MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO À TEOLOGIA e BIBLIOLOGIA I
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO À TEOLOGIA e BIBLIOLOGIA I
MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO À TEOLOGIA e BIBLIOLOGIA I
ENDEREÇO: Rua José Ramos Fernandes, 420 – Jd. Vale das Virtudes –
São Paulo – SP. Cep 05796-070
FONE: (11)
CURSO DE TEOLOGIA
MÉDIO EM TEOLOGIA
Básico em Teologia
Médio em Teologia
Bacharelado em Teologia
Amado aluno, a fim de que você possa ter maior proveito no estudo
desse módulo, é necessário que você siga algumas recomendações
básicas que se seguem:
1. Em primeiro lugar você deve ler todo o livro. A primeira leitura vai
lhe fazer ciente da importância e da profundidade do assunto que
deve ser estudado. Depois de ter lido com atenção, você terá no
mínimo 10% de aproveitamento.
2. Depois de ter lido, você deve estudar o livro. Nunca passe para
outra lição ou assunto, se não tiver absorvido o máximo possível.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO A TEOLOGIA
INTRODUÇÃO
ENGAJAMENTO TEOLOGICO
A Necessidade da Doutrina
O Que é Um Teólogo?
CLASSIFICAÇÃO DA TEOLOGIA
EPISTEMOLOGIA PÓS-MODERNA
EPISTEMOLOGIA CRISTÃ
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA:
QUESTÕES
INTRODUÇÃO A TEOLOGIA
INTRODUÇÃO
ENGAJAMENTO TEOLÓGICO
A NECESSIDADE DA DOUTRINA
O apóstolo Paulo profetizou que “virá o tempo em que não suportarão a sã
doutrina” (2 Timóteo 4.3). Hoje em dia, há um grande ataque à sã doutrina. As
pessoas se voltam às filosofias, tradições e doutrinas de homens. Muitas igrejas não
têm mais tempo para pregações e ensinos doutrinários. Elas se voltam para a oratória,
política, ética, sermões repetitivos sobre moralidade, técnicas manipuladoras de
sucesso profissional, auto-ajuda, ou um evangelho social, dizendo que a doutrina é
inútil e obsoleta.
A seguir, nós apresentaremos algumas objeções ao estudo doutrinário-teológico,
que a princípio parecem ser cabíveis e espirituais, mas que no final das contas são
ilógicas e perigosas.
1. “Não há nenhum registro bíblico de Jesus ou de qualquer um dos
apóstolos formulando ou dando algum sistema de doutrina preparado de
antemão”.
1
Wayne Grudem, Introdução a Teologia Sistemática, Teologia Sistemática, VIDA NOVA, 1ª Edição, 1999.
A Igreja vive uma época de crise no que diz respeito à doutrina. Por um lado, há
igrejas que gradativamente estão rejeitando as doutrinas bíblicas para ensinarem tão
somente aquilo que agrada aos ouvidos do público moderno (2 Timóteo 4.1-3). Elas
estão cheias de humanismo, técnicas de auto-ajuda e métodos de aperfeiçoamento
pessoal. Deus se tornou, então, um Pai sem autoridade e inválido, sujeito aos
caprichos de Seus filhos, que reivindicam bênçãos e poderes, porém, negando Seu
senhorio, soberania e caráter.
Por outro lado, nós temos igrejas que insistem em ensinar doutrinas e tradições
humanas. Elas se especializaram em regras e mandamentos que servem para
“autenticar” a salvação ou santidade de uma pessoa. Essas regras inventadas por
seus líderes e mestres parecem invocar uma santidade perdida por algumas igrejas
modernas, mas a verdade é que elas negligenciam, rejeitam e invalidam a Palavra de
Deus.
Essa crise de doutrina na Igreja pede uma urgente e eficaz resposta da parte
dos líderes de igrejas que desejam glorificar a Deus acima de tudo e edificar a Igreja
segundo os métodos e meios de Deus. O Senhor tem capacitado a Sua Igreja com
verdadeiros mestres da Palavra cujo propósito é “que não sejamos mais como
crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá
por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro”
(Efésios 4.13).
Tenhamos o cuidado para que em nossas mensagens e estudos somente
falemos “o que está de acordo com a sã doutrina” (Tito 2.1).
2
Wayne Grudem, Teologia Sistemática (São Paulo: Editora Vida Nova, 1999), p. XVIII.
