Tema: Alienação Parental em Questão No Brasil: D Repertório Sociocultural
Tema: Alienação Parental em Questão No Brasil: D Repertório Sociocultural
Tema: Alienação Parental em Questão No Brasil: D Repertório Sociocultural
D REPERTÓRIO SOCIOCULTURAL
Para iniciar:
O que fazer com essa informação que provavelmente aparecerá no Texto I da coletânea?
Faça perguntas:
Para responder a ela, é necessário antes considerar artigos importantes da CF/88 e do ECA:
Foi necessário criar uma lei pois o convívio familiar é fundamental, um direito. Sendo assim, é dever
do poder público garantir que isso seja efetivado (lembre-se de que já existem artigos pra assegurar
esse convívio; porém, sempre quando a sociedade dificulta esse processo, criam-se mais
prerrogativas legais, que serão imprescindíveis para a maior fiscalização ou maior punição). Podemos
analisar também a mudança no comportamento da sociedade: os casais separam-se muito mais do
que antes.
Síndrome de Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo
proposto pelo psiquiatra americano Richard Gardner em 1985 para a situação em que a mãe ou o pai
de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos
de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.
Os casos mais frequentes da Síndrome da Alienação Parental estão associados a situações onde a
ruptura da vida conjugal gera, em um dos genitores, uma tendência vingativa muito grande. Quando
este não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de
destruição, vingança, desmoralização e descrédito do ex-cônjuge. Neste processo vingativo, o filho é
utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro.
SAÚDE MENTAL: Crianças Vítimas de SAP são mais propensas a:
Aproveite esta parte do repertório para entender os EFEITOS negativos da alienação parental. Busque
relacionar essas informações a outra de que você já dispõe (a exemplo da depressão, ansiedade e
suicídio) a respeito do desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes.
Para a medicina psiquiátrica, doenças psicossomáticas são aquelas que envolvem simultaneamente
o corpo e a mente, comprovando as conexões entre os fatores sociais, comportamentais e
psicológicos. Nesse contexto, o processo de alienação parental pode criar um cenário mais grave de
saúde mental, com aumento nos casos de ansiedade, estresse e depressão, problemas já recorrentes
em uma sociedade social e emocionalmente fragilizada – características de uma sociedade que optou
por criar conexões individualizadas, como afirma o sociólogo Zygmunt Bauman. Esse novo cenário
desintegrado diverge completamente da visão de família como uma instituição garantidora da
interação e também se distancia dos preceitos constitucionais, quando defendem o empenho de todos
(sociedade, família e Estado) na garantia dos direitos mais fundamentais, a exemplo do bem-estar e
da felicidade pessoal. Logo, é indispensável a família repensar seu dever enquanto instituição basilar
para a formação do indivíduo (dentro e fora do seio familiar) e ser fiscalizada e punida quando
necessário.
Note que eu liguei os problemas (efeitos) de saúde a uma sociedade que naturalmente já provoca
essas doenças; ou seja, no lugar de amenizarmos o cenário já fragilizados, potencializamos ao jogar
o filho ou a filha contra seu pai ou contra sua mãe (ou responsável).
2. Como se dará a fiscalização do cumprimento dessa lei? A própria lei já prevê mecanismos
fiscalizatórios, ou prevê apenas punições?
A lei prevê medidas que vão desde o acompanhamento psicológico até a aplicação de multa, ou
mesmo a perda da guarda da criança a pais que estiverem alienando os filhos.
Esse órgão atua muito bem quando também recebe o apoio da Assistência Social; ou seja, é
sempre um trabalho conjunto, nunca isolada, de vários órgãos, departamentos – além, é claro,
da própria sociedade, em denunciar, em buscar sempre a defesa da criança e do adolescente,
como previsto no Art. 227.
LEMBRE: A criança e o adolescente são PRIORIDADE, para o Estado: “..., com absoluta prioridade,
(...)”. Está lá na Carta Magna!
Nesta parte do repertório, iniciarei tentando responder à questão proposta, mas, logo depois, partirei
para ramificações dela, outros entendimentos sobre nossas relações.
ÁREAS/TEÓRICOS
✓ São Tomás de Aquino: reconhecia a felicidade como o fim almejado pela sociedade.
