21 Aula Af 2019 Obsessao Autoobsessao
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21ª aula
O QUE É OBSESSÃO?
Esclarece, ainda, o mestre lionês (...) “a obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral que
dá ascendência a um espírito mau. ”
Obsessão – cobrança que bate às portas da alma – é um processo bilateral – porque existe de
um lado o cobrador, sequioso de vingança, sentindo-se ferido e injustiçado. Do outro lado, o
devedor trazendo impressão, em seu perispírito, as matrizes da culpa, do remorso, ou do ódio,
que não se extinguiu. A obsessão, tanto vista do ângulo do obsedado quanto do obsessor,
somente ocorre porque os seres humanos ainda carregam em suas almas mais elevada taxa de
sombras que de luz. Enquanto isso ocorrer, haverá sempre domínio negativo de quem é
mentalmente mais forte sobre o mais fraco; do credor sobre o devedor; do algoz sobre a vítima.
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Capacitação para Voluntários. 1
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FORMAÇÃO DE ATENDENTES FRATERNOS - 2019
Em resumo, a obsessão configura-se toda vez que alguém, encarnado ou desencarnado, exerce,
sobre o outro, constrição (tensão) mental negativa por motivos vários, através de:
Simples sugestão
Indução (instigação, estímulo)
Coação (ato de obrigar-se, forçar ou constranger)
Com objetivo de domínio – processo que se repete, aqui, na terra ou no Plano Espiritual Inferior.
CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO
I. Obsessão simples:
II. Consequências: o clima resultante da quebra vibratória levará a vítima, cada vez mais, a
tornar-se vulnerável, com a possibilidade de ligar-se ainda a outros elementos espirituais de
baixa categoria, abrindo uma sequência de incidentes (assaltos, brigas, confusões) e até
acidentes lamentáveis (nas vias públicas, permanecem bandos de espíritos desclassificados,
urdindo, a toda hora, tais desmandos, valendo-se dos afins encarnados ou de pessoas
invigilantes).
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Recomendações:
A sua presença passiva ao trabalho não será suficiente. É preciso que se encare, aqui, com
muita reflexão, que muito dificilmente, poderíamos conseguir, de pronto, o afastamento de
obsessores. Muitos deles podem estar irredutíveis no seu propósito de perturbar e não será com
a ação de alguns minutos que iremos demovê-los de suas intenções. Outros estão atuando há
tanto tempo, coadjuvados por (às vezes) legiões de comparsas, que sequer pensam em ouvir o
que lhe está sendo pregado. Outros mais, pela Lei do Carma, julgam-se no direito de cobrar
dívidas nada os demovendo do propósito.
AUTO-OBSESSÃO
Ao pensar, através de seu centro mental, ela irradia vibrações ou ondas que se propagam ao seu
derredor. A mente emite e, ao mesmo tempo, capta qualquer onda energética que a atinja, desde
que esteja vibrando na mesma sintonia espiritual de outra fonte emissora. Cada pessoa plasma
os reflexos de si mesma e, por onde passa, entra em comunhão com a matéria mental alheia,
exteriorizando o seu melhor lado, ou mesmo, criando perturbação ou desajustamento. Em
síntese: somos nós mesmos que ligamos ou desligamos o fio condutor de nossos sentimentos e
pensamentos.
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A criatura passa a ser “vítima do destino” e, tal é a apatia e passividade que a envolve, que ela
se julga imperfeita e impotente, ignorando sua possibilidade de mudar ou de utilizar seu livre-
arbítrio. Os auto-obsediados sentem-se tratados de forma injusta pela vida, ressaltando
negativamente o modo de ser das pessoas, das coisas e de si mesmos. São facilmente
influenciados e se asfixiam constantemente com as “sujeiras do mundo”. Por terem uma aura de
negatividade, atraem “larvas astrais” que desarranjam o reino interior. Aquele que se encontra
em auto-obsessão experimenta um modo de viver complicado ou embaraçado. Sente dificuldade
de analisar, discernir e sentir a vida tal como ela é.