3
Citado em The Theology Notebook - Introduction to Theology, The Theology Program.
Muitas pessoas acham que a teologia deve estar confinada à discussão na igreja
e nas escolas teológicas.
No entanto, nós estamos sempre fazendo teologia em nosso cotidiano. Ainda
que não pensemos nisso de maneira intencional, o fato é que a teologia está em
nossas conversações e atividades diárias. Por exemplo, nós estamos fazendo
teologia:
Quando nós pensamos sobre Deus.
Quando nós compartilhamos o evangelho.
Quando nós interpretamos a Bíblia.
Quando nós lidamos com a doença
Quando nós defendemos a fé.
Quando nós planejamos o futuro.
Quando nós escolhemos a educação de nossos filhos.
Quando nós votamos.
Quando nós tentamos tratar com o pecado em nossas vidas.
Quando nós decidimos com quem nos casar.
Como já vimos antes, todos fazem teologia, porém o mais importante é o tipo de
teologia que fazemos. Nossa teologia no cotidiano deveria ser – no mínimo – uma
teologia leiga, sendo que a ministerial é a verdadeiramente desejável. E, visto que a
teologia é feita não somente no âmbito da igreja, mas também sempre que tocamos
em assuntos relacionados à vida, morte, coisas espirituais, questões vitais da
existência, enfim, em tudo que é realmente importante nesta vida. Pois, o que nós
pensamos a respeito de Deus e de Sua Palavra, por exemplo, irá nortear as nossas
decisões nesta vida.
Uma decisão errada baseada em pressupostos teológicos errados pode destruir
uma vida. As doutrinas que são ensinadas nas igrejas, se não forem baseadas em
argumentos teológicos bíblicos, podem destruir vidas. Nós vemos isso no alerta de
Paulo a Timóteo acerca das doutrinas que certas pessoas estavam ensinando em
Éfeso: “O ensino deles alastra-se como câncer; entre eles estão Himeneu e Fileto” (2
Timóteo 2.17). Um ensino que se alastra como um câncer não somente infecta toda a
igreja, mas ao fazer isso, acaba destruindo-a.
CLASSIFICAÇÃO DA TEOLOGIA
TEOLOGIA SISTEMÁTICA
O que é a Teologia Sistemática? Há diversas definições para ela. Porém, nós
podemos dizer que é o estudo das doutrinas cristãs em sua relação umas com as
outras num sistema logicamente consistente.
A teologia sistemática pode ser definida como “qualquer estudo que responda à
pergunta: ‘o que a Bíblia como um todo nos ensina hoje? ’ acerca de qualquer tópico4”.
Ela estuda o arranjo ordenado em tópicos e faz uma sistematização das doutrinas
fundamentais da Bíblia.
Porém, num sentido mais restrito, ela é um estudo sistemático das doutrinas
fundamentais da fé cristã e abrange os seguintes tópicos:
4
Wayne Grudem, Teologia Sistemática (São Paulo: Edições Vida Nova, 1999), p.1.
Alguns supõem que cada um tem o direito inerente de crer no que lhe agrada.
Isso provém da influência dos conceitos modernos da democracia e dos direitos
pessoais. Porém, esta atitude confunde um direito social com um direito inerente.
Deus não nos concede o direito de crer no que nós queremos. Deus nos faz
responsáveis para crer no que Ele tem revelado em Sua Palavra, não no que nos
convém. Os direitos sociais e as responsabilidades cristãs são duas coisas distintas.
TEOLOGIA BÍBLICA
A teologia bíblica estuda o progresso das verdades através dos livros da Bíblia,
verificando as diferentes maneiras pelas quais cada um dos escritores apresentaram
importantes doutrinas.
Dentro dos estudos teológicos, o termo “teologia bíblica” assume um sentido
técnico, sendo uma categoria maior da teologia que restringe a formulação teológica
apenas às Escrituras e abrange a teologia do Antigo Testamento e do Novo
Testamento.
Ela dá atenção especial aos ensinamentos de um autor específico para formular
a sua teologia. Algumas vezes ela examina as partes individuais das Escrituras para
formular uma teologia particular que está restrita a certo período de tempo ou a um
povo em particular (por exemplo, a teologia pré-mosaica). Ao fazer isso, ela também
procura apresentar o papel de cada ensino no desenvolvimento histórico das
Escrituras. Por exemplo, qual é o desenvolvimento histórico do ensino sobre a oração
nas Escrituras? Como este ensino se desenvolveu no Antigo Testamento? Como ele
se desenvolveu no Novo Testamento.
