b) 25,25% a.m.
c) 2,25% a.m.
d) 0,25% a.m.
e) 4% a.m.
26) Uma pessoa deposita R$ 30.000,00 num banco que paga 4% a.a. de juros, e receber, ao fim de certo tempo, juros
iguais a 1/6 do capital. O prazo de aplicação desse dinheiro foi de:
a) 60 meses
b) 80 meses
c) 50 meses
d) 4 anos
e) 2100 dias
27) Uma pessoa emprestou certo capital a 6% a.a. Depois de um ano e meio retirou o capital e os juros e aplicou
novamente o total, desta vez a 8% a.a. Sabendo que no fim de 2 anos e meio, após a segunda aplicação, veio a retirar
o montante de R$ 26.160,00. O capital emprestado no início foi de, em R$:
a) 20.000,00
b) 21.800,00
c) 23.600,00
d) 19.000,00
e) 19.630,00
28) O capital que, aplicado a uma taxa de 3/4% a.m., produz R$ 10,80 de juros anuais é, em R$:
a) 144,00
b) 97,20
c) 110,00
d) 90,00
e) 120,00
29) Um capital aumentado de seus juros durante 15 meses se elevou a R$ 264,00. Esse mesmo capital diminuído de
seus juros durante 10 meses ficou reduzido a R$ 224,00. A taxa empregada foi de:
a) 18% a.a.
b) 8% a.a.
c) 1% a.m.
d) 0,5% a.m.
e) 0,01% a.d.
30) Certa pessoa emprega metade de seu capital juros simples, durante 2 anos, à taxa de 5% a.a. e metade durante 3
anos, à taxa de 8% a.a., obtendo, assim, o rendimento total de R$ 2.040,00. O seu capital é de, em R$:
a) 6.000,00
b) 12.000,00
c) 14.000,00
d) 7.000,00
e) 12.040,00
31) A taxa mensal de um capital igual R$ 4.200,00, aplicado por 480 dias e que rendeu R$ 1.232,00 de juros é de:
a) 2,08%
b) 8.08%
c) 1,83%
d) 3,68%
e) 2,44%
32) (TTN/89) Calcular os juros simples que um capital de 10.000,00 rende em um ano e meio aplicado à taxa de 6% a.a.
Os juros são de:
a) 700,00
b) 1.000,00
c) 1.600,00
d) 600,00
e) 900,00
33) (TTN/89) O capital que, investido hoje a juros simples de 12% a.a., se elevará a R$ 1.296,00 no fim de 8 meses, é
de:
a) 1.100,00
b) 1.000,00
c) 1.392,00
d) 1.200,00
e) 1.399,68
34) (TTN/92) Quanto se deve aplicar a 12% ao mês, para que se obtenha os mesmos juros simples que os produzidos
por Cr$ 400.000,00 emprestados a 15% ao mês, durante o mesmo período?
a) Cr$ 420.000,00
b) Cr$ 450.000,00
c) Cr$ 480.000,00
d) Cr$ 520.000,00
e) Cr$ 500.000,00
Gabarito:
1E – 2D – 3E – 4C – 5B – 6E – 7A – 8A – 9C – 10A – 11B – 12B – 13C – 14D – 15C -16C – 17A – 18B – 19C – 20E –
21D – 22A – 23E – 24E – 25D – 26C – 27A – 28E – 29B – 30B – 31C – 32E – 33D – 34E
Matemática Financeira
C Capital
n número de períodos
j juros simples decorridos n períodos
J juros compostos decorridos n períodos
r taxa percentual de juros
i taxa unitária de juros (i = r / 100)
P Principal ou valor atual
M Montante de capitalização simples
S Montante de capitalização composta
Juros simples
1. Se n é o numero de periodos, i é a taxa unitária ao período e P é o valor principal, então os juros
simples são calculados por:
j=Pin
Exemplo: Os juros simples obtidos por um capital P=1.250,00 durante 4 anos à taxa de 14% ao ano
são dados por:
j = 1.250,00 x 0,14 x 4 = 700,00
2. Se a taxa ao período é indicada percentualmente, substituimos i por r/100 e obtemos a fórmula:
j = P r n / 100
Exemplo: Os juros simples obtidos por um capital P=1.250,00 durante 4 anos à taxa de 14% ao ano
são dados por:
j = 1.250,00 x 14 x 4 / 100 = 700,00
3. Se a taxa é r % ao mês, usamos m como o número de meses e a fórmula:
j = P r m / 100
Exemplo: Os juros simples obtidos por um capital P=1.250,00 durante 4 anos (48 meses) à taxa de
2% ao mês são dados por:
j = 1.250,00 x 2 x 48 / 100 = 1.200,00
4. Se a taxa é r% ao dia, usamos d como o número de dias para obter os juros exatos (número exato
de dias) ou comerciais simples com a fórmula:
j = P r d / 100
Exemplo: Os juros simples obtidos por um capital P=1.250,00 durante 6 meses (180 dias) à taxa de
0,02% ao dia são dados por:
j = 1.250,00 x 0,02 x 180 / 100 = 45,00
Exemplo: Os juros simples exatos obtidos por um capital P=1.250,00 durante os 6 primeiros meses
do ano de 1999 (181 dias), à taxa de 0,2% ao dia, são dados por:
j = 1.250,00 x 0,2 x 181 / 100 = 452,50
Montante simples
Montante é a soma do Capital com os juros. O montante também é conhecido como Valor Futuro. Em língua
inglesa, usa-se Future Value, indicado nas calculadoras financeiras pela tecla FV. O montante é dado por
uma das fórmulas:
M = P + j = P (1 + i n)
Exemplo a: Se a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano, quantos meses serão necessários para dobrar
um capital aplicado através de capitalização simples?
Objetivo: M=2P
Dados: i=150/100=1,5; Fórmula: M=P(1+in)
Desenvolvimento: Como 2P=P(1+1,5 n), então 2=1+1,5 n, logo
n = 2/3 ano = 8 meses
Exemplo b: Qual é o valor dos juros simples pagos à taxa i=100% ao ano se o valor principal é P=R$
1.000,00 e a dívida foi contraída no dia 10 de janeiro, sendo que deverá ser paga no dia 12 de abril do
mesmo ano?
Contagem do tempo:
Para obter o Valor Futuro deste capital depositado em vários meses, usamos o fluxo de caixa e conceitos
matemáticos para calcular o valor resultante ou montante acumulado.
Juros compostos
Em juros compostos, o problema principal consiste em calcular o montante (soma) S obtido pela aplicação
de um único valor principal P no instante t=0, à taxa i de juros (por período) durante n períodos.
Exemplo preparatório: Consideremos uma situação hipotética que, em 1994 a correção da caderneta de
poupança tenha sido de 50% em cada um dos 5 primeiros meses do ano. Se uma pessoa depositou
$100,00 em 01/01/94, poderiamos montar uma tabela para obter o resultado acumulado em 01/06/94.
Sn Soma ou montante
P Valor Principal aplicado inicialmente
i taxa unitária
n número de períodos da aplicação
Observação: Relembramos que a taxa e o número de períodos devem ser compatíveis ou homogêneos com
respeito à unidade de tempo.
Montante composto
A fórmula para o cálculo do Montante, em função do valor Principal P, da taxa i ao período e do número de
períodos n, é dada por:
S = P (1+i)n
Exemplo: Se a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano, quanto tempo será necessário para dobrar o
capital aplicado através de capitalização composta?
Objetivo: S=2P
Taxa anual: i=150/100=1,5. A fórmula é dada por:
S=P(1+i)n
Solução: 2P=P(1+1,5)n, logo
(2,5)n = 2
Para resolver esta última equação, aplicamos logaritmos a ambos os lados da igualdade, para obter:
n = log(2) / log(2,5) = 0,7564708 de 1 ano
Utilidade: O FAC(i,n)=(1+i)n pode ser obtido com uma calculadora simples, dessas que normalmente não
executam potências. Digita-se i, soma-se 1, aperta-se o sinal X (de multiplicação) e a seguir tecla-se o sinal
de igualdade n-1 vezes.
Existem algumas variações da fórmula do Montante Composto, que estão apresentadas abaixo:
S = P (1 + i)n
P = S (1+i)-n
Uma variação da fórmula de Montante composto é usada na obtenção do Valor Atual P de um capital futuro
conhecido S.
P=S(1+i)-n
Utilidade: O FVA(i,n)=(1+i)-n pode ser obtido com uma calculadora simples, dessas que normalmente não
executam potências. Digita-se i, soma-se 1, aperta-se o sinal X (de multiplicação) e o sinal = (igual) n-1
vezes para obter FAC(i,n) e a seguir teclamos o sinal de divisão e finalmente o sinal = (igual) para obter o
FVA(i,n), que é o inverso do FAC(i,n).
Taxas
Taxa é um índice numérico relativo cobrado sobre um capital para a realização de alguma operação
financeira.
Taxas: (Matemática Financeira, Introdução ao Cap.6, José Dutra Vieira Sobrinho: "No mercado financeiro
brasileiro, mesmo entre os técnicos e executivos, reina muita confusão quanto aos conceitos de taxas de
juros principalmente no que se refere às taxas nominal, efetiva e real. O desconhecimento generalizado
desses conceitos tem dificultado o fechamento de negócios pela consequente falta de entendimento entre
as partes. Dentro dos programas dos diversos cursos de Matemática Financeira existe uma verdadeira
'poluição' de taxas de juros."
Não importando se a capitalização é simples ou composta, existem três tipos principais de taxas:
Taxa Nominal: A taxa Nominal é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital não
coincide com aquele a que a taxa está referida.
Exemplos:
1. 1200% ao ano com capitalização mensal.
2. 450% ao semestre com capitalização mensal.
3. 300% ao ano com capitalização trimestral.
Taxa Efetiva: A taxa Efetiva é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital coincide
com aquele a que a taxa está referida.
Exemplos:
1. 120% ao mês com capitalização mensal.
2. 450% ao semestre com capitalização semestral.
3. 1300% ao ano com capitalização anual.
Taxa Real: Taxa Real é a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período da operação.
Conexão entre as taxas real, efetiva e de inflação: A taxa Real não é a diferença entre a taxa efetiva e a
taxa da inflação. Na realidade, existe uma ligação íntima entre as três taxas, dadas por:
1+iefetiva = (1+ireal) (1+iinflação)
Exemplo: Se a taxa de inflação mensal foi de 30% e um valor aplicado no início do mês produziu um
rendimento global de 32,6% sobre o valor aplicado, então o resultado é igual a 1,326 sobre cada 1 unidade
monetária aplicada. Assim, a variação real no final deste mês, será definida por:
vreal = 1 + ireal
que pode ser calculada por:
vreal = resultado / (1 + iinflação)
isto é:
vreal = 1,326 / 1,3 = 1,02
o que significa que a taxa real no período, foi de:
ireal = 2%
Taxas equivalentes
Duas taxas i1 e i2 são equivalentes, se aplicadas ao mesmo Capital P durante o mesmo período de tempo,
através de diferentes sistemas de capitalização, produzem o mesmo montante final.
Exemplo: A aplicação de R$1.000,00 à taxa de 10% ao mês durante 3 meses equivale a uma única
aplicação com a taxa de 33,1% ao trimestre. Observemos o Fluxo de caixa da situação.
Tomando P=1.000,00; i1=0,1 ao mês e n1=3 meses, seguirá pela fórmula do Montante composto, que :
S1=P(1+i1)3=1000(1+0,1)3=1000.(1,1)3=1331,00
Tomando P=1.000,00; i2=33,1% ao trimestre e n2=1 trimestre e usando a fórmula do Montante composto,
teremos:
S2=C(1+i2)1=1000(1+0,331)=1331,00
Logo S1=S2 e a taxa de 33,1% ao trimestre é equivalente à taxa capitalizada de 10% ao mês no mesmo
trimestre.
