ROTEIROS: Semiologia Ortopédica: Práticas Ampliadas I - Habilidades Médicas
ROTEIROS: Semiologia Ortopédica: Práticas Ampliadas I - Habilidades Médicas
ROTEIROS: Semiologia Ortopédica: Práticas Ampliadas I - Habilidades Médicas
EXAME FÍSICO
Pode ser realizado com o paciente em ortostase ou sentado - determinados exames pode ser necessário
que o paciente esteja em decúbito dorsal ou ventral.
No geral, deve-se observar a simetria, a amplitude dos movimentos, os marcos anatômicos por meio da
inspeção estática e dinâmica e palpação.
Caso o paciente faça referência de dor ou sintomas radiculares, optar pelos testes especiais
COLUNA CERVICAL
Inspeção Dinâmica
- Verifica-se amplitude dos movimentos da coluna cervical. Em
todos os movimentos o paciente pode segurar uma espátula
entre os dentes para ser usada como referência no registro
das angulações observadas.
a) Flexão: o paciente deve ser capaz de encostar o queixo
no tórax.
b) Extensão: deve-se observar o alinhamento da fronte e
do nariz com o plano horizontal.
c) Rotação bilateral: o queixo deve estar alinhado com os
ombros. Cada lado na rotação lateral: 80º.
d) Inclinação bilateral: o paciente deve fazer esse
movimento sem a mobilização do ombro. Cada lado
na inclinação lateral: 45º.
Palpação
- Na região cervical anterior: deve-se palpar as bordas dos mm.
esternocleidomastóideos com o paciente supinado (promove
relaxamento da mm. cervical). Deve-se notar dor, tumorações,
irregularidades, cistos, ausência da cadeia linfática da zona
anterior. Assim como feita avaliação e comparação entre os
pulsos carotídeos.
- Na região posterior: com o paciente preferencialmente sentado,
deve ser palpado a região do m. trapézio buscando investigar
dor ou tumoração, ausência da cadeia linfática, nn. Occipitais
maiores.
- Palpação óssea: Anterior – paciente em supinação. Palpa-se o
osso hioide, a cartilagem tireoidiana, o primeiro anel cricoide
e o tubérculo carotídeo. Posterior – palpa-se o occipício (face
posterior do crânio) para verificar a protuberância occipital
externa, o processo mastoide, os processos espinhosos das
vértebras cervicais (investigar dor, crepitação ou
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desalinhamento).
Teste da distração
- Paciente sentado.
- O examinador posiciona as mãos no queixo do paciente e na
região posterior da cabeça do paciente. Realização distração
da região cervical, podendo aliviar dor consequente à
compressão radicular.
- Teste positivo quando o paciente relata alívio da dor
COLUNA TORÁCICA
Inspeção e Palpação Inspeção
- Paciente em pé, com tórax despido e sem sapatos
- Analisa-se a postura global, massa muscular, assimetria,
contratura e aumento de volume. Na pele busca-se manchas
com coloração “café com leite”, nódulos e formações
indicativas de malformações congênitas (p. ex. tufos pilosos
ou retrações de pele).
- Observar a presença dos mm. peitorais, projeção de um dos
seios pela rotação das costelas e deformidades da parede (p.
ex. pectus carinatus – saliente ou pectus excavatum –
retraído)
- Paciente sentado: observa-se a presença de deformidades.
Determina a ação de cifose ou lordose.
- Paciente em decúbito ventral: observa-se deformidades ou se
houve correção com a mudança de posição.
- Paciente em decúbito dorsal: observa-se o arcabouço
costoesternal.
Palpação
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- Paciente sentado: O examinador analisa à distância da região
por trás da mesa de exames, pois há mais estabilidade do
paciente com o apoio da pelve. Verifica-se a existência de
dores pela pressão da mão do examinador.
- Paciente em pé: Pede-se ao paciente que se incline para a
frente, tentando tocar o solo, com os joelhos em extensão
absoluta. Deve-se palpar os mm. isquiotibiais.
- Paciente em decúbito dorsal e ventral: Observar dor. As
articulações das cartilagens costais são palpadas
individualmente, podendo despertar dor, como na síndrome
de Tietze (inflamações condrocostais).
- A rotação da coluna, especialmente na pesquisa de dor, pode
ser realizada passivamente pelo examinador, fixando e
empurrando a pelve para um lado e trazendo o ombro oposto
para o outro.
COLUNA LOMBAR
Inspeção e Palpação Inspeção
- Paciente em pé, com tórax despido e sem sapatos
- Verificar amplitude dos movimentos:
a) Flexão
b) Extensão (60°)
c) Rotação lateral esquerda e direita (65°)
d) Lateralidade esquerda e direita (35°)
- Analisa-se a postura global, massa muscular, assimetria,
contratura e aumento de volume. Na pele busca-se lesões
elementares e formações indicativas de malformações
congênitas
Palpação
- Durante a palpação do quadril e músculos associados, Deve
observar qualquer dor à palpação, temperatura, espasmo
muscular ou outros sinais e sintomas.
- Palpar na face anterior: crista íliaca, espinha ilíaca
anterossuperior e na face posterior: crista Ilíaca, espinha
ilíaca posterossuperior, processos espinhosos da coluna
lombar, sacro, crista Íliaca, túber Isquiático e nervo ciático.
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L5), e o teste é considerado positivo se não ocorrer aumento
de pelo menos 6cm na flexão máxima.
