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Plano da Aula 1

Disciplina : Análise e planeamento de redes


Curso : Engenharia Informática e Comunicação
Ano Académico : 4o
Regime da Disciplina : Semestral
Docente : MSc. Hélder Chissingui

1 Sumário:
• Introdução a analise e planeamento de redes

– Metodologias de analises e planeamento de redes.


– Metodologia top-down

2 Objectivos:
Ao final desta aula o estudante será capaz de :
• Identificar as metodologias de analises e planeamento de redes.

3 Conteúdo
“The world we’ve made as a result of the level of thinking we have done thus far creates
problems that we cannot solve at the same level at which we created them.”
“O mundo que criamos como resultado do nível de pensamento que fizemos até agora
cria problemas que não podemos resolver no mesmo nível em que os criamos.”
3.1 Introdução
Segundo Sousa (1999), rede de computadores é um conjunto de equipamentos inter-
ligados de maneira a trocarem informações e compartilharem recursos, como arquivos
de dados gravados, impressoras, modems, softwares e outros equipamentos. Uma das
características mais utilizadas para a classificação das redes é a sua abrangência geográfi
ca. Assim, é convencionada a classificação das redes em locais (LAN, do inglés, Local Area
Networks), redes metropolitanas (MAN, do inglés, Metropolitan Area Networks) e redes
geograficamente distribuídas (WAN, do inglés, Wide Area Networks). Os componentes
básicos de uma rede podem ser divididos em dos grupos: Hardware (Servidores, compu-
tadores pessoais, tables, etc, etc..., e Software (sistemas operativos de rede, servidores de
aplicação, software de aplicação, etc. . .)

Modelo de redes
Para facilitar a interconexão de sistemas de computadores, a organização internacional de
padrões (ISO, do inglés, International Standards Organization) desenvolveu um modelo
de referência chamado interconceção de sistemas abertos (OSI, do inglés, Open Systems
Interconnection), para que fabricantes pudessem criar protocolos a partir desse modelo. O

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modelo de referência OSI é o método para descrever como os conjuntos interconectados
de hardware e software de rede podem ser organizados para que trabalhem concomitan-
temente no mundo das redes. Com efeito, o modelo OSI oferece um modo de dividir
arbitrariamente a tarefa da rede em pedaços separados, que estão sujeitos ao processo
formal de padronização. Este modelo de referência OSI descreve sete camadas de funções
de rede, descritas na tabela 1 e ilustradas na fig. 1a.
O modelo de referência mais conhecido é o protocolo de controle de transmissão
(TCP/IP, do inglés, Transmisson Control Protocol / Internet Protocol). O modelo
TCP/IP foi projetado em quatro camadas, descritas na tabela 2 e ilustradas na fig. 1b.

(a) Modelo OSI. (b) Modelo TCP/IP.

Figura 1: Modelos de rede.

3.2 Identificação de metodologias aplicadas para a análise e pla-


neamento de redes
Basicamente a Metodologia pode ser compreendida como a ciencia que nos ensina a
dirigir determinado processo de manera eficiente e eficaz para alcançar os resultados
desejados e tem como objectivo dar-nos a estrategia a seguir no processo. A Metodologia
estuda as caracteristicas, as leis e os métodos utilizados no processo.

3.2.1 Metodologia top-down


O projeto de rede top-down é uma disciplina que surgiu do sucesso da programação
estruturada de software e análise de sistemas estruturados. O principal objetivo da analise
de sistemas estruturados é representar com mais precisão as necessidades dos usuários, que
infelizmente muitas vezes são ignorados ou deturpados. Outro objetivo é tornar o projeto
gerenciável, dividindo-o em módulos que podem ser mais facilmente mantidos e alterados.
A análise de sistemas estruturados tem as seguintes características:
• O sistema é projetado em uma sequência de cima para baixo.
• Durante o projeto de desenho, várias técnicas e modelos podem ser usados para
caracterizar o sistema existente, determinar novos requisitos do usuário e propor
uma estrutura para o futuro sistema.

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Tabela 1: Camadas do modelo OSI.

