C3 C4 Cam - FIVA
C3 C4 Cam - FIVA
C3 C4 Cam - FIVA
2º ano - Laboral
Docente:
João Shenga MSc
2º ano - Laboral
Discentes:
Ema Teresa Albino
Lavnézia Germino Pedro Rangeiro
Margharetes Carlos Felizardo Guidione
Docente:
João Shenga MSc
2.4. Diferenciação sobre o seu metabolismo , tipo de enzima, tipo de moléculas de plantas
CAM, C3 e C4............................................................................................................................. 9
3. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 11
1.1. OBJECTIVOS
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
➢ Fazer uma diferenciação sobre o seu metabolismo , tipo de enzima, tipo de moléculas.
1.2. METODOLOGIA
4
2. PLANTAS C3, C4 E CAM: FIXAÇÃO DE CARBONO
Podemos, ao modo mais simples, dizer que este ciclo coleta moléculas de CO2 simples e as
utilizam para formar moléculas maiores e mais complexas, como aminoácidos, ácidos graxos e
carboidratos. Essas moléculas também são utilizadas na fotossíntese, na “fase clara”, e originam
novos compostos que serão utilizados pela planta ,(PRISCO, 1991).
Durante estes processos há perda de água, principalmente por meio da fotossíntese, tendo em
vista que a radiação solar aumenta a velocidade das reações químicas na planta por conta do
calor que transmite. O calor da radiação solar, juntamente com o calor gerado pelo aumento das
reações metabólicas, faz com que ocorra a perda de água.
2.1. PLANTAS C3
As plantas C3 recebem este nome por conta do ácido 3-fosfoglicérico formado após a fixação
das moléculas de CO2. Estes vegetais compreendem a maioria das espécies terrestres, ocorrendo
principalmente em regiões tropicais úmidas.
As taxas de fotossíntese das plantas C3 são elevadas à todo o momento, tendo em vista que a
planta atinge as taxas máximas de fotossíntese (TMF) em intensidades de radiação solar
relativamente baixas. É por isso que são consideradas espécies esbanjadoras de água. Ainda
assim, este grupo vegetal é altamente produtivo, contribuindo significativamente para o
equilíbrio da biodiversidade terrestre , (FERREIRA ,1992).
5
2.2. PLANTAS C4
As folhas de plantas conhecidas como C4 possuem dois tipos distintos de células contendo
cloroplastos: o mesofilo e a bainha do feixe vascular, as quais estão conectadas por extensa rede
de plasmodesmas. As células da bainha do feixe apresentam uma anatomia diferenciada, em
forma de coroa, conhecida como anatomia kranz. O ciclo C4 consiste de quatro etapas , mas
antes temos uma figura a seguir:
➢ Na primeira etapa ocorre a fixação de CO2 (como HCO3 - ) pela enzima carboxilase do
fosfoenolpiruvato (PEP-carboxilase) no citosol das células do mesofilo, formando
oxaloacetato. Este ácido orgânico é convertido para malato ou aspartato, dependendo da
espécie, nos cloroplastos das células do mesofilo.
Estes ácidos de quatro carbonos são os primeiros intermediários estáveis da fotossíntese destas
plantas, daí o nome C4. Nas plantas que possuem apenas o ciclo de Calvin, o primeiro
6
intermediário estável é o 3-fosfoglicerato, de três carbonos, sendo estas plantas referidas como
C3.
➢ Na segunda etapa, os ácidos de quatro carbonos são transportados das células do mesofilo
para as células da bainha do feixe vascular, via plasmodesmas. Algumas plantas C4
transportam malato enquanto outras transportam aspartato.
➢ Estes ácidos de quatro átomos de carbono são então descaboxilados nas células da bainha
do feixe vascular, liberando CO2 e produzindo piruvato ou alanina. O CO2 é então fixado
pela RuBisCO, que nestas plantas é encontrada somente nas células da bainha do feixe.
OBS: As demais reações do Ciclo de Calvin ocorrem normalmente nestas plantas,
concluindo o processo de fixação de CO2.