Além disso, é imprescindível aquietarmo-nos numa aceitação serena e honesta, admitindo o que
somos e o que sentimos, sem jamais nos condenarmos ou punirmos. A autoaceitação nos facilita
a conscientização de nossos desacertos e de nossa ignorância e, se essa conscientização for
progressiva e constante, aí descobriremos dentro de nós as fontes que nos perturbam a
existência.
Assumindo a responsabilidade total por nosso desequilíbrio, não passamos mais a “atribuir à
ação direta dos Espíritos todas as nossas contrariedades, que, em geral, são consequências da
nossa própria incúria ou imprevidência”, nem lançar culpa em outros – na família, nas pessoas
com quem convivemos, nas existências do passado ou nas regras injustas da sociedade. A rigor,
aqui está o início da cura de toda auto-obsessão.
“O homem não raramente é o obsessor de si mesmo.” Obras Póstumas – Allan Kardec. É o que
assevera o Codificador.
Tal coisa, porém, bem poucos admitem. A grande maioria prefere lançar toda a culpa de seus
tormentos e aflições aos Espíritos, livrando-se, segundo julgam, de maiores responsabilidades.
Kardec vai mais longe e explica: “alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à
conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio indivíduo”.
Tais pessoas estão ao nosso redor. São doentes da alma. Percorrem os consultórios médicos em
busca de um diagnóstico impossível para a medicina terrena. São obsessores de si mesmos,
vivendo um passado do qual não conseguem fugir. No porão de suas recordações estão vivos os
fantasmas de suas vítimas, ou se reencontram com os a quem se acumpliciaram e que, quase
sempre, os requisitam para a manutenção do conúbio degradante de outrora.
Mas existem também aqueles que portam auto-obsessão sutil, mais fácil de ser detectada. É, no
entanto, moléstia que está grassando em larga escala atualmente.
Um médico espírita disse-nos, certa vez, que é incalculável o número de pessoas que
comparecem aos consultórios, queixando-se dos mais diversos males para os quais não existem
medicamentos eficazes e que não são tipicamente portadores de auto-obsessão. São
cultivadores de “moléstias fantasmas”. Vivem voltados para si mesmos, preocupando-se em
excesso com a própria saúde (ou se descuidando dela) descobrindo sintomas, dramatizando as
ocorrências mais corriqueiras do dia a dia, sofrendo por antecipação situações que jamais
chegarão a se realizar, flagelando-se com o ciúme, a inveja, o egoísmo, o orgulho, o despotismo
e transformando-se em doentes imaginários, vítimas de si próprios, atormentados por si mesmos.
Esse estado mental abre campo para os desencarnados menos felizes que se aproveitam para
se aproximarem, instalando-se, aí sim, o desequilíbrio por obsessão.
Emmanuel, no prefácio do livro Mediunidade e Sintonia, dá outro enfoque para o ditado popular
“dize-me com quem anda que dir-te-ei quem tu és.” O mentor de Chico Xavier ressalta que os
nossos pensamentos ditam nossa conduta e que, de acordo com nossa conduta, expressamos
nossos objetivos e amealhamos companhias com as quais desejamos nos parecer.
Nossas ideias exteriorizadas criam, portanto, imagens tão vivas quanto desejamos.
Não podemos nos esquecer de que a ideia é um ser organizado por nosso espírito, a que o
pensamento dá forma e ao qual a vontade imprime movimento e direção.
Como nossas ações são fruto de nossas ideias, geramos a felicidade ou a desventura para nós
mesmos. O encarnado pode, assim, ser perseguido por si mesmo, devido ás suas próprias
criações mentais.
No livro Libertação, André Luiz refere-se a dois casos de auto-obsessão. O primeiro deles é o de
um investigador de polícia que abusou de sua posição para humilhar e ferir. Durante anos
conseguiu manter o remorso à distância, todavia, cada pensamento de indignação das vítimas
passou a circular na sua atmosfera psíquica, na aura, aguardando o momento de se impor.
Com a sua maneira cruel de proceder, não só atraiu a ira de muita gente, mas também a
companhia constante de entidades de péssimo comportamento que só fizeram aumentar os seus
distúrbios mentais.
