Decisão e Informação Na Gestão Pública
Decisão e Informação Na Gestão Pública
Decisão e Informação Na Gestão Pública
Pública
Administração Pública
2023.1
Sumário
INTRODUÇÃO 4
8. REFERÊNCIAS 61
INTRODUÇÃO
4
A primeira fase do processo – a análise do ambiente procurando-se identificar
as situações que exigem decisão foi denominada por Simon (1972, p. 14) de
atividade de coleta de informações. A segunda, de criar, desenvolver e analisar
possíveis cursos de ação, foi chamada de estruturação e a terceira, de escolher uma
linha determinada de ação entre as disponíveis, designada como atividade de
escolha. De modo geral, a fase de coleta de informações precede à de estruturação,
e esta à de escolha. O ciclo de fases, todavia, é muito mais complexo do que sugere
essa sequência. Cada fase de tomada de determinada decisão constitui por si
mesma processo complexo (SIMON 1972).
Não obstante, as três grandes fases são, não raro, claramente discerníveis, à
medida que se desenrola o processo de tomada de decisão na organização. Essas
fases estão estreitamente relacionadas com os estágios da solução de problemas,
descritos, pela primeira vez, por John Dewey (apud Simon, 1972, p. 17).
Assim, acrescenta o autor, se uma mudança na política do país cria uma nova
situação para os executivos da organização, isso exige estruturação e escolha de
uma linha de ação para executá-la. A execução da política, portanto, não se
distingue do fato de tornar a política mais detalhada. Por esta razão, justifica-se
adotar o padrão de tomada de decisões como paradigma da maioria das atividades
do executivo.
Neste sentido, de acordo com Costa Neto (2007, p. 40): “A vida de qualquer
administrador é uma sucessão de incontáveis decisões. Algumas, talvez a maioria,
são tão rotineiras que exigem pouco esforço do pensamento. São decorrentes de
respostas a problemas lógicos. Outras, entretanto, exige um certo tipo de
sensibilidade especial, uma forma diferente de desenvolver o pensamento. Estas
são as decisões estratégicas – são as que lidam com novas direções, mudança,
visão de mundo, vencer a competição, e até, em muitos casos, lucrar”.
5
e em grupo. Esse é um indício a mais da importância da capacidade de tomar
decisões no elenco da capacidade dos gerentes.
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Desta forma, o autor indicou que nós temos limites à racionalidade. Que não
conseguimos ser totalmente racionais. A realidade é muito complexa e, portanto,
temos de usar a intuição em conjunto à razão.
Pense bem! Quando você foi pela última vez ao shopping e comprou aquela
camisa (ou bolsa, ou perfume, etc.) se baseou apenas em dados concretos. Ou seja,
tomou uma decisão apenas racional, ou se baseou também no seu gosto pessoal,
na sua preferência anterior ou na opinião de um colega?
Assim, você deve tomar decisões sobre que tipo de financiamento escolher.
Desta maneira, terá de analisar a tendência dos juros nacionais, do crescimento da
economia brasileira, da competição no ramo em que a empresa atua, etc.
7
Muitos destes dados não estão disponíveis ou são extremamente complexos,
não é verdade? Não dá para tomar uma decisão apenas se baseando nos dados
concretos, nas informações disponíveis.
Com a incerteza, estes dados não existem! Assim, não conseguimos calcular
a probabilidade de uma decisão ser favorável ou não. Muitas vezes, não temos
acesso aos dados que gostaríamos em uma determinada situação.
8
Outro autor, Thompson (2015, apud Chiavenato, 2011), classifica a tomada de
decisão em quatro tipos básicos: a computação, o julgamento, o compromisso e a
inspiração. Estes tipos se dariam de acordo com as seguintes condições: a certeza,
o risco, a incerteza e a turbulência (ou ambiguidade). Abaixo, temos a descrição de
quando estas decisões ocorreriam:
Todos nós tomamos diversas decisões durante nossa vida. Estas decisões
podem ser complexas ou simples. Desta forma, podem ser difíceis (qual será nossa
profissão ou com quem casaremos) até decisões diárias, como qual será a marca de
refrigerante que escolheremos no almoço.