Observação sobre taxas equivalentes: Ao afirmar que a taxa nominal de uma aplicação é de 300% ao ano
capitalizada mensalmente, estamos entendemos que a taxa é de 25% ao mês e que está sendo aplicada
mês a mês, porque:
i = 300/12 = 25
Analogamente, temos que a taxa nominal de 300% ao ano corresponde a uma taxa de 75% ao trimestre,
aplicada a cada trimestre, porque:
i = 300/4 = 75
É evidente que estas taxas não são taxas efetivas.
Cálculos de taxas equivalentes: Como vimos, taxas equivalentes são aquelas obtidas por diferentes
processos de capitalização de um mesmo Principal P para obter um mesmo montante S.
Consideraremos ia uma taxa ao ano e ip uma taxa ao período p, sendo que este período poderá ser: 1
semestre, 1 quadrimestre, 1 trimestre, 1 mês, 1 quinzena, 1 dia ou outro que se deseje. Deve ficar claro que
tomamos 1 ano como o período integral e que o número de vezes que cada período parcial ocorre em 1 ano
é indicado por Np.
Exemplo: 1 ano = 2 semestres = 3 quadrimestres = 4 trimestres = 12 meses = 24 quinzenas = 360 dias.
A fórmula básica que fornece a equivalência entre duas taxas é:
1 + ia = (1+ip)Np
onde
ia taxa anual
ip taxa ao período
Np número de vezes em 1 ano
Exemplo: Qual será a taxa efetiva que equivale à taxa de 12% ao ano capitalizada mês a mês?
Vamos entender a frase: "12% ao ano capitalizada mês a mês". Ela significa que devemos dividir 12% por
12 meses para obter a taxa que é aplicada a cada 1 mês. Se estivesse escrito "12% ao ano capitalizada
trimestralmente" deveriamos entender que a taxa ao trimestre seria igual a 12% dividido por 4 (número de
trimestres de 1 ano) que é 3%.
Vamos observar o fluxo de caixa da situação:
Solução: A taxa mensal é i1=12%/12=1%=0,01, assim a taxa efetiva pode ser obtida por
1+i2 = (1,01)12 = 1,1268247
logo
i2 = 0,1268247 = 12,68247%
Observação: Se iinflação=0, a taxa real equivale à taxa efetiva.
Exemplo: Qual é a taxa mensal efetiva que equivale à taxa de 12% ao ano? Neste caso, a fórmula a ser
usada é:
1+ia = (1 + imes)12
Como ia=12%=0,12 basta obter i(mes) com a substituição dos valores na fórmula acima para obter:
1,12 = [1 + i(mes)]12
Existem outras maneiras para resolver esta equação exponencial mas aplicaremos o logaritmo na base 10 a
ambos os lados da igualdade para obter:
log(1,12) = 12 log[1+i(mes)]
log(1,12)/12 = log[1 + i(mes)]
0,04921802267018/12 = log[1 + i(mes)]
0,004101501889182 = log[1+i(mes)]
assim
100,004101501889182 = 10log[1+i(mes)]
Desenvolvendo a potência obtemos:
1,009488792934 = 1 + i(mes)
0,009488792934 = i(mes)
i(mes) = 0,9488792934%
Desconto Simples Comercial (por fora): O cálculo deste desconto é análogo ao cálculo dos juros simples,
substituindo-se o Capital P na fórmula de juros simples pelo Valor Nominal N do título.
Desconto Simples Racional (por dentro): O cálculo deste desconto funciona análogo ao cálculo dos juros
simples, substituindo-se o Capital P na fórmula de juros simples pelo Valor Atual A do título.
O cálculo do desconto racional é feito sobre o Valor Atual do título.
Desconto Comercial composto (por fora): Este tipo de desconto não é usado no Brasil e é análogo ao
cálculo dos Juros compostos, substituindo-se o Principal P pelo Valor Nominal N do título.
Desconto Racional composto (por dentro): Este tipo de desconto é muito utilizado no Brasil.
Como D = N - A e como N = A(1 + i)n , então
D = N-N(1+i)-n = N.[1-(1+i)-n]
O melhor estudo que se pode fazer com o desconto racional composto é considerar o Valor Atual A como o
capital inicial de uma aplicação e o Valor Nominal N como o montante desta aplicação, levando em
consideração que as taxas e os tempos funcionam de forma similar nos dois casos.
Exemplo a: Qual é o desconto racional composto de um título cujo valor nominal é R$10.000,00, se o prazo
de vencimento é de n=5 meses e a taxa de desconto é de 3,5% ao mês.
Solução:
D = 10.000,00 [(1,035)5-1]/1,0355 = 1.580,30
Exemplo b: Uma empresa emprestou um valor que deverá ser pago 1 ano após em um único pagamento de
R$ 18.000,00 à taxa de 4,5% ao mês. Cinco meses após ter feito o empréstimo a empresa já tem condições
de resgatar o título. Se a empresa tiver um desconto racional composto calculado a uma taxa equivalente à
taxa de juros cobrada na operação do empréstimo, qual será o valor líquido a ser pago pela empresa?
Dados: Valor nominal: N=18.000,00; taxa mensal: i=4,5%=0,045
Número de períodos para o desconto: n=12-5=7
Fórmula: D = N.[(1+i)n-1]/(1+i)n
Matrizes e Determinantes
Matriz de ordem m x n : Para os nossos propósitos, podemos considerar uma matriz como sendo uma
tabela rectangular de números reais (ou complexos) dispostos em m linhas e n colunas. Diz-se então que a
matriz tem ordem m x n (lê-se: ordem m por n)
Exemplos:
Notas:
Exemplo:
Exemplo:
A matriz At é a matriz transposta da matriz A .
Notas:
Produto de matrizes
Para que exista o produto de duas matrizes A e B , o número de colunas de A , tem de ser igual ao número
de linhas de B.
Amxn x Bnxq = Cmxq
Observe que se a matriz A tem ordem m x n e a matriz B tem ordem n x q , a matriz produto C tem ordem m
xq.
Vamos mostrar o produto de matrizes com um exemplo:
Onde L1C1 é o produto escalar dos elementos da linha 1 da 1ª matriz pelos elementos da coluna1 da
segunda matriz, obtido da seguinte forma:
Observe que o produto de uma matriz de ordem 3x2 por outra 2x3, resultou na matriz produto P
de ordem 3x3.
Nota: O produto de matrizes é uma operação não comutativa, ou seja: A x B ¹ B x A
DETERMINANTES
Entenderemos por determinante , como sendo um número ou uma função, associado a uma matriz
quadrada , calculado de acordo com regras específicas .
Exemplo:
SARRUS (pronuncia-se Sarrí), cujo nome completo é Pierre Frederic SARRUS(1798 - 1861), foi professor
na universidade francesa de Strasbourg. A regra de SARRUS, foi provavelmente escrita no ano de 1833.
Nota: São escassas, e eu diria, inexistentes, as informações sobre o Prof. SARRUS nos livros de
Matemática do segundo grau, que apresentam (ou mais simplesmente apenas citam) o nome do professor,
na forma REGRA DE SARRUS, para o cálculo dos determinantes de terceira ordem. Graças ao Prof. José
Porto da Silveira - da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pudemos disponibilizar a valiosa
informação acima! O Prof. SARRUS, foi premiado pela Academia Francesa de Ciências, pela autoria de um
trabalho que versava sobre as integrais múltiplas, assunto que vocês estudarão na disciplina Cálculo III,
quando chegarem à Universidade.
Para o cálculo de um determinante de 3ª ordem pela Regra de Sarrus, proceda da seguinte maneira:
2 - Efetue os produtos em "diagonal" , atribuindo sinais negativos para os resultados à esquerda e sinal
positivo para os resultados à direita.
3 - Efetue a soma algébrica. O resultado encontrado será o determinante associado à matriz dada.
Exemplo:
.2 3 5
.1 7 4
Portanto, o determinante procurado é o número real negativo .- 77.
P2) o determinante de uma matriz e de sua transposta são iguais: det(A) = det( A t ).
P3) o determinante que tem todos os elementos de uma fila iguais a zero , é nulo.
Obs: Chama-se FILA de um determinante, qualquer LINHA ou COLUNA.
P4) se trocarmos de posição duas filas paralelas de um determinante, ele muda de sinal.
P5) o determinante que tem duas filas paralelas iguais ou proporcionais, é nulo.
P6) multiplicando-se (ou dividindo-se) os elementos de uma fila por um número, o determinante fica
multiplicado (ou dividido) por esse número.
P7) um determinante não se altera quando se substitui uma fila pela soma desta com uma fila paralela,
multiplicada por um número real qualquer.
Notas:
1) se det(A) = 0 , não existe a matriz inversa A-1. Dizemos então que a matriz A é SINGULAR ou NÃO
INVERSÍVEL .
2) se det A ¹ 0 , então a matriz inversa A-1 existe e é única . Dizemos então que a matriz A é INVERSÍVEL .
P9) Se todos os elementos situados de um mesmo lado da diagonal principal de uma matriz quadrada de
ordem n , forem nulos (matriz triangular), o determinante é igual ao produto dos elementos da diagonal
principal.
Exemplos:
Observe que a 4ª linha da matriz é proporcional à 1ª linha (cada elemento da 4ª linha é obtido multiplicando
os elementos da 1ª linha por 3). Portanto, pela propriedade P5 , o determinante da matriz dada é NULO.
2) Calcule o determinante:
Observe que a 2ª coluna é composta por zeros; FILA NULA Þ DETERMINANTE NULO , conforme
propriedade P3 acima. Logo, D = 0.
3) Calcule o determinante:
Ora, pela propriedade P9 acima, temos: D = 2.5.9 = 90
Exercícios propostos:
1) As matrizes A e B , quadradas de ordem 3, são tais que B = 2.At , onde A t é a matriz transposta de A. Se
o determinante de B é igual a 40 , então o determinante da matriz inversa de A é igual a:
*a) 1/5
b) 5
c) 1/40
d) 1/20
e) 20
4) Se A = ( aij ) é matriz quadrada de ordem 3 tal que aij = i - j então podemos afirmar que o determinante da
matriz 5 A é igual a:
Resp: zero
Matrizes e Determinantes II
1 - Definições:
1.1 - Chama-se Menor Complementar ( Dij ) de um elemento aij de uma matriz quadrada A, ao determinante
que se obtém eliminando-se a linha i e a coluna j da matriz.
Assim, dada a matriz quadrada de terceira ordem (3x3) A a seguir :
Podemos escrever:
D23 = menor complementar do elemento a23 = 9 da matriz A . Pela definição, D23 será igual ao determinante
que se obtém de A, eliminando-se a linha 2 e a coluna 3, ou seja:
Da mesma forma determinaríamos D11, D12, D13, D21, D22, D31, D32 e D33. Faça os cálculos como
exercício!
1.2 - Cofator de um elemento aij de uma matriz : cof ( aij ) = (-1 ) i+j . Dij .
Assim por exemplo, o cofator do elemento a23 = 9 da matriz do exemplo anterior, seria igual a:
cof(a23) = (-1)2+3 . D23 = (-1)5 . 10 = - 10.
2 - Teorema de Laplace
• O determinante de uma matriz quadrada é igual à soma dos produtos dos elementos de uma fila
qualquer (linha ou coluna) pelos respectivos cofatores.
• Este teorema permite o cálculo do determinante de uma matriz de qualquer ordem. Como já
conhecemos as regras práticas para o cálculo dos determinantes de ordem 2 e de ordem 3, só
recorremos à este teorema para o cálculo de determinantes de 4ª ordem em diante. O uso desse
teorema, possibilita abaixar a ordem do determinante. Assim, para o cálculo de um determinante de
4ª ordem, a sua aplicação resultará no cálculo de quatro determinantes de 3ª ordem. O cálculo de
determinantes de 5ª ordem, já justifica o uso de planilhas eletrônicas, a exemplo do Excel for
Windows, Lótus 1-2-3, entre outros.