CAMADA DESCRIÇÃO
Esta camada pega os quadros enviados pela camada de
Físico enlace e os transforma em sinais compatíveis com o meio
por onde os dados deverão ser transmitidos.
A camada de enlace pega os pacotes de dados recebidos
da camada de rede e os transforma em quadros que
trafegarão pela rede, adicionando informações como o
Enlace de Dados
endereço da placa de rede de origem, o endereço da placa
de rede de destino, os dados de controle, os dados em si
e a checagem de redundância cíclica (CRC).
É responsável pelo endereçamento dos pacotes, conver-
Rede tendo endereços lógicos em endereços físicos, de forma
que os pacotes consigam chegar corretamente ao destino.
Esta camada é responsável por pegar os dados enviados
Transporte pela camada de sessão e dividi-los em pacotes que serão
transmitidos à camada de rede.
A camada de sessão permite que duas aplicações em
Sessão computadores diferentes estabeleçam uma sessão de co-
municação.
A camada de apresentação converte o formato do dado re-
Apresentação cebido pela camada de aplicação em um formato comum
a ser usado na transmissão desse dado.
A camada de aplicação faz a interface entre o protocolo
Aplicação de comunicação e o aplicativo que pediu ou receberá a
informação através da rede

• Um foco é colocado no fluxo de dados, tipos de dados e processos que acessam ou


mudam os dados.
• Um foco é colocado na compreensão da localização e das necessidades das comunidades
de usuários que acessar ou alterar dados e processos.
• Um modelo lógico é desenvolvido antes do modelo físico. O modelo lógico representa
os blocos de construção básicos, divididos por função, e a estrutura do sistema. O
modelo físico representa dispositivos e tecnologias e implementações específicas.
• As especificações são derivadas dos requisitos reunidos no início do sequência de
cima para baixo.
Em projectos de desenho de redes de grande dimensão, a modularização é essencial.
O projeto deve ser dividido funcionalmente para tornar o projeto mais gerenciável. Por
exemplo, as funções executadas nas LANs do campus podem ser analisadas separadamente
das funções realizadas em redes de acesso remoto, redes privadas virtuais (VPN) e WANs.
A Cisco recomenda uma abordagem modular com seu modelo hierárquico de três
camadas. Esse O modelo divide as redes em núcleo, distribuição e camadas de acesso.

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Tabela 2: Camadas do modelo TCP/IP.

CAMADA DESCRIÇÃO
Esta camada, de acesso à rede, é a primeira do modelo
Interface de rede (acesso à TCP/IP, sua função é dar suporte à camada de rede,
rede) através dos serviços de acesso físico e lógico ao meio
físico.
O nível inter-rede (Internet) é o responsável pelo envio
Inter-rede (Internet) dos datagramas de um computador qualquer para o outro
computador, independente de suas localizações na rede.
A camada de transporte é responsável por prover suporte
à camada de aplicação de maneira confiável (ou não),
Transporte
independente dos serviços oferecidos pelas camadas de
interface de rede e inter-rede.
A quarta camada do modelo TCP/IP é denominada de
Aplicação camada de aplicação. Nesta camada, estão os protocolos
que dão suporte às aplicações dos usuários.

Com uma abordagem estruturada para desenho de rede, cada módulo é projetado
separadamente, mas em relação a outros módulos. Todos os módulos são projetados
usando uma abordagem top-down que concentra-se em requisitos, aplicações e uma
estrutura lógica antes da seleção de dispositivos físicos e produtos para implementar o
projeto.

Ciclo de vida de desenho de sistemas (SDLC, do inglés, Systems Development


Life Cycle)
Proposta pela ISO, por intermedio da norma ISO/IEC Standard 12207, consiste em um
marco de referência que contem os processos, as actividades e as tarefas envolvidas no
desenvolvimento, exploração e manutenção de sistema (uma rede), abarcando a vida do
sistema desde a definição dos requisitos até que que se deixa de utilizar.

1. Analisar requisitos : Nesta fase, o analista de rede entrevista usuários e técnicos


pessoal para obter uma compreensão dos objetivos técnicos e de negócios para um
novo ou sistema aprimorado. A tarefa de caracterizar a rede existente, incluindo
a topologia lógica e física e desempenho de rede, a seguir. O último passo neste
fase é analisar o tráfego de rede atual e futuro, incluindo fluxo de tráfego e carga,
comportamento do protocolo e requisitos de qualidade de serviço (QoS, do inglés,
Quality of Service).

