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Universidade Save
Massinga
2023
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Universidade Save
Massinga
2023
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Índice
CAPITULO I..............................................................................................................................5
1.0.Introdução.............................................................................................................................5
1.1 Objectivos.............................................................................................................................5
1.1.1 Geral...................................................................................................................................5
1.1.2 Específicos.........................................................................................................................5
1.2 Metodologia..........................................................................................................................5
CAPITULO II.............................................................................................................................6
2.0.Carbohidratos........................................................................................................................6
2.1.Composição...........................................................................................................................6
2.2.Funções.................................................................................................................................6
2.3.1.Monossacarídeos................................................................................................................6
2.4.Oligossacarídeos...................................................................................................................9
2.4.1.A Maltose.........................................................................................................................10
2.4.2.Sacarose...........................................................................................................................10
2.4.3.Lactose.............................................................................................................................11
2.5.Polissacarídeos....................................................................................................................11
2.5.1.Amido..............................................................................................................................12
2.5.2.Amilose............................................................................................................................12
2.5.3.Amilopectina....................................................................................................................12
2.5.4.Glicogênio........................................................................................................................12
2.5.5.Quitina..............................................................................................................................13
2.6.Detergentes.........................................................................................................................13
CAPITULO III..........................................................................................................................18
3.0.Conclusão............................................................................................................................18
3.1.Referências bibliográficas...................................................................................................19
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CAPITULO I
1.0. Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Química Orgânica II, lecionada na Unisave
e tem como objectivo demonstrar de uma maneira geral e explicativa os Carbohidratos, sua
composição e classificação, também abordar-se-á sobre Detergentes, sua aplicação bem como
o seu impacto no meio ambiente. Carbohidratos são moléculas orgânicas que apresentam C,
H, O na sua composição. Mais da metade do carbono orgânico do planeta está armazenado em
apenas duas moléculas de carbohidratos: amido e celulose. Ambos são polímeros do
monômero glicose, diferenciando-se apenas pela forma na qual estão ligados. Os açúcares de
6C são os mais abundantes na natureza, mas açúcares de 5C, ribose e desoxirribose, ocorrem
no RNA e DNA, respectivamente.
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
Falar dos Carbohidratos e detergentes.
1.1.2. Específicos
Conceituar carbohidratos;
Indicar a composição dos carbohidratos;
Classificar os carbohidratos;
Explicar a aplicação dos detergentes;
Descrever o impacto ambiental dos detergentes.
1.2 Metodologia
Para esta pesquisa bibliográfica de natureza científica, será feita a partir do levantamento de
referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrónicos, como livros,
artigos científicos, páginas de website.
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CAPITULO II
2.0. Carbohidratos
São compostos de função mista do tipo poliálcoolaldeído ou poliálcool-cetona e outros
compostos que, por hidrólise, dão poliálcoois-aldeídos e/ou poliálcoois-cetonas.
2.1. Composição
Biomoléculas constituídas principalmente por C, H e O, mas podem conter N, P ou S em sua
composição. Para a maioria dos carboidratos, a fórmula geral é: CnH2nOn , daí o nome
"carboidrato", ou "hidratos de carbono“.
2.2.Funções
Fonte de energia;
Reserva de energia;
Estrutural.
2.3.1. Monossacarídeos
Monossacarídeos são os carboidratos formados por uma única unidade de poliidroxialdeído
ou poliidroxicetona. Exemplos: glicose, galactose, manose, frutose, entre outros. Apresentam
de 3 a 9 carbonos em sua estrutura. A estrutura segue a proporção de um carbono para cada
dois hidrogênios e um oxigênio: Cn(H2O)n.
Estereoisómeros são divididos em dois grupos que diferem na configuração do centro quiral
mais distante do grupo carbonila: D isômeros e L isômeros
2.4. Oligossacarídeos
Os monossacarídeos podem ligar-se entre si para formar moléculas contendo algumas
unidades de monossacarídeos unidas covalentemente, os oligossacarídeos (oligo=alguns).Esse
tipo de ligação covalente entre monossacarídeos ocorre quando o grupo hidroxila (ROH)
ligado ao carbono anomérico de um deles reage com outra hidroxila (R’-OH) do outro
monossacarídeo. Essa ligação é denominada de ligação glicosídicas. Esse tipo de ligação
glicosídicas é chamado de O-glicosídicas, uma vez que um açúcar está ligado a um átomo de
oxigênio da outra molécula de açúcar.
As ligações glicosídicas podem assumir várias formas, uma vez que o carbono anomérico de
um monossacarídeo pode estar na configuração α ou β. Além disso, a ligação pode envolver
um grupo–OH ligado a qualquer um dos carbonos do segundo monossacarídeo, como o
carbono 4 (C-4) ou o carbono 6 (C-6).