TEOLOGIA HISTÓRICA
É o estudo histórico de como a Igreja entendeu os diversos tópicos teológicos ao
longo de sua história. Ela estuda a história eclesiástica e, conseqüentemente, a
história do desenvolvimento das doutrinas na história da Igreja.
Algumas vezes ela examinará os períodos individuais da história da Igreja para
formular uma teologia particular que está restrita a certo período de tempo (por
exemplo, Patrístico, Medieval, Reforma, etc.).
TEOLOGIA FILOSÓFICA
A teologia filosófica é o estudo de assuntos teológicos em grande parte sem o
uso direto das Escrituras, mas fazendo uso dos instrumentos e metodologia do
raciocínio filosófico e do que se pode conhecer acerca de Deus a partir da observação
natural. Ela restringe a formulação teológica apenas ao que pode ser averiguado pela
razão.
Algumas vezes ela examinará os períodos individuais da historia filosófica para
formular uma teologia que esteja limitada a um período específico (por exemplo,
iluminismo, modernismo, pós-modernismo).
TEOLOGIA APOLOGÉTICA
A teologia apologética formula a teologia com o propósito de explicar e defender
a fé para aqueles que estão fora da fé, ou seja, os incrédulos. Ela deve ser
diferenciada da teologia polemicista que levanta polêmicas sobre questões da fé e
prática cristã dentro do próprio círculo cristão com o propósito de convencer aos outros
de que seus argumentos são os mais certos. Nós reconhecemos a relevância da
teologia apologética, mas rejeitamos a teologia polemicista.
TEOLOGIA EXEGÉTICA
“Exegese” significa “guiar para fora, extrair”. Na teologia, refere-se à análise e
interpretação das Escrituras. Cobre as línguas bíblicas (hebraico, aramaico e grego), a
arqueologia bíblica e a hermenêutica (princípios de interpretação) bíblica.
EPISTEMOLOGIA PÓS-MODERNA
VIVENDO NA PÓS-MODERNIDADE
A história humana pode ser dividida em pré-modernidade, modernidade e pós-
modernidade. Nós vivemos na era pós-moderna. Cada uma destas épocas da história
humana foram marcadas por uma maneira geral de se pensar a respeito das coisas,
especialmente sobre as questões espirituais.
Na pré-modernidade, que alguns definem como todo o período da história que
antecede a teoria da evolução, foi marcada por uma crença absoluta nos valores e
idéias propagadas pelo cristianismo. O mundo vivia à sombra da Igreja Católica e era
praticamente “impedido” de pensar diferente do que a Igreja estabelecia como sendo a
sua verdade. A fé era colocada além e aquém da razão. A fé era a “resposta” (embora
alguns chamem de “desculpa”) para tudo que era desconhecido e improvável. De fato,
o moto deste período não era a fé bíblica, mas sim a superstição e o misticismo.
Com as descobertas e avanços científicos, a maneira das pessoas pensarem
mudou. A razão, e não a fé, passou a ser o motor do ser humano.
Na modernidade, diferentemente do homem pré-moderno, o homem passou a
ser mais intelectual, mas racional e otimista a respeito do presente e do futuro; ele
passou a sonhar com a conquista do espaço. Ele se tornou mais objetivista e
exclusivista. Sua descoberta do conhecimento passou a ser baseada no método de
investigação científica; ele rejeitou a revelação como um meio real e “lógico” de se
obter conhecimento. O mundo moderno proclamou a evolução do homem.
A pós-modernidade é anti-intelectual e busca novamente refúgio na “fé”
(entenda-se superstição ou misticismo), porém, não interessa fé em quem ou em quê
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA:
BIBLIOLOGIA I
ÍNDICE:
INTRODUÇÃO
DEFININDO BIBLIOLOGIA
A ORIGEM DA BÍBLIA
AS TRADUÇÕES DA BÍBLIA
ESTRUTURA DA BÍBLIA
SÍMBOLOS DA BÍBLIA
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
QUESTÕES
INTRODUÇÃO
DEFININDO BIBLIOLOGIA
A ORIGEM DA BÍBLIA
idealizou o livro nos moldes em que o temos hoje. Estes livros em seus
primórdios eram chamados códices.