Com a chegada da terceira idade, o remorso abriu-lhe grande brecha na fortaleza em que se
entrincheirava. Sobrevindo a crise, a mente em desvario vergastou-lhe o corpo físico e não
apenas o sistema nervoso foi lesado, mas também o fígado que se encaminhava para a cirrose
fatal.
Convidado a diagnosticar o caso, o instrutor Gúbio não teve dúvidas: “Este amigo, no fundo, está
perseguido por si mesmo, atormentado pelo que fez e pelo que tem sido. Permanece dominado
pelos quadros malignos que improvisou em gabinetes isolados e escuros, pelo simples gosto de
espancar infelizes, a pretexto de salvaguardar a harmonia social. A memória é um disco vivo e
milagroso. Fotografa as imagens de nossas ações e recolhe o som de quando falamos e
ouvimos. Por intermédio dela, somos condenados ou absolvidos, dentro de nós mesmos. Para
sair de semelhante situação, somente uma extrema modificação mental para o bem, acentuou”.
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“(...) as imperfeições morais dão azo à ação dos Espíritos obsessores.” Livro dos Médiuns – Allan
Kardec – item 252.
Tal como acontece quando nos apresentamos com predisposição para um mal físico qualquer,
assim também ocorre no campo espiritual.
Pensamentos e estados emocionais negativos criam zonas mórbidas em nosso campo mental,
facultando a inoculação de pensamento alheio, que, virulento – por ser de teor inferior – age em
nós como se fora uma afecção mental, instalando-se em decorrência o processo obsessivo.
Somente existe a obsessão porque há endividados - criaturas que se procuram, através dos
tempos, para acertarem os débitos do passado.
E somente existem esses processos dolorosos de resgate porque o homem ainda é imperfeito,
trazendo em si mesmo maior cota de sombras, mais pesada bagagem de inferioridade.
Emergindo lentamente do limo da terra, da materialidade, só através de muitos pesares e dores
está conseguindo alijar o fardo de imperfeições que carrega. Neste sentido, a obsessão vem
sendo o acúleo doloroso que o impele a mais rapidamente livrar-se do fardo da inferioridade.
Manoel Miranda esclarece: “em toda obsessão, mesmo nos casos mas simples, o encarnado
conduz em si mesmo os fatores predisponentes e preponderantes – os débitos morais a resgatar
– que facultam a alienação. ” (Nos bastidores da obsessão – Manoel Philomeno de Miranda –
psicografia de Divaldo Pereira Franco)
Esse mesmo autor, em outra obra (Grilhões Partidos) refere-se a causas cármicas, aquelas que
precedem à vida atual e que vem impressas no psicossoma (ou perispírito) do enfermo,
vinculado pelos débitos transatos àqueles a quem usurpou, abusou, prejudicou...”
O caso de “E” demonstra a existência dessas causas cármicas, predispondo à obsessão e
enfermidades.
“E” desde a mocidade foi uma pessoa enfermiça, sempre sofrendo de várias doenças,
principalmente de uma inexplicável dor nas pernas, sem razões plausíveis à medicina.
Frequentando reuniões públicas da Casa espírita, durante anos, “E” tornou-se com o tempo
participante de uma das reuniões mediúnicas. Frequentadora assídua comparecia
semanalmente, mas sempre se queixando de suas dores.
Certo dia teve a surpresa de assistir à comunicação de um Espírito que disse ter sido seu
escravo em existência anterior e que havia morrido de fome e sede, depois de passar dia
acorrentado, por sua ordem. Confessou persegui-la há anos e após ouvir as ponderações do
doutrinador, disse que só a deixaria se ela lhe pedisse perdão. Apesar de conhecer o mecanismo
da reencarnação e da lei de causa e efeito, apesar de conhecer a lei de amor e os ensinamentos
evangélicos que o Espiritismo veio reviver, “E” recusou-se a pedir perdão a um negro escravo,
evidenciando todo o orgulho que ainda carrega dentro de si. É que na realidade, embora
conhecendo a Doutrina espírita, ainda não a sentia no coração.
Hoje, com avançada idade a Sra. “E” continua a carregar os seus males, agravados pela idade e
pela persistência no orgulho, principalmente padecendo de dores nas pernas, acorrentada que
está ao seu passado, como escrava da prepotência e do egoísmo. Apesar de tomar
semanalmente seu passe...