• Para expandir um determinante pelo teorema de Laplace, é mais prático escolher a fila (linha ou
coluna) que contenha mais zeros, pois isto vai facilitar e reduzir o número de cálculos necessários.
b) Matriz dos cofatores da matriz A: é a matriz obtida substituindo-se cada elemento pelo seu respectivo
cofator.
Símbolo: cof A .
Exercícios propostos
1 - Se A = ( aij ) é matriz quadrada de ordem 3 tal que aij = i - j então podemos afirmar que o seu
determinante é igual a:
*a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) -4
3 - Considere a matriz A = (aij)4x4 definida por aij = 1 se i ³ j e aij = i + j se i < j. Pede-se calcular a soma dos
elementos da diagonal secundária.
Resp: 12
4 - As matrizes A e B , quadradas de ordem 3, são tais que B = 2.At , onde At é a matriz transposta de A.
Se o determinante de B é igual a 40 , então o determinante da matriz inversa de A é igual a:
*a) 1/5
b) 5
c) 1/40
d) 1/20
e) 20
5 - Dadas as matrizes A = (aij)3x4 e B = (bij)4x1 tais que aij = 2i + 3j e bij = 3i + 2j, o elemento
c12 da matriz C = A.B é:
a)12
b) 11
c) 10
d) 9
*e) inexistente
Média aritmética simples
Dos vários tipos de médias utilizados, o mais simples e o mais comum é a média aritmética simples.
Dados os números 1200, 1400, 1000 e 1600, para apurarmos o valor médio artimético deste conjunto,
simplesmente o totalizamos e dividimos o total obtido pela quantidade de valores do conjunto:
Agora preste atenção neste conjunto de números após o colocarmos em ordem crescente:
Observe que se fossemos inserir o valor médio de 1300 neste conjunto de números ordenados, a sua
posição seria exatamente no meio da sequência, ou seja, seria o valor médio.
Observe ainda está propriedades das médias, que se o valor médio for inserido ao conjunto de números
originais, a média ainda continuará a mesma:
Digamos que em um concurso você tenha feito três provas e tenha tirado as seguintes notas: 10, 8 e 3.
Qual foi a sua nota média afinal?
Vejamos:
Como a nota mínima para passar no concurso era a nota 7, você se sente feliz e aliviado por ter conseguido
alcançá-la.
Mas foi aí que lhe veio a surpresa! Na última hora você soube que a nota média seria calculada atribuindo-
se um peso diferente a cada prova. Você fica apreensivo. E agora?!?
Nos bastidores você soube que a primeira prova teria peso 3, a segunda peso 2 e a terceira teria peso 5.
Vamos aos cálculos:
Que pena meu rapaz! Infelizmente a sua média de 6,1 não atingiu o valor mínimo de 7.
Epa! Espere um pouco! Você cometeu um erro! Os pesos não estão na ordem correta! A primeira prova teria
peso 3, a segunda peso 5 e a terceira teria peso 2. Vejamos se houve alguma mudança, parece-me que
você ainda tem chances:
Como você pode perceber, a média aritmética ponderada possibilita atribuir peso ou importância diferentes
a cada valor. Provavelmente por ser mais importante no processo de seleção, a segunda nota tinha um
peso maior. Por isto os itens com maior peso influenciam mais na média final que os de menor peso. Veja o
exemplo abaixo:
Você percebe que o primeiro valor tem peso 1, sete vezes menor que o peso do segundo valor que é igual a
7. Por isto a média final se aproximou muito mais de segundo valor (2), que do primeiro (10), embora este
tenha sido cinco vezes maior que o segundo.
Resumindo, para se apurar a média aritmética ponderada, primeiramente multiplique cada valor pelo seu
respectivo peso. Some todos os produtos encontrados e divida este total pela soma dos pesos.
Exercícios resolvidos
Como visto na parte teórica, a solução deste exercício resume-se em somarmos os números e dividirmos
este total por quatro, que é a quantidade de números:
Logo:
A média aritmética simples destes números é 10.
2) Qual é a média aritmética ponderada dos números 10, 14, 18 e 30 sabendo-se que os seus pesos são
respectivamente 1, 2, 3 e 5?
Neste outro caso a solução consiste em multiplicarmos cada número pelo seu respectivo peso e somarmos
todos estes produtos. Este total deve ser então dividido pela soma total dos pesos:
Assim sendo:
A média aritmética ponderada deste conjunto de números é 22.
3) Dado um conjunto de quatro números cuja média aritmética simples é 2,5 se incluirmos o número 8 neste
conjunto, quanto passará a ser a nova média aritmética simples?
Na parte teórica vimos que a soma dos elementos de um conjunto de números, dividida pela quantidade de
elementos deste conjunto, resulta na média aritmética simples entre eles. Se chamarmos esta soma de S,
em função do enunciado podemos nos expressar matematicamente assim:
Passando o divisor 4 para o segundo membro e o multiplicando pelo termo 2,5, obteremos a soma destes
quatro números que é igual a 10:
Ao incluirmos o número 8 neste conjunto de números, a soma dos mesmos passará de 10 para 18 e como
agora teremos 5 números ao invés de 4, a média dos mesmos será 18 dividido por 5 que é igual a 3,6:
Portanto:
Ao inserirmos o número 8 neste conjunto de números, a média aritmética simples passará a ser igual a 3,6.
4) Em uma sala de aula os alunos têm altura desde 130cm até 163cm, cuja média aritmética simples é de
150cm. Oito destes alunos possuem exatamente 163cm. Se estes oito alunos forem retirados desta classe,
a nova média aritmética será de 148cm. Quantos alunos há nesta sala de aula?
Sabemos que a média aritmética simples de um conjunto de números é igual à soma dos mesmos dividida
pela quantidade de números deste conjunto. Se chamarmos de S a soma da altura de todos os alunos desta
classe e de n o número total de alunos, podemos escrever a seguinte equação:
O enunciado nos diz que se retirarmos todos os oito alunos que medem 163cm, teremos 148cm como a
nova média de altura da turma. Expressando esta informação em forma de equação temos:
Como na primeira equação calculamos que , vamos trocar S na segunda equação por 150n:
Enfim:
Progressão Aritmética
Definição
É uma sequência em que cada termo, a partir do segundo. É a soma do anterior com uma constante,
denominada razão. Esta razão e representada pela letra r.
Elementos
a1 - 1o termo
an - termo genérico (ou n-ésimo termo)
r - razão
n - número de termos
Sn - soma dos termos
TM - termo médio
Interpolação Aritmética
Interpolar ou inserir 'k' meios aritméticos entre os termos a 1 e an significa formar uma progressão aritmática
de 'k + 2' termos, onde a1 e an são extremos.
Si - Sp = TM
9-) Quantos termos tem uma P.A. finita, de razão 3, sabendo-se que o primeiro termo é -5 e o último é 16 ?
10-) Calcule o número de termos da P.A. (5, 10, ..., 785).
11-) Qual é o primeiro termo de uma P.A. cujo sétimo termo é 46, sendo o termo precedente 39 ?
12-) Quantos múltiplos de 7 podemos escrever com 3 algarismos ?
13-) Quantos são os números naturais menores que 98 e divisíveis por 5 ?
14-) Quantos números inteiros existem, de 100 a 500, que não são divisíveis por 8 ?
15-) Interpole 11 meios aritméticos entre 1 e 37.
16-) Quantos termos aritméticos devemos interpolar entre 2 e 66 para que a razão da interpolação seja 8 ?
17-) Determine a média aritmética dos seis meios aritméticos que podem ser interpolados entre 10 e 500.
18-) Numa estrada existem dois telefones instalados no acostamento: um no quilometro 3 e outro no
quilometro 88. Entre eles serão colocados mais 16 telefones, mantendo-se entre dois telefones
consecutivos sempre a mesma distância. Determine em quais marcos quilométricos deverão ficar esses
novos telefones.
19-) (ITA-SP) Quantos números inteiros existem, de 1000 a 10000, que não são divisíveis nem por 5 nem
por 7 ?
20-) Uma fábrica produziu, em 1986, 6530 unidades de um determinado produto e, em 1988, produziu
23330 unidades do mesmo produto. Sabendo que a produção anual desse produto vem crescendo em
progressão aritmética, pede-se:
Respostas
Questão 1
Dados: a1 = 2 ; r = 7 - 2 = 5 ; an = ? ; n = ?
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
an = 2 + (n -1).5
an = 2 + 5n - 5
an = 5n - 3
Resposta: an = 5n - 3
Questão 2
Dados: a1 = 7/3 ; r = 11/4 - 7/3 = (33 - 28)/12 = 5/12 ; a n = ? ; n = ?
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
an = 7/3 + (n -1). 5/12
an = 7/3 + 5/12n - 5/12
an = 5/12n + 28/12 - 5/12
an = 5/12n + 23/12
Questão 3
Dados: a1 = 4 ; r = 10 - 4 = 6 ; an = a15 = ? ; n = 15
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
a15 = 4 + (15 -1).6
a15 = 4 + 14.6
a15 = 4 + 84
a15 = 88
Resposta: a15 = 88
Questão 4
Dados: a1 = 0 ; r = 2 - 0 = 2 ; an = a100 = ? ; n = 100
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
a100 = 0 + (100 -1).2
a100 = 0 + 99.2
a100 = 198
Questão 5
Dados: a1 = a+b
r = (3a-2b)-(a+b)
r = 3a-2b - a-b
r = 2a-3b
an = a 5 = ? ; n = 5
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
a5 = a+b + (5-1).(2a-3b)
a5 = a+b + 4.(2a-3b)
a5 = a+b +8a-12b
a5 = 9a - 11b
Resposta: a5 = 9a - 11b
Questão 6
Dados: a1 = 1 ; r = 3 - 1 = 2 ; an = a60 = ? ; n = 60
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
a60 = 1 + (60 -1).2
a60 = 1 + 59.2
a60 = 1 + 118
a60 = 119
Questão 7
Dados: a1 = 4 ; r = 5 ; an = 44 ; n = ?
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
44 = 4 + (n-1).5
44 = 4 + 5n -5
44 -4 + 5 = 5n
45 = 5n
45/5 = n
9 = n ou n = 9
Resposta: 9a posição
Questão 8
Dados: a1 = ? ; r = 1/4 ; a17 = 21 ; n = 17
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
a17 = a1 + (17-1).(1/4)
21 = a1 + 16/4
21 = a1 + 4
21 - 4 = a1
17 = a1
Resposta: a1 = 17
Questão 9
Dados: a1 = -5 ; r = 3 ; an = 16 ; n = ?
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
16 = -5 + (n-1).3
16 = -5 + 3n -3
16 = 3n - 8
16 + 8 = 3n
24 = 3n
24/3 = n
8=n
Resposta: n = 8
Questão 10
Dados: a1 = 5 ; r = 5 ; an = 785 ; n = ?
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
785 = 5 + (n-1).5
785 = 5 + 5n -5
785 = 5n
785/5 = n
157 = n
Resposta: n = 157
Questão 11
Dados: a1 = ? ; an = a7 = 46 ; a6 = 39 ; r = a7 - a6 ; r = 46 - 39 ==> r = 7 ; n = 7
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
46 = a1 + (7-1).7
46 = a1 + 6.7
46 = a1 + 42
46 - 42 = a1
4 = a1
Resposta: a1 = 4
Questão 12
Dados: P.A.(105,...,994); a1 = 105 ; an = 994 ; r = 7 ; n = ?
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
994 = 105 + (n-1).7
994 = 105 + 7n - 7
994 = 105 - 7 + 7n
994 = 98 + 7n
994 - 98 = 7n
896 = 7n
896/7 = n
128 = n
Resposta: n = 128
Questão 13
Dados: P.A.(0,...,95);a1 = 0 ; an = 95 ; r = 5 ; n = ?
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
95 = 0 + (n-1).5
95 = 0 + 5n - 5
95 + 5 = 5n
100 = 5n
100 = 5n
100/5 = n
20 = n
Resposta: n = 20
Questão 14
1-) Calculamos a quantidade de números, entre 100 e 500, que são divisíveis por 8.
