Queixa Crime
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QUEIXA-CRIME
DOS FATOS
Roberto, ora querelante, decidiu convidar seus amigos e parentes por meio de sua rede social,
enviando o convite para todos os contatos a fim de comemorar seu aniversário no dia 19 de
dezembro de 2019 em uma famosa churrascaria da cidade do Rio de Janeiro/RJ.
Por esta razão, Luana, ora querelada, ex-namorada e vizinha do querelante, soube do evento e,
por razões desconhecidas, difamou e injuriou Roberto, ofendendo a sua dignidade e o decoro
por meio de seu perfil em uma rede social.
“não sei o motivo da comemoração, já que Roberto não passa de um idiota, bêbado,
irresponsável e sem vergonha!”
Ademais, com o propósito de prejudicar o querelante perante seus colegas de trabalho declarou
que:
“ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas
ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que
trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”.
Roberto, ao ler os comentários supracitados por meio de seu tablet conectado à rede social,
ficou tão abalado que não soube o que dizer aos seus amigos: Carlos, Miguel e Ramirez que
estavam ao seu lado naquele momento.
O dano à honra do querelante foi tão grande que decidiu cancelar a festa, desistindo da
comemoração de seu próprio aniversário diante da humilhação pública a qual foi exposto.
Por essa razão, o querelante procurou a delegacia mais próxima para instaurar inquérito policial.
DOS FUNDAMENTOS
Se torna evidente que a conduta praticada pela querelada incorre nas situações previstas nos
artigos 139 e 140 do Código Penal, praticando o crime de difamação ao afirmar que o querelante
trabalha todo dia embriagado e que no dia 10 do mês passado ele cambaleava bêbado no horário
de labor e injúria, por ter chamado o querelante de “idiota, bêbado, irresponsável e sem
vergonha”.
Não obstante, o artigo 141, inciso III do mesmo código declara que:
“Art. 141 – As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de 1/3 (um terço), se
qualquer dos crimes é cometido: III – na presença de várias, ou por meio que facilite a
divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria;”
A querelada, usou meio que facilitou a divulgação da difamação e injúria, incidindo, por isso, a
causa de aumento de pena prevista no artigo 141, inciso III, do Código Penal.
Sendo assim, percebe-se que houve uma única conduta de Luana, qual seja, uma única
publicação, sendo certo que em tal publicação, com desígnios autônomos, a querelada praticou
dois crimes, a saber: injúria e difamação.
Em conformidade ao artigo 145 do Código Penal, este tipo penal somente se procede mediante
Ação Penal Privada, eis a razão do oferecimento da presente Queixa-crime.
Cumpre ainda esclarecer que por se tratar de crime de menor potencial ofensivo, cuja pena
máxima, em abstrato, não ultrapasse 2 anos, considera-se o Juizado Especial Criminal
competente para julgar esta ação, conforme disposto na Lei 9099/95 em seu artigo 61.
DOS PEDIDOS
a) o recebimento da queixa-crime;
b) a designação de audiência preliminar ou de conciliação;
c) a citação da querelada;
d) a oitiva das testemunhas arroladas;
e) a procedência do pedido, com a consequente condenação da querelada nas penas dos
artigos 139 e 140 c/c o Art. 141, III, n/f com o Art. 70, todos do CP;
f) a fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, IV, do CP;
g) a condenação da querelada ao pagamento das custas processuais.
DAS PROVAS
ROL DE TESTEMUNHAS:
Testemunha 1: Carlos
Testemunha 2: Miguel
Testemunha 3: Ramirez
Nestes termos,
Pede deferimento
Local e data
Advogado - OAB/UF