Quando você decidiu fazer este curso superior tomou uma decisão, não é
verdade? O mesmo ocorreu quando decidiu assistir a esta aula.
Elemento Descrição
O processo decisório pode ser visto por duas óticas: a do pensamento linear
e a do pensamento sistêmico. O pensamento linear (ou cartesiano) é uma teoria
mais antiga, que deriva de Aristóteles.
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Um gestor que trabalhe na área de finanças tenderá a só se preocupar com
os aspectos financeiros, por exemplo. Assim, terá em mente os problemas e
objetivos daquela área específica da organização.
Todos nós temos um tempo finito para analisar as questões e tomar nossas
decisões. Para reduzir as demandas de processamento de informações e, assim,
tomar as decisões, as pessoas se utilizam de uma técnica chamada de heurística de
julgamento.
Por isso, devemos levar em consideração que nós, seres humanos, temos
uma capacidade limitada de formular e solucionar problemas complexos. Desse
modo, na prática não buscamos soluções ótimas, mas apenas razoáveis, e não
avaliamos todas as alternativas, mas apenas algumas.
1
Heurística é um procedimento mental simples que ajuda a encontrar respostas
adequadas, embora várias vezes imperfeitas, para perguntas difíceis.
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● Os aspectos cognitivos do processo decisório;
● O processo mental de formar opinião ou avaliar, através de discernimento ou
comparação; e
● A capacidade de julgar, ou seja, o poder e/ou habilidade de decidir com base em
evidências.
Heurísticas Descrição
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Para Maximiano (1995), qualquer problema necessita de uma decisão para
ser resolvido, mas nem toda decisão busca resolver um problema. Muitas decisões
serão utilizadas para abordar uma necessidade, um interesse ou uma oportunidade.
Ele é muito bom para podermos identificar quais são os itens mais
importantes em uma situação, e quais são os aspectos pouco importantes.
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O que Pareto descobriu é que normalmente 20% dos itens geram 80% dos
resultados (portanto, são muito importantes) e os outros 80% dos itens geram
apenas 20% dos resultados – por isso o nome de regra dos “80/20”.
Esta regra não serve apenas para os itens de um almoxarifado, mas costuma
se repetir em outros fatores (20% das doenças matam 80% dos pacientes em um
Hospital, 20% dos vendedores geram 80% das vendas, etc.). Portanto, esta
ferramenta nos possibilita “focar” nos aspectos que mais impactam nossa
organização.
Cada fator pode conter diversos aspectos diferentes, que serão anexados
abaixo dos fatores principais (ex: Pista defeituosa está “inserido” dentro do fator
infraestrutura). Desta forma, cada fator principal pode ter diversos fatores
“secundários”.
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1.5.3 Diagrama de Dispersão
Desta maneira, o gráfico abaixo mostraria que existe sim uma correlação, ou
seja, que as cidades que investiram mais em saúde passaram a ter uma estimativa
maior. Já as cidades que investiram menos estavam com uma menor expectativa de
vida.
Vamos imaginar uma situação. Você acabou de ser contratado para uma
empresa e em seu primeiro mês de serviço é chamado para uma reunião com todos
os seus chefes. Nesta reunião, é apresentado um problema e o diretor pede a
opinião das pessoas presentes na sala.
Por mais que você tenha uma ideia que seja interessante, você vai pensar
duas vezes antes de falar, não é mesmo? O medo de ser criticado ou ridicularizado
será grande. Desta maneira, muitas vezes o Brainstorming não funciona por este
receio da crítica.
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O conceito por trás desta ferramenta é de que um comportamento qualquer é
derivado do equilíbrio, ou não, de duas forças opostas. Desta maneira, para cada
situação existiriam as forças propulsoras, que estimulariam aquele comportamento e
as forças restritivas, que se oporiam àquele comportamento.
O que Lewin (1995) disse, então, é que se uma força for maior do que a
outra, influenciará o comportamento nesta direção. Portanto, em uma organização,
utilizamos esta ferramenta para entender quais são os fatores que são favoráveis e
quais são contrários a qualquer decisão que necessitamos tomar.
Desta maneira, não só entendemos quais são as forças que operam em uma
situação, como facilitamos o trabalho de superar as resistências das pessoas ou
grupos contrários.
