Ralfo Afonso Mimbir
Ralfo Afonso Mimbir
Ralfo Afonso Mimbir
Código: 708216244
Ano de Frequência: 2º
Índice
Introdução........................................................................................................................................1
Objectivos........................................................................................................................................1
Objectivo geral.............................................................................................................................1
Objectivo especifico.....................................................................................................................1
O uso da História da Matemática na sala de aula............................................................................2
Alternativas didáticas para o uso da História da Matemática na sala de aulas................................3
Problema vs exercício......................................................................................................................5
Resolução de problemas matemático...............................................................................................5
Situações-problema: conceito e principais objetivos.......................................................................6
Tipos de situações – problema no ensino da Matemática................................................................7
Resolução de situações-problema....................................................................................................7
Elaboração de problemas.................................................................................................................9
Problema 1...................................................................................................................................9
Problema 2...................................................................................................................................9
Conclusão......................................................................................................................................10
Referências bibliográficas.............................................................................................................11
Introdução
Olhar o processo de ensino e aprendizagem da Matemática na perspectiva da Educação
Matemática é relevante, pois ressalta um compromisso com a capacidade criativa do aluno. O
ensino da matemática precisa ser atrativo e prazeroso, neste sentido, a ação docente se torna
desafiadora, uma vez que deve atender as expectativas dos educandos e fundamentar o
conhecimento científico. Cabe ao professor buscar alternativas didáticas capazes de atrair a
atenção, despertar o interesse, estimar o ensino, mostrando a utilidade dos conceitos matemáticos
numa relação teoria x prática.
Objectivos
Para Marconi & Lakatos (2002, p.24) “toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para
saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar.”
Objectivo geral
Compreender os problemas matemáticos;
Objectivo especifico
De acordo com Marconi & Lakatos (2003, p. 219) os objetivos específicos “apresentam
caráter mais concreto. [...], permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicá-lo
a situações particulares”.
1
O uso da História da Matemática na sala de aula
A história da matemática pode estar presente na sala de aula em vários contextos diferentes,
pode ser apresentada de forma lúdica com problemas curiosos, “os enigmas”, como fonte de
pesquisa e conhecimento geral, como introdução de um conteúdo ou atividades complementares
de leitura, trabalho em equipe e apresentação para o coletivo. Também pode apresentar a
matemática com uma gama de possibilidades de atividades diferenciadas que vão muito além das
infindáveis seqüências de exercícios e memorização de métodos e fórmulas.
Com a história da matemática, tem-se a possibilidade de buscar uma nova forma de ver e
entender a matemática, tornando-a mais contextualizada, mais integrada com as outras
disciplinas, mais agradável, mais criativa, mais humanizada.
Ainda para o autor, a história da matemática tem potencial para fazer a integração necessária
entre os conteúdos da matemática e desta com as outras disciplinas, uma vez que ela acompanha
a história da humanidade. Por meio da história da matemática, pode-se verificar que a
matemática é uma construção humana, foi sendo desenvolvida ao longo do tempo e, por assim
ser, permite compreender a origem das ideias que deram forma à cultura, como também observar
aspectos humanos de seu desenvolvimento, enxergar os homens que criaram essas ideias e as
circunstâncias em que se desenvolveram.
D’Ambrosio (1999, p.97), “Acredito que um dos maiores erros que se pratica em educação,
em particular na Educação Matemática, é desvincular a Matemática das outras atividades
humanas.”
De acordo com D’Ambrosio (1996) a história da matemática na sala de aula deve ser
encarada sobretudo pelo seu valor de motivação para a Matemática. Deve-se dar curiosidades,
coisas interessantes e que poderão motivar alguns alunos. Os alunos têm interesses diferentes,
2
com Matemática não é exceção. Ainda segundo o autor, jamais se deve dar a impressão, por
meio de um desfilar de nomes, datas, resultados, casos, fatos, que se está ensinando a origem de
resultados e teorias matemáticas.
Enquanto que para Mendes (2003), a história da matemática na sala de aula deve ser utilizada
na elaboração e realização de atividades voltadas à construção das noções básicas de conceitos
matemáticos, fazendo com que os alunos percebam o caráter investigatório presente na geração,
organização e disseminação desses conceitos ao longo do seu desenvolvimento histórico.
