Petição Inicial - Usucapião

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AO JUÍZO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE BARBACENA – MG.

Objeto: USUCAPIÃO ORDINÁRIA

ALESSANDRO DA SILVA CAMILO, brasileiro, Militar da Aeronáutica, portador


da CI RG nº 495654, expedida pelo Comando da Aeronáutica – COMAER, inscrito no CPF
sob o nº 011.829.726-08, e sua esposa SIMONE APARECIDA BRAGA, brasileira, portadora
da CI- MG 10560288, expedida pela SSP/MG, inscrita no CPF sob o nº 040.130.956-88, resi-
dentes e domiciliados na Rua Luís Pereira de Souza, nº 56, Bairro Santo Antônio, Barbace-
na-MG, CEP 36.204-422, vêm, respeitosamente, perante V.Exa., por intermédio dos advo-
gados que esta subscrevem, consoante instrumento de mandato em anexo, propor, pelo
procedimento comum, em face de VICENTE RODRIGUES DE MEDEIROS, brasileiro, porta-
dor da CI RG nº MG-12.043.387, expedida pela SSP/MG, inscrito no CPF sob o nº
106.756.126-91 e sua esposa MARIA DAS GRAÇAS MEDEIROS, brasileira, do lar, residentes
e domiciliados na Rua Dr. Cruz Machado, nº 337, bairro Caminho Novo, Barbacena-MG, CEP
36.204-220, e ESPÓLIO DE VICENTE ANTÔNIO BARBOSA, inscrito no CPF sob o nº
072.886.626-91 e com endereço na Rua 4 Sul, lote 11, 804, Águas Claras, 10 DF, DF – CEP:
71937000; a competente AÇÃO DE USUCAPIÃO ORDINÁRIA, o que faz com fundamento
nos artigos 318 e seguintes do Código de Processo Civil, art. 1.242 e pelas razões de fato e
de direito a seguir aduzidas:

1. DO OBJETO DA PRESENTE AÇÃO DE USUCAPIÃO ORDINÁRIA

Os Autores, com a presente ação de usucapião ordinária na forma originária,


objetivam a concessão de ordem judicial para adquirir o direito de propriedade sobre bem
imóvel, em função de haverem utilizado tal bem por lapso temporal superior a 10 (dez)
anos, de forma contínua, mansa e incontestadamente com animus domini, justo título e
boa-fé.

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1.1. DOS FATOS

Os Autores são possuidores de um lote de terreno de nº 131, da quadra 323,


com área de 361,00m² (trezentos e sessenta e um metros quadrados), no Loteamento San-
to Antônio, localizado na Rua Luiz Pereira de Souza, Bairro Santo Antônio, Barbacena-MG,
discriminado no AV-2 da matrícula nº 1.757, do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Barba-
cena-MG, com as seguintes medidas e confrontações: 12,85m (doze metros e oitenta e
cinco centímetros) de frente para a Rua Luís Pereira de Souza; 13,35m (treze metros e trin-
ta e cinco centímetros) de fundos, confrontando com Sirley José Domingos; 24,70m (vinte e
quatro metros e setenta centímetros) do lado direito, confrontando com Francisco Neves
do Nascimento; e 26,50 (vinte e seis metros e cinquenta centímetros) do lado esquerdo,
confrontando com Donizete de Oliveira; conforme certidão da matrícula do imóvel e planta
topográfica do imóvel em anexo.

Em resumo, o imóvel foi adquirido pelos Autores na data de 13 de maio de


2005, através de Contrato Particular de Compromisso de Compra e Venda (doc. anexo), já
quitado, realizado com os antigos posseiros, Sr. VICENTE RODRIGUES DE MEDEIROS e sua
esposa MARIA DAS GRAÇAS MEDEIROS, tendo sido acordado que a escritura seria outorga-
da posteriormente.