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As pessoas vítimas da obsessão são, até certo ponto, responsáveis pelo seu próprio sofrimento,
visto que seus pensamentos estão sujeitos a leis próprias, segundo as quais os pensamentos de
idêntica sintonia vibratória se atraem e os de sintonia diferentes se afastam.
É fácil deduzir que se absorvemos um determinado padrão energético, com certa “qualidade”,
seja ela positiva (boa) ou negativa (ruim), a metabolização dessas energias produz componentes
energéticos de qualidade similar, que se distribuem pelo nosso organismo físico e perispiritual,
afetando-o com a qualidade inerente ao tipo e qualidade da energia absorvida.
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Também podemos inferir que o padrão vibratório/energético absorvido, uma vez metabolizado
em nosso complexo perispirítico, reforça o estado vibratório (patamar) que permitiu sua
absorção, ou seja, reforçamos o estado de equilíbrio ou desequilíbrio em que nos encontramos.
Por isso é necessário a vigilância constante sobre nossa sintonia mental/espiritual, para que não
nos deixemos levar pelos pensamentos inadequados, pelas vibrações negativas, pelos
sentimentos menos dignos, pelas emoções descontroladas, pois isso permitirá que iniciemos um
processo de absorção de energias negativas, que por sua vez reforçam nosso estado de
desequilíbrio, o que pode, em persistindo esta situação, colocar-nos em contato com seres
desequilibrados, causar-nos doenças e desequilíbrios físicos, psíquicos e espirituais.
Em contrapartida, a vigilância para que nosso pensamento, nossa sintonia permaneça sempre
elevada, voltada a prática do bem, do amor e da caridade, permite que, constantemente,
fiquemos sintonizados e absorvendo as energias equilibradas, o que reforça nosso equilíbrio e
bem-estar físico psíquico e espiritual, trazendo a sensação agradável de estar em sintonia com
energias elevadas. Esse é o retorno, a recompensa imediata de quem pratica o amor e a
caridade. Traz o prazer em se praticar o bem.
Ao entender este mecanismo, podemos afirmar que é muito importante que busquemos, com um
esforço constante, com muita consciência, uma mentalização positiva para o nosso foco mental,
para os nossos pensamentos, em todas as etapas e momentos de nossa vida, em casa, no
trabalho, no lazer, no trânsito, de modo a garantir a sintonia com um patamar energético mais
elevado, com a consequente absorção e metabolização de energias benéficas e reforçadoras de
nosso comportamento no caminho do bem.
De outra forma, deve ser evitado que nosso foco mental vague em paragens menos dignas.
Temos que zelar para que nosso pensamento não seja direcionado para as coisas negativas e
destruidoras. Não devemos focar a negatividade, os problemas, as inconformidades, nem
sintonizar com a desgraça, pois nesse caso nos comportaremos como urubus, que voam alto
apenas para focalizar a carniça, para dela se alimentar.
Pensamento no bem, pensamento calmo, pensamento positivo, pensamento criador, foco no
amor e na caridade. Esse é o caminho da mentalização, da sintonia e da absorção das boas
energias. Lembremo-nos que as palavras expressam pensamentos. Que saiam de nossas bocas
as boas palavras e de nosso coração as boas atitudes.
Devemos sempre ter em mente que a energização que nos envolverá, depende, em cada
instante, apenas de nossa atitude mental, e que na aplicação prática de nossa vida, a ligação
com o alto se faz na aplicação das boas virtudes, com o exercício constante do bem, seja em que
atividade estiver.
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Nosso bem-estar depende apenas de nós mesmos. (Trecho baseado em Carlos Augusto
Parchen - palestras)
Richard Simonetti, em seu livro Quem tem medo de obsessão, faz uma advertência importante
para que Atendentes Fraternos concedam especial atenção aos que chegam às casas espíritas
pela primeira vez. E diz: “Imperioso evitar assuntos que nem sempre elas têm condições de
entender sem sobressaltos, antes de uma iniciação que lhes permita conhecer com objetividade
a natureza do relacionamento entre os mortos e os vivos”.