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Assim, neste diagrama, buscamos entender quais seriam os impactos de
cada alternativa de decisão, de modo que possamos avaliar qual seria a melhor
alternativa em cada situação.
Princípios Conceitos
18
avançar para os mais complexos. Ou seja,
engloba o ordenamento dos pensamentos.
Decidir nada mais é do que escolher entre alternativas para poder resolver
um problema ou atingir um objetivo. Dentre os diversos tipos de decisões, podemos
classificá-las como programadas e não-programadas.
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Provavelmente, já estará previsto no manual do curso, qual o procedimento
que você terá de adotar para fazer uma “segunda chamada”. Desta forma, o servidor
simplesmente irá aplicar o que já estava “decidido” para casos iguais ao seu!
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decisões de níveis estratégicos, é necessário desenvolver estratégias para
que a organização seja capaz de atingir seus objetivos macros.
O processo de decisão precisa ser bem compreendido para ser levado a bom
termo. Uma decisão é uma escolha para enfrentar um problema. A decisão conduz a
outra situação, que pode exigir novas decisões.
Por isso, diversos estudos devem ser desenvolvidos, para tornar mais fácil e
com mais qualidade a participação dos gerentes, como de outros profissionais
dentro desse aspecto de trabalho.
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Essa figura nos mostra que a empresa se caracteriza como um sistema que
recebe uma diversidade de recursos do ambiente externo, os quais são
denominados entradas (ou inputs). Essas entradas são processadas pela empresa,
mais precisamente pelos seus subsistemas, e, então, são devolvidas à sociedade na
forma de bens e serviços, os quais recebem o nome de saídas (ou outputs).
Além disso, podemos ver que, por ser um sistema aberto, a organização
permite a constante troca de informações com o meio externo (governo,
fornecedores, mercado, entre outros) e, mais que isso, necessita dessa troca de
informações sob a pena de não sobreviver caso isso não ocorra.
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Esses Sistemas de Informação têm informações sobre pessoas e ambientes.
Ou seja, informação quer dizer que os dados apresentados têm significado para os
seres humanos. Já um ‘dado’, ao contrário, são sequências de fatos ainda não
analisados, que podem representar (ou não) alguma coisa para as organizações.
Uma vez que as informações sejam combinadas dentro de determinado contexto e
que gerem algum tipo de reflexão ou ação, elas se transformam em conhecimento.
Toda vez que as informações forem combinadas e aplicadas visando a algum
objetivo, elas geram conhecimento. Por exemplo:
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Em relação ao conhecimento, Laudon e Laudon (1999, p. 10) reforçam que “é
o conjunto de ferramentas conceituais e categorias usadas pelos seres humanos
para criar, colecionar, armazenar e compartilhar a informação”, ou seja, dados
transformados em informações úteis.
Moresi (2000, p. 19) explica que o valor da informação para a empresa pode
ser relatado através de uma “equação que contenha todos os fatores que
influenciam a avaliação de valor da informação. É preciso definir quem é o cliente,
qual a finalidade de utilização da informação, a que nível organizacional atenderá à
necessidade, qual a utilidade para outros clientes e os resultados esperados”.
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É importante reforçar que a informação é um bem da empresa e o
armazenamento, arquivamento e segurança dos dados e das informações da
empresa são itens cruciais quando tratamos de uma organização que utiliza um
Sistema de Informação Gerencial para gerenciar seu negócio. Afinal, Sistemas de
Informação são muito mais do que computadores; para usar os sistemas de
informação com eficiência é necessário entender as dimensões organizacional,
humana e tecnológica que os formam. Além disso, é fato que um sistema de
informação oferece soluções para importantes problemas ou desafios
organizacionais que a empresa enfrenta.
Nos anos 1980, novos e mais complexos papéis foram atribuídos aos
sistemas de informação. Grande parte desse processo deve-se ao fato de que o
número de microcomputadores dentro das organizações aumentou
consideravelmente, popularizando-se e atingindo mais profissionais. Segundo
O’Brien (2004, p. 21), “a partir desse momento, os usuários finais puderam usar
seus próprios recursos de computação em apoio às suas exigências de trabalho em
vez de esperar pelo apoio indireto de departamentos de serviços de informação da
empresa”.