Anterior a este fato supramencionado, o Sr. VICENTE RODRIGUES DE MEDEI-


ROS adquiriu o referido imóvel do Sr. VICENTE ANTÔNIO BARBOSA, na data de 22 de se-
tembro de 1993, também através de um negócio jurídico, o Contrato Particular de Com-
promisso de Compra e Venda em anexo.

Ocorre que as partes ficaram inertes e não lavraram a escritura, sendo que,
atualmente, os Autores não detêm qualquer informação acerca dos vendedores.

Por todo o exposto, é de suma importância frisar que o imóvel usucapiendo


encontra-se na posse ininterrupta dos Autores desde a data de compra do imóvel em 13 de
maio de 2005, conforme pode ser comprovado através do pagamento do ITBI, contas de
consumo de água e energia elétrica, bem como os pagamentos de IPTUs durante o período.

Ademais, durante todo o período de posse, os Autores nunca sofreram qual-


quer tipo de contestação ou impugnação por parte de quem quer que seja, sendo a posse,
portanto, mansa e pacífica.

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Sublinhe-se que a posse do imóvel continua, portanto, dos Autores e, tendo
sido ultrapassada a barreira dos 10 (dez) anos da usucapião ordinária, encontram-se pre-
enchidos os requisitos legais para o exercício da actio usucapionem.

2. FUNDAMENTOS JURÍDICOS

O artigo 1.242 do Código Civil defere ao possuidor com animus domini a pos-
sibilidade de requerer judicialmente a declaração do domínio que servirá de título a ser
registrado na circunscrição imobiliária competente.

Neste sentido, corrobora com o entendimento dos Autores, o Ilmo. Des. Sal-
danha da Fonseca, integrante da 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais,
no acórdão promulgado através da Apelação Cível 1.0024.09.659244-9/002, como se ob-
serva:

“Usucapião. Contrato particular de promessa de compra e venda. Imóvel.


Carência da ação. Interesse processual. - A posse fundada em contrato
particular de promessa de compra e venda legitima a propositura de
ação de usucapião; assim sendo, o promitente comprador que dela faz uso
não pode ser declarado carecedor da ação por falta de interesse processu-
al. Recurso provido”. (Destacamos)

Desta maneira, com fulcro no art. 1.2411 do CC, bem como demais funda-
mentação jurídica desta exordial, os Autores demonstrarão, com a subsunção das disposi-
ções legais, jurisprudências e doutrinas aplicadas ao caso concreto, a imperatividade do
reconhecimento do direito de propriedade sobre o bem imóvel em função do lapso tempo-
ral, posse ininterrupta, mansa e pacífica com animus domini, justo título e boa-fé.

2.1. DO LAPSO TEMPORAL

O objeto do Contrato Particular de Compromisso de Compra e Venda em


anexo foi um imóvel prometido à venda para o Autor, datado de 13 de maio de 2005, assi-
nado pelo mesmo e pelos antigos possuidores, Sr. VICENTE RODRIGUES DE MEDEIROS e sua
esposa MARIA DAS GRAÇAS MEDEIROS.

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Art. 1.241 - Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade
imóvel.

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O imóvel continua em posse dos Autores, contabilizando, portanto, lapso
temporal que compreende o período de aquisição do imóvel - 13 de maio de 2005 -, até a
presente data.

Sendo assim, ressalta-se que o artigo 1.242 do Código Civil vigente elenca os
requisitos legais para o possuidor obter direito à propriedade do bem imóvel, como pode-
mos verificar:

“Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contí-


nua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez
anos”. (Destacamos)

No caso em tela, os Autores adquiriram o imóvel na data de 13 de maio de


2005 e ainda o possuem, representando após o exposto, um tempo total de posse de mais
de QUATORZE ANOS.

Assim, não restam dúvidas quanto ao fato desta ação ser julgada PROCE-
DENTE, uma vez que o prazo mínimo de posse para adquirir a propriedade, de acordo com
o artigo supramencionado, se perfaz em 10 (dez) anos.