A palavra códice vem do latim "codex", que designava primitivamente um
bloco de madeira cortado em várias folhas ou tabletes para escrever. O códice
era formado de várias folhas de papiro ou pergaminho sobrepostas e
costuradas. As vantagens dos códices sobre os rolos, no caso dos manuscritos
bíblicos, são evidentes pelas seguintes razões:
1) Permitia que os quatro Evangelhos, ou todas as Epístolas paulinas se
achassem num livro;
2) Era bem mais fácil o manuseio do livro;
3) Adaptava-se melhor para receber a escrita de ambos os lados,
baixando assim o custo do livro;
4) A procura de determinadas passagens era mais rápida.
Assim, vemos que, a princípio, os livros sagrados não estavam reunidos
uns aos outros como os temos agora em nossa Bíblia. O que tornou isso
possível foi a invenção do papel, no século II, pelos chineses, bem como a do
prelo de tipos móveis em 1450 d.C. por Gutenberg, tipógrafo alemão. Até então
era tudo manuscrito pelos escribas, de modo laborioso, lento e oneroso.
Ainda hoje, devido aos ritos tradicionais, os rolos sagrados das Escrituras
Hebraicas continuam em uso nas sinagogas judaicas.
AS TRADUÇÕES DA BÍBLIA
A Septuaginta
Os líderes do judaísmo em Alexandria foram responsáveis por esta
tradução do Antigo Testamento hebraico para o grego. Esta tradução já estava
concluída em 150 a.C. e foi feita por eruditos judeus e gregos, provavelmente
para o uso dos judeus alexandrinos. Ela foi encomendada por Ptolomeu II (287
a.C.-247 a.C.), rei do Egito, para ilustrar a recém inaugurada Biblioteca de
Alexandria. A tradução ficou conhecida como os Setenta (ou Septuaginta,
palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta e dois rabinos
trabalharam nela e, segundo a lenda, teriam completado a tradução em setenta
e dois dias. A Septuaginta foi usada como base para diversas traduções da
Bíblia.
A Vulgata
É uma tradução para o latim da Bíblia escrita em meados do Século IV
por São Jerônimo, a pedido do Papa Dâmaso I, que foi usada pela Igreja
Católica e ainda é muito respeitada.
No século IV, a situação mudara e é então que o importante biblista São
Jerónimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para latim e revê a Vetus
Latina. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o
Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecido
como Septuaginta. Chama-se Vulgata a esta versão latina da Bíblia, que foi
usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos, e ainda hoje é
fonte para diversas traduções.
Versões Brasileiras
Foram muitas as versões brasileiras, mas iremos apresentar algumas que
julgamos mais importantes:
A) Almeida – As versões em língua portuguesa, conhecidas como
Almeida foram as traduções feitas por João Ferreira de Almeida, Ministro do
Evangelho, da Igreja reformada da Holanda, em 1670. Porém, o Novo
Testamento só veio a ser publicado em 1961. Desta tradução foi publicada a
“Edição Revista e Corrigida”, conhecida também como ARC – Almeida Revista
e Corrigida. Depois surgiu a ARA – “Almeida Revista e Atualizada”, publicada
pela Sociedade Bíblica do Brasil em 1948. E esta tradução veio diretamente da
Vulgata Latina para a língua portuguesa.
B) Figueiredo – O padre Antônio Pereira de Figueiredo, partindo da
Vulgata Latina, traduziu integralmente o Novo e o Antigo Testamentos.
Figueiredo incluiu em sua tradução os chamados livros apócrifos que o Concílio
de Trento havia acrescentado aos livros canônicos em 8 de abril de 1546. Esse
fato tem contribuído para que a sua Bíblia seja ainda hoje apreciada pelos
católicos romanos nos países de língua portuguesa.
C) Soares – Coube ao padre Matos Soares realizar a tradução mais
popular da Bíblia entre os católicos na atualidade. Publicada em 1930 e
baseada na Vulgata, essa tradução possui notas entre parêntesis defendendo
os dogmas da Igreja Romana. Por esse motivo recebeu apoio papal em 1932.
ESTRUTURA DA BÍBLIA
A Bíblia divide-se em duas partes principais: Antigo e Novo Testamento.
O antigo Testamento foi escrito antes do Nascimento de Cristo, e o Novo
Testamento, depois da morte de Cristo.