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3. DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
3.1. Dado
3.2. Informação
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Assim, não é possível processar informação diretamente em um computador.
Para isso é necessário reduzi-la a dados. No exemplo, "fascinante" teria que ser
quantificado, usando-se por exemplo uma escala de zero a quatro. Mas então isso
não seria mais informação.
Por outro lado, dados, desde que inteligíveis, são sempre incorporados por
alguém como informação, porque os seres humanos (adultos) buscam
constantemente por significação e entendimento. Quando se lê a frase "a
temperatura média de Paris em dezembro é de 5ºC" (por hipótese), é feita uma
associação imediata com o frio, com o período do ano, com a cidade particular, etc.
Note que "significação" não pode ser definida formalmente. Aqui ela será
considerada como uma associação mental com um conceito, tal como temperatura,
Paris, etc. O mesmo acontece quando se vê um objeto com um certo formato e se
diz que ele é "circular", associando – através do pensar – a representação mental do
objeto percebido com o conceito "círculo".
Note-se que, ao exemplificar dados, foi usado "som gravado". Isso se deve ao
fato de os sons da natureza conterem muito mais do que se pode gravar: ao ouvi-los
existe todo um contexto que desaparece na gravação. O ruído das ondas do mar,
por exemplo, vem acompanhado da visão do mar, de seu cheiro, da umidade do ar,
da luminosidade, do vento, etc.
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de nomenclatura estável em língua portuguesa que permita estudos comparativos
dos mesmos.
33
(compatibility) informação aos propósitos pretendidos - THOMPSON, 1995; D'AMBRA;
compatível ou incompatível RICE, 2001
3.4. Conhecimento
35
4. LEVANTAMENTO DE DADOS. BASE DE DADOS
2
Banco de dados é uma coleção de arquivos estruturados, não redundantes e
inter-relacionados, que proporcionam uma fonte única de dados para uma variedade de aplicações.
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★ gerenciador de arquivos (GA): tipo de banco de dados que mantém um arquivo
separado para cada tabela de registros utilizada. As formas de relacionamentos entre
os arquivos são impostas por meio das linguagens de programação, por exemplo,
Cobol, Clipper, Dataflex, Paradox etc.;
★ sistemas de gerenciamento de banco de dados (SGBD): tipo de banco de dados que
tem um único arquivo para armazenamento de todas as tabelas de registros e
algumas outras características técnicas. Os dados nele armazenados ficam
disponíveis para qualquer aplicação desejada.
3
sistema tolerante a falhas que realiza a duplicação dos dados em uma unidade de disco reserva,
criando um verdadeiro espelho do conteúdo da principal. Em caso de falha, basta atualizar o
conteúdo de uma na outra ou efetuar a troca do equipamento.
4
sistemas de hardware que permitem a troca de unidades de disco rígido sem a necessidade de
desligar o equipamento; o mesmo que “troca a quente”.
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velocidade e facilidade de operação têm influência direta em todo o sistema de
informações da organização.
4.3. Profissionais
5
Sistema utilizado no censo demográfico brasileiro
6
Esses dispositivos têm sido bastante utilizados em shopping centers e parques para disponibilizar
pontos de acesso a diversas informações para clientes e visitantes, tais como localização de lojas ou
brinquedos de um parque, ou até informações sobre o horário de funcionamento.
39
Para as organizações que mantêm um extenso banco de dados, normalmente
existe um grande número de profissionais envolvidos nas tarefas de
desenvolvimento do projeto, das regras de utilização e da sua manutenção. São
eles:
b. Projetista de banco de dados - responsável pela identificação dos dados que devem
ser armazenados no banco de dados, escolhendo a estrutura correta para
representá-los e armazená-los;
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Esses sistemas têm o objetivo de dar suporte a três camadas da organização
que têm necessidades de informações diferentes e seus diversos níveis de
detalhamento também diferentes. São elas:
» suporte tático - permite uma resposta mais ágil e acertada no campo das
estratégias da organização;
O principal foco dos SO está nos níveis inferiores da empresa, que possuem
procedimentos predefinidos e políticas já implantadas, em que a responsabilidade do
operador para tomada de decisão não é requisito principal. Exemplos de sistemas
básicos:
I.fabricação e de controle;
II. vendas e marketing;
III.contabilidade e finanças;
IV. recursos humanos.
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Apesar de seu perfil voltado à resolução das tarefas da organização, os SO
mantêm interações com o ambiente externo a partir do momento que necessitam
utilizar dados de clientes, fornecedores etc.