2.2. DA POSSE ININTERRUPTA, MANSA E PACÍFICA COM ANIMUS DOMINI

Durante o período que compreende a data da assinatura do contrato de


compromisso de compra e venda e a presente data (mais de quatorze anos), os Autores
exerceram posse mansa e pacífica, além de ininterrupta sob o referido imóvel, zelando e
cuidando do mesmo, com “animus” de proprietários, requisitos legais para a presente ação.

Os Autores nunca sofreram qualquer tipo de contestação ou impugnação por


parte de quem quer que seja, sendo a posse, portanto, mansa, pacífica, e ininterrupta
durante o período compreendido entre 13 de maio de 2005 até a presente data, fato este
que poderá ser comprovado oportunamente pelos depoimentos de seus respectivos vizi-
nhos.

Outrossim, é de suma importância esclarecer que os Autores, desde a posse


do imóvel, agiram como verdadeiros proprietários. Este fato se comprova, pois, à época

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adquiriram apenas um lote vago com 361,00m², consoante objeto do Contrato Particular
de Compromisso de Compra e Venda assinado na data 13 de maio de 2005.

Contudo, ao adquirir o terreno, é possível observar que os mesmos possuíam


intuito residencial, construindo, assim, o lugar em que residem e domiciliam até os dias
atuais, conforme as fotos anexas, restando comprovado que os Autores detêm verdadeiro
“animus domini”.

Por conseguinte, os Autores possuem quitado e em nome deles as referidas


contas de consumo de água e energia elétrica, bem como as contas de IPTUs durante o
período de posse.

Sendo assim, corroborando com o entendimento dos Autores, o Superior


Tribunal de Justiça, esclarece que sujeito passivo do IPTU é o possuidor de animus domini,
segundo o acórdão assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. ÁREA DE DO-


MÍNIO DA UNIÃO. COMPANHIA DAS DOCAS DA BAHIA. OPERADOR POR-
TUÁRIA. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. POSSE SEM ANIMUS
DOMINI NÃO CONFIGURA CASO DE TRIBUTAÇÃO DE IPTU. INSUBSISTÊNCIA
DE EVENDUAL LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO POR FALTA DE ELEMENTOS NE-
CESSÁRIOS À CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA EVI-
DENTE. ARTIGO 150, VI, A, DA CF/88. PRECEDENTES STJ. REsp 1096229/SP.
REsp 1.190.177/BA. REsp 811.538/RS. APELO NÃO PROVIDO, DECISUM
MANTIDO.
1. O Superior Tribunal de Justiça já decidiu, em julgado do
Ministro José Delgado, ser o possuidor com animus domini sujeito passivo
do IPTU”. (Destacamos)

Por todo o exposto, não há outra solução para o feito senão a PROCEDÊNCIA
dos pedidos iniciais, haja vista que foi evidenciada a presença dos requisitos legais - posse
ininterrupta, mansa e pacífica com animus domini - exigidos para a aquisição da extensão
física pretendida pelo Autor.

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2.3. DO JUSTO TÍTULO E BOA-FÉ

Os Autores possuem um justo título para efeito de Usucapião Ordinária de-


corrente da assinatura e quitação do Contrato Particular de Compromisso de Compra e
Venda em anexo. Para mais, por serem possuidores de justo título, são possuidores, tam-
bém, de boa-fé, cumprindo as exigências para a procedência desta ação.

Tecendo comentários ao que tange o referido Contrato Particular de Com-


promisso de Compra e Venda assinado pelo Autor, tem-se o entendimento de que o con-
trato de compra e venda, já pago, constitui um justo título para efeito de usucapião ordiná-
ria, tema este já pacificado no Egrégio Supremo Tribunal de Justiça, conforme os acórdãos a
seguir:

"Reivindicatória. Usucapião como defesa. Acolhimento. Posse decorrente


de compromisso de venda e compra. Justo título. Bem de família. - A juris-
prudência do STJ reconhece como justo título, hábil a demonstrar a pos-
se, o instrumento particular de compromisso de venda e compra. - O bem
de família, sobrevindo mudança ou abandono, é suscetível de usucapião. -
Alegada má-fé dos possuidores, dependente do reexame de matéria fático-
probatória. Incidência da Súmula n° 7-STJ. Recurso especial não conheci-
do”. (REsp 174.108/SP, Relator: Ministro Barros Monteiro, Quarta Turma,
j. em 15.09.2005, DJ de 24.10.2005, p. 327). (Destacamos)

"Civil e processual. Ação reivindicatória. Alegação de usucapião. Instru-


mento particular de compromisso de compra e venda. Justo título. Súmula
n° 84-STJ. Posse. Soma. Período necessário à prescrição aquisitiva atingido.
I. Ainda que não passível de registro, a jurisprudência do STJ reconhece
como justo título hábil a demonstrar a posse o instrumento particular de
compromisso de compra e venda. Aplicação da orientação preconizada na
Súmula n° 84. II. Se somadas as posses da vendedora com a dos adquiren-
tes e atuais possuidores é atingido lapso superior ao necessário à prescri-
ção aquisitiva do imóvel, improcede a ação reivindicatória do proprietário
ajuizada tardiamente. III. Recurso especial conhecido e provido”. (REsp
171.204/GO, Relator: Ministro Aldir Passarinho Junior, Quarta Turma, j.
em 26.06.2003, DJ de 1º.03.2004, p. 186). (Destacamos)

O doutrinador Nelson Luiz Pinto, no mesmo sentido, admite a possibilidade


de justo título em relação ao compromisso de compra e venda, ponderando que “não se

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pode deixar de reconhecer ao compromissário-comprador, que quita o preço, o animus do-
mini, a intenção de possuir a coisa como sua, como proprietário”.2

Ainda, no que tange à defesa da admissão de promessa de compra e venda


como justo título, corroborando com o entendimento do Autor, Nelson Luiz Pinto esclarece
que “é qualquer outro documento que retrate uma justa causa possessions, posse com
animus domini, e que possibilitaria ao possuidor futura transcrição desse documento ou
substituição por outro definitivo, como é o caso, por exemplo”.3

Portanto, de acordo com os fatos em apreço, a promessa irrevogável e irre-


tratável quitada infundiu a crença nos seus titulares, in casu, os Autores desta ação, quanto
ao fato de que viriam, inexoravelmente, a serem donos do imóvel, conforme corrobora o
entendimento do ilustre literato Luiz Antônio Scavone Júnior.4

Sob outro prisma, os Autores, em momento algum, obtiveram ciência de que


os vendedores não eram os verdadeiros donos do referido imóvel, pois, ao tomar conheci-
mento do contrato particular de compra e venda (doc. anexo) que o antigo possuidor, Sr.
VICENTE RODRIGUES DE MEDEIROS, detinha ao realizar a compra do imóvel em 23 de se-
tembro de 1993, acreditaram que o bem, portanto, realmente pertencia àquele.

Nesta linha de pensamento, os Autores, ao realizarem o Contrato Particular


de Compromisso de Compra e Venda na data de 13 de maio de 2005 com o referido Sr.
VICENTE RODRIGUES DE MEDEIROS e sua esposa, acreditaram ser, assim, os novos donos
do imóvel.

Ademais, ressalta-se que os Autores efetuaram o pagamento do ITBI, tributo


municipal que é obrigatório quando acontece qualquer aquisição imobiliária, de modo que
deve ser pago para assegurar a transferência do imóvel ao novo comprador, acreditando,
portanto, serem donos do imóvel que adquiriram.

Sendo assim, tratando-se da boa-fé existente dos Autores, tem-se a seguinte


passagem feita pelo nobríssimo autor Fábio Ulhoa Coelho: “Se alguém, sem o saber, celebra

2
Nelson Luiz Pinto, “Usucapião – alguns aspectos de direito material”, RT 681/59.
3
Nelson Luiz Pinto, ob. cit., p. 60.
4
Luiz Antonio Scavone Junior, in Direito Imobiliário, 10ª Edição, Editora Forense, 2016, pág. 1.109.