Dados: P.A.(104,...,496); a1 = 104 ; an = 496 ; r = 8 ; n = ?
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
496 = 104 + (n-1).8
496 = 104 + 8n - 8
496 = 96 + 8n
496 - 96 = 8n
400 = 8n
400/8 = n
50 = n
2-) Calculamos a quantidade de todos os números, entre 100 e 500.
Dados: P.A.(100,...,500); a1 = 100 ; an = 500 ; r = 1 ; n = ?
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
500 = 100 + (n-1).1
500 = 100 + n - 1
500 = 99 + n
500 - 99 = n
401 = n
3-) Calculamos o número de termos que não são divisíveis por 8, fazendo: n = 401 - 50 = 351
Resposta: n = 351
Questão 15
P.A.(1, _, _, _, _, _, _, _, _, _, _, _,37)
Dados: a1 = 1 ; r = ? ; an = a13 = 37 ; n = 13
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
a13 = 1 + (13-1).r
37 = 1 + 12.r
37 -1 = 12r
36 = 12r
36/12 = r
3=r
Calculamos as 11 interpolações:
a2 = a1 + r = 1+3 = 4
a3 = a2 + r = 4+3 = 7
a4 = a3 + r = 7+3 = 10
a5 = a4 + r = 10+3 = 13
a6 = a5 + r = 13+3 = 16
a7 = a6 + r = 16+3 = 19
a8 = a7 + r = 19+3 = 22
a9 = a8 + r = 22+3 = 25
a10 = a9 + r = 25+3 = 28
a11 = a10 + r = 28+3 = 31
a12 = a11 + r = 31+3 = 34
Resposta: an = P.A.(1, 4, 7, 10, 13, 16, 19, 22, 25, 28, 31, 34, 37)
Questão 16
Dados: P.A.(2,...,66); a1 = 2 ; an = 66 ; r = 8 ; n = ?
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
66 = 2 + (n-1).8
66 = 2 + 8n - 8
66 = 8n - 6
66 + 6 = 8n
72 = 8n
72/8 = n
9=n
Subtraímos 2 termos dos 9 termos encontrados: n = 9 - 2 = 7.
Resposta: n = 7
Questão 17
Dados: P.A.(10, _, _, _, _, _, _,500); a1 = 10 ; an = a8 = 500 ; r = ? ; n = 8
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
500 = 10 + (8-1).r
500 = 10 + 7.r
500 - 10 = 7r
490 = 7r
490/7 = r
70 = r
Calculamos as 6 interpolações:
a2 = a1 + r = 10+70 = 80
a3 = a2 + r = 80+70 = 150
a4 = a3 + r = 150+70 = 220
a5 = a4 + r = 220+70 = 290
a6 = a5 + r = 290+70 = 360
a7 = a6 + r = 360+70 = 430
Calculamos a média aritmética:
M.A. = Adição dos termos / número de termos adicionados = (a 2 + a3 + a4 + a5 + a6 + a7) / 6
M.A. = (80 + 150 + 220 + 290 + 360 + 430) / 6 = 1530 / 6 = 255
Resposta: M.A. = 255
Questão 18
P.A.(3,..,88)
Dados: a1 = 3 ; r = ? ; an = a18 = 88 ; n = 18
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
a18 = 3 + (18-1).r
88 = 3 + 17.r
88 - 3 = 17r
85 = 17r
85/17 = r
5=r
Calculamos as 16 interpolações:
a2= a1 + r = 3+5 = 8
a3= a2 + r = 8+5 = 13
a4= a3 + r = 13+5 = 18
a5= a4 + r = 18+5 = 23
a6= a5 + r = 23+5 = 28
a7= a6 + r = 28+5 = 33
a8= a7 + r = 33+5 = 38
a9= a8 + r = 38+5 = 43
a10= a9+ r = 43+5 = 48
a11= a10+ r = 48+5 = 53
a12= a11+ r = 53+5 = 58
a13= a12+ r = 58+5 = 63
a14= a13+ r = 63+5 = 68
a15= a14+ r = 63+5 = 73
a16= a15+ r = 73+5 = 78
a17= a16+ r = 78+5 = 83
Resposta: Marcos quilométricos: 8, 13, 18, 23, 28, 33, 38, 43, 48, 53, 58, 63, 68, 73, 78, 83
Questão 19
Dados: M(5) = 1000, 1005, ..., 9995, 10000.
M(7) = 1001, 1008, ..., 9996.
M(35) = 1015, 1050, ... , 9975.
M(1) = 1, 2, ..., 10000.
Resolução:
Para múltiplos de 5, temos: an = a1+ (n-1).r => 10000 = 1000 + (n - 1). 5 => n = 9005 / 5 => n = 1801.
Para múltiplos de 7, temos: an = a1+ (n-1).r => 9996 = 1001 + (n - 1). 7 => n = 9002 / 7 => n = 1286.
Para múltiplos de 35, temos: an = a1 + (n - 1).r => 9975 = 1015 + (n - 1).35 => n = 8995 / 35 => n = 257.
Para múltiplos de 1, temos: an = a1 = (n -1).r => 10000 = 1000 + (n - 1).1 => n = 9001.
Sabemos que os múltiplos de 35 são múltiplos comuns de 5 e 7, isto é, eles aparecem no conjunto dos
múltiplos de 5 e no conjunto dos múltiplos de 7 (daí adicionarmos uma vez tal conjunto de múltiplos).
Total = M(1) - M(5) - M(7) + M(35).
Total = 9001 - 1801 - 1286 + 257 = 6171
Resposta: n = 6171
Questão 20
P.A.(6530, _ , 23330)
Dados: a1 = 6530 ; r = ? ; an = 23330 ; n = 3
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
a3 = 6530 + (3-1).r
23330 = 6530 + 2.r
23330 - 6530 = 2r
16800 = 2r
16800/2 = r
8400 = r
a2 = a 1 + r
a2 = 6530 + 8400
a2 = 14930
Resolução:
an = a1 + (n-1).r
a6 = 6530 + (6-1).8400
a6 = 6530 + 5.8400
a6 = 6530 + 42000
a6 = 48530
Elementos
a1 - 1o termo
an - termo genérico, termo geral (ou n-ésimo termo)
q - razão
n - número de termos
Sn - soma dos termos
Pn- produto dos termos
ou
ou
P.G. ilimitada (ou infinita) decrescente
Resposta: P.G. (-6; -3; -1,5; -0,75; -0,375; ...) ou (-6; -3; -3/2; -3/4; -3/8; ...)
d) a1 = -2 e q = 5/4
PORCENTAGEM pode ser definida como a centésima parte de uma grandeza, ou o cálculo baseado em
100 unidades.
É visto com freqüência as pessoas ou o próprio mercado usar expressões de acréscimo ou redução nos
preços de produtos ou serviços.
Alguns exemplos:
Exemplos:
a)
b)
É definido como taxa de porcentagem o valor obtido aplicando uma determinada taxa a um certo valor.
Também pode-se fixar a taxa de porcentagem como o numerador de uma fração que tem como
denominador o número 100.
O cálculo de tantos por cento de uma expressão matemática ou de um problema a ser resolvido é indicado
pelo símbolo (%), e pode ser feito, na soma, por meio de uma proporção simples.
Para que se possam fazer cálculos com porcentagem (%), temos que fixar o seguinte:
1) A taxa está para porcentagem (acréscimo, desconto, etc), assim como o valor 100 está para a quantia a
ser encontrada.
Exemplificando:
Um título tem desconto 10%, sobre o valor total de R$ 100,00. Qual o valor do título?
30% : R$ 100,00
100% : X
X = R$ 30,00
Exemplificando:
100% : 50
10% :X
X=5
Obs. Nos dois exemplos dados foram usados o sistema de cálculo de regra de três, já ensinados em
tutoriais anteriores.
Exemplificando:
100% : R$ 150,00
20% : X
X = R$ 30,00
1) Um jogador de basquete, ao longo do campeonato, fez 250 pontos, deste total 10% foram de cestas de
02 pontos. Quantas cestas de 02 pontos o jogador fez do total de 250 pontos.
2) Um celular foi comprado por R$ 300,00 e revendido posteriormente por R$ 340,00, qual a taxa percentual
de lucro ?
Neste caso é procurado um valor de porcentagem no qual são somados os R$ 300,00 iniciais com a
porcentagem aumentada e que tenha como resultado o valor de R$ 340,00
3X = 340 – 300
X = 40/3
Assim, a taxa de lucro obtida com esta operação de revenda foi de 13,33%
* Fator Multiplicante
Há uma dica importante a ser seguida, no caso de cálculo com porcentagem. No caso se houver acréscimo
no valor, é possível fazer isto diretamente através de uma operação simples, multiplicando o valor do
produto/serviço pelo fator de multiplicação.
Veja:
Tenho um produto X, e este terá um acréscimo de 30% sobre o preço normal, devido ao prazo de
pagamento. Então basta multiplicar o valor do mesmo pelo número 1,30. Caso o mesmo produto ao invés
de 30% tenha 20% de acréscimo então o fator multiplicante é 1,20.
Exemplo: Aumente 17% sobre o valor de um produto de R$ 20,00, temos R$ 20,00 * 1,17 = R$ 23,40
Da mesma forma como é possível, ter um fator multiplicante quando se tem acréscimo a um certo valor,
também no decréscimo ou desconto, pode-se ter este fator de multiplicação.
Neste caso, faz-se a seguinte operação: 1 – taxa de desconto (isto na forma decimal)
Veja:
Tenho um produto Y, e este terá um desconto de 30% sobre o preço normal. Então basta multiplicar o valor
do mesmo pelo número 0,70. Caso o mesmo produto ao invés de 30% tenha 20% de acréscimo então o
fator multiplicante é 0,80.
Os exercícios propostos estão resolvidos, em um passo-a-passo prático para que se possa acompanhar a
solução de problemas envolvendo porcentagem e também para que se tenha uma melhor fixação sobre o
conteúdo.
1) Qual valor de uma mercadoria que custou R$ 555,00 e que pretende ter com esta um lucro de 17%?
Solução:
100% : 555
17 X
X = 94,35
Obs. Este cálculo poderia ser resolvido também pelo fator multiplicador: R$ 555,00 * 1,17 = R$ 649,35
2) Um aluno teve 30 aulas de uma determinada matéria. Qual o número máximo de faltas que este aluno
pode ter sabendo que ele será reprovado, caso tenha faltado a 30% (por cento) das aulas ?
Solução:
100% : 30
30% :X
X=9
3) Um imposto foi criado com alíquota de 2% sobre cada transação financeira efetuada pelos consumidores.
Se uma pessoa for descontar um cheque no valor de R$ 15.250,00, receberá líquido quanto?
100% : 15.250
0,7% : X
Neste caso, use diretamente o sistema de tabela com fator multiplicador. O capital principal que é o valor do
cheque é : R$ 15.250,00 * 0,98 = R$ 14.945,00
Assim, o valor líquido do cheque após descontado a alíquota será de R$ 14.945,00. Sendo que os 2% do
valor total representam a quantia de R$ 305,00.
1 – Introdução
Chama-se experimento aleatório àquele cujo resultado é imprevisível, porém pertence necessariamente a
um conjunto de resultados possíveis denominado espaço amostral.
Qualquer subconjunto desse espaço amostral é denominado evento.
Se este subconjunto possuir apenas um elemento, o denominamos evento elementar.
Por exemplo, no lançamento de um dado, o nosso espaço amostral seria U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
Em oposição aos fenômenos aleatórios, existem os fenômenos determinísticos, que são aqueles cujos
resultados são previsíveis, ou seja, temos certeza dos resultados a serem obtidos.
