Manual de Obras Da Saneago
Manual de Obras Da Saneago
Manual de Obras Da Saneago
Manual de
Obras da
Saneago
Definir e padronizar os procedimentos técnicos a serem adotados pela Saneago na execução dos
Aplicação serviços e obras de engenharia.
SUMÁRIO
Sumário.............................................................................................................................................................................................................................. 2
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS..................................................................................................................................................... 12
1.1 – Objetivo e âmbito de aplicação.............................................................................................................................................................................. 12
1.2 – Convenções, abreviaturas e metrologia................................................................................................................................................................ 13
1.2.1 – Convenções..........................................................................................................................................................................................................13
1.2.2 – Abreviaturas.........................................................................................................................................................................................................14
1.2.3 – Metrologia............................................................................................................................................................................................................ 15
1.2.1.1 – Classes de normas............................................................................................................................................................................................15
1.2.1.2 – Legislação......................................................................................................................................................................................................... 15
1.2.1.3 – Sistema internacional de unidades.................................................................................................................................................................. 15
1.2.1.4 – Unidades de pressão........................................................................................................................................................................................ 16
1.3 – Da gestão da obra...................................................................................................................................................................................................17
1.3.1 – Documentos da obra........................................................................................................................................................................................... 17
1.3.2 – Caderno de especificações da obra.................................................................................................................................................................... 17
1.3.3 – Contradições, omissões e erros...........................................................................................................................................................................17
1.3.4 – Serviços não especificados..................................................................................................................................................................................18
1.3.5 – Plano de trabalho................................................................................................................................................................................................. 18
1.3.6 – Ordem de iniciação dos trabalhos.......................................................................................................................................................................18
1.3.7 – Objetos encontrados............................................................................................................................................................................................18
1.3.8 – Critérios de medição, regulamentação de preços e serviços............................................................................................................................ 18
1.3.9 – Modificações de componentes da obra...............................................................................................................................................................19
1.3.10 – Segurança e higiene nas obras......................................................................................................................................................................... 20
1.3.11 – Vigilância............................................................................................................................................................................................................ 23
1.3.12 – Licenças, seguros, taxas e tarifas..................................................................................................................................................................... 23
1.3.13 – Recebimento das obras..................................................................................................................................................................................... 23
1.3.13.1 – Considerações Gerais..................................................................................................................................................................................... 23
1.3.13.2 – Recebimento da obra..................................................................................................................................................................................... 24
1.3.13.3 – Itens Mínimos da Lista de Verificação............................................................................................................................................................ 24
1.4 – Da fiscalização da obra...........................................................................................................................................................................................30
1.4.1 – A fiscalização e suas funções.............................................................................................................................................................................. 30
1.4.2 – Direitos e autoridades da fiscalização................................................................................................................................................................ 31
1.5 – A contratada............................................................................................................................................................................................................31
1.5.1 – Obrigações e responsabilidades da contratada..................................................................................................................................................31
1.5.2 – Pessoal da contratada.......................................................................................................................................................................................... 32
1.5.3 – Danos, prejuízos e responsabilidades................................................................................................................................................................. 32
1.5.4 – Ensaios................................................................................................................................................................................................................. 32
CAPÍTULO 2 – Serviços preliminares................................................................................................................................................................................34
2.1 – Limpeza do terreno................................................................................................................................................................................................. 34
2.1.1 – Desmatamento e Destocamento........................................................................................................................................................................ 34
2.1.2 – Capina e Roçagem............................................................................................................................................................................................... 34
2.2 – Caminhos de serviços............................................................................................................................................................................................. 34
2.3 – Demolições e reposições........................................................................................................................................................................................ 34
2.4 – Tapume de proteção e cercas.................................................................................................................................................................................35
2.5 – Sinalização.............................................................................................................................................................................................................. 36
2.5.1 – Considerações Gerais.......................................................................................................................................................................................... 36
2.5.2 – Dispositivos de Sinalização Diurna......................................................................................................................................................................37
2.5.3 – Dispositivos de Sinalização Noturna................................................................................................................................................................... 37
2.6 – Passadiço e travessia..............................................................................................................................................................................................38
2.7 – Construção e conservação de desvios................................................................................................................................................................... 39
2.8 – Canteiro de obras....................................................................................................................................................................................................39
2.8.1 – Instalações provisórias no canteiro.....................................................................................................................................................................39
2.9 – Placas...................................................................................................................................................................................................................... 40
2.9.1 – Identificação da obra........................................................................................................................................................................................... 40
2.9.2 – Placas da Saneago............................................................................................................................................................................................... 40
2.9.3 – Placas da contratada........................................................................................................................................................................................... 40
2.10 – Desmontagem do canteiro e limpeza final.......................................................................................................................................................... 40
2.10.1 – Desmontagem e remoção do canteiro..............................................................................................................................................................40
2.10.2 – Limpeza final......................................................................................................................................................................................................40
3 – OBRAS CIVIS............................................................................................................................................................................................................... 43
Manual de Obras
da Saneago –
Capítulo 1 –
Introdução e
disposições
gerais
Sumário do Capítulo 1
1.1 – Objetivo e âmbito de aplicação.............................................................................................................................................................................. 12
1.2 – Convenções, abreviaturas e metrologia................................................................................................................................................................ 13
1.2.1 – Convenções..........................................................................................................................................................................................................13
1.2.2 – Abreviaturas.........................................................................................................................................................................................................14
1.2.3 – Metrologia............................................................................................................................................................................................................ 15
1.2.1.1 – Classes de normas............................................................................................................................................................................................15
1.2.1.2 – Legislação......................................................................................................................................................................................................... 15
1.2.1.3 – Sistema internacional de unidades.................................................................................................................................................................. 15
1.2.1.4 – Unidades de pressão........................................................................................................................................................................................ 15
1.3 – Da gestão da obra...................................................................................................................................................................................................16
1.3.1 – Documentos da obra........................................................................................................................................................................................... 16
1.3.2 – Caderno de especificações da obra.................................................................................................................................................................... 17
1.3.3 – Contradições, omissões e erros...........................................................................................................................................................................17
1.3.4 – Serviços não especificados..................................................................................................................................................................................18
1.3.5 – Plano de trabalho................................................................................................................................................................................................. 18
1.3.6 – Ordem de iniciação dos trabalhos.......................................................................................................................................................................18
1.3.7 – Objetos encontrados............................................................................................................................................................................................18
1.3.8 – Critérios de medição, regulamentação de preços e serviços............................................................................................................................ 18
1.3.9 – Modificações de componentes da obra...............................................................................................................................................................19
1.3.10 – Segurança e higiene nas obras......................................................................................................................................................................... 20
1.3.11 – Vigilância............................................................................................................................................................................................................ 23
1.3.12 – Licenças, seguros, taxas e tarifas..................................................................................................................................................................... 23
1.3.13 – Recebimento das obras..................................................................................................................................................................................... 23
1.3.13.1 – Considerações Gerais..................................................................................................................................................................................... 23
1.3.13.2 – Recebimento da obra..................................................................................................................................................................................... 23
1.3.13.3 – Itens Mínimos da Lista de Verificação............................................................................................................................................................ 24
Atestado para fins de acervo técnico..............................................................................................................................................................................28
1.4 – Da fiscalização da obra...........................................................................................................................................................................................29
1.4.1 – A fiscalização e suas funções.............................................................................................................................................................................. 29
1.4.2 – Direitos e autoridades da fiscalização................................................................................................................................................................ 30
1.5 – A contratada............................................................................................................................................................................................................30
1.5.1 – Obrigações e responsabilidades da contratada..................................................................................................................................................30
1.5.2 – Pessoal da contratada.......................................................................................................................................................................................... 31
1.5.3 – Danos, prejuízos e responsabilidades................................................................................................................................................................. 31
1.5.4 – Ensaios................................................................................................................................................................................................................. 31
Nas especificações concernentes a cada obra específica constará o caráter obrigatório de obediência a
este Manual Geral de Obras. A menos que haja explícita orientação em contrário, ficam suas diretrizes e
orientações incorporadas aos contratos e convênios firmados com a SANEAGO, para a execução de
obras ou para prestação de serviços.
1.2 – Convenções, abreviaturas e me trologia
No presente Manual Geral de Obras usaremos, além daquelas consagradas pelo uso, as expressões e
abreviaturas que se seguem.
1.2.1 – Convenções
Tabela 01 – Expressões
Termo Definição
Atividade realizada no sentido de assegurar a exequibilidade, eficácia e eficiência do objeto analisado, de modo a atingir os
Análise crítica
objetivos estabelecidos.
Caderno de
Conjunto de especificações capaz de subsidiar e orientar na elaboração de projetos executivos e orçamentos, bem como na
Especificação de
execução e na fiscalização adequada das obras.
Obra
Controle de Controle de identificação de datas, número de versão e demais informações capazes de identificar cabalmente cada um dos
Configuração componentes atualizados dos projetos e obras, objetivando impedir o uso de documentos obsoletos.
Pessoa física ou jurídica signatária do contrato com a SANEAGO para a execução de obras ou serviços, sendo técnica e
legalmente habilitada para executar, total ou parcialmente, um empreendimento de acordo com o projeto e nos limites,
Contratada
condições e pressupostos estabelecidos na Lei n° 8.666/1993, bem como na Lei n°13303/2016 e suas posteriores
modificações.
Técnico do quadro permanente da SANEAGO, podendo ser ainda pessoa física ou jurídica contratada, técnica e legalmente
Coordenador de habilitada para desempenhar as funções de coordenação da fiscalização, assumindo a responsabilidade por todas as
Fiscalização atividades, e alocação de recursos humanos e técnicos necessários à fiscalização de obras ou serviços contratados pela
SANEAGO.
Representação gráfica da previsão de desenvolvimento de uma obra, na qual se indicam os prazos em que se executarão as
Cronograma
suas diversas fases ou etapas.
Conjunto de documentos, recomendações e orientações técnicas, em conformidade com as Normas Brasileiras e Normas
Especificações da
Internacionais, em áreas não cobertas pela ABNT, objetivando estabelecer as condições de desenvolvimento de cada etapa
Obra
do empreendimento.
Estudo de Estudo de natureza técnica, sanitária, política, econômica, social e ambiental para a definição da melhor alternativa de
Concepção elaboração de um projeto.
Engenheiro, arquiteto, técnico ou preposto legalmente credenciado pela SANEAGO e designado pelo vocábulo fiscal,
Fiscalização definido como pessoa física ou jurídica, técnica e legalmente habilitada para verificar o cumprimento das disposições
contratuais de uma obra, suas especificações e normas contidas neste Manual.
Conjunto de normas e especificações básicas aplicáveis a materiais, equipamentos e serviços, incluindo a sequência de
Manual Geral de
execução dos mesmos, com o objetivo de padronizar e reduzir variabilidade das construções bem como para a obtenção de
Obras
maior qualidade, segurança e economia das obras.
Prestador de Pessoa física ou jurídica, técnica e legalmente habilitada, com a qual a SANEAGO contrata, na forma da lei, a execução de
Serviços serviços técnicos especializados.
Projetista Pessoa física ou jurídica legalmente habilitada para elaborar projeto de um empreendimento de forma parcial ou total.
Termo Definição
• Conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou
serviço, ou complexo de obras ou serviços, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares,
que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que
possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução. Um Projeto Básico
deve conter os seguintes elementos:
• Desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus
elementos constitutivos com clareza;
• Soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de
reformulação ou de introdução de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização
das obras e montagem;
• Soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de
Projeto Básico
reformulação ou de introdução de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização
das obras e montagem;
• Identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas
especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo
para a sua execução;
• Informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, e instalações provisórias e
condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para sua execução;
• Subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a
estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;
• Orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos
adequadamente avaliados.
Conjunto de elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Constará de: plantas e dados definidores do projeto, contemplando os
Projeto Executivo
detalhes construtivos, especificações de serviços, de materiais, de equipamentos e orçamento detalhado, tais que
possibilitem a construção e fiscalização da obra.
Conjunto de atividades realizadas para oficializar a aceitação e o respectivo encerramento de uma obra, a partir da
Recebimento de verificação do cumprimento das especificações técnicas e das estratégias construtivas e de todas as condições fixadas pelo
Obra contrato, visando a obter a segurança e a qualidade necessária para o empreendimento, tudo em consonância com o seu
objetivo e função.
Concessionária estadual dos serviços de saneamento básico, entidade contratante ou gestora de obras e serviços
SANEAGO
correlacionados a sua área de atribuição.
Subcontratação de pessoa física ou de firma pelas construtoras ou prestadores de serviços, com prévia autorização da
SANEAGO. Os subcontratados estarão vinculados à totalidade das condições contratuais, especificações e Manual Geral de
Terceirização
Obras, firmadas entre a SANEAGO e a contratada e, portanto, integralmente submetidos à ação da coordenação de
fiscalização no âmbito da obra ou serviço contratado.
1.2.2 – Abreviaturas
Tabela 02 – Siglas
Sigla Significado
AASHO American Association of State Highway Officials.
Sigla Significado
DIN Deutsche Institut Fur Normung, de preferência Deutsche Industrienormen.
PB Projeto de Norma de Especificação, de Método, de Terminologia, etc., da ABNT, na sua forma mais recente.
TR Tonelada de Refrigeração
1.2.3 – Metrologia
O Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO) foi criado, no âmbito
do Ministério da Indústria e Comércio, pela Lei Federal nº 5.966, de 1.973.
A atuação do SINMETRO é procedida por meio do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade (CONMETRO) e do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(INMETRO).
A finalidade do CONMETRO é a de formular, coordenar e supervisionar a política nacional de
normalização. A finalidade do INMETRO é a de executar a política formulada pelo CONMETRO.
A ABNT foi reconhecida pelo CONMETRO, em abril de 1.983, como Fórum Nacional de Normalização,
confirmando a credencial que o INMETRO lhe outorgara.
1.2.1.1 – Classes de normas
• NBR 1 – Normas compulsórias, de uso obrigatório em todo o território nacional.
• NBR 2 – Normas referendadas, de uso obrigatório para o poder e serviços públicos
concedidos.
• NBR 3 – Normas registradas no INMETRO, de acordo com diretrizes e critérios estabelecidos
pelo CONMETRO.
• NBR 4 – Normas probatórias, em fase experimental, com vigência limitada, registradas no
INMETRO de acordo com diretrizes e critérios estabelecidos pelo CONMETRO.
1.2.1.2 – Legislação
A obrigatoriedade do emprego da linguagem internacional, no que diz respeito à unidade de medidas, foi
estabelecida pelo decreto federal nº. 81621, de 03.05.78, que adotou o “Quadro Geral de Unidades de
Tabela 05 – Prefixos SI
Fator pelo qual a Unidade é
Nome Símbolo
multiplicada
Exa E 1018= 1.000.000.000.000.000.000
Peto P 1015 = 1.000.000.000.000.000
Terá T 1012 = 1.000.000.000.000
Giga G 109 = 1.000.000.000
Mega M 106 = 1.000.000
Toda obra ou serviço contratado deve obrigatoriamente ter um caderno de especificações que
estabeleça normas de procedimentos, materiais, equipamentos e qualquer meio imprescindível à sua
consecução.
1.3.3 – Contradições, omissões e erros
Em caso de divergência entre desenhos prevalecerão sempre os de escala maior.
Em caso de divergência entre desenhos, de datas diferentes, prevalecerão os mais recentes.
Em caso de contradições entre as plantas e o caderno de especificações de obra, prevalecerá o prescrito
neste último.
Em caso de divergência entre as cotas dos desenhos e suas dimensões, medidas em escala,
prevalecerão sempre as primeiras.
Nos casos específicos, o Caderno de Especificações e plantas, por atenderem as particularidades da
obra, prevalecem ao Manual Geral de Obras da SANEAGO, o qual será válido na omissão absoluta
daqueles.
Aquilo que for mencionado no Caderno de Especificações de Obra e omitido nas Plantas, ou vice-versa,
serão executados como se em ambos os documentos estivesse exposto, sempre após a devida
autorização da Fiscalização, que definirá suficientemente a unidade de obra correspondente a qual terá
preço previsto no Contrato.
Eventuais dúvidas quanto à interpretação das Plantas, do Caderno de Especificações de Obra ou mesmo
deste Manual, quaisquer que sejam, são dirimidas com a Fiscalização.
A omissão, no entanto, de qualquer procedimento neste Manual, no Projeto, nas Especificações de Obra
ou qualquer outro documento contratual, não exime a Contratada da obrigatoriedade da utilização das
melhores técnicas padronizadas para os trabalhos, respeitando os objetivos básicos do funcionamento e
adequação dos resultados.
1.3.4 – Serviços não especificados
Todo serviço somente poderá ser executado se convenientemente detalhado e especificado.
Para todos os serviços não descritos e não especificados no Caderno de Especificações de Obra, deverão
ser observadas as prescrições deste Manual Geral de Obras. Caso haja necessidade de detalhamento
específico de projeto, definição própria de processos de execução, definição precisa de materiais e
procedimentos construtivos inerentes à obra, os quais não estejam definidos nem nos desenhos de
Projetos, nem nas Especificações de Obra, nem no Manual Geral de Obras, o Construtor deverá, antes de
iniciar qualquer um dos mesmos, solicitar à Fiscalização das Obras que providencie, por meio escrito ou
magnético, as referidas Especificações desses serviços. Nestes casos será imprescindível que tais
Especificações sejam transcritas ao Diário de Obras.
Para todos os serviços executados sem especificações, seja de materiais a serem empregados, seja de
procedimentos de execução, seja de detalhamentos construtivos, à revelia desta instrução, será o
Construtor responsabilizado pelas possíveis imperfeições ou inadequações decorrentes dos mesmos
devendo refazê-los conforme indicação da Fiscalização, arcando com todos os custos relativos à
recuperação ou retrabalho, sem nenhum ônus para a SANEAGO.
A observância, em todos os locais de trabalho do disposto neste item não desobrigará a contratada do
cumprimento de outras disposições que, em relação à matéria, sejam incluídas em códigos e
regulamentos da União, Estado ou Municípios bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de
trabalho.
Fica estabelecido que é de responsabilidade da contratada:
Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentos sobre segurança e medicina do
trabalho;
• Instruir os empregados através de Programas Educativos, quanto às precauções a tomar no
sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais;
• Dar ciência aos empregados por meio de ordens de serviço, das Normas Regulamentadoras
sobre segurança e medicina do trabalho;
• Adotar as medidas que lhe sejam determinadas pelo órgão regional competente;
• Solicitar ao órgão regional do Ministério do Trabalho a aprovação das instalações do canteiro
de obras, e apresentar à fiscalização da obra o laudo técnico emitido por aquele.
• A Fiscalização conforme o caso, à vista do laudo técnico de serviço competente que
demonstre grave e iminente risco para o trabalhador poderá paralisar o serviço, máquina ou
equipamento e até mesmo a obra, com a brevidade que a ocorrência requerer e exigir as
providências que deverão ser adotadas para a supressão total do risco ao trabalhador;
• Organizar e manter em funcionamento uma comissão interna de prevenção de acidentes-
CIPA, que deverá ser registrada no órgão regional do ministério do trabalho até 10 dias após
sua eleição. A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de
acordo com o dimensionamento previsto no quadro 1 da NR 5, qual deverá ser seguida em
todos os seus dispositivos;
• Fornecer aos empregados gratuitamente, Equipamento de Proteção Individual – EPI
adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as
medidas de ordem preventiva não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes e danos à saúde dos empregados. Os Equipamentos de Proteção Individual serão
exigidos pela Fiscalização, sempre que o tipo de trabalho em elaboração assim o exija. Da
mesma forma, para trabalhar em períodos noturnos será necessária a utilização de tintas,
adesivos ou tiras reflexivas em capacetes, braçadeiras ou roupa de trabalho;
• Disponibilizar os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC conforme o PCMAT;
• Realizar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)- NR-07, uma vez
que o Ministério do Trabalho, através da SSST (Secretaria de Segurança e Saúde no
Trabalho) entende que “ todos os trabalhadores devem ter controle de sua saúde de acordo
com os riscos a que estão expostos. Além de ser uma exigência legal prevista no artigo 168
da CLT, está respaldada na convenção 161 da Organização Internacional do Trabalho – OIT,
respeitando princípios éticos, morais e técnicos”;
• Garantir nas edificações, as condições de perfeita segurança e de higiene do trabalho
estabelecidas pelo Ministério do Trabalho mantendo as mesmas conservadas e limpas, e
ainda, atender as condições de iluminação, ventilação e conforto térmico, compatíveis com
a natureza dos trabalhos nela realizados;
• Permitir que somente profissional qualificado possa instalar, operar, inspecionar ou reparar
instalações elétricas;
• Observar as precauções de segurança na movimentação e armazenamento de materiais nos
locais de trabalho, adequando equipamentos, recipientes e instalações, às condições
especiais de operação e manutenção dos mesmos e exigência de pessoal habilitado;
• Garantir que máquinas e equipamentos sejam dotados de dispositivos de partida e parada e
qualquer outro que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes de trabalho,
especialmente quanto ao risco de acionamento acidental. Garantir que reparos, limpeza e
ajustes somente serão executados por pessoal habilitado e treinado para tal fim e somente
com as máquinas equipamentos parados, salvo se o movimento for indispensável para tal
Cópia não controlada quando impresso
fim;
• Controlar periodicamente os riscos ambientais decorrentes de agentes físicos, químicos e
biológicos. Caberá a contratada a adoção de medidas para a eliminação ou a neutralização
da insalubridade adotando medidas que conservem o ambiente do trabalho, ou com a
utilização de equipamentos de proteção individual que diminuam a intensidade do agente
agressivo a limites de tolerância;
• As despesas salariais decorrentes de adicionais por motivo de insalubridade no trabalho
caberão à contratada;
• Assegurar que nenhum trabalhador remova individualmente peso superior a 60 Kg
(sessenta quilogramas), ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho da
mulher e do mesmo. Não compreende este item a remoção feita com a utilização de meios
mecânicos devendo ser observados neste caso os limites impostos pelo Ministério do
Trabalho;
• Respeitar o disposto na Norma Regulamentadora n.º 17 relativa à ergometria;
• Manter no canteiro de serviços equipamentos contra incêndio em perfeito estado de
funcionamento, de capacidade e natureza coerentes com o tipo e volume de serviços em
execução, bem como funcionários treinados para seu uso correto. Revisar periodicamente
estes equipamentos de acordo com as instruções dos fabricantes. Mantê-los em locais
visíveis, estrategicamente escolhidos e de acesso permanente. Em caso de incêndio em
qualquer local da obra a contratada terá a obrigação da prestação de ajuda no combate ao
sinistro, independentemente de tal sinistro envolver ou não elementos relacionados com o
seu trabalho;
• Manter a higiene nos locais de trabalho, nas instalações sanitárias, vestuários, alojamento,
refeitórios, salas e qualquer outro local da obra utilizado pelos trabalhadores. Essas
instalações deverão estar de acordo com a Legislação vigente;
• Fornecer a todos os trabalhadores água potável em condições higiênicas e em volume
adequado, com especial atenção ao caso que esteiam sendo executados em posições
remotas do canteiro;
• Manter sinalização de segurança em todos os locais da obra onde haja riscos ou estejam
sendo executados serviços;
• A contratada deverá observar e cumprir o disposto na Lei 6.514 de 222 de dezembro de
1.977 bem como a portaria 3.214 de 8 de junho de 1.978 que aprova as Normas
Regulamentadoras NR do capítulo V do título II da consolidação das leis do trabalho
relativas a segurança e medicina do trabalho, as quais serão obrigatório cumprimento no
que couber nas obras ou serviços fiscalizados pela SANEAGO.
• Em caso de acidentes no trabalho a contratada deverá:
• Prestar todo e qualquer socorro às vítimas;
• Paralisar imediatamente a obra nas suas circunvizinhanças a fim de evitar possibilidade de
mudanças nas circunstancias relacionadas com o acidente;
• Solicitar imediatamente o comparecimento da fiscalização ao local da ocorrência relatando
o fato por escrito em diário de obras, o mais tardar a vinte e quatro horas após o
acontecimento acompanhado de uma descrição do acidente;
No caso de acidente ou morte de qualquer pessoa envolvida no trabalho ou em decorrência da obra, a
fiscalização, a seu critério, reunirá uma “Comissão de Sindicância”, com a finalidade de investigar o
acidente dentro de setenta e duas horas do ocorrido. A fiscalização notificará a contratada com vinte e
quatro horas de antecedência do local e da hora das reuniões da Comissão e indicará testemunhas,
documentos e equipamentos necessários a determinação das causas e fatos pertinentes ao acidente. A
Comissão deverá emitir parecer indicando as possíveis causas do acidente e as medidas de prevenção
para evitar o acontecimento de novos acidentes.
Normas Regulamentadoras (NR) Aprovadas pela Portaria n° 3.214 de 8 de Junho de 1978, de obrigatório
cumprimento:
• NR. 5 – Comissão interna de prevenção de acidentes CIPA
• NR. 6 – Equipamentos de proteção individual EPI
• NR. 7 – Programa de controle médico de saúde ocupacional
• NR. 8 – Edificações
• NR. 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA
• NR. 10 – Instalações e serviços de eletricidade
• NR. 11 – Transporte, movimentação e armazenamento de materiais
• NR. 12 – Máquinas e equipamentos
• NR. 18 – Condições e meio ambiente na indústria da construção
• NR. 23 – Proteção contra incêndios
• NR. 24 – Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho
• NR. 26 – Sinalização de segurança
PCMAT
Será obrigatória a elaboração e implantação do PCMAT – DRT e PCMSO junto à obra. Toda esta
documentação deverá ser entregue à fiscalização da obra até no prazo máximo de 7 (sete) dias após a
emissão da ordem de serviço.
O PCMAT- Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho pertencente à NR-18 e é definido como
sendo um conjunto de ações, relativas a segurança e saúde do trabalho, ordenadamente dispostas,
visando à preservação da saúde e da integridade física de todos os trabalhadores de um canteiro de
obras, incluindo-se terceiros e o meio ambiente.
O PCMAT é um elenco de providências a serem executadas em função do cronograma da obra. De
conformidade com a legislação a elaboração do PCMAT compreende:
Memorial sobre as condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em
consideração riscos de acidentes e doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas;
Para que se atenda esse item ele deverá conter:
• A identificação da construtora e as principais empresas envolvidas com endereço da
sede, CEP, CGC, Contas d'água, telefone, principais responsáveis técnicos, etc.
• Descrição da obra, levando-se em considerações suas características básicas e
dimensões, como por exemplo o tipo de edifício, o número de pavimentos, a área total
construída, a área total construída, a área do terreno, a área projetada na planta, etc.;
• Elaboração de croqui com a localização indicando os limites do terreno, propriedades
vizinhas, vias de acesso, cursos d'água, etc.
• Definição de cronograma para as etapas da obra, incluindo número de trabalhadores
previsto para cada uma das fases;
• Previsão, em cronograma, da instalação e permanência de máquinas, equipamentos e
veículos de porte;
• Identificação de riscos ambientais por etapa e por função/atividade, considerando,
principalmente, o agravamento do risco nas mudanças de fases da obra. Exemplo:
pedreiro trabalhando sobre andaime suspenso; carpinteiro trabalhando na periferia da
laje;
• Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de
execução da obra.
O projeto das proteções, segundo alguns especialistas, cabe ao Engenheiro de Segurança, que definirá
que tipo de proteções coletivas serão necessárias e quando deverão ser implantadas.
O PCMAT nada mais é do que o PPRA para as obras de construção civil onde, além da necessidade de
Cópia não controlada quando impresso
enfoque dos riscos ambientais, enfatizam-se os riscos inerentes às atividades da indústria da construção.
O PCMAT deverá ser elaborado e executado, segundo a norma, por profissional legalmente habilitado em
segurança do trabalho, que são os Técnicos de Segurança do Trabalho e os Engenheiros de Segurança do
Trabalho, guardadas as devidas atribuições funcionais de cada um deles.
1.3.11 – Vigilância
A Contratada manterá permanentemente durante 24 horas (vinte e quatro horas) sistema de vigilância,
com pessoal devidamente habilitado e uniformizado, até o recebimento definitivo da obra pela
SANEAGO. Licenças, seguros, taxas e tarifas
A contratada estará obrigada a obter todas as licenças, autorizações, alvarás e franquias necessárias ao
serviço que contratar, pagando as taxas, emolumentos e outras despesas previstas em lei. Obriga-se
ainda a observar todas as disposições normativas e legais referentes à obra e a segurança pública, bem
como o pagamento de seguros de pessoas, despesas decorrentes das leis trabalhistas e impostos.
Correrão ainda às suas expensas as tarifas de consumo de água e de energia elétrica, oriundas das
instalações de escritórios e das obras e ainda quaisquer outras taxas administrativas que decorram da
execução da obra.
1.3.12 – Licenças, seguros, taxas e tarifas
A contratada estará obrigada a obter todas as licenças, autorizações, alvarás e franquias necessárias ao
serviço que contratar, pagando as taxas, emolumentos e outras despesas previstas em lei. Obriga-se
ainda a observar todas as disposições normativas e legais referentes à obra e a segurança pública, bem
como o pagamento de seguros de pessoas, despesas decorrentes das leis trabalhistas e impostos.
Correrão ainda às suas expensas as tarifas de consumo de água e de energia elétrica, oriundas das
instalações de escritórios e das obras e ainda quaisquer outras taxas administrativas que decorram da
execução da obra.
1.3.13 – Recebimento das obras
1.3.13.1 – Considerações Gerais
Os procedimentos aqui especificados serão aplicados para todos os serviços e obras de engenharia,
independentemente de valor e localização, construídas para a SANEAGO.
Define-se como “Recebimento de Obra” o conjunto de atividades realizadas para oficializar a aceitação e
o respectivo encerramento de uma obra, a partir da verificação do cumprimento das especificações
técnicas, das estratégias construtivas e de todas as condições fixadas pelo contrato, visando obter a
segurança e a qualidade necessária para o empreendimento, tudo em consonância com o seu objetivo e
função.
1.3.13.2 – Recebimento da obra
Quando as obras e serviços contratados estiverem inteiramente concluídos, em perfeito acordo com o
Contrato, a Contratada encaminhará um ofício a Coordenação de Fiscalização solicitando o Recebimento
da Obra. A Coordenação de Fiscalização iniciará o processo de recebimento emitindo a NOTIFICAÇÃO DE
RECEBIMENTO DE OBRAS/SERVIÇOS a Coordenação de Aceitação de Obras e Serviços da SANEAGO
juntamente com um relatório de informações essenciais da obra.
A Coordenação de Aceitação de Obras e Serviços fará uma primeira visita à obra para dimensionar os
recursos técnicos, humanos e econômicos para proceder ao Recebimento da Obra/Serviços. Instituirá a
seguir uma Comissão de Recebimento que terá autoridade para oficializar o Recebimento da Obra, com
todas as implicações cíveis e administrativas pertinentes.
Antes, porém, de encaminhar ofício a Coordenação de Fiscalização da Obra, a Contratada deverá junto
com a Fiscalização da Obra elaborar uma Lista de Verificação que contemplem de forma objetiva as
especificações a serem conferidas.
• LIGAÇÕES DOMICILIARES
Material empregado, testes das ligações prediais e cadastro.
• EDIFICAÇÕES CIVIS
Verificar dimensões, revestimento da parede, revestimento de piso, pintura, acabamentos especiais,
portas, alizares e fechaduras, louças, metais sanitários, esquadrias, vidros, armários, instalação elétrica
(iluminação e telefonia), instalação hidráulica e sanitária, cobertura, urbanização, drenagem e
iluminação externa.
Além desta Lista de Verificação, a qual será anexada ao ofício encaminhado a Coordenação de
Fiscalização, serão igualmente reunidos e entregues os seguintes documentos:
• Resultados e pareceres dos ensaios;
• Os ensaios de solos realizados no desenvolvimento da obra;
• Os ensaios de aço e de concreto realizados no desenvolvimento da obra;
• Os ensaios realizados em qualquer material no desenvolvimento da obra;
• Projeto definitivo;
• Desenhos "as built" de todos os projetos;
• Cadastro técnico;
• Relatórios técnicos elaborados no desenvolvimento da obra;
• Manuais técnicos dos equipamentos;
• Termos de garantia dos equipamentos;
• Laudos técnicos;
• Comprovante das vistorias das Companhias concessionárias de energia, de telefonia, de
fornecimento de gás, quando for o caso.
Ficará a critério da SANEAGO exigir outros documentos relativos: as posturas municipais, aos
regulamentos das concessionárias de serviços públicos e a qualidade dada às características intrínsecas
das obras e serviços.
Entendendo a Comissão designada pela Coordenação de Aceitação de Obras e Serviços que todos os
itens das especificações e de uso foram satisfeitos, estando de acordo com as Normas da SANEAGO,
com as Especificações da Obra, com as Plantas e com as especificações deste Manual, será emitido o
Laudo de Recebimento que conferirá à obra a condição de Recebida definitivamente, finalizando assim o
processo de recebimento.
Caso seja observada alguma imperfeição nas obras ou serviços contratados, a referida Comissão emitirá
um Relatório de Correção de Obras especificando os itens a serem reformulados ou reconstruídos e o
prazo que disporá a Contratada para as devidas reparações.
Concluídos os trabalhos das reparações, a Contratada deverá, mediante Ofício, notificar ao Coordenador
de Aceitação de Obras e Serviços o término dos mesmos. Atendidas e satisfeitas todas as correções
solicitadas, será emitido o Laudo de Recebimento.
Este Laudo de Recebimento conterá declaração formal de que o prazo mencionado no artigo 1245 do
Código Civil será contado, em qualquer hipótese, a partir da data desse mesmo termo, ou seja, fica
entendida e acordada a responsabilidade da Contratada, pelo prazo de 5 (cinco) anos, quanto ao
seguinte:
• Pela execução e aplicação de materiais;
• Pela solidez e segurança das obras, em razão dos materiais empregados e do solo onde
foram edificadas.
Gestor do Contrato
Eng. _____________________________
Eng. _________________________________
Diretor de Expansão
A contratada será obrigada a afastar do serviço e do canteiro de trabalho todo e qualquer elemento que,
por conduta, pessoal ou profissional, possa prejudicar o bom andamento da obra ou a ordem do canteiro.
A contratada não executará qualquer serviço que não seja autorizado pela SANEAGO, salvo aqueles que
se caracterizem como necessários à segurança da obra.
1.5.2 – Pessoal da contratada
A contratada manterá na chefia da obra, em tempo integral, um engenheiro devidamente registrado na
região local do CREA e com comprovada capacidade e experiência na gerência de obras do mesmo porte
e natureza da que será executada.
Esse engenheiro será auxiliado na execução de obras, em cada frente de trabalho, por pelo menos, um
encarregado especializado.
O engenheiro chefe da obra será o representante legal da contratada. O quadro de pessoal da
contratada alocado na obra, ou em outros setores que a afetem diretamente, será constituído de
elementos competentes, hábeis, disciplinados e experientes qualquer que seja a sua função, cargo ou
atividade.
1.5.3 – Danos, prejuízos e responsabilidades
Além das responsabilidades estabelecidas em contrato, serão de responsabilidade da contratada aquelas
de ordem pública impostas pela lei ou pela ética profissional perante a administração pública, a vizinhos
da obra e a terceiros, empregados, fornecedores, e fisco, bem como perante os órgãos da fiscalização
administrativa e profissional, em face às infrações decorrentes de eventos da construção, quais sejam:
• Responsabilidade pela perfeição da obra;
• Responsabilidade pela solidez e segurança da obra;
• Responsabilidade civil por danos a vizinhos ou terceiros;
• Responsabilidade ético-profissional;
• Responsabilidades trabalhistas e previdenciárias;
• Responsabilidades pelo fornecimento de insumos e materiais previstos em contrato;
• Responsabilidades pelos tributos relacionados a suas atividades;
• Responsabilidades administrativas e de gestão das obras;
• Responsabilidades penais por acidentes decorrentes de colapsos de componentes das obras
ou por erros de construção;
• Responsabilidade por construções clandestinas, ou sem cobertura legal;
• Responsabilidade pelos danos ao meio ambiente, causados pela inobservância das
recomendações relativas ao controle ambiental das obras, em suas diversas fases ou
etapas.
1.5.4 – Ensaios
Será obrigatória a realização de qualquer ensaio de laboratório previsto nas especificações da obra ou
qualquer outro que, por recomendação de norma técnica, seja indispensável para a comprovação das
qualidades exigidas em projeto, ainda que não solicitados pela fiscalização.
A critério da fiscalização serão realizados quantos ensaios forem necessários para comprovar a
qualidade dos materiais, equipamentos e obras executadas, bem como para a comprovação de não
existências de defeitos ou de vícios ocultos.
O ônus da realização dos ensaios caberá exclusivamente à contratada.
Manual de Obras
da Saneago –
Capítulo 2 –
Serviços
preliminares
aprovado pela Fiscalização. Igual tratamento será dado periodicamente ao entulho e material
descartável resultante dos serviços de construção.
2.4 – Tapume de proteção e cercas
As escavações para a implantação das canalizações das redes de água e de esgoto bem como das
adutoras, subadutoras, interceptores e emissários de esgotos quando realizadas em zona urbana,
de forma a interferir com o trânsito de veículos e de pessoas deverão ser sinalizadas e dotadas de
desvios, tapumes e passarelas. Quando situadas ao longo das vias de tráfego, possuirão
sinalização luminosa de advertência, conforme adiante especificado. Os tapumes deverão ser
utilizados para cercar o perímetro de todas as obras urbanas, com a exceção das pequenas e de
curta duração, nas quais se utilizarão cercas portáteis.
A Contratada será responsável pela pintura, transporte e manutenção dos tapumes e passarelas de
pedestres. Os tapumes deverão apresentar-se sempre limpos e pintados, e a sinalização, em
permanente estado de funcionamento, de modo a manter a segurança do tráfego, noturno e
diurno, de pedestres e veículos.
Poderão ser empregadas placas laterais, de chapas de madeira compensada, tábuas ou chapas de
metal, porém deverão ser pagos pelos custos do tapume de madeira.
Em qualquer caso deverão ser obedecidas as dimensões indicadas pela Fiscalização, de forma
contínua, estando dispostas verticalmente e encostadas no solo.
A vedação lateral deve ser feita de maneira a impedir completamente a passagem de terra ou
detritos.
A sustentação vertical das chapas ou placas será feita por elementos de madeira ou metal, além
de uma base interna ao tapume para garantir estabilidade ao conjunto.
As pranchas devem atingir a altura mínima de 1,10 m a partir do solo.
No caso de obras de grande duração, atingirão no mínimo a altura de 2.00m.
As pranchas deverão ser colocadas em sequência e em número suficiente para fechar
completamente o local. Junto às interseções, o tapume terá altura máxima de 1,10 m até 3,00 m
do alinhamento da construção da via transversal, para permitir visibilidade aos condutores de
veículos. Além disto, terão dispositivos luminosos de luz fixa.
Será reservado um espaço nas pranchas para identificação da concessionária, da empreiteira e da
obra, assim como nas placas de barreiras.
A Fiscalização suspenderá todas as escavações de valas que, a seu critério, possam comprometer
a segurança dos transeuntes.
As vias de acesso fechadas ao trânsito deverão ser protegidas com barreiras e com a devida
sinalização e indicação de desvio, devendo, durante a noite, serem iluminadas e, em casos
especiais, deverão ser postados vigias ou sinalizadores, devidamente equipados.
Nos cruzamentos ou em outros locais, onde não for possível utilizar desvios o serviço será
efetuado por etapas, de modo a não bloquear o trânsito.
Os serviços deverão ser executados sem interrupção até a liberação da área, sendo programados
para fins de semana ou para os horários de menor movimento, em comum acordo com os órgãos
competentes e com a Fiscalização.
As grades portáteis deverão ser utilizadas nas obras rápidas ou pequenas, como na construção ou
montagem de poços de visitas no leito carroçável ou nas calçadas.
Para tanto, as grades deverão ser portáteis e dobráveis, a fim de cercar o local em obras com
flexibilidade.
Será procedida manutenção permanente, seja da estrutura, seja da pintura, sendo reparadas ou
substituídas quando apresentarem deterioração.
As grades deverão ser colocadas em volta da área de trabalho, de modo a proteger os
trabalhadores, pedestres e motoristas. No caso de serviços no leito carroçável, deverão ser fixadas
bandeirinhas no greide. Além disso, o local deverá ser devidamente sinalizado com cones ou
balizadores.
2.5 – Sinalização
2.5.1 – Considerações Gerais
A Contratada se empenhará em tornar mínima a interferência dos seus trabalhos sobre o tráfego, o
público e o trânsito, criando facilidades e meios que demonstrem essa sua preocupação. A
Contratante, através da Fiscalização, participará da análise dos problemas e das soluções
adotadas.
A sinalização adequada das obras será feita, não só para proteger trabalhadores, transeuntes,
equipamentos e veículos, bem como atender as exigências legais.
As obras e serviços, em vias públicas, deverão ser executados com a indispensável cautela e
adequada sinalização, quer durante o dia, quer durante a noite e de acordo com os elementos de
sinalização diurna e noturna, recomendados e descritos nas Normas de Sinalização de Obras em
Vias Públicas Urbanas.
Quaisquer obras, nas vias públicas, que possam perturbar ou interromper o livre trânsito, ou ainda
oferecerem perigo à segurança pública não serão iniciadas sem prévios entendimentos com a
administração local e com o órgão responsável pelo trânsito.
Nenhuma obra em rua transitada por pedestres ou veículos será iniciada sem prévia sinalização de
desvio, tudo de acordo com as autoridades competentes ou entidades concessionárias de serviços
de transportes.
Todas as providências relativas ao assunto serão de responsabilidade exclusiva da Contratada.
Nas calçadas e faixas de segurança de passagem de pedestres, particularmente diante de escolas,
hospitais e outros polos de concentração, deverão ser providenciados, pela Contratada, condições
que permitam o livre trânsito de pessoas, durante o dia ou à noite, em perfeita segurança.
Vias de acesso sujeitas a interferências com a obra serão deixadas abertas com passadiços ou
desvios adequados, construídos e mantidos pela Contratada. Vias de acesso fechadas ao trânsito
serão protegidas com barricadas, com a devida e convencional sinalização de perigo e indicação
de desvio, colocando-se os sinais de advertência. Durante a noite, serão iluminadas e, em casos
especiais, deverão ser postados vigias ou sinalizadores devidamente equipados para orientação,
evitando acidentes.
A sinalização para o tráfego desviado obedecerá às recomendações do Código Nacional de Trânsito
quanto às dimensões, formatos e dizeres. Serão executados pela Contratada, a quem caberá o
fornecimento dos materiais necessários, tanto para sinalização diurna, como noturna.
Nas saídas e entradas de veículos das obras, da área de empréstimo ou bota-fora, a Contratada
proverá sinalização diurna e noturna adequada. Especial cautela e sinalização se recomendam
para eventuais inversões de tráfego, ficando sob a responsabilidade da Contratada os
entendimentos e a obtenção das autorizações, junto às autoridades competentes.
Os equipamentos empregados pela Contratada terão características que não causem danos às vias
públicas, pontes, viadutos, redes aéreas, etc. Quaisquer danos desse tipo deverão ser reparados
• Dispositivos Especiais
Quando adotados, serão vermelhos e colocados, de preferência, nos cavaletes.
• Tintas Refletivas.
São utilizadas na pintura das faixas amarelas dos cavaletes zebrados e dos demais dispositivos, já
descritos, da sinalização diurna que venham a ser utilizados à noite.
• Sinalização luminosa
◦ Sinalizadores a querosene
Compõem-se de um recipiente para querosene e pavio grosso, que é extraído para fora dele,
através de dispositivo especial à medida que é utilizado.
Serão usados na sinalização de locais que não dispõem de outro tipo de iluminação. Serão
colocados na altura adequada e perto de sinais que se pretende tornar visíveis.
◦ Lâmpadas vermelhas comuns
Quando houver necessidade e a critério da Fiscalização, serão utilizadas lâmpadas vermelhas
comuns ou baldes de plástico vermelho perfurados.
◦ Sinalização rota tiva ou pulsativa
Em locais de grande movimento, serão exigidos sinalizadores rotativos ou pulsativos, que são
visíveis a grande distância e constituem um dos mais perfeitos dispositivos de sinalização noturna.
A Contratada usará qualquer recurso técnico para iluminação de sinais. Quando for usado
exclusivamente sistema elétrico, com iluminação da Concessionária, haverá gerador de
emergência no local e operador permanente. As redes elétricas serão duplas com lâmpadas
alternadas, alimentadas pelos dois circuitos diferentes, providos de navalhas, com fusíveis
diferentes, sendo a rede usada exclusivamente para iluminação elétrica. O sistema de emergência
é de bateria com "cut-off" automático. Quando for usado outro tipo de iluminação, com “ lampiões”,
esses serão protegidos das intempéries e serão mantidos, no local, operários encarregados de
reabastecê-los durante a noite. Os montes de material escavado que permanecerem expostos
serão caiados.
2.6 – Passadiço e travessia
Deverão ser construídas passagens temporárias nos locais indicados pela Fiscalização sempre que
houver comprometimento da segurança dos transeuntes.
As passarelas de pedestres deverão ser iluminadas em toda a sua extensão, possuir guarda-corpo
rígido e piso de pranchões de madeira muito bem nivelados, sem juntas apreciáveis ou ressaltos
que possam causar acidentes aos usuários. As passarelas deverão ser varridas diariamente, de
modo a evitar o acúmulo de terra ou lama, que as tornem escorregadias.
Nas entradas dos edifícios, tanto de veículos como de pedestres, deverão ser executadas "pontes"
de pranchões de madeira ou de chapas de aço, de forma a garantir-lhes o acesso.
As passarelas serão de dois tipos, conforme descrição a seguir:
• Passadiços de madeira
Passadiços e/ou passarelas de madeira serão construídos onde necessários, a critério da
Fiscalização, em ruas de pequeno movimento para garantir a trânsito normal de pedestres e
assegurar a continuidade da operação e manutenção das instalações existentes.
Deverá ser de largura tal que permita segurança na sua utilização por pedestres.
Manual de Obras
da Saneago –
Capítulo 3 –
Obras Civis
3 – OBRAS CIVIS
3.1 – Preparo do terreno
Para Limpeza, trânsito, segurança e demolições vide Capítulo 2, Item 2.1 – Serviços Preliminares.
3.2 – Locação das obras
Os serviços topográficos compreendem a materialização da geometria e altimetria das obras civis
projetadas a partir de marcos de apoio planimétrico e altimétrico fornecidos pela Fiscalização, tão perto
quanto possíveis da área de trabalho.
Sempre que possível os marcos planimétricos terão definidas as coordenadas planas e orientação, e os
altimétricos suas altitudes sobre o nível do mar. Caso contrário, tais referências serão arbitradas em
projeto ou pela Fiscalização.
No caso dos marcos de apoio distarem da área de trabalho, a contratada deverá providenciar os
transportes das referências dos marcos fornecidos à área de trabalho.
A locação da obra será efetuada rigorosamente de acordo com os desenhos e dados do projeto, ficando
sob a responsabilidade da contratada qualquer erro de alinhamento, obrigando-se a desfazer ou refazer
a marcação sob suas expensas, caso alguma incorreção seja verificada pela Fiscalização ou pela
Contratante.
Caso se verifique algum erro de projeto tanto na planimetria como na altimetria os mesmos serão
imediatamente comunicados por escrito, à Fiscalização, a qual deverá corrigi-los e autorizar o
prosseguimento dos trabalhos. Não caberá à contratada nenhuma reclamação nem tampouco nenhum
abono de serviços cujas medições sejam superiores às de Projeto em decorrência de erros ou omissões
destes, a menos que as mesmas tenham sido previamente discutidas e expressamente aprovadas pela
Fiscalização.
Previamente, a contratada deverá verificar junto aos órgãos municipais e estaduais competentes as
restrições à locação da obra. Caso se constate alguma restrição, a contratada deverá providenciar às
suas expensas as possíveis alterações e/ou obtenção de licenças e autorizações.
Para a realização dos serviços topográficos previstos neste Manual e outros eventualmente necessários
para a perfeita implantação das obras, a contratada contará, durante todo o período de sua execução,
com uma equipe de topografia permanente à disposição. Os integrantes dessa equipe deverão, em
número e nível técnico, atender às necessidades do empreendimento.
Os equipamentos topográficos utilizados deverão garantir o nível de precisão nos apoios e pontos
singulares na seguinte razão:
Na planimetria, a precisão angular é de 10" x raiz quadrada de N, sendo N o número de vértices da
poligonal; já a precisão linear é de 1/20.000 da extensão da poligonal. A precisão do apoio altimétrico é
de 4 mm raiz quadrada de K, sendo K a distância entre os marcos, expressa em quilômetros.
Caberá à contratada, ainda, a realização dos seguintes serviços:
A amarração planialtimétrica do eixo de locação das obras aos marcos de referência.
A precisão da locação deverá garantir um desvio máximo do ponto locado de 1: 3000 da poligonal de
locação; Coletar e ordenar todos os elementos necessários às medições e à elaboração do cadastro da
obra;
Cadastrar as interferências existentes e eventualmente não detectadas na época da elaboração do
projeto ou que foram construídas posteriormente;
As medidas lineares serão executadas com trena de fibra de vidro e sempre verificadas com duas
medidas taqueométricas, a ré e a vante;
Nos casos de fundações por estacas, os blocos devem apoiar-se diretamente sobre estas. Os lastros,
portanto, devem ocupar a área dos blocos sem interferir na união estaca-bloco.
Para o assentamento de tubulação diretamente sobre o solo, deve-se fazer um rebaixo no fundo da vala
para alojar o tubo. Isto é possível em terreno seco onde não haja rocha. Quando não for possível fazer o
rebaixo no terreno natural, ele é executado em colchão de material granular fino, areia ou pó de pedra,
perfeitamente adensada, na espessura mínima, abaixo da geratriz externa inferior, de 0,10 m e de 0,20
m, no caso de o leito apresentar-se, respectivamente, em solo e rocha.
A Fiscalização poderá ainda determinar os seguintes casos de fundação direta.
Lastro de brita – a tubulação será assentada sobre lastro de pedra britada no 3 e n° 4 compactado
manualmente.
Lastro, laje e berço – A tubulação será assentada sobre um berço de concreto apoiado em laje de
concreto armado, executada sobre lastro de pedra britada n° 2 e n° 4.
Caso o solo não apresente características de suporte adequadas, este será substituído ficando a critério
da Fiscalização o enchimento da superescavação, que será feito com areia compactada ou pelo aumento
da espessura do lastro de brita, dependendo da espessura do enchimento.
Nos trechos onde a camada de solo, adequado para a sustentação da tubulação, estiver localizada a
uma profundidade relativamente grande e que não torne aconselhável a substituição do terreno de
fundação, serão utilizadas estacas de modo a transmitir a carga da estrutura para a camada de solo de
maior capacidade de carga.
3.7.2 – Fundações superficiais ou indiretas
Os projetos e execução de fundações devem obedecer às instruções contidas na NBR 6122.
3.7.3 – Estacas
As estacas serão locadas de acordo com o projeto, não devendo ocorrer deslocamento ou inclinação na
sua posição por ocasião da perfuração ou cravação.
Ocorrendo excentricidade ocasionada por locação, perfuração ou cravação incorreta que possa
comprometer a estabilidade da obra, será consultado o autor do projeto que apreciará o problema e
determinará a solução, que correrá por conta da contratada, sem nenhum ônus para a SANEAGO.
A estaca suporta, com segurança, a carga prefixada, sendo controladas as cotas de arrasamento com
referência aos níveis de projeto.
Na execução de fundações por estacas, cujo processo de cravação possa comprometer a estabilidade de
solos e edificações vizinhas, serão tomadas medidas que neutralizem as vibrações.
Eventuais danos a pessoas ou propriedades correrão por conta da contratada. Nesses casos ela deverá
reparar os danos causados, com a maior brevidade.
O tipo de estaca, sua capacidade nominal de carga e o comprimento médio estimado serão fornecidos
pelo projeto, sendo que qualquer alteração necessária na obra só será efetuada com autorização prévia
do autor do projeto.
Com base nos parâmetros fornecidos pelo projeto, no caso de estacas cravadas a contratada indicará os
seguintes elementos:
• Seção transversal da estaca;
• Peso do martelo do bate-estaca;
• Altura de queda do martelo;
• Nega nos últimos dez golpes;
• Tipo de equipamento utilizado.
Cópia não controlada quando impresso
Em caso de divergência sensível entre os elementos do projeto e os que foram obtidos na cravação, a
Fiscalização solicita a realização de prova de carga.
3.7.3.1 – Estacas de Eucalipto
Somente será permitida a cravação de estacas de eucalipto que receberem prévio tratamento e
aprovadas pela Fiscalização.
As estacas de eucalipto deverão atender à Norma NBR-6122/86.
A cravação executada por bate-estacas, usando martelo de gravidade, se dará com peso variável entre
uma e uma vez e meia o peso da estaca. A altura de queda do martelo não será superior a 1,50 m.
A locação dos eixos das estacas será feita pela contratada, sendo de 0,01 m/m a tolerância máxima de
diferença de inclinação, em relação à projetada.
Quando a área da cabeça da estaca for maior que o martelo, será usado um anel para distribuir
uniformemente o golpe, evitando-se, desse modo, tanto quanto possível, a tendência de rachar ou
fragmentar a estaca.
Durante a cravação das estacas, será usado um coxim entre o cabeçote e a cabeça da estaca. A
espessura do coxim deve varia em função do bate-estaca e da resistência encontrada na cravação.
Quando necessário será usado coxim adicional.
Os coxins serão inspecionados regularmente, não devendo permitir o emprego daqueles que tenham
perdido sua forma inicial e sua consistência natural.
Emendas de estacas serão executadas somente quando aprovadas pela Fiscalização e de acordo com os
detalhes do projeto específico fornecido pela contratante.
Em função do tipo de equipamento de cravação empregado, do peso do martelo, do capacete e da
estaca, será determinada pela Fiscalização a nega admissível. No bate-estaca de queda livre, durante a
determinação da nega, o martelo tem altura de queda de 1,00 m.
Serão tomadas precauções no sentido de evita rupturas da estaca ao atingir qualquer obstáculo que
torne difícil a sua penetração.
Sobre as estacas cravadas será feita uma laje de concreto armado sobre a qual será executado o berço
para assentamento de tubulação.
3.7.3.2 – Estaca Moldada “in loco” com Execução Mecânica
A execução das estacas moldadas “in loco” será cuidadosamente acompanhada pela contratada e
Fiscalização.
Serão executadas em suas posições definitivas com auxílio de um tubo, que cravado até a cota exigida
pelo projeto, será retirado gradativamente à medida que se proceda ao enchimento com concreto
apiloado ou comprimido. Antes do início da retirada do tubo, será executada uma base alargada (bulbo)
de concreto.
Serão consideradas moldadas “in loco”, as estacas tubulares cravadas, em suas posições definitivas,
com auxílio de um tubo metálico não recuperável, preenchido com concreto, havendo ou não bulbo na
parte inferior.
Em qualquer caso, seja o tubo recuperável ou não, sua extremidade inferior é aberta e a sua descida se
dará por um dos seguintes processos:
• Fechamento da ponta do tubo por meio de uma rolha e descida do tubo por cravação;
• Ponta do tubo aberta para retirada do material escavado de seu interior por meio de
equipamento especial e descida do tubo pelo seu próprio peso ou sob ação de uma pequena
força externa.
Cópia não controlada quando impresso
No caso de estacas com tubo recuperável, será evitada a separação do concreto durante a operação
concomitante de compactação e extração do tubo, conservando o operador pelo menos 0,30 m da ponta
do tubo sempre mergulhada na massa de concreto.
Ao ser cravado o tubo, seja ele recuperável ou não, se a rolha sair e o tubo for invadido por água, lodo
ou outros materiais, estes serão expulsos por meio de uma nova rolha mais compacta ou então será o
tubo arrancado e cravado novamente, no mesmo local, com o furo previamente cheio de areia. Antes do
lançamento do concreto, que é feito sem interrupção em toda a extensão da estaca, deverá a
Fiscalização comprovar se o interior do tubo permanece seco e limpo.
No caso de estacas tubadas, o lançamento do concreto, em qualquer delas, somente será feito depois de
terem sido cravados todos os tubos até a sua posição definitiva, num raio de 1,50 m a partir da estaca
considerada.
A qualidade das estacas fornecidas será de inteira responsabilidade da contratada. As estacas
danificadas, a critério da Fiscalização, serão substituídas, por conta da contratada, por outras em
perfeitas condições de utilização.
O manuseio e o transporte das estacas só serão efetuados após o concreto ter atingido
comprovadamente 80% da resistência prevista para os 28 dias. As estacas só serão cravadas quando o
concreto tiver atingido a resistência prevista aos 28 dias.
Toda estaca danificada nas operações de cravação, devido a defeitos internos ou de cravação,
deslocamento de sua posição, com o topo abaixo da cota de arrasamento fixada no projeto ou pela
Fiscalização, será corrigida às expensas da contratada, que adotará, após aprovação pela Fiscalização,
um dos seguintes procedimentos:
• A estaca será arrancada e cravada nova estaca no mesmo local;
• Uma segunda estaca será cravada adjacente à estaca defeituosa;
• A estaca será emendada com uma extensão suficiente para atender ao objetivo.
O furo deixado por uma estaca arrancada será preenchido com areia, mesmo que uma nova estaca
venha a ser cravada no mesmo local.
Uma estaca será considerada defeituosa quando tiver fissuras visíveis que se estendam por todo o
perímetro da seção transversal, ou quando apresentar qualquer defeito que, a juízo da Fiscalização,
afete sua resistência ou vida útil.
As cabeças de todas as estacas serão protegidas com capacete de tipo aprovado, de preferência provido
de coxim, de corda ou de outro material adequado que se adapte ao capacete e se apoie, por sua vez,
em um bloco de madeira.
Na cravação de todas as estacas, verticais e inclinadas, serão sempre empregadas guias ou uma
estrutura adequada para suporte e colocação do martelo, salvo autorização da Fiscalização para
emprego de outro procedimento.
Quando concretada uma estaca tubular, nenhuma outra será cravada a menos de 1,50 m de distância
da estaca concretada, em qualquer direção, salvo se já tiver sido lançado o concreto há mais de sete
dias. O lançamento do concreto dentro do tubo será feito em camadas de no máximo, 0,50 m de
espessura, e somente após a colocação da armadura da estaca. Cada camada será vibrada ou
fortemente compactada antes da concretagem da camada seguinte. A concretagem será ininterrupta,
desde a ponta até a cabeça da estaca, sem segregação dos materiais.
Os vergalhões para a armadura das estacas com tubos, recuperáveis ou não, serão rigidamente
amarrados para que esta não seja danificada por ocasião do apiloamento do concreto. Sempre que
possível, os estribos serão fixados com solda elétrica antes da colocação da armadura dentro do tubo de
cravação. A posição da armadura no centro do tubo será sempre mantida.
Os tubos serão soldados, caso haja necessidade de serem executados acréscimos, devendo ser
preservada a estanqueidade do tubo a fim de impedir a penetração de água ou outro material.
3.7.3.3 – Estaca Moldada “in loco” com Perfuração Manual
As estacas manuais, de maneira geral, têm comprimento limitado 5,5 m e diâmetro entre 0,15 m e 0,25
m para cargas até 5 t, com espaçamento máximo de 2,00 m para baldrames de construções e 3,00 m
para muros.
O concreto utilizado deve atender a resistência característica especificada em projeto. Em geral, a
critério da Fiscalização, não será permitido o uso destas estacas em solo que acusem presença de lençol
freático. Sendo autorizado o uso, serão tomados cuidados especiais quanto à dosagem do concreto e
esgotamento da água.
3.7.3.4 – Estaca Pré-fabricada de Concreto
As estacas de concreto armado ou protendido terão suas formas e dimensões compatíveis com as
capacidades nominais de projeto.
Sua fabricação será feita por lotes, em áreas protegidas da intempérie. Cada estaca será identificada
pelo número do lote e data de concretagem. Todas as estacas de um lote serão de um mesmo tipo.
As estacas de fundação, logo que concluídas suas cravações, serão arrasadas nas cotas indicadas no
projeto ou determinadas pela Fiscalização, de maneira que fiquem embutidas pelo menos 50 mm no
bloco de coroamento e sua armação seja mergulhada na massa do concreto num comprimento no
mínimo igual ao de ancoragem. O corte da estaca será sempre normal ao seu eixo. Quando por algum
motivo o arrasamento de uma estaca ocorrer abaixo da cota de projeto, será executado o seu
prolongamento, obedecendo-se aos seguintes preceitos:
• O concreto da extremidade da estaca é cortado no comprimento necessário à emenda das
barras longitudinais da armadura por justaposição;
• As superfícies de contato do concreto e a emenda de armação serão tratadas como
emendas de concreto armado;
• Será assegurado o alinhamento entre as faces das estacas e as da parte prolongada;
• A armadura da parte prolongada é idêntica à da estaca. Assim como o concreto a empregar
• A concretagem, o adensamento do concreto, a remoção das formas, a cura e o acabamento
das estacas serão feitos conforme o indicado;
• As emendas das estacas pré-moldadas de concreto serão efetuadas através de luvas
metálicas.
3.7.3.5 – Estaca Metálica
Serão constituídas de perfis laminados simples ou associados por perfis compostos de chapa soldada,
trilhos ou por tubos cravados no terreno rigorosamente nas posições indicadas no projeto.
A contratada deverá tomar precaução no sentido da perfeita interpretação da sondagem, para evitar que
as estacas atinjam obstáculos que tornem difícil sua penetração, induzindo a negas falsas e/ou causando
rupturas, torções ou flambagens destas.
Em caso de dúvida. Serão efetuadas provas de carga na estaca, em questão, a critério da Fiscalização,
objetivando a confirmação dos elementos indicados em projeto.
Os perfis ou tubos constituintes das estacas metálicas devem atender às indicações do projeto e das
normas da ABNT.
As estacas serão depositadas em áreas próprias e protegidas contra a oxidação, em pilhas constituídas
de, no máximo, três camadas para evitar flexão naquelas localizadas nas partes inferiores.
O deslocamento da posição final da cabeça de cada estaca, em relação àquela indicada no projeto,
assim como a inclinação do seu eixo em relação à vertical também indicada no projeto, não deve
exceder aos seguintes valores:
• Deslocamento da posição inicial da cabeça da estaca de aço em 50 mm;
• Variação da inclinação da estaca: menor ou igual a 10 mm por metro.
As emendas serão feitas com solda elétrica, seguindo os critérios de projeto.
Só serão emendados trechos de estacas maiores que 3 m, excetuando-se o complemento para a última
etapa, cujo comprimento será o necessário à concretização dos trabalhos.
O plano de cravação será aprovado pela Fiscalização e apresentará o equipamento em qualidade e
quantidades adequadas à execução dos serviços.
A estaca danificada na operação de cravação, que apresente defeitos de fabricação, emenda mal
executada, que tenha sido cravada com deslocamento excessivo de sua posição projetada e que tenha
sua cota de topo abaixo da cota de arrasamento fixada pelo projeto, será corrigida às custas da
contratada, adotando-se um dos seguintes procedimentos:
• A estaca será arrancada, preenchendo-se o furo deixado com areia, e nova estaca será
cravada de acordo com o projeto; ou, ainda, uma segunda estaca será cravada adjacente à
estaca defeituosa;
• A estaca será emendada até que a cota do topo atinja a cota indicada em projeto.
3.7.4 – Tubulões
Os tubulões terão as dimensões definidas em projeto, com a camisa pré-moldada em concreto, ou em
aço, rigorosamente centrada e aprumada, de acordo com as condições de impregnação e de
permeabilidade do terreno.
As tolerâncias quanto à prumada, locação e deslocamento dos tubulões ficarão a critério da Fiscalização,
que se orientará com base nas informações do projetista.
Atingida a camada de terreno prevista, e constatada a qualidade de resistência especificada no projeto a
Fiscalização autorizará o alargamento da base do tubulão, conforme dimensões indicadas no projeto.
A critério da Fiscalização, a escavação prosseguirá até ser encontrada camada de solo com a resistência
adequada, ou a base será aumentada em relação ao diâmetro previsto. Caso a variação da cota de
assentamento dos tubulões acarrete diferenças no comprimento do fuste, maiores que 20%, a armação
de projeto será confirmada pela projetista.
Na cota de base definitiva, o terreno será nivelado, permitindo-se depressões máximas de 50 mm em
relação ao plano horizontal teórico.
Antes da colocação da armação de alargamento, será feita, no fundo, uma camada de regularização em
concreto magro.
Com a base liberada, será executada em concretagem continua, incluindo um trecho de fuste com 1,50
m de comprimento. As bases serão concretadas com concreto auto adensável.
Na execução de bases de tubulões contíguos, situados a uma distância inferior a 2 m entre as bordas
mais próximas, deve-se proceder à abertura das bases, uma de cada vez. Somente após a concretagem
de uma é que será executada a escavação da base adjacente.
O enchimento do fuste será com concreto convencional conforme indicado no projeto.
No caso de um fuste fazer por partes, em aduelas (segmento de camisa), a altura mínima de cada uma
delas não será inferior a 2,00 m para céu aberto.
concretagem.
Os blocos de concreto estrutural serão assentados com juntas desencontradas, em amarrações ou a
prumo, conforme especificado em projeto, de modo a garantir a continuidade vertical dos furos,
especialmente para as peças que serão amarradas.
Serão previstas, nos elementos armados, visitas de limpeza para remoção do excesso de argamassa. As
quais serão fechadas antes do lançamento de concreto graute.
3.8.2 – Coberturas
As coberturas com telhas de barro cerâmico serão executadas com telhas bem cozidas, isentas de
defeitos e com coloração uniforme.
As telhas tipo francesa serão colocadas do beiral para a cumeeira e emboçadas com argamassa de
cimento e cal.
As coberturas com telhas de fibrocimento serão executadas de acordo com as recomendações do
fabricante, obedecendo às declividades mínimas para cada tipo. As telhas autoportantes de
fibrocimento, do tipo canalete ou de perfil trapezoidal, serão fixadas com parafusos sobre vigas de
madeira, ou berço de madeira sobre vigas de concreto, ou sobre apoio metálico, utilizando-se os
elementos de fixação indicados pela fabricante. Os vãos entre apoio e capa serão fechados com placas
especiais do mesmo material.
As estruturas de madeira serão executadas de acordo com o projeto, em madeira de lei isenta de nós,
brocas, carunchos, fissuras ou fibras inclinadas ou torcidas.
Os frechais, contra-frechais, terças e cumeeiras serão emendados somente sobre os apoios onde as
esperas deverão se localizar, sem ultrapassar o comprimento máximo igual à altura da peça emendada.
As emendas e ligações das pernas, pendurais, escoras e tirantes das tesouras devem, obrigatoriamente,
ser feitas com estribos, braçadeiras e chapas de aço, cujos parafusos serão reapertados periodicamente
até a paralisação do afrouxamento decorrente do trabalho e secagem da madeira.
As ripas serão pregadas nos caibros espaçados de acordo com o tipo de telha a ser empregado, não
sendo aceitas ripas rachadas, lascadas ou com nós e falhas. Não será utilizada madeira “verde”.
Todo madeiramento, deverá ser tratado com produtos anticupim, antibrocas e repelentes de água.
As calhas de beiral serão em chapa galvanizada, moldurada ou de PVC e serão fixadas com escápulas de
ferro galvanizado ou suporte de PVC, com espaçamento suficiente para suportar as calhas quando
carregadas. Serão executadas com declividade suficiente para o perfeito escoamento das águas.
As calhas de platibanda terão uma borda fixada por parafusos no madeiramento do telhado e sob as
telhas, de forma a captar toda a água escoada. As telhas deverão avançar para dentro da calha,
formando pingadeira, a fim de evitar retomo da água para o forro. A outra borda da calha será encostada
na parede e recoberta com rufos chumbados na alvenaria, com vedação suficiente para impedir
qualquer vazamento. Em platibandas baixas, o rufo deve recobrir com uma única peça o topo da parede
e a calha.
Os rincões são calhas de chapas galvanizadas, em forma de “V”, fixados no madeiramento com pregos
em ambos os lados. Os rincões serão colocados nas águas furtadas dos telhados, ou seja, nas porções
côncavas dos planos dos telhados.
Os condutores serão do tipo indicado no projeto. Em trechos horizontais, apresentam inclinação mínima
de 5%. Quando houver desvios na vertical, será provida de visitas para limpeza. A conexão entre
condutores e calhas é feita nos bocais de forma flexível, não sendo permitido o uso de conexões com
ângulo reto. A fixação na vertical será feita com braçadeiras. A extremidade inferior do condutor é curva
e estará sempre acima do nível de coleta das caixas ou sarjetas de captação, queda livre da água,
evitando afogamento.
As saídas de calhas internas de beirais de concreto, sem uso de condutores, serão com buzinotes
chumbados na laje e com comprimento suficiente para evitar retorno de água.
3.8.3 – Esquadrias de madeira
Serão de madeira de primeira qualidade com sambladuras tipo macho e fêmea.
Os batentes serão aparafusados em tacos de madeira previamente chumbados nas paredes. Os
referidos tacos serão, no mínimo, três de cada lado e serão chumbados na alvenaria com chumbadores
de ferro (vistas). Os parafusos serão de fenda rosca soberba, devendo ficar com a cabeça embutida de
forma a permitir acabamento com tarugos de madeira ou com massa.
Quando não especificado, deverão ser de latão.
As guarnições serão da mesma madeira da esquadria, parafusadas com buchas na alvenaria das
paredes. Quando os alizares forem do tipo caixão e batentes comuns, serão pregados no próprio
batente. O arremate das guarnições com o rodapé será executado de forma a dar um acabamento
perfeito.
As portas serão de madeira maciça ou de chapas tipo compensado. As externas serão de madeira
maciça, espessura mínima de 3,5 cm, de tipo almofadado ou de calha ou com frisos macho e fêmea, tipo
lambril. Os montantes e travessas serão com sulcos de profundidade até 1,2 cm para embutimento das
almofadas ou calhas. O número de travessas ou pinázios será de, no mínimo, três para cada folha.
Os caixilhos de madeira para vidraças serão montados com baguetes e massas calafetantes para
assegurar aderência do vidro com a madeira e vedação perfeita. Será usada, também, gaxeta de
compressão em perfil rígido de elastômero com tiras de enchimento. Após o envidraçamento, os
caixilhos serão submetidos a testes com jatos d'água para verificar a vedação.
3.8.4 – Esquadrias metálicas
As esquadrias de ferro serão executadas em perfis cantoneira para os pequenos vãos e em chapa
dobrada com baguetes de ferro ou alumínio para os grandes vãos, obedecendo rigorosamente às
indicações do projeto.
As esquadrias somente serão assentadas depois de aceitas pela Fiscalização, que verificará se a
execução e acabamento estão de acordo com o projeto.
Todas as unidades, depois de armadas, serão marcadas de forma a facilitar a identificação com o vão
correspondente.
Os contramarcos e marcos serão chumbados e selados de forma que a esquadria fique aprumada e
nivelada.
Não serão aceitas rebarbas nem saliências de soldas nos quadros. Todos os furos para rebites e
parafusos serão escareados e as saliências limadas.
As junções por justaposição serão feitas com parafusos, rebites ou pontos de solda espaçados, entre si,
de no máximo 8 cm.
As peças de aço desmontáveis serão fixadas com parafusos de latão, cromados ou niquelados, de
acordo com o acabamento das peças.
Os chumbadores das esquadrias terão as extremidades em forma de cauda de andorinha e serão fixados
com argamassa de cimento, distanciados entre si de, no máximo 60 cm, e em número mínimo de duas
unidades de cada lado.
Os rebaixos e encaixes para dobradiças, fechaduras, trincas e fechas terão o formato justo da peça, não
sendo permitido amassamento e fechos nos desbastes para ajustamento.
As partes móveis das esquadrias verticais ou horizontais serão providas de pingadeiras para evitar
infiltrações. As janelas serão dotadas de soleiras com acabamento inclinado para a face externa, a fim
de permitir o escoamento das águas. As esquadrias de grandes dimensões expostas ao tempo serão
providas de juntas de dilatação. Quando a menor dimensão de uma esquadria for maior que 2 m, os
quadros, marcos e contramarcos serão reforçados. Os caixilhos para vidros serão submetidos a provas
de estanqueidade.
As portas de correr serão montadas sobre trilhos que servirão de guias e suportes das roldanas, cuja
localização será definida no projeto.
As portas de abrir serão montadas em quadros tipo batente, fixados nas paredes.
As portas de enrolar abrem no sentido vertical correndo em guias laterais de aço, chumbadas no prumo
das paredes. O dispositivo de enrolamento será montado na parte superior, nivelado em conjunto com
as guias, de forma a permitir que se abra sem esforço.
Todas as esquadrias metálicas serão fornecidas completas e com pintura antiferrugem.
3.8.5 – Esquadrias de alumínio
Serão executadas e montadas de acordo com o projeto. Não será admitido o contato direto de metais
pesados com o alumínio.
O isolamento será de ferro com pintura de cromato de zinco, borracha clorada ou outro produto similar.
Os parafusos e rebites para emenda das peças serão de aço zincado e os furos escareados para
acabamento sem folgas ou saliências.
A anodização deve conter acetato de níquel e, quando não for especificado à parte ou indicado no
projeto, o recobrimento mínimo permitido será de vinte mícrons de espessura.
As peças não anodizadas serão protegidas com filme de macropolímero olefúrico tipo “polaray” C.
As esquadrias serão fixadas com contramarcos chumbados previamente nas paredes, com vedação
perfeita de forma a evitar qualquer infiltração. As janelas têm soleiras e as peças móveis verticais e
horizontais serão protegidas com pingadeiras.
Não serão aceitos caixilhos com rebaixo aberto. Os vidros serão protegidos, com baguetes, do mesmo
material, associados com material de calafetação à base de elastômero de silicone.
Também serão utilizadas gaxetas de pressão em perfil rígido de elastômero de neoprene com tiras de
enchimento.
As portas terão os perfis das folhas unidos com cantilhões de alumínio estruturados e aparafusados; no
quadro do chassi. A união será feita com parafusos autoatarrachantes. As dobradiças serão de alumínio
especial e os puxadores de alumínio anodizado.
3.8.6 – Vidros
Os vidros serão do tipo e formato definidos pelo projeto. A espessura será função da área do corte,
vibração e pressão de ventos. Não serão aceitos vidros defeituosos, com bolhas, lentes, ondulações,
ranhuras e desbitolados. Serão fornecidos cortados nas dimensões previstas, evitando-se sempre o corte
na obra. As bordas dos cortes serão esmerilhadas de forma a se apresentarem lisas, regulares e isentas
de lascas.
Os vidros temperados serão entregues com a respectiva ferragem e obedecerão a todas as prescrições.
Os detalhes de furação serão definidos no projeto. O diâmetro dos furos deverá, no mínimo, ser igual à
espessura da chapa. A distância entre as bordas de dois furos ou entre a borda de um furo e a aresta da
chapa será, no mínimo, igual a três vezes a espessura do vidro.
As esquadrias, antes de receberem os vidros, deverão estar preparadas e limpas e os caixilhos de ferro
Esta será aplicada somente após a decorrência de, no mínimo, três dias da hidratação da cal.
3.9.3 – Reboco
Reboco é a camada com espessura máxima de 5,0 mm, que dá o acabamento dos emboços das
paredes, tetos e beirais.
Será executado com argamassa de cal no traço 1:4 em volume, ou com produtos industrializados. A
superfície será molhada antes da execução do reboco.
Os materiais da mescla serão dosados a seco. Será executada a quantidade de mescla conforme as
etapas de aplicação, a fim de se evitar o início de endurecimento antes de seu emprego. O excedente de
argamassa, que não aderir à superfície, não será reutilizado.
A argamassa será utilizada, no máximo, em duas horas após o primeiro contato da mistura com água e
desde que não apresente quaisquer vestígios de endurecimento.
Todas as superfícies a serem rebocadas devem estar limpas, secas e com o emboço curado (endurecido),
não sendo permitida a execução do reboco nas superfícies expostas a chuvas, durante a ocorrência
destas.
3.9.4 – Cerâmicas e azulejos
3.9.4.1 – Cerâmicas
As cerâmicas para revestimentos deverão atender as características estabelecidas pela ISO 13.006 e
ensaios conforme ISO 10.545, além das normas brasileiras (NBR/1997) NBR 13.816 (Terminologia), NBR
13.817 (Classificação) e NBR 13.818 (Ensaios e Especificação).
As mesmas deverão atender os requisitos de uniformidade dimensional, regularidade geométrica (limites
máximos para o esquadro, curvatura, empeno), porosidade desejada, e superfície esmaltada sem
defeitos.
O tipo de cerâmica utilizada deverá se adequar às necessidades físicas construtivas de cada ambiente,
referentes à absorção de água, resistência mecânica e dilatação das placas.
Tabela 06 – Absorção de água
Classificação Classificação ISO 13006 Absorção % Resistência Mecânica
Porcelanato Bla Baixa 0,0 a 0,5 Alta
Grés Blb Baixa 0,5 a 3,0 Alta
Semi-Grés Blla Média 3,0 a 6,0 Média
Semi-poroso Bllb Média/Alta 6,0 a 10,0 Baixa
Poroso Blll Alta 10,0 a 20,0 Baixa
Para produtos não-esmaltados será medido o volume de material removido em profundidade da placa,
quando submetido à ação de um disco rotativo e um material abrasivo específico.
3.9.4.3 – Resistência a Gretagem
Capacidade de resistir ao aparecimento de fissuras, como um fio de cabelo sobre a superfície esmaltada.
A EPU (expansão por umidade) é a maior responsável pela ocorrência de gretagem após o
assentamento.
3.9.4.4 – Resistência ao Choque Térmico
Capacidade da cerâmica de resistir às variações bruscas de temperatura sem apresentar danos.
3.9.4.5 – Resistência ao Congelamento
Capacidade de resistência das cerâmicas ao aumento de volume da água congelada nos poros das
mesmas. Importantes características em placas cerâmicas destinadas ao uso em terraços, fachadas e
sacadas em cidades de clima frio e em câmaras frigoríficas (locais sujeitos a temperaturas inferiores a
zero grau Celsius).
3.9.4.6 – Resistência ao Ataque Químico e às Manchas
É a capacidade que a superfície tem de não alterar sua aparência quando em contato com determinados
produtos químicos ou agentes manchantes.
De acordo com a resistência ao produto químico ou ao agente manchante foi estabelecida a seguinte
tabela que permite definir as Classes das placas cerâmicas:
Tabela 08 – Resistência Química
Classe Resistência Química
Classe A Ótima resistência a produtos químicos
Classe B Ligeira alteração do aspecto
Classe C Alteração de aspecto bem definida
Depois de observado o tempo necessário para a argamassa colante reagir quimicamente, deve-se
remexer a mistura para poder iniciar o assentamento. Será usada a desempenadeira dentada,
primeiramente com o lado liso para aplicar a argamassa colante na parede, de preferência de baixo para
cima. A seguir, passa-se a desempenadeira dentada para formar os cordões na argamassa já aplicada na
parede.
A Norma NBR 13.753 recomenda o seguinte:
Tabela 10 – Desempenadeiras
Área (S) da superfície da placa cerâmica Formato dos dentes da desempenadeira (mm)
(cm²)
S menor que 400 Quadrados 6 x 6 x 6
S entre 400 e 900 Quadrados 6 x 6 x 6
S superior a 900 Quadrados 6 x 6 x 6
Será exigido o uso de espaçadores, nas medidas especificadas em projeto ou indicadas pela Fiscalização,
de preferência, fabricados com materiais flexíveis, a fim de assegurar melhor ajuste e alinhamento das
placas, além de funcionarem como um “amortecedor” entre elas, compensando as movimentações
provocadas pela dilatação e compressão das placas.
Após o término do assentamento, deverá se aguardar um período de 3 dias para começar o
rejuntamento. Este deve ser do tipo industrializado observando-se as recomendações do fabricante.
Uma vez concluído o rejunte e esperado o período recomendado pelo fabricante, será feita a limpeza do
excesso de rejunte da superfície das placas cerâmicas. Esta limpeza deverá ser feita primeiramente com
uma esponja úmida e depois com pano seco.
Será proibida a passagem sobre os pisos recém-colocados, durante, no mínimo 24 horas após o
assentamento, ainda que sobre ele se coloque algum tipo de proteção. Uma vez concluídos os trabalhos,
serão providenciadas proteções de plástico naquelas zonas de tráfico, sobre as placas, a fim de evitar
manchas e agressões ao esmalte das mesmas.
3.9.4.14 – Azulejos
Serão de primeira qualidade, com dimensões, tipo e cor definidos no projeto. Serão fixados com
argamassa de assentamento traço 1:4, cal e areia, com adição de 110 kg de cimento por m³ de
argamassa ou com cimento cola industrializado sobre a parede previamente preparada com emboço
bem-curado (endurecido) e desempenado. Quando não houver indicação, as juntas serão em nível e
prumo, com espessura indicada pelo fabricante (variando de 2 a 10 mm). O rejuntamento será realizado
com rejunte industrializado e executado no mínimo setenta e duas horas após o assentamento.
Quando for utilizada argamassa de cimento e areia, as peças ficarão mergulhadas em água limpa por
vinte e quatro horas, antes do assentamento. Neste caso, a parede será convenientemente molhada
antes da aplicação da argamassa, que depois de preparada será utilizada, no máximo, em duas horas.
Os azulejos serão colocados a partir do teto, para que os remates com peças fracionadas fiquem junto
ao piso. Os cantos externos verticais serão, obrigatoriamente, protegidos por meio de cantoneiras de
alumínio, até uma altura mínima de 1,80 m a partir do piso acabado. Todas as peças e complementos de
louças como cabides, saboneteiras etc., serão colocadas concomitantemente ao assentamento dos
azulejos.
Os azulejos utilizados num mesmo ambiente deverão pertencer ao mesmo lote.
No caso de utilização de cola adesiva para o assentamento do azulejo serão atendidas as orientações do
fabricante, respeitando-se a vida útil da mistura.
3.9.5 – Lajota cerâmica semifosca (litocerâmica)
A base deverá estar limpa e isenta de materiais estranhos, o mesmo acontecendo com as peças a
assentar.
As peças serão aplicadas com argamassa mista preparada na obra (observando-se consumo de 100 kg
de cimento por m³ de argamassa), ou argamassas industrializadas.
No caso de assentamento com emprego de argamassa industrializada, as peças não devem estar
molhadas, exceto quando a aplicação for feita em época de alta temperatura ambiente.
A argamassa será aplicada com desempenadeira de aço, formando-se sulcos e cordões finos (7 mm) e
paralelos, para melhor aderência.
As peças serão pressionadas adequadamente para total aderência. As juntas deverão observar as
distâncias recomendadas pelo fabricante.
O rejuntamento só será efetuado aos (cinco) dias após o assentamento.
As superfícies deverão estar regularizadas, uniformes e secas. Se a regularização não for obtida na
própria concretagem, a regularização e declividade para o escoamento pluvial, conforme projeto serão
executadas com argamassa de cimento e areia no traço volumétrico de 1:3, perfeitamente aderida à
base e com acabamento bem desempenado, com desempenadeira de madeira e feltro. Esta argamassa
não poderá conter aditivos hidrófugos.
As superfícies verticais, rodapés e todos os perímetros serão preparados para receber os arremates da
impermeabilização.
• Execução de berço amortecedor
Berço a Quente: Diretamente sobre a base limpa e seca, aplicar uma demão de tinta de imbricação. Em
seguida executar o berço a quente numa temperatura aproximada de 140 ºC, em uma faixa de 50 mm
maior que a largura da manta elastomérica, ou sua área total. Consumo de material do berço: 2:3 kg/m².
Berço a Frio: Aplicar urna demão de tinta primária de imprimação (adesivo hidroasfáltico diluído em 50 a
100% de água). Aguardar, no mínimo, duas horas para a secagem.
Sobre a primária seca executar uma camada de berço amortecedor de impactos e de recobrimentos dos
pontos contundentes do concreto. A aplicação é feita com desempenadeira de aço ou rodo, distribuindo
uma camada uniforme e regularizadora com espessura mínima final de 2 mm, após a secagem.
Consumo: 2 a 3 kg/m². Tempo de secagem: seis a doze horas.
• Aplicação de Manta
Dobrar metade da manta no sentido longitudinal aplicar uma demão do adesivo sobre o berço e outra
sobre a manta, tendo a cuidado de deixar uma faixa de 50 a 60 mm nas extremidades do remate da
manta, onde a colagem é feita pelo processo de caldeação a frio.
Aguardar que o adesivo se desidrate, ficando na cor preta e sem manchas marrons, tanto sobre o berço
quanto na manta elastomérica. Desdobrar a manta sobre o berço, promovendo a colagem por fricção
com pano ou estopa.
Proceder da mesma maneira na metade seguinte.
• Emendas de continuidade ou sobre substrato de concreto e emergentes
Nas emendas de mantas sobre mantas, a colagem é feita, a frio, com adesivo autovulcanizante e fita de
caldeação.
As superfícies a serem coladas devem estar limpas, isentas de resíduos de talcos, parafina ou materiais
estranhos ao elastômero. As mantas elastoméricas (Butylicas ou EPDM) serão unidas por sobreposição
com 50 mm de largura.
Para limpeza, usar solvente tipo Varsol ou similar, escova vegetal e por fim, um tecido. Lixar com lixa de
ferro n.º 60, nas áreas a serem colocadas com adesivo autovulcanizante, exceto na fita de caldeação.
Aplicar urna demão do adesivo autovulcanizante na face inferior da manta e colocar fita de caldeação
através de leve fricção.
Empregar uma demão do adesivo autovulcanizante sobre a face superior da manta e sobra a fita de
caldeação já anteriormente colada na face inferior. Quando o adesivo estiver no “ponto de toque” unir as
partes superiores das mantas, com fricção enérgica, por meio de material adequado.
Nos arremates em dutos e outros emergentes, rodapés etc. e em todas as áreas verticais com até 0,40
m de altura, não é necessária a utilização do berço amortecedor. Nestas áreas e nas extremidades da
fita de caldeação, serão aplicadas duas ou mais demãos do adesivo autovulcanizante.
Coletores de águas pluviais e outras unidades, que pela forma construtiva necessitem de reforços
impermeabilizantes, também serão colocados sem berço amortecedor, porém com duas demãos de
O consumo mínimo de primeira demão ou camada de asfalto será de 2 kg/m², nas outras demãos de 1,5
kg/m². Nos rodapés, não havendo reentrâncias a serem preenchidas com alvenaria, esta proteção será
estruturada com tela hexagonal galvanizada, ancorada na parte superior o com junta de dilatação de, no
mínimo, 20 mm entre os planos vertical e horizontal.
3.11.5 – Impermeabilização com manta impregnada de asfalto
• Preparo da superfície
Os caimentos serão de 1%, no mínimo, ou conforme especificado em projeto ou orientados em direção
aos ralos e/ou condutores.
Os tubos de respiro têm uma cova ao redor na profundidade de 50 mm.
• lmprimação com asfalto diluído
Aplicar uma demão de asfalto diluído em toda superfície a ser impermeabilizada. Aguardar doze horas
antes de iniciar a impermeabilização.
Consumo: 0,3 a 0,5 litro/m².
• Aplicação da manta
O aplicador deverá proceder à colagem da manta, usando o asfalto oxidado fundido a uma temperatura
de 180°C a 220°C. Ao desenrolar a membrana sobre a laje, deverá espalhar o asfalto quente na frente
do rolo formando um excesso.
Há a opção de se efetuar a colagem com maçarico apropriado. Neste caso deverá utilizar na
imprimação, asfalto diluído mais denso, conforme orientação do fabricante.
Trabalhar com o asfalto quente sempre perto do rolo, não permitindo que a distância ultrapasse meio
metro.
Aplicar uma pressão enérgica sobre a membrana do centro para as extremidades a fim de expulsar
bolhas de ar que possam estar retidas entre a membrana e a superfície, utilizando equipamentos
apropriados. As membranas deverão sofrer uma sobreposição de 0,10 m. Deste modo, o asfalto oxidado,
além de ser espalhado sobre a laje, será aplicado também, sobre a membrana anterior, já aderida à laje,
em uma faixa de aproximadamente 0,10 m.
Na sobreposição das membranas, será constatado que há um pequeno excesso de asfalto, além dos
0,10 m da sobreposição. O excesso de material garantirá a perfeita fusão de uma membrana na outra.
Nas emendas das membranas será passado um rolete de 5 kg, logo em seguida à aplicação do asfalto.
Consumo de asfalto: 3 kg/m².
Toda e qualquer impermeabilização será iniciada pelos pontos críticos: ralos, juntas de dilatação.
3.11.6 – Impermeabilização composta por pasta de cimento e polímeros
Este sistema impermeabilizante, quando especificado, será obrigatoriamente aplicado nas faces internas
das estruturas hidráulicas.
Preparo da superfície
• Regularizar a superfície, tampando os poros maiores (profundidade maior que 5 mm),
preparando-a para receber a impermeabilização, com uma mistura de cimento e areia fina
na proporção de 1:2 em volume, aplicada com esponja;
• Os poros menores (profundidade menor que 5 mm) serão corrigidos com o próprio produto
em consistência de pasta e aplicado com desempenadeira de aço. Os cantos vivos devam
ser arredondados;
• Materiais aderidos ao concreto (nata, argamassa etc.) serão removidas;
Cópia não controlada quando impresso
• As superfícies lisas serão lixadas (lixa grossa ou escovas de aço). Depois do lixamento será
aplicada uma pintura adesiva composta por cimento, areia fina, água e adesivo
(componente líquida), precedendo à impermeabilização, na proporção:
◦ Cimento: areia – 4:4
◦ Água: adesivo – 1: 1
◦ Molhar a superfície do concreto até a saturação;
Preparo e aplicação da impermeabilização
Proceder à mistura do produto, obedecendo ao proporcionamento indicado pelo fabricante, até a total
homogeneidade do material;
Aplicar três demãos cruzadas, utilizando brocha, tomando-se os cuidados a seguir:
• Aplicar nova demão cruzada, assim que a brocha não arranque (risque) a demão anterior.
Caso contrário, se não houver tempo, curar a demão aplicada, borrifando água, assim que
se note a endurecimento superficial da pintura, por um período de doze horas. Em seguida
encharcar a superfície e aplicar a nova demão cruzada;
• Curar a última demão durante doze horas de sua aplicação, molhar o revestimento
abundantemente com água por um período de sete dias, e colocar a estrutura em carga.
Nota: O consumo mínimo de cimento impermeabilizante será de 1 kg/m² por demão e do componente
líquido de 0,1 kg/m² por demão.
3.11.7 – Impermeabilização com membrana
Preparo da superfície
A superfície será regularizada com argamassa de cimento e areia na proporção 1:3 em volume, com
caimento mínimo de 1% em direção aos coletores ou conforme projeto.
Execução da impermeabilização
Aplicar uma demão de “primer” sobre a superfície, conforme orientação do fabricante.
Aplicar, no mínimo, quatro demãos do produto, sempre aguardando a secagem da demão precedente.
Entre a segunda e a terceira demão será aplicada uma armadura de reforço de poliéster, lã de vidro ou
similar.
3.11.8 – Proteção mecânica
A proteção mecânica das impermeabilizações será executada conforme as especificações de projeto.
Antes da execução da proteção mecânica será obrigatória a execução da prova de estanqueidade.
Obrigatoriamente, a proteção mecânica deverá estar separada da impermeabilização pela aplicação
prévia de uma camada separadora (papel “kraft” betumado duplo, feltro asfáltico ou poliéster).
A proteção mecânica deverá possuir juntas, de no máximo, a cada 15 m².
3.11.9 – Proteção térmica em lajes planas de cobertura
Quando especificada, a proteção térmica será de um dos três tipos a seguir:
• Proteção térmica com agregado leve;
• Proteção térmica com concreto celular;
• Proteção térmica com poliestireno expandido.
Estes deverão sempre ser definidas em projeto, considerando-se as condições de uso da laje em
questão.
No caso de a proteção térmica ser efetuada com agregado leve ou com concreto celular, esta será
Após secagem da base, serão aplicadas duas a três demãos de tinta específica, com espaçamento
mínimo de vinte e quatro horas cada uma.
A superfície já pintada será lixada levemente com lixa d'água e seca antes da nova demão. A aplicação
será com trincha ou revólver, conforme instruções do fabricante.
3.12.4 – Pintura a verniz
Utilizada para proteção de superfícies de madeira, em uso interno ou externo.
Sobre a superfície previamente preparada será aplicada a primeira demão de verniz. Essa aplicação far-
se-á com o uso de “bonecas” de tecido de algodão.
Os orifícios serão obturados, com massa constituída de verniz, gesso, óleo de linhaça e corante,
procurando, na dosagem, obter coloração próxima à da madeira natural.
Após a completa secagem, será feita uma lixagem até a obtenção de uma superfície totalmente lisa.
Aplicam-se mais duas demãos de verniz, aguardando-se os intervalos de total secagem, conforme
instruções do fabricante.
3.12.5 – Pintura grafite
Aplica-se para proteção de peças metálicas, estruturas, postes de iluminação, caixilhos etc.
A superfície será preparada tomando-se cuidado especial na remoção de ferrugem. Em seguida será
aplicada 1 (uma) demão de fundo anticorrosivo. Após secagem do fundo, serão aplicadas duas a três
demãos de grafite, com espaçamento mínimo de vinte e quatro horas entre cada uma.
A aplicação será por trincha, conforme instruções do fabricante.
3.12.6 – Pintura a base de silicone
Esta pintura ser aplicada objetivando repelir a água em superfícies de alvenaria, concreto, argamassa e
outros materiais que contenham silicatos.
A aplicação será efetuada somente em superfícies secas. Revestimentos novos deverão secar durante 2
duas semanas. Não será aplicado em dia chuvoso, aguardando-se pelo menos três dias após a última
chuva.
Será aplicada uma demão abundante de modo que chegue a escorrer, ensopando a superfície.
Em paredes destinadas a receber pintura à base de cal ou cimento, a pintura será executada antes da
aplicação do silicone.
A aplicação será por brocha ou revólver, que deverá ter bico largo e pressão baixa para evitar a
pulverização, conforme as instruções do fabricante.
3.12.7 – Pintura alumínio
Recomendada para estruturas e perfis metálicos.
A superfície será preparada, dando-se especial atenção à eliminação de ferrugem. Será aplicada demão
primária, seladora, de acordo com a material a ser utilizado.
Após secagem da base, serão aplicadas de duas a três demãos de tinta alumínio, com espaçamento
mínimo, de vinte e quatro horas, entre cada aplicação.
A aplicação será com trincha ou revólver seguindo as instruções do fabricante.
3.12.8 – Pintura antiferruginosa ou primer
Será aplicada em superfícies metálicas, previamente lixadas, livres de ferrugens e rebarbas de soldas.
O lixamento será feito com lixa de ferro umedecida em querosene para facilitar a remoção da ferrugem.
A pintura será feita imediatamente após a limpeza.
A pintura antiferruginosa deverá receber as correções e retoques que forem necessárias, antes da
pintura definitiva de acabamento.
As superfícies zincadas ou galvanizadas, como calhas, rufos, condutores etc.; serão pintadas com
“primer” à base de cromato de zinco, antes de receberem a pintura de acabamento, óleo, esmalte etc.
Nota: A pintura de tubulações e acessórios nas estações de tratamento, de recalque e reservatórios,
além da proteção anticorrosiva, deverá atender a estética e padronização de cores, conforme normas
em vigor.
3.13 – Urbanização
Os serviços de urbanização serão executados conforme projeto e/ou determinação da Fiscalização,
levando-se em conta a programação das etapas de execução de outros serviços como:
• Pavimentação
• Portões
• Cercas de arame
• Cerca de tela tipo alambrado
• Plantio de grama em placas
• Plantio de arbustos e árvores
3.13.1 – Pavimentação em paralelepípedo ou bloco (blockret)
As peças serão assentadas sobre lastro de areia: 5 cm de espessura para blocos articulados; 10 cm de
espessura para blocos sextavados ou paralelepípedos.
Eventualmente, para melhorar as condições de suporte do solo, será executado lastro de brita ou de
concreto magro.
Os paralelepípedos ou blocos serão assentados das bordas da faixa para o centro e, quando em rampa,
de baixo para cima.
No caso de assentamento em rampas íngremes, este será feito sobre lastro de concreto magro, com
consumo mínimo de cimento de 210 kg/m³.
O rejuntamento será feito com pedrisco, seguido do preenchimento das juntas com asfalto.
3.13.2 – Passeio cimentado
O concreto deverá ter espessura igual à do piso existente, não devendo, no entanto, ser inferior a 5,0
cm, e será aplicado sobre lastro de brita de 5,0 cm de espessura devidamente compactado.
O consumo mínimo de cimento, por metro cúbico de concreto, será de 210 kg.
As juntas de dilatação para reposição de passeio serão do mesmo tipo e ter o mesmo espaçamento do
pavimento existente. Para os passeios novos as juntas serão plásticas, alinhadas de tal forma que a
superfície seja dividida em painéis.
Será aplicada uma camada de argamassa de acabamento desempenado de cimento traço 1:3 em
volume, de 2,0 cm de espessura.
Quando o acabamento for superior deverá obedecer às características dos materiais existentes de forma
a reconstruir as condições iniciais.
3.13.3 – Passeio em ladrilho hidráulico
As pedras de ladrilho hidráulico serão assentadas sobre o contrapiso de concreto com consumo de 210
Manual de Obras
da Saneago –
Capítulo 4 –
Materiais de
Construção
4 – MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
4.0.1 – Considerações gerais
Todos os materiais a empregar nas obras deverão ser novos, comprovadamente de primeira
qualidade e satisfazem rigorosamente às condições estipuladas neste Manual, salvo disposição
expressa e diversa, estabelecida nas especificações de Obra, cujas prescrições prevalecerão.
A contratada só usará qualquer material depois de submetê-lo ao exame e aprovação da
Fiscalização, a quem caberá impugnar o seu emprego, quando em desacordo com as
especificações.
Cada lote ou partida de material deverá, além de outras averiguações, ser comparado com a
respectiva amostra, previamente aprovada.
As amostras de materiais aprovadas pela Fiscalização, depois de convenientemente autenticadas
por esta e pela contratada, serão cuidadosamente conservadas no canteiro da obra até o fim dos
trabalhos, de forma a facultar, a qualquer tempo, a verificação de sua perfeita correspondência
aos materiais fornecidos ou já empregado.
Obriga-se a contratada a retirar do recinto das obras os materiais por ventura impugnados pela
Fiscalização, dentro de 72 horas, a contar da Ordem de Serviço atinente ao assunto, sendo
expressamente proibido manter no recinto das obras quaisquer materiais que não satisfaçam a
estas especificações.
4.0.2 – Critério de Analogia
Se as circunstâncias ou condições locais tornem aconselhável a substituição de alguns dos
materiais especificados neste Manual, a substituição obedecerá ao disposto nos itens
subsequentes e só será efetuada mediante expressa autorização, por escrito, da Fiscalização, para
cada caso particular e será regulada pelo critério de analogia definido a seguir.
Diz-se que dois materiais ou equipamentos apresentam analogia total ou equivalência se
desempenham idêntica função construtiva e apresentam as mesmas características exigidas na
especificação ou no Serviço que a eles se refiram.
Diz-se que dois materiais ou equipamentos apresentam analogia parcial ou semelhança se
desempenham idêntica função construtiva, mas não apresentam as mesmas características
exigidas na especificação ou no Serviço que a eles se refiram.
Na equivalência, a substituição se processará sem haver compensação financeira para as partes,
ou seja, a SANEAGO ou a contratada.
Na eventualidade de uma semelhança, a substituição se processará com a correspondente
compensação financeira para uma das partes, SANEAGO ou contratada, conforme contrato.
O critério de analogia referido será estabelecido em cada caso pela Fiscalização, sendo objeto de
registro no "Diário de Obras".
Nas especificações, a identificação de materiais ou equipamentos por determinada marca implica,
apenas, a caracterização de uma analogia, ficando a distinção entre equivalência e semelhança
subordinada ao critério de analogia retro estabelecido.
A consulta sobre analogia envolvendo equivalência ou semelhança será efetuada em tempo
oportuno pela contratada. A SANEAGO não admitirá, em nenhuma hipótese, que essa consulta
sirva para justificar o não- cumprimento dos prazos contratuais.
4.0.3 – Laboratórios – ensaios e t estes
• Requisitos
A massa exata corresponde ao produto do valor da área exata definida pela série de Renard, por
7,85 Kg.
Tabela 12 – Propriedades mecânicas de barras e fios de aço destinados a armaduras de concreto armado
Ensaio de dobr. a Dist. Da
Ensaio de Tração (valores mínimos) Aderência
180° categ.
Diâm. de pino
Categoria Resist. carac. de Along. Em 10Ø (%) (C) Coef. de conform.
Limite de resist. (mm) (D)
escoramento FyK superf. mín. p/ Cor
Fyk (Mpa) (B) Para aço Para aço
(Mpa) (A) Ø<20 Ø=20 Ø>10 nb
CI. A CI. B
CA – 25 250 1,20 fy 18 - 2Ø 4Ø 1 Amarela
CA – 40 400 1,10 fy 10 8 3Ø 5Ø 1,2 Vermelha
EB-1742/86 Aços para perfis laminados, chapas grossas e barras, usados em estruturas fixas (NBR-9763);
MB-4/77 Material metálico determinação das propriedades mecânicas a tração (NBR- 6152)
NB-14/86 Projeto e execução de estrutura de aço de edifícios – método estados limites (NBR-8800);
Norma Título
EB-1402/83 Peças fundidas de aço inoxidável e de outras ligas resistentes à corrosão para uso geral (NBR-8092);
EB-1409/83 Peças fundidas de aço inoxidável e de outras ligas resistentes ao calor para uso geral (NBR-8093);
EB-1511/89 Produtos planos de aço inoxidável para aplicações estruturais (NBR-8579);
MB-1677/82 Aço inoxidável – determinação da suscetibilidade ao ataque intergranular com ácido oxálico (NBR-7408);
Aço inoxidável – determinação da suscetibilidade ao ataque intergranular com sulfato férrico – ácido sulfúrico
MB-1678/82
(NBR-7409);
MB-1679/62 Aço inoxidável – determinação da suscetibilidade ao ataque intergranular com ácido nítrico (NUR-7410);
Aço inoxidável austenítico ao molibdênio – determinação da suscetibilidade ao ataque intergranular com ácido
MB-1680/82
nítrico – ácido fluorídrico (NBR-7411);
Aço inoxidável – determinação da suscetibilidade ao ataque intergranular com cobre – sulfato cúprico ácido
MB-1681/82
sulfúrico (NBR-7412);
Aço Inoxidável e ligas similares – determinação da suscetibilidade à corrosãopor pite e por frestas em solução
MB-1698/82
de cloreto férrico (NBR-7546);
NB-320/87 Elementos de fixação de aço inoxidável e aço resistente à corrosão (NBR-10065);
NB-602/78 Aços inoxidáveis e aços resistentes ao calor – seleção (R-6847);
PB-354/88 Produtos planos de aço inoxidável – classificação por composição química (NBR 5601);
PB-578/90 Aço inoxidável – tratamento térmico (NBR- 6214);
PB-581/90 Propriedades mecânicas de produtos planos de aço inoxidável (NBR-6666);
PB-1210/85 Aços inoxidáveis – série padronizada (NBR-9246);
PB-1273/86 Produto plano laminado de aço inoxidável – embalagem e marcação (NBR- 9764).
Características técnicas
Para os casos em que se fizer necessária maior resistência à oxidação e à corrosão, serão usadas
ligas do tipo 16-6, ou mais ricas, isto é, contendo mais de 16 % de cromo e de 6% de níquel e
menos de 0,13% de carbono.
Para os casos de agentes particularmente agressivos, tais como cloreto e outros sais alóides, é
empregado, no mínimo, o tipo 18-8.
Na hipótese de temperatura elevada, serão adicionados elementos ditos estabilizadores, de
preferência o colômbio ou o titânio. O teor de colômbio é 10 vezes superior ao de carbono, e no
mínimo de 0,7 a I%. O teor de titânio é 5 vezes superior ao de carbono, e no mínimo de 0,4 a 0,8
%.
4.1.4 – Aços zincados e chapas
Definição
Esta especificação considera chapa zincada (CZ) a chapa fina de aço, de baixo teor de carbono,
revestida em ambas as faces com uma camada de zinco, aplicada por imersão da chapa em banho
de metal fundido ou por eletro posição.
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, há particular atenção para os dispostos
seguintes:
Tabela 15 – Chapas de aço-carbono zincadas
Norma Título
EB-167/81 Chapas de aço-carbono zincadas pelo processo semicontínuo de imersão a quente (NBR-7005);
Norma Título
EB-649/81 Chapas de aço-carbono zincadas pelo processo contínuo de imersão a quente (NBR-7008);
PB-315/81 Chapas de aço-carbono zincadas pelo processo de imersão a quente requisitos gerais (NBR-7013).
Características técnicas
O aço base das chapas zincadas é de baixo teor de carbono.
No caso de condições corrosivas mais severas, as chapas zincadas serão produzidas com aço de
composição química modificada, com adição de cobre. As chapas zincadas recebem revestimento
dos tipos A e C da EB- 167181 (NBR-7005); sendo o tipo A ou Comum para uso geral e o tipo C ou
Especial para uso em condições mais severas ou quando se deseja maior duração da chapa, como
no caso de calhas de águas pluviais.
O aço das chapas suporta dobramento transversal a 180o sem que haja ocorrências de trincas na
face externa do corpo de prova, conforme EB-167181 (NBR-7005).
O revestimento de zinco deve suportar um dobramento da chapa a 180º, sem que haja ocorrência
de fissura ou esfoliação da camada protetora, constatáveis à vista desarmada, conforme EB-167/81
(NBR-7005).
PADRÕES: as chapas zincadas serão lisas ou corrugadas.
4.2 – Aglomerantes
• Definição
Para os fins desta especificação, aglomerantes são os elementos ativos usados na confecção de
mesclas, pastas, argamassas e concretos.
4.2.1 – Cimento Portland
Tipos
• branco;
• comum;
• alta resistência inicial;
• alto forno;
• pozolânico;
• de moderada resistência a sulfatos e moderado calor e hidratação;
• de alta resistência a sulfatos.
Características técnicas
• Os principais tipos de cimento são os discriminados a seguir:
◦ Os constituídos principalmente, de clínquer tipo Portland: dos tipos comuns (nas
modalidades CP-25, CP-32 e CP-40), apresentando alta resistência inicial. São de
moderada ou de alta resistência a sulfatos;
◦ Os constituídos principalmente de clínquer tipo Portland e adições ativas são do tipo
pozolânico ou de alto-forno;
• Os outros tipos de cimento são:
◦ O Portland branco, cujo clínquer praticamente não contém óxido de ferro e;
◦ O aluminoso produzido a partir da fusão de uma mistura de calcário e bauxita.
É recomendável usar cimento de fabricação recente (observar sempre o prazo de validade descrito
na embalagem), só aceitar na obra com a embalagem e a rotulagem intactas, contendo a marca de
conformidade com a ABCP.
4.2.2 – Gesso
• Gesso calcinado
Obtido pela calcinação da gipsita natural : sulfato de cálcio com duas moléculas de água.
É acompanhado de impurezas como SiO2, AL203, PeO,CaC03 , MgO, num total não ultrapassando a 6%.
O cozimento industrial feito à temperatura baixa (150 a 300ºC) transforma o sulfato em semi-hidrato:
CaSO4 . 2H2O CaSO4 . 1/2 H2O + 3/2 H2O
O gesso apresenta bom isolamento térmico, boa proteção contra fogo e facilidade de corte, perfuração e
fixação por meio de parafusos e pregos com características especiais.
Na sua fabricação destacam-se três fases: britagem da pedra, trituração e queima.
As normas da ASTM C-26-33 especificam:
• tração: 1,4 mpa;
• compressão: 7,0 MPa;
• tempo de pega sem retardo: 10 a 40 minutos;
• tempo de pega com retardo: 40 minutos a 6 horas;
• nenhum resíduo na peneira 14 – (1,41 mm);
• 45 a 75% passam na peneira 100 – (0,15 mm).
Para verificação das características gerais do gesso são adotados os métodos de ensaio referidos nas
normas da ASTM, aplicáveis ao caso.
A quantidade teórica de água necessária à hidratação é de 19 a 25%. Maiores quantidades de água de
amassamento possibilitam o aumento do tempo de pega.
Normalmente amassa-se o gesso com excesso de água para evitar uma pega muito rápida, devendo-se
evitar quantidades superiores a 70%.
• Poder-se-á variar o tempo de pega pela adição de:
• Aceleradores: alúmen (silicato duplo de alumínio e potássio), sulfatos de alumínio e
potássio;
• Retardadores: sulfato de sódio, Bórax, fosfato, caseína, açúcar e álcool, sendo que a
quantidade de retardadores não deve ultrapassar 0,2%.
O gesso corrói o aço e tanto mais facilmente quanto mais água contiver em seus poros. As
armaduras para peças de gesso são galvanizadas. O gesso não adere bem à madeira e aos
agregados lisos.
Pela sua solubilidade, o uso do gesso é restrito a interiores, não podem ter função
estrutural.
• Gesso para estuque:
◦ o material para estuques, molduras e ornatos contem, no mínimo 70% de gesso
calcinado. O gesso para estuque tem pega em período compreendido entre 20 e 40
minutos de seu preparo.
• Gesso para revestimento:
◦ o gesso para revestimento não contem menos que 60% de gesso calcinado.
4.2.3 – Cal
• Cal virgem
Material calcinado, do qual o constituinte principal é o óxido de cálcio ou o óxido de cálcio, em
associação natural com o óxido de magnésio, capaz de extinguir-se com água.
A cal virgem aérea não hidratada apresenta as seguintes características:
◦ Perda ao fogo, máximo: 12%;
◦ CaO + MgO, em relação aos compostos não voláteis: 88%;
◦ Resíduo de extinção, máximo: 15%.
• Cal hidratada (extinta)
Pó seco obtido pelo tratamento da cal virgem com água em quantidade suficiente para satisfazer a
afinidade química, considerada as condições em que se processa a hidratação.
Constituída essencialmente de hidróxido de cálcio e de magnésio, principais constituintes da cal
hidratada para argamassa tipo "E" (especial) , ou, ainda, de uma mistura de hidróxido de cálcio e
de magnésio e óxido de magnésio, principal constituinte para argamassa tipo "C" (comum).
Normas
Os métodos de ensaio para verificação das características referidas são os estabelecidos na E-57
(especificação de cal virgem para construção) do IPT e nas normas da ABNT referentes à matéria,
com especial atenção para as relacionadas a seguir:
Tabela 16 – Cal hidratada
Norma Título
EB-153/86 Cal hidratada para argamassas (UBR-7175);
MB-341/67 Cal – determinação do resíduo de extinção(NBR-6472);
MB-342/67 Cal virgem e cal hidratada – análise química (NBR-6473);
MB-2331/05 Cal hidratada para argamassas – determinação da estabilidade (NBR-9205);
MB-2332/05 Cal hidratada para argamassas – determinação da plasticidade (NBR-9206);
MB-2333/95 Cal hidratada para argamassas – determinação da capacidade de incorporação de areia no plastômero de
Voss (NBR-9207):
MB-2351/85 Cal hidratada para argamassas – determinação da finura (NBR-9289);
MB-2352/95 Cal hidratada para argamassas – determinação da retenção de água (NBR- 9290).
MB-3058/99 Cal virgem – determinação do tempo de extinção(NBR-10791).
Norma Título
EB-1/88 Cimento Portland comum (NBR-5732);
EB-2/74 Cimento Portland de alta resistência inicial (NBR-5733);
ES-208/87 Cimento Portland de alto-forno (NBR-5735);
EB-758/86 Cimento Portland pozolânico (NBR-5736);
Cimento Portland de moderada resistência a sulfatos (MRS) e cimento Portland de alta resistência a
EB-903/86
sulfatos (ARS) (NBR-5737);
MB-1/79 Ensaio de cimento Portland (NBR-7215);
MB-11/76 Análise química de cimento Portland – disposições gerais (NBR-5740);
MB-348/84 Cimento Portland e outros materiais em pó – determinação da área específica (NBR-7224),
MB-508/73 Cimento Portland – extração e preparação de amostras (NBR-5741);
Análise química de cimento Portland – processos de arbitragem para determinação de dióxido de silício,
MB-509/76
óxido férrico, óxido de alumínio, óxido de cálcio e óxido de magnésio (NBR-5'742);
MB-510/89 Cimento Portland – determinação de perda ao fogo (NBR-5743);
MB-511/89 Cimento Portland – determinação de resíduo insolúvel (NBR-5744);
MB-512/89 Cimento Portland – determinação de anidrido sulfúrico (NBR-5745);
MS-513/76 Cimento Portland – determinação de enxofre na forma de sulfeto (NBR-5746);
MB-514/89 Cimento Portland – determinação de óxido de sódio e óxido de potássio por fotometria de chama (NBR-
5747);
MB-515/76 Cimento Portland – determinação de óxido de cálcio livre (NBR-5748);
MB-1153/77 Pozolanas – determinação do índice de atividade pozolânica com cimento Portland pozolânico (NBR-5752);
MB-1154/77 Cimentos – método de determinação de atividade pozolânica em cimento Portland pozolânico (NBR-5753);
MB-1619/89 Cimento Portland – determinação de óxido de cálcio livre pelo etileno glicol (NBR-7227);
MB-1866/83 Cimento Portland pozolânico – análise química (NBR-8347);
MB-2072/84 Cimento Portland – determinação do calor de hidratação a partir do calor de dissolução (NBR-8009);
Cimento Portland e outros materiais em pó – determinação da finura por meio de peneira 0,044 mm
MB-2145/85
(número 325) (NBR-9202);
TE-76/69 Cimento (NBR-7226).
4.3 – Agregados
Normas
As normas da ABNT atinentes ao assunto são as seguintes:
Tabela 18 – Tipos de agregados
Norma Título
EB-4/02 Agregados para concreto (NBR-7211);
EB-72/68 Pedra britada, pedrisco e pó-de-pedra para base de macadame hidráulico (NBR-7174);
EB-104/79 Pedra britada graduada e solo para base tipo macadame (NBR-7502);
EB-1133/82 Areia normal para ensaio de cimento (NBR-7214);
MB- 7/87 Agregado: determinação da composição granulométrica (NBR-7217);
MB- 10/87 Agregado :determinação de impurezas orgânicas húmicas, em agregado miúdo (NBR-7220);
MB- 95/07 Agregado: ensaio de qualidade de agregado miúdo (NBR-7221);
NB- 29/68 Reconhecimento e amostragem para fins de caracterização de pedregulho e areia (NBR-6491);
TB – 16/55 Materiais de pedra e agregados naturais (NBR-7225).
Condições gerais
• Densidade absoluta: as densidades absolutas de cada saibro são determinadas pelo frasco
de Chapman, observando-se a técnica geral recomendada pelo IPT. Para todas as
variedades, a densidade absoluta encontrada foi de 2,50;
• Densidade aparente: como a densidade aparente dos materiais granulados varia conforme o
método empregado na medição, são utilizados, com o objetivo de apresentar números mais
próximos da realidade, caixotes semelhantes aos que são usados nas obras para as
dosagens em volumes das argamassas. Os resultados obtidos são os seguintes:
◦ saibro áspero: 1,33 a 1,51;
◦ saibro macio: 1,18 a 1,21.
4.3.4 – Granilha
Características técnicas
Granilha de mármore: é constituída por mármore natural triturado, isento de pó impalpável,
dolomita ou outras substâncias nocivas. A existência de lascas, escamas ou fragmentos lamelares
só é admitida quando em reduzidas proporções e, unicamente, para atender ao aspecto
decorativo.
Granilha de granito: é constituída por granito triturado, da qualidade que for especificada, isenta
de pó impalpável. A existência de lascas, escamas ou fragmentos lamelares só é admitido quando
em reduzidas proporções e, unicamente, para atender ao aspecto decorativo.
Utilização
Revestimentos: as granilhas são agregados com resinas acrílicas, aplicadas com espátula metálica,
são agregadas com argamassa de cimento e areia, como é o caso do fulget.
Pavimentações: como piso de alta resistência à abrasão, granilite e marmorite.
Coberturas: como membrana asfáltica reforçada, recoberta, com granilhas.
4.3.5 – Pedregulho – seixo rolado
Definição
Conforme a TB-16/55 (NBR-7225), pedregulho é o material natural inerte, de forma arredondada,
com dimensão nominal máxima de 100 mm e dimensão nominal mínima igual ou superior a 2 mm.
• muito grosso: compreendido entre 100 e 50 mm;
• grosso: compreendido entre 50 e 25 mm;
• médio: compreendido entre 25 e 4,9 mm;
• fino: compreendido entre 4,9 e 2 mm;
• bruto: extraído de cavas;
• lavado: extraído de rios naturais;
• graduado: obedece a uma distribuição granulométrica especificada.
Normas
São as seguintes as normas da ABNT atinentes ao assunto:
Tabela 19 – Normas pedregulho
Norma Título
Grãos de pedregulho retidos na peneira de 4,8 mm – determinação da massa específica, massa específica aparente e da
MB-29/84
absorção de água (NBR-6458);
NB-29/68 Reconhecimento e amostragem para fins de caracterização de pedregulho e areia (NBR-6491);
Utilização
Será admitido, a juízo da SANEAGO, o emprego de pedregulho como agregado graúdo para
concreto armado, desde que sua qualidade seja satisfatória e que as dosagens dos concretos
sofram as correções necessárias.
4.3.6 – Pó de pedra
Definição
Resíduo de trituramento mecânico de granito ou gnaisse, é isento de argila, matérias orgânicas ou
outras impurezas nocivas aos fins a que se destine.
Normas
A norma da ABNT atinente ao assunto é a EB-72162 de macadame hidráulico (NBR-7174). Pedra
britada, pedrisco e pó-de-pedra para base.
Restrições
Seu uso é limitado aos rebocos. Fica terminantemente proibida sua inclusão ou adição como
agregado fino de concreto ou como argamassa que não sejam de rebocos. É igual e estritamente
vedada a adição de pó-de-pedra aos rebocos pré-fabricados.
4.3.7 – Argila expandida
Definição
Agregado leve, apresentado sob a forma de grãos arredondados de tamanhos variáveis até 2 cm
de diâmetro, possuindo a superfície vitrificada, resistente e impermeável.
Normas
Normas da ABNT atinentes ao assunto:
Tabela 20 – Normas agregados leves
Norma Título
EB-228/69 Agregados leves para concreto de elementos para alvenaria;
Características técnicas
A massa especifica aparente, no estado solto, varia entre 0,50 t/m³para o agregado graúdo a 0,75
t/m³ para o material miúdo. 0 coeficiente de condutibilidade térmica para o agregado, no estado
solto, é 0,085 kcal m/m².h.ºC.
Tipos.
Agregado com:
• massa específica aparente no estado solto: 500 a 550 Kg/m³;
• tamanho variável entre 20 e 30 mm;
• utilização: enchimento de lajes e isolante térmico
Agregado com:
• massa específica aparente no estado solto;
• tamanho variável entre 13 e 20 mm;
• utilização: substitui a brita 1.
Agregado com:
• massa específica aparente no estado solto; 550 a 600 kg/m³;
• tamanho variável entre 5 e 13 mm;
• utilização: substitui a brita 0.
Agregado com:
• massa específica aparente no estado solto: 500 a 550 kg/m³ ;
• tamanho variável até 6 mm;
• utilização: elementos de menores resistências.
4.3.8 – Capeamento de alta resistência
Características técnicas
Mistura de agregados rochosos não britados e metálicos. A granulometria e os pesos específicos
desses materiais são definidos de forma a proporcionar perfeita cobertura superficial. O consumo é
de 4 kg/m², e a resistência à abrasão é de 2 cm³/50 cm² (DIN 52108).
4.4 – Água
Condições gerais
Presume-se satisfatória a água fornecida pele rede de abastecimento público das cidades. Caso
ocorra, durante a estação chuvosa, uma turbidez excessiva da água, é providenciada decantação
ou filtração.
Normas
A água destinada ao amassamento de argamassas e concretos atende às condições prescritas nas
seguintes normas:
Tabela 21 – Normas de água para amassamento e concretos
Norma Título
MB-1056/75 Água – determinação de cloreto Método argentométrico (NBR-5759);
MB-1067/75 Água – determinação da dureza Método complexométrico (NBR-5761);
MB-1096/76 Água – determinação da alcalinidade – método por titulação direta (NBR-5762);
NB-1/78 Projeto e execução de obras de concreto armado (NBR-6118).
4.5 – Arames
Definição
Arame de aço galvanizado é o fio de aço estirado, brando e galvanizado a zinco, de bitola
adequada a cada caso. O arame para armaduras de concreto armado é o fio de aço recozido, preto,
de 1,65 mm (n.º 16 SWG e de 1,21 mm (n.º 18 SWG). o arame de cobre para amarração de telhas
e outros fins análogos é fio de liga de cobre,
estirado, de 1,24 mm (n.º 18 SWG).
Normas
Dentre as normas da ABNT atinentes ao assunto, há particular atenção para o disposto nas
seguintes:
Tabela 22 – Arame de aço galvanizado e recozido
Norma Título
EB-777/78 Arame de aço de baixo teor de carbono, zincado para uso geral (NBR-6331);
Norma Título
MB-781/84 Arames de aço – ensaios de torção simples (NBR-6003);
PB-323/82 Arame de aço de baixo teor de carbono – diâmetro, tolerâncias e pesos (NBR- 5589);
EB-1421/83 Alumínio e suas ligas – barras, arames, perfis e tubos extrudados (NBR-8117);
MB1929/83 Alumínio e suas ligas – rebites, barras e arames para recalque a frio – determinação da resistência ao cisalhamento
(NBR-8309).
EB-319/83 Arames e arames achatados de ligas cobre-níquel e cobre-níquel-zinco (NBR-6630)
EB-320/79 Arames e arames achatados de ligas cobre-estanho (bronze fosforoso) (NBR- 6631);
4.6 – Argamassas
4.6.1 – Alta resistência
Características técnicas
Com agregados rochosos e metálicos: trata-se de produto composto por agregados metálicos de
alta dureza (entre 47 e 52 Na escala Rockwell), dimensionados granulometricamente, de forma a
permitir a obtenção de argamassas, compactas sem espaços vazios em sua estrutura, capazes de
constituir pisos de alta resistência a esforços mecânicos de impactos e à abrasão.
Com agregados rochosos: trata-se de produto composto por agregados rochosos de alta dureza,
dimensionados, granulometricamente, obedecendo à curva Fuller, de forma a permitir a obtenção
de argamassas compactas, sem espaços vazios em sua estrutura, capazes de constituir pisos de
alta resistência a esforços mecânicos e de receber acabamento polido.
Com agregados rochosos e neoprene: idem item anterior, com adição de neoprene na proporção de
20%, em peso, da quantidade de cimento.
4.6.2 – Sintética autonivelante
Definição
Entende-se a argamassa beneficiada com polímero de alto poder adesivo e elevadas resistências
químicas e mecânicas.
Características técnicas
A argamassa é fornecida com 2 componentes, denominados "A" e "B". O componente "A" é um
líquido de base acrílica, cor branca leitosa, densidade 1,0. O componente "B" é um pó constituído
por areia de quartzo selecionada, cimento e aditivos, cor cinza concreto e densidade 1,8
(aproximadamente).
Da mistura dos 2 componentes resulta uma argamassa altamente fluida caracterizada pelo seu
poder impermeabilizante e resistência mecânica elevada em curto prazo (24 horas).
As características da argamassa são as seguintes:
Tipo de
Traço Componentes
argamassa
A.1 1:1 Cimento e areia
A.2 1:2 Cimento e areia
A.3 1:3 Cimento e areia
A.4 1:4 Cimento e areia
A.5 1:5 Cimento e areia
A.6 1:6 Cimento e areia
A.7 1:8 Cimento e areia
A.8 1:6 Cimento e saibro áspero
A.9 1:8 Cimento e saibro áspero
A.10 1:2:3 Cimento, areia e saibro macio
A.11 1:3:3 Cimento, areia e saibro macio
A.12 1:3:5 Cimento, areia e saibro macio
A.13 1:1:6 Cimento, cal em pasta e areia fina peneirada
A.14 1:2:3 Cimento, cal em pasta e areia fina peneirada
A.15 1:2:5 Cimento, cal em pasta e areia fina peneirada
A.16 1:2:7 Cimento, cal em pasta e areia fina peneirada
A.17 1:2:9 Cimento, cal em pasta e areia fina peneirada
A.18 1:3 Cal em pasta e areia, com a adição de 100 kg de cimento para cada m³ de traço
A.19 1:4 Cal em pasta e areia, com a adição de 100 kg de cimento para cada m³ de traço
A.20 1:0:5:5 Cimento, cal em pó e areia
A.21 1:1:2 Cimento, cal em pó e areia
A.22 1:1:4 Cimento, cal em pó e areia
A.23 1:1:6 Cimento, cal em pó e areia
A.24 1:2:6 Cimento, cal em pó e areia
A.25 1:2:8 Cimento, cal em pó e areia
A.26 1:2:9 Cimento, cal em pó e areia
A.27 1:3:5 Cimento, cal em pasta e areia fina peneirada
A.28 1:3:5:4 Cimento, cal em pasta e areia fina peneirada
A.29 1:6:6 Cimento, cal em pasta e areia fina peneirada
4.6.4 – Pré-fabricadas
Alvenaria
Argamassa fabricada à base de cimento Portland, minerais pulverizados, cal hidratada, areia de
quartzo termotratada e aditivos especiais.
A argamassa para assentamento de blocos de concreto e de concreto celular tem a sua
composição adaptada para a finalidade específica a que se destinam.
Chapisco
Entende-se por "chapisco pré-fabricado", o chapisco preparado com argamassa à base de: cimento
Portland com aditivos especiais e componentes minerais. O chapisco visa a garantir perfeita
aderência da argamassa ao concreto e entre a alvenaria e a argamassa de revestimento.
Emboço
Argamassa fabricada à base de: cimento Portland, minerais pulverizados, cal hidratada, areia de
quartzo termotratada e aditivos especiais.
Reboco para pintura
Argamassa pré-dosada, constituída basicamente de: areia com tratamento térmico e rigoroso
controle granulométrico, cimento Portland, cal hidratada e aditivos especiais que lhe conferem
características de plasticidade e aderência.
4.6.6 – Texturadas
Para efeito desta especificação, argamassas texturadas são as argamassas constituídas por resinas
alquídicas, solventes minerais (aguarrás), silicone, litopônio, dióxido de titânio, óxido de zinco,
carbonato de cálcio, pigmentos naturais, fungicida, mica, amianto, fibra de vidro, perlita expandida
e elastômero polisobutileno.
4.6.6.1 – Características técnicas
A resina alquídica (poliester alkid resin), da família dos policatéricos, é o componente mais
importante. É o veículo da composição que confere flexibilidade à película.
A perlita, substância vítrea de origem vulcânica, é triturada e aquecida, resultando dessa
calcinação a perlita expandida, material que atua como isolante acústico e térmico.
A mica funciona como isolante dielétrico e contribui também para melhorar as características de
resistência ao calor e ao fogo e de recobrimento da mescla.
O dióxido de titânio, pigmento resistente à corrosão e imune às mudanças de temperatura, à
umidade e aos ácidos, confere poder de recobrimento à argamassa.
O amianto atua como isolante térmico e acústico e as suas fibras servem de estrutura para
argamassa, permitindo o recobrimento de fissuras.
A fibra de vidro atua como retardador do fogo.
O fungicida tem por finalidade evitar a aparecimento de fungos (mofo) e a ação de insetos.
O elastômero polisobutileno confere à argamassa, além de outras características, adesividade e
estabilidade de coloração.
O rendimento da argamassa é de cerca de 1 kg/m² e o acabamento é com textura grossa ou fina.
4.6.6.2 – Vermiculita
Composição
Cópia não controlada quando impresso
Argamassa constituída por cimento, cal, areia e vermiculita expandida, com traço básico
recomendado de 1:1:1:5, em volume. Esse traço é ligeiramente modificado, adaptando-se a
alguma exigência específica.
Consumo
Para o preparo de 1 m³ de argamassa, o consumo é o seguinte:
• cimento: 206 l (248 kg);
• cal : 206 l;
• areia : 206 l;
• vermiculita expandida: 1.030 l.
Características técnicas
A argamassa definida acima apresenta as seguintes características:
• peso específico: 800 kgf/m³;
• isolamento térmico: 0,9 kcalm/m².h. ºC;
• isolamento acústico "NRC" (noise reduction coefficient): 38%;
• Ignífuga.
4.6.6.3 – Vinílica
Para efeito desta especificação, entende-se por argamassa vinílica a argamassa constituída por
resina vinílica (acetato de polivinila), cimento branco e pigmento.
Composição
• 1 parte de resina vinílica;
• 6 partes de água;
• cimento branco, até obtenção da consistência desejada;
• pigmento.
Para obter-se o aspecto granitado, aplica-se tinta de base de látex com pistola sobre a superfície
do revestimento, úmida e batida à escova.
O acabamento é obtido com 2 demãos de verniz de resina vinílica, do tipo Emulsão Rhodopás 5000
SMR da Rhodia S.A., ou similar, conforme segue:
• primeira demão: 1 parte de resina para 3 partes de água;
• segunda demão: 1 parte de resina para 1 parte de água.
4.6.7 – Diversas
4.6.7.1 – Argamassas de carborundum
São constituídas pela mistura de argamassa e carborundum, em cristais de granulometria
apropriada, na proporção de 1:5, em peso.
4.6.7.2 – Argamassas de óxido de alumínio
São constituídas pela mistura de argamassa e óxido de alumínio, em cristais de granulometria
apropriada, na proporção de 1:4, em pesoSão recomendadas para locais submetidos a desgaste
acentuado por decorrência de abrasão.
4.6.7.3 – Argamassas de gesso
São argamassas constituídas por gesso e um aditivo retardador da pega.
4.7 – Betuminosos
Disposições diversas
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, há particular atenção para o disposto nas
seguintes:
Tabela 26 – Normas materiais betuminosos
Norma Título
EB-634/75 Materiais asfálticos para impermeabilização na construção civil;
MB-37/75 Petróleo e outros materiais betuminosos – determinação da água (método por destilação);
MB-48/72 Produto de petróleo – determinação do ponto de fulgor (método pelo vaso fechado PenskyMartens);
MB-50/89 Produto de petróleo – determinação dos pontos de fulgor e de combustão (vago aberto Cleveland),
Para fins desta especificação: entende-se por materiais betuminosos os produtos obtidos pela
destilação do petróleo ou do alcatrão de hulha.
Objetivando estabelecer a distinção entre asfalto e betume, a ASTM assim os definiu.
• Asfalto: é um material aglutinante de consistência variável, cor pardo-escura ou negra e no
qual o constituinte predominante é o betume, podem acorrer na natureza, em jazidas, ou
ser obtido pela refinação do petróleo.
• Betume: é uma mistura de hidrocarbonetos pesados, obtidos em estado natural ou por
diferentes processos físicos ou químicos, com seus derivados de consistência variável e com
poder aglutinante e impermeabilizante, sendo completamente solúvel no bisulfeto de
carbono (CS2).
Características Técnicas
Os materiais betuminosos podem apresentar-se sob a forma líquida, semi-sólida ou sólida
(soluções ou tintas, emulsões, mastiques e asfaltos).
Os produtos obtidos pela destilação do petróleo classificam-se como de base asfáltica, e os
resultantes da destilação do alcatrão de hulha, como de base de alcatrão de hulha.
Na hipótese de uso simultâneo de vários materiais betuminosos, estes serão sempre da mesma
base.
As cargas minerais empregadas nos materiais betuminosos não serão afetadas pela água, sendo
vedado o emprego de substâncias higroscópicas, solúveis ou que tenham seu volume modificado
pelo contato com esse líquido.
Ensaio da mancha
O ensaio da mancha obedece ao método AASHO T-102.
A finalidade do ensaio é eliminar asfaltos que, no processo de refinação, tenham sido craqueados.
Cópia não controlada quando impresso
O craqueamento aumenta a produção de gasolina, mas o resíduo asfáltico obtido é mais suscetivel
ao intemperismo. O grau de suscetibilidade depende, obviamente, do grau de craqueamento e da
porcentagem de asfalto craqueado.
O ensaio é feito dissolvendo-se a amostra de asfalto em nafta ou outro solvente. Uma gota dessa
mistura é colocada sobre uma folha de papel filtro e os resultados serão observados. Se a mancha
formada for uniformemente marrom, o resultado é dado como negativo, se houver
uma área mais escura no centro, o resultado é dado como positivo.
O resultado positivo rejeita o asfalto ensaiado e o resultado negativo o qualifica, caso o mesmo
perdure por 24 horas.
4.7.1 – Soluções ou tin tas
É o material betuminoso, de base asfáltica ou alcatrão de hulha, dissolvido em gasolina, querosene
ou em solventes orgânicos.
O material betuminoso dissolvido em gasolina é de cura rápida, RC (Rapid Curing) ou "Cut-back";
em querosene, é de cura média, MC (Medium Curing); e em solvente orgânico, é de cura lenta, SC
(Slow curing).
4.7.2 – Solução ou tinta be tuminosa sem carga
Características t écnicas
• Base asfáltica
◦ teor mínimo de asfalto: 35%, em peso;
◦ ponto de amolecimento do asfalto (anel e bola): 55º C, no mínimo
• Base de alcatrão de hulha
◦ teor mínimo de piche de alcatrão: 35%, em peso;
◦ ponto de amolecimento do piche de alcatrão (anel e bola): 50º C, no mínimo
4.7.3 – Solução ou tinta betuminosa com carga
Características t écnicas
• Base asfáltica:
◦ teor mínimo de asfalto: 30%, em peso;
◦ ponto de amolecimento do componente sólido: 60º C, no mínimo
• Base de alcatrão de hulha:
◦ teor mínimo de piche de alcatrão: 30%, em peso;
◦ ponto de amolecimento do componente sólido: 60º C, no mínimo
4.7.4 – Emulsões
Definição
Para os fins desta especificação, entende-se por emulsão betuminosa a dispersão de materiais
betuminosos em água efetuada com o auxílio de agente emulsificador.
Características Técnicas
As emulsões são de ruptura rápida RR, média RM e lenta RL
O grau de estabilidade das emulsões é condicionado às conveniências de cada caso, isto é, as
à execução de diversos tipos de serviços asfálticos de forma adequada, tanto técnica como
economicamente. São empregadas nos seguintes tipos de serviços:
• Pintura de Ligação:
◦ RR-1C, RR-2C, RM-1C, RM-2C e RL-1C.
◦ Tratamentos Superficiais Simples, Duplos e Triplos: RR-1C e RR-2C
• Macadame Betuminoso:
◦ RR-1C e RR-2C
• Pré-misturados a Frio:
◦ RM-1C, RM-2C e RL-1C
• Areia-asfalto a frio:
◦ RM-1C, RM-2C e RL-1C
• Mistura na Estrada (Road-mix):
◦ RM-1C, RM-2C e RL-1C
• Solo Betume:
◦ RL-1C, LA-1C e LA-2C
• Lama Asfáltica:
◦ LA-1C, LA-2C e RL-1C
São classificadas de acordo com a sua ruptura, viscosidade Saybolt Furol, teor de solvente,
desemulsibilidade, resíduo de destilação e quanto à utilização, em sete (7) tipos, que são:
• RR-1C: Emulsão asfáltica catiônica de ruptura rápida, que se caracteriza pelo teor de
resíduo asfáltico no mínimo de 62% e viscosidade Saybolt Furol a 50ºC entre 20 e 90 s
(baixa viscosidade) e desemulsibilidade superior a 50%;
• RR-2C: Emulsão asfáltica catiônica de ruptura rápida, com teor de resíduo asfáltico no
mínimo de 67% e viscosidade Saybolt Furol a 50ºC entre 100 e 400 s (alta viscosidade) e
desemulsibilidade não inferior a 50%;
• RM-1C: Emulsão asfáltica catiônica de ruptura média, que se caracteriza por apresentar
viscosidade Saybolt Furol a 50ºC entre 20 e 200 s, teor de solvente destilado de no máximo
12%, teor residual de asfalto de , no mínimo, 62% e desemulsibilidade no máximo de 50%;
• RM-2C: Emulsão asfáltica catiônica de ruptura média, que se caracteriza por apresentar
viscosidade Saybolt Furol a 50ºC entre 100 e 400 s, teor de solvente destilado entre 3 e
12%, teor residual de asfalto de , no mínimo, 65% e desemulsibilidade no máximo de 50%;
• RL-1C: Emulsão asfáltica catiônica de ruptura lenta, que se caracteriza por apresentar
viscosidade Saybolt Furol, no máximo 70s, à 50ºC. Não apresenta solvente em sua
constituição e tem teor asfáltico residual mínimo de 60%. Não se faz o ensaio de
desemulsibilidade para caracterizá-la, e sim o teste de mistura com cimento ou com filler
silícico, dependendo do agregado mineral que for usado;
• LA-1C: Emulsão asfáltica catiônica para lama asfáltica, que se caracteriza por apresentar
viscosidade Saybolt Furol a 25ºC máxima de 100s, teor de resíduo asfáltico de, no mínimo,
58%, e teor máximo de 2% no ensaio de mistura com cimento;
• LA-2C: Emulsão asfáltica catiônica para lama asfáltica, que se caracteriza por apresentar
viscosidade à 25ºC máxima de 100s, teor de resíduo asfáltico mínimo de 58%, e para a qual
não exige o ensaio de mistura com cimento.
EB-50/74 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria sem função estrutural (NBR 7173);
MB-116/74 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria sem função estrutural (NBR 7184);
MB-2412/85 Argamassa de assentamento para alvenaria de bloco de concreto – determinação da retenção de água (NBR 9287);
Definições
Blocos vazados são elementos de alvenaria cuja seção transversal média útil é inferior a 75% da
seção transversal bruta.
Seção transversal bruta é a área total da seção transversal do bloco; a útil é a mesma área,
descontando-se as áreas vazadas.
Blocos modulares são blocos com dimensões coordenadas.
Dimensões coordenadas e nominais são dimensões dos blocos destinados à execução de
alvenarias Modulares. São dimensões múltiplas do modulo M – 10 cm ou de submódulos M/2 e M/4,
diminuídas de 1 cm, valor que corresponde à espessura média da junta de argamassa. Dimensões
nominais são as dimensões dos blocos indicadas pelos fabricantes.
Características t écnicas
• Tipos e dimensões
Os blocos vazados de concreto apresentam-se nos tipos normal e modular. Os blocos normais têm
Amostragem
Para fins de ensaio, o fabricante fornece, gratuitamente, blocos inteiros de tamanho natural , os
quais contituem amostra representativa de todo o lote do qual foram retirados.
Para fornecimento de até 9.000 blocos, a amostra representativa mínima é de 10 blocos. Para
fornecimento maior que 9.000 blocos, a amostra é composta acrescentando aos 10 blocos a parte
inteira do quociente da divisão da quantidade total de blocos por 9.000.
Os blocos que constituem a amostra representativa são marcados para facilidade de identificação
e, posteriormente, remetidos ao laboratório para execução dos ensaios de recebimento. As marcas
de cada unidade não devem cobrir mais de 5% da área superficial do bloco.
Condições Impostas
A amostra é submetida aos ensaios de acordo condições relacionadas com a MB-116/74 (NBR-
7184) e deve satisfazer às condições relacionadas nos itens a seguir.
A resistência à compressão média é de 2,5 MPa e a individual, de 2,0 MPa (valores mínimos).
No momento da entrega ao laboratório, os blocos não apresentam umidade superior a 40% da
quantidade de água fixada como absorção máxima.
A absorção média é de 10% e a individual, de 15% (valores máximos).
Aceitação e rejeição
A aceitação e rejeição, total ou parcial do fornecimento obedece ao disposto na EB-50174 (NBR-
MB-1212/79 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria com função estrutural (NBR-7186);
MB 2412/85 Argamassa de assentamento para alvenaria de bloco de concreto determinação da retenção de água (NBR-9287)
NB-889/84 Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto (NBR-8798);
Definições
• Blocos vazados
Elementos de alvenaria cuja seção transversal média útil é inferior a 75% da seção transversal
bruta. Seção transversal bruta é a área total da seção transversal do bloco, e a útil é a mesma
área, descontando-se as áreas vazadas.
• Blocos modulares
São blocos com dimensões coordenadas.
• Dimensões reais e nominais
Dimensões reais são as dimensões dos blocos (comprimento e altura) destinados à execução de
alvenarias modulares. São dimensões múltiplas do modulo M – 10 cm ou dos submódulos M/2 ou
M/4, diminuídas de 1 cm, valor que corresponde à espessura média da junta de argamassa.
Dimensões nominais são as dimensões reais acrescidas de 1 cm de comprimento nominal mínimo
dos blocos deve corresponder a 2 M = 20 cm.
• Em alvenaria estrutural
Características t écnicas
Classificação
Os blocos classificam-se em "A" e "B", conforme descrito a seguir.
• Blocos de classe "A
São destinados à execução de alvenarias externas que não recebem nenhum tipo de revestimento.
• Blocos de classe "B"
São destinados à execução de alvenarias internas ou externas que recebem revestimento.
Dimensões
Os blocos modulares e submodulares atendem as dimensões reais constantes da tabela a seguir,
com tolerâncias permitidas + /- 3mm, verificadas com precisão de 0,5mm.
Tabela 30 – Medidas blocos
Aceitação e rejeição
A aceitação e rejeição, total ou parcial, do lote obedecem ao disposto na EB-959/78.
4.8.3 – Celular
Definição
Para efeito desta especificação, entende-se por blocos de concreto celular os fabricados com
concreto leve, autoclavados, confeccionado a partir de uma mistura de cimento, cal, areia, pó de
alumínio e aditivos químicos.
A estrutura celular é produzida pela geração de gás de hidrogênio que dilata a massa e forma
células uniformes e estanques.
O processo químico-físico de cura é completado dentro de, autoclaves em vapor saturado, em alta
temperatura e a 12 atmosferas de pressão características de monosilicato de cálcio hidratado.
Características técnicas
O coeficiente de condutibilidade térmica do concreto celular com que se confeccionam os blocos é
de 0,10 a 0,13 kcal.mlh.m².º C.
O isolamento acústico médio é de 40 db, em paredes com blocos de 10 cm de espessura e peso
específico de 450 kgf/m³, revestidas nas 2 faces.
Com relação à estabilidade dimensional, a retração por unidade é de 0,3 a 0,5 mm/m desde estado
de saturação completa até o estado seco.
Em paredes executadas com blocos de 12cm de espessura e após 6 horas de exposição ao fogo, o
decréscimo de temperatura, entre as 2 faces, é de 1.188 para 95º C.
4.8.4 – Vazados – com função estrutural
Norma
É aplicada a norma DIN 106.
Entende-se por blocos sílico-calcários, os blocos fabricados pela fusão de cal virgem em pó e areia
quartzosa misturadas homogeneamente, prensadas e autoclavadas sob altissima pressão e
temperatura.
Indicação
Utilizados como alvenaria estrutural, apresentam algumas vantagens, tais como: dispensarem o
uso de vigas, pilares e formas.Os referidos blocos são aplicados em alicerces, sapatas, paredes,
com ou sem função estrutural. Podem ainda ser aplicados em paredes isolantes térmicas e/ou
acústicas
4.9 – Madeiras
4.9.1 – Natural
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, há particular atenção para o disposto nas
seguintes:
Tabela 32 – Normas madeiras
Norma Título
MB-26/40 Madeira – ensaios físicos e mecânicos (NBR-6230);
NB-11/51 Cálculo e execução de estruturas de madeira (NBR-7190);
PB-5/45 Madeira serrada e beneficiada (NBR-7203);
TB-12/49 Madeiras brasileiras.
Características técnicas
Toda madeira para emprego definitivo é de lei, bem seca, isenta de branco, caruncho ou broca, não
ardida e sem nós ou fendas que comprometam sua durabilidade, resistência ou aparência.
Nomenclatura
A fim de dirimir dúvidas, são adotadas as seguintes equivalências de terminologia, vulgar e
botânica:
Tabela 33 – Nome vulgar e classificação botânica de madeiras
Nome Vulgar Classificação Botânica
Acapu Voucapoua americana
Amendoim Terminalia Catappa L.
Angelim-Amargoso Andira anthelmintica
Angelim-Pedra Hymenolobium Petraeum Ducke
AngelinVermelho (cernum) Hymenolobium Excelaum Ducke
Angico Pithecolobium Polycephalum Benth
Aquano Swietenia macrophylla king
Aroeira-do-sertão Astronium urundeuva
Braúna Melanoxylon braúna
Cabriúva Vermelha Myroxylon balsamun
Canafístula Casais Ferruginco Scharad
Canela-Parda Nectandra amara
Canela-Sassafrás Ocotea pretiasa
Carvalho-Brasileiro Euplassa Organensis
Cedro-Aromático Cedrela odorata
Cedro-vermelho Cedrela fissilis
Cerejeira-Amarela Amburana acreana
Faveiro Pterodon abruptua Benth
Freijó Cordia Goeldiana Ruber
Gonçalo-Alves Astronium fraxinifoliun
Imbuia Phoebe porosa
Opaco Tecoma leucoxylon
Jacarandá-Caviúna Dalbergia violácea
Jacarandá-Preto Machaerium incorruptibile
Louro-Aritu Acrodiclidium appellii
Louro-Parda Cordia exclesa
Louro-Rosa Aniba parviflora
Macacaúba Platymiacium ulei Harma
Finalidade de uso
Com base no trabalho "Grupamento de Madeiras conforme sua finalidade e uso", elaborado pelo
Sindicato do Comércio Atacadista de Materiais de Construção do Rio de Janeiro e pelo Centro de
Materiais de Construção, são relacionados nos itens a seguir, as madeiras de acordo com sua
finalidade e uso. Isso permite definir uma alternativa na eventualidade de falta da essência
especificada. As abreviaturas utilizadas são as seguintes:
cor: clara (C) e escura (E);
dureza: mole (Mo), média (Me) e dura (D);
uso: alternativo (AI) e comum (Co).
• Resistência à água e estruturas: Angelim-Pedra (E-Al), Cumaru (E-Al), Imbuia (E-AI), Ipê
(E-Co), Itaúba (E-Al), Massaranduba (E-Co), Muiracatiara (E-Al), Pequiá (C-Al), Sapucaia (E-Al)
e Sucupira (E-Al).
◦ Para t elhados comuns: Angelim-Pedra (E-Co), Angelim-Vermelho (E-Co), Angico-Preto
(E-Al), Angico-Rajado (E- Al), Araracanga (C-Al), Canafístula (E-AI), Guaritá (E-Al), Jatobá
(E-Co), Louro-lnhamuí (C-Al), Massaranduba (E- Al), Pau-Amarelo (C-AI), Pequiá (C-Al),
Peroba-Rosa (C-Co), Sapucaia (E-Al) e Tatajuba (E-Al).
◦ Para t elhados decorados: Angelirn-Pedra (E-Al), Canela-Preta (E-Al), Cerejeira (C-Al),
Guaritá (E-Al), Imbuia (E- Al), lpê (E-Co), Itaúba (E-Al), Mogno (E-Al), Muiracatiara (E-Al),
Peroba-do-Campo (C-Co) e Sucupira (E-Al).
◦ Para pisos industrializados: Angelim-Pedra (E-Al), Jatobá (E-Co), Massaranduba (E-
Co),Muiracatiara (E-Al) e Pau- Amarelo (C-Al). Peroba-Rosa (C-Co), Pequiá (C-Al),
Sapucaia (E-Al) e Tatajuba (E-Al), lpê (E-Co), Amendoim (E-Co), Sucupira (E-Co), Angico
(E-Co) e Pau-Marfim (C-Co).
◦ Para pisos comuns domé ticos: Angelim (C-D-Al) , Araracanga (C-D-Al) , Canela-Preta
(E-D-Al) , Cumaru (E-D-Al), Ipê (E-D-Co), Jarana (C-D-Al), Jatobá (E-D-Co), Massaranduba
(E-D-Co), Muiracatiara (E-D-Al). Pau-Amarelo (C-D- Al), Pau-Marfim (C-D-Al), Sapucaia (E-
D-Al), Sucupira (E-D-Al), Amendoim (E-D-Co) e Angico (E-D-Co).
• Ganzepes: Canela-Preta (E-Co), Louro-lnhamuí (C-Al), Pequiá-Amarelo (C-Al) e Tatajuba (E-
A1)
• Barroteamento para forros, lambris e divisórias: Andiroba (E-Al), Angelim (C-Al),
Canela (E-Co), Cedro (E-Co), Cedrorana (E-Al), Jatobá (E-Al), Pau-Amarelo (C-Al), Quaruba (E-
Al) e Tatajuba (E-Al).
◦ Para lambris, forros e divisórias: Abiurana (C-Al), Andiroba (E-Al) , Canela-Preta (E-
Al) , Cedro (E-Co), Cerejeira (C-Co), Freijó (C-Co) , imbuia (E-Al) , Ipê (E-Co) , Jarana (C-Al)
, Carvalho (C-Al) , Mogno (E-Al), Muiracatiara (E- AI) , Pau-Amarelo (C-Al), Pau-marfim (C-
Al), Pinho-do-Paraná (C-Co) . Pinus (C-Al) , Quaruba (E-Al), Sucupira (E- Co) e Tatajuba (E-
Al), Louro (C-Al), Amendoim (E-
Co), Marfim (C-Al), Gonçalo-Alves (E-Co) e Canafístula (E-Al).
• Para esquadrias adueladas, alizares, rodapés, janelas e portas: Andiroba (E-Mo-Al),
Canela-Preta (E-D-Co) , Castanheira (E-D-Al), Cedro (E-Mo-Al), Cerejeira (C-Me-Al) , Freijó (C-
Me-Al), Louro-lnhamuí (C-D-Al), Louro- vermelho (E-Me-Al), Massaranduba (E-D-Co), Mogno
(E-Me-Co), Muiracatiara (E-D-Al), Pau-Amarelo (C-D-Al), Quaruba (E-Me-Al) e Tatajuba (E-D-
Al).
Características t écnicas
Contrachapeada
Apresenta-se sob a forma de placas constituídas de núcleo de sarrafos, chapeado em ambas as
faces por laminado de espessura variável entre 3 e 5 mm. Os sarrafos tem cerca de 5 mm de
espessura para evitar ondulações nas laminas exteriores, defeito que poderia ocorrer no caso de
emprego de maiores espessuras.
Os sarrafos e as lâminas são aglutinados com adesivo apropriado, sendo as lâminas dispostas com
as fibras em sentido ortogonal. No caso de emprego da placa em locais sujeitos a molhaduras
frequentes, o adesivo empregado é do tipo a prova d'água e o material é caracterizado com a
designação de "compensado naval" .
Laminada
A madeira compensada laminada é constituída por um número ímpar de lâminas (3, 5 ou 7)
coladas sob pressão, com as fibras em sentida ortogonal, de forma que o movimento higroscópico
transversal de uma lâmina é compensado pelas fibras ortogonai3 da lâmina adjacente,
considerando que no sentido longitudinal é praticamente nula a deformação da madeira.
A união das laminas de uma mesma camada é perfeita, para evitar defeitos ou ondulações nas
chapas exteriores. No caso do emprego de placa em locais sujeitos a molhaduras frequentes, o
Cópia não controlada quando impresso
MB-1788/82 Porta de madeira de edificação verificação de deformações da folha submetida a carregamentos (NBR-8053);
MB-1789/82 Porta de madeira de edificação verificação do comportamento da folha submetida a manobras anormais (NBR-8054);
MB-1790/82 Porta de madeira de edificação verificação do comportamento da folha sob ação da água e sob ação do calor (NBR-
8544);
NB-610/86 Desempenho de porta de madeira de edificação (NBR-8542);
Terminologia
• Dimensão nominal: Dimensões especificada pelo fabricante para as arestas do tijolo.
• Dimensão real: Dimensão obtida de acordo com o processo definido na EB-19/83 (NBR-7170).
• Área bruta: Área de qualquer uma das faces do tijolo.
Características técnicas
Os tijolos maciços cerâmicos são fabricados com argila, conformados por extrusão ou prensagem,
queimados a temperatura que permita, ao produto final, atender às condições determinadas nesta
especificação. Devem trazer a identificação do fabricante, o que é efetuado sem prejuízo para o
uso do produto.
Serão fornecidos em lotes ou sublotes identificáveis, constituídos de unidades do mesmo tipo e
qualidade, essencialmente fabricados nas mesmas condições. A unidade de compra é o milheiro.
Os tijolos se classificam em comuns e especiais. Os tijolos comuns são de uso comum e são
classificados em categorias A (1,5 MPa), B (2,5 MPa) e C (4,0 MPa), conforme sua resistência à
compressão. Os especiais são fabricados em formatos e especificações acordados entre as partes.
Os tijolos não devem apresentar defeitos sistemáticos tais como trincas, quebras, superfícies
irregulares, deformações e desuniformidade de cor. Os tijolos comuns possuem a forma de um
paralelepípedo retangular, sendo suas dimensões nominais, de 190 x 90 x 57 e 190 x 90 x 90 mm
(comprimento x largura x altura). As tolerâncias máximas de fabricação são de 3 mm para mais ou
para menos, nas 3 dimensões.
Para determinação das dimensões, colocam-se 24 tijolos em fila, no sentido do comprimento,
largura ou altura e mede-se com auxílio de uma trena metálica (aproximação de 2 mm). Se por
alguma razão, não for passível medir os 24 tijolos dispostos em uma fila, a amostra é dividida em 2
filas de 12, ou 3 filas de 8, e são medidas separadamente. Somam-se os resultados obtidos em
qualquer dos casos e divide-se o resultado por 24 para obter-se a dimensão real do comprimento
dos tijolos.
Inspeção
Serão feitas inspeções de forma geral, por medição direta e por ensaio. Na inspeção geral, as
exigências quanto às características visuais são objeto de verificação no lote inteiro. Na inspeção
por medição direta, são verificadas as características geométricas em lotes não superiores a 9.000
tijolos. Na inspeção por ensaio, a resistência à compressão dos tijolos é verificada por dupla
amostragem, sendo o número de amostras o indicado no quadro a seguir:
Tabela 37 – Número de amostras tijolos
LOTES 1 ª AMOSTRA 2ª AMOSTRA
De 1.000 a 3.000 8 8
De 35.000 a 50.000 20 20
Aceitação e rejeição
Os tijolos rejeitados na inspeção serão retirados do lote e substituídos.
A fim de reduzir a duração da inspeção-geral pode-se, a partir de acordo entre as partes,
transformá-la em dupla amostragem. Neste caso, se houver a reprovação do lote, o construtor
pode solicitar a inspeção-geral, desde que tenha providenciado a reposição dos tijolos defeituosos.
Na inspeção por medição direta, o lote é aceito se a dimensão real encontrada atender às
características geométricas especificadas.
Na inspeção, o lote é aceito na 1 a ou na 2 a amostragem, de acordo com o indicado a seguir:
Tabela 38 – Critério de aceitação tijolos
AMOSTRA UNIDADES DEFEITUOSAS
LOTES 1ª AMOSTRA 1ª + 2 ª AMOSTRA
1ª 2ª
Nº aceitação Nº rejeição Nº aceitação Nº rejeição
de 1.000 a 3.000 8 8 1 4 4 5
de 3.001 a 35.000 13 13 2 5 6 7
de 35.001 a 50.000 20 20 3 7 8 9
Para que o lote seja aceito, na 1a amostragem, é necessário que o número de unidades
defeituosas seja inferior ou igual ao número de aceitação. O lote é rejeitado na 1a amostragem se
o número de unidades defeituosas for superior ao número de rejeição.
O lote para a 2 a amostragem se o número de unidades defeituosas for superior ao número de
aceitação e inferior ao de rejeição.
Para que o lote seja aceito na 2a amostragem, é necessário que a soma das unidades defeituosas
da 1 a e 2 a amostragens seja inferior ao número de aceitação indicado na tabela acima.
4.10.2 – Blocos cerâmicos
Definição
Para efeito desta especificação, entende-se por bloco cerâmico o componente de alvenaria que
possui furos prismáticas ou cilíndricos perpendiculares às faces que os contém.
Normas
Serão obedecidas as normas da ABNT sobre o assunto, particularmente as seguintes:
Tabela 39 – normas blocos cerâmicos
Norma Título
EB-20/83 Bloco cerâmico para alvenaria (NBR-7171);
MB-53/83 Bloco cerâmico para alvenaria – verificação da resistência à compressão (NBR- 6461) ;
MB-1883/83 Bloco cerâmico portante para alvenaria – determinação da área líquida (NBR-8043);
Terminologia
• Dimensão nominal: Dimensão especificada pelo fabricante para as arestas do bloco.
• Dimensão real: Dimensão obtida para as arestas através da média das dimensões de
24 blocos.
Os blocos não devem apresentar defeitos sistemáticos tais como trincas, quebras, superfícies,
irregulares, deformações e desuniformidade de cor.
Características geométricas
Os blocos de vedação e portantes comuns possuem a forma de um paralelepípedo retangular.
Entende-se por largura (L), altura (H) e comprimento (C) desse paralelepípedo o seguinte:
Blocos de vedação
• largura - menor aresta da face perpendicular aos furos;
• altura - maior aresta da face perpendicular aos furos;
• comprimento - aresta paralela ao eixo dos furos.
Blocos portantes
• largura- menor aresta da face perpendicular aos furos;
• altura- aresta paralela ao eixo dos furos;
• comprimento- maior aresta da face perpendicular aos furos.
As dimensões comerciais e nominais dos blocos de vedação e portantes comuns são as seguintes:
Tabela 41 – Dimensões comerciais blocos cerâmicos
DIMENSÕES DIMENSÕES NOMINAIS (mm)
COMERCIAIS (CM) LARGURA (L) ALTURA (H) COMPRIMENTO (C)
10 x 20 x 10 90 190 90
10 x 20 x 20 90 190 190
10 x 20 x 30 90 190 290
10 x 20 x 40 90 190 390
A sistemática para a determinação das dimensões é a mesma definida para os tijolos maciços.
O desvio em relação ao esquadro é medido entre as faces destinadas ao assentamento e ao
revestimento do bloco, empregando-se esquadro (90º-I- 5) e régua (precisão de 0,5 mm)
metálicos.
A planeza das faces destinadas ao revestimento é determinada através da flecha na região central
de sua diagonal, empregando-se régua metálica com precisão de 0,5 mm.
A determinação da Área líquida é procedida de acordo com o método de ensaio constante da MB-
1883 (NBR- 8043).
Inspeção
Toda partida é dividida em lotes, conforme descrito adiante. A inspeção é procedida em local
determinado pelas partes para a completa verificação dos pontos preestabelecidos. São feitas
inspeções de forma geral, por medição direta e por ensaio.
Na inspeção-geral, as exigências quanto às características visuais serão verificadas no lote inteiro.
Na inspeção por medição direta, as exigências quanto às dimensões nominais serão verificadas em
lotes não superiores a 9.000 blocos. As exigências quanto ao desvio em relação ao esquadro e
planeza serão verificadas por dupla amostragem, sendo número de amostras o indicado na tabela
a seguir:
Tabela 42 – Desvio em relação ao esquadro e planeza dos blocos
LOTES 1ª AMOSTRA 2ª AMOSTRA
De 1.000 a 3.000 32 32
De 3.001 a 35.000 50 50
De 35.001 a 50.000 80 80
Na inspeção por ensaio, a resistência à compressão é verificada por dupla amostragem; cada bloco
é submetido a ensaio. A resistência à compressão do bloco é determinada de acordo com o método
de ensaio constante da MB-53183 (NBR-6461).
O número de amostras é o indicado na tabela a seguir:
Tabela 43 – Número de amostras para ensaio de resistência à compressão dos blocos cerâmicos
LOTES 1ª AMOSTRA 2ª AMOSTRA
De 1.000 a 3.000 8 8
De 3.001 a 35.000 13 13
Aceitação e rejeição: os blocos rejeitados na inspeção geral serão retirados do lote e substituídos.
Com o objetivo de reduzir sua duração, pode-se, a partir de acordo entre as partes, transformar a
inspeção geral em dupla amostragem. Nesse caso, se houver a reprovação do lote, o construtor
solicitará nova inspeção geral, desde que tenha providenciado a reposição dos blocos defeituosos.
Na inspeção por medição direta, o lote será aceito se as dimensões reais encontradas atenderem
as características geométricas especificadas. Quanto ao desvio em relação ao esquadro e à
planura, o lote será aceito na 1ª ou na 2ª amostragem, de acordo com o indicado na tabela abaixo:
Tabela 44 – Aceitação por medição direta esquadro e à planura
AMOSTRA UNIDADES DEFEITUOSAS
LOTES 1ª AMOSTRA 1ª + 2ª AMOSTRA
1ª 2ª
N° aceitação N° rejeição N° aceitação N° rejeição
de 1.000 a 3.000 32 32 5 9 12 13
de 3.001 a 35.000 50 50 7 11 18 19
de 35.001 a 50.000 80 80 11 16 26 27
Na inspeção por ensaio, o lote será aceito na 1ª ou na 2ª amostragem, de acordo com o indicado
na tabela a seguir:
Tabela 45 – Aceitação por ensaio
AMOSTRA UNIDADES DEFEITUOSAS
1ª AMOSTRA 1ª + 2ª AMOSTRA
LOTES 1ª 2ª
N° aceitação N° rejeição N° aceitação N° rejeição
de 1.000 a 3.000 8 8 1 4 4 5
de 3.001 a 35.000 13 13 2 5 6 7
Para que o lote seja aceito na 1ª amostragem é necessário que o número de unidades defeituosas
seja inferior ou igual ao número de aceitação. O lote será rejeitado na 1ª amostragem se o número
de unidades defeituosas for superior ao número de rejeição.
O lote passa para a 2ª amostragem se o número de unidades defeituosas for superior ao número
de aceitação e inferior ao número de rejeição.
Para que o lote seja aceito na 2ª amostragem será necessário que a soma das unidades
defeituosas da 1ª e 2ª amostragens seja inferior ao número de aceitação indicado nas tabelas
acima.
4.10.3 – Refratários
Normas
Há particular atenção para o disposto nas seguintes normas da ABNT:
Tabela 46 – Normas tijolos refratários
Norma Título
MB-1441/80 Tijolos refratários isolantes – determinação da resistência à compressão à temperatura ambiente (NBR-6227);
MB-1442/80 Tijolos refratários isolantes – determinação da resistência à flexão à temperatura ambiente (NBR-6228).
Características técnicas
São refratários sílico-aluminosos, aluminosos, antiácidos, isolantes de sílica e de carbureto de
silício.
• Sílico-calcários
Para efeito desta especificação, entende-se por tijolos sílico-calcários o material de construção da
classe dos produtos sílico-calcários, fabricados em peças prismáticas brancas, maciças ou com
furos, feitas por prensagem de uma argamassa de areia silicosa e cal virgem em pó, submetida a
uma autoclavagem de 5 horas, a vapor, sob alta pressão.
Normas
Os blocos sílico-calcários obedecem à norma DIN-106.
Características técnicas
• Resistência à compressão
Os blocos do tipo estrutural são fabricados com resistência à compressão controlada, e os do tipo
normal e extra, com resistência não controlada. Os valores médios das resistências controladas
têm um desvio padrão de 12 MPa, sendo fabricados com resistências de 10 a 35 MPa.
• Absorção
A absorção de água decresce com o aumento de sua resistência à compressão. Seu valor médio
está entre 10 e 12%.
• Estabilidade dimensional
Na direção de prensagem, ou seja, na direção do eixo longitudinal , a estabilidade dimensional de
+ /- 2 mm. Nas outras dimensões, é £ 2mm.
• Condutibilidade térmica
A condutibilidade térmica é de 0,60 a 0,85 kcal.m/m².h.ºC.
• Proteção ao fogo
Os blocos sílico-calcários resistem, a 4 horas de fogo, conservado-se, em relação à temperatura da
face oposta, abaixo da linha de falência (120ºC + temperatura ambiente).
• Tipos e dimensões
Tabela 47 – Tipos e dimensões blocos sílico-calcários
TIPO DIMENSÕES (cm) PESO (Kg) PEÇAS (por m²)
NF 11,5 x 7,1 x 24 3,75 48
2 DF 11,5 x 11,3 x 24 4 32
2 DF 14 14,0 x 11,3 x 24 4,9 32
3 DF 17,5 x 11,3 x 24 6,00 32
Vermiculita expandida
Tabela 48 – Vermiculita expandida
Resist. à Compressão Condutib.
Temp. Massa Temp
Térm. à temp. Refratariedad
TIPO Máx de específica Após queima à na face
à temp. máx. de trab. e (°C)
trab. (°C) aparente (g/cm²) temp. máx. de fria (°C)
amb. (Mpa) (Kcal.m/m².h.°C)
trabalho (Mpa)
4.10.4 – Vidro
Definição
Para efeito desta especificação, entende-se por tijolos de vidro – os moldados em uma só peça, e
confeccionados com vidro extraclaro, translúcido, não transparente.
Características técnicas
Os tijolos de vidro têm as seguintes dimensões e pesos:
• 20 x 20 x 6 cm, pesando 2,00 kgf/unidade;
• 20 x 20 x 10 cm, pesando 2,7 10 kgf/unidade.
4.11 – Especiais
4.11.1 – Aceta to de polivinila – PVA
Emulsões
As emulsões de acetato de polivinila, para efeito desta especificação, são, dispersões aquosas
estáveis, de polímeros ou copolímeros de monômero PVA, obtidas por processo de polimerização
em emulsão.
Soluções
As soluções de acetado de polivinila, para efeito desta especificação, são soluções orgânicas, de
polímeros ou copolímeros do monômero PVA, obtidas por polimerização em solução.
Adjuvantes
Os adjuvantes de acetato de polivinila, para incorporação nas argamassas, são constituídas por
emulsões.
Colas
As colas de acetato de polivinila, para fins diversos, são constituídas por emulsões e soluções,
conforme definido anteriormente.
4.11.2 – Acrílico
• Calafetadores/selantes
Para efeito desta especificação, calafetadores ou selantes acrílicos são os produtos obtidos pela
polimerização de derivados acrílicos, principalmente dos ésteres e do ácido metacrílico.
Características técnicas
São as seguintes as características técnicas dos calafetadores acrílicos:
• resistência ao fluxo, DIN 52454, perfil A, temperatura ambiente: inferior a 0,5 mm;
• variação de volume, DIN 53505, 19,3%;
• dureza Shore A, DIN 53505 após 4 semanas-7, após 8 semanas-10 e após 12 semana-17;
• alongamento até ruptura, DIN 53504: 658%;
• resistência de ruptura: 11,5 NIcm²;
• resistência a pancadas de chuva: após 90 minutos;
• aderência/alongamento, DIN 52455: 50 e 100%: 1,8 N/cm² e 1504; 1,9 N/cm²;
• capacidade de recuperação DIN 52458 em 3 horas: 51%.
Os selantes acrílicos satisfazem A DIN 19540, norma alemã para massas elásticas de vedação
• Emulsão acrílica
Características técnicas
A emulsão de acrílico, ou acrílica, é uma emulsão concentrada com materiais minerais e pigmentos
inorgânicos, apresentada em várias cores. Possui consistência pastosa ou de tinta.
• Ligantes acrílicos
Para efeito desta especificação, ligante acrílico é o produto que, adicionado à água de
amassamento, aumenta a aderência das argamassas.
Características técnicas
Produto formulado a base de resina acrílica e de reticuladores que influenciam a catálise e
polimerização, com resistência de aderência de 3,5 a 5,5 MPa.
• Vedantes acrílicos
Vedante acrílico, para efeito desta especificação, é o produto destinado a obturar trincas, fendas e
rachaduras.
Características técnicas
Produto formulado à base de resina acrílica e agregado, em geral pó de mármore.
• Adesivos
Dentre as normas da ABNT atinentes ao assunto há particular atenção para o disposto nas
seguintes:
Tabela 49 – Vedantes acrílicos
Norma Título
MB-2088/84 Adesivos a base de elastômeros determinação da densidade (NBR-8916);
MB-2098/94 Adesivos a base de elastômeros determinação do teor de sólidos (NBR-8877);
MB-2279/85 Adesivos à base de elastômeros determinação do tempo de escoamento através do copo DIN (NBR-9223);
MB-2280/85 Adesivos a base de elastômeros determinação do teor de cinzas (NBR-9224);
MB-2281/85 Adesivos a base de elastômeros determinação da viscosidade Brookfield (NBR-9277);
MB-2282/85 Adesivos a base de elastômeros determinação do tempo de escoamento através do fluxômetro de pressão (NBR-9278);
MB-2398/85 Adesivos de fusão determinação do ponto de amolecimento – anel e bola. (NBR-9424),
MB-2399/85 Adesivos de fusão determinação da viscosidade (NBR-9393);
MB-2537/06 Adesivos de fusão e selantes determinação da densidade relativa (NBR- 9683);
MB-2538/86 Adesivos de base elastomérica determinação do tempo em aberto (NBR- 9684).
• Seleção e emprego
Seleção dos adesivos será procedida considerando-se a finalidade de sua aplicação. O seu
emprego obedecerá, rigorosamente, às recomendações do respectivo fabricante.
4.11.3 – Aditivos
Aditivos para concreto
Aditivos, para concreto são substâncias de ação química, física ou físico-química que, adicionadas
ao concreto, modificam certas características do produto, tais como a trabalhabilidade, o
endurecimento ou a pega.
Normas
Os aditivos para concreto de cimento Portland obedecem ao disposto na EB- 1763192- Aditivos
plastificantes (redutores de água) e modificadores de pega para concretos de cimento Portland.
Classificação
A ABNT adota a seguinte classificação:
• Tipo P: Aditivo Plastificante;
• Tipo R: Aditivo Retardador;
Tipos de aditivo
PROPRIEDADES
P R A PR PA IAR SP SPR SPA
% 180 dias
- - - - - - 100 100 100
mínima (opcional)
Resistência à 3 dias 100 90 110 100 100 90 110 110 120
tração por
compressão 7 dias 100 90 100 100 100 90 100 100 110
diametral (MB
– 212) ou
Tração por 28 dias 100 90 90 100 100 90 100 100 100
Flexão (MB –
3483)
Tipos de aditivo
PROPRIEDADES
P R A PR PA IAR SP SPR SPA
> = 0,030%
Mudança de 135 135 135 135 135 135 135 135 135
(máxima)
Comprimento
(NB– 1401) < 0,030% (aum.
0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010
máximo)
Características técnicas
• Alumínio puro: é do tipo “H ” Me talúrgico,
• Ligas de alumínio: as ligas de alumínio, considerados os requisitos de aspecto decorativo,
inércia química ou resistência à corrosão e resistência mecânica, são selecionadas entre os
grupos discriminados a seguir:
• Grupo binário: ligas do tipo AI-Mn, AI-Mg, AI-Si e AI-Mg2Si, Grupos ternários ou mais
complexos: ligas do tipo AI-Mg-Si, AI-Mn-Mg, AI-Mn-si Al-Cu-Si AI-Mg-Mn, etc.
As ligas a empregar, em cada caso particular, serão perfeitamente caracterizadas pela indicação
das proporções relativas a cada componente ou pela sua designação industrial patenteada,
sempre, porém, acompanhada do indispensável sufixo designativo do tipo escolhido, conforme
exemplos seguintes: "Hidumínio 66", "Noral 322", "Duralumínio 30","Peraluman 30", "3S", etc.
• Perfis para serralheria
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, há especial atenção para o contido nas
seguintes:
Tabela 53 – Normas alumínio e suas ligas
Norma Título
CB-32/70 Alumínio e suas ligas (NBR-6834);
CB-79/80 Alumínio e suas ligas – têmperas (NBR-6035);
CB-131/85 Tratamento de superfície do alumínio e suas ligas (NBR-8968);
EB-1259/81 Alumínio e suas ligas propriedades mecânicas de produtos extrudados (NBR- 7000);
EB-1421/83 Alumínio e suas ligas barras, arames, perfis e tubos extrudados (NBR-8117);
ES-1422/83 Alumínio e suas ligas arames e barras (NBR-8118);
Alumínio e suas ligas tratamento de superfície – determinação da qualidade de selagem da anodização pelo método de
MB-2411/85
perda de massa (NBR-9243);
Norma Título
PO-986/82 Alumínio e suas ligas chapas – propriedades mecânicas (NBR-7823);
PB-1018/83 Alumínio e suas ligas tolerâncias dimensionais de produtos extrudados (NBR- 8116);
Características técnicas
As estruturas de alumínio serão confeccionadas com perfis fabricados com liga de alumínio que
apresente as seguintes características:
• Limite de resistência à tração: 120 a 154 Mpa;
• Limite de escoamento: 63 a 119 Mpa;
• Alongamento (50 mm): 18 a 10%;
• Dureza (Brinell – 500/10): 48 a 68.
Acabamentos
O acabamento das superfícies dos perfis é caracterizado por linhas de matriz (riscos longitudinais).
A maior ou menor profundidade desses riscos é definida pela rugosidade média da superfície
(RMS); medida em micra.
O acabamento mais grosseiro (n.º 1) é normalmente usado em superfícies não expostas. É o
acabamento comum obtido na extrusão de ligas duras. Para ligas moles, o limite máximo de
rugosidade média é de 150 RMS. O acabamento que se obtém para superfícies expostas (n.º 2)
tem um limite máximo de rugosidade média de 100 RMS, só possível para ligas moles.
A anodização é caracterizada pela letra "A" colocada após a RMS.
• Cantoneiras
Características técnicas
As cantoneiras de alumínio serão fabricadas com ligas de alumínio que apresentem bom aspecto
decorativo, inércia química, resistência à corrosão e resistência mecânica.
• Alvaiade
Para efeito desta especificação, entende-se por alvaiade o carbonato de chumbo.
Há particular atenção para evita o uso de outros produtos apresentados como alvaiade, tais como
o sulfato de bário ou branco de barita, sulfato de chumbo, sulfato de cálcio e carbonato de cálcio.
Aplicação
A principal aplicação do alvaiade é como componente ativo de cimento branco, para rejuntamento
de azulejos e outros revestimentos similares, a fim de evitar o escurecimento da junta é usado
também como pigmento branco.
4.12.2 – Aparelhos sanitários
• Esmaltados
Características técnicas
Os aparelhos e acessórios, de ferro fundido esmaltado ou de chapa esmaltada, não podem
apresentar quaisquer defeitos de fundição, moldagem, laminação, usinagem ou acabamento.
As arestas serão perfeitas e as superfícies de metal serão isentas de fendilhamentos, esfoliações,
rebarbas, desbeiçamentos, bolhas e sobretudo de depressões, abaulamentos ou grânulos.
Os esmaltes serão perfeitos, sem escorrimentos, falhas, grânulos ou ondulações. Nas peças
coloridas há particular cuidado na uniformidade de tonalidades das diversas unidades de cada
conjunto. As peças sujeitas a condições mais severas leva esmalte do tipo resistente a ácidos,
sempre particularizadas nas especificações pela referência "RA".
• De louça
◦ Normas
São as seguintes normas da ABNT atinentes ao assunto:
Tabela 54 – Normas aparelhos sanitários
Norma Título
EB-44/85 Aparelhos sanitários de material cerâmico (NBR-6452);
MB-111/85 Material cerâmico sanitário – determinação da absorção de água (NBR-6463);
MB-2194/85 Bacia sanitária de material cerâmico – verificação do funcionamento (NBR-9060);
Bacia sanitária de material cerâmico de entrada horizontal e saída embutida vertical – dimensões (NBR-
PB-6/83
6498);
PB-7/65 Lavatório de material cerâmico de fixar na parede – dimensões (NBR-6499);
PB-10/90 Mictórios de material cerâmico – dimensões (NBR-6500);
PB-1165/85 Bidê de material cerâmico – dimensões (NBR-9065).
Características técnicas
A louça para os diferentes tipos de aparelhos sanitários e acessórios é de grês branco (grês
porcelânico), salvo quando expressamente especificado de modo diverso. As peças serão bem
cozidas, desempenadas, sem deformações e fendas, duras, sonoras, resistentes e praticamente
impermeáveis. O esmalte é homogêneo, sem manchas, depressões, granulações ou
fendilhamentos.
4.12.3 – Azulejos
Normas
Dentre as normas da ABNT relativas a azulejos há particular atenção para o disposto nas atinentes
aos assuntos seguintes:
Tabela 55 – Normas Azulejos
Norma Título
CB-100/83 Azulejo (NBR-7169);
MB-1196/83 Azulejo- determinação da diferença de comprimento entre lados opostos e adjacentes (NBR-6129),
Classificação
Serão de primeira qualidade, brancos ou coloridos, com esmalte liso, vitrificação homogênea e
coloração perfeitamente uniforme, dureza e sonoridade características e resistência suficiente.
A SANEAGO não admite outras classes de azulejo, senão as constantes da CB-100/83 Azulejo (NBR-
7169), onde serão classificados em "A", "B" e "C", conforme discriminado a seguir:
• Classe "A": os azulejos desta classe serão isentos de qualquer imperfeição visível a olho nu,
à distância de 1m, em condições adequadas de iluminação.
• Classe "B": nos azulejos desta classe são admitidas imperfeições estruturais e ou de
superfície, desde que as mesmas não comprometam sua estrutura e estética. Tal condição é
comprovada por ensaios de laboratório e por inspeção visual. Vistas a olho nu, a uma
distância de 1 m, as imperfeições são absorvidas pela aparência do conjunto em apreciação.
Todavia os azulejos são isentos de rachaduras.
• Classe "C": nos azulejos desta classe são consentidas imperfeições estruturais e ou de
superfície mais acentuadas, visíveis a olho nu, à distância de 1 m, incluindo pequenas
rachaduras, desde que estas não comprometam as suas estrutura e estética, comprovada
por ensaios de laboratório.
Características t écnicas
As características técnicas dos azulejos são as seguintes, conforme normas DIN e EB-301/86 –
Azulejos (NBR- 5644):
• Variações nas medidas das peças entre lados: 1%, DIN 18155;
• Variações nas medidas entre peças: 1%, EB-301/86 (NBR-5644);
• Variações nas espessuras entre peças: 10%, DIN 18155;
• Impermeabilidade absoluta;
• Porosidade do biscoito: faixa admissível entre 15 e 22%, DIN com máximo admissível de
25% (EB-301/86 -NBR- 5644);
• Resistência a ácidos: normal, DIN 51092;
• Resistência a choque térmico: 100% peças, DIN 51093;
A massa é pouco porosa, branca ou levemente amarelada e dificilmente raiável por ponta de aço;
Os arremates dos revestimentos de azulejos não são executados com peças que tenham sido tiradas de
linha pelos fabricantes de faiança. As arestas são guarnecidas com cantoneiras de alumínio, salvo se
especificado de modo diverso.
4.12.4 – Cristais
Definição
Para efeito desta especificação, cristais são compostos químicos resultantes da combinação de
dois silicatos, um alcalino e outro terroso ou metálico, com outros elementos. Os silicatos são
destinados a conferir ao produto qualidades óticas especiais.
Características técnicas
Os cristais planos, lisos e transparentes são produtos obtidos por fundição e laminação. Após o
recozimento, são submetidos a um trabalho mecânico suplementar, a frio, de desbastamento e
polimento. Esse trabalho destina-se a desempenar as duas faces do cristal, tornando-as
praticamente planas, paralelas e polidas.
O paralelismo entre as faces é obtido por flutuação. A tolerância de planimetria é de 2% de mm.
Não podem apresentar distorção ou ondulação aparentes, quando examinados a um ângulo
superior a 5 graus. O peso dos cristais planos é de 2,5 kgf/m² e por mm de espessura.
Tabela 5 7 – Dobradiça
Norma Título
EB-965/79 Dobradiças de abas (NBR-7178);
EB-1355/82 Dobradiça invisível (NBR-7702);
EB-1359/82 Dobradiça helicoidal para porta corta-fogo;
EB-1360/82 Dobradiça de mola para porta corta-fogo;
EB-1361/82 Dobradiça excêntrica para porta corta-fogo;
MB-1777/82 Dobradiça – ensaio de laboratório (NBR-7700);
MB-1778/82 Dobradiça – ensaio de campo (NBR-7781);
MB-1779/82 Dobradiça invisível – ensaio de laboratório (NBR-7703)
MB-1780/82 Dobradiça invisível – ensaio de campo (NBR-7784).
Tabela 5 8 – Fechadura
Norma Título
EB-606/72 Cilindro para fechaduras com travamento por pinos;
ED-904/77 Fechadura de embutir com cilindro – padrão popular (NBR-5630);
EB-906/77 Fechadura de embutir tipo interno – padrão popular (NBR-5633);
EB-907/77 Fechadura de embutir tipo banheiro – padrão popular (NBR-5636);
EB-908/77 Fechadura de embutir com cilindro – padrão médio (NBR-5631);
EB-909/77 Fechadura de embutir tipo interno – padrão médio (NBR-5634);
EB-910/77 Fechadura de embutir tipo banheiro – padrão .médio (NBR-5637);
ED-947/77 Fechadura de embutir tipo interno – padrão superior (NBR-5635);
EB-948/77 Fechadura de embutir tipo banheiro – padrão superior (NBR-5638);
EB-949/77 Fechadura de embutir com cilindro – padrão superior (NBR-5632);
EB-
Fechadura destinada à porta corta-fogo para saída de emergência;
1358/82
EB-
Fechadura de sobrepor- tipo caixão sem trinco e sem gorges – padrão popular tipo A (NBR-7798);
1369/82
EB- Fechadura de sobrepor – tipo caixão sem trinco e sem gorges – padrão popular tipo B (NBR-
1370/82 7799);
EB- Fechadura de sobrepor – tipo caixão sem trinco e com gorges –padrão popular tipo C (NBR-
1371/82 7800);
EB-
Fechadura de sobrepor – tipo caixão com trinco – padrão popular – tipo D (NBR-7901),
1372/82
EB-
Fechadura de sobrepor, de 80 mm, para portões e portas – padrão popular (NBR-7802);
1373/82
Norma Título
EB- Fechadura de sobrepor, de 100 mm, com gorges, para portões e portas – padrão popular (NBR-
1374/82 7803);
EB-
Fechadura de sobrepor, de 80 mm, de cilindro – tipo A (NBR-7804);
1375/82
EB-
Fechadura de sobrepor, de cilindro, 100mm – tipo B (NBR-8207);
1411/83
MB-817/72 Cilindros para fechaduras com travamento por pinos – ensaio de resistência à corrosão ;
MB-
Fechadura e dobradiça para porta corta-fogo – verificação da resistência ao funcionamento ;
1781/82
MB-
Fechadura de embutir – ensaio de campo (NBR-8208);
1840/83
MB-1932/8 Fechadura de embutir – ensaio de laboratório (NBR-8489);
PB- 992/81 Fechadura destinada à porta Corta-fogo para saída de emergência.
4.12.6 – Hidrófugos
• Colmador integral (de massa)
Produtos impermeabilizantes, do tipo colmador integral, que se adicionam a concretos e a
argamassas por ocasião do amassamento.
• Superfícies de silicone
Para efeito desta especificação, entende-se por hidrófugos de superfícies, de silicone, os produtos
hidrorrepelentes ou refratários a molhadura. São constituídos de produtos ou pinturas para
tratamento ou proteção de superfícies porosas ou absorventes. Não são, entretanto, produtos
impermeabilizantes.
Na proteção contra a umidade, por hidrófugos, não há fechamento dos poros do material de
construção, mas apenas o revestimento das paredes dos capilares e dos poros pelo produto
empregado.
Características técnicas
Os hidrófugos à base de silicone são constituídos por siliconato de potássio diluído em água e por
resina de silicone, diluída em solvente orgânico.
O emprego de produtos à base de siliconato de sódio não é recomendado, pois o carbonato de
sódio, subproduto da reação, produz um véu branco sobre a superfície tratada.
O efeito dos produtos constituídos por siliconato de potássio só se verifica após a reação com o
anidrido carbônico do ar em presença do vapor d'água. O ácido metilsilícico, decorrente da reação
referida, se transforma, após o desprendimento
da água, no ácido polimetilsilícico, elemento ativo dos produtos adiante especificados. Para
emprego sobre superfícies pouco absorventes ou que tenham recebido um tratamento anterior
com produto diluído em água, o hidrofugante é do tipo resina de silicone diluída em solvente
orgânico. Na impregnação com esses produtos, não se processam as reações químicas com o
anidrido carbônico do ar.
O efeito aparece após a evaporação do solvente e a consequente impregnação das paredes dos
capilares e poros com o ácido polimetilsilícico.
• Superfícies, cimento branco
Produtos hidrorrepelentes ou refratários a molhaduras, constituindo produtos ou pinturas para
tratamento e proteção de superfícies porosas ou absorventes. Não são, entretanto, produtos
impermeabilizantes.
Os hidrófugos à base de cimento branco são constituídos por cimento branco diluído em água
4.12.7 – Ladrilhos
• Hidráulicos
◦ Normas
As normas da ABNT atinentes ao assunto são as seguintes:
Tabela 6 0 – Ladrilho hidráulico
Norma Título
EB-1693/86 Ladrilho hidráulico (NBR-9457);
NB-1024/86 Assentamento de ladrilho hidráulico (NBR-9458);
PB-1237/86 Ladrilho hidráulico – formatos e dimensões (NBR-9455).
Características técnicas
São de cimento e areia, isentos de cal. São prensados, perfeitamente planos, de arestas vivas,
cores firmes e uniformes, perfeitamente maduros, desempenados e isentos de umidade.
Serão fabricados em 2 camadas, sendo a inferior constituída por argamassa A.4 (traço 1:4 de
cimento e areia grossa) e, a superior constituída por argamassa de cimento comum ou branco e
areia fina, no mesmo traço. Adiciona-se à camada superior os corantes necessários à formação dos
desenhos.
Antes da cura em ambiente úmido, os ladrilhos têm sido submetidos a compressão.
• Cerâmicos e de porcelana
Normas
As normas da ABNT atinentes ao assunto são as seguintes:
Tabela 6 1 – Ladrilhos cerâmicos e de porcelana
Norma Título
Características técnicas
Os ladrilhos, placas, blocos e pastilhas, quer de terracota, quer de grês cerâmico , de porcelana ou
de feldspato são bem cozidos, de massa homogênea e perfeitamente planos.
Quando fraturados, não apresentam camadas ou folhelhos.
A uniformidade de coloração dos ladrilhos destinados a um mesmo local é objeto de cuidadosa
verificação sob condições e iluminação adequadas, recusando-se todas as peças que apresentem a
mais leve diferença de tonalidade.
As características técnicas dos ladrilhos cerâmicos esmaltados são as seguintes:
• Dureza: 6 a 7 na escala de ohms;
• Estabilidade dimensional: ± 0,04 cm em ladrilhos de 15 x 15 cm;
• Equilíbrio biscoito-esmalte: devem suportar 4 testes sucessivos de autoclave a 0,5 MPa em
atmosfera saturada, a 120º C, durante 2 horas;
• Resistência à flexão (biscoito): 15 a 20 MPa.
De Vidro
Características técnicas
São do tipo ladrilhos em mosaico, perfeitamente moldados, colados em papel, sem apresentar nem
mesmo qualquer variação perceptivel de coloração entre as diferentes chapas destinadas ao
conjunto. São totalmente impermeáveis, sem porosidade e não atacadas pela ação do ar marinho e
de ácidos em geral.
4.12.8 – Me tais
• Equipamentos Sanitários
Características gerais
Os artigos de metal para equipamento sanitário são de perfeita fabricação, esmerada usinagem e
cuidadoso acabamento. As peças não podem apresentar quaisquer defeitos de fundição ou
usinagem. As peças móveis serão perfeitamente adaptáveis às suas sedes, não sendo tolerado
qualquer empeno, vazamento, defeito de polimento, acabamento ou marca de ferramentas.
A galvanoplastia dos metais é primorosa, não se admitindo qualquer defeito na película de
recobrimento, especialmente falta de aderência com a superfície de base.
Características técnicas
• Me tais Forjados
Metais forjados serão os produtos obtidos a partir de vergalhões de qualidade controlada. Esses
vergalhões serão cortados em pequenos blocos denominados batoques, os quais serão aquecidos
para adquirirem plasticidade. Em seguida, os blocos serão trabalhados em prensas e submetidas
às operações de acabamento.
Cópia não controlada quando impresso
Como o metal não é derretido e depois resfriado, como é o caso da fundição, o produto resulta
isento de bolhas de ar, compacto, sem porosidades e preciso em suas dimensões.
• Me tais Fundidos
Metais fundidos são os produtos obtidos a partir do aquecimento do metal, até a liquefação,
posterior resfriamento, na forma da peça que se procura fabricar.
Para obter-se produto compacto, o resfriamento deve processar-se com todos os requisitos e
cautelas, evitando-se a formação de bolhas de ar, defeito que prejudica o funcionamento da peça.
4.12.9 – Papéis
Diversos
• Papel for te
É qualquer papel suficientemente resistente e pouco hidrófilo para os serviços exigidos, tal como
papel Kraft ("Kraft Paper") e o papel para construções ("Building Paper").
• Papel parafinado
É qualquer papel impregnado de parafina e suficientemente resistente para os fins visados.
• Em Revestimento de Parede
Papel de parede é o revestimento mural produzido à base de papel especial (composição da pasta,
comprimento das fibras, peso por m², resistência às trações horizontal e vertical e coeficiente de
elasticidade dentro das normas e padrões internacionais). Deve ser impresso com tintas
resistentes à ação da luz e com aplicação de uma capa de acetato de polivinila, para obter
resistência a lavabilidade.
Características técnicas
Admite lavagem com água, sabão neutro e esponja macia. Apresenta-se com as ourelas aparadas,
o que implica ser colado por justaposição (uma faixa ao lado da outra e não
uma sobre a outra).
Para aplicação, usa-se cola do tipo sintética.
• Caixão-Perdido
As formas para lajes, tipo caixão-perdido, serão feita, com papelão ondulado. Os caixões-perdidos
serão dotados de tampa, colméia, e caixa, fundo (chapa) , abas. A finalidade das abas é impedir,
por superposição, o contato da forma de madeira com o concreto, bem como garantir o
posicionamento correto dos próprios caixões.
• Tubos de Papelão
As formas tubulares serão feitas com papelão impermeabilizado. Os tubos serão cilíndricos, rígidos
e tem tampas em ambas as extremidades.
O papelão é quimicamente inerte para não reagir com o concreto e apresenta resistência
compativel com a sua utilização.
4.12.10 – Porta corta fogo
• Com Núcleo de Vermiculita Expandida
Conjunto de folha de porta, marco e acessórios que atenda às normas, brasileiras. Impede ou
retarda a propagação do fogo, calor e gases de um ambiente para outro e resiste ao fogo, sem
EB-132/86 Portas e vedadores corta-fogo para isolamento de riscos em ambientes comerciais industriais;
EB-920/80 Porta corta-fogo para saída de emergência;
EB-1358/82 Fechadura destinada à porta corta-fogo para saída de emergência;
EB-1359/82 Dobradiça helicoidal para porta corta-fogo;
EB-1360/82 Dobradiça de mola para porta corta-fogo;
EB-1361/82 Dobradiça excêntrica para porta corta-fogo;
MB-564/77 Portas e vedações – métodos de ensaio ao fogo (NBR-6479);
MB-1781/82 Fechadura e dobradiça para porta corta-fogo – verificação da resistência ao Funcionamento
NB-208/93 Saídas de emergência em edifícios (NBR-9077);
PB-992/81 Fechadura destinada à porta corta-fogo para saída de emergência.
Características técnicas
As portas corta-fogo para saída de emergência serão classificadas em 4 classes, segundo seu
tempo de resistência ao fogo no ensaio a que serão submetidas, de acordo com o MB-564177
(NBR-6479), não sendo admitidas classificações intermediárias.
As classes, com os respectivos tempos de resistência mínima ao fogo, são as seguintes:
• Classe P-30: 30 minutos;
• Classe P-60: 60 minutos;
• Classe P-90: 90 minutos;
• Classe P-120: 120 minutos.
4.12.11 – Pedras de construção
Condições Gerais
Sob a denominação genérica de pedras de construção são considerados todos os fragmentos de
rochas cortados dos maciços originais para emprego em construção, compreendendo pedras
eruptivas, sedimentares ou metamórficas.
Características técnicas
As pedras de construção apresentam as seguintes características:
• Pouca resistência à tração e à flexão;
• Grande dureza;
• Pequena resistência ao choque.
Para efeito destas especificações as pedras de construção são classificadas em três grupos:
• Pedras magmáticas ou eruptivas;
• Pedras sedimentares;
• Pedras metamórficas.
Propriedades
Normas
São as seguintes as normas da ABNT relacionadas com o assunto:
Tabela 6 4 – Normas pedras de construção
Norma Título
PB-107/69 Placa de mármore natural para revestimento superficial vertical externo (NBR-7205)
Características técnicas
• Peso Específico
O peso específico aparente, identificado como "d", é a relação entre o peso da pedra seca "P" e o
volume total "Vt". O volume total é a soma do volume de cheios "Vc" com o volume de vazios. O
volume de vazios é a soma do volume de água "Va" com o volume de ar e/ou gás "Vg". De acordo
com a DIN 2100, são os seguintes os valores limites do peso específico aparente de algumas
pedras de construção:
◦ Granito, sienito: 2,60 a 2,80 t/m³;
◦ Diorito, gabro: 2,80 a 3,00 t/m³;
◦ Basalto: 2,95 a 3,00 t/m³;
◦ Diabásio: 2,80 a 2,90 t/m³;
◦ Arenitos: 2,00 a 2,65 t/m³;
◦ Conglomerados: 1,70 a 2,60 t/m³;
◦ Travertinos: 2,40 a 2,50 t/m³;
◦ Gnaisses leucocrásticos: 2,65 a 3,00 t/m³;
◦ Mármores: 2,65 a 2,85 t/m³;
◦ Ardósias: 2,70 a 2,90 t/m³.
◦ Peso específico real, identificado como "D", é a relação entre o peso da pedra seca "P" e
o volume de cheios "Vc".
• Compacidade
Identificada como "C" é a relação entre o peso específico aparente e o peso específico real, ou a
relação entre a volume de cheios e o volume total. A compacidade é expressa por um valor sempre
inferior a 1.
• Coeficiente de Vazios ou Porosidade Total
Identificado como "Cv", é o complemento da compacidade para a umidade ou a relação entre o
volume de vazios e o volume total. A porosidade total está na razão inversa do peso específico.
• Porosidade Aparente
É a relação entre o peso da água absorvida pela pedra após a sua imersão nesse líquido, durante
um tempo determinado, e o peso da pedra seca, ou seu volume total.
• Coeficiente de Porosidade
É o número que se obtém multiplicando por 100 a porosidade aparente relativa ao peso ou ao
volume, com resultado expresso com uma decimal. O coeficiente de porosidade em relação ao
peso é também denominado coeficiente de absorção.
O coeficiente de porosidade das rochas eruptivas situa-se entre 0,5 a 1,5%, o das rochas
sedimentares químicas e orgânicas entre 5 e 10 % e o das rochas sedimentares castiças (arenitos)
entre 10 e 15%.
Segundo o coeficiente de porosidade, as rochas são classificadas da seguinte forma (Bendel,
"Ingenieur Geologie"):
◦ Muito compacta: menor do que 1,0%;
◦ Pequena porosidade: 1,0 a 2,5%;
◦ Regular porosidade: 2,5 a 5,0%;
◦ Bastante porosa: 5,0 a 10,0%;
◦ Muito porosa: 10,0 a 20,0%;
◦ Fortemente porosa: acima de 20,0%.
• Permeabilidade
É a propriedade em virtude da qual certas pedras deixam-se atravessar por gases ou líquidos. A
permeabilidade e a porosidade são propriedades distintas. A segunda refere-se à quantidade de
vazios que são cheios de líquidos ou gases e, a primeira, à passagem desses fluídos através de
seus poros.
• Dureza
A dureza das pedras de construção é avaliada, praticamente, pela maior ou menor facilidade com
que elas são serradas. A classificação das pedras de construção segundo a dureza é a seguinte:
◦ Brandas: quando se deixam serrar facilmente pela serra de dentes (exemplo: tufos
vulcânicos);
◦ Semiduras: quando, dificilmente são serradas pela serra de dentes, deixa-se serrar
facilmente pela serra lisa com areia ou esmeril (exemplo: calcários compactos);
◦ Duras: quando só são serradas pela serra lisa, com areia ou esmeril (exemplo:
mármores);
◦ Duríssimas: quando, dificilmente serradas pela serra lisa com areia, ou esmeril, são
facilmente serradas com diamante ou carborundum (exemplo: granitos).
• Beneficiamento
Para efeito desta especificação, entende-se por beneficiamento ou afeiçoamento das pedras o
conjunto das operações de extração, serragem, corte e aparelhamento ou acabamento, conforme
quadro seguinte:
• Aparelhamento ou acabamento
Entende-se por aparelhamento ou acabamento o trabalho executado nas faces da pedra que ficam
aparentes e que têm por fim adaptá-la ao aspecto exigido nas especificações ou projeto.
• Acabamento Rústico
Correspondente a paramento tosco, resultante da operação de extração do bloco, grosseiramente
desbastado e escassilhado.
• Acabamento Serrado Simples
Correspondente a paramento plano, com sinais de serra resultantes das operações de serragem e
corte do bloco, sem qualquer outro trabalho de beneficiamento.
• Acabamento Serrado Retificado
Correspondente a paramento plano e áspero, sem sinais de serra, resultante da operação de
desempeno ou retificação com máquinas polidoras usando granalha de aço até o n.º 60.
• Acabamento Apicoado
Correspondente a paramento plano e áspero, resultante do tratamento com picola ou burjada.
Conforme o grau de aspereza da superfície, o acabamento apicoado é:
◦ Grosso quando usado a picola ou a burjada n.º 3;
◦ Médio: quando usadas, sucessivamente, as picolas ou as burjadas n.º 3 e 2;
◦ Fino quando usadas, sucessivamente, as picolas ou as burjadas nºs 3, 2 e 1, esta última
de 36 pontas por polegada quadrada.
• Acabamento Lavrado
Correspondente a paramento perfeitamente plano e pouco áspero, resultante de acerto e
eliminação de asperezas do apicoado fino por meio de escopros.
• Acabamento Polido Fosco
Correspondente a paramento perfeitamente plano e liso, resultante de operações, manuais ou de
máquinas polidoras, em que se empregam esmeris em grãos ou pedra. O acabamento polido fosco
compreende o polido fosco grosso, médio e fino. Para os mármores e granitos, os esmeris de
carbureto de silício (comercialmente carborundum) empregados são os seguintes:
◦ Grosso: esmeris até o n.º 120;
◦ Médio: esmeris até o n.º 220;
◦ Fino: esmeris até o n.º 600 ou até 3F.
• Acabamento polido encerrado
Correspondente a paramento polido fosco fino encerado com uma mistura de aguarrás e cera
virgem.
• Acabamento lustrado
Correspondente a paramento polido fosco fino com acabamento especular resultante da operação
de lustração. A lustração dos granitos é obtida com óxido de alumínio, dando-se o brilho final com
óxido de estanho reduzido a pó (comercialmente potéia) e aplicado com disco de chumbo ou de
feltro. A lustração dos mármores é obtida com ácido oxálico (comercialmente sal de azedas) ou
com óxido de o estanho (comercialmente potéia). Em seguida, lava-se a pedra e aplica-se sobre
ela aguarrás misturada com cera virgem para proteger o lustro.
Classificação das pedras de construção Pedras magmáticas ou eruptivas
As pedras eruptivas compreendem 2 subgrupos:
◦ Pedras eruptivas de profundidade;
◦ Pedras eruptivas efusivas.
As pedras eruptivas de profundidade mantêm a seguinte correspondência com as pedras eruptivas
efusivas:
Tabela 6 6 – Classificação das pedras de construção
Profundidade Efusivas
Granitos Riolitos
Sienitos Traquitos
Sienitos Nefelínicos Fonolitos
Dioritos Andesitos
Gabros Basaltos
• Granitos
Comercialmente, granito é o termo genérico, pelas analogias tecnológicas que apresenta, das
pedras eruptivas de profundidade, estendendo-se a designação aos gnaisses, pelas mesmas
razões.
Características técnicas
Os granitos são constituídos, essencialmente, por partículas cristalinas de quartzo, feldspato e
mica. As pedras mais usadas sob a designação comercial de granitos são as seguintes:
• Cinza-Andaraí;
• Cinza-Andorinha;
• Cinza-Bangu;
• Cinza-Irajá;
• Cinza-Petrópolis;
• Juparaná;
• Ouro-Velho-Tijuca;
• Preta-Tijuca;
• Verde-Gávea;
• Verde-São Gonçalo;
• Verde-Ubatuba;
• Vermelho-Itu;
• Vernelho-Porto Alegre.
Sienitos
Os sienitos têm aplicação análoga à do granito.
• Dioritos
◦ Produtos
Comercialmente as brechas mais usadas são:
▪ Brecha arrábida;
▪ Brecha mericea;
▪ Brecha oriental.
• Alabastros
Variedade translúcida de calcário de sedimentação química. Recebe muito bem o polimento,
adquirindo brilho excepcional.
Comercialmente, os alabastros são denominados de mármore ônix (o ônix verdadeiro é uma
variedade de calcedônia) e os mais empregados são:
◦ Ônix cambuci;
◦ Ônix São Luiz;
◦ Ônix africano.
• Traver tinos
Calcários lacustres, compactos, apresentando, todavia, numerosas cavidades, em virtude de
formação em torno de fragmentos vegetais.
Recomendados para emprego em revestimentos, com exceção de algumas variedades que
apresentam grande resistência ao desgaste, o que permite o seu emprego em pavimentação.
Comercialmente, os travertinos mais difundidos são:
◦ Travertino romano;
◦ Travertino italiano.
• Calcários diversos
Calcários de origem orgânica, que resultam da associação de substâncias diversas ao carbonato de
cálcio. A denominação dos calcários de origem orgânica varia com a textura, a granulação, a
aparência, etc.
• Pedras Metamórficas
Pedras metafóricas são pedras de construção resultantes da ação do metamorfismo sobre as já
existentes na natureza.
Variedades
As variedades, resultantes dos metamorfismos respectivos, são as relacionadas a seguir:
◦ Gnaisses: dos granitos;
◦ Micaxisto: dos granitos, com ausência ou raridade de feldspatos;
◦ Quartzitos: dos arenitos;
◦ Mármores: dos calcários;
◦ Ardósias: das argilas.
• Gnaisses
Características técnicas
Os gnaisses apresentam-se em três variedades:
◦ Leucocrático ou leptinico;
• Ardósia
Pedras de construção resultantes do metamorfismo das argilas.
Utilização
São utilizadas em pavimentações, revestimentos e cobertura. O emprego das ardósias em
coberturas permite substancial economia no madeiramento, pois o seu peso é de 20 a 25 Kg/m².
4.12.12 – Telhas
• Cerâmicas
◦ Simples e Esmaltadas
Normas
As telhas cerâmicas devem obedecer às seguintes normas da ABNT:
Tabela 6 9 – Normas t elhas
Norma Título
EB-21/86 Telha cerâmica tipo francesa (NBR-7172);
EB-1701/86 Telha cerâmica de capa e canal (NBR-9601);
MB-54/86 Telha cerâmica tipo francesa – determinação da carga de ruptura aflexão (NBR-6462);
MB-2524/86 Telha cerâmica de capa e canal – determinação da carga de ruptura à flexão (NBR-9602);
Caracerísticas técnicas
As telhas atendem a aspectos de identificação visual e sonoridade.
Identificação
A telha cerâmica traz na face inferior, gravada em alto ou baixo relevo, a marca do fabricante e a
cidade onde foi produzida. Em caso diverso, deve ser comprovada a origem da telha.
Visual: não apresenta defeitos sistemáticos, tais como fissuras na superfície que ficar exposta às
intempéries, esfoliações, quebras e rebarbas.
Sonoridade: quando suspensa por uma extremidade e percutida, a telha cerâmica apresenta um
som metálico. Essa característica, assim como a tonalidade da telha, possibilita ajuizar o grau de
queima da peça e, portanto, inferir a adequação de algumas propriedades, tais como a
impermeabilidade e a resistência à flexão. O som produzido pela telha percutida também evidencia
a presença de trincas e fissuras internas.
Características geométricas
Cada tipo de telha cerâmica deve obedecer às dimensões e tolerâncias constantes da
padronização específica. Esse aspecto é importante para garantir o perfeito ajuste entre telhas
vizinhas, bem como permitir a reposição de peças, em caso de reforma ou manutenção de
telhados.
As telhas cerâmicas tipo francesa não apresentam empenamentos, deflexões ou distorções que
prejudicam o encaixe. Quando apoiadas sobre um plano horizontal, as arestas de telhas cerâmicas
de capa e canal não ficam, em nenhum ponto, separadas desse plano mais do que 5 mm.
Massa e Absorção de Água
As telhas cerâmicas, tipo francesa e de capa e canal, apresentam a massa seca máxima que cada
peça pode atingir. Para efeito de dimensionamento da estrutura do telhado, é considerado o peso
máximo e uma absorção de água de 20%. A determinação da massa e da absorção de água é
processada de acordo com a MB-2132/85 (NBR-8947).
Impermeabilidade
As telhas cerâmicas não apresentam vazamentos ou formação de gotas em sua face inferior,
quando submetidas a ensaio para verificação da impermeabilidade. O ensaio é processado de
acordo com o MB-2133/85 (NBR- 8948).
Carga de Ruptura a Flexão
Para maior segurança no trânsito de pessoas sobre o telhado, a resistência à flexão é, no mínimo,
de 10 N, conforme recomendação do IPT. O método de ensaio para a determinação da carga de
ruptura à flexão, encontra-se definido na MB-54/86 (NBR-6462) em se tratando de telhas cerâmicas
tipo francesa e para telhas cerâmicas do tipo capa e canal, o método de ensaio encontra-se
definido na MB-2524/86 (NBR-9602).
Esmaltação
A esmaltação se faz nas duas faces da telha garante a impermeabilidade do produto e apresentar
homogeneidade de cores.
• Telhas t érmicas
As telhas térmicas apresentam as seguintes características:
▪ peças/ m²: 15;
▪ peso médio por peça: 2,8 kg;
▪ absorção de água na parte superior de 6 a 12%;
▪ absorção de água na parte inferior de 1 a 3%;
▪ peso /m² 42 kg;
▪ dimensões: 43 cm de comprimento e 21,5 cm de largura.
Padronização de Telhas Cerâmicas
Para efeito desta especificação, a padronização é a seguinte Telha Tipo Francesa
Possui encaixes transversal e longitudinal, bem como ranhuras na lateral da peça, para aumentar a
segurança em caso de trânsito sobre ela. Possui outros rebaixes, à guisa de canais, para facilitar o
escoamento da água.
• Telha Tipo Plan
O escoamento ocorre pelo canal. A capa evita a penetração de água recobrindo longitudinalmente
dois canais vizinhos. O recobrimento transversal é de 6 cm, o que determina um espaçamento
entre ripas (galga) de 40 cm, em média, variando fabricantes. A telha apresenta detalhes que
propiciam bom encaixe entre canais e ripas e entre capas e canais.
• Telha Tipo Paulista
A telha tipo paulista difere da telha plan apenas quanto ao perfil, mantendo o mesmo sistema de
encaixe.
• Telhas Tipo Colonial
A diferença estética entre a telha tipo colonial e a telha tipo paulista é o comprimento maior e a
diferença da relação altura/largura.
• Fibra de Vidro
Características técnicas
Feitas de resina poliéster e fibra de vidro, são transparentes ou leitosas
• Fibrocimento (cimento-amianto)
Normas
Dentre as normas da ABNT atinentes ao assunto, há particular atenção para o disposto nas
seguintes:
Tabela 7 0 – Normas tipos de t elhas
Norma Título
EB-93/82 Telha ondulada de fibrocimento (NBR-7581);
MB-234/82 Telha ondulada de fibrocimento – determinação da resistência à flexão (NBR-6468);
MB-236/82 Telha ondulada de fibrocimento – determinação da absorção de água (NBR-6470);
MB-1089/82 Telha ondulada e chapa estrutural de fibrocimento – determinação da impermeabilidade (NBR-5642);
MB-1090/82 Telha de fibrocimento- verificação da resistência a cargas uniformemente distribuídas (NBR-5643);
NB-94/82 Folha de telha ondulada de fibrocimento (NBR-7196);
NB-554/77 Emprego de chapas estruturais de cimento-amianto (NBR-5639);
PB- 1169 /85 Peças complementares para telhas onduladas de fibrocimento funções, tipos e dimensões (NBR-9066).
• Madeira
Para efeito desta especificação, telha de madeira é a telha constituída por madeira compensada
laminada, ondulada, do tipo compensado naval, revestida em um dos lados com
lâmina metálica de alumínio.
Características técnicas
A madeira compensada ondulada é constituída por 5 lâminas coladas com resina sintética, do tipo
"Tego Film", A espessura total da telha é de 6 mm e o peso é de 4,5 kgf/m² . A lâmina metálica de
alumínio tem 0,05 mm de espessura .
A madeira compensada é imunizada, com sal de Wolman ("Tanalith"), para resistir ao ataque de
fungos e insetos.
As telhas têm 2,20 m de comprimento e 1,00 m de largura. tem 6,5 ondas e a altura das ondas é
de 31 mm, o que implica uma altura total de 37 mm – há peças complementares, como cumeeiras
de madeira e plástico e peças de fixação.
• Plástico
Características técnicas
As telhas de plástico são de cloreto de polivinila (PVC) rígido, de alto peso molecular, ou de
poliéster reforçado com filamentos de vidro, em chapas translúcidas ou opacas.
• Vidro
Características técnicas
São claras, bem moldadas e de dimensões uniformes.
Tipos
• "Francesa Paulista", com encaixe à direita e dimensões de 41 x 24 cm;
• "Francesa Carioca", com encaixe à esquerda e dimensões de 44 x 24 cm;
• "Francesa Paraná", com encaixe à direita e dimensões de 39 x 23 cm;
• "Tipo Colonial", com as dimensões de 50 x 18 x 14 cm, para o canal e 50 x 14 x 11 cm,
para a capa;
• "Tipo Plan", com as dimensões de 45 x 18 x 14 cm, para a canal e 45 x 14 x 11 cm;
para a capa.
• Zinco
Características técnicas
São constituídas por chapas zincadas corrugadas fabricadas com aço de baixo teor de carbono e
revestidas, em ambas as faces, com uma camada de zinco aplicada por imersão de chapa em
banho de metal fundido, ou ainda, por eletrodeposição.
As telhas têm o comprimento máximo de 3,50 m, e as características da tabela abaixo:
Tabela 7 1 – Dimensões de t elhas de zinco
Espessura (mm) Nº de corrugações Largura (mm)
Reais Efetivas Reais Efetivas
0,55 a 3,40 12 11 888 830
0,35 a 0,50 10 9 745 695
Norma Título
EB-26/45 Óxido verde-cromo;
EB-27/51 Óxido de zinco (alvaiade de zinco),
EB-20/51 Oxido de ferro natural;
EB-29/51 Oxido vermelho de chumbo (zarcão),
EB-30/51 Carbonato de cálcio (CRE);
EB-31/51 Ocre;
EB-32/45 Verde-cromo concentrado;
EB-33/45 Verde-cromo reduzido;
EB-34/45 Litopônio;
EB-35/45 Amarelo-cromo;
EB-.36/45 Azul da Prússia;
EB-37/51 Secante em pó;
EB-38/51. Aguarrás vegetal (essência de terebentina);
EB-95/56 Esmalte à base de resina sintética para exterior;
EB-96/56 Diluente para esmalte sintático;
EB-140/62 Óleo de linhaça cozido;
EB-174/64 Oleo de tungue cru;
EB-236/67 Carbonato de cálcio precipitado;
EB-243/82 Pó de zinco (NBR-6629);
EB-285/79 Tinta ou massa retardante de incêndio;
EB-316/72 Viscosímetros cinemáticos padronizados de vidro;
TB-124/76 Vernizes e resinas (NBR-5846)
Classificação de tintas
Para efeito destas especificações, a classificação de tintas é a seguinte: Tintas com veículo não
aquoso e óleo secativo:
• Tintas a óleo;
• Lacas;
• Tintas alquídicas.
Tintas com veículo termoplástico:
• Não Aquosas
◦ Tintas acrílicas;
◦ Tintas betuminosas;
◦ Tintas de borracha clorada;
◦ Tintas de "hypalon";
◦ Tintas de neoprene;
◦ Tintas formol-fenólicas;
◦ Tintas ASTV.
• Aquosas
◦ Tintas de Látex;
◦ Tintas de PVA.
◦ Tintas com veículo reativo:
• Não Aquosas
◦ Tintas de epóxi;
◦ Tintas de epóxi-alcatrão;
Cópia não controlada quando impresso
◦ Tintas de Poliuretano;
◦ Tintas de zinco-epóxi;
• Aquosas
◦ Tintas de zinco – silicato (base água) Extra Classificação
Como o critério de classificação tomou como base o veículo permanente, as tintas incluídas nesta
categoria escapam a essa diretriz.
◦ Hidrófugas de base de cimento;
◦ Hidrófugas de base de silicone;
◦ Ignífugas;
◦ Imunizantes;
◦ Resistentes ao calor;
◦ Minerais a base de cal (caiação);
◦ Minerais de gesso e cola ou têmpera ou, ainda, pintura a cola.
• Vernizes
Classificação
A classificação de vernizes é semelhante à de tintas, considerando que o critério adotado em sua
elaboração foi o de tomar como base o veículo permanente.
Para efeito desta especificação, a diferença entre tintas e vernizes reside, apenas, no fato de que
os últimos não possuem em sua constituição elementos de cobertura, entendendo-se como tal,
pigmentos, corantes e cargas.
Definições
◦ Acrílicas e Esmaltes
Tintas e vernizes acrílicos são aqueles em que o veículo permanente é constituído por resina em
cuja composição se encontram polímeros ou copolímeros do ácido acrílico e do ácido metacrílico,
bem como ésteres desses ácidos.
◦ Alquídicas
Tintas e vernizes alquídicos são aqueles em que o veículo permanente é constituído por resinas
artificiais em cuja composição se encontram, isolado ou associado a outros elementos o anidrido
ftálico (derivado do ácido ftálico) e a glicerina.
◦ ASVT
Tintas ASVT são aquelas em que o veículo permanente é constituído por resina de copolímeros
ASVT (acrílico, estireno, vinil, tolueno) e que secam por evaporação do solvente.
• Borracha clorada
Tintas de borracha clorada são aquelas em que o veículo permanente é constituído por uma resina
natural, modificada, obtida pela ação do cloro sobre uma solução de látex natural em tetracloreto
de carbono.
• Epóxi
Tintas e vernizes de epóxi são aqueles em que o veículo permanente é constituído por resina epóxi
obtida a partir da epicloridrina e do bifenol "A", por reação em meio alcalino. É vedado seu
emprego em superfícies expostas à radiação solar.
• Formol-fenólicas
Tintas formol-fenólicas, ou simplesmente tintas fenólicas, são aquelas em que o veículo
permanente é constituído por uma resina obtida pela reação do formol com o fenol em presença de
colofônio ou qualquer outra resina natural.
• Ignífugas
Tintas ignífugas são produtos que se enquadram na categoria de tintas como veículo
termoplástico. São aquosas, de PVA, com adição de sais de mono-amônea e fosfato.
• Lacas
São tintas e vernizes que secam por evaporação e são constituídos por solução de nitrocelulose, à
qual geralmente são incorporadas outras substâncias, como plastificantes (talatos de butila, octila
ou isoctila), resinas e pigmentos, produtos que lhes conferem propriedades especiais.
• Esmalte tipo "Duco"
É a laca em que o veículo permanente é constituído exclusivamente por resina de nitrocelulose
impregnada de um pigmento.
• Esmalte sintético
É a laca em que o veículo permanente é constituído por resina de nitrocelulose associada com
resina sintética, como resina alquídica ou maléica, com impregnação de um pigmento.
• Látex
São aquelas em que o veículo permanente é constituído por uma resina de látex, entendendo-se
como tal uma emulsão de tipo vinílico à base de resinas estireno-butadieno.
• Óleo
Tintas e vernizes a óleo são aqueles que secam por oxidação e em que o veículo permanente é
constituído exclusivamente por produtos à base de óleo, cujos componentes fundamentais são os
veículos permanentes e voláteis, e, no caso de tintas, pigmentos e cargas.
O veículo permanente é o óleo de linhaça, devendo ser usado cru para interiores, e cozido para
exteriores. O veículo volátil é a aguarrás (essência de terebentina) atuando como solvente,
associada a um secante, como sais de chumbo, de magnésio ou de cobalto.
• Poliuretano
Tintas e vernizes de poliuretano são aqueles em que o veículo permanente é constituído por resina
obtida pela reação entre ésteres do ácido isociânico (isocianatos) e poliésteres contendo grupos
hidroxílicos. O grupo reativo dos isocianatos (de fórmula NCO) e o grupo hidroxila dos poliésteres
(de fórmula OR) reagem por adição, com deslocamento do hidrogênio e formação de uretano.
Para uso em superfícies expostas à radiação solar deve-se empregar a resina de poliuretano
alifática e não a de poliuretano aromático.
• PVA
Tintas de PVA são aquelas em que o veículo permanente é constituído por resina de acetato de
polivinila obtido pela reação do acetileno e ácido acético em presença de catalisadores.
Entende-se por emulsão copolímera de PVA aquela em que os plastificantes são quimicamente
ligados ao PVA e, por conseguinte, absolutamente fixados. Taxa de plastificação é a porcentagem
do plastificante em relação ao peso da resina seca. Para uso em exteriores, a taxa de plastificação
deve situar-se entre 6 e 12%, e para uso em interiores, entre 12 e 25%.
A relação entre os elementos de cobertura (P) e ligante (L) para uso em exteriores, deve situar-se
entre 1 e 2,5, e para uso em interiores, entre 3 e 4,5.
• Resistentes ao calor
Tintas resistentes ao calor são tintas com veículo não aquoso e óleo secativo e alumínio como
carga, recomendadas para temperaturas até 200º C, ou tintas com veículo termoplástico, não
aquosas, de silicone e alumínio com cargas, recomendadas para temperaturas de 200 a 550ºC.
• Vinílicas
Tintas vinílicas são aquelas em que o veículo permanente é constituído por resina de cloreto de
polivinil obtido pela ação do acetileno sobre o ácido clorídrico, em presença de catalisadores.
• Zinco-silicato
Tintas de zinco-silicato, base de água, são aquelas em que o veículo permanente é constituído por
silicatos alcalinos. O pó de zinco, segundo componente, é o elemento que confere a proteção
catódica ao metal.
Normas
Há particular atenção para o disposto nas normas da ABNT, atinentes ao assunto, em especial as
relacionadas a seguir:
Tabela 7 3 – Normas tin t as e Ignífugas
Norma Título
EB-285/79 Tintas ou massa retardante de incêndio
• Imunizante
Características técnicas
◦ Imunizante de base de naf taleno de zinco
Para efeito desta especificação, as tintas imunizantes, à base de naftenato de zinco, são produtos
inseticidas e fungicidas, penetrantes e tóxicos. Contêm, entre outros componentes, naftenato de
zinco, tribromofenol, "Dieldrin", solventes alifáticos e aromáticos, parafina clorada e resinas
sintéticas impermeabilizantes.
"Stain" é um produto semelhante ao imunizante à base de naftenato de zinco, com adição de
pigmento.
◦ Imunizante de base de alcatrão
Para efeito desta especificação, as tintas imunizantes, à base de alcatrão, são produtos contendo
alcatrões de hulha (piche) e de madeira (creosoto), além de sais fungicidas e inseticidas.
• Cal
Características técnicas
Para efeito desta especificação, entende-se por caiação a pintura pela cal, com ou sem adição de
pigmentos minerais.
A pintura pela cal é fornecida pronta para uso, necessitando apenas da adição de água. Pode
também ser preparada na obra.
A pintura pela cal preparada na obra emprega cal branca, puríssima, produzida em fabrica. A
coloração é obtida com o uso de pigmentos minerais, do tipo usado para argamassas.
4.12.14 – Vidros
Definição e Tipos
Para os fins desta especificação, vidros são complexos químicos resultantes da combinação de dois
silicatos- um alcalino (potássio de sódio) e outro terroso ou metálico (cálcio, bário, chumbo, etc.)-
nos quais a sílica atua como elemento ácido e os óxidos agem como elementos básicos.
A configuração tridimensional da sílica (bióxido de silício) é base das propriedades tipicas do vidro.
Os ingredientes modificadores, adicionados à base de sílica, têm por finalidade controlar o
processamento e conferir determinadas propriedades, dando origem aos vários tipos de vidros.
Normas
Há que se ter particular atenção para o disposto na TB-88/88- Vidro na construção civil (NBR-7210)
Características técnicas
• Vidro tipo "A" : é o vidro empregado em vidraças, garrafas, etc.
Os óxidos alcalinos (sódio e potássio), que são usados para baixar a temperatura de fusão do
dióxido de silício, tornam o vidro solúvel em água e atacável pela umidade. Nas aplicações usuais
esse fato passa despercebido, o que não ocorre quando se trata de filamentos de pequeno
diâmetro. A desproporção entre a massa e a superfície exposta ao ataque é tal que, no caso de
filamentos, essa pequena solubilidade deve ser levada em conta.
A composição tipica do vidro "A" é a seguinte:
◦ SiO2: 72%;
◦ Na20: 14%;
◦ CaO: 10%, etc.
• Vidro tipo "C": Trata-se de produto desenvolvido para aplicação onde necessário se fizer
maior resistência ao ataque de ácidos. É empregado na fabricação de filtros químicos e, na
indústria dos plásticos reforçados, de véus de superfície ("surfacing mat").
• Vidro tipo "E": Vidro têxtil padrão, possui excelentes propriedades físicas, mecânicas e
elétricas.
• Vidro Recozido – Plano, Comum
Características técnicas
• Lisos, Transparentes deverão Satisfazer a EB-92/55 – Vidro plano transparente comum.
Os vidros recozidos, planos, comuns, lisos e transparentes recebem unicamente polimento a fogo
não sofrendo as suas superfícies, após o resfriamento, qualquer tratamento. O peso dos vidros
planos é de 2,5 kgf/m² por mm de espessura.
Serão admitidos exclusivamente vidros da qualidade do tipo "A", conforme seguintes espessuras,
com tolerância de – 0,3 a + 0,1 mm:
° Incolor: de 2 a 19 mm;
° Coloridos: de 3 a 10 mm.
• Lisos, Transparentes Coloridos
Os vidros são planos, lisos, transparentes, coloridos na massa e com superfícies perfeitamente
polidas e são encontrados com as seguintes espessuras:
° fumê: 3, 4, 5, 6. 8 e 10 mm;
° bronze: 4, 5, 6, 8 e 10 mm.
• Lisos Translúcidos
São vidros lisos, submetidos a tratamento prévio, químico ou mecânico, de modo a permitir a
passagem da luz e evitar, através dele, a visão nítida tem as seguintes espessuras:
° incolor: de 2 a 19 mm;
° coloridos: de 3 a 10 mm.
• Impressos, Comuns
São vidros tipo "fantasia", translúcidas, obtidos por alterações introduzidas na rugosidade da
superfície acabada, de modo a formar desenhos abrangendo diversos tipos e espessuras, tais
como martelado (com 4 mm), pontilhado (com 4, 8, 9 e 10 mm) e canelado (com 4 mm).
Tem as seguintes espessuras:
° incolor: de 2 a 19 mm;
° coloridos: de 3 a 10 mm.
Espessuras
Conforme NB-226/38 - Projeto, execução e aplicações- vidros na construção civil (NBR-7/99), são as
seguintes as espessuras recomendadas para os vidros, em função das dimensões dos vãos:
Tabela 7 7 – dimensões vidros
Esp. Nominal (Mm) Larg. Máxima (M) Compr. Máximo (M)
2 0,30 0,80
3 0,60 1,30
4 1,00 1,80
5 1,40 2,30
6 1,80 2,80
7 2,00 3,00
• Planos Especiais
Normas
Há especial atenção para o disposto no MB-1617/81 – Vidros de segurança – determinação dos
afastamentos quando submetidos à verificação dimensional (NBR-7334).
Características técnicas
Lisos, transparentes, incolores – são vidros planos, lisos, transparentes, incolores, superfícies
perfeitamente polidas, apresenta alta resistência conferida por processo térmico de têmpera. tem
as espessuras nominais de 4 mm (para área de decoração, 6, 8 e 10 mm).
Lisos, transparentes, coloridos – são vidros planos, lisos, transparentes, coloridos na massa,
Cópia não controlada quando impresso
superfícies perfeitamente polidas, apresenta alta resistência conferida por processo térmico de
têmpera. têm as espessuras nominais de 6, 8 e 10 mm.
Impressos – são vidros impressos, translúcidos, apresenta alta resistência conferida por processo
térmico de têmpera. Têm espessura de 8 a 10mm.
• Planos Especiais, Térmicos e Acústicos
Características técnicas
Conjunto de duas chapas de vidro separadas por uma camada de ar desidratado. O conjunto é
hermeticamente selado, com propriedades isolantes térmicas e acústicas relacionadas com a
natureza dos vidros empregados na montagem.
Os elementos que constituem os vidros especiais térmicos e acústicos são os seguintes:
◦ 2 chapas de vidro;
◦ Camada de ar intercalar, sempre com 9 mm de espessura;
◦ Perfil oco de alumínio, com 9 mm de largura, disposto em toda a periferia e com
pequenos orifícios, no lado interno, possibilitando a atuação da substância
higroscópica;
◦ Substância higroscópica, de elevada superfície capilar, colocada no interior do
perfil de alumínio e destinada a absorver e a reter a umidade da camada de ar
intercalar;
◦ Adesivo e calafetador de elastômero, com a finalidade de propiciar a junção das
duas chapas de vidro ao perfil de alumínio, em todo o perímetro, bem como a de
conferir estanqueidade absoluta ao conjunto.
Os vidros podem ter formato quadrado ou retangular, com as dimensões máximas de 180 x 200
cm. São nas espessuras de 17 ou 23 mm, inclusive as camadas de ar.
As chapas de vidro podem ter espessuras iguais ou diferentes.
A seleção das chapas de vidro é efetuada levando-se em consideração os seguintes fatores:
◦ Carga solar;
◦ Intensidade luminosa;
◦ Ruídos externos;
◦ Segurança.
• Planos especiais – laminados
Por vidro de segurança laminado entende-se o vidro manufaturado com duas ou mais chapas de
vidro, firmemente unidas e alternadas com uma ou mais películas de material aderente – butiral de
polivinila, de forma que, quando quebrado, apresenta a tendência de manter os estilhaços presos à
película aderente.
Normas
Os vidros de segurança laminados devem obedecer às seguintes normas da ABNT:
Tabela 7 8 – Normas vidros de segurança
Norma Título
MB-1529/86 Vidros de segurança – determinação da visibilidade após ruptura esegurança contra estilhaços (NBR-9492);
MB-1530/86 Vidros de segurança – determinação da resistência ao impacto com Phantam (NBR- 9493);
MB-1531/86 Vidros de segurança – determinação da resistência ao impacto com esfera (NBR- 9494);
Vidros de segurança – determinação dos afastamentos quando submetidos à verificação dimensional (NBR-
MB-1617/81
7334);
Norma Título
MB 2433/86 Vidros de segurança – determinação da separação da imagem secundária (NBR- 9497);
MB 2434/86 Vidros de segurança – ensaio de abrasão (NBR-9498);
MB-2435/86 Vidros de segurança – ensaio de resistência à alta temperatura (NBR- 9499);
MB 2436/86 Vidros de segurança – ensaio de radiação (NBR-9501);
MB-2437/86 Vidros de segurança – determinação da resistência à umidade (NBR- 9502);
MB 2438/86 Vidros de segurança – determinação da transmissão luminosa (NBR- 9503),
MB 2439/86 Vidros de segurança – determinação da distorção ótica (NBR-9504).
Manual de Obras
da Saneago –
Capítulo 5 –
Instalações de ar
condicionado e
hidrossanitárias
Norma Título
EB-158/81 Condicionador de ar doméstico (NBR-5858);
EB-224/91 Tubo de cobre e suas ligas, sem costura, para condensadores, evaporadores e trocadores de calor (NBR-5029);
UB-10/78 Instalações centrais de ar condicionado para conforto – parâmetros básicos de projeto (NBR-6401);
Bombas centrífugas horizontais, de entrada axial, pressão nominal 1 Mpa – dimensões, características nominais e
PB-256/81
identificação (NBR 7878)
• Deve-se atentar para o art. 225 da constituição Federal e Lei n.º 69381 de 31.08.81,
alterada em 19.09.89. Legislações federais que tratam do controle da poluição do ar.
• Só serão aceitos materiais e equipamentos que estamparem a identificação do fabricante,
bem como modelo, tipo, classe, etc. perfeitamente identificáveis.
• Os equipamentos fornecidos possuirão capacidade e potência conforme especificado pela
SANEAGO, quando operando nas condições previstas no projeto específico de ar
condicionado, ventilação ou aquecimento.
5.1.2 – Condicionadores
5.1.2.1 – Condicionadoresself-contained
5.1.2.1.1 – Definição
Para efeito desta especificação, entende-se como condicionador de ar "self-contained" a unidade
condicionadora autônoma, com capacidade de 3 a 40 TR, dotada de sistema de refrigeração completo e
serpentina para tratamento de ar.
O Sistema de condensação será a ar ou à água e o condensador pode ficar em gabinete próprio
(condensador remoto).
5.1.2.1.2 – Características técnicas Gabinete
Constituído por uma estrutura metálica, com painéis de chapas de aço galvanizado, protegidas contra a
corrosão, por processo de fosfatização, com pintura eletrostática em tinta esmalte sobre "primer"
anticorrosivo.
Os painéis serão removíveis para permitir fácil acesso ao interior da máquina e construídos com chapas
de bitola adequada à boa rigidez do conjunto.
O gabinete será revestido internamente com isolamento termoacústico.
É provido de bandeja coletora de condensado com caimento para o lado da drenagem.
No caso de condicionadores com insuflamento direto, sem rede de dutos, o gabinete será dotado de
caixa "lplenum" com as mesmas características construtivas, a qual possui grelha de insuflamento com
deflexão vertical e horizontal ajustável.
• Evaporador
Constituído por uma serpentina confeccionada com tubos de cobre sem costura e aletas integrais de
alumínio fixadas aos tubos, por expansão mecânica, de forma a obter-se um perfeito contato.
É previamente testado contra vazamentos a uma pressão de 350 psi e equipado com distribuidores e
coletores de fluídos refrigerantes.
• Condensador a Ar
É constituído por uma serpentina confeccionada em tubos de cobre sem costurae aletas integrais de
alumínio, fixadas aos tubos por expansão mecânica, de forma a obter-se perfeito contato.
É previamente testado contra vazamentos a uma pressão de 350 psi. Será dotado de sub-resfriador
integral que assegure o sub-resfriamento adequado. No caso de condensador remoto, deve possuir
gabinete próprio, construído em chapas de aço com acabamento similar ao da unidade evaporadora.
• Condensador a Água
Tipo "shell and tube", confeccionado com carcaça de aço-carbono com tampas removíveis de ferro
fundido. Os tubos são de cobre com aletamento integral, expandidos mecanicamente, nos espelhos de
aço. É dotado de válvula de segurança e de sub-resfriador integral que assegure, o sub-resfriamento
adequado. O condensador deve permitir a entrada da tubulação hidráulica no lado que for indicado no
Cópia não controlada quando impresso
projeto.
• Ventiladores
São do tipo centrífugo, de dupla aspiração, com pás voltadas para frente (sirocco), confeccionado com
aço galvanizado com motores balanceados estática e dinamicamente.
São acionados por motores elétricos de indução, trifásicos, 4polos, transmissão através de polias e
Correias em "V". Operam sobre mancais de rolamentos auto-alinhantes, auto lubrificados e blindados.
A polia motora do ventilador do evaporador é regulável, para permitir ajuste de vazão. No caso de
unidades com condensadores remotos, o ventilador do condensador é do tipo axial, acoplado
diretamente ao motor elétrico, nas situações em que não é pressão estática disponível do mesmo.
• Compressores
São do tipo alternativo (modelo hermético ou semi-hermético), ou rotativo, instalados sobre isoladores
de vibração. São acionados por motores elétricos trifásicos, protegidos internamente contra sobrecargas
e adequados para tolerar a variação de tensão de até 10% do valor nominal. Os motores são
refrigerados pelo fluxo de sucção de refrigerante. Os compressores são dotados de aquecedores de
cárter. 0s compressores devem receber garantia mínima de 3 anos do fabricante.
• Circuito Frigorígeno
É confeccionado com tubos de cobre sem costura, com carga completa de refrigerante, exceto nos
equipamentos com condensadores remotos. Cada circuito deve apresentar no mínimo os seguintes
componentes:
◦ Válvula de expansão termostática com equalização externa;
◦ Filtro secador com conexões rosqueadas (cartuchos selados) ou soldadas (elemento
filtrante recambiável);
◦ Visor de líquido com indicador de umidade;
◦ Isolamento térmico com borracha esponjosa na linha de sucção;
◦ Válvulas de serviço capazes de interromper o fluxo de refrigerante e permitir a leitura de
pressão, recolhimento e carga de gás, instaladas nas linhas de sucção e descarga do
compressor;
◦ Válvula de serviço ou registro instalado na linha de líquido a montante do filtro secador;
◦ Tanque de líquido (condicionadores com condensador remoto);
◦ Válvula solenoide na linha de líquido (condicionadores com condensador remoto);
◦ Conexão flexível na descarga de compressores semi-herméticos;
◦ Pressostato de alta com rearme manual;
◦ Pressostato de baixa.
Todos os acessórios citados serão exigidos, devendo a sua instalação ser efetuada em fábrica. Filtros de
Ar são do tipo permanente e lavável, instalados dentro do gabinete e a montante de serpentina
evaporadora. Têm eficiência compatível com a classe G.1 da NB-10/78 – Instalações centrais de ar-
condicionado para conforto – parâmetros básicos de projeto (NBR-6401). Para aplicações especiais,
outras exigências serão definidas pela SANEAGO.
• Sistema de Aquecimento
É constituído por resistências elétricas afiladas, especiais para aquecimento de ar, com dissipação
máxima de 5 W/cm², instaladas junto à serpentina evaporadora. As resistências são ligadas em triângulo
ou estrela equilibrada, através de fiação revestida com material incombustível (fibra de vidro, amianto,
etc.). São protegidas contra a falta ou insuficiência de vazão de ar por chave de fluxo e contra
superaquecimento superficial por termostato limite de segurança.
5.1.2.2.1 – Definição
Para efeito desta especificação, entende-se como condicionador, tipo fan-coil, o equipamento dotado de
serpentina, onde circula água quente ou gelada, e de um conjunto ventilador. É constituído por unidades
de fabricação comercial ou montado em salas de alvenaria especialmente construídas para este fim.
5.1.2.2.2 – Características técnicas
• Fan-Coil Tipo Console
É assim denominado o fan-coil compacto para pequenos ambientes, com capacidade entre 0,5 e 3 TRÉ
constituído por gabinete, em chapa de aço galvanizado, protegido contra corrosão, dotado de serpentina
confeccionada com tubos de cobre com aletas integrais de alumínio, ventilador centrífugo de pás
voltadas para frente, acionado por motor elétrico monofásico com no mínimo 3 velocidades e filtro de ar
permanente e lavável com eficiência G.0. As unidades para instalação no ambiente possuem grelha de
insuflamento direcional, e painel de comando incorporado ao gabinete, contendo no mínimo chave para
as posições ligado/desligado, controle da velocidade do ventilador e regulagem detemperatura através
do termostato.
• Fan-Coil Linha Comercial
◦ Gabinete
É constituído por uma estrutura metálica, em painéis ,de chapas de aço galvanizadas, protegidos contra
a corrosão por processo de fosfatização, com pintura eletrostática em tinta esmalte sobre "primer"
anticorrosivo.
Os painéis são removíveis para permitir fácil acesso ao interior da máquina.
O gabinete é revestido internamente com isolamento termoacústico. É provido de bandeja coletora de
condensado com caimento para o lado da drenagem.
No caso de climatizadores com insuflamento direto, sem rede de dutos, o gabinete é dotado de caixa
"Iplenum" com as mesmas características construtivas, a qual possui grelha de insuflamento com
deflexão vertical e horizontal ajustável.
Quando especificado pela SANEAGO, o gabinete deve possuir espaço disponível para instalação de
serpentina adicional para reaquecimento ou calefação, resistências elétricas e sistema de umidificação.
◦ Serpentina
É utilizada serpentina de alta eficiência, própria para trabalhar com água gelada ou quente. É
confeccionada com tubos de cobre sem costura e aletas integrais de alumínio fixadas aos tubos, por
expansão mecânica de forma a se obter um perfeito contato. É dotada de coletores em tubos de cobre
soldados nos tubos da serpentina e suspiro de ar com "plug" rosqueado. É previamente testada contra
vazamentos a uma pressão de 200 psi.
◦ Ventiladores
São do tipo centrífugo, de dupla aspiração com pás voltadas para frente (sirocco). São confeccionados
em aço galvanizado e tem motores balanceados estática e dinamicamente.
São acionados por motores elétricos de indução, trifásicos, 4polos transmissão através de polias e
correias em "V". Operam sobre mancais de rolamentos auto-alinhantes, autolubrificantes e blindados. A
polia motora de ventilador é regulável, para permitir ajuste de vazão.
◦ Filtros de Ar
São do tipo permanente e lavável, construídos em tela metálica corrugada, instalados à montante da
serpentina, em posição facilmente removível. Têm eficiência compatível com a classe G.1 da NB-10/78 –
Instalações centrais de ar condicionado para conforto – parâmetros básicos de projeto (NBR-6401). Para
aplicações especiais, outras exigências serão formuladas pela SANEAGO.
◦ Sistema de Aquecimento
É constituído por resistências elétricas aletadas, especiais para aquecimento de ar, com dissipação
máxima de 5 w/cm², instaladas junto da serpentina evaporadora. As resistências são ligadas em
triângulo ou estrela equilibrada, através de fiação revestida com material incombustível (fibra de vidro,
amianto, etc.). São protegidas contra falta ou insuficiência de vazão de ar por chave de fluxo e contra
superaquecimento superficial por termostato limite de segurança.
Para potências acima de 9 kW são instalados 2 estágios de aquecimento, podem ainda ser constituído de
serpentina com circulação de água quente. O sistema de aquecimento só será instalado quando
autorizado pela SANEAGO.
◦ Sistema de Umidificação
É composto por um recipiente confeccionado com chapa de aço galvanizado protegido contra a corrosão,
com resistência de aquecimento imersa. O recipiente é dotado de válvula de bronze, comandada por
boia de aço inoxidável ou cobre, que controlará o nível de água, além do ladrão e dreno. O controle do
funcionamento da resistência é através de sensor de umidade instalado no ambiente condicionado.
Comoproteção é instalado sensor de baixo nível de água, que deve desenergizar a resistência quando a
água atingir um nível mínimo fixado. O sistema de umidificação só será instalado quando autorizado
pelaSANEAGO.
◦ Quadro Elétrico
Deve abrigar todos os dispositivos de comando e proteção do equipamento,é instalado incorporado ao
gabinete ou externamente. Contem os seguintes elementos mínimos, dimensionados conforme a NB-
3/90 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão (NBR-5410), com os comandos perfeitamente identificado.
▪ Fusíveis para o circuito de comando e para os circuitos de força de motores e
resistências;
▪ Chave contatora e relé térmico para o motor do ventilador;
▪ Chave contatora para as resistências, se instaladas;
▪ Botoeiras de comando liga /desliga;
▪ Lâmpadas de sinalização.
• Fan-Coil de Alvenaria
O climatizador é constituído por uma serpentina montada em uma sala termicamente isolada. A sala é
de alvenaria ou outro material previsto no projeto, especialmente construída para este fim. As
especificações da serpentina, ventiladores, filtros de ar, sistemas de aquecimento e umidificação e
quadro elétrico são as mesmas válidas para o fan-coil comercial.
5.1.2.3 – Condicionadores tipo Split
5.1.2.3.1 – Definição
Para efeito desta especificação, entende-se como condicionador tipo Split o equipamento com
capacidade nominal de 12.000 BTU/h até 40 TR, com condensação a ar. É constituído por duas unidades
(condensadora e evaporadora) interligadas pelo circuito frigorífico, estando o compressor instalado junto
à unidade condensadora. É do tipo horizontal para instalação embutida no forro ou ambiente, ou vertical
para instalação ambiente.
5.1.2.3.2 – Características técnicas
• Gabinete
Constituído por uma estrutura metálica, com painéis de chapa de aço galvanizado, protegido contra a
corrosão por processo de fosfatização, com pintura eletrostática em tinta esmalte sobre "primer"
anticorrosivo. Os painéis são removíveis para permitir fácil acesso ao interior da máquina. O gabinete do
evaporador é revestido internamente com isolamento termoacústico. Deve possuir bandeja coletora de
condensado com caimento para o lado da drenagem e dispositivo para insuflamento de ar com aletas
direcionais. O gabinete da unidade condensadora deve receber acabamento adequado para instalação
ao tempo.
• Evaporador
Composto por serpentina confeccionada em tubos de cobre sem costura e aletas integrais de alumínio
fixadas aos tubos, por expansão mecânica, de forma a obter-se um perfeito contato é previamente
testado contra vazamentos a uma pressão de 350 psi e ser equipado com distribuidor e coletores de
fluidos refrigerantes.
• Condensador de Ar
Composto por uma serpentina confeccionada com tubos de cobre sem costura, e aletas integrais de
alumínio fixadas aos tubos, por expansão mecânica, de forma a obter-se um perfeito contato é
previamente testado contra vazamentos a uma pressão de 350 psi. É dotado de sub-resfriador integral
que assegure um sub-resfriamento adequado.
• Ventiladores
São do tipo centrífugo, de dupla aspiração, com pás voltadas para frente (sirocco), confeccionado com
aço galvanizado, com motores balanceados estática e dinamicamente. São acionados por motores
elétricos de indução, trifásicos, 4polos, transmissão através de polias e correias em "V". Operam sobre
mancais de rolamentos auto-alinhantes, autolubrificados e blindados. A polia motora do ventilador do
evaporador é regulável, para permitir ajuste de vazão. O ventilador do condensador é do tipo axial,
acoplado diretamente ao motor elétrico, nas situações em que não é pressão estática disponível
domesmo. Para unidades de até 30.000 BTU/h, os ventiladores são construídos em material plástico.
• Compressores
São do tipo alternativo (modelo hermético ou semi-hermético) ou rotativo, instalados sobre isoladores de
vibração. São acionados por motores elétricos trifásicos, protegidos internamente contra sobrecargas e
adequados para tolerar uma variação de tensão de até 10% do valor nominal. Os motores são
refrigerados pelo fluxo de sucção de refrigerante. Os compressores com capacidade acima de 5 TR são
dotados de aquecedores de cárter. Oscompressores devem receber garantia mínima de 3 anos do
fabricante.
• Motores Elétricos
Nos condicionadores com capacidade inferior a 30.000 BTU/h, os motores elétricos são monofásicos.
• Circuito Frigorígeno
É construído em tubos de cobre sem costura, com carga completa de refrigerante. Cada circuito
instalado deve apresentar, no mínimo, os componentes relacionados nos itens a seguir, os quais são
montados pelo fabricante.
Unidades com capacidade superior a 5 TR:
◦ Válvula de expansão termostática com equalização externa;
◦ Filtro secador com conexões rosqueadas (cartuchos selados) ou soldadas (elemento
filtrante recambiável);
◦ Visor de líquido com indicador de umidade;
◦ Isolamento térmico com borracha esponjosa na linha de sucção;
◦ Válvulas de serviço capazes de interromper o fluxo de refrigerante e permitir a leitura de
pressão, recolhimento e carga de gás instalado nas linhas de sucção e descarga do
compressor;
◦ Válvula de serviço ou registro instalado na linha de líquido a montante do filtro secador;
◦ Tanque de líquido;
◦ Válvula solenoide na linha de líquido;
◦ Conexão flexível na descarga de compressores semi-herméticos; pressostato de alta com
rearme manual;
◦ Pressostato de baixa.
◦ Unidades com capacidade até 5TR:
◦ Válvula de inspeção para leitura de pressões na sucção e descarga;
◦ Pressostato de alta e de baixa;
◦ Filtro secador com conexões rosqueadas;
◦ Controle do fluxo de refrigerante através de válvula de expansão ou tubo capilar;
◦ Chave reversora de ciclo, em condicionadores em que for solicitado funcionamento de
aquecimento em ciclo reverso.
• Filtros de Ar
Serão do tipo permanente e lavável, instalados dentro do gabinete e a montante da serpentina
evaporadora. Têm eficiência compatível com a classe G.1 da NB-10/78 – Instalações centrais de ar
condicionado para conforto – parâmetros básicos de projeto (NBR-6401). Para aplicações especiais,
outras exigências serão definidas pela a SANEAGO.
• Sistema de Aquecimento
É constituído por resistências elétricas aletadas, especiais para aquecimento de ar, com dissipação
máxima de 5 W/cm², instaladas junto à serpentina evaporadora. As resistências serão ligadas em
triângulo ou estrela equilibrada, através de fiação revestida com material incombustível (fibra de vidro,
amianto, etc.).serão protegidas contra falta ou insuficiência de vazão de ar por chave de fluxo e contra
superaquecimento superficial por termostato limite de segurança. Para potências acima de 9 kW serão
instalados 2 estágios de aquecimento. O sistema de aquecimento só será instalado quando autorizado
pela a SANEAGO.
Em unidades de até 5 TR, é permitido o uso de ciclo reverso .
• Sistema de Umidificação
É composto por um recipiente confeccionado com chapa de aço galvanizado protegido contra a corrosão,
com resistência de aquecimento imersa. O recipiente é dotado de válvula de bronze, comandada por
boia de aço inoxidável ou cobre, que controlará o nível de água, além de ladrão e dreno. O controle do
funcionamento da resistência é através de sensor de umidade instalado no ambiente condicionado.
Como proteção, é instalado um sensor de baixo nível de água, que deve desenergizar a resistência
quando a água atingir um nível mínimo fixado. O sistema de umidificação só será instalado quando
exigido pelaSANEAGO.
• Quadro Elétrico
Montado no interior do gabinete do condicionador, devendo o acesso a ele ser possível sem interrupção
do funcionamento da máquina. Abriga todos os elementos de operação e controle da unidade, contendo
no mínimo os seguintes elementos, dimensionados conforme a NB-3/90– Instalações elétricas de baixa
tensão (NBR-5410):
Fusíveis diazed para cada motor elétrico;
Fusíveis para o circuito de comando;
Chave contatora e relé térmico de sobrecarga para cada motor elétrico;
Relé temporizador para partida sequencial (unidades com 2 compressores);
Fusíveis e chave contatora para cada estágio de aquecimento, ou resistência de umidificação, se
instalados;
Relés auxiliares para intertravamento.
• Eliminadores de gotas
Constituído por um sistema de chicanas, construído em aço galvanizado, PVC rígido ou poliestireno, de
modo a criar mudanças na direção do fluxo de ar e limitar a perda por arraste ao máximo de 0,1t da
vazão de água circulante. – Sistema de distribuição de água: É através de bacia ou calha de distribuição
confeccionadas em poliester-fiberglase polipropileno ou aço galvanizado. É também através de bicos
pulverizadores confeccionados em bronze, latão ou material plástico não corrosível.
• Ventiladores
Construídos em chapas de aço galvanizado ou PRFV, de dupla aspiração, pás voltadas parafrente
(sirocco), balanceados estática e dinamicamente, operando sobre mancais de rolamento relubrificáveis
com graxeira ou do tipo blindado, acionado por polias e correias.
Os ventiladores axiais serão construídos com pás múltiplas de polipropileno ou poliuretano, de perfil
aerodinâmico, com passo regulável e cubos em poliamida, ferro fundido ou aço revestido. Serão
utilizados preferencialmente motores de baixa rotação, acionando diretamente os ventiladores. O uso de
redutores com engrenagens ou através de polias e correias fica limitado a casos especiais, definidos pela
SANEAGO.
• Motores elétricos
São de indução, trifásicos, rotor tipo gaiola e próprios para trabalhar ao tempo. Dispõem de proteção IP
54, isolamento classe B, e ter rotação conforme a aplicação. Onde as condições locais exigirem, serão
especificados motores com índice de proteção superior.
• Demais elementos
As torres serão fornecidas completas, incorporando ainda os seguintes elementos:
◦ Bacia de água fria construída em material similar a carcaça;
◦ Tomadas de ar protegidas por venezianas de fibra de vidro ou tela galvanizada;
◦ Controle do nível de água na bacia por meio de válvula de bronze, acionada por boia
plástica aço inoxidável, com altura ajustável;
◦ Conexões para entrada e saída de água, com flanges;
◦ Conexões para enchimento rápido, ladrão com dispositivo anti-respingo e com dreno;
◦ Porta de inspeção estanque que permita acesso à bacia e ao enchimento da torre;
◦ Filtro tipo tela na saída da água fria;
◦ Parafusos (utilizados nas torres) de latão naval, aço inoxidável ou náilon;
◦ Controle da capacidade através da operação liga/desliga dos ventiladores ou motores de
velocidades, comandado por termostato com sensor imerso na bacia da torre.
5.1.5 – Aquecedores
5.1.5.1 – Definição
Entende-se como aquecedor o equipamento destinado a uso em sistema de calefação, incluindo os
geradores de água quente e os radiadores de calor a seguir descritos.
5.1.5.2 – Características técnicas
• Geradores de água quente
São aquecedores de passagem utilizados em sistemas de calefação, em que a água circula nos
radiadores de ambiente ou serpentinas, e retorna ao aquecedor, aquecendo-se na passagem. O trocador
de calor do aquecedor é aquatubular ou flamotubular, quando utilizados queimadores ou simplesmente
resistências imersas no fluxo de água nos aquecedores elétricos. O corpo do aquecedor é construído
com uso de chapas de aço galvanizado ou de aço inoxidável. No caso de se usar chapas de aço
galvanizado, estas serão jateadas e revestidas com resina epóxi. É fabricado de acordo com as normas
da ASME para vasos de baixa pressão. Recebe isolamento térmico em lã de vidro e revestimento externo
de aço pintado com tinta esmalte sintético. É montado sobre base de aço estrutural. É dotado de válvula
de segurança para água, testada e lacrada em fábrica, termômetro com escala circular de temperaturas,
manômetro e sistema de alarme para sobretemperaturas, porta de inspeção e dreno.
• Radiadores de calor
São os elementos destinados a transmitir ao ambiente o calor da água que circula em seu interior, seja
por convecção natural ou radiação. A água deve circular em fluxo cruzado entrada por um lado e saída
pelo outro lado do radiador). há registros na entrada e saída de água. Uma válvula de controle de vazão
é instalada, na entrada de água quente, para permitir a regulagem do fluxo no radiador. O radiador deve
possuir ainda purgador de ar, fornecido com suportes para fixação em paredes ou pisos. A carcaça é
construída em chapa de aço, por processo de estampagem ou solda elétrica, com circulação de água em
múltiplos tubos, de forma a obter-se um bom rendimento da troca de calor. Apresentam excelente
acabamento externo para instalação aparente, com pintura eletrostática. Serão admitidos radiadores
fabricados em chapas de alumínio
• Fontes de Calor
◦ Energia elétrica
São utilizadas resistências elétricas em fio cromo-níquel, isolado com óxido de magnésio e blindagem
externa em cobre. As resistências ficam imersas no reservatório ou no fluxo de água, e serão divididas
em múltiplos estágios para permitir a modulação da capacidade do aquecedor.
O acionamento das resistências é comandado por termostato com escala de temperatura ajustável. O
quadro elétrico é fornecido junto com o aquecedor; contem fusíveis de força e de comando, chave
contatora para cada estágio de resistência, lâmpadas sinalizadoras dos estágios ligados e chave
liga/desliga.
◦ Óleo diesel
São utilizados queimadores para óleo que dispensem o uso de chama piloto, valendo-se eeletrodos para
o início da combustão, com sensor ótico de chama acoplado a temporizador que bloqueie a injeção de
combustível no caso de falha no início da combustão. O queimador é dotado de ventilador para
circulação forçada de ar, com vazão de ar ajustável e bomba de óleo para assegurar o suprimento de
combustível. O controle da ignição é através de termostato, com escala de temperatura ajustável.
◦ Lenha
Os aquecedores à lenha somente serão utilizados em situações especiais.serão dotados de queimador
para lenha de 1 m de comprimento, com grelha removível de ferro fundido e cinzeiro.O aquecedor possui
ainda porta de aço com isolamento térmico e trinco para acesso da lenha à fornalha, bem como porta
para o cinzeiro com regulador de entrada de ar. Na saída da chaminé é instalado um abafador de chama,
constituído por uma válvula borboleta que vede a saída dos gases. O controle da temperatura da água é
totalmente manual.
5.1.6 – Ventiladores
5.1.6.1 – Definição
Para efeito desta especificação, entende-se como ventilador o equipamento destinado a efetuar a
circulação forçada do ar em sistemas de ventilação geral diluidora ou local exaustora. É usado com ou
sem dutos, em diversas aplicações, como torre de arrefecimento, etc.
5.1.6.2 – Características técnicas Ventiladores centrífugos
São aqueles em que o fluxo de ar no ventilador se processa no sentido perpendicular ao eixo do rotor.
Serão utilizados em instalações nas quais é exigida pressão estática disponível no ventilador.
Serão constituídos por rotor e carcaça, construídos em aço galvanizado ou alternativamente em PRFV
(plástico reforçado de fibra de vidro) quando especificado pela SANEAGO. O rotor é de simples ou de
dupla aspiração, com as pás voltadas para frente (sirocco), balanceado estática e dinamicamente, com
eixo de aço-carbono operando sobre mancais de rolamento auto-alinhantes, autolubrificantes, blindados.
A carcaça é construída de forma a proporcionar o escoamento do ar sem turbulências e com baixo nível
de ruído. O acionamento é através de polias sulcadas e correias em "V", de fibra sintética; sendo a polia
motora regulável para permitir o ajuste da rotação do ventilador. O motor elétrico é trifásico de indução
com rotor tipo gaiola, admitindo-se o uso de motores monofásicos para potências de até 1 CV. O motor é
montado sobre base esticadora, de modo a possibilitar a regulagem da tensão sobre as correias. A
seleção e escolhado motor serão de acordo com as tabelas de seleção do fabricante do ventilador,
considerando-se as condições de funcionamento.
• Ventiladores axiais
São aqueles em que o fluxo de ar no ventilador é paralelo ao eixo do rotor. Serão utilizados para a
instalação sem dutos, ou em dutos com pequena perda de carga. A estrutura de suporte do ventilador é
rígida o suficiente para impedir a transmissão de vibrações excessivas para os apoios. As pás serão de
alumínio fundido, chapa de aço galvanizado, fibra de vidro ou material plástico; serão fixadas a uma
cuba central ligada ao eixo. O rotor é balanceado estática e dinamicamente. O acoplamento ao eixo será
direto ao motor, exceto quando especificado de outra forma pela SANEAGO. O motor de acionamento
tem as mesmas características que o especificado no item anterior. Para instalação em ambientes
agressivos, como no caso de exaustores para sala de cloradores, serão utilizados preferencialmente
ventiladores fabricados em materiais sintéticos termoplásticos.
• Ventiladores Eólicos
São ventiladores que utilizam componentes da força de convecção e ação dos ventos para movimentar
uma estrutura aerodinâmica que acelera a extração do ar.serão utilizados para auxiliar a ventilação
natural em telhados, depósitos, etc. serão constituídos por um rotor aerodinâmico construído em aço
galvanizado ou alumínio, e serão estanques à penetração de águas pluviais.
5.1.7 – Condicionadores de ar compactos – tipo janela
5.1.7.1 – Definição
Para efeito desta especificação, entende-se como condicionador de ar compacto – tipo janela, o
equipamento doméstico ou minicentral, com capacidade de 7.000 até 36.000 BTU/h, dotado de sistema
completo de refrigeração e desumidificação, com meios para circulação e limpeza do ar.
5.1.7.2 – Características técnicas
São dotados dos seguintes elementos mínimos:
• Gabinete metálico com proteção contra corrosão e pintura de acabamento, próprios para
instalação ao tempo;
• Painel frontal com dispositivos de insuflação de ar com aletas reguláveis (exceto aparelhos
para instalação com dutos);
• Chave seletora com as posições: desligado, ventilação e refrigeração;
• Filtro de ar removível e lavável;
• Termostato para regulagem da temperatura ambiente;
• Sistema para entrada de ar externo.
Quando especificados pela SANEAGO, os aparelhos serão dotados de válvula reversora para operar em
ciclo reverso, permitindo o aquecimento do ar no espaço a condicionar.
No caso de utilização de rede de dutos para insuflamento de ar, o aparelho deve possuir pressão estática
disponível para vencer a perda de carga de rede de dutos. Para este uso, serão admitidos apenas
aparelhos acionados por motores trifásicos. Neste caso, juntamente com o aparelho é fornecido um
quadro elétrico completo, incluindo todos os componentes de comando e proteção, como fusíveis diazed,
contatoras relés, bem como termostato de ambiente, do tipo de gás.
5.1.8 – Rede de distribuição de ar
5.1.8.1 – Definição
Para efeito desta especificação, entende-se como rede de distribuição de ar o conjunto formado por
dutos, dispositivos de insuflamento e retorno, e acessórios. Destina-se à condução de ar, para
insuflação, retorno do ar para o exterior, exaustão ou distribuição.
5.1.8.2 – Caraterísticas técnicas
• Dutos
◦ Dutos convencionais
São confeccionados em chapas de aço galvanizado, aço inoxidável ou alumínio, conforme especificado
no projeto. Não serão aceitos dutos montados em placas autoportantes de lã evidro. Quando
especificado pela SANEAGO, serão utilizados dutos convencionais em instalação aparente. Neste caso,
os dutos possuem as faces vincadas em IXI, para melhor acabamento.
As chapas utilizadas para construção dos dutos têm a bitola de acordo com a NB-10178 Instalações
centrais de ar-condicionado para conforto – parâmetros básicos de projeto (NBR-6401) cuja tabela é a
seguinte:
Tabela 8 0 – Bitolas dos du tos
BITOLA USG – Espessura ( mm ) Circular (mm) Retangular (mm)
Alumínio Aço Galvanizado Helicoidal Calandrado Longitudinal Lado maior
24– 0,64 26– 0,50 Até 255 Até 450 Até 300
22– 79 24– 0,64 250 a 600 450 a 750 310 a 750
20– 0,95 22– 0,79 950 a 900 760 a 1150 760 a 1400
18– 1,27 20– 0,95 950 a 1250 1160 a 1500 1410 a 2100
16– 1,59 18– 1,27 1300 a 1500 1510 a 1300 2110 a 3000
Chapas de aço-carbono zincadas pelo processo continuo de imersão a quente (NBR-7008) e MB-5188 - Produto
EB-649/81
metálico – ensaio de dobramentos emiguiado (NBR-6153);
Alumínio e suas ligas- chapas- propriedades mecânicas (NBR-7823) e EB-1333/02- Chapa de alumínio e de ligas de
PB-986/82
alumínio (NBR-7556).
◦ Dutos pré-fabricados
◦ Tomada de ar exterior
São fabricadas em alumínio extrudado, acabamento anodizado, dotado de veneziana externa,
telagalvanizada, filtro de ar removível e lavável e de registro para regulagem de vazão.
◦ Damper de sobrepressão
Dispositivo que abre com pressão positiva e fecha por gravidade. Formado por uma moldura em chapa
de aço ou perfis de alumínio, lâminas de alumínio com juntas de espuma, eixos em latão e buchas em
plástico.
◦ Damper corta-fogo tipo aleta
Constituído por um aleta tipo sanduíche, com miolo em fibra testado a prova de fogo, revestida com
chapa de aço em ambas as faces. A carcaça e dispositivos de acionamento serão construídos em aço
galvanizado. tem fechamento através de mola liberada por intermédio de "plug" fusível a temperaturas
acima de 70º C. Para aplicações especiais serão utilizados outros tipos de acionamento como fusível
elétrico, pistão pneumático, servomotor, etc.
◦ "Damper" corta-fogo tipo cortina
Constituído por uma cortina de lâminas articulares de aço galvanizado que, quando abertas na posição,
formam um conjunto compacto presa por elo fusível a temperaturas acima de 70º C. O fechamento é por
gravidade quando utilizado na posição vertical para fluxo de ar horizontal, ou por mola quando utilizado
na posição horizontal.
5.1.9 – Tubulações frigorígenas
5.1.9.1 – Definição
Para efeito desta especificação, entende-se por tubulação frigorígena, o conjunto de tubos, conexões e
acessórios adequadamente montados, destinados à condução do fluido refrigerante em um circuito de
refrigeração de uma instalação de ar condicionado.
5.1.9.2 – Características técnicas
• Tubos
São utilizados de cobre extrudados e trefilados, sem costura, em cobre desoxidado recozido. Serão
fabricados e fornecidos de acordo com as normas a seguir relacionadas:
Tabela 8 4 – Normas Tubos de cobre
Norma Tí tulo
EB-224/81 Tubo de cobre e suas ligas, sem costura, para condensadores, evaporadores e trocadores de calor (NBR-5029);
EB-584/84 Tubo de cobre e de ligas de cobre, sem costura – requisitos gerais (NBR-5020).
• Conexões
São forjadas, de fabricação industrial, fornecidas de acordo com a norma EB-366177 – Conexões para
unir tubos de cobre por soldagem ou brasagem capilar.
• Acessórios
São os componentes complementares das linhas, tais como juntas de dilatação, os quais consistem em
um fole de aço inoxidável altamente flexível com tubo-guia interno e terminais lisos de cobre e sifão, lira,
"looping", etc.
Para diâmetros até 2 ½ “(inclusive), os tubos serão galvanizados e com conexões rosqueadas. Para
diâmetros acima de 3" (inclusive), serão em aço preto com conexões soldadas ou flangeadas. Para
diâmetros acima de 12" (inclusive), serão aceitos tubos com costura, respeitadas as demais exigências
mencionadas.
• Conexões
São de fabricação industrial, para os sistemas a serem aplicados.
As conexões rosqueadas serão produzidas em ferro maleável conforme a norma ASTM-A-197, zincadas,
fornecidas de acordo com a tabela abaixo:
Tabela 8 6 – Conexões hidráulicas
Pressões máximas de serviço
Classe (kgf/cm² ) Produzidas conforme:
conforme:
10 DIN-2950/ISO-R-49 ISO-R-49 e PB-110162 (NBR-6943)
20 ANSI-B-16.3 ANSI-8-16.3 e PB-156185 (NBR-6925)
Para solda de topo, as conexões serão produzidas em aço-carbono conforme a norma ASTM-A-234,
extremidades com chanfros para solda, fornecidas conforme dimensões padronizadas nas normas ANSI-
B-16.9 e ABNT PU-157171.
• Flanges
São de fabricação industrial, "geralmente forjados ou fundidos" conforme disposto na TB-265/85 –
Flanges metálicos para tubulações (NBR-9530). 0s tipos serão relacionados a seguir:
Os flanges rosqueados ("threaded flange") serão em ferro maleável, conforme a norma ASTM-A-197
zincados, fornecidos de acordo com a padronização ANSI-B-16.5 (classes 150 e 300) e PB-16/65.
Flanges com ferro maleável, com rosca, da ABNT.
Os flanges com pescoço ("weldingneck flange") serão forjados em aço-carbono conforme a norma ASTM-
A- 181 (grau 1) e fornecidos de acordo com a padronização ANSI-B-16.5 (classes 150 e 300).
Os flanges cegos ("blind flange") serão forjados em aço-carbono conforme a norma ASTM-A-181 e
fornecidos de acordo com a padronização ANSI-B-16.5 (Classes 150 e 300).
Cópia não controlada quando impresso
• Válvulas
São do tipo conceituado na TB-321/97, Válvulas (NBR-10285) da ABNT, fornecidos conforme descrito nos
itens a seguir:
Nos diâmetros acima de 3"(inclusive), para pressão até 0,7 MPa, têm o corpo e o castelo em ferro
fundido ASTM-A -126-Gr, haste não ascendente, castelo aparafusado, internos de bronze, classe 125,
extremidades com flange de face lisa ANSI-B -16.1.
Nos diâmetros de 1 ½" até 2 ½ " (inclusive), para pressão até 0,7 MPa, têm o corpo e castelo em bronze
ASTM-B-611 classe 125, haste não ascendente, castelo rosqueado, internos de bronze, extremidades
para rosca BSP.
Nos diâmetros de ½" até 1 ½" (Inclusive), para pressão superior a 0,7 mpa devem ter corpo e castelo em
aço forjado ASTM-A-105, classe 300, haste ascendente, rosca externa, castelo ligado por união, internos
em aço inoxidável, extremidades flangeadas (face de ressalto) ANSI-B-16.5.
Nos diâmetros acima de 2" (inclusive), para pressão superior a 0,7 Mpa. Têm corpo e castelo em aço
fundido ASTM-A-216, classe 300, haste ascendente, rosca externa, castelo aparafusado (junta
confinada), internos em aço inoxidável, extremidades flangeadas (face de ressalto) ANSI-B-16.5 ou para
solda de topo ANSI-B-16.25.
• Acessórios
◦ Amortecedores de vibração
São elementos constituídos de fole de aço inoxidável com terminais soldados e conexões flangeadas.
São utilizados para eliminar a transmissão de vibrações às tubulações ligadas a bombas ou motores para
pequenos diâmetros, ou quando solicitado, serão fornecidos com tensores externos.
◦ Juntas de expansão axial
As de aço inoxidável são similares aos amortecedores de vibração, sendo porém o conjunto guiado
internamente por um cano rígido soldado num dos terminais. Além do amortecimento de vibrações
apresentam maior capacidade de absorver dilatações axiais provocadas por variações de temperatura.
◦ As juntas de borracha
São construídas com elemento flexível de borracha sintética, com reforços internos de aço e tela de
material sintético fixado a flanges de ferro fundido. Absorvem movimentos axiais, laterais e angulares,
além de amortecer vibrações mecânicas.
◦ Juntas "DRESSER"
Consistem em um cilindro intermediário, dois flanges de aperto com parafusos de aço-carbono e anéis
de vedação elásticos em Neoprene. São elementos de rápida e fácil união para tubos, com boa
estanqueidade e absorção de movimentos e vibrações.
• Elementos filtrantes removíveis
Fabricados em aço inoxidável perfurado, são utilizados para impurezas eventualmente existentes no
interior da tubulação.
◦ Filtros temporários
São filtros fabricados em chapa de aço-carbono com perfurações. São instalados entre pares de flanges
utilizados de forma temporária para proteger equipamentos, sendo removidos após a partida das
unidades.
• Purgadores de ar classe 150 psi com rosca BSP
São utilizados em locais onde a rede hidráulica apresente configuração que possibilite o aprisionamento
de bolsões de ar.
• Vedantes
São elementos usados para melhorar a estanqueidade em conexões rosqueadas de tubulações. São os
seguintes os tipos de vedantes:
◦ Cânhamo (sisal-estopa) com zarcão;
◦ Fita vedadora de PTFE (teflon, fluon, etc.).
5.1.11 – Tubulações para calefação
5.1.11.1 – Definição
Para efeito desta especificação, entende-se como tubulação para calefação o conjunto de tubos,
conexões e acessórios adequadamente montados e que permitem a circulação de água quente nos
sistemas de calefação.
5.1.11.2 – Características técnicas
• Tubos
São utilizados tubos de cobre fabricados conforme a EB-1251/81 – Tubo extra – leve de cobre sem
costura para condução de água e outros fluidos (NBR-7417) e EB-274/82 – Tubo médio e pesado de cobre
sem costura para condução de água (NBR-7542), sendo que a espessura de parede dos mesmos
(conforme as classes E, A ou 1) e seus diâmetros nominais serão de acordo com o exigido no projeto. Os
tubos serão fornecidos em barras de 5 m, devendo ser serrados e soldados para obter-se a configuração
desejada.
• Conexões
São de fabricação industrial, produzidas conforme a EB-366/77 – Conexões para unir tubos de cobre por
soldagem ou brasagem capilar, não se admitindo o uso de conexões fabricadas artesanalmente na obra.
São as seguintes as conexões a serem utilizadas, de acordo com o previsto no projeto da tubulação:
luvas, buchas de redução, conectores, curvas, tês, uniões, cotovelos, tampões, flanges misturadores e
curvas de transposição.
• Acessórios
São utilizados para fixação, ancoragem e absorção de movimentos resultantes de dilatações, descritos
nos itens a seguir.
A luva-guia é o suporte deslizante que mantém o alinhamento da tubulação em relação à junta de
expansão, permitindo e orientando a dilatação. A luva -ponto fixo é utilizada nos pontos de fixação
(ancoragem) da tubulação.
As juntas de expansão consistem em um fole de aço inoxidável altamente flexível, com tubo guia interno
e terminais lisos de cobre, permitindo a livre dilatação da tubulação. Serão instaladas nos pontos
indicados que tem o mesmo diâmetro da tubulação e um poder de absorção de até 25 mm.
5.1.12 – Isolamento térmico e acústico
Características técnicas do isolamento térmico Dutos de ar-condicionado
• Ma teriais
Mantas ou placas de lã de vidro mineral, com espessura de 25 mm, densidade de 20 kg/m³ e proteção
externa em filme de alumínio.
Placas de poliestireno expandidaauto extinguível, com espessura de 20 mm e densidade de 20kg/m³.
Cópia não controlada quando impresso
Placas de espuma rígida de poliestireno extrudada com película, com espessura de 25 mm e densidade
de 32 kg/m³.
• Adesivos
Para lã de vidro, utiliza-se cola à base de PVA.
Para poliestireno, utiliza-se cola à base de borracha sintética e resina, Tubulação de aço para água
gelada ou quente.
• Materiais
Calhas de poliestireno expandido auto extinguível, com 40 mm de espessura e densidade de 30 kg/m³
Calhas de espuma rígida de poliuretano auto extinguível, com densidade de 30kg/m³.
• Barreira de vapor
Revestimento do isolamento com véu de vidro, com densidade entre 35 e 40 g/m³ e espessura de 0,35
mm. Emulsão de asfalto oxidado (frio-asfalto).
• Proteção mecânica
Calha de alumínio corrugado, com espessura de 0,15 mm.
• Tubulação de cobre para água quente
Se embutida em alvenaria, a tubulação é envolvida em argamassa de amianto; em pó e cal, no traço
3:1, com espessura de 2 cm por toda à volta do tubo.
Se aparente, a tubulação é envolvida com calhas de lã de vidro, com espessura mínima de 25 mm,
protegidas externamente com alumínio corrugado.
A tubulação pode também ser envolvida com tubos de espuma de polietileno presa com fitas
braçadeiras, se embutida em alvenaria ou aparente.
• Tubulações frigorígenas
◦ Linha de sucção
É isolada com calhas de poliestireno expandido auto extinguível, densidade de 30 kg/m³, sendo a
barreira de vapor executada com véu de vidro e asfalto oxidado, e a proteção mecânica, com calhas de
alumínio.
◦ Linha de líquido ou descarga
É isolada com a utilização de tubos de polietileno expandido flexível, com células fechadas, espessura
mínima de 10 mm.
5.1.13 – Instalações de ar-condicionado, verificação e aquecimento
Características técnicas do isolamento acústico
• Bidim
Geotêxtil fabricado a partir de filamentos contínuos de poliéster, sendo utilizado no revestimento interno
de dutos de ar, revestimento de chicanas ou venezianas de retorno, onde se requerem características de
atenuação acústica.
• Chapa isolante
Chapa, com característica termoacústica, produzida através do rearranjo de fibras de eucalipto,
formando grande quantidade de células de ar intercomunicadas. Utilizada no revestimento de casas de
máquinas ou na construção de chicanas, para atenuação acústica.
Cópia não controlada quando impresso
infiltração de água.
Os aparelhos sanitários serão constituídos de material cerâmico vitrificado, sob todos os aspectos da
melhor qualidade e sem defeitos, bem como satisfazer às exigências das prescrições NBR-6498, NBR-
6499, NBR-65M da ABNT.
Em locais desprovidas de rede pública de coleta de esgotos, serão usadas fossas sépticas. Tais fossas
serão localizadas de forma a facilitar futura conexão com a rede pública. Devem ser de fácil acesso para
limpeza e não podem comprometer a estabilidade de edificações adjacentes.
Os efluentes das fossas serão encaminhados para os sumidouros. Estes têm no mínimo 1,20 m de
diâmetro e 2 m de profundidade. A parede interna é revestida com tijolos assentados em forma de crivo
e o fundo deve ficar no mínimo 1,50 m acima do lençol freático. A distância mínima permitida entre o
sumidouro e qualquer manancial é de 20 m.
A colocação e a fixação dos aparelhos sanitários serão executadas conforme as locações indicadas no
projeto, ou definidas pela Fiscalização.
5.2.2 – Instalações hidrossanitárias
Normas e Regulamentos de instalações de Água;
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, há particular atenção para o disposto nas seguintes:
Tabela 8 7 – Normas instalações hidrossani tárias
Norma Tí tulo
EB-5/89 Tubo cerâmico para canalizações (NBR-5645),
EB-6/86 Tubo de concreto simples de seção circular para águas pluviais (NBR-9793);
EB-43/62 Tubo de ferro fundido centrifugado, de ponta e bolsa, para líquidos sob pressão com juntas não elástica (NBR-V661);
EB-103/86 Tubo de concreto armado de seção circular para águas pluviais (NBR-9794);
EB-137/82 Tubo de ferro fundido centrifugado para líquidos sob pressão com junta elástica (NBR-7662);
EB-182/84 Tubos de aço-carbono para rosca Whitworth gás para usos comuns na condução de fluidos (NBR-5580);
ED-274/82 Tubo médio e pesado de cobre sem costura para condução de água (NBR-7542);
EB-584/84 Tubo de cobre e de ligas de cobre, sem costura requisitos gerais (NBR-5020);
MS-12/82 Tubo cerâmico para canalização- verificação da resistência à compressão diametral (NBR-6582);
MB-14/82 Tubo e conexão cerâmica para canalizações – determinação da absorção de água (NBR-7529);
MB-142/82 Tubo de fibrocimento ou junta elástica de tubo de fibrocimento – verificação da estanqueidade à pressão interna
(NBR-9062);
MB-143/82 Tubo de fibrocimento- determinação da resistência à compressão diametral (NBR-6464);
MB-210/82 Tubo e conexão cerâmicos para canalizações- determinação da perda demassa sob ação dos ácidos (NBR-7689);
Norma Tí tulo
MB-228/86 Tubo de concreto– verificação da permeabilidade (NBR-9796)
MB-252/82 Anel de borracha para tubo de fibrocimento- determinação dadeformação permanente à tração (NBR-9068);
MB-253/82 Anel de borracha para tubo de fibrocimento – determinação dadeformação permanente à compressão (NBR-8069);
MB-310/82 Tubo de ferro fundido centrifugado- ensaio de flexão por tração do anel(NBR-7562);
MB-311/82 Tubos de ferro fundido centrifugado- ensaio de flexão em corpos deprova em tira (NBR-7587);
MB-312/82 Junta elástica de tubos de ferro fundido centrifugado- ensaio deestanqueidade (NBR-7666),
MB-31/182 Anéis de borracha para juntas de tubos de ferro fundido centrifugado -ensaios (NBR-7588),
MB-518/77 Tubos de PVC rígido e respectivas juntas – verificação da estanqueidade apressão interna (NBR-5685);
MB-519/77 Tubos de PVC rígido – determinação da pressão interna instantânea deruptura (NBR-5683);
NB-1151/64 Execução de tubulações de pressão de PVC rígido com junta soldada,rosqueada, ou com anéis de borracha (NBR-
7372);
Execução de tubulações de pressão de polietileno de alta massaespecífica (0,941 a 0,965 g/cm³) e de polietileno de
NB-125/64
baixa massa específica (0,910 a 0,925 g/cm³) com as respectivas juntas;
NB-126/89 Projeto e execução de tubulações de ferro fundido centrifugado, de pontae bolsa, para condução de água fria, sob
pressão;
NB-128/68 Instalações prediais de água quente (NBR-7198);
As caixas sifonadas só podem receber despejos da própria unidade autônoma na qual estiverem
instaladas.
Para coletar os despejos de lavatórios, bidês, banheiras, chuveiros e tanques de lavagem, assim como
águas provenientes de lavagens de pisos, serãoinstaladas caixas sifonadas com grelhas, designadas por
ralos sifonados.
5.2.2.11 – Fossas e Efluente – Finalidade
As fossas destinam-se ao tratamento primário dos despejos prediais, exceto os de águas pluviais.
Normas
Na construção de fossas sépticas, há particular atenção ao disposto nas normas da ABNT atinentes ao
assunto, especialmente na NR-41/81 – Construção e instalação de fossas sépticas e disposição dos
efluentes finais (NBR- 7229).
Características técnicas
De forma cilíndrica ou prismática retangular, as fossas serão executadas em concreto, alvenaria,
cimento-amianto ou outro material que atenda às condições de segurança, durabilidade, estanqueidade
e de resistência a agressões químicas dos despejos. O tipo e a capacidade das fossas serão objeto de
projeto específico.
As fossas serão providas de dispositivos que possibilita a remoção do lodo digerido de forma rápida e
sem contato com o operador. A remoção é efetuada por bomba ou por pressão hidrostática. Para facilitar
essa operação, em fossas com capacidade para atender descargas de 6.000 litros ou mais, o fundo é
inclinado, na proporção de 1:3 no sentido da localização do dispositivo de limpeza.
O efluente de uma fossa séptica é disposto no solo, através de sumidouro ou valas de infiltração. podem,
ainda, ser disposto em águas de superfície, com tratamento complementar por meio de valas de
filtração ou filtro anaeróbio.
5.2.2.12 – Ralos – Tipos
Os ralos serão sifonados ou secundários (de piso). Serão executados em PVC, cobre, ferro fundido ou
latão.
◦ Sifonados: Ralo sifonado é uma caixa sifonada dotada de grelha. tem fecho hídrico com altura
mínima de 50 mm, e orifício de saída com diâmetro mínimo de 50 mm. Quando adotado o
sistema unitário de esgotamento, é empregado, nos pisos de sanitários e de boxes de
chuveiros, ralo sifonado com ramal de descarga reduzido para 40 mm, no mínimo. Quando
recebem efluentes de aparelhos sanitários até os limites de 6, 10 e 15 unidades de descarga,
os ralos sifonados, de seção circular, tem diâmetro mínimo de 100, 125 ou 150 mm,
respectivamente. Quando de seção poligonal, permitem a inscrição de um círculo de diâmetro
mínimo de 100, 125 ou 150 mm, respectivamente. Os ralos sifonados tem dimensões,
caixilhos e grelhas conforme especificado para cada caso. Se de cobre, serão de chapa com
1,24 mm, no mínimo.
◦ Secundários (de piso): Os ralos de piso possuem grelha plana. Quando de seção circular, tem
diâmetro mínimo de 100 mm. Quando de seção poligonal, permitem a inscrição de um círculo
de diâmetro mínimo de 100 mm. A área de orifício das grelhas é igual a pelo menos uma vez
e meia a área do condutor correspondente ao ralo.
Os ralos secundários têm dimensões, caixilhos e grelhas conforme especificado para cada caso. Se de
cobre, serãode chapa com cerca de 4,27 kg/m².
5.2.2.13 – Tubos e Conexões de Cerâmica – Normas
Dentre as normas da ABNT atinentes ao assunto, há particular atenção para o disposto nas seguintes:
Tabela 8 9 – Normas tubos e conexões de cerâmica
Norma Título
EB-5/89 Tubo cerâmico para canalizações (NBR-5645);
MB-12/82 Tubo cerâmico para canalização – verificação da resistência à compressão diametral (NBR-6582);
MB-13/82 Tubo cerâmico para canalização – verificação da permeabilidade e daresistência A pressão interna (NBR-6549);
MB-14/82 Tubo e conexão cerâmicos para canalizações – determinação da absorçãode água (NBR-7529);
MB-210/82 Tubo e conexão cerâmicos para canalizações – determinação da perda demassa sob ação dos ácidos (NBR-7689);
Características técnicas
São esmeradamente construídos, isentos de fendas, rebarbas, falhas, estrias de queima e bolhas. Serão
sonoros, resistentes e, quando vidrados, apresentam camada de vitrificação homogênea e continua,
bem como totalmente integrada ao material cerâmico.
São resistentes ao ataque químico proveniente do gás sulfídrico, aos efluentes industriais, aos solventes,
à ação dos solos agressivos, às descargas de líquidos quentes e à ação das correntes eletrolíticas.
Os tubos cerâmicos satisfazem as seguintes tabelas:
Tabela 9 0 – Dimensões tubos cerâmicos
TUBOS CERÂMICOS SANITÁRIOS DE 0 , 6 0 m DE COMPRIMENTO
D (mm) DE (mm) D (mm) DE (mm) L (mm) F (mm) Kg
50 75 95 115 635 035 4
75 100 130 145 652 052 6
100 132 155 180 658 058 8
TUBOS CERÂMICOS SANITÁRIOS DE 1 , 0 0 m DE COMPRIMENTO
D (mm) DE (mm) D (mm) DE (mm) L (mm) F (mm) Kg
100 132 155 180 1058 058 12
150 185 210 230 1058 058 24
TUBOS CERÂMICOS SANITÁRIOS DE 1 , 2 5 m DE COMPRIMENTO
d (mm ) de (mm ) D ( mm ) De (mm) L (mm) F (mm) Kg
150 185 210 230 1308 058 30
TUBOS CERÂMICOS SANITÁRIOS DE 1 , 2 5 m DE COMPRIMENTO
d (mm ) de (mm ) D ( mm ) De (mm) L (mm) F (mm) Kg
200 228 270 295 1568 068 51
250 295 340 370 1568 068 77
300 352 390 415 1568 068 96
375 428 475 515 1570 070 127
450 502 550 596 1570 070 180
Onde:
d – Diâmetro;
de – Diâmetro externo;
D – Diâmetro interno da bolsa; DE – diâmetro externo da bolsa;
L – Comprimento total (bolsa e tubo); F – comprimento da bolsa.
5.2.2.14 – Tubos e Conexões de cimento-amianto
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, as seguintes merecem particular atenção:
Características técnicas
Sendo da classe A, de acordo com a EB-69/82 e (NBR-8056), satisfazem, no mínimo, à seguinte tabela:
Tabela 9 1 – Tubos e Conexões de cimen to-amian to
TUBO BOLSA
DIÂMETRO ( mm) ESPESSURA (mm ) ESPESSURA (mm ) DIÂMETRO ( mm) PONTA (mm ) FLANGE (mm )
25 6 6 55 60 7
30 6 7 60 60 7
TUBO BOLSA
DIÂMETRO ( mm) ESPESSURA (mm ) ESPESSURA (mm ) DIÂMETRO ( mm) PONTA (mm ) FLANGE (mm )
40 7 8 72 60 7
50 8 8 86 70 8
60 8 8 96 70 8
75 8 9 111 70 8
100 9 9 138 70 8
125 9 10 165 70 9
150 10 10 194 70 10
175 10 11 219 80 10
200 11 13 246 80 10
250 13 15 302 80 11
300 15 17 356 80 11
EB-274/82 Tubo médio e pesado de cobre sem costura para condução de água (NBR-7542);
EB-584/84 Tubo de cobre e de ligas de cobre, sem costura – requisitos gerais (NBR-5020);
EB-1251/91 Tubo extra leve de cobre sem costura para condução de água e outros fluidos(NBR-7417);
Características técnicas
Os tubos de cobre satisfazem à seguinte tabela:
Tabela 9 3 – Características tubos de cobre
Diâme tro
Espessura Da Parede ( Mm ) Peso (Kg/M) Pressão De Ruptura (Mpa)
Nominal ( Mm )
Pesado Médio Pesado Médio Pesado Médio
15 1,016 0,710 0,401 0,285 5,980 4,100
20 1,016 0,860 0,581 0,407 4,140 3,500
25 1,220 0,910 0,921 0,696 3,770 2,800
30 1,219 1,120 1,137 1.044,00 3,060 2,900
40 1,422 1,120 1,571 1,242 3,010 2,320
50 1,422 1,220 2,093 1,797 2,260 1,930
65 1,422 1,220 2,597 2,229 1,820 1,560
75 1,626 1,420 3,555 3,113 1,740 1,520
100 2,030 1,630 5,921 4,748 1,630 1,300
São usadas buchas de bronze, latão, cobre ou outro material preconizado pelo fabricante dos tubos, nas
passagens através de paredes. Serão tomadas todas as precauções no sentido de se evitar a formação
de par elétrico.
A solda para tubulação de cobre obedece às recomendações do fabricante.
5.2.2.16 – Tubos e conexões de concreto
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, há particular atenção para o disposto nas seguintes:
Tabela 9 4 – Normas Tubos e Conexões de concreto
Norma Título
EB-6/86 Tubo de concreto simples de seção circular para águas pluviais (NBR-9793);
EB-103/86 Tubo de concreto armado de seção circular para águas pluviais (NBR-9794);
EB-911/80 Tubo de concreto simples, de seção circular, para esgoto sanitário (NBR-8889);
EB-969/60 Tubo de concreto armado de seção circular para esgoto sanitário (NBR-6583);
MB-17/86 Tubo de concreto simples – determinação da resistência à compressãodiametral (NBR-6583);
MB-113/86 Tubo de concreto armado – determinação da resistência à compressãodiametral (NBR-9795);
MB-227/86 Tubo de concreto – determinação do Índice de absorção de água (NBR-6586);
MB-228/86 Tubo de concreto – verificação da permeabilidade (NBR-9796);
Tubo de concreto armado, de seção circular, para esgoto sanitário -determinação da resistência à compressão
MB-1232/80
diametral (NBR-8891);
Tubo de concreto simples ou armado, de seção circular, para esgotosanitário – determinação do índice de
MB-1233/80
absorção de água (NBR-8892)
Tubo de concreto simples ou armado, de seção circular, para esgotosanitário – verificação da permeabilidade
MB-1234/80
(NBR-8893);
Tubo de concreto simples, de seção circular, para esgoto sanitário -determinação da resistência à compressão
MB-1262/80
diametral (NBR-8894)
Tubo de concreto simples ou armado, de seção circular, para esgotosanitário – verificação da estanqueidade de
MB-1263/80
junta elástica (NBR-8895);
Anel de borracha destinado a tubos de concreto simples ou armado paraesgotos sanitários – determinação da
MB-1369/80
absorção de água (NBR-7531).
Características técnicas
As manilhas ou tubos de concreto simples obedecem â EB-6/86 (NBR-9793), para as Classes C1 ou C2;
conforme especificado, e satisfazem, no mínimo, aos seguintes limites:
Tabela 9 5 – Características t écnicas Tubos e Conexões de concre to
DN TUBO BOLSA ou LUVA RESISTÊNCIA
( mm ) MÉDIA Kg/m
Di e ( mm ) De Di e’ Comp. Mínimo Classe Classe
(mm ) (mm ) (mm) (mm) Bolsa Luva C1 C2
Onde:
Dn – diâmetro nominal (interno);
Di/D'i – diâmetro interno;
e/e'- espessura mínima;
De – diâmetro externo.
A escolha de método de ensaio, MB-17/86 (NBR-6583), a que se refere a alínea "c", do artigo 6 da EB-
6/86(NBR- 9793), fica a critério da Fiscalização.
Os tubos de concreto armado obedecem à EB-103/86 (NBR-9794), MB-227/86 (NBR-6586) e ao MB-
113/86(NBR-9795). podem atender às classes CA-1, CA-2 ou CA-3, conforme for especificado, e
satisfazem, no mínimo, aos seguintes limites:
Tabela 9 6 – Classe Tubos e Conexões de concre to
CARGA MÉDIA DE TRINCA CARGA MÉDIA F
COMPRIMENTOMÍNIMO (mm)
Di (kgf/m ) DERUPTURA (kgf/m) (mm)
(mm ) ClasseCA- ClasseCA- ClasseCA-
ClasseCA-1 ClasseCA-2 ClasseCA-3 Bolsa Luva
1 2 3
300 1400 2000 - 2100 3000 - 60 120 15
350 1550 2150 - 2350 3250 - 60 120 15
400 1750 2350 - 2600 3500 - 70 140 15
450 1900 3500 - 2650 3750 - 70 140 20
500 2050 3650 - 3100 4000 - 70 140 20
600 2400 3000 6000 3600 4500 9000 70 140 20
700 2800 3350 6600 4200 5000 10000 75 150 20
800 3200 4000 7300 4800 6000 11000 75 150 20
900 3600 4650 8600 5400 7000 13000 75 150 20
1000 4000 5650 9300 6000 8500 14000 80 160 20
1100 4400 6650 10600 6630 10000 16000 80 160 20
1200 4800 7650 12000 7200 11500 18000 90 180 20
1300 5200 8650 13000 7800 13000 19500 90 180 25
1500 6000 10350 14650 9000 16000 22000 90 180 25
1750 7000 13350 16650 10500 20000 25000 100 200 25
2000 8000 16000 19350 12000 24000 29000 100 200 25
Onde:
Di – diâmetro interno;
F – Folga mínima entre ponta e bolsa (ou luva) Tubos e Conexões de Ferro Fundido.
5.2.2.17 – Tubos e Conexões de Ferro Fundido
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, há particular atenção para o disposto nas seguintes:
Tabela 9 7 – Normas Tubos e Conexões de ferro fundido
Norma Título
Tubo de ferro fundido centrifugado, de ponta e bolsa, para líquidos sobpressão com junta não elástica (NBR-
EB-43/82
7661);
Norma Título
EB-137/82 Tubo de ferro fundido centrifugado para líquidos sob pressão com juntaelástica (NBR-7662);
EB-303/81 Tubos de ferro fundido dúctil centrifugado para canalizações sob pressão(NBR-7663);
EB-618/87 Tampão circular de ferro fundido (NBR-10160);
EB-1273/81 Junta elástica para tubos e conexões de ferro fundido dúctil (NBR-7674)
EB-1324/87 Conexão de ferro fundido dúctil (NBR-7675);
EB-1325/90 Tubo de ferro fundido dúctil centrifugado com flanges rosqueados ou soldados (NBR-7560);
Anéis de borracha para junta elástica e mecânica de tubos e conexões de ferro fundido dúctil e cinzento (NBR-
EB-1326/82
7676);
EB-1327/82 Junta mecânica para conexões de ferro fundido dúctil (NBR-7677);
EB-1451/83 Revestimento de argamassa de cimento em tubos de ferro fundido dúctil (NBR-3682);
EB-1452/83 Tubo de ferro fundido dúctil centrifugado para pressão de 1 MPa (NBR-8318);
ED-1702/86 Tubo e conexão de ferro fundido para esgoto (NBR-9651);
MB-312/82 Junta elástica de tubos de ferro fundido centrifugado – ensaio de estanqueidade (NBR-7666);
MB-313/82 Anéis de borracha para juntas de tubos de ferro fundido centrifugado – ensaios (NBR-7588);
MB-825/87 Tampão circular de ferro fundido – ensaios mecânicos (NBR-10159),
Projeto e execução de tubulações de ferro fundido centrifugado, de ponta e bolsa, para condução de água fria,
NB-126/89
sob pressão;
PB-15/82 Conexão de ferro fundido cinzento (NBR-7669);
PB-77/71 Tubos e conexões de ferro fundido para esgoto e ventilação – formatos e dimensões (NBR-8161);
Características técnicas
• Tubos
Os tubos de ferro fundido serão do tipo pressão, com junta elástica ou de chumbo, ou do tipo esgoto.
Serão centrifugados, de ponta e bolsa, e pintados externamente com tinta anticorrosiva. O revestimento
interno é do tipo betuminoso ou cimentado por centrifugação.
• Conexões
As conexões para as canalizações de ferro fundido obedecem, no que lhes for aplicável, às
características gerais dos tubos.
5.2.2.18 – Tubos e Conexões de Ferro Galvanizado
5.2.2.18.1 – Tubos
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, especial atenção para o contido nas seguintes:
Tabela 9 8 – Normas Tubos e Conexões de Ferro Galvanizado
Norma Título
EB-182/84 Tubos de aço-carbono para rosca Whitworth gás para usos comuns nacondução de fluidos (NBR-5580);
EB-331/85 Tubos de aço para usos comuns na condução de fluidos (NBR-5885);
ED-332/85 Tubo de aço-carbono com requisitos de qualidade para condução defluidos (NBR-5590);
EB-344/90 Produtos de aço ou ferro fundido – revestimento de zinco por imersão aquente (NBR-6323);
EB-363/82 Tubo de aço com e sem costura, para condução, utilizado em baixa temperatura (NBR-5602);
Norma Título
Tubo de aço-carbono com costura helicoidal para uso em água, ar e vaporde baixa pressão em instalações
EB-554/82
industriais (NBR-5622);
EB-1781/87 Tubos de aço ponta e bolsa, para junta elástica (NBR-9914);
EB-1782/87 Anel de vedação de borracha para junta elástica de tubos e conexões deaço ponta e bolsa (NBR-9915);
Produto de aço ou ferro fundido – revestimento de zinco por imersão aquente – determinação da massa por
MB-25-I/90
unidade de área (NBR-7397);
Produto de aço ou ferro fundido – revestimento de zinco por imersão aquente – verificação da aderência (NBR-
MB-25-II/90
7398)
Produto de aço ou ferro fundido – revestimento de zinco por imersão a quente – verificação da espessura do
M-25-III/90
revestimento por processo nãodestrutivo (NBR-7399);
Produto de aço ou ferro fundido – revestimento de zinco por imersão aquente – verificação da uniformidade do
MB-25-IV/90
revestimento (NBR-7400);
PB-14/83 Rosca para tubos onde a vedação é feita pela rosca – designação, dimensões e tolerâncias (NBR-6414);
PB-110182 Conexão de ferro maleável para tubulações – classe 10 (NBR-6943).
Dentre as normas estrangeiras, há particular atenção para o disposto nas BS-1387-1967 ISO-65-1973,
ISO-R-7, ASTM-A-120-SCH-40 e DIN-2440.
Classes
• Classe leve e classe leve II – Classe Leve, conforme BS-1387-1967 e Leve II, conforme ISO-
65-1973. Teste hidrostático de 5 Mpa;
• Classe leve e classe leve I – Classe Leve, conforme EB-182/84 (NBR-5580) e Leve I,
conforme ISO-65-1973 5 MPa. Teste hidrostático de 5 Mpa;
• Classe média – Conforme EB-182/94 (NBR-5580) . DIN-2440, BS-1307-1967 e ISO-65-1973.
Teste hidrostático de 5 Mpa.;
• Classe SCH 40 – Conforme ASTM-A-120-SCH-40. Teste hidrostático de 7 Mpa.
Roscas
As roscas dos tubos, galvanizados serão do tipo cônico, seguindo as especificações da BSP-Whitworth
Gás e as normas PB-14/83 (NBR-6414) e ISO-R-7.
Proteção
É do tipo "proteção catódica" por zincagem a quente, de acordo com as normas EB-344/90(NBR-6323),
MB-25- I/90(NBR-7397), e MB-25 IV/90(NBR-7400). O peso da camada protetora de zinco não é inferior a
0.05g/cm², valor resultante da divisão do peso total do zinco aplicado pela área total da superfície
galvanizada.
Pesos e Espessuras
Tabela 9 9 – Classe leve I e classe leve II
Diam. Nominal ( Mm ) Esp. Parede (Mm) Peso Teórico (Kg/M)
27 2,250 1,452
34 2,650 2,123
42 2,650 2,746
48 3,000 3,520
60 3,000 4,451
76 3,250 6,106
89 3,250 7,180
5.2.2.18.2 – Conexões
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, há particular atenção para o disposto nas seguintes:
Tabela 1 0 3 – conexões
Norma Título
P8-14/83 Rosca para tubos onde a vedação é feita pela rosca – designação, dimensões e tolerância (NBR-6414);
PB-110/82 Conexão de ferro maleável para tubulações – classe 10(NBR-6943);
Conexões de ferro fundido maleável com – rosca ANSI/ASME BI.20.1para tubulações – classe 2,0 MPa – tipos, formas
PB-156/85
e dimensões.
Dentre as normas estrangeiras, há particular atenção para o disposto nas ANSI (A.S.A.) ANSI (A.S.A.)
B.16.3, DIN- 2950, DIN-2999 e ISO-R-7.
Definição
O ferro maleável preto é uma liga constituída basicamente de ferro, carbono e silício, obtida por fusão,
com teor acima de 2% de carbono, apresentando, na solidificação, todo o carbono na forma combinada.
A liga, após tratamento térmico adequado, apresenta grafite do tipo modular.
Classes
As conexões de ferro maleável, de acordo com a ABNT, serão de Classe 10, para aplicações até 2,5 MPa,
e da Classe 20, para aplicações até 14,0 MPa.
Roscas
As roscas das conexões Classe 10 obedecem ao padrão whitworth, de acordo com a PS-110/82, e as
roscas das Conexões Classe 20, ao padrão N.P.T., conforme PB-156185 (NBR-6925). Construtivamente, as
roscas serão do tipo rosca integrada.
Proteção
A proteção do FMP da corrosão é do tipo proteção, catódica, por zincagem a quente. O peso da camada
protetora de zinco não é inferior a 0,05 g/cm², valor resultante da divisão do peso total do zinco aplicado
pela área total da superfície galvanizada.
5.2.2.19 – Tubos e Conexões de Fibra de Vidro – Definição
Para efeito desta especificação, Tubos e Conexões de Fibra de Vidro são aqueles fabricados com
argamassa de resina termoestável reforçada por filamento de fibra de vidro e areia.
Características técnicas
Tabela 1 0 4 – Tubos e Conexões de Fibra de Vidro
PESO (kg/m)
DIÂM. ESPESSURA
DIÂM. EXTERNO COMPR INTERNO
INTERNO DA PAREDE CLASSE
DA BOLSA (mm ) DA BOLSA (mm)
( mm ) (mm )
10 40 80 100 120 150
100 149 3,6 68,95 3 3 3 3 3 3
150 223 4,3 139,7 7 7 7 7 7 7
200 270 4,3 139,7 9,7 9,7 9,7 9,7 9,7 9,7
250 320 4,3 139,7 11,9 11,9 11,9 11,9 11,9 11,9
300 386 46 139,7 14,9 14,1 14,1 14,1 14,1 14,1
350 437 4,8 139,7 17,9 17,9 16,4 16,4 14,4 16,4
400 488 5,1 139,7 22,3 21,6 21,6 21,6 19,3 19,3
450 539 5,3 139,7 26 24,6 24,6 24,6 22,3 20,1
500 597 5,3 139,7 29 26,8 26,8 26,8 23,8 23,8
550 635 5,6 139,7 32 29,8 29,8 27,3 26,8 25,3
600 699 6,1 139,7 35,7 32,7 32,7 30,5 29 26
700 803 6,9 139,7 49,2 45,4 45,4 43 42,4 39,3
800 920 7,9 139,7 57,5 56 56 53 51,5 45,4
900 1039 8,9 139,7 78 74,4 72,2 67,5 64 55,8
1000 113 9,9 139,7 98,2 93,8 90,8 85 80,4 71,4
1100 1227 10,5 139,7 122 116 113 105 99,7 83,3
1200 1364 11,5 139,7 142,9 135 126 115 117 104
A classe define a pressão, de serviço em metros de coluna d’água, Comprimento útil de 3 m, para tubos
com diâmetro de 100 mm e, de 6 m para os demais.
5.2.2.20 – Tubos e Conexões de Plástico
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, há particular atenção para o disposto nas seguintes:
Tabela 1 0 5 – Tubos e Conexões de Plástico
Norma Título
Norma Título
NB-115/64 Execução de tubulações de pressão de PVC rígido com junta soldada, rosqueada, ou com anéis de borracha.(NBR-
7372);
NB-125/64 Execução de tubulações de pressão de polietileno de alta massa específica
(0,941 a 0.965 g/cm³) e de polietileno de baixa massa específica (0,910 a 0,925 g/c m³) com as respectivas juntas;
TB-162/85 Plásticos (NBR-9633).
Características técnicas
São de cloreto de polivinila (PVC), rígido, do tipo pesado. Os tubos serão testados com a pressão mínima
de 5 Mpa.
Para instalações prediais de água fria, os tubos. de PVC serão da série A, conforme EB-133/77 (NBR-
5647), e tem as seguintes espessuras e pesos:
Tabela 1 0 6 – Tubos e Conexões PVC água fria
TABELA I TABELA II
TUBOS COM JUNTAS SOLDÁVEIS TUBOS COM JUNTAS ROSQUEÁVEIS
REFERÊNCIA
Pol. Diâm. Ext. Esp. Mín. Esp.Mín. Peso
Diâm.Ext. Esp.MínPared Peso médio
Parede ( e ) Parede (e) médioaprox.
Médio (mm) e (e ) (mm). aprox. (kg/m)
(mm ) M édio(mm) ( mm) (kg/m)
3/8 16 1,5 0,11 16,7 2 0,14
½ 20 1,5 0,13 21,2 2,5 0,22
¾ 25 1,7 0,118 26,4 2,6 0,28
1 32 2,1 0,3 33,2 3,2 0,45
1¼ 40 2,4 0,43 42,2 3,6 0,65
1½ 50 3 0,66 47,8 4 0,82
2 60 3,5 0,92 59,6 4,6 1,17
2½ 75 4,2 1,37 75,1 5,5 1,75
3 85 4,7 1,76 87,9 6,2 2,3
4 100 6,1 2,95 113,5 7,6 3,7
Para instalações prediais de esgotos secundários, os tubos de PVC têm as seguintes espessuras e pesos:
Tabela 1 0 8 – Tubos e Conexões de PVC esgo to
As conexões de plástico para canalizações obedecem, naquilo que lhes for aplicável, às características
gerais dos tubos. Serão fabricados pelo sistema de solda ou pelo de injeção, em se tratando de bitolas
até 50 mm.
5.2.2.21 – Válvulas e Registros
• Válvulas de Boia
São do tipo reforçado, com flutuador de chapa de cobre, latão repuxado, ou poliestireno expandido –
"balão inteiro", "balão oval", "meio balão", "balão chato" – válvula de vedação e baste de metal fundido.
Serão utilizadas válvulas de boia tipo flutuador de plástico.
• Registro de Gaveta e de Pressão
São especificados para cada caso particular, considerada a pressão de serviço.
• Válvula Globo
São de metal fundido ou forjado ou de ferro fundido.
• Válvula de Retenção
As válvulas de retenção com rosca serão inteiramente de bronze ou ferro fundido, com vedação de metal
contra metal, do tipo vertical ou horizontal. As válvulas com flange são de ferro, com vedação de
borracha ou bronze.
• Válvula de Descarga
São com corpo de bronze ou latão fundido, com ou sem registro acoplado. As canoplas podem ter o
acabamento cromado, latonado ou pintado, conforme especificação.
Manual de Obras
da Saneago –
Capítulo 6 –
Instalações
elétricas
6 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
6.1 – Instalações prediais
As instalações são executadas de acordo com os respectivos projetos e normas da ABNT e por
profissionais devidamente habilitados.
As instalações são executadas com acabamento perfeito, isentas de quaisquer defeitos que possam
influir no seu funcionamento. As tubulações, aparelhos e equipamentos aparentes são bem fixados e
protegidos contra acidentes e ações de pessoas não habilitadas e estranhas ao ambiente.
Instalações elétricas prediais
Os serviços a serem executados devem atender aos projetos específicos.
A execução é esmerada, de bom acabamento, e de acordo com as normas da Companhia Concessionária
local, além de obedecer às recomendações e prescrições das firmas fornecedoras dos materiais e
equipamentos especializados.
Todos os condutores eletrodutos e equipamentos são cuidadosamente instalados e firmemente ligados à
estrutura de suporte e aos respectivos pertences, formando um conjunto mecânico e eletricamente
satisfatório, e de boa aparência.
Todos os equipamentos são fixados firmemente ao local em que são instalados, provendo– se meios de
fixação ou suspensão condizentes com a natureza do suporte e com o peso e as dimensões dos
equipamentos considerados.
A entrada, quando em baixa tensão, é normalmente aérea.
A medição é feita de acordo com as normas da concessionária local. Os dispositivos são à prova de
tempo, com espaço para abrigar o medidor, com visor e dispositivo para lacre, e também espaço para as
bases–fusíveis do tipo Diazed e chaves gerais.
Na distribuição de energia, é adotado o seguinte critério: distribuição monofásica em 220 V sem neutro,
para os circuitos de lâmpadas fluorescentes e iluminação em vapor de mercúrio.
Os eletrodutos são aparentes ou embutidos em lajes e alvenaria, conforme indicação em projeto.
As chaves de proteção dos circuitos são do tipo disjuntor, “unipolar” para os circuitos em 220 V e
dipolar (conjugado) para os circuitos de 380 V.
Os eletrodutos rígidos são inclinados na direção da drenagem, com declividade mínima de 10 cm em 10
m. Durante a montagem, todas as extremidades de eletrodutos devem estar obturadas.
Após a instalação, os eletrodutos são limpos e desobstruídos. Completados os cursos de eletrodutos,
suas extremidades são fechadas com tampões ou plugues que só são retirados para inspeção, ou testes,
antes da instalação dos condutores.
São rejeitados todos os eletrodutos que se apresentem fendilhados ou com redução de seção.
As ligações dos eletrodutos metálicos a caixas ou quadros são executadas por meio de buchas ou
arruelas, bem como de modo a estabelecer continuidade do sistema elétrico.
Os eletrodutos são etiquetados em todos os terminais, caixas de ligação ou de passagem, por meio de
rótulos permanentes, não– ferrosos. As amostras, dos rótulos, marcas e dos modos de fixação, são
apresentadas para aprovação da Fiscalização.
Todas as deflexões dos eletrodutos são executadas com conduítes, ou caixas apropriadas, e as
extremidades dos eletrodutos, quando não rosqueadas diretamente em caixas ou conexões, são
providas de buchas rosqueadas.
Caixas e conduletes são montados de acordo com as normas, obedecendo– se ainda às instruções
Cópia não controlada quando impresso
dosfabricantes.
Qualquer furo no concreto, necessário para passagem da tubulação, só é executado após autorização da
Fiscalização.
Os eletrodutos embutidos a serem empregados são pretos e rígidos do tipo pesado. Quando embutidos
emconcreto, são colocados sobre a ferragem positiva e bem amarrados, de modo a evitar seu
deslocamento e deformação na concretagem.
As caixas e bocas dos eletrodutos são fechadas com peças apropriadas, para impedir a entrada de
argamassa ounata de cimento durante a concretagem.
A colocação de eletrodutos embutidos, em peças estruturais de concreto, é feita de modo que não
fiquem sujeitos a esforços. Nas juntas de dilatação, o eletroduto é seccionado, garantindo–se sua
continuidade elétrica e estanquidade.
Estão referidos como cabo para fins desta especificação, os botões interruptores, caixas de passagem,
caixas de junção, caixas de tomada, painéis de distribuição, painéis de iluminação e outros invólucros
completos ou parciais, não mencionados nominalmente de outro modo nestas especificações. Quando se
tornar necessário remover o conteúdo das caixas, para sua instalação apropriada, ou quando elas forem
separadas de seus respectivos conteúdos, estes são recolocados e instalados em seus invólucros, antes
que a instalação seja considerada completa.
As caixas embutidas na estrutura são fixadas firmemente às normas e ancoradas no concreto. São
firmemente colocadas antes da concretagem. São removidas e reajustadas todas as caixas não
apropriadamente instaladas ou sempre que exigido pela Fiscalização.
As caixas são localizadas de modo que a tampa e as aberturas sejam facilmente acessíveis.
São instalados, ligados e testados, todos os fios e cabos isolados, necessários para o sistema de energia,
controle e iluminação, incluindo conectores, juntas e materiais para emendas, garras e calços, etiquetas
de intensificação e outros materiais necessários para se efetuar uma instalação completa, pronta para
operação.
A instalação de cabos e fios nas caixas de passagens e nos eletrodutos só deve ser executada depois de
concluídos todos os serviços de acabamento e impermeabilização.
• Condutores
O isolamento dos condutores deve trazer a marca do fabricante, e cada condutor tem isolamento
colorido, de acordo com o que prevê a NBR 5410/2004 nos tópicos a seguir:
• Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor
neutro deve ser identificado conforme essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser
usada a cor azul-clara na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na
cobertura do cabo unipolar.
NOTA – A veia com isolação azul-clara de um cabo multipolar pode ser usada para outras funções, que
não a de condutor neutro, se o circuito não possuir condutor neutro ou se o cabo possuir um condutor
periférico utilizado como neutro.
• Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor de
proteção (PE) deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação por cor,
deve ser usada a dupla coloração verde-amarela ou a cor verde (cores exclusivas da função de
proteção), na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do
cabo unipolar.
• Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor PEN
deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser
usada a cor azul-claro, com anilhas verde-amarelo nos pontos visíveis ou acessíveis, na isolação
do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar.
• Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como condutor de
fase deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de identificação por cor, poder
ser usada qualquer cor, observadas as restrições estabelecidas anteriomente.
NOTA – Por razões de segurança, não deve ser usada a cor de isolação exclusivamente amarela onde
existir o risco de confusão com a dupla coloração verde-amarela, cores exclusivas do condutor de
proteção.
6.1.1 – Instalações elétricas
6.1.1.1 – Luminárias – aparelhos
Características técnicas
As luminárias, incandescentes ou fluorescentes, são construídas de forma a apresentar resistência
adequada e dimensões tais que propiciem espaço suficiente para asligações elétricas. Independente do
aspecto estético desejado, são observadas as seguintes recomendações:
• Todas as partes de aço são protegidas contra corrosão, mediante pintura de acabamento;
• A base de epóxi por processo eletrostático e recozimento em estufa, zincagem ou outro,
processo equivalente, tratamento de decapagem, fosfatizado;
• As seções de vidro das luminárias são montadas de forma a oferecer segurança, com
espessura adequada e arestas expostas lapidadas, de forma a evitar cortes quando
manipuladas;
• As luminárias destinadas a ficar embutidas são construídas com material incombustível e
não danificável sob condições normais de serviço. Seu invólucro deve abrigar todos os
condutores de corrente, condutos, porta– lâmpadas e lâmpadas;
• As luminárias destinadas a funcionar expostas ao tempo ou em locais úmidos devem ser
construídas de forma a impedir penetração de umidade em eletrodutos, porta– lâmpadas e
demais partes elétricas. É vedado o emprego de materiais absorventes nesses aparelhos;
• A fiação das luminárias deve ter isolamento termoplástico para temperaturas até 105°C.
Com a luminária instalada, a fiação não é visível;
• As luminárias são providas de sistema que permita fácil substituição das lâmpadas sem o
uso de ferramentas. O reator de cada luminária deve poder ser acessado sem a remoção da
luminária;
• Toda luminária apresenta, marcadas em local visível, as seguintes informações:
• Nome do fabricante ou marca registrada;
• Modelo da luminária;
• Potência máxima dos dispositivos que nela são instalados (lâmpadas, reatores, etc.)
• Em caso de substituição do produto especificado, cabe ao construtor a apresentação da
seguinte documentação técnica:
• Curva de distribuição luminosa nos planos transversal e longitudinal da luminária;
• Curva zonal;
• Tabela dos fatores de utilização.
6.1.1.2 – Luminárias– lâmpadas
• Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, deve haver especial atenção para as seguintes:
Tabela 1 1 0 – Normas lâmpadas
Norma Título
EB– 8/80 Lâmpadas com filamento de tungstênio para iluminação geral (NBR– 5121);
Norma Título
EB– 244/76 Lâmpadas fluorescentes para iluminação geral (NBR– 5115);
MB– 370/84 Lâmpadas incandescentes com filamento de tungstênio– ensaios (NBR– 5387);
MB 449/78 Lâmpadas fluorescentes para iluminação geral (NBR– 5160).
• Lâmpadas Incandescentes
Os bulbos são isentos de impurezas, manchas ou defeitos que prejudiquem os seus desempenhos. As
lâmpadas apresentam, pelo menos, as seguintes marcaçõeslegíveis no bulbo ou na base:
◦ Tensão nominal (V);
◦ Potência nominal (W);
◦ Nome do fabricante ou marca registrada
As lâmpadas têm tempo de vida nominal de 1.000 horas Lâmpadas Fluorescentes.
Os bulbos são isentos de impurezas, manchas ou defeitos que prejudiquem os seus desempenhos.
As bases não rodam em relação ao bulbo, quando submetidas aos momentos de torção, estabelecidos
na MB– 449/78 e na MB– 5160.
O deslocamento angular máximo, entre os planos que passam pelos pinos da base, é de 6 graus. As
lâmpadas apresentam, no mínimo, as seguintes marcações legíveis no bulbo ou na base:
◦ Potência nominal (W);
◦ Designação da cor;
◦ Nome do fabricante ou marca registrada.
• Lâmpadas Especiais
Os bulbos são isentos de impurezas, manchas ou defeitos que prejudiquem seu funcionamento.
A SANEAGO admite lâmpadas especiais, como as relacionadas, desde que definidas em projeto ou pela
Fiscalização:
◦ lâmpadas luz mista;
◦ lâmpadas minifluorescentes;
◦ lâmpadas vapor de mercúrio;
◦ lâmpadas vapor de sódio;
◦ lâmpadas vapor metálico;
◦ lâmpadas halógenas.
• Luminárias– Reatores
° Normas
Dentre as normas da ABNT atinentes ao assunto há especial atenção às seguintes:
Tabela 1 1 1 – Normas rea tores
Norma Título
Características Técnicas
Todo reator é provido de invólucro incombustivel e resistente a umidade. O invólucro do reator é
protegido interna e externamente contra a oxidação, por meio de pintura, esmaltação, zincagem ou
processo equivalente.
O núcleo do reator é laminado em aço silício de reduzida perda magnética. As bobinas são enroladas
com fio de cobre, esmaltado, classe térmica 130º C.
As características de funcionamento, tais como tensão de saída, condições de aquecimento, fator de
potência e outros, são as estabelecidas nas normas brasileiras.
Todo reator deve apresentar uma identificação durável, na qual devem constar as seguintes
informações:
• Nome ou marca do fabricante;
• Tensão nominal;
• Corrente nominal de alimentação;
• Tipo de lâmpada a que se destina;
• Potência nominal das lâmpadas;
• Frequência nominal;
• Esquema de ligações;
• Fator de potência;
• Máxima temperatura de operação do enrolamento do reator;
• Máxima elevação de temperatura;
O isolamento dos condutores terminais é de, no mínimo, 600 V.
A SANEAGO apenas admite, em suas instalações de lâmpadas fluorescentes, reatores de partida rápida
(PR) e de alto fator de potência (AFP).
• Luminárias– acessórios diversos
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, é dada especial atenção às relacionadas abaixo:
Tabela 1 1 2 – Normas acessórios
Norma Título
CB– 85/31 Bases e receptáculos de lâmpadas (NBR– 8346);
FB– 1163/66 Receptáculo para lâmpadas fluorescentes e starters (NBR– 9312);
Receptáculo para lâmpadas fluorescentes e starters–ensaiosNBR–
MB– 2429/86
3
Definição
Para efeito desta especificação, entende– se por acessórios diversos os receptáculos, soquetes e outros,
da espécie, que complementam e integram as luminárias.
Características técnicas
Os receptáculos para lâmpadas incandescentes são especificados para cada caso, cumprindo definir:
• Potência e tensão, no mínimo 300 W e 250 V;
• Material: porcelana, plástico, etc.;
• Tipo de rosca;
• Tipo normal ou pesado;
• Contato lateral ou não;
• Tipo plafonier.
Os receptáculos para lâmpadas fluorescentes também são especificados para cada caso e apresentam,
no mínimo, as seguintes características:
Características técnicas
• Tomadas– uso geral (tipo 2 pólos + terra e universal).
As tomadas de piso e parede para luz e força são, normalmente, do tipo pegado, com contatos em liga
de cobre, 10 A/ 250 V, no mínimo.
Para segurança contra choques elétricos, os contatos ficam distantes, cerca de 8 mm da placa. Deve
haver conexão perfeita da tomada com qualquer tipo de plugue, de pino chato ou redondo.
Os bornes devem permitir ligação rápida e segura de condutores de seção 2,5 mm², cada.
Os corpos das tomadas são de material autoextinguível para garantia de isolamento elétrico total.
• Tomadas especiais
As tomadas destinadas às instalações especiais são do tipo polarizadas (tripolares ou tetrapolares). São
instaladas desde que definidas em projeto ou pela Fiscalização.
As tomadas e plugues blindados são à prova de tempo, gases, vapores ou explosão, montados em caixa
de liga de alumínio com tampa– mola ou tampa com rosca, definidas em projeto, especificação ou pela
Fiscalização.
6.1.1.4 – Campainhas e cigarras
• Campainhas
São dos tipos seguintes:
◦ de timbre, de embutir, 50/60 Hz;
◦ de timbre, de sobrepor;
◦ musicais 50/60 Hz;
◦ musicais com termistor para proteção;
◦ de alta potência.
As campainhas de timbre, de embutir, adaptam– se em caixas de 50 x 100 mm.
As campainhas de alta potência, para uso em alarme sonoro, apresentam as seguintes características:
◦ Base e suporte em termoplástico reforçado, preto;
As caixas de derivação de aço galvanizado, mais usualmente empregadas ,são de chapa de aço n.º 14
(BWG) ou n.º 13 (MSG), octogonais de fundo móvel, de 101 x 101 x 51 mm (4" x 4" x 2"), com 4 orelhas
internas e2 externas e olhais de 15 e 20 mm.
As caixas são de embutir ou, para instalações aparentes, de sobrepor.
As caixas de piso para tomadas de energia, telefonia, alarme ou lógica são constituídas de liga de
alumínio com elevada resistência ou ferro galvanizado, com tampas e espelhos em latão deslizante. As
caixas são dotadas de entradas rosqueadas para fixação de eletrodutos. No caso de caixas duplas ou
triplas (pontos de energia e telefonia) os compartimentos são divididos por septos do mesmo tipo de
material das caixas.
A SANEAGO admite também caixas de aço com galvanização eletrolítica para as tomadas de piso,
quando a distribuição da rede for feita por meio de duto ou canaleta metálica.
Em plataforma de atendimento, são instalados terminais do tipo pedestal para telefonia (key– system) e
sistema on line, de forma a facilitar ampliações, remanejamentos e manutenções. São fundidos em
alumínio, resistentes a impactos e pintados com tinta eletrostática.
• Plásticas
São conforme o fim a que se destinem de: PVC rígido, baquelite, polipropileno, polietileno.
Cópia não controlada quando impresso
As caixas têm vinténs ou olhais para assegurar a fixação de eletrodutos. São feitas as aberturas dos
vinténs ou olhais que se tornem necessários.
De preferência, as caixas plásticas de derivação são dotadas de rosca metálica injetada, fabricada em
aço zincado, do tipo "rosca– firme".
Caixas de passagem
• Com Porta
São de chapa de aço n° l4 (BWG) com pintura antioxidante. tem molduras e portas ajustáveis para
perfeito acabamento e são providas de trinco e/ou fechadura que garantam segurança e dobradiças
dimensionadas para a peso da porta.
• Com Tampa
As caixas de passagem com tampa aparafusada são de chapa de aço n° 16 (BWG), submetidas a
tratamento antioxidante.
• Para Telefones
São de chapa de aço com espessura mínima n.º 16 (BWG), com fundo de adeira de lei, com pelo menos
25 mm espessura. A chapa tem tratamento antioxidante e a madeira do fundo é preparada para receber
pintura.
As tampas são dotadas de trinco e dispositivo para cadeado, ou de fechadura com chave. Os rasgos para
ventilação têm tela pelo lado interno para impedir entrada de insetos.
As caixas de passagem para telefones são previamente aprovadas pela empresa concessionária local.
6.1.1.7 – Condutos e acessórios
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, há particular atenção com respeito ao preconizado nas
seguintes:
Tabela 1 1 6 - Normas condu tos e acessórios
Norma Título
EB– 154/61 Requisitos gerais para condutos de instalações elétricas prediais (NBR– 6689);
ED– 341/84 Eletroduto rígido de aço– carbono, com revestimento protetor, com rosca ANSI/ASME B.1.20.1 (NBR– 5597);
EB– 342/86 Eletroduto rígido de aço– carbono, com revestimento protetor, com rosca PB– 14 (NBR– 5598);
Eletroduto rígido de aço– carbono, com costura, com revestimento protetor e com rosca MB– 1900 (NBR–
EB– 568/87
5624);
EB– 744/75 Eletroduto de PVC rígido (NBR– 6150);
NB– 3/90 Instalações elétricas de baixa tensão (NBR– 5410);
PB– 14/83 Rosca para tubos onde a vedação é feita pela rosca– designação, dimensõese tolerâncias (NBR– 6414);
PB– 897/81 Rosca para tubos onde a vedação não é feita pela rosca– designação, dimensões e tolerâncias (NBR– 8133).
• Condutos Metálicos
Os condutos a serem utilizadas são uniformes, lisos, com superfície interna isenta de arestas cortantes
ou rebarbas que possam danificar sua capa protetora. São rígidos ou flexíveis. Os condutos metálicos
rígidos são esmaltados ou galvanizados. Os eletrodutos rígidos metálicos são classificados em extras,
pesados ou leves. Os eletrodutos rígidos de aço– carbono, da classe extra e pesada, são fornecidos com
ou sem costura, aptos a receber rosca ANSI/ASME B.1.20.1. São curvados e devem obedecer às
condições das tabelas da EB– 341/84 (NBR– 5597), a seguir:
Tabela 1 1 7 – Condutos me tálicos
Os eletrodutos rígidos de aço– carbono, do tipo leve, são fabricados de tubos com costura, aptos a
receber rosca– conforme PB– 897191 (NBR– 6133). São curvados, obedecendo às condições da tabela da
(EB– 568/8) e (NBR– 5624), a seguir:
Tabela 1 1 9 – ele trodu tos curvado s
Espessura de MassaTeórica
Diâmetro Externo (mm) Rosca conforme (PR–
Tamanho Nominal parede (mm) (kg/m)
997181)
Mínima Máximo
10 16,3 16,5 1,5 0,56 G 3/8”
15 20 20,4 1,5 0,71 G ½”
20 25,2 25,6 1,5 0,9 G ¾”
25 31,5 31,9 1,5 1,15 G 1”
32 40,5 41 2 1,99 G 1 ¼”
40 46,6 47,1 2,25 2,56 G 1 ¼”
50 58,4 59 2,25 3,24 G 2”
65 74,1 74,9 2,65 4,85 G 2 ½”
80 86,8 87,6 2,65 5,7 G 3”
90 99 100 2,65 6,42 G 3 ½”
100 111,6 112,7 2,65 7,44 G 4”
Os eletrodutos metálicos do tipo leve são utilizados em locais comprovadamente não sujeitos a choques
de origem mecânica ou química (tração, compressão, torção e corrosão).
Os eletrodutos metálicos rígidos, de 15 a 20 mm, suporta curvatura de raio igual a 6 vezes o diâmetro
interno, sem aberturas de costura, dobras e achatamentos que reduzam sua seção interna.
Os eletrodutos são fornecidos com 3.000mm +/– 20 mm de comprimento, e as espessuras de parede
admitem variações para menos de 12,5%.
Em instalações aparentes ou embutidas que demandem segurança, alta responsabilidade e que sejam à
prova de explosão, são utilizados eletrodutos metálicos– classe pesada.
Apresentam roscas isentas de imperfeição, sem rebarbas e com a superfície interna sem arestas e
retilínea.
Os condutos flexíveis metálicos, são constituídos por uma fita metálica de formato helicoidal,
Apresentam superfícies externa e interna isentas de irregularidades, saliências reentrâncias, e não têm
bolhas ou vazios.
Devem trazer marcados de forma bem visível e indelével a marca do fabricante, o diâmetro nominal ou
referência de rosca, a classe e os dizeres: "eletroduto de PVC rígido",
Em instalações subterrâneas de baixa tensão é utilizado eletroduto rígido de PVC enterrado no solo,
devidamente envelopado em concreto.
• Condutos de Fibrocimento
Os eletrodutos e acessórios de fibrocimento obedecem aos seguintes requisitos:
◦ Inalterabilidade sob a ação de calor ou umidade, sem sofrer deformações no decorrer do
tempo;
◦ Insensibilidade aos danos causados por curto– circuito, não aderindo aos cabos;
presos a elas.
• Alizares, Molduras e Rodapés
Os condutos para instalações elétricas, utilizados com a finalidade de dar bom acabamento às
instalações. São metálicos ou de plástico, com tampas ou coberturas de boa fixação, esteticamente
adequados ao recinto onde estiverem instalados.
As molduras, rodapés e alizares só são instalados em locais isentos de umidade, e não sujeitos a
lavagens frequentes.
Não são embutidos em alvenaria, nem cobertos por papel de parede ou tecido, ficando sempre
aparentes.
Não apresentam descontinuidades ao longo do seu comprimento. Quando houver mudança de direção,
os ângulos das ranhuras são arredondados.
Os condutores elétricos nstalados em molduras, rodapés ou alizares são isolados e continuos. As
emendas e derivações são em caixas adequadas.
6.1.1.18 – Acessórios
• Curvas
As curvas para eletrodutos de aço esmaltado são fabricadas como os eletrodutos especificados
anteriormente, obedecem à NB– 3190 (NBR– 5410) quanto ao raio interno.
Tem rosca interna paralela segundo as especificações BSP e as normas PB– 14/83 (NBR– 6414) e ISO R–
228. São de raio longo para as bitolas de 15 mm (1/2") a 80 mm (3"), e de raio curto para as bitolas de
15 mm (1/2 ") a 25 mm (1"). As curvas galvanizadas somente são fabricadas em raio longo.
As curvas de 90 graus, com variação de +/– 3 graus, têm as dimensões a seguir:
Tabela 1 2 2 – Curvas dos ele t rodutos
Raio de Curvatura do eixo dascurvas
Diâmetro nominal Comprimento mínimo nominal da parte reta em
(mm)
(mm) cada extremo da curva (mm)
Mínimo Máximo
25 146 153 48
32 184 193 51
40 210 220 51
50 541 253 51
65 267 280 76
80 330 340 79
90 381 392 82
100 406 418 86
125 609 627 92
150 792 785 95
• Luvas
São de aço esmaltado ou em liga de alumínio– silício. As de aço esmaltado, fabricadas nas bitolas de 15
mm (1/2 ") a 80 mm (3"), tem rosca paralela, segundo especificações da BSP e de acordo com as
normas, PB– 14/83 (NBR– 6414) e ISO R– 228. As de alumínio– silício são fabricadas nas bitolas de 10
mm (3/8 ") a 50 mm (2").
As roscas das luvas para os eletrodutos de tamanho nominal de 10 a 150 mm são cilíndricas. Para os
eletrodutos de 65 a 150 mm, as roscas podem também ser duplo– cônicas, caso solicitado pela
SANEAGO. As características são as indicadas na tabela de dimensões e massas das luvas, a seguir:
Tabela 1 2 3 – Luvas
Diâmetro externo
Tamanho nominal Comprimento de rosca– Comprimento mínimo– Massa
mínimo–
(mm) A (mm) C (mm) mínima (g)
DE (mm)
10 22,2 17,9 +/– 1,4 30 40
15 25,7 23,5 +/– 1,8 40 51
20 31,8 24,1 +/– 1,8 41 76
25 39,7 30,3 +/– 2,2 51 136
32 47,5 31,5 +/– 2,2 52 167
40 54,7 32,3 +/– 2,2 52 233
50 69,3 34,0 +/– 2,2 54 396
65 82,6 51,5 +/– 3,2 79 757
80 101,6 54,7 +/– 3,2 83 1300
90 114,3 57,2 +/– 3,2 86 1537
100 127 59,7 +/– 3,2 89 1718
125 159,9 65,1 +/– 3,2 95 3390
150 187,7 70,5 +/– 3,2 102 4407
• Conectores
Os conectores curvos e retos são fabricados em liga de alumínio– silício ou em latão zincado.
• Buchas e arruelas
As arruelas e buchas são em ferro galvanizado ou liga especial de alumínio, cobre, zinco e magnésio.
Quando expostas ao tempo, são de metal caldeado. Quando for conveniente, são de alumínio. As
arruelas e buchas plásticas são de PVC ou baquelite.
• Quadros
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, especial atenção é dada às seguintes:
Tabela 1 2 4 – Quadros
Norma Título
EB– 1017/80 Invólucros de equipamentos elétricos– proteção (NBR– 6146)
NB– 3/90 Instalações elétricas de baixa tensão. (NBR– 5410).
Definição
Quadros são componentes da instalação elétrica, destinados a abrigarem os dispositivos de: manobra,
proteção e supervisão dos circuitos elétricos ou blocos terminais e dispositivos de ligação e proteção de
redes de telecomunicações.
◦ Quadros Elétricos
Os quadros elétricos são classificados nos modelos "E", de embutir, e "SI" de sobrepor. Os quadros de
modelo "E" são fabricados em chapa de aço, espessura mínima nº 22 (MSG), com chassis em chapa de
aço de mesma bitola e molduras e portas em chapa de aço n.º 16(MSG), com grau de proteção IP– 40.
Os quadros de modelo "SI" são fabricados em chapa de aço, espessura mínima equivalente à n.º 18
(MSG), com flanges em chapa de aço n.º 14(MSG), e chassis, espelhos e portas em chapa de aço n.º 16
(MSG), com grau de proteção IP– 54.
O acabamento interno e externo das chapas é fosfatizado ou galvanizado e com pintura eletrostática a
base de epóxi com esmerado acabamento final em estufa. Nas caixas modelo "E" o acabamento da
caixa– base é efetuado por galvanização. Seu ponto de terra é duplo, um em cada lateral. Para maior
número de ligações é montado um barramento de cobre sobre esse ponto. Nas caixas modelo" SI", o
ponto de terra localiza– se no fundo ou no chassi, e deve ser dotado de barramento de cobre.
As portas têm abertura através de dobradiças e serem dotadas de fechadura movimentadas porchave.
Devem, ainda, permitir a inversão das portas, com abertura à direita ou à esquerda.
Os equipamentos e componentes instalados no interior dos quadros são montados sobre bandejas
removíveis.
Os quadros têm espelhos metálicos ou de acrílico, que visam a evitar o contato do usuário com as partes
vivas da instalação. Os espelhos têm plaquetas de acrílico identificando os circuitos. Os espelhos
metálicos são providos de dobradiças e fechadura com chave, para facilitar a manutenção.
Todos os condutores no interior dos quadros são identificados com anilhas plásticas numeradas.
Os quadros têm abertura para ventilação com filtros internos nos locais com incidência de poeira.
Os barramentos são de cobre eletrolítico de teor de pureza maior que 97%, pintados nas cores: vermelha
(fase R), amarela (fase S), violeta (fase T), azul-claro (neutro) e verde (terra). Os pontos de ligação
recebem tratamento à base de estanho ou prata. Os barramentos são montados sobre isoladores de
epóxi ou premix, fixados por parafusos e arruelas zincados, de forma a assegurar– se perfeita isolação, e
resistência aos esforços eletrodinâmicos, em caso de curto– circuito. As interligações entre barramentos
são dotadas de arruelas de pressão.
Na parte interna da tampa externa dos quadros é colocado um resumo de cargas, diagrama trifilar
contendo informações quanto às proteções gerais e parciais, distribuição de fases e número de circuitos.
◦ Quadros para Telefonia
Os quadros para telefonia são de chapa de aço com espessura mínima equivalente à n.º 16 (BWG), com
tratamento antioxidante e tem fundo de madeira com pelo menos 25 mm de espessura, preparada para
receber pintura.
As portas são dotadas de trinco e dispositivo para cadeado ou fechadura com chave. Os rasgos para
ventilação têm tela pelo lado interno, para impedir a entrada de insetos.
Os quadros são construídos conforme dimensões, especificações e padrões da concessionária local.
6.1.1.19 – Condutores de energia elétrica
Normas
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, merecem especial atenção às seguintes:
Tabela 1 2 5 – condu tores
Norma Título
CB– 145/86 Cabos elétricos isolados– designações (NBR– 9311);
EB– 11/85 Fios de cobre nu de seção circular, para fins elétricos (NBR– 5111),
EB– 12/85 Cabos nus de cobre para fins elétricos CNBR– (5349),
EB– 361/80 Fios de cobre mole estanhados para fins elétricos (NBR– 5368).
Definição
Condutores elétricos são dispositivos, de formato adequado, construídos com materiais de alta
condutividade, destinados à condução de corrente elétrica,
Características t écnicas
São utilizados condutores de cobre eletrolítico, de pureza igual ou superior a 99,99%. É vedada a
utilização de condutores de alumínio.
Executando– se as instalações em barra, aterramentos e condutores de proteção, todas as instalações
são executadas com condutores isolados, perfeitamente dimensionados para suportar correntes
nominais de funcionamento e de curto– circuito sem danos à isolação.
Os condutores que estiverem sujeitos a solicitações mecânicas acidentais possuem proteções contra
esforços longitudinais.
0s condutores para baixa tensão são das classes de tensão 450/750 V e 600/1000 V, seguindo a
indicação do projeto ou da Fiscalização. São utilizados nos circuitos de potência e de controle.
Os condutores para uso em média tensão têm classes de tensão de 3.616 kV, 6.110 kV, 8.7115 kv,
12.120 kV,15.125 kV, 20.135 kV e 27.135 kV, seguindo indicação do projeto ou da Fiscalização. São
utilizados nos ramais de distribuição, podem, ainda, possuir proteção mecânica contra esforços
longitudinais e transversais.
Os condutores são isolados com isolantes sólidos, dos tipos termofixos e termoplásticos, obedecendo à
tabela a seguir:
Tabela 1 2 6 – Isolan t es
ISOLANTE NOME USUAL COMPOSIÇÃO QUÍMICA
EPR Borracha Etilena– Propíleno
TERMOFIXOS
Polietileno Reticulado (XLPE) Polietileno
PVC Cloreto de Polivilina
TERMOPLÁSTICOS
Polietileno (PET) Polietileno
Todos os condutores têm proteção contra ataques de agentes químicos e atmosféricos e contra efeitos
de umidade. Os condutores isolados possuem isolação não propagadora de chamas, com exceção dos
utilizados em circuitos de segurança e emergência, que são do tipo resistente ao fogo.
Todos os condutores, isolados ou não, são convenientemente identificados por cores ou etiquetas
coloridas. A identificação deve seguir a codificação a seguir:
Tabela 1 2 7 – Cores de iden tificação
Cores Condutores em CA Condutores em CC
Vermelho Fase R
Positivo
Amarelo Fase S
Preto Fase T
Negativo
Azul– claro Neutro
Verde Proteção
Proteção
Branco Retorno
• Condutores de telecomunicações
Normas
Além das normas da ABNT, atinentes ao assunto, há especial interesse para com o disposto nas Práticas
TELEBRAS 235– 310– 702, 235– 300– 500 e 235– 300– 501.
Definição
Condutores de telecomunicações são dispositivos de formato apropriado construídos com materiais de
alta condutividade e destinados a transportar sinais de telecomunicações
Características t écnicas
Cabos para instalações telefônicas: são utilizados condutores de cobre estanhado de pureza igual ou
superior a 99,99%. É vedada a utilização de alumínio. O material utilizado na isolação dos cabos e fios é
o cloreto de polivinila (PVC).
De acordo com exigências de projeto ou das especificações, os cabos são enfaixados com fitas de
material não higroscópico, aplicadas em torno do núcleo.
Os cabos de ramal de entrada e rede primária são blindados e com pares estanhados, caso haja
exigência de projeto ou da concessionária local.
Os cabos são dotados de capa externa de PVC. A capa é aplicada por extrusão sobre o núcleo enfaixado
e blindado, quando for o caso. Sobre a capa deve existir identificação da metragem sequencial, nome do
fabricante e o ano de fabricação.
O diâmetro dos condutores é de 0,40, 0,50 ou 0,60 mm, de acordo com indicação de projeto ou
especificações.
Os fios telefônicos têm a formação de pares internos, trançados ou dispostos paralelamente, conforme
indicação de projeto ou especificações.
Cabo para instalações da rede BB– HET (TVD): os condutores são constituídos de fio nu de açocobreado,
com seção de 0,33 mm². Os cabos são dotados de um fio separador de polietileno, aplicado em hélice,
em torno do condutor.
Os cabos são coaxiais, com blindagem constituída de tranças de fio de cobre nu aplicadas sobre o
isolamento, que é em polietileno, com impedância nominal de 93 Ohms. Se aplicados em áreas externas,
os cabos são dotados de enfaixamento com fita de poliéster aplicada sobre a blindagem.
A capa externa é de PVC gravada a identificação do fabricante e a referência do material. Os cabos
coaxiais têm, ainda, as seguintes características:
• Máxima atenuação a 400 MHz: 26,3 dB/100 m;
• Velocidade de propagação: 80%;
• Capacitância nominal: 48 pF/m;
• Resistência ôhmica máxima em CC, a 20 º C, 144 Ohm/km
Alternativamente, se previsto em projeto, são utilizados condutores telefônicos juntamente com
transformadores de impedância (balloon), para instalações terminais TVD.
6.1.1.20 – Acessórios para condutores
Dentre as normas da ABNT, atinentes ao assunto, especial atenção é dada às seguintes:
Tabela 1 2 8 – Fitas e emendas
Norma Título
EB– 561/83 Fitas adesivas sensíveis à pressão para fins de isolação elétrica (NBR– 5037);
Emendas e terminais para cabos de potência com isolação para tensões de 1kV a 35 kV (NBR–
EB– 1593/85
9314).
Características t écnicas
Acessórios para condutores são terminais, emendas, fitas (plástica, isolante e autofusão) e afins A fita
plástica isolante é autoextinguível, destinada à proteção elétrica e mecânica de emendas terminais para
fios e cabos. A fita isolante autofusão é de borracha etileno– propileno (EPR) auto– aglomerante, indicada
para proteção externa de fios e cabos e para reconstituição de isolantes até 35 kV, com elevada rigidez
dielétrica, resistente ao efeito corona e ao ozônio e baixo fator de perda. A de silicone é uma fita de
borracha de silicone isolante, auto– aglomerante, destinada à proteção isolante em emendas e terminais
enfaixados, e para resistir às intempéries, solventes e altas temperaturas. É resistente a descargas
superficiais e corona. As emendas são compostas de polietileno reticulado, com selantes termoplásticos
e/ou termocontráteis. tem encapsulamento isolante, boa rigidez dielétrica e associação perfeita à
vedação. São destinadas à conexão de condutores.
Os terminais proporcionam boas conexões elétricas e mecânicas. São escolhidos de acordo com sua
finalidade de aplicação.
6.1.1.21 – Minuterias e interruptores
• Minuterias
As minuterias são dotadas de lâmpadas de neon de 94A para permitir a visualização da minuteria em
funcionamento, sem necessidade de observar as lâmpadas que ela controla. A lâmpada acesa indica
"lâmpadas apagadas" e a lâmpada apagada indica "lâmpadas acesas".
Tem fusível de proteção de 10 A com ação ultrarrápida e botão de regulagem da temporização de no
mínimo 30 segundos e no máximo 6 minutos. Têm formato e dimensões que permitam a fixação no
Cópia não controlada quando impresso
Definição
Para efeito desta especificação, entende– se por chaves manuais– as chaves faca, tipo secionadora, para
média e baixa tensão, blindadas ou não.
Generalidades
Chaves secionadoras, chaves interruptoras ou chaves comutadoras são componentes elétricos para
média ou baixa tensão, destinados a manobrar circuitos em condições normais de funcionamento.
A SANEAGO somente permitirá a utilização, em baixa tensão, de chaves manuais que possibilitem
manobrar sob carga.
Portanto, todas as chaves manuais são dotadas de dispositivo para extinção de arco e proteção para o
operador.
As chaves secionadoras devem atender aos valores de tensão, corrente nominal, frequência, número de
pólos e tipo de acionamento exigido pela instalação.
O número mínimo de manobras e o grau de proteção devem estar de acordo com o previsto nas normas
vigentes da ABNT.
O material isolante das chaves seccionadoras deve possuir rigidez dielétrica compativel com a classe de
tensão da instalação.
As chaves secionadoras de média tensão devem permitir o intertravamento elétrico e mecânico com o
disjuntor de média tensão da subestação, se existente, ou com o disjuntor geral de baixa tensão, de
modo a impedir sua manobra com carga.
As chaves secionadoras para manobra sob carga têm capacidade de ruptura, corrente de ligação e
corrente de desligamento compativeis com a potência da carga comandada.
As chaves seccionadoras têm correntes máximas admissíveis (térmica durante 1 segundo– valor eficaz e
dinâmica– valor de curto), compativeis com as correntes de curto– circuito calculadas para a instalação.
São dimensionadas para suportar as condições de temperatura e umidade ambientes locais. As máximas
sobreelevações de temperatura admitidas para os diversos componentes das chaves devem obedecer
às normas da ABNT.
As chaves secionadoras de média e baixa tensão são tripolares, sempre de ação simultânea quando
forem bi ou tripolares, com exceção daquelas utilizadas em circuitos de corrente contínua ou em
esquemas especiais, quando então tem suas especificações definidas em projeto. Não se admite o uso
de chaves facas simples, com ou sem porta– fusíveis.
As chaves seccionadoras possuem plaqueta irremovível, contendo as seguintes informações:
• Nome do fabricante;
• Normas de fabricação e ensaio;
• Tensão, corrente e frequência nominal e natureza da corrente (CA ou CC);
• Corrente de ruptura (para equipamentos de operação sob carga);
• Corrente de ligação (para equipamentos de operação sob carga);
• Tensão e corrente dos contatos auxiliares (se existirem).
As chaves secionadoras de média tensão têm, no mínimo, as seguintes características, para classe de
tensão de 15 kV e 25 kv:
Tabela 1 3 1 – Chaves secionadoras
DESCRIÇÃO CLASSE 15 kv CLASSE 25 kv
TENSÃO APLICADA DURANTE 1 MINUTO, A 60 HZ
Entrepolos/terra 36 60
Contatos Abertos 40 66
IMPULSO DE TENSÃO DURANTE 1/50 MA (NB)
Entrepolos/terra 95 125
Contatos aberto 110 140
A SANEAGO admite, desde que especificado em projeto ou por orientação da Fiscalização, o uso de
chaves rotativas para manobra e seleção de circuitos e cargas.
As chaves rotativas têm construção tropicalizada, com corpo em material de alta rigidez dielétrica,
acionamento frontal rotativo, com a indicação das diversas posições de manobra possíveis. São validas
também as demais condições preconizadas para chaves de abertura sob carga.
6.2.3 – Chaves Não Blindadas
As chaves manuais para manobra de circuito podem ou não ser acopladas a dispositivo de proteção
como porta– fusíveis.
A montagem das diversas partes do mecanismo de operação das chaves é efetuada de modo a impedir
o afrouxamento durante o uso normal e continuo, existindo sempre a possibilidade de travar a chave nas
posições: "ligado" e "desligado".
As partes condutoras (lâminas, garras, terminais) são de cobre e dimensionadas de maneira que resulte
aquecimento reduzido em funcionamento continuo. Os encaixes, também em cobre, são reforçados e
permitir um contato perfeito com a faca.
É vedado o uso de chaves que apresentem fusíveis em paralelo.
Definições
Disjuntores são dispositivos de proteção (sobrecarga e curto– circuito) que podem estabelecer, conduzir
e interromper correntes elétricas em condições normais de funcionamento, bem como estabelecer,
conduzir por tempo determinado e interromper correntes em condições anormais de funcionamento.
Os disjuntores empregados são de baixa ou média tensão, conforme a tensão de instalação da rede que
foram instalados.
São considerados de baixa tensão os disjuntores para circuito com tensões nominais de até 1000 V em
corrente alternada, com frequência nominal não superior a 60 Hz e 1200 V em corrente contínua. São
considerados de média tensão os disjuntores para circuitos com tensões nominais entre 1 e 15 kV e
frequência nominal não superior a 60 Hz.
Características t écnicas
Todos os disjuntores possuem disparadores ou relés para proteção contra sobrecarga e curtos–circuitos,
os quais são instantâneos ou temporizados. Os tempos e valores de atuação dos disparadores e relés
dos disjuntores devem obedecer criteriosamente ao estabelecido no estudo de seletividade.
Os disparadores, relés e demais componentes do disjuntor devem estar calibrados para operar
adequadamente em temperaturas e umidades relativas de até 45 e 90%, respectivamente. Os
disjuntores de média e baixa tensão devem admitir, para as diversas partes componentes, as elevações
de temperatura previstas nas respectivas normas.
Os disjuntores operam sempre em instalações abrigadas.
Todos os disjuntores apresentam uma identificação indelével na qual constam, no mínimo, as seguintes
informações:
• Nome ou marca do fabricante;
• Número de catálogo ou modelo do disjuntor designado pelo fabricante;
• Tensão nominal de isolamento;
• Corrente nominal do disjuntor;
• Corrente nominal da estrutura (se houver disparadores em séries intercambiáveis);
• Frequência nominal;
• Capacidade de interrupção, em curto– circuito (simétrica– valor eficaz) referida às tensões
nominais de operação;
• Referência à norma da ABNT pertinente.
Os disjuntores automáticos ou comandados através de um acessório são de abertura livre,
interrompendo o circuito sob condições anormais, mesmo tendo a alavanca de manobra
intencionalmente travada.
Os disjuntores são dotados de mecanismo de acumulação de energia para fechamento, conforme
especificação do projeto ou determinação da Fiscalização.
Quando o mecanismo de acumulação de energia for controlado manualmente, o sentido, no qual se
efetua esta manobra deve ser indicado.
Quando o mecanismo for controlado por uma fonte de energia externa, deve ser previsto um dispositivo
que indique que ele está completamente armado. Os motores para carregar o mecanismo, bem como os
componentes de controle de fechamento, são capazes de operar quando a tensão de alimentação
estiver entre 85 e 110% do valor nominal da tensão do circuito de controle. A energia acumulada deve
ser suficiente para um ciclo completo de operação.
É assegurado que o começo da operação de fechamento do disjuntor só seja possível quando o
mecanismo de fechamento estiver completamente armado. Os disjuntores são providos de indicação das
posições: fechado e aberto, no local da operação.
Os terminais externos são tais que os condutores possam ser ligados por parafusos ou outro meio de
ligação, de modo a assegurar que a pressão de contato necessária seja mantida permanentemente.
Os terminais são projetados de forma que prendam o condutor entre as partes metálicas, com pressão
de contato suficiente, sem causar danos significativos (redução da seção efetiva) ao condutor.
Os terminais não devem permitir deslocamento dos condutores ou deles próprios de forma prejudicial à
operação ou isolação, reduzindo as distâncias de isolação ou de escoamento.
Os terminais para ligações externas são dispostos de forma a permitir fácil acesso, nas condições de uso
indicadas. Os disjuntores de média e baixa tensão, que não os de caixa moldada, têm a estrutura e as
partes fixas dos invólucros metálicos ligadas eletricamente entre si e a um terminal que permita aterrá–
las. Este requisito é conseguido através de adequada continuidade entre as partes da estrutura.
O terminal de aterramento deve ser facilmente acessível e projetado de modo que a ligação de terra
seja mantida mesmo quando a cobertura, ou qualquer parte móvel, seja retirada. Deve ser
adequadamente protegido contra a corrosão e indelevelmente marcado com o símbolo de terra.
Os disjuntores de baixa tensão utilizados na proteção dos circuitos de luz e tomadas comuns (100 w)
têm, no mínimo, as correntes simétricas de interrupção e as correntes de estabelecimento, de acordo
com o quadro a seguir:
Tabela 1 3 5 – Tipos disjun tores
220 V (AC) 380 V (AC) Corrente contínua
Disjuntor
(tipo) Cor. Int.(k A) Cor. Ext.(k A) Cor. Int.(k A) Cor. Ext.(k A) Cor. Int.(k A) Cor. Ext.(k A)
Monopolar 3 10 3 6 1,5 3
Bipolar 6 12 4,5 9 2 4
Tripolar 6 12 4,5 9 2 4
Os disjuntores de baixa tensão, utilizados em circuitos alimentadores não abrangidos pelo item anterior,
têm, no mínimo, as correntes de interrupção simétricas e as correntes de estabelecimento, de acordo
com o quadro a seguir:
Tabela 1 3 6 – Classificação de disjun tores por corren te
Os disjuntores de alta tensão possuem uma corrente de interrupção simétrica mínima de 12,5 kA e
corrente de estabelecimento mínima de 31 kA, ambas na classe de 15 kV. Os disjuntores de média
tensão e grande volume de óleo, não são admitidos.
Os disjuntores são dotados dos seguintes acessórios, atendendo às especificações de projeto ou
determinação da Fiscalização:
• Bobina de disparo remoto;
• Contatos auxiliares;
• Contato de alarme;
• Bobina de mínima tensão;
• Manopla ajustável.;
• Mecanismo de operação motorizado;
• Alavanca rotativa;
• Alavanca de segurança;
• Unidade de retardo;
• Gaveta extraível;
• Intertravamento mecânico;
• Conexões traseiras;
• Trava de alavanca;
• Alavanca de extração.
Os níveis de isolamento nominal para os disjuntores de média tensão devem obedecer aos valores da
tabela a seguir:
Tabela 1 3 7 – níveis de isolamen to nominal
Tensão Nominal Tensão suportável nominal de Tensão suportável nominal à frequência industrial
kV (Eficaz) impulso atmosférico kV (crista) durante 1 minuto kV (eficaz)
01 02 03
4,76 40 19
7,20 40 20
15,00 95 36
◦ Velocidade nominal;
◦ Fator de serviço;
◦ Classe de isolamento;
◦ Letra código;
◦ Regime;
◦ Grau de proteção;
◦ Ligações.
6.2.9 – Estabilizadores de tensão
Características t écnicas
São equipamentos destinados a manter a tensão fornecidas dentro de estreitas faixas de variações sem
introduzir perdas significativas na linha de carga ou deformações na forma de onda da rede.
A capacidade nominal do estabilizador deve atender à potência prevista para os equipamentos acrescida
de 20% de folga.
No caso de uso em carga não linear (fontes chaveadas), a fator de crista mínimo é 3.Os estabilizadores
apresentam ainda as seguintes características:
◦ Serem monofásicos ou trifásicos;
◦ Frequência de 60 Hz, + /– 5%;
◦ Forma de onda senoidal;
◦ Tempo de recuperação máximo £ 50 ms;
◦ Fator de potência de carga entre 1 e 0,7 indutivo;
◦ Ruído menor que 50 dB (A) a 1,00 metro.
A regulagem máxima estática de carga (variação de O a 100%) e de linha (piores condições), é £ 3%. A
regulagem máxima dinâmica de carga (degrau de 50 a 100%) e de linha (para variação de 10% da
tensão de entrada) é £ 10%.
Os estabilizadores têm rendimento mínimo de 90% a plena carga e fator de potência ³ 0,85, faixa de
temperatura de funcionamento de 0 a 45° C e umidade relativa de 0 a 95%, sem condensação.
Não se introduz qualquer deformação na onda senoidal, nem defasamento angular, evitando distorção
harmônica.
A capacidade de sobrecarga é a seguinte:
◦ 10% em 1 hora;
◦ 100% durante 10 segundos;
◦ 200% em 5 segundos.
Os estabilizadores são dotados obrigatoriamente de transformadores isoladores na entrada, com
blindagem eletrostática de cobre, entre primário e secundário. Têm configuração monofásica (F, N, T ou
2 F + T), com tolerância permissível da rede de– 15%, + 10%.
As saídas dos estabilizadores são trifásicas, com tensões padronizadas de 380 V entre fases e 220 V
entre fase e neutro, ou 220 V entre fases e 127 V entre fase e neutro.
O gabinete do equipamento é confeccionado em chapas de aço decapadas, fosfatizadas e pintadas
eletrostaticamente.
Têm os seguintes acessórios:
◦ Chave reversora para "by– pass" manual, possibilitando a alimentação direta dos
equipamentos a partir do secundário do transformador isolador;
desligamento do inversor, ou desconexão da bateria. O inversor sempre alimenta carga, não sendo
considerada a configuração "short– break" ou "stand– by".
Os no– break devem ainda apresentar as seguintes especificações:
◦ Transformador isolador na entrada do retificador para propiciar isolação galvânica entre
bateria e a rede;
◦ Transformador entre a bateria e a saída para propiciar, isolação galvânica entre a bateria
e carga;
◦ Recarga das baterias com o inversor em plena carga;
◦ Recarga automática e manual da bateria;
◦ Ruído a 1,00 m £ 55 dB (A);
◦ Interface para monitoração remota tipo RS 232;
◦ Conectores fechados tipo SAK para conexão dos cabos de bateria, entrada e saída AC.
Prescrições sobre os componentes
As placas de circuito impresso são confeccionadas em fibra de vidro e possuir serigrafia para
identificação dos circuitos componentes. Todos os ajustes são independentes entre si e estarem
indicados na serigrafia. Os conectores são do tipo “plug–in”, polarizados e compatíveis com a natureza
dos sinais envolvidos.
Os componentes são do tipo profissional e de alta confiabilidade. São convenientemente dimensionados,
de modo a não apresentarem aquecimento excessivo, nem alteração das características básicas.
A fiação do equipamento é organizada através de chicotes e ser racionalmente distribuída e
convenientemente identificada através de anilhas plásticas.
Todos os "trimpots" de ajuste são do tipo multi– volta.
Características construtivas
A distribuição dos componentes no interior do gabinete é racional, no sentido de diminuir os trajetos de
condutores e proporcionar acesso fácil e imediato a todos os componentes e placas, além de otimizar a
ventilação do sistema. Os transformadores e indutores devem estar apoiados na base do gabinete.
O gabinete deve ter estrutura, suficientemente rígida, de aço ou outro material adequado. Deve ter
porta frontal ou tampas laterais dotadas de fechos do tipo rápido e base com rodas, facilitando a
movimentação do equipamento. As chapas devem sofrer tratamento antioxidante antes da pintura de
acabamento.
As chaves de comando e sinalizações são identificadas com etiquetas afixadas por rebites.
Documentação t écnica
A documentação técnica é suficientemente explicativa para que o técnico possa se aprofundar
facilmente no conhecimento do sistema e obter esclarecimentos e/ou treinamento. Torna possível a
manutenção, em curto prazo e de forma sistematizada, mesmo por técnicos não familiarizados com o
equipamento.
É feita uma descrição geral, contendo: introdução, descrição de funcionamento, características elétricas,
comandos manuais, proteção, sinalização, medição, ventilação, características mecânicas, esquemas e
circuitos elétricos e eletrônicos completos e descrição minuciosa do funcionamento dos circuitos
eletrônicos.
A documentação deve conter: instruções de instalação, operação, manutenção e reparo, com
fluxogramas de procura de defeitos e níveis de sinais característicos dos circuitos, relação minuciosa de
material com os fabricantes discriminados, relação de peças de estoque mínimo para reposição, bem
como diagramas eletroeletrônicos e desenhos. Deve conter ainda relação de empresas de assistência
Características t écnicas
São equipamentos estáticos, de construção robusta e rendimento elevado. São destinados a modificar
eletromagneticamente os valores de tensão e corrente de um determinado circuito.
Os transformadores são resfriados através de óleo mineral, silicone ou ar, de maneira forçada ou natural.
Não é permitido a utilização de "Askared" ou outro PCB como líquido isolante ou resfriador.
A classe de tensão de isolamento dos transformadores é no mínimo 15 KV, sendo vedada a classe 15B
(nível de isolamento baixo). As buchas primárias são para 25 kV e as secundárias e de neutro para 12 kV.
A classe se isolamento dos transformadores é no mínimo "A" (105º C).
A impedância percentual mínima dos transformadores, referida à maior relação de transformação, à
frequência nominal e às temperaturas de 75º C para transformadores em óleo ou silicone, e 115º C para
transformadores secos, é:
Tabela 1 3 9 – Impedância t ransformadores
Potência (Kva) Trafo Sem Óleo Ou Silicone (%) Trafos Secos (%)
Até 150, inclusive 3,5 6
De 225 a 500 4,5 6
Acima de 500 5,5 6
A máxima queda de tensão entre funcionamento em vazio e a plena carga (regulação) para o fator de
potência igual a 0,8 é conforme a tabela:
Tabela 1 4 1 – Regulação t ransformadores
POTÊNCIA (KVA) REGULAÇÃO (KVA)
Até 75, inclusive 3,3
De 112,5 a 150 3,1
De 225 a 500 3,7
Acima de 500 4,3
C;
◦ Para classe de temperatura de 155º C referida à temperatura de 115º C tipo de líquido
isolante e quantidade necessária;
◦ Peso aproximado;
◦ Classe de tensão e isolamento nominal;
◦ Número de catálogo do fabricante;
◦ Vazão da água de refrigeração, se for o caso.
O fabricante do transformador deve apresentar a planilha dos testes de rotina com as seguintes
informações, no mínimo:
◦ resistência ôhmica dos enrolamentos;
◦ relação de tensões;
◦ resistência de isolamento;
◦ polaridade;
◦ deslocamento angular;
◦ sequência de fases;
◦ perdas em vazio, em curto– circuito, a plena carga e totais;
◦ corrente de excitação;
◦ tensão de curto– circuito;
◦ tensão aplicada ao dielétrico;
◦ tensão induzida;
◦ estanquidade.
O transformador deve ter no enrolamento de alta pelo menos 3 derivações, além da nominal. Para
transformador de até 112,5 kVA é admitida comutação– tipo painel, com acesso pela janela de inspeção.
A comutação de tensões para transformadores de potência superior a 112,5 kVA é através de comutador
giratório de comando externo. Os transformadores de potência igual ou superior a 225 kVA devem ser
providos de rodas, para transporte.
Os transformadores de potência em óleo têm, no mínimo, os acessórios definidos na tabela 12 da EB–
91101 (NBR– 5356).
Os transformadores secos são providos de sensores de temperatura para enrolamentos interligáveis a
um relé disparador.
6.2.11 – Capacitores de Potência
Normas
Dentre as normas da ABNT atinentes ao assunto é dada especial atenção às seguintes:
Tabela 1 4 2 – Normas capacitores de po tência
Norma Título
ED– 139/87 Capacitores de Potência em derivação para sistema de tensão nominal acima de 1000 V (NBR– 5282);
MB– 258/73 Capacitores de potência (NBR– 5239).
Características t écnicas
Os capacitores de potência são equipamentos que geram reativos capacitivos, destinados à correção de
fator de potência das instalações.
São projetados para uma vida útil mínima de 20 anos quando trabalharem em tensão nominal, sujeitos
ao máximo de 10% de sobretensão com 60 Hz por períodos prolongados e dentro do limite de
temperatura.
◦ Rotação tal que a frequência permaneça no intervalo de 61,2 a 59 Hz, sem oscilações,
para qualquer valor estável de carga entre 0 a 100% da potência continua;
◦ Variação instantânea de 0 a 100% da carga nominal e vice-versa, devendo após isso
voltar ao intervalo permitido acima citado, em tempo máximo de 2 segundos.
6.2.13 – Geradores e/ou Alternadores
Condições gerais
Os geradores devem atender, perfeitamente às condições de frequência, potência e temperatura local
das instalações. São classificados em Industrial e Especial, conforme descrito a seguir.
Os de Classe Industrial são utilizados na alimentação de iluminação e equipamentos eletromecânicos
(motores de corrente alternada, reguladores de tensão eletromecânicos, caldeiras, etc.). Os de Classe
Especial são utilizados na alimentação de equipamentos eletrônicos (no–breaks, reguladores eletrônicos,
computadores, sistemas de telecomunicações, retificadores, etc.).
Os geradores têm, no mínimo, as características descritas nos itens a seguir.
• Geradores Classe Industrial
Possuem no mínimo as seguintes características:
◦ Regime de funcionamento continuo;
◦ Sobrecarga: 10% durante 1 hora em cada 6 horas de funcionamento;
◦ Regulação para serviço continuo: < 2% da tensão nominal e 5% da frequência nominal
para qualquer situação de carga constante;
◦ Queda de tensão instantânea na partida de motores: 15% com recuperação em 0,5
segundo, para aplicação brusca de 60% da potência aparente nominal do gerador;
◦ Desequilíbrio máximo de carga: 12%;
◦ fator de potência: 0,8 indutivo (salvo especificação em contrário);
◦ Ligação: trifásica, em estrela, com terminais de neutro e fases acessíveis;
◦ Isolação: igual ou melhor que classe F;
◦ Resistência de isolamento entre enrolamentos e entre enrolamentos e massa: > 0,5 ohm
a 40ºC;
◦ Rigidez dielétrica: 1500 V (valor eficaz), aplicados gradativamente durante 1 minuto
entre armadura e massa e entre campo e massa. Não deve haver fugas ou efeitos
corona perceptiveis;
◦ Sobre– rotação: 20% durante 1 minuto;
◦ Distorção harmônica: = 5%;
◦ Relação de curto– circuito: > 0,5;
◦ Proteção mecânica: IP 23 ou melhor;
◦ Sobrelevação de temperatura: = 40ºC.
• Geradores Classe Especial
Alternador
É do tipo próprio para utilização em sistemas de telecomunicações ou CPD. É trifásico com 4 pólos
girantes do tipo sem escovas (Brushless), com excitatriz e ponte retificadora trifásicas de onda completa
montadas no mesmo eixo do alternador. Possue regulador eletrônico de tensão e sistema "compound",
controlando a tensãodo gerador dentro de ± 5% da tensão nominal, em qualquer estado, permanente
até a plena carga. É dotado de "space heater" destinado a eliminar umidade condensada no interior do
circuito de armadura, para regiões cujo clima propicie tal condição.
É autoventilado, horizontal, com grau de proteção IP– 23, mancais de rolamentos lubrificados à graxa,
para ligação a terra. As ligações e conexões de peças metálicas à base são feitas com parafusos de
rosca métrica, cabeça sextavada, dotados de porca e arruela de pressão. A montagem do grupo sobre a
base metálica é feita utilizando– se amortecedores de borracha sintética (tipo "vibra– stop").
Instalação Elétrica
É executada com condutores flexíveis, em seções convenientemente dimensionadas (mínima de 1,5
mm²), com terminais prensados tipo olhal. Todos os condutores de instalação do grupo são identificados,
nas extremidades, com anilhas plásticas permanentes de identificação.
A instalação elétrica do grupo deve correr toda no interior de eletrodutos flexíveis (tipo "scal– tube" no
trecho horizontal) fixados por grampos aparafusados à base.
Todos os condutores, entre eletrodutos e os terminais do motor, ficam no interior de tubulações flexíveis.
A entrada dos condutores nos tubos flexíveis é feita através de buchas de borracha. Os cabos do
motorde arranque são instalados em eletrodutos separados.
Os eletrodutos de instalação do grupo devem terminar numa caixa de terminais fechada com tampa
metálica aparafusada. No interior da caixa de terminais, deve existir uma barra de terminais, com
identificação semelhante à dos terminais do quadro de controle.
Pintura
O grupo deve levar duas demãos de tinta base, com veículo de resina epóxi e carga de óxido de ferro, e
o acabamento também em duas demãos. Não são pintadas peças feitas de borracha, ou que contenham
tubulações flexíveis, condutores, pinos de graxa, tubulações de escape e peças de aço inoxidável.
A base do grupo deve levar uma demão de cromato de zinco e duas demãos de acabamento de esmalte
sintético na cor preta. A base, bem como o motor e alternador, são pintados isoladamente, antes da
montagem final.
Quadro Automático de Transferência
O quadro é montado em um armário de perfis e chapas de aço totalmente blindado, com portas em
dobradiças, maçanetas com trinco, sem chave e constituído de três partes distintas: uma para
regulagem estática da tensão, uma para força e outra para as proteções, com grau de proteção, no
mínimo IP 22.
A fiação interna entre instrumentos, botoeiras, chaves, disjuntores e réguas terminais (fornecidas
completas) é devidamente dimensionada, possuindo isolamento termoplástico antichama para 750 V,
com seção mínima de 1,5 mm² para controle e 2,5 mm² para força. Os fios e cabos de controle são
agrupados e identificados de forma permanente, referindo– se aos circuitos e a cada terminal.
As réguas terminais são confeccionadas com material de capacidade térmica suficiente para suportar,
sem danos, a passagem de correntes permanentes e de curto– circuito inerentes aos condutores,
correspondentes aos terminais. São resistentes à corrosão. Não são utilizadas réguas terminais do tipo
aperto direto ao cabo pelo parafuso do terminal. As réguas terminais possuem número suficiente de
reservas (mínimo de 10), para ampliação futura.
O quadro deve possuir furação para colocação de chumbadores em laje de concreto, fornecida pela
SANEAGO. A entrada e a saída de cabeação é efetuada pela parte inferior. A lógica do quadro de
comando é baseada em cartões eletrônicos modulares, evitando– se relés eletromecânicos.
Sistema de Automatismo
A rede é vigiada permanentemente por um controlador automático trifásico que dará partida ao grupo,
no caso de falhas ou irregularidades no fornecimento de energia. Após a normalização da tensão
produzida pelo gerador, é efetuada a transferência de carga. Com o retorno ou normalização da rede, é
feita a reversão, paralisando– se o grupo gerador, depois de decorrido tempo de supervisão, ajustável.
No caso de uma variação de tensão da rede, de 5% para mais ou menos, o controlador deve dar a
partida no grupo, após um retardamento previsto de 30 segundos, com a finalidade de vencer flutuações
de curta duração.
Quando previsto em projeto, o quadro deve possuir também uma chave (instalada remotamente) para
semi– automatismo, ou seja, partida automática em falha de rede e retorno manual.
O automatismo é de tal forma que o grupo assume o suprimento de energia em tempo máximo de 10
segundos. O sistema possue intertravamento elétrico e mecânico entre a concessionária e o grupo de
emergência, com a finalidade de evitar energização da rede da concessionária pelo grupo. Sempre que
possível, são usadas chaves contactoras, para a construção da chave de transferência.
O equipamento deve permitir tentativas de partidas com intervalos reguláveis. No caso de qualquer
impedimento na última tentativa sem êxito, deve acionar alarme sonoro, indicando simultaneamente no
painel, por sinalização ótica, que o sistema está bloqueado.
Durante a operação, o grupo gerador diesel é controlado em relação às seguintes falhas:
◦ Falha na partida;
◦ Pressão insuficiente de óleo lubrificante;
◦ Temperatura excessiva do motor;
◦ Gerador sobrecarregado;
◦ Curto– circuito;
◦ Controle do fluxo de água de arrefecimento;
◦ Nível de combustível;
◦ Velocidade excessiva.
Ocorrendo uma das três primeiras falhas apontadas, as respectivas sinalizações ótica e sonora são
acionadas e o grupo automaticamente desligado. Simultaneamente o sistema é bloqueado e a
respectiva sinalização ótica indicará tal condição.
No caso de sobrecarga do gerador, deve haver sinalização ótica (pisca– pisca) e soar o alarme,
continuando o mesmo em operação com a finalidade de proporcionar arrefecimento o mais rápido
possível. Deve ainda dispor de proteção por disjuntores térmicos de sobrecorrente. Na hipótese de um
curto– circuito, a proteção atua separando o grupo do setor defeituoso.
Em caso de qualquer irregularidade no fluxo de água de arrefecimento, o alarme soará. São indicados
oticamente no painel: “circuito de água defeituoso”, para grupos geradores com torre de arrefecimento;
e “falha no ventilador”, para grupos geradores com radiador. Quando o nível de combustível não for
suficiente para meia hora de operação, deve haver indicação ótica no quadro.
A operação de parada do grupo gerador no retorno ou regularização da rede é controlada por um
sistema temporizado para evitar a reversão da carga em falsos picos de retorno. Por meio desse sistema,
o grupo deve permanecer em operação por um tempo regulável de O a 15 minutos, após o qual é
efetuada a reversão da carga, permanecendo o grupo ainda em funcionamento, por período também
ajustável, com vistas ao arrefecimento do motor diesel.
Instrumentação de Medição.
São os seguintes os instrumentos de medição dos geradores classe especial:
◦ 3 amperímetros com escala apropriada;
◦ 3 transformadores de corrente, para os amperímetros;
◦ 1 voltímetro, escala apropriada;
◦ 1 comutador para o voltímetro para leitura nas 3 fases;
◦ 1 comutador para voltímetro, de 2 posições, para permitir a leitura de tensão do gerador
e da rede;
Todos os instrumentos e ferramentas necessários aos testes de aceitação são fornecidos pelo
fabricante.
6.4 – Garantia
Todos os materiais e equipamentos são garantidos contra defeitos de fabricação, a partir da data de
funcionamento dos mesmos. A garantia contra desempenho insatisfatório é válida pelo prazo de 12
meses, a contar da data de funcionamento do mesmo, no local definitivo de instalação.
6.5 – Documentação
A documentação deve incluir, obrigatoriamente, as seguintes informações:
• Curvas características típicas;
• Desenhos de dimensões externas principais e disposições dos equipamentos incluindo
pesos, mostrando as ligações mecânicas a serem feitas;
• Diagramas elétricos elementares de interligação,
• Diagramas elétricos e eletrônicos completos e detalhados dos equipamentos;
• Relação e descrição dos testes a serem efetuados;
• Relação de acessórios;
• Indicação detalhada e clara de todas as garantias referentes ao equipamento e seus
acessórios;
• Manuais de operação e manutenção;
• Catálogos completos de todos os equipamentos propostos;
• Lista de desvios e exceções da presente especificação, com a correspondente justificativa.
6.6 – Sistema Externo de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SEPDA)
Normas
São observadas todas as exigências contidas nas normas da ABNT sobre o assunto e de modo especial a
NB– 165/70– Proteção de edificações contra descargas elétricas atmosféricas (NBR– 5419).
Definição
Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) compõem– se de um sistema externo
(SEPDA) e um interno (SIPDA).
O sistema externo (SEPDA) é um conjunto de dispositivos que, sem aumentar a probabilidade de
incidência de descargas atmosféricas numa determinada região, procura criar caminhos preferenciais
para as correntes de descarga em direção ao solo, de modo a evitar que as mesmas atinjam as
estruturas, objeto da proteção.
Características t écnicas
A finalidade dos terminais aéreos na estrutura a ser protegida é interceptar as descargas em pontos
preferenciais, minimizando consequentemente a penetração da corrente de impulso atmosférico que
poderia ter seguido um caminho aleatório na cobertura da edificação, com possibilidade de provocar
danos eletromecânicos graves e até incêndios.
As correntes de descargas atmosféricas seguem caminhos de menor impedância, a menos que estejam
cobertos pela zona de proteção. Os volumes expostos (reservatórios de água, casas de máquina de
elevadores, etc.) são mais propensos a serem atingidos.
Busca– se minimizar os possíveis efeitos indiretos perigosos à vida, associados ao fenômeno, como a
elevação de potencial no solo, através de cuidados de projeto. Tais efeitos não decorrem da instalação
do sistema de proteção, mas da ocorrência do fenômeno em si, não sendo possível eliminar os riscos de
forma absoluta. A função dos condutores de descida é fornecer um caminho de baixa impedância desde
os terminais aéreos até os eletrodos de terra, de modo que a corrente de surto atmosférico possa ser
Cópia não controlada quando impresso
Manual de Obras
da Saneago –
Capítulo 7 –
Estruturas
7 – ESTRUTURAS
Norma Título
NBR-7480 Barras e Fios de Aço Destinados a Armaduras para Concreto armado especificação;
NBR-7481 Telas de Aço Soldadas para Armadura de Concreto- especificação;
NBR-7482 Fios de Aço para Concreto Protendido- especificação;
NBR-7483 Cordoalhas de Aço para Concreto Protendido- especificação;
Fios, Barras e Cordoalhas de Aço Destinado a Armaduras de Protensão Ensaios de Relaxação Isométrica-
NBR-7484
Método de Ensaio;
NBR-7212 Execução de Concreto Dosado em Central- Procedimento:
NBR-7681 Calda de Cimento para Injeção- especificação;
NB-1 ou NBR-6118 Cálculo e Execução de Obras de Concreto Armado;
NB-11 ou NBR-
Cálculo e Execução de Estrutura de Madeira;
7190
NR-14 ou NBR-8800 Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios;
NBR-7187 Cálculo e Execução de Pontes de Concreto Armado;
NBR-7197 Cálculo e Execução de Obras de Concreto Protendido;
CE-18:305.01-002 Concreto– Preparo, Controle e Recebimento.
CE-18:03.07-001 Concreto Projetado– especificações;
CE-18:03.15-001 Concreto Projetado- Procedimento para aplicação por via Seca;
CE-18:03-15-002 Concreto Projetado- Procedimento para Qualificação do Mangoteiro.
É proibido o uso de aditivo acelerador de pega com composto ativo a base de cloreto de cálcio em
estruturas de concreto armado e/ou protendido.
Os aditivos serão armazenados em locais apropriados, de maneira a não alterar as suas propriedades. O
período máximo de armazenagem será de 180 dias, a menos que a contratada comprove com novos
ensaios, que não houve alterações nas propriedades do aditivo.
Os aditivos serão adicionados a cada traço. Deverão ser diluídos numa porção de água de amassamento,
que será adicionada à mistura por meio de um dosador mecânico, capaz de realizar medidas rigorosas, e
de maneira a garantir uma distribuição uniforme do aditivo em toda a massa do concreto, durante o
tempo especificado para a mistura.
7.1.5 – Formas e escoramentos
Disposições Gerais
A execução das formas deverá obedecer às normas NBR-6118, NBR-8.800 e NBR-7191.
As formas, moldes para estruturas de concreto, serão estanques, lisas, solidamente estruturadas e
apoiadas, devendo sua liberação para as concretagens ser precedidas de aprovação.
As formas serão feitas de tábuas de madeira aparelhada, madeira compensada, madeira revestida, de
placas metálicas e de chapas de aço ou de ferro.
As formas serão projetadas e construídas pela contratada com materiais apropriados e aprovados pela
Fiscalização.
A madeira utilizada nas formas deverá apresentar-se isenta de nós fraturáveis, furos ou vazios deixados
pelos nós, fendas, rachaduras, curvaturas ou empenamentos.
A espessura mínima das tábuas a serem usadas será de 25 mm. No caso de madeira compensada, esta
mesma espessura será de no mínimo 10 mm. Caso onde haja necessidade de materiais de espessuras
menores serão aprovados pela Fiscalização.
Fazem parte da fôrma não apenas a madeira em contato com o concreto, mas também toda aquela que
for necessária à transferência das cargas para as cabeças das peças verticais de escoramento.
As formas serão usadas onde houver necessidade de conformação do concreto segundo os perfis de
projeto, ou de impedir sua contaminação por agentes externos.
As formas serão projetadas e construídas pela contratada de acordo com as indicações de projeto e será
submetido à aprovação da Fiscalização. Essa aprovação não exime a Contratada da responsabilidade por
qualquer falha que possa ocorrer. Qualquer parte da estrutura que se afastar das dimensões e/ou
posições indicadas nos desenhos será removida e substituída, sem ônus para a SANEAGO.
As formas deverão ter resistência suficiente para suportar pressões resultantes do lançamento e da
vibração do concreto, mantendo-se rigidamente na posição correta e não sofrer deformações.
Serão suficientemente estanques para impedir a fuga de nata de cimento.
Qualquer vedação que seja necessária será feita com materiais e técnicas aprovadas pela Fiscalização.
A Fiscalização, antes de autorizar qualquer concretagem, fará uma inspeção para certificar-se de que as
formas se apresentam com as dimensões corretas, isentas de cavacos, serragem ou corpos estranhos e
de que a armadura está de acordo com o projeto.
As formas, desde que não sejam fabricadas com peças plastificadas, serão saturadas com água, em fase
imediatamente anterior a do lançamento do concreto, mantendo as superfícies úmidas e não
encharcadas.
As formas remontadas deverão sobrepor o concreto endurecido, do lance anteriormente executado, em
não menos de 10 cm e fixadas com firmeza contra o concreto endurecido de maneira que, quando a
concretagem for reiniciada, elas não se alarguem e não permitam desvios ou perda de argamassa nas
juntas de construção serão usados, se necessário, vedações com isopor, parafusos ou prendedores
adicionais para manter firmes as formas remontadas contra o concreto endurecido.
Em formas comuns, quando da concretagem, deverá manter permanente vigilância para evitar os
citados desvios.
Os tirantes de aço utilizados como espaçadores internos das formas, impedindo que se destaquem sob
ação do empuxo do concreto, serão envolvidos por um tubo de PVC apropriado, que os manterão
isolados, permitindo sua retirada na desforma.
Nas paredes cilíndricas de reservatório será dada preferência a sistema de formas deslizantes ou
equivalentes sem atravessar a parede com tirantes de fixação, devendo o projeto ser previamente
submetido à Fiscalização para aprovação.
Tipos de formas
As formas a serem utilizadas deverão enquadrar-se nos tipos discriminados a seguir, de acordo com sua
modalidade de uso:
• Forma de madeira comum;
• Forma plana de madeira estrutura;
• Forma plana de madeira- aparente;
• Forma curva de madeira- estrutura;
• Forma curva de madeira- aparente;
• Forma metálica.
Na confecção de concreto aparente só será permitido o uso de formas constituídas de peças uniformes.
Será proibido o uso de peças que venham a ocasionar impressão de concreto remendado.
Na face que recebe o concreto, as juntas das madeiras deverão apresentar-se rigorosamente
concordantes entre si.
Fixação das formas
Para estruturas hidráulicas, será obrigatório o uso de tirantes espaçadores do tipo núcleo perdido, ou
tirantes de 5/8" rosqueadas nas extremidades com tarugo de madeira ou cone em plástico e porca
comum com arruelas.
Os arames ou tirantes para fixação das formas deverão receber tratamento com argamassa seca socada
("Dry- pack").
Em formas para superfícies de concreto de fundações, poderão ser utilizadas tábuas de madeira de boa
qualidade, sem curvaturas.
Em formas para superfícies de concreto estrutural a ser revestido, deverão ser usadas chapas de
madeira compensada resinadas, sempre com aspecto de primeiro uso.
Em formas para superfícies de concreto aparente, serão utilizadas chapas de madeira compensada
plastificadas, sempre com aspecto de primeiro uso.
Juntas das formas
Todas as quinas e justaposições serão do tipo "mata-junta", ou seja, uma lâmina plana não poderá
atravessar as emendas da fôrma.
Nas emendas e juntas das formas, será utilizada massa de vidraceiro ou outro material capaz de vedá-
las. Sempre que houver junta de concretagem, deve-se usar na fôrma frisos para camuflá-las.
Salvo indicação em contrário, todos os cantos das formas deverão levar uma peça de madeira com
seção transversal no formato de triângulo isóscele, tendo os dois lados iguais um comprimento de 15
mm. O objetivo é eliminar os cantos vivos nas peças moldadas, e facilitar sua desmontagem.
Reaproveitamento das formas
As formas serão reaproveitadas desde que continuem com um aspecto de "primeiro uso". Para isso serão
adotadas as seguintes providências:
• Aquisição de chapas de boa qualidade;
• Manter as bordas das chapas sempre vedadas contra infiltrações usando, para isso, tinta
especial;
• Utilizar desmoldantes de boa qualidade e que não manchem o concreto;
• Limpá-las logo após o uso;
• Armazenar as chapas em local abrigado.
7.1.6 – Escoramento e cimbramento
Escoramento
Será constituído por peças de madeira ou, de preferência, por peças de aço (escoras tubulares),
convenientemente apoiadas e contraventadas. Estas peças não deverão apresentar deformações,
defeitos ou irregularidades que possam comprometer seu comportamento. O valor máximo permitido
para a soma das deformações localizadas no apoio inferior, nas emendas porventura existentes e no
suporte que sustenta a estrutura das formas não deverá ultrapassar 5 mm.
Precauções especiais serão tomadas para manter as deformações dentro destes limites.
Para o dimensionamento das formas, de sua estrutura e do escoramento, será considerada além do seu
peso próprio e do peso do concreto fresco considerando, com suas dimensões finais, uma sobrecarga de
trabalho de no máximo 0,75 KN/m².
O escoramento deverá estar contraventado de modo a resistir no mínimo à ação de um vento atuando
com uma velocidade de 27 m/s (pressão básica de 0,45 KN/m²) ou a uma força horizontal equivalente a
1% do peso do concreto fresco, acrescido do peso da forma e da sobrecarga, aplicada no topo superior
de cada escora.
Cimbramento
As escoras serão de madeira ou metálicas (tubulares ou não) e providas de dispositivos que permitam a
retirada de cimbre.
A contratada, antes de executar o cimbramento, deverá apresentar a Fiscalização, para aprovação, um
projeto adequado do tipo de construção a ser executado, admitindo-se no cálculo que a densidade do
concreto armado será de 2500 Kgf/m³.
Tal aprovação não exime a contratada das responsabilidades inerentes à estimativa correta das cargas,
dos esforços atuantes e da perfeita execução dos serviços.
O controle de estabilidade será feito por meio de defletômetro ou nível de alta precisão, colocado de
modo a visar pontos suscetíveis de arreamento.
A contratada deverá estar equipada com macacos de rosca e cunhas de madeira dura para deter
qualquer recalque das formas, durante o lançamento do concreto e antes do início da pega.
Será feita uma previsão para assegurar a contra flecha permanente requerida na estrutura, bem como
previstos meios para correção de possíveis depressões ou distorções durante a construção.
O ajustamento será feito de modo a permitir o rebaixamento gradual do cimbramento durante a sua
remoção. Havendo recalques ou deslocamentos indevidos, a concretagem será suspensa, retirando-se
todo o afetado.
Antes de se reiniciarem os trabalhos, o escoramento será reforçado e corrigido até alcançar a forma
necessária. Nenhuma remuneração cabe à contratada por este trabalho suplementar, eventualmente
necessário.
Quando a laje de cobertura for em cúpula esférica, o cimbramento deverá conduzir à construção de
paralelos da cúpula esférica, sobre os quais apoiam segmentos dos meridianos, de forma a manter um
espaçamento conveniente e aproximadamente constante para os painéis de compensado das formas.
Serão tomados os cuidados prévios para se evitar concentrações de carga na laje de fundo reservatório
que suporta o escoramento