Já foi exposto que interrupções nesse tipo de sistema criam um ponto de
gargalo nas atividades da organização e podem comprometer todos os outros tipos
de sistema.
Já se sabe que a intranet é uma excelente ferramenta para manter a estrutura
de comunicação de dados da organização, promovendo, inclusive, uma nova
ferramenta denominada endomarketing, que possibilita a divulgação de diversos
dados de caráter geral da empresa para todos os funcionários. Isso pode ser
facilmente relacionado com painéis virtuais de apresentação de resultados positivos
e negativos da organização.
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independentemente de seu porte. Essas funções podem ser facilmente incorporadas
ao sistema de informações da organização, sendo agrupadas como:
● Clientes
● Fornecedores
Dados
● Usuários
● Cidades
● Ponto eletrônico
Pessoal ● RH
● Folha de pagamento
● Lançamento de pedidos
Pedidos ● Confirmação de pedidos
● Aprovação de crédito
● Custos
Orçamento ● Estabelecimento de preço
● Proposta comercial
● Planejamento de produção
● Ordem de produção
● Requisição de materiais
Produção
● Roteiro de produção
● Estoque de produto acabado
● Produção
● Lançamento de expedição
Expedição ● Lançamento de nota fiscal
● Faturamento
● Contabilidade fiscal
● Orçamento contábil
● Contabilidade gerencial
● Contabilidade comercial
Controladoria
● Notas de entrada
● Notas de saída
● Contabilidade
● Livros fiscai
● Movimentação financeira
● Fluxo de caixa
● Controle bancário
Finanças ● Contas a receber
● Orçamento
● Simulação financeira
● Contas a pagar
● Assistência técnica
Serviços
● Controle de Serviços
● Controle de qualidade
Materiais
● Estoque de terceiros
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● Recebimento
● Estoque
● Carteira de pedidos
Demanda ● Previsão de vendas
● Projeção de estoque
● Previsão de compra
● Solicitação de compra
● Consolidação de solicitações
Compras ● Cotação
● Lista de preços
● Autorização de fornecimento
● Aprovação
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» pacotes específicos para determinadas áreas em que a padronização interna da
organização ou a legislação vigente permitem a entrada de dados e processamentos
automatizados resultando apenas nos relatórios devidos (por exemplo, softwares de
contabilidade).
Esse tipo de automação é a que mais tem sido adotada nas organizações,
independentemente do seu porte, pois até na menor organização o uso de um
computador pode melhorar o controle interno das atividades. Ela também é a melhor
maneira de integração da mão de obra de um trabalhador com a tecnologia.
É uma automação que pode ser utilizada tanto na interface de vendas diretas
com o cliente quanto nos departamentos internos da organização.
7
CRM é a sigla usada para Customer Relationship Management e se refere ao conjunto de
práticas, estratégias de negócio e tecnologias focadas no relacionamento com o cliente.
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» automação predial: uso de equipamentos como portão eletrônico, interfones,
ramais internos, sensor de presença, alarmes inteligentes, controles de caixa-d’água
etc. para aumentar a segurança ou constituir uma central de controle para
apartamentos, condomínios e prédios das empresas;
8
Controle numérico computadorizado.
9
Controlador lógico programável também conhecido como PLC.
47
Nas diversas manifestações da automação, tem-se a robótica, que, junto com
as teorias da inteligência artificial, elabora seus estudos na tentativa de desenvolver
a capacidade de decisão para as máquinas.
» a violação de privacidade;
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Nesse quadro, a ética10 é utilizada para determinar os valores que impõem as
fronteiras morais no desenvolvimento e no uso de sistemas que empregam a
tecnologia para automatizar tarefas. A ética não pode ser confundida com a moral,
pois essa é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por
uma determinada sociedade, um povo, uma religião, certa tradição cultural etc. Ela é
uma reflexão crítica sobre a moralidade, voltada para a ação historicamente
produzida com o objetivo de limitar as ações humanas.
A ética é um assunto que tem sido muito abordado hoje e mostra que, para
um ser humano poder participar de uma sociedade, ele precisa de uma conduta que
se baseie no respeito ao espaço e aos valores dos indivíduos que o cercam. A ética
pode ser traduzida como “bem-estar social” e precisa ter o mesmo nível de
atualização dos novos paradigmas gerados pela sociedade da informação. Uma boa
definição para ética é o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta
humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja
relativamente à determinada sociedade, seja de forma global.
10
“Ética” é uma palavra de origem grega, ethos, que designa a morada humana. É uma disciplina
crítico-normativa que estuda as normas de comportamento humano mediante as quais o homem
tende a realizar, na prática, atos identificados com o bem.
49
com que elas estão negociando, essas características podem impor a necessidade
de um código internacional para regulamentação desse tipo de comércio.
» Como provar que uma proposta enviada por correio eletrônico não foi
alterada?
11
Sigla para norma internacional que estabelece padrões de responsabilidade social para as
empresas. São premiadas as empresas que se submetem a um treinamento e a uma auditoria
independente que comprova o cumprimento das determinações da norma.
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6.2.1 Copyright (direito autoral)
Mesmo que alguns dados estejam disponíveis na internet, isso não dá o
direito aos usuários de fazer o que quiser com eles, por exemplo, copiar, revender
ou utilizar de forma não autorizada.
Um usuário recebe apenas uma licença de uso quando adquire uma cópia de
determinado programa. Essa licença pode ser por prazo determinado ou
indeterminado de acordo com o idealizador do software desde que exposto ao
comprador antes de sua compra.
54
7. DESAFIOS NA GESTÃO DA INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
Você consegue imaginar sua vida e a vida das organizações sem a presença
de informações? Impossível, não é? Todas as decisões que tomamos em nossas
vidas dependem de informações, e quanto mais confiáveis elas forem, melhor e
mais acertadas serão nossas decisões. Nas organizações não é diferente, as
informações possuem papel fundamental nos processos de tomada de decisão.
Dimensões Definições
Como você pode notar, todas as dimensões são importantes e devem ser
consideradas. Muitas vezes, as decisões são tomadas com base em um conjunto
incompleto de informações, o que pode influenciar em sua qualidade, que é um
importante atributo da informação para a tomada de decisões. Por isso, a
importância de verificar a qualidade das informações, evitando efeitos prejudiciais e
garantindo que as decisões tomadas tenham como resultado ações produtivas,
agilidade na resolução de problemas e, consequentemente, melhor desempenho
organizacional (CLEMEN, 1996; JUNG, 2004).
aumentar a produtividade;
57
prestação de serviço. Software representa as rotinas e o
conhecimento já sistematizado, utilizado na fabricação de
produtos ou prestação de serviços. Humanware representa
as pessoas que contribuem para o processo produtivo ou
conhecimento ainda não sistematizado.
58
7.2. Diferentes aplicações das tecnologias da informação e comunicação
na gestão pública
As TIC vêm proporcionando também maior interação entre governos e cidadãos por
meio dos portais do Governo na internet (governo eletrônico) que têm por finalidade
(AZEVEDO, 2015):
59
permitir que o cidadão participe exercendo e fortalecendo sua cidadania; oferecer
diversos serviços diretamente pela internet, como emissão de certidões e guias para
recolhimento de impostos;
12
Accountability é um mecanismo institucional utilizado pelos governantes e servidores para
responder à sociedade ou a outros órgãos do governo por seus atos ou omissões (LINHARES NETO;
BRITO, 2011).
13
O primeiro portal público brasileiro foi o da Receita Federal, criado em 1996, no qual em 1997 já era
possível o envio das declarações de Imposto de Rendas (IR) de forma on-line pelo programa
Receitanet (AZEVEDO, 2015).
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8. REFERÊNCIAS
LAUDON, Kenneth, C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de informação gerenciais. São Paulo:
Editora Person, 2014.
SILVA, Arídio; RIBEIRO, José Araújo; RODRIGUES, Luiz Alberto. Sistemas de Informação
na Administração Pública. Rio de Janeiro: Revan, 2005.
MELO, Ivo Soares. Administração de sistemas de informação. São Paulo: Pioneira, 2006.
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