Consideremos uma urna que contenha 49 bolas azuis e 1 bola branca. Para uma retirada, teremos duas
possibilidades: bola azul ou bola branca. Percebemos entretanto que será muito mais freqüente obtermos
numa retirada, uma bola azul, resultando daí, podermos afirmar que o evento "sair bola azul" tem maior
probabilidade de ocorrer, do que o evento "sair bola branca".
onde:
n(A) = número de elementos de A e n(U) = número de elementos do espaço de prova U.
Vamos utilizar a fórmula simples acima, para resolver os seguintes exercícios introdutórios:
a) sair o número 3:
Temos U = {1, 2, 3, 4, 5, 6} [n(U) = 6] e A = {3} [n(A) = 1]. Portanto, a probabilidade procurada será igual
a p(A) = 1/6.
b) sair um número par: agora o evento é A = {2, 4, 6} com 3 elementos; logo a probabilidade procurada será
p(A) = 3/6 = 1/2.
c) sair um múltiplo de 3: agora o evento A = {3, 6} com 2 elementos; logo a probabilidade procurada será
p(A) = 2/6 = 1/3.
d) sair um número menor do que 3: agora, o evento A = {1, 2} com dois elementos. Portanto,p(A) = 2/6 =
1/3.
e) sair um quadrado perfeito: agora o evento A = {1,4} com dois elementos. Portanto, p(A) = 2/6 = 1/3.
a) sair a soma 8
Observe que neste caso, o espaço amostral U é constituído pelos pares ordenados (i,j), onde i = número no
dado 1 e j = número no dado 2.
É evidente que teremos 36 pares ordenados possíveis do tipo (i, j) onde i = 1, 2, 3, 4, 5, ou 6, o mesmo
ocorrendo com j.
As somas iguais a 8, ocorrerão nos casos:(2,6),(3,5),(4,4),(5,3) e (6,2). Portanto, o evento "soma igual a 8"
possui 5 elementos. Logo, a probabilidade procurada será igual a p(A) = 5/36.
b) sair a soma 12
Neste caso, a única possibilidade é o par (6,6). Portanto, a probabilidade procurada será igual a p(A) = 1/36.
1.3 – Uma urna possui 6 bolas azuis, 10 bolas vermelhas e 4 bolas amarelas. Tirando-se uma bola com
reposição, calcule as probabilidades seguintes:
Vemos no exemplo acima, que as probabilidades podem ser expressas como porcentagem. Esta forma é
conveniente, pois permite a estimativa do número de ocorrências para um número elevado de
experimentos. Por exemplo, se o experimento acima for repetido diversas vezes, podemos afirmar que em
aproximadamente 30% dos casos, sairá bola azul, 50% dos casos sairá bola vermelha e 20% dos casos
sairá bola amarela. Quanto maior a quantidade de experimentos, tanto mais a distribuição do número de
ocorrências se aproximará dos percentuais indicados.
3 – Propriedades
P1: A probabilidade do evento impossível é nula.
Com efeito, sendo o evento impossível o conjunto vazio (Ø), teremos:
p(Ø) = n(Ø)/n(U) = 0/n(U) = 0
Por exemplo, se numa urna só existem bolas brancas, a probabilidade de se retirar uma bola verde (evento
impossível, neste caso) é nula.
P2: A probabilidade do evento certo é igual a unidade.
Com efeito, p(A) = n(U)/n(U) = 1
Por exemplo, se numa urna só existem bolas vermelhas, a probabilidade de se retirar uma bola vermelha
(evento certo, neste caso) é igual a 1.
P3: A probabilidade de um evento qualquer é um número real situado no intervalo real [0, 1].
Esta propriedade, decorre das propriedades 1 e 2 acima.
P4: A soma das probabilidades de um evento e do seu evento complementar é igual a unidade.
Seja o evento A e o seu complementar A'. Sabemos que A U A' = U.
n(A U A') = n(U) e, portanto, n(A) + n(A') = n(U).
Dividindo ambos os membros por n(U), vem:
n(A)/n(U) + n(A')/n(U) = n(U)/n(U), de onde conclui-se:
p(A) + p(A') = 1
Nota: esta propriedade simples, é muito importante pois facilita a solução de muitos problemas
aparentemente complicados. Em muitos casos, é mais fácil calcular a probabilidade do evento
complementar e, pela propriedade acima, fica fácil determinar a probabilidade do evento.
P5: Sendo A e B dois eventos, podemos escrever:
p(A U B) = p(A) + p(B) – p(A Ç B)
Observe que se A ÇB= Ø (ou seja, a interseção entre os conjuntos A e B é o conjunto vazio), então p(A U B)
= p(A) + p(B).
Exemplo:
Em uma certa comunidade existem dois jornais J e P. Sabe-se que 5000 pessoas são assinantes do jornal
J, 4000 são assinantes de P, 1200 são assinantes de ambos e 800 não lêem jornal. Qual a probabilidade de
que uma pessoa escolhida ao acaso seja assinante de ambos os jornais?
SOLUÇÃO:
Precisamos calcular o número de pessoas do conjunto universo, ou seja, nosso espaço amostral. Teremos:
n(U) = N(J U P) + N.º de pessoas que não lêem jornais.
n(U) = n(J) + N(P) – N(J ÇP) + 800
n(U) = 5000 + 4000 – 1200 + 800
n(U) = 8600
Portanto, a probabilidade procurada será igual a:
p = 1200/8600 = 12/86 = 6/43.
Logo, p = 6/43 = 0,1395 = 13,95%.
4 – Probabilidade condicional
Teremos então:
Podemos então afirmar, que a probabilidade de ocorrência simultânea de eventos independentes, é igual ao
produto das probabilidades dos eventos considerados.
Exemplo:
a) em duas retiradas, sem reposição da primeira bola retirada, sair uma bola vermelha (V) e depois uma
bola branca (B).
Solução:
p(V Ç B) = p(V) . p(B/V)
p(V) = 5/7 (5 bolas vermelhas de um total de 7).
Supondo que saiu bola vermelha na primeira retirada, ficaram 6 bolas na urna. Logo:
p(B/V) = 2/6 = 1/3
Da lei das probabilidades compostas, vem finalmente que:
P(V Ç B) = 5/7 . 1/3 = 5/21 = 0,2380 = 23,8%
b) em duas retiradas, com reposição da primeira bola retirada, sair uma bola vermelha e depois uma bola
branca.
Solução:
Com a reposição da primeira bola retirada, os eventos ficam independentes. Neste caso, a probabilidade
buscada poderá ser calculada como:
P(V Ç B) = p(V) . p(B) = 5/7 . 2/7 = 10/49 = 0,2041 = 20,41%
Observe atentamente a diferença entre as soluções dos itens (a) e (b) acima, para um entendimento perfeito
daquilo que procuramos transmitir.
Razão e Proporção
RAZÃO
Conceitualmente a razão do número a para o número b, sendo b ≠ 0, é igual ao quociente de a por b que podemos
representar das seguintes formas:
•
•
As razões acima podem ser lidas como:
• razão de a para b
• a está para b
• a para b
Em qualquer razão, ao termo a chamamos de antecedente e ao termo b chamamos de consequente.
e
Elas são tidas como razões inversas ou recíprocas.
Note que o antecedente de uma é o consequente da outra e vice-versa.
Uma propriedade das razões inversas é que o produto delas é sempre igual a 1, isto se deve ao fato de uma ser o
inverso multiplicativo da outra.
Agora vejamos as seguintes razões:
e
A primeira razão possui os números 1 e 2 como seu respectivo antecedente e consequente, já a segunda razão possui
o número 2 como o seu antecedente e o número 1, omitido, como o seu consequente. Em função disto, pelo
antecedente de uma ser o consequente da outra e vice-versa, estas duas razões também são inversas uma em relação
a outra.
Apesar de uma razão ser apresentada na forma de uma fração ou de uma divisão, você pode calcular o seu valor final a
fim de se obter o seu valor na forma decimal. Por exemplo:
A razão de 15 para 5 é 3, pois 15 : 5 = 3 na forma decimal, ou seja, 15 é o triplo de 5.
Neste outro caso, a razão de 3 para 4 é 0,75, pois 3 : 4 = 0,75 na forma decimal.
Razão centesimal
Como visto acima, a razão de 3 para 4 é 0,75, pois 3 : 4 = 0,75 na forma decimal, ou seja, 3 equivale a 75% de 4. 75%
nada mais é que uma razão de antecedente igual 75 e consequente igual a 100. É por isto é chamada de razão
centesimal.
Exemplos
O salário de Paulo é de R$ 2.000,00 e João tem um salário de R$ 1.000,00. Qual a razão de um salário para outro?
Temos: Salário de Paulo : Salário de João.
Então:
A razão acima pode ser lida como a razão de 2000 para 1000, ou 2000 está para 1000. Esta razão é igual a 2, o que
equivale a dizer que o salário de Paulo é o dobro do salário de João, ou seja, através da razão estamos fazendo uma
comparação de grandezas, que neste caso são os salários de Paulo e João.
Portanto a razão de um salário para outro é igual a 2.
Eu tenho uma estatura de 1,80m e meu filho tem apenas 80cm de altura. Qual é a razão de nossas alturas?
Como uma das medidas está em metros e a outra em centímetros, devemos colocá-las na mesma unidade. Sabemos
que 1,80m é equivalente a 180cm. Temos então a razão de 180cm para 80cm:
Proporção
ou
Ou
ou
ou
Ou
ou
Quarta proporcional
Dados três números a, b, e c, chamamos de quarta proporcional o quarto número x que junto a eles formam a
proporção:
Tendo o valor dos números a, b, e c, podemos obter o valor da quarta proporcional, o número x, recorrendo à
propriedade fundamental das proporções. O mesmo procedimento utilizado na resolução de problemas de regra de três
simples.
Terceira proporcional
Em uma proporção onde os meios são iguais, um dos extremos é a terceira proporcional do outro extremo:
Exemplos
Paguei R$15,00 por 1kg de carne. Se eu tivesse pago R$25,00 teria comprado 2kg. A igualdade da razão do preço de
compra pela quantidade, dos dois casos, resulta em uma proporção?
Os termos da nossa suposta proporção são: 15, 1, 25 e 2.
Podemos utilizar a propriedade fundamental das proporções para verificamos se tais termos nesta ordem formam ou
não uma proporção.
Temos então:
Como 30 difere de 25, não temos uma igualdade, consequentemente não temos uma proporção.
Poderíamos também ter analisado as duas razões:
Como as duas razões possuem valores diferentes, obviamente não se trata de uma proporção.
Como uma das razões resulta em 15 e a outra resulta em 12,5, concluímos que não se trata de uma proporção, já que
15 difere de 12,5.
A proporção não ocorreu porque ao comprar 2kg de carne, eu obteria um desconto de R$ 2,50 no preço do quilograma,
o que deixaria as razões desproporcionais.
A soma de dois números é igual a 240. Sabe-se que um deles está para 5, assim como o outro está para 7. Quais são
estes números?
Para a resolução deste exemplo utilizaremos a terceira propriedade das proporções. Chamando um dos números de a e
o outro de b, podemos montar a seguinte proporção:
Sabemos que a soma de a com b resulta em 240, assim como a adição de 5 a 7 resulta em 12. Substituindo estes
valores na proporção teremos:
Portanto:
Concluímos então que os dois números são 100 e 140.
Quatro números, todos diferentes de zero, 10, 8, 25 e x formam nesta ordem uma proporção. Qual o valor de x?
Seguindo o explicado sobre a quarta proporcional temos:
Exercícios 1
Resolução:
8=2
X 7
2x = 8 x 7
2x = 56
X = 56/2
X = 28
Desta forma a razão igual a 2/7, com antecedente igual a 8 é : 8/28 = 2/7
2) Almejando desenhar uma representação de um objeto plano de 5m de comprimento, usando uma escala de
1:20, qual será o comprimento no desenho:
Resolução:
Escala: 1
20
500 x 1 = 500 / 20 =
20
25 cm
Desta forma em uma escala 1:20 em plano de 5m, o comprimento do desenho será 25 cm.