DIREITO: direito à felicidade pessoal e direito à dignidade da pessoa humana.
A família, portanto, é uma instituição que deve garantir a felicidade de seus filhos.
Essa abordagem sociológica para a família pode ser utilizado para defender que é
necessário que todos saibam e tenham consciência sobre a sua importância dentro do
seio familiar, para que a interação seja sempre ampla, considerando a família e a
sociedade. Quando, por exemplo, a criança sofre alienação parental, naquele momento
o comportamento da mãe ou do pai, ou do responsável pelo infante, surtirá efeitos no
comportamento do próprio filho ou da própria filha, que poderá desenvolver outros
problemas sociais, de interação com os outros, fora da família.
✓ Nelson Mandela, líder político: “O sonho de cada família é poder viver junta e feliz, num
lar tranquilo e pacífico, em que os pais têm oportunidade de criar os filhos da melhor
maneira possível, ou de os orientar e ajudar a escolher as suas carreiras, dando-lhes o
amor e carinho que desenvolverá neles um sentimento de segurança e de
autoconfiança.”
✓ Durkheim, filósofo francês: o autor encarava a família como uma instituição fulcral da
sociedade e uma parte importante da estrutura social e incluiu a "sociologia da família"
no seio da "sociologia jurídica" e da ciência dos fenômenos morais. Nos cursos "A família
conjugal" (1892) e "O divórcio por mútuo consentimento" (1906) mostrou sua
preocupação com os problemas importantes da mudança na família e perda de suas
funções; abordou também uma metodologia para o estudo dos tipos de família, a partir
de dados da família europeia. O teórico estava preocupado com o aumento do divórcio,
especialmente quando solicitado por mútuo acordo, mas também com o suicídio, pois
via uma relação entre ambos, e escreve um artigo sobre o impacto do divórcio no seio
da família, como algo bastante nocivo.
É possível entender que questões éticas e morais fragilizam-se com o divórcio pois o
casamento está enfraquecido. Não use, no entanto, essa teoria para defender um
padrão ideal de família – isso pode cair no discurso mais conservador que desconsidera
os outros arranjos familiares.
Não é possível explorar tanto assim esse teórico, porém ele seria incluído para um
comentário sobre o fato de estamos fadados a falhar, em algum momento, com algum
aspecto de nossa vida. Exemplo de uso:
O filme, além de outros casos, apresenta dois em que são relatadas falsas denúncias de abuso
sexual, talvez o sintoma mais crítico da alienação parental e cada vez mais comum entre as
famílias desfeitas. Nesses casos, a justiça tem como procedimento afastar o possível abusador,
imediatamente, até a conclusão do inquérito. Como, em geral, a investigação é demorada, o
vínculo entre o sujeito acusado e o filho é perdido. Percebe-se que, quanto a esta questão, ainda
há muito no que avançar, a fim de preservar a integridade da criança, mas também
considerando a hipótese da falsidade da denúncia.
Leiam este artigo de 4 páginas, caso queiram se aprofundar no documentário para utilizá-lo em
suas redações: http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v28n2/15.pdf
MODELO DE INTRODUÇÃO
Na novela da Rede Globo "O outro lado do Paraíso", o personagem Tomaz entristece-se ao ter que se
mudar para a casa de sua mãe, ainda que esta seja jurídica e biologicamente sua responsável. Esse cenário
devastador extrapola as telas e ganha contornos preocupantes dentro da chamada alienação parental,
quando um dos genitores mata simbolicamente (apenas na cabeça da criança) o outro. Nesse contexto, é
preciso discutir as causas e as consequências para que haja construção de uma nova realidade sem
traumas psicossociais.
https://www.huffpostbrasil.com/roberto-dalmo/alienacao-parental-precisamos-falar-sobre-
isso_a_21690762/
Nesse artigo, eles classificam os tipos de alienação. E você ainda ganha uma Associação! Provavelmente
não estará no texto motivador. Ah, e isso faz um gancho bem legal com a proposta de intervenção: a
necessidade de outras associações e de mobilizações sociais para informar a população sobre os riscos da
alienação parental para o bom desenvolvimento social, comportamental e psíquico das crianças e dos
adolescentes.