A Bíblia tem ao todo 66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos, 773.692
palavras e 3.566.480 letras (dependendo da versão)
O Antigo Testamento tem 39 livros, 929 capítulos, 23.214 versículos,
592.439 palavras e 2.728.100 letras (dependendo da versão). A palavra
testamento, usada no hebraico, é “Berith”, que significa “concerto” e “aliança”,
sendo assim, o Antigo Testamento chamava-se “Antigo Concerto” ou “Antiga
Aliança”. Jesus citou as divisões do Antigo Testamento: Lei, Salmos e Profetas
Lc 24.44; Ele aprovou todos os livros do Antigo Testamento, ao citar o caso de
Abel, registrado em Gênesis, o primeiro livro, e mencionou o caso de Zacarias,
filho de Baraquias, registrado em Crônicas, que pela ordem da Bíblia hebraica
é o último livro. O antigo Testamento foi originalmente escrito em hebraico, com
exceção de alguns trechos em aramaico, que foi uma língua herdada pelos
judeus, após o exílio babilônico.
O Novo Testamento tem 27 livros, 260 capítulos, 7.959 versículos,
181.253 palavras e 838.380 letras (dependendo da versão). Foi escrito
originalmente na língua grega. Não o grego “clássico”, falado pelos eruditos,
mas o grego “Koiné”, falado pelo povo comum. No caso, aqui o termo
“Testamento” vem do original grego “Diatheke”, o mesmo que “Concerto”. O
Novo Testamento é um Novo Concerto, selado não mais pelo sangue de
animais Ex 24.8, mas sim selado pelo próprio sangue de Jesus Mc 14.24 e Hb
9.11-15; e portanto, Superior.
A Bíblia em sua forma original é desprovida das divisões de capítulos e
versículos. Para facilitar sua leitura e localização de "citações" o Prof. Stephen
Langton, no ano de 1227 dC a dividiu em capítulos. Até o ano de 1551 dC não
existia a divisão denominada versículo. Neste ano o Sr. Robert Stephanus
chegou a conclusão da necessidade de uma subdivisão e agrupou os texto em
versículos. Até a invenção da gráfica por Gutenberg, a Bíblia era um livro
extremamente raro e caro, pois eram todos feitos artesanalmente (manuscritos)
e poucos tinham acesso às Escrituras.
Encontra-se traduzida em mais de 1000 línguas e dialetos, o equivalente
a 50% das línguas faladas no mundo. Há uma estimativa que já foi
SÍMBOLOS DA BÍBLIA
A PALAVRA DE DEUS:
TEORIAS DA INSPIRAÇÃO
Inspiração natural:
Segundo esta teoria, não há nenhum elemento sobrenatural na produção
da Bíblia. A Bíblia teria sido escrita por grandes homens que freqüentemente
erraram ao expressar o que eles pensavam sobre a vontade de Deus.
Inspiração parcial:
É a teoria que afirma que a Bíblia contém algumas palavras de Deus, mas
que ela deve ser classificada (“demitologizada”) para podermos encontrá-las.
As demais partes da Bíblia seriam puramente humanas e podem conter erros.
Inspiração conceitual:
Teoria que defende que os pensamentos da Escritura são inspirados, mas
as exatas palavras usadas não são. Segundo os defensores de tal teoria, há
erros factuais e científicos na Bíblia.
Inspiração ditada:
A teoria que declara que os escritores passivamente registraram as
palavras de Deus sem qualquer participação de seus próprios estilos ou
peculiaridades. Esta teoria foi abandonada no final do século XIX.
Inspiração aprovada posteriormente:
Teoria que defende que os homens escreveram os livros da Bíblia e a
Igreja os aprovou. Ela (a teoria) foi modificada mais tarde com a idéia de que o
Espírito Santo teria dado uma assistência aos escritores, impedindo-os de
cometer erros, sem interferir com outra influência.
Inspiração formal e não material:
Esta teoria afirma haver Deus inspirado o conteúdo das Escrituras e não a
expressão verbal, fruto do talento e da capacidade dos escritores sagrados.
Esta teoria foi modificada em sua parte metodológica, isto é, não se deveria
da afirmativa de que “Deus é o autor”, mas da noção teológica de inspiração
divina.
O SIGNIFICADO DA INSPIRAÇÃO
Distinções:
É importante distinguir entre inspiração e revelação e iluminação. A
revelação tem a ver com a origem e conteúdo da verdade (1 Coríntios 2.10); a
inspiração tem a ver com o registro da verdade (2 Timóteo 3.16) e a
iluminação tem a ver com o entendimento da verdade (1 Coríntios 2.13, 14).