3) Em uma sala de aula, a razão de moças para o número de rapazes é de 5/4. Se o número total de alunos desta
turma é de 45 pessoas, caso exista uma festa quantas moças ficariam sem par ?
Resolução:
45/x = 9/5
45 x 5 = 9x
Tendo por base que cada rapaz fique apenas com uma moça, o número de moças que ficariam sem par será : 25 – 20 =
5 moças
EXERCÍCIOS 2
01. Se (3, x, 14, ...) e (6, 8, y, ...) forem grandezas diretamente proporcionais, então o valor de x + y é:
a) 20
b) 22
c) 24
d) 28
e) 32
02. Calcular x e y sabendo-se que (1, 2, x, ...) e (12, y, 4, ...) são grandezas inversamente proporcionais.
03. Dividir o número 160 em três partes diretamente proporcionais aos números 2, 3 e 5.
04. Repartir uma herança de R$ 495.000,00 entre três pessoas na razão direta do número de filhos e na razão inversa
das idades de cada uma delas. Sabe-se que a 1ª pessoa tem 30 anos e 2 filhos, a 2ª pessoa tem 36 anos e 3 filhos e a
3ª pessoa 48 anos e 6 filhos.
05. Dois números estão na razão de 2 para 3. Acrescentando-se 2 a cada um, as somas estão na razão de 3 para 5.
Então, o produto dos dois números é:
a) 90
b) 96
c) 180
d) 72
e) -124
06. (PUC) Se (2; 3; x; ...) e (8; y; 4; ...) forem duas sucessões de números diretamente proporcionais, então:
a) x = 1 e y = 6
b) x = 2 e y = 12
c) x = 1 e y = 12
d) x = 4 e y = 2
e) x = 8 e y = 12
07. Sabe-se que y é diretamente proporcional a x e que y = 10 quando x = 5. De acordo com estes dados, qual:
08. São dados três números reais, a < b < c. Sabe-se que o maior deles é a soma dos outros dois e o menor é um
quarto do maior. Então a, b e c são, respectivamente, proporcionais a:
a) 1, 2 e 3
b) 1, 2 e 5
c) 1, 3 e 4
d) 1, 3 e 6
e) 1, 5 e 12
a) 35
b) 49
c) 56
d) 42
e) 28
10. Três pessoas montam uma sociedade, na qual cada uma delas aplica, respectivamente, R$ 20.000,00, R$
30.000,00 e R$ 50.000,00. O balanço anual da firma acusou um lucro de R$ 40.000,00. Supondo-se que o lucro seja
dividido em partes diretamente proporcionais ao capital aplicado, cada sócio receberá, respectivamente:
Resolução:
01. E
02. x = 3 e y = 6
04. A 1ª pessoa deve receber R$ 120.000,00, a 2ª pessoa R$ 150.000,00 e a terceira pessoa R$ 225.000,00.
05. B
06. C
07. a) y = 2x
c) y = 4
08. C
09. B
10. Cvg
Relações Métricas do Triângulo retângulo
Num triângulo retângulo, os lados perpendiculares, aqueles que formam um ângulo de 90º, são
denominados catetos e o lado oposto ao ângulo de 90º recebe o nome de hipotenusa. O teorema de
Pitágoras é aplicado ao triângulo retângulo e diz que: hipotenusa ao quadrado é igual à soma dos
quadrados dos catetos,hip² = c² + c².
Observe os triângulos:
Os triângulos AHB e AHC são semelhantes, então podemos estabelecer algumas relações métricas
importantes:
h² = mn b² = ma c² = an bc = ah
Diagonal do quadrado
Dado o quadrado de lado l, a diagonal D do quadrado será a hipotenusa de um triângulo retângulo com
catetos l, com base nessa definição usaremos o teorema de Pitágoras para uma expressão que
calcula a diagonal do quadrado em função da medida do lado.
Altura de um triângulo equilátero
O triângulo PQR é equilátero, vamos calcular sua altura com base na medida l dos lados. Ao
determinarmos a altura (h) do triângulo PQR, podemos observar um triângulo retângulo PHQ catetos: h
e l/2 e hipotenusa h. Aplicando o teorema de Pitágoras temos:
Observe o bloco de arestas a, b e c, iremos calcular a diagonal (d), mas usaremos a diagonal x da
base em nossos cálculos. Veja:
x² = a² + b²
d² = x² + c²
substituindo, temos:
Teorema de Pitágoras
O Teorema de Pitágoras é considerado uma das principais descobertas da Matemática, ele descreve
uma relação existente no triângulo retângulo. Vale lembrar que o triângulo retângulo pode ser
identificado pela existência de um ângulo reto, isto é, medindo 90º. O triângulo retângulo é formado por
dois catetos e a hipotenusa, que constitui o maior segmento do triângulo e é localizada oposta ao
ângulo reto. Observe:
Catetos: a e b
Hipotenusa: c
O Teorema diz que: “a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.”
a² + b² = c²
Exemplo 1
Calcule o valor do segmento desconhecido no triângulo retângulo a seguir.
x² = 9² + 12²
x² = 81 + 144
x² = 225
√x² = √225
x = 15
x² = 1² + 1²
x² = 1 + 1
x² = 2
√x² = √2
x = √2
√2 = 1,414213562373....
Exemplo 2
Calcule o valor do cateto no triângulo retângulo abaixo:
x² + 20² = 25²
x² + 400 = 625
x² = 625 – 400
x² = 225
√x² = √225
x = 15
Exemplo 3
Um ciclista acrobático vai atravessar de um prédio a outro com uma bicicleta especial, percorrendo a
distância sobre um cabo de aço, como demonstra o esquema a seguir:
x² = 10² + 40²
x² = 100 + 1600
x² = 1700
x = 41,23 (aproximadamente)
Sistema métrico decimal
1 - Medidas de comprimento
No sistema métrico decimal, a unidade fundamental para medir comprimentos é o metro, cuja abreviação é
m. Existem os múltiplos e os submúltiplos do metro, veja na tabela:
km hm dam m Dm cm mm
Existem outras unidades de medida mas que não pertencem ao sistema métrico decimal. Vejamos as
relações entre algumas dessas unidades e as do sistema métrico decimal:
1 polegada = 25 milímetros
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 centímetros
Obs: valores aprximados
2- Medidas de superfície
No sistema métrico decimal, a unidade fundamental para medir superfícies é o metro quadrado, cuja
representação é m2 . O metro quadrado é a medida da superfície de um quadrado de um metro de lado.
Como na medida de comprimento, na área também temos os múltiplos e os submúltiplos:
4 - Medidas de volume
No sistema métrico decimal, a unidade fundamental para medir volume é o metro cúbico, cuja abreviatura
é m3 . O metro cúbico (m3) é o volume ocupado por um cubo de 1 m de aresta. Como nas medidas de
comprimento e de área, no volume também temos os múltiplos e os submúltiplos:
As mais utilizadas, além do metro cúbico, são o decímetro cúbico e o centímetro cúbico.
5 - Medidas de capacidade
A unidade fundamental para medir capacidade de um sólido é o litro.
De acordo com o Comitê Internacional de Pesos e Medidas, o litro é, aproximadamente, o volume
equivalente a um decímetro cúbico, ou seja:
1 litro = 1,000027 dm3
Porém, para todas as aplicações práticas, simples, podemos definir:
1 litro = 1 dm3
Veja os exemplos:
1) Na leitura do hidrômetro de uma casa, verificou-se que o consumo do último mês foi de 36 m 3. Quantos
litros de água foram consumidos?
Solução: 36 m3 = 36 000 dm3 = 36 000 litros
2) Uma indústria farmacêutica fabrica 1 400 litros de uma vacina que devem ser colocados em ampolas de
35 cm3 cada uma. Quantas ampolas serão obtidas com essa quantidade de vacina?
Solução: 1 400 litros = 1 400 dm3 = 1 400 000 cm3
(1 400 000 cm3) : (35 cm3) = 40 000 ampolas.
5.1 - Outras unidades para medir a capacidade
São também utilizadas outras unidades para medir capacidade, que são múltiplos e submúltiplos do litro:
hl dal l dl cl ml
1 - Equação linear
Entenderemos por equação linear nas variáveis (incógnitas) x 1, x2, x3, ... , xn , como sendo a equação da
forma
a1.x1 + a2.x2 + a3.x3 + ... + an.xn = b onde a1, a2, a3, ... an e b são números reais ou complexos.
a1, a2, a3, ... an são denominadoscoeficientes e b, termo independente.
Nota: se o valor de b for nulo, diz-se que temos uma equação linear homogênea.
-x1 + 3x2 -7x3 + x4 = 1 (variáveis x1, x2 , x3 e x4, coeficientes -1, 3, -7, e 1 e termo independente 1)
Já estamos acostumados a resolver equações lineares de uma incógnita (variável), que são as equações de
primeiro grau. Por exemplo: 2x + 8 = 36, nos leva à solução única x = 14. Já, se tivermos uma equação com
duas incógnitas (variáveis), por exemplo x + y = 10, a solução não é única, já que poderemos ter um número
infinito de pares ordenados que satisfazem à equação, ou seja: x=1 e y=9 [par ordenado (1,9)], x =4 e y =6
[par ordenado (4,6)], x = 3/2 e y 17/2 [par ordenado (3/2,17/2)], ... , etc.
As soluções, serão x=1, y=4 e z=0, uma vez que 1+4+0 =5; x=3, y=7 e z=-5, uma vez que
3+7- 5=5; x=10, y=-9 e y=4 (uma vez que 10-9+4=5); ... , que são compostas por 3 elementos, o que nos
leva a afirmar que as soluções são os ternos ordenados (1,4,0), (3,7,-5) , (10, -9, 4), ... , ou seja,
existem infinitas soluções (um número infinito de ternos ordenados) que satisfazem à equação dada.
De uma forma geral, as soluções de uma equação linear de duas variáveis, sãopares ordenados;
de três variáveis, são ternos ordenados; de quatro variáveis, sãoquadras ordenadas; ... .
Se a equação linear possuir n variáveis, dizemos que as soluções são n - uplas (lê-se ênuplas) ordenadas.
Assim, se a ênupla ordenada (r1, r2, r3 , ... , rn) é solução da equação linear
a1.x1 + a2.x2 + a3.x3 + ... + an.xn = b, isto significa que a igualdade é satisfeita para
x1 = r1, x2 = r2 , x3 = r3 , ... , xn = rn e poderemos escrever:
a1.r1 + a2.r2 + a3.r3 + ... + an.rn = b.
3 - Exercícios resolvidos:
2 - Escreva a solução genérica para a equação linear 5x - 2y + z = 14, sabendo que o terno ordenado
(a , b , g ) é solução.
Observe que arbitrando-se os valores para a e b , a terceira variável ficará determinada em função desses
valores. Por exemplo, fazendo-se a = 1, b = 3, teremos
g = 14 - 5a + 2b = 14 - 5.1 + 2.3 = 15, ou seja, o terno (1, 3, 15) é solução, e assim, sucessivamente.
Verificamos pois que existem infinitas soluções para a equação linear dada, sendo o terno ordenado
(a , b , 14 - 5a + 2b ) a solução genérica.
2 - Determine o valor de 6p, sabendo-se que a quadra ordenada (2, p, -3, p+3) é solução da equação
3x + 4y - 5z + 2t = 10.
Resp : -17
Sistemas Lineares II
1 - Sistema linear
É um conjunto de m equações linearesde n incógnitas (x1, x2, x3, ... , xn) do tipo:
a11x1 + a12x2 + a13x3 + ... + a1nxn = b1
a21x1 + a22x2 + a23x3 + ... + a2nxn = b2
a31x1 + a32x2 + a33x3 + ... + a3nxn = b3
.................................................................
.................................................................
am1x1 + am2x2 + am3x3 + ... + amnxn = bn
Exemplo:
3x + 2y - 5z = -8
4x - 3y + 2z = 4
7x + 2y - 3z = 2
0x + 0y + z = 3
2x + 3y = 12
S1:
3x - 2y = 5
5x - 2y = 11
S2:
6x + y = 20
são equivalentes, pois ambos admitem o par ordenado (3, 2) como solução. Verifique!