Paralelamente, para Miguel (1997) deve ser feita uma reconstituição não apenas dos
resultados matemáticos, mas principalmente dos contextos epistemológico, psicológico,
sociopolítico, e cultural. Sendo assim, os alunos observariam onde e como esses resultados foram
produzidos, contribuindo para a explicitação das relações que a Matemática consegue estabelecer
com a sociedade em geral, com as diversas atividades teóricas específicas e com as práticas
produtivas.
Baroni e Nobre (1999, p. 132), também consideram que a história da matemática não deve
ser usada apenas como elemento motivador ao desenvolvimento do conteúdo: “sua amplitude
extrapola o campo da motivação e engloba elementos cujas naturezas estão voltadas a uma
interligação entre o conteúdo e sua atividade educacional.
Etnomatemática
3
culturas ao longo da história da humanidade. Dessa forma, a Etnomatemática tem a finalidade de
ensinar Matemática partindo de problemas provenientes do meio cultural onde os educandos
estão inseridos, e ainda a relação entre aluno e professor deveria estar fundamentada nas trocas
de conhecimento entre eles.
Modelagem Matemática
Resolução de Problemas
Dante ( 2003, p. 20), por sua vez, afirma que Situações-problema são problemas de aplicação
que retratam situações reais do dia-a-dia e que exigem o uso da Matemática para serem
resolvidos... Através de conceitos, técnicas e procedimentos matemáticos procura-se matematizar
uma situação real, organizando os dados em tabelas, traçando gráficos, fazendo operações, etc.
Em geral, são problemas que exigem pesquisa e levantamento de dados. Podem ser apresentados
em forma de projetos a serem desenvolvidos usando conhecimentos e princípios de outras áreas
que não a Matemática, desde que a resposta se relacione a algo que desperte interesse.
História da Matemática
Enquanto que Para Nogueira (1998, p.221), a História da Matemática pode ser introduzida
na sala de aulas através de:
4
Actividades em grupo sobre factos históricos que aparecem nos programas da
Matemática ou textos de apoio a ser fornecidos pelo professor;
Diálogos e discussões a respeito das descobertas Matemáticas cujo ensino é, em geral,
problemático; e
Elaboração de argumentos e justificações relacionadas a objectos históricos.
Problema vs exercício
Existem diferenças básicas entre exercícios e problemas. No primeiro, o aluno não precisa
decidir sobre o procedimento a ser utilizado para se chegar à solução.
Pozo(1998, apud, SoareS & Pinto 2001) exemplifica: “As tarefas em que precisa aplicar uma
fórmula logo depois desta ter sido explicada em aula, ou após uma lição na qual ela aparece
explicitamente... servem para consolidar e automatizar certas técnicas, habilidades e
procedimentos necessários para posterior solução de problemas...”.
Dante (1998), afirma que embora tão valorizada, a resolução de problemas é um dos tópicos
mais difíceis de serem trabalhados na sala de aula. É muito comum os alunos saberem efetuar os
algoritmos e não conseguirem resolver um problema que envolva um ou mais desses algoritmos.
Isso se deve à maneira com que os problemas matemáticos são trabalhados na sala de aula e
apresentados nos livros didáticos, muitas vezes apenas como exercícios de fixação dos conteúdos
trabalhados.
Segundo o mesmo autor, um problema é qualquer situação que exija a maneira matemática
de pensar e conhecimentos específicos para solucioná-la. O autor ressalta que um bom problema
deve:
5
não consistir na aplicação evidente e direta de uma ou mais operações aritméticas;
ter um nível adequado de dificuldade.
Um bom problema deve ser capaz de instigar o aluno a resolvê-lo. Deve ser interessante,
criativo, desenvolver seu pensamento e desafiá-lo constantemente, pois ao contrário ele ficará
desmotivado.
6
Segundo Dante (2003, p. 20), “situações-problema são problemas de aplicação que retratam
situações reais do dia-a-dia e que exigem o uso da Matemática para serem resolvidos...