Definição de inspiração
A inspiração é a qualidade sobrenatural que tem as Escrituras como
resultado da obra do Espírito Santo ao guiar os escritores humanos, sem
anular sua personalidade, a consignar sem erro a revelação divina nas
palavras dos manuscritos originais.
DEFINIÇÃO DE INERRÂNCIA
A maneira mais simples de definir o conceito de inerrância bíblica é
afirmar que “A Escritura não tem erros. Ela conta somente a verdade”.
As Escrituras dizem que Deus não mente: “Deus não é homem, para
que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo
ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Números
23.19).
Nós podemos confiar que a Bíblia não tem erros porque ela é a própria
verdade. É importante entendermos, porém, que a inerrância das Escrituras se
limita aos manuscritos originais, que não registram nada contrário aos fatos
sobre os quais testemunha. A Bíblia é pura e perfeita nas linguagens originais
nas quais as suas palavras foram escritas, mas pode haver imperfeições no
que diz respeito às versões e traduções da Bíblia.
O ARGUMENTO BÍBLICO:
A essência da crença na inerrância e infalibilidade da Bíblia é o
testemunho da própria Escritura. Alguns acham que a inerrância não é
ensinada explicitamente nas Escrituras, mas sim, implicitamente. O consenso
atual é que a inerrância é tanto explícita quanto implícita.
1. A Bíblia ensina sua própria inspiração divina e isso requer que ela
seja inerrante. As Escrituras são ‘o sopro’ de Deus (2 Timóteo 3.16), e isso
garante que as suas palavras não contenham erros.
2. Em Deuteronômio 13.1-5 e 18.20-22, Israel recebe o critério para
distinguir entre uma mensagem e mensageiro de Deus das falsas
profecias e profetas.
3. A Bíblia ensina sua própria autoridade, e isto requer inerrância. As
duas passagens mais usadas são Mateus 5.17-20 e João 10.34-35. Ambas são
registradas nas palavras de Jesus. Na primeira, Jesus diz que os céus e a terra
passarão antes que o menor detalhe da lei falhasse. A autoridade da lei
descansa no fato de cada pequeno detalhe será cumprido. Em João 10, Jesus
diz que a Escritura não pode falhar e assim Ele mostra que ela está
absolutamente interligada. Embora seja verdade que ambas as passagens
enfatizam a autoridade da Bíblia, esta autoridade somente pode ser justificada
ou fundamentada na inerrância.
O ARGUMENTO HISTÓRICO:
Um Segundo argumento para a inerrância bíblica é que esta tem estado
na concepção da igreja ao longo da história. Alguém deve lembrar que se a
inerrância foi parte do corpo de doutrinas ortodoxas, então em muitas
discussões ela foi mais assumida do que defendida
A ABRANGÊNCIA DA INERRÂNCIA:
Quando nós afirmamos que a Bíblia não contêm erros, muitos críticos
logo tentam apontar os aparentes erros encontrados nas Escrituras. Esses
supostos erros têm a ver com detalhes que ‘cientificamente’, segundo os
opositores dizem, são imprecisos ou errados. Além disso, eles também atacam
o fato de os autores fazerem citações sem indicar a fonte, usarem figuras de
linguagem que ‘humanizam’ Deus e relatos diferentes do mesmo evento.
Porque a Bíblia usa a linguagem do escritor humano, nós lemos que o ‘sol
nasce’ ou ‘se levanta’ e a ‘chuva cai’. Os cientistas podem objetar que esta
linguagem é imprecisa e incorreta do ponto de vista científico, mas não do
ponto de vista do observador comum.
Quando uma pessoa comum olha para o sol, a impressão que se tem é
que a terra está parada e o sol é quem se move. Assim, nós dizemos que pela
manhã o sol nasce ou se levanta e à tardinha ele se põe. Nós usamos essa
linguagem constantemente e é plenamente aceita e usada na literatura secular
e mundial sem qualquer questionamento sobre a sua veracidade.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA:
QUESTÕES DE BIBLIOLOGIA I
A) O vocábulo “Bíblia” foi empregado pela primeira vez, cerca do ano 400
d. C.
B) O papiro era uma planta aquática que crescia junto aos rios, lagos e
banhados do Oriente.
C) O papel inventado pelos chineses.
D) A Bíblia foi originalmente escrita em forma de livro.