➢ Estes ácidos de quatro átomos de carbono são então descaboxilados nas células da bainha
do feixe vascular, liberando CO2 e produzindo piruvato ou alanina. O CO2 é então fixado
pela RuBisCO, que nestas plantas é encontrada somente nas células da bainha do feixe.
❖ A enzima PEP carboxilase tem elevada afinidade pelo substrato (HCO3 - , 5µM), o que a
permite atuar mesmo em muito baixas concentrações do substrato;
❖ Uma conseqüência do exposto acima é que as plantas C4 habitam ambientes com altas
temperaturas e climas semi-áridos (quentes e secos);
7
❖ A rubisco é encontrada apenas nas células da bainha vascular. Estas plantas, portanto,
gastam menos nitrogênio do que as plantas C3.
• Mecanismo de regeneração do PEP consome dois ATP. Assim, as C4 gastam 5 ATP para cada
CO2 fixado; As plantas C3 gastam apenas 3 ATP por CO2 fixado; Apesar deste maior consumo
de ATP, o mecanismo C4 é bastante eficiente para as condições de clima tropical, pois
praticamente anula a fotorrespiração. Nestas condições as espécies C4 apresentam taxas de
fotossíntese líquida bem superiores às de espécies C3 (SALISBURY, 1991).
Nestas plantas o CO2, na forma de HCO3 - , é capturado pela carboxilase do PEP no citosol, a
qual combina o HCO3 - com o fosfoenolpiruvato, produzindo oxaloacetato. O que diferencia
estas plantas das demais é que este processo de fixação de CO2 ocorre durante a noite (Figura
18). O oxaloacetato formado é então convertido para malato, o qual se acumula nos vacúolos.
Este acúmulo de ácidos orgânicos durante a noite explica o nome CAM – metabolismo ácido das
crassuláceas, comum nas cactáceas, bromeliáceas, orquidáceas, euforbiáceas e crassuláceas.
Durante o dia, o malato estocado é transportado para os cloroplastos e descarboxilado, liberando
CO2 que é reduzido pelo ciclo de Calvin. Estas plantas são típicas de ambientes áridos. Elas
abrem os estômatos durante a noite e fecham durante o dia, prevenindo as perdas de água. OBS:
Algumas plantas podem alterar o metabolismo fotossintético, passando de CAM para C3 e vice
versa. O modo CAM predomina sob condições de aridez. Quando as plantas estão bem supridas
com água elas podem passar para C3 (CAM facultativas). Muitas plantas, no entanto, são CAM
obrigatórias , (TAIZ & ZEIGER, 2004).
8
2.4. Diferenciação sobre o seu metabolismo , tipo de enzima, tipo de moléculas de
plantas CAM, C3 e C4
A tabela a seguir mostra as diferenças na fotossíntese das plantas C3, C4 e CAM. Nota-se que as
adaptações nas C4 permitem que elas fotossintetizem em altas taxas, mesmo em altas
temperaturas (o mecanismo de concentração de CO2 praticamente elimina a fotorrespiração).
Estas plantas conseguem altas produtividades nas condições tropicais. As adaptações fisiológicas
das plantas CAM permitem a sua sobrevivência em condições de climas áridos e semi-áridos.
Estas plantas são pouco produtivas (baixas taxas fotossintéticas). Já as características das plantas
C3 permitem que elas sejam mais eficientes em condições de climas temperados (note que estas
plantas consomem menos ATP por molécula de CO2 fixado). A redução na produtividade das
plantas C3 deve-se ao aumento da fotorrespiração com o aumento da temperatura , (TAIZ &
ZEIGER, 2004).
9
Parâmetro C3 C4 CAM
Relação 1: 3: 2 1: 5: 2 1: 6,5: 2
CO2/ATP/NADPH
Temperatura 20 a 25 oC 30 a 45 oC 35 oC
Ótima
10
3. CONCLUSÃO
11
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, L. G. R. Fisiologia Vegetal: Relações Hídricas. 1st ed. Fortaleza: Edições UFC,
1992, 138p.
MARSCHNER, H. Mineral Nutrition of Higher Plants. 2nd ed. London: Academic Press,
1995, 889p.
TAIZ, L., ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 3ª edição. Editota Artmed, 2004, 719p.
12