Através de conceitos, técnicas e procedimentos matemáticos procura-se matematizar uma
situação real, organizando os dados em tabelas, traçando gráficos, fazendo operações, etc. Em
geral, são problemas que exigem pesquisa e levantamento de dados. Podem ser apresentados em
forma de projetos a serem desenvolvidos usando conhecimentos e princípios de outras áreas que
não a Matemática, desde que a resposta se relacione a algo que desperte interesse”.
Cabe ao professor ter em mente que a teoria e a prática precisam estar conectadas, no
sentido de que os objetivos matemáticos devem estar bem claros quando ele propuser a
resolução de uma situação-problema ao aluno. Só assim, o aluno poderá tomar as suas próprias
decisões e fazer uso dos dispositivos didáticos fornecidos pelo professor.
Idéias dos enunciados: a redacção dos problemas pode conter ou não as idéias das
quatro operações, das quais geralmente sugerem a mudança de situação inicial, a
combinação, a comparação, o igualamento, etc.
7
Resolução de situações-problema
Resolver problemas é uma prática que acompanha o ser humano ao longo da sua
existência. Para quem sabe resolver uma situação-problema, o problema não existe.
A partir dessas idéias de Polya (1986), podemos fazer uma reescrita dos quatro passos de
resolução para assim melhor entendermos o tema situações-problema:
8
A resolução de situações-problemas deveria ser uma prática frequente nas aulas de
Matemática. Apesar de se tratar de um método que dá uma certa dose de trabalho tanto para os
professores quanto para os alunos, pois ambos têm que interagir e quebrarem a rotina da aula.
Elaboração de problemas
Problema 1
As idades de Carlos e Bruno, se somadas, correspondem o total de 45 anos. Há 6 anos, a
idade de Carlos era o dobro da idade de Bruno. Calcule o valor da idade de Bruno.
Problema 2
Em uma eleição para a escolha do representante do bairro, votaram 100 pessoas. O Sr.
Carlos teve 7 votos a mais que o Sr. Paulo, e o Sr. André teve 5 votos a mais que o Sr. Carlos.
Quantos votos teve o vencedor?
Resolução do problema 2
Carlos: (x + 7) votos
Paulo: x votos
André: (x + 7) + 5 votos
2a Etapa: Elaboração dum plano
(x + 7) + x + (x + 7) + 5 = 100
33 Etapa: Execução do plano
x + 7 + x + x + 7 + 5 = 100
3x + 19 = 100
3x = 100 – 19
3x = 81
x = 81/3
x = 27
4a Etapa: Verificação dos resultados
Sr. Carlos: (x + 7) → 27 + 7 = 34 votos
Sr. Paulo: x → 27 votos
Sr. André: (x + 7) + 5 → 27 + 7 + 5 = 39 votos.
9
R: O vencedor foi o Sr. André, com 39 votos.
Conclusão
Através desta pesquisa foi possível perceber que, apesar de amplamente difundida e
defendida entre vários pesquisadores da Educação Matemática, a Metodologia da Resolução de
Problemas ainda é uma prática pouco presente nas salas de aula. Quando acontece, não é de
forma adequada, deixando de potencializar as capacidades dos alunos.
Conclui-se, portanto, que é necessário uma ação conjunta no sentido de viabilizar esta e
outras metodologias em sala de aula: os professores precisam refletir acerca de seu papel,
mantendo-se sempre atualizados, buscando novas alternativas de ensino, para que possam
garantir ao aluno uma aprendizagem significativa, levando em consideração também a ética
profissional, pois cada um fez a opção pelo magistério e independente das condições de trabalho,
existem compromissos e responsabilidades que precisam ser honradas.
10
Referências bibliográficas
Lakatos, M. E., &; Marconi, A. (2003). Fundamentos de metodologia científica (5ª ed). São
Paulo: Atlas
D’Ambrosio, U. (1996), História da Matemática e Educação. In: Cadernos CEDES 40. História
e Educação Matemática. 1ª ed. Campinas, SP: Papirus.
Bassanezi, R.C.( 2002), Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia.
São Paulo: Contexto.
Pólya, G. (2003). Como resolver problemas (Tradução do original inglês de 1945). Lisboa:
Gradiva.
11