Várias combinações diferentes são encontradas na natureza. Porisso, os grupos –OH são
enumerados de modo que possam ser distinguidos (esse sistema de enumeração segue aquele
dos carbonos aos quais os grupos –OH estão ligados), e a notação do tipo de configuração do
carbono anomérico também deve ser mencionada ao se especificar a ligação glicosídicas entre
os monossacarídeos. Dessa maneira, podemos ter, por exemplo, uma ligação glicosídicas
entre duas moléculas de monossacarídeos na forma α (1→4) ou na forma α (1→6).
2.4.1.A Maltose
É obtida a partir da hidrólise do amido e consiste de dois resíduos de glicose em uma ligação
glicosídica α (1- 4) onde C1 de uma glicose liga-se ao C4 de outra glicose. O segundo resíduo
de glicose da maltose contém um átomo de carbono anomérico livre (C1), sendo assim
classificamos o mesmo como um açúcar redutor.
2.4.2.Sacarose
A sacarose (açúcar comum extraído da cana) é um constituído pela união de uma a-D-glicose
com α, β -D-frutose pela ligação glicosídica α, β (1-2) indicando que a ligação ocorre entre os
carbonos anoméricos de cada açúcar (C1 na glicose e C2 na frutose). A sacarose é um açúcar
não-redutor por não ter terminação redutora livre.
2.4.3.Lactose
A lactose é encontrada apenas no leite, sendo formada pela união do C1 da β-D-galactose com
o C4 da D-glicose, em uma ligação glicosídica β (1-4) Apresenta capacidade redutora por
possuir carbono anomérico livre na glicose.
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2.5. Polissacarídeos
Quando vários monossacarídeos são ligados entre si, o polímero resultante é denominado
polissacarídeo. Os polissacarídeos podem ser formados a partir de unidades repetitivas de um
único tipo de monossacarídeo (ou monômero) e, nesse caso, o polissacarídeo é chamado de
homopolissacarídeo. Se o polímero é formado a partir de mais de um tipo de monossacarídeo,
ele é denominado heteropolissacarídeo.
2.5.1. Amido
É um homopolissacarídeo depositado nos cloroplastos das células vegetais como grânulos
insolúveis. É a forma de armazenamento de glicose nas plantas e é empregado como
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combustível pelas células do organismo. É constituído por uma mistura de dois tipos de
polímeros da glicose:
2.5.2. Amilose
São polímeros de cadeias longas de resíduos de α-D-glicose unidos por ligações glicosídicas α
(1-4).
2.5.3. Amilopectina
É uma estrutura altamente ramificada formada por resíduos de α-D-glicose unidos por
ligações glicosídicas α(1-4), mas também, por várias ligações α(1-6) nos pontos de
ramificação, que ocorrem entre cada 24 e 30 resíduos. Esses polímeros têm tantas
extremidades não redutoras quantas ramificações, porém apenas uma extremidade redutora
2.5.4. Glicogênio
É a forma mais importante forma de polissacarídeo de reserva da glicose das células animais.
A estrutura do glicogênio assemelha-se à da amilopectina, exceto pelo maior número de
ramificações que ocorrem em intervalos de 8 -12 resíduos de glicose ( na amilopectina os
intervalos das ramificações são de 24-30 resíduos de glicose). Essa estrutura altamente
ramificada, torna suas unidades de glicose, mais facilmente mobilizáveis em períodos de
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2.5.5. Quitina
É o principal componente estrutural do exoesqueleto de invertebrados como insetos e
crustáceos e portanto é o segundo mais abundante polissacarídeo depois da celulose. A quitina
é constituída de resíduos de N-acetilglicosamina em ligações b(1-4) e forma longas cadeias
retas que exerce papel estrutural. Se diferencia quimicamente da celulose quanto ao
substituinte em C2, que é um grupamento amina acetilado em lugar de uma hidroxila.
2.6. Detergentes
Detergentes são substâncias cujas moléculas têm uma cabeça polar e uma cauda apolar. A
cabeça polar geralmente tem uma carga eléctrica, positiva ou negativa, e a cauda apolar é
formada por uma cadeia de átomos de carbono. A cabeça polar atrai água e repele óleo. A
cauda apolar atrai óleo e repele água.