2 - Se um sistema de equações possuir pelo menos uma solução, dizemos que ele é POSSÍVEL ou
COMPATÍVEL.
3 - Se um sistema de equações não possuir solução, dizemos que ele é IMPOSSÍVEL ou INCOMPATÍVEL.
4 - Se o sistema de equações é COMPATÍVEL e possui apenas uma solução, dizemos que ele é
DETERMINADO.
5 - Se o sistema de equações é COMPATÍVEL e possui mais de uma solução, dizemos que ele é
INDETERMINADO.
6 - Se os termos independentes de todas as equações de um sistema linear forem todos nulos, ou seja
b1 = b2 = b3 = ... = bn = 0, dizemos que temos um sistema linear HOMOGÊNEO.
Exemplo:
x + y + 2z = 0
2x - 3y + 5z = 0
5x - 2y + z = 0
2 - Exercícios Resolvidos
x+y=1
S1:
x - 2y = -5
ax - by = 5
S2:
ay - bx = -1
são equivalentes, então o valor de a2 + b2 é igual a:
a) 1
b) 4
c) 5
d) 9
e) 10
Solução:
Como os sistemas são equivalentes, eles possuem a mesma solução. Vamos resolver o sistema S 1:
x+y=1
x - 2y = -5
Subtraindo membro a membro, vem: x - x + y - (-2y) = 1 - (-5). Logo, 3y = 6 \ y = 2.
Portanto, como x+y = 1, vem, substituindo: x + 2 = 1 \ x = -1.
O conjunto solução é portanto S = {(-1, 2)}.
Como os sistemas são equivalentes, a solução acima é também solução do sistema S 2. Logo, substituindo
em S2 os valores de x e y encontrados para o sistema S1, vem:
a(-1) - b(2) = 5 Þ - a - 2b = 5
a(2) - b (-1) = -1 Þ 2 a + b = -1
Multiplicando ambos os membros da primeira equação (em azul) por 2, fica:
-2 a - 4b = 10
Somando membro a membro esta equação obtida com a segunda equação (em vermelho),
fica: -3b = 9 \ b = - 3
Substituindo o valor encontrado para b na equação em vermelho acima (poderia ser também na outra
equação em azul), teremos:
2 a + (-3) = -1 \ a = 1.
Portanto, a2 + b2 = 12 + (-3)2 = 1 + 9 = 10.
Portanto a alternativa correta é a letra E.
Solução:
Teremos, expressando x em função de m, na primeira equação:
x = (10 + my) / 2
Substituindo o valor de x na segunda equação, vem:
3[(10+my) / 2] + 5y = 8
Ora, para que não exista o valor de y e, em conseqüência não exista o valor de x, deveremos ter o
denominador igual a zero, já que , como sabemos, NÃO EXISTE DIVISÃO POR ZERO.
Portanto, 3m + 10 = 0 , de onde conclui-se m = -10/3, para que o sistema seja impossível, ou seja, não
possua solução.
a) 2x + 5y .- ..z = 10
.............3y + 2z = ..9
.....................3z = 15
b) 3x - 4y = 13
.....6x - 8y = 26
c) 2x + 5y = 6
....8x + 20y = 18
Resp:
a) sistema possível e determinado. S = {(25/3, -1/3, 5)}
b) sistema possível e indeterminado. Possui um número infinito de soluções.
c) sistema impossível. Não admite soluções.
Teoria dos Conjuntos
Introdução aos conjuntos
No estudo de Conjuntos, trabalhamos com alguns conceitos primitivos, que devem ser entendidos e aceitos
sem definição. Para um estudo mais aprofundado sobre a Teoria dos Conjuntos, pode-se ler: Naive Set
Theory, P.Halmos ou Axiomatic Set Theory, P.Suppes. O primeiro deles foi traduzido para o português sob o
título (nada ingênuo de): Teoria Ingênua dos Conjuntos.
0 N
Um símbolo matemático muito usado para a negação é a barra / traçada sobre o símbolo normal.
Dados os conjuntos A e B, diz-se que A está contido em B, denotado por A B, se todos os elementos de A
também estão em B. Algumas vezes diremos que um conjunto A está propriamente contido em B, quando o
conjunto B, além de conter os elementos de A, contém também outros elementos. O conjunto A é
denominadosubconjunto de B e o conjunto B é o superconjunto que contém A.
Reunião de conjuntos
A reunião dos conjuntos A e B é o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto A ou ao
conjunto B.
A B = { x: x A ou x B}
Exemplo: Se A={a,e,i,o} e B={3,4} então A B={a,e,i,o,3,4}.
Interseção de conjuntos
A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto A e ao
conjunto B.
A B = { x: x Aex B}
Exemplo: Se A={a,e,i,o,u} e B={1,2,3,4} então A B=Ø.
Quando a interseção de dois conjuntos A e B é o conjunto vazio, dizemos que estes conjuntos são disjuntos.
Diferença de conjuntos
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto A
e nãopertencem ao conjunto B.
A-B = {x: x Aex B}
Do ponto de vista gráfico, a diferença pode ser vista como:
Complemento de um conjunto
O complemento do conjunto B contido no conjunto A, denotado por CAB, é a diferença entre os conjuntos A
e B, ou seja, é o conjunto de todos os elementos que pertencem ao conjunto A e não pertencem ao conjunto
B.
CAB = A-B = {x: x Aex B}
Graficamente, o complemento do conjunto B no conjunto A, é dado por:
Quando não há dúvida sobre o universo U em que estamos trabalhando, simplesmente utilizamos a
letra c posta como expoente no conjunto, para indicar o complemento deste conjunto. Muitas vezes usamos
a palavracomplementar no lugar de complemento.
Exemplos: Øc=U e Uc=Ø.
Diferença simétrica
A diferença simétrica entre os conjuntos A e B é o conjunto de todos os elementos que pertencem à reunião
dos conjuntos A e B e não pertencem à interseção dos conjuntos A e B.
A B = { x: x A Bex A B}
O diagrama de Venn-Euler para a diferença simétrica é:
O papel da trigonometria
A palavra Trigonometria é formada por três radicais gregos: tri (três), gonos (ângulos) e metron (medir). Daí
vem seu significado mais amplo: Medida dos Triângulos, assim através do estudo da Trigonometria
podemos calcular as medidas dos elementos do triângulo (lados e ângulos).
Com o uso de triângulos semelhantes podemos calcular distâncias inacessíveis, como a altura de uma torre,
a altura de uma pirâmide, distância entre duas ilhas, o raio da terra, largura de um rio, entre outras.
A Trigonometria é um instrumento potente de cálculo, que além de seu uso na Matemática, também é usado
no estudo de fenômenos físicos, Eletricidade, Mecânica, Música, Topografia, Engenharia entre outros.
Arcos da circunferência
Se um ponto móvel em uma circunferência partir de A e parar em M, ele descreve um arco AM. O ponto A é
a origem do arco e M é a extremidade do arco.
Quando escolhemos um dos sentidos de percurso, o arco é denominado arco orientado e simplesmente
pode ser denotado por AB se o sentido de percurso for de A para B e BA quando o sentido de percurso for
de B para A.
Quando não consideramos a orientação dos arcos formados por dois pontos A e B sobre uma
circunferência, temos dois arcos não orientados sendo A e B as suas extremidades.
Medida de um arco
A medida de um arco de circunferência é feita por comparação com um outro arco da mesma circunferência
tomado como a unidade de arco. Se u for um arco de comprimento unitário (igual a 1), a medida do arco AB,
é o número de vezes que o arco u cabe no arco AB.
Na figura em anexo, a medida do arco AB é 5 vezes a medida do arco u. Denotando a medida do arco AB
por m(AB) e a medida do arco u por m(u), temos m(AB)=5 m(u).
A medida de um arco de circunferência é a mesma em qualquer um dos sentidos. A medida algébrica de um
arco AB desta circunferência, é o comprimento deste arco, associado a um sinal positivo se o sentido de A
para B for anti-horário, e negativo se o sentido for horário.
O número pi
Para toda circunferência, a razão entre o perímetro e o diâmetro é constante. Esta constante é denotada
pela letra grega , que é um número irracional, isto é, não pode ser expresso como a divisão de dois
números inteiros. Uma aproximação para o número é dada por:
= 3,1415926535897932384626433832795...
Grau: Medida de um arco que corresponde a 1/360 do arco completo da circunferência na qual estamos
medindo o arco.
Grado: É a medida de um arco igual a 1/400 do arco completo da circunferência na qual estamos medindo
o arco.
Exemplo: Para determinar a medida em radianos de um arco de comprimento igual a 12 cm, em uma
circunferência de raio medindo 8 cm, fazemos,
comprimento do arco(AB) 12
m(AB)= =
comprimento do raio 8
Portanto m(AB)=1,5 radianos
Desenho
Mudança de unidades
Consideremos um arco AB de medida R em radianos, esta medida corresponde a G graus. A relação entre
estas medidas é obtida pela seguinte proporção,
2 rad …………… 360 graus
R rad …………… G graus
Assim, temos a igualdade R/2 =G/360, ou ainda,
R G
=
180
Exemplos
1. Para determinar a medida em radianos de um arco de medida 60 graus, fazemos
R 60
=
180
Assim R= /3 ou 60 graus= /3 rad
2. Para determinar a medida em graus de um arco de medida 1 radiano, fazemos:
1 G
=
180
Asim 1 rad=180/ graus.
Trigonometria e aplicações
Introduzimos aqui alguns conceitos relacionados com a Trigonometria no triângulo retângulo, assunto
comum na oitava série do Ensino Fundamental. Também dispomos de uma página mais aprofundada sobre
o assunto tratado no âmbito do Ensino Médio.
A trigonometria possui uma infinidade de aplicações práticas. Desde a antiguidade já se usava da
trigonometria para obter distâncias impossíveis de serem calculadas por métodos comuns.
Algumas aplicações da trigonometria são:
Determinação da altura de um certo prédio.
Os gregos determinaram a medida do raio de terra, por um processo muito simples.
Seria impossível se medir a distância da Terra à Lua, porém com a trigonometria se torna simples.
Um engenheiro precisa saber a largura de um rio para construir uma ponte, o trabalho dele é mais
fácil quando ele usa dos recursos trigonométricos.
Um cartógrafo (desenhista de mapas) precisa saber a altura de uma montanha, o comprimento de
um rio, etc. Sem a trigonometria ele demoraria anos para desenhar um mapa.
Tudo isto é possível calcular com o uso da trigonometria do triângulo retângulo.
Triângulo Retângulo
É um triângulo que possui um ângulo reto, isto é, um dos seus ângulos mede noventa graus, daí o nome
triângulo retângulo. Como a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180°, então
os outros dois ângulos medirão 90°.
Observação: Se a soma de dois ângulos mede 90°, estes ângulos são denominados complementares,
portanto podemos dizer que o triângulo retângulo possui dois ângulos complementares.
Projeções de segmentos
Introduziremos algumas idéias básicas sobre projeção. Já mostramos, no início deste trabalho, que a luz do
Sol ao incidir sobre um prédio, determina uma sombra que é a projeção oblíqua do prédio sobre o solo.
Tomando alguns segmentos de reta e uma reta não coincidentes é possível obter as projeções destes
segmentos sobre a reta.
Nas quatro situações apresentadas, as projeções dos segmentos AB são indicadas por A'B', sendo que no
último caso A'=B' é um ponto.
Existem também outras relações do triângulo inicial ABC. Como a=m+n, somando c² com b², obtemos:
c² + b² = a.m + a.n = a.(m+n) = a.a = a²
que resulta no Teorema de Pitágoras:
a² = b² + c²
A demonstração acima, é uma das várias demonstrações do Teorema de Pitágoras.