2. Desenvolver o design lógico : esta fase lida com uma topologia lógica para o novo
ou rede aprimorada, endereçamento da camada de rede, nomenclatura e protocolos de
comutação e roteamento. O design lógico também inclui planejamento de segurança,
design de gerenciamento de rede, e a investigação inicial sobre quais provedores de
serviços podem atender WAN e remoto requisitos de acesso.

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Figura 2: Ciclo de vida de desenho e implementação de redes.

3. Desenvolver o projeto físico : Durante a fase de projeto físico, tecnologias


específicas e produtos que realizam o design lógico são selecionados. Também a
investigação em prestadores de serviços, que começou durante a fase de projeto
lógico, deve ser concluída durante esta fase.

4. Teste, otimize e documente o projeto : as etapas finais no projeto de rede


de cima para baixo são escrever e implementar um plano de teste, construir um
protótipo ou piloto, otimizar o projeto de rede e documente seu trabalho com uma
proposta de projeto de rede.

Ciclo de vida plano desenho implenta opera optimize


A documentação da Cisco refere-se ao Plan Design Implement Operate Optimize (PDIOO)
Conjunto de fases do ciclo de vida de uma rede. Não importa qual ciclo de vida você usa,
pois desde que você perceba que o projeto de rede deve ser realizado de forma estruturada,
planejada, forma modular, e que o feedback dos usuários da rede operacional deve ser
realimentados em novos projetos de rede para aprimorar ou redesenhar a rede. A vida
PDIOO ciclo inclui as seguintes etapas:

1. Planejar: os requisitos de rede são identificados nesta fase. Esta fase também inclui
uma análise das áreas onde a rede será instalada e identificação dos usuários quem
vai precisar de serviços de rede.

2. Projeto: nesta fase, os projetistas de rede realizam a maior parte da lógica e projeto
físico, de acordo com os requisitos levantados durante a fase de planejamento.

3. Implementar: após a aprovação do projeto, inicia-se a implementação. A rede é


construído de acordo com as especificações do projeto. A implementação também
serve para verifique o desenho.

4. Operar: A operação é o teste final da eficácia do projeto. A rede é monitorado


durante esta fase para problemas de desempenho e quaisquer falhas para fornecer
entrada na fase de otimização do ciclo de vida da rede.

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5. Otimizar: a fase de otimização é baseada no gerenciamento de rede proativo que
identifica e resolve problemas antes que surjam interrupções na rede. A fase de
otimização pode levar a um redesenho da rede se muitos problemas surgirem devido
a erros de projeto ou conforme o desempenho da rede diminui ao longo do tempo
conforme o uso real e as capacidades divergem. O redesenho também pode ser
necessário quando os requisitos mudam significativamente.

4 Projecto
O referido projecto consiste em uma avaliação individual de cada estudante da turma do
4o Ano/noite do curso de engenharia informática e comunicação na unidade curricular de
análise e planeamento de redes. O mesmo projecto será suportado pelas seguintes alineas:

1. Será realizado por grupos de 4 a 5 estudantes.

2. Cada estudante deve propor o setor/empresa/instituição que será utilizada para a


elaboração do projecto, tendo conta que se baseará na analise e planeamente de uma
rede de dados no referida empresa.

3. A evolução do projecto acompanhará os temas que serão discutidos nas aulas da


unidade curricular mencionda.

4. Durante o percurso das aulas se criarão espaços para avaliar o andamento de cada
projecto de acordo ao conteudo administrados nas aulas.

5. Os ambiemtes seleccionados para a realização do projecto deverão ser apresentados


até ao dia 19/Abril/2023.

5 Recursos didáticos
Quadro, marcador, quadro, computador.

Referências
Lindeberg Barros de Sousa. Redes de Computadores: dados, voz e imagem. Editora Érica,
São Paulo, 1999.
Tarefa

1. Realize uma comparação entre a metodologia em expiral e em cascata.

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