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contrato de compra e venda com determinada pessoa que não seja seu verdadeiro titular,
dela recebendo a posse, considera-se esta como de boa-fé”.5

Nessa perspectiva, salienta-se, inclusive, para o conteúdo do artigo 1.201 do


Código Civil6, em que, portando o possuidor um título justo, será havido como possuidor de
boa-fé.

Resta claro, portanto, que os Autores possuem justo título e boa-fé e, devi-
do ao fato dos mesmos não serem os proprietários conforme exige a lei, se impõe o DEFE-
RIMENTO da ação para declaração do domínio que servirá de título a ser registrado na cir-
cunscrição imobiliária competente.

3. DOS PEDIDOS

Pelo exposto, com suporte nos artigos 1.241 e 1.242 do Código Civil de 2002,
pedem e requer-se a Vossa Excelência:

I) dispensando a audiência de conciliação, a procedência da presente ação


com a consequente declaração do domínio dos Autores e expedição de mandado para re-
gistro, dirigido ao oficial do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Barbacena/MG, contendo:

a) o nome de Vossa Excelência com especificação do cargo;


b) a natureza e o número do processo;
c) o nome e a qualificação dos Autores;
d) a descrição completa do bem imóvel, de acordo com a cópia da matrícula
anexa e o memorial descritivo do imóvel;
e) a cópia autenticada da sentença e certidão do trânsito em julgado e de-
mais peças processuais.

II) determinação de citação dos Réus nomeados e qualificados no preâmbu-


lo, os primeiros por terem vendido o imóvel aos Autores e os segundos em nome dos quais
se encontra registrado o imóvel usucapiendo, bem como dos confinantes abaixo qualifica-

5
Fábio Ulhoa Coelho, in Curso de Direito Civil, Volume 4, Editora Saraiva, 2006, pág. 22.
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Art 1.201 - É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.

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dos, na forma do art. 246, II, com os benefícios do artigo 212, §2º, ambos do Código de
Processo Civil, para, querendo, oferecerem resposta:

a) Francisco Neves do Nascimento, inscrito no CPF sob o nº 686.085.196-15,


residente na Rua Luís Pereira de Souza, nº 54-F, bairro Santo Antônio, Barba-
cena – MG, CEP: 36.204-422;
b) Donizete de Oliveira, inscrito no CPF sob o nº 614.515.686-49, residente
na Rua Luís Pereira de Souza, nº 48, bairro Santo Antônio, Barbacena - MG;
CEP: 36.204-422;
c) Sirley José Domingos, inscrito no CPF sob o nº 731.236.256-72, residente
na Rua Luciano Pupo Nogueira, nº 97, Santo Antônio, Barbacena – MG, CEP:
36.204-494;

III) a citação, por edital, de eventuais interessados (CPC, art. 259, I) e a inti-
mação, nos moldes do art. 269, §3º, do Código de Processo Civil, dos representantes da
Fazenda Pública da União, do Estado e do Município de Barbacena para, querendo manifes-
tar interesse na causa.

Protestam provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, es-


pecialmente pela produção de prova documental, juntada de novos documentos, inspe-
ção judicial, pericial, depoimento pessoal dos Réus sob pena de confissão, oitiva de tes-
temunhas, vistorias e demais meios probantes que se fizerem necessários.

Atribui-se à causa o valor de R$65.000,00 (sessenta e cinco mil reais).

Termos pelos quais, pede deferimento.

Barbacena/MG, MG, 09 de dezembro de 2019.

FELIPE DISCACCIATI BRASIL


Advogado – OAB/MG 135.707

DANIEL FELIPE QUIRINO PRENASSI


Advogado – OAB/MG 137.077

RODRIGO BRAGA DE CASTRO


Advogado – OAB/MG 91.868

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