Tomando um triângulo retângulo ABC, com hipotenusa H medindo 1 unidade, então o seno do ângulo sob
análise é o seu cateto oposto CO e o cosseno do mesmo é o seu cateto adjacente CA. Portanto a tangente
do ângulo analisado será a razão entre seno e cosseno desse ângulo.
CO CO CA CA CO sen(x)
sen(x)= = cos(x)= = tan(x)= =
H 1 H 1 CA cos(x)
Relação fundamental: Para todo ângulo x (medido em radianos), vale a importante relação:
cos²(x) + sen²(x) = 1
Círculo Trigonométrico
Considere uma circunferência de raio unitário com centro na origem de um sistema cartesiano ortogonal e o
ponto A=(1,0). O ponto A será tomado como a origem dos arcos orientados nesta circunferência e o sentido
positivo considerado será o anti-horário. A região contendo esta circunferência e todos os seus pontos
interiores, é denominada círculo trigonométrico
.
Nos livros de língua inglesa, a palavra círculo se refere à curva envolvente da região circular enquanto
circunferência de círculo é a medida desta curva. No Brasil, a circunferência é a curva que envolve a região
circular.
Os eixos OX e OY decompõem o círculo trigonométrico em quatro quadrantes que são enumerados como
segue:
Acontece que o ponto móvel poderá percorrer a circunferência uma ou mais vezes em um determinado
sentido, antes de parar no ponto M, determinando arcos maiores do que 360º ou arcos com mais de uma
volta. Existe uma infinidade de arcos mas com medidas diferentes, cuja origem é o ponto A e cuja
extremidade é o ponto M.
Seja o arco AM cuja primeira determinação tenha medida igual a m. Um ponto móvel que parte de A e pare
em M, pode ter várias medidas algébricas, dependendo do percurso.
Se o sentido for o anti-horário, o ponto M da circunferência trigonométrica será extremidade de uma
infinidade de arcos positivos de medidas
m, m+2 , m+4 , m+6 , ...
Se o sentido for o horário, o ponto M será extremidade de uma infinidade de arcos negativos de medidas
algébricas
m-2 , m-4 , m-6 , ...
e temos assim uma coleção infinita de arcos com extremidade no ponto M.
Generalizando este conceito, se m é a medida da primeira determinação positiva do arco AM, podemos
representar as medidas destes arcos por:
µ(AM) = m + 2k
onde k é um número inteiro, isto é, k pertence ao conjunto Z={...,-2,-3,-1,0,1,2,3,...}.
Família de arcos: Uma família de arcos {AM} é o conjunto de todos os arcos com ponto inicial em A e
extremidade em M.
Exemplo: Se um arco de circunferência tem origem em A e extremidade em M, com a primeira
determinação positiva medindo 2 /3, então os arcos desta família {AM}, medem:
Determinações positivas (sentido anti-horário)
k=0 µ(AM)=2 /3
k=1 µ(AM)=2 /3+2 =8 /3
k=2 µ(AM)=2 /3+4 =14 /3
k=3 µ(AM)=2 /3+6 =20 /3
... ...
k=n µ(AM)=2 /3+2n =(2+6n) /3
Ângulos: As noções de orientação e medida algébrica de arcos podem ser estendidas para ângulos, uma
vez que a cada arco AM da circunferência trigonométrica corresponde a um ângulo central determinado
pelas semi-retas OA e OM.
Como no caso dos arcos, podemos considerar dois ângulos orientados um positivo (sentido anti-horário)
com medida algébrica a correspondente ao arco AM e outro negativo (sentido horário) com medida b=a-2
correspondente ao arco AM.
Existem também ângulos com mais de uma volta e as mesmas noções apresentadas para arcos se aplicam
para ângulos.
Os arcos da família {AM}, aqueles que têm origem em A e extremidades em M, têm medidas iguais a 2k
+m, onde k é um número inteiro e os arcos da família {AM'} têm medidas iguais a 2k -m, onde k é um
número inteiro.
Os arcos da família {AM'}, isto é, aqueles com origem em A e extremidade em M', medem 2k + -
m=(2k+1) -m onde k é um número inteiro.
Seno e cosseno
Dada uma circunferência trigonométrica contendo o ponto A=(1,0) e um número real x, existe sempre um
arco orientado AM sobre esta circunferência, cuja medida algébrica corresponde a x radianos.
Seno: No plano cartesiano, consideremos uma circunferência trigonométrica, de centro em (0,0) e raio
unitário. Seja M=(x',y') um ponto desta circunferência, localizado no primeiro quadrante, este ponto
determina um arco AM que corresponde ao ângulo central a. A projeção ortogonal do ponto M sobre o eixo
OX determina um ponto C=(x',0) e a projeção ortogonal do ponto M sobre o eixo OY determina outro ponto
B=(0,y').
A medida do segmento OB coincide com a ordenada y' do ponto M e é definida como o seno do arco AM
que corresponde ao ângulo a, denotado por sen(AM) ou sen(a).
Para simplificar os enunciados e definições seguintes, escreveremos sen(x) para denotar o seno do arco de
medida x radianos.
Cosseno: O cosseno do arco AM correspondente ao ângulo a, denotado por cos(AM) ou cos(a), é a medida
do segmento 0C, que coincide com a abscissa x' do ponto M.
Como antes, existem várias determinações para este ângulo, razão pela qual, escrevemos
cos(AM) = cos(a) = cos(a+2k ) = x'
Tangente
Seja a reta t tangente à circunferência trigonométrica no ponto A=(1,0). Tal reta é perpendicular ao eixo OX.
A reta que passa pelo ponto M e pelo centro da circunferência intersecta a reta tangente t no ponto T=(1,t').
A ordenada deste ponto T, é definida como a tangente do arco AM correspondente ao ângulo a.
Outro caso particular importante é quando o ponto M está sobre o eixo vertical OY e neste caso:
Quando o ângulo mede 3 /2, a tangente não está definida pois a reta OP não intercepta a reta t, estas são
paralelas. Quando a=3 /2, temos:
cos(3 /2)=0, sin(3 /2)=-1
Como AT=|tan(a)|, MN=|sen(a)|, OA=1 e ON=|cos(a)|, para todo ângulo a, 0<a<2 com a /2 e
a 3 /2 temos
sen(a)
tan(a) =
cos(a)
Cotangente
Seja a reta s tangente à circunferência trigonométrica no ponto B=(0,1). Esta reta é perpendicular ao eixo
OY. A reta que passa pelo ponto M e pelo centro da circunferência intersecta a reta tangente s no ponto
S=(s',1). A abscissa s' deste ponto, é definida como a cotangente do arco AM correspondente ao ângulo a.
Se o ponto M está no segundo quadrante, de modo que o ângulo pertence ao intervalo /2<a< , então a
cotangente de a é negativa. Quando a= /2, tem-se que cot( /2)=0.
Ângulos no terceiro quadrante
Se o ponto M está no terceiro quadrante, o ângulo está no intervalo <a<3 /2 e nesse caso, a
cotangente é positiva. Quando a= , a cotangente não existe, as retas que passam por OM e BS são
paralelas.
Secante e cossecante
Seja a reta r tangente à circunferência trigonométrica no ponto M=(x',y'). Esta reta é perpendicular à reta
que contém o segmento OM. A interseção da reta r com o eixo OX determina o ponto V=(v,0). A abscissa do
ponto V, é definida como a secante do arco AM correspondente ao ângulo a.
cos²(a) 1
1+cot²(a)=1+ = =csc²(a)
sen²(a) sen²(a)
/4 45º ½ ½ 1 1
/3 60º ½ ½ 2 2
3 /4 135º ½ -½ -1 -1 -
5 /6 150º ½ -½ - - -2 2
180º 0 -1 0 não existe -1 não existe
7 /6 210º -½ -½ -2 -2
5 /4 225º -½ -½ 1 1 - -
4 /3 240º -½ -½ -2 -2
7 /4 315º -½ ½ -1 -1 -
11 /6 330º -½ ½ - - 2 -2
2 360º 0 1 0 não existe 1 não existe
Resolução de triângulos
Os elementos fundamentais de um triângulo são os seus lados, os seus ângulos e a sua área, resolver um
triângulo, segnifica conhecer as medidas destes elementos. Conhecendo-se três entre estes elementos
podemos usar as relações métricas ou as relações trigonométricas dependendo do caso, para calcular os
outros elementos. Estas relações estão expostas na sequência.
Demonstração: Para simplificar as notações iremos denotar o ângulo correspondente a cada vértice pelo
nome do vértice, por exemplo para o triângulo de vértices ABC os ângulos serão A, B e C respectivamente,
assim quando escrevermos sen(A) estaremos nos referindo ao seno do ângulo correspondente ao vértice A.
Seja ABC um triângulo qualquer, inscrito numa circunferência de raio R. Tomando como base do triângulo o
lado BC, construimos um novo triângulo BCA', de tal modo que o segmento BA' seja um diâmetro da
circunferência. Este novo triângulo é retângulo em C.
Temos três casos a considerar, dependendo se o triângulo ABC é acutângulo, obtusângulo ou retângulo.
1. Triângulo acutângulo: Os ângulos correspondentes aos vértices A e A' são congruentes, pois são
ângulos inscritos à circunferência que correspondem a um mesmo arco BC. Então:
a
sen(A')=sen(A)=
2R
isto é,
a
=2R
sen(A)
Repetindo o mesmo processo para as bases AC e AB, encontraremos os outros quocientes
b c
= =2R
sen(B) sen(C)
2. Triângulo obtusângulo: Se A e A' são os ângulos que correspondem aos vértices A e A', a relação
entre eles é dada por A'= -A, pois são ângulos inscritos à circunferência correspondentes a arcos
replementares BAC e BA'C. Então
a
sen( -A)= = sen( -A)
2R
isto é,
a
=2R
sen(A)
Repetindo o mesmo processo para as bases AC e AB, encontraremos os outros quocientes
b c
= =2R
sen(B) sen(C)
b c
sen(B)= , sen(C)= e sen(A)=sen( /2)=1
a a
Como, neste caso a=2R, temos,
a b c
= =
sen(A) sen(B) sen(C)
Demonstração: Temos três casos a considerar, dependendo se o triângulo ABC é acutângulo, obtusângulo
ou retângulo.
1. Triângulo retângulo: Se o triângulo ABC é retângulo, com ângulo reto no vértice A. A relação
a² = b² + c² - 2bc cos(A)
recai no teorema de Pitágoras.
a² = b² + c²
uma vez que cos(A)=cos( /2)=0.
2. Triângulo acutângulo: Seja o triângulo ABC um triângulo acutângulo com ângulo agudo
correspondente ao vértice A, como mostra a figura.
Seja o segmento de reta HC perpendicular ao lado AB (altura do triângulo relativa ao lado AB),
passando pelo vértice C. Aplicando o Torema de Pitágoras no triângulo CHB, temos:
a² = h²+(c-x)² = h²+(c²-2cx+x²) =
=(h²+x²)+c²-2cx (Eq.1)
No triângulo AHC, temos que b²=h²+x² e também cos(A)=x/b, ou seja, x = b cos(A)
Substituindo estes resultados na equação (Eq. 1), obtemos:
a²=b² + c² - 2bc cosA
3. Triângulo obtusângulo: Seja o triângulo obtusângulo ABC com o ângulo obtuso correspondente ao
vértice A, como mostra a figura.
Seja o segmento de reta HC perpendicular ao lado AB (altura do triângulo relativa ao lado AB),
passando pelo vértice C. Aplicando o Torema de Pitágoras no triângulo CHB, temos que:
a² = h²+(c+x)² = h²+(c²+2cx+x²) =
=(h²+x²)+c²+2cx (Eq.2)
No triângulo AHC, temos que b²=h²+x² e também:
cos(D)=x/b=cos( -A)=-cos(A), então, x = -b cos(A)
Substituindo estes resultados na equação (Eq.2), obtemos:
a² = b² + c² - 2bc cos(A)