E continua “dia virá em que as expressões obsessão simples, fascinação e subjugação, a
definirem variadas formas de influência espiritual inferior, ultrapassarão o âmbito do Centro
Espírita”.
O homem comum apresenta fraquezas e imperfeições, mas o que o distingue é o empenho em
cumprir a orientação contida na Questão 469 do L.E.: “Como podemos neutralizar a influência
dos maus espíritos? R.: Praticando o bem e pondo em Deus a vossa confiança, repelireis a
influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejam ter sobre vós. ”
Obsessores e obsedados são assim, pessoas como nós. São seres que sofrem porque se
demandaram entre si. São carentes de afeto, compreensão e amor. Seres infelizes, para os quais
Jesus veio consolar – “Eu não vim para o Justo, mas para o Pecador”.
Não é fácil ao obsedado, amar o seu obsessor. Não é fácil perdoá-lo. Mas, é o que se torna
necessário aprender.
O obsessor é o irmão, a quem os sofrimentos e desencantos desequilibram, certamente com a
nossa participação.
Frente ao assistido obsedado, o Atendente deverá aconselhá-lo a fazer o ENL, se necessário
todos os dias.
Quanto à confiança em Deus, não será difícil exercitá-la se guardarmos a certeza de que Ele é
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Nosso Pai. Há expressões muito fortes sobre a imanência de Deus, que devem sinalizar nosso
trânsito pelos caminhos do Mundo para que nunca falte bom ânimo: “Em Deus vivemos e nos
movemos...” Atos, 17:28; “Se Deus está conosco, quem estará contra nós? ” Romanos, 8:31.
Simonetti também alerta que de nada nos valerá a crença e que o bem é invencível se
permanecermos na inércia que nos sujeita às negatividades.
Pouco valerá proclamar nossa confiança em Deus se não fizermos por merecer a que Ele confie
em nós.
A adesão aos princípios do Cristo será inútil se nosso comportamento revelar o contrário.
Chamam-se orgulho, vaidade, egoísmo, preguiça, prepotência, avareza, agressividade.... Eles
anestesiam nossa consciência, situando-nos em clima de indiferença pelos valores mais nobres.
Eles anulam nossa capacidade de percepção quanto aos objetivos da vida. Eles abrem as portas
de nossa mente às incursões sombrias. E surgem: a angústia da obsessão simples; as ilusões
perigosas da fascinação; as compulsões lamentáveis da subjugação. Logo, todo mal que nos
aflige infiltra-se pelo mal que cresce em nós quando nos distraímos do nosso objetivo.
“Vem vamos embora, que esperar não é saber... Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. ”
(Geraldo Vandré). Não há nenhuma sabedoria em esperar que o quadro de nossas perturbações
se modifique ou que poderes celestiais interfiram.
É preciso que nos movimentemos, que busquemos ajuda, que mobilizemos nossas
potencialidades criadoras. É preciso empenho de renovação, de crescimento espiritual, afinal,
Jesus ensinou:
“No que diz respeito ao problema das obsessões, espirituais, o paciente é, também, o agente da
própria cura.” Grilhões Partidos – Manoel Philomeno de Miranda – psicografia de Divaldo Pereira
Franco.
Auto desobsessão: ato de promover a própria pessoa a sua desobsessão através da reforma
íntima, tal como esclarece a Doutrina Espírita.
Auto desobsessão, sinônimo de auto evangelização, de auto reforma. É o ser humano lutando
para dominar suas más tendências e inclinações.
Nos dias atuais o Espiritismo vem lembrar aos homens a imorredoura lição do Mestre: “não
tornes a pecar. ” Nisto consiste a participação do obsidiado quanto ao próprio tratamento.
Ninguém se engane: o obsedado só se libertará quando ele mesmo se dispuser a promover a
sua autodesobsesão. O Espiritismo não poderá fazer por ele o que ele não fizer por si mesmo,
muito menos os médiuns, ou alguém que lhe queira operar a cura.
Entretanto, muitos pensam erroneamente que no Centro Espírita se verão livres de todos os
males. De modo geral, quando recorrem aos centros, trazem o pensamento preconcebido de que
todos os seus problemas serão ali resolvidos, como por encanto. Julgam que pelo fato de buscar
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