Através dos séculos realizaram-se várias tentativas no sentido de auxiliar a água em sua
função detergente. Os primeiros processos que se tem notícia, baseados no atrito,
empregavam argilas e cinzas. Dos tensioativos conhecidos, o sabão foi o primeiro a ser
produzido comercialmente. O sabão, cuja época e local exacto de aparecimento são ignorados,
é o marco de entrada no campo dos detergentes. As matérias-primas para sua manufatura
eram substâncias alcalinas (obtidas das cinzas de plantas) e gorduras animais. A arte secular
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A água sozinha não consegue remover a gordura dos materiais. Isso acontece porque a água é
polar, conforme mostrado na imagem abaixo, em virtude da diferença de eletronegatividade
que existe entre os átomos de hidrogénio e oxigénio de suas moléculas. Por outro lado, a
gordura é apolar e, por isso, a água não dissolve as gorduras.
A água possui tensão superficial, que é uma espécie de película ou membrana elástica que se
forma na superfície da água, que a impede de penetrar em tecidos e outros materiais para
remover a sujeira. As moléculas de água atraem-se em todas as direções por meio de ligações
de hidrogénio, mas as moléculas da superfície só interagem com moléculas do lado e abaixo,
criando uma diferença de forças de coesão, que faz com que as moléculas da superfície
contraiam-se e formem essa tensão superficial (Mcmurry, 2005).
Os sabões e detergentes possuem sais de ácidos graxos, que são longas moléculas formadas
por uma parte apolar (que é hidrofóbica–hidro = água; fobos=aversão) e uma extremidade
polar (hidrófila–hidro = água; filos = amigo). Abaixo temos uma estrutura típica de um sabão:
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Assim, a parte apolar dessas moléculas presentes nos sabões e detergentes interage com a
gordura, enquanto a extremidade polar interage com a água, agrupando-se na forma de
pequenos glóbulos, denominados de micelas, em que as partes hidrofílidas ficam voltadas
para a parte de fora da micela em contado com as moléculas de água, e a gordura fica na parte
interna, em contacto com a parte apolar ou hidrofóbica. A cabeça polar e as moléculas de
água atraem-se fortemente agrupando-se na forma de pequenos glóbulos, denominados de
micelas. A cauda apolar ou parte hidrofóbica é parecida com o óleo; ela não é atraída pela
água, mas é atraída pelo óleo. Então, ela penetra na gotícula de óleo enquanto a cabeça polar
fica na água. Podemos imaginar uma gotícula de óleo com muitas moléculas de detergente
espetadas nela. A cauda apolar fica dentro da gotícula e a cabeça polar, fora, na água. Temos
uma gotícula com grande número de cabeças polares ou partes hidrofílidas, que têm carga
eléctrica, na superfície. Como todas as gotículas têm essas mesmas cargas eléctrica na
superfície, elas se repelem. Dessa forma, as gotículas de óleo não podem juntar-se, e essa
mistura de água e óleo é estável. Isto significa que água e óleo agora não se separam. Esta é
uma emulsão (Solomons, 2005).
Quando se tenta lavar com água um objecto engordurado, ela simplesmente passa por cima da
gordura e não limpa nada. Isso acontece porque as moléculas de água não atraem as de
gordura. Quando se usa um detergente e se agita ou esfrega, a gordura é quebrada em
pequenas gotículas, que não se juntam porque têm moléculas de detergente espetadas nelas.
Agora a água pode arrastar as gotículas de gordura e, assim, lavar o objecto.
que os de cadeia ramificada não são. A legislação actual exige que os detergentes sejam
biodegradáveis. Em certas regiões a água é rica em iões Ca 2+ e/ou Mg2+. Esse tipo de água é
chamado de água dura. Nela, os sabões não actuam de modo satisfatório, pois ocorre uma
reação entre esses catiões e o anião do sabão, formando um precipitado (composto insolúvel).
Isso pode diminuir ou até mesmo anular completamente a eficiência da limpeza.
Para resolver esse problema, os fabricantes adicionam ao produto uma substância conhecida
como agente sequestra-te, cuja função é precipitar os iões Ca2+ e Mg2+ antes que eles
precipitem o sabão (Santos, 2015).
Um dos agentes sequestrastes mais usados é o tripolifosfato de sódio Na 5P3O10. Há, no
entanto, um inconveniente no uso desses agentes. Eles são nutrientes de algas e, quando vão
parar num lago, favorecem a proliferação delas. Esse crescimento exagerado impede a entrada
de luz solar; assim, as algas do fundo morrem (por falta de luz) e começam a apodrecer. Esse
apodrecimento consome oxigénio da água, o que, por sua vez, acarreta a morte dos peixes.
Esse processo é chamado de eutrofização do lago (do grego eu, "bem", e trophein, "nutrir")
(Peruzzo & Canto, 2003).
CAPITULO III
3.0. Conclusão
Após realização do trabalho, concluiu-se que, os são moléculas relativamente simples que
podem ser ligadas de várias maneiras para formar moléculas maiores, como o amido. Essa
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