- Indicativo de espondiliteanquisolante
Teste de Lasegue
- Consiste na elevação do membro inferior estendido sobre a
bacia, acarretando estiramento do nervo isquiático. Elevação
do membro, flexão de quadril e joelho a 90º. O sinal de
Lasègue é positivo quando surge dor ATÉ 60º (mínimo 30º).
Posteriormente á confirmação do sinal, regride-se em 1º e
realiza-se flexão de joelho para descartar estiramento dos
músculos do compartimento posterior da coxa.
- Indicativo de lombalgia
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EXAME DO MEMBRO INFERIOR
EXAME FÍSICO
Pode ser realizado com o paciente em ortostase ou sentado - determinados exames pode ser necessário
que o paciente esteja em decúbito dorsal ou ventral.
No geral, deve-se observar a simetria, a amplitude dos movimentos, os marcos anatômicos por meio da
inspeção estática e dinâmica e palpação.
Caso o paciente faça referência de dor ou sintomas radiculares, optar pelos testes especiais
QUADRIL
Inspeção Dinâmica
- Verificar amplitude dos movimentos de
a) Posição neutra(180°)
b) Flexão (110° - 120°)
c) Hiperextensão (30°)
d) Flexão permanente em decúbito dorsal (160°)
e) Flexão permanente em pé: abdução (45°) e adução
(30°)
f) Rotação em extensão (interna ou externa): 90°
g) Rotação em flexão (interna ou externa): 45°
- Verificação da marcha
a) Dor na região anterior: articular;
b) Dor na região lateral: extrarticular;
c) Dor na região posterior: patologias da coluna.
Palpação
- Deve palpar:
Articulações coxofemoral
Articulações sacroilíacas
Sínfise púbica
- Verificar pontos dolorosos, grande trocânter, tuberosidade
isquiática e sínfise púbica
- Verificar a presença de tumorações, lesões elementares,
edemas
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Paciente Pediátrico Manobra de Ortolani (Teste de Redução):
- Semiotécnica: os quadris devem ser mantidos em flexão de 90º
e examinados um de cada vez. Ao fazer a abdução da coxa
fletida simultaneamente, exercer pressão com o indicador e
dedo médio sobre o grande trocanter produz-se um ressalto
provocado pela cabeça femoral sobre o rebordo posterior ao
retornar ao acetábulo
- A instabilidade é indicada pela palpação, às vezes um clique
audível da cabeça do fêmur movendo-se sobre o arco
posterior do acetábulo e recolocação na cavidade.
- Indica síndrome congênita de quadril
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Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ), causada por
frouxidão dos ligamentos ao redor da articulação ou da posição
intraútero, resulta em subluxação ou luxação
JOELHO
- Alterações de marcha
- Amplitude dos movimentos;
a) Flexão (30°)
b) Extensão (180°)
Palpação
- Paciente sentado ou em decúbito ventral
- Verificar presença de edema ou derrames
- Palpar articulações e ligamentos
- Analisar tendões - síndrome da pata de ganso
Tornozelo
Inspeção
- Em posição ortostática ou decúbito dorsal
- Buscar alinhamentos e tumefações
- Verificar mobilização e amplitude dos movimentos
a) Flexão plantar (20°)
b) Flexão dorsal (50°)
c) Inversão
d) Eversão
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Palpação
- Durante a palpação do quadril e músculos associados, Deve
observar qualquer dor à palpação, temperatura, espasmo
muscular ou outros sinais e sintomas.
- Palpar na face anterior: crista íliaca, espinha ilíaca
anterossuperior e na face posterior: crista Ilíaca, espinha
ilíaca posterossuperior, processos espinhosos da coluna
lombar, sacro, crista Íliaca, túber Isquiático e nervo ciático.
Pé
Inspeção estática
- Paciente descalço e com os membros inferiores desnudos. -
Com paciente em ortostase: analisa rdeformidades angulares
no quadril, joelhos. hipertrofismo da musculatura da perna -
Verificar arqueamento da perna ou desvio no joelho e eixo do
retropé (normal – discreto valgo).
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Testes especiais Inspeção dinâmica
- Paciente em marcha natural – analisa trofismo muscular, vício
de marcha, relação entre articulações do joelho e tornozelo,
instabilidades.
Palpação
- Analisar proeminências ósseas (maléolo medial, maléolo
lateral), tibial anterior (em eversão), tendão extensor longo
do hálux (em extensão do hálux), tendão do extensor longo
dos dedos (em extensão dos dedos), tendão tibial posterior
(em flexão plantar + inversão), cabeça do tálux,
tuberosidade do navicular, articulação entre o cuneiforme
medial e a base do 1º metatarsal, tendões fibulares, base do
5º metatarsal, seio do tarso, extensores curtos dos dedos,
tuberosidade anterior do calcâneo (em eversão).
- ObservarTendão calcâneo e tuberosidade posterior do calcâneo
(em decúbito ventral).
Teste de Thompson
- Semiotécnica: Com o paciente em decúbito ventral e com os
joelhos fletidos a 90º ou com a face anterior da perna, a ser
examinada, apoiada em uma cadeira com o pé pendente
aplica-se compressão manual vigorosa na massa muscular da
panturrilha onde se situam os ventres dos gêmeos e o
músculo solear.
- Teste para avaliar integridade do tendão do calcâneo
- Thompson positivo quando não há flexão plantar.
- Indicativo de ruptura do calcâneo
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paciente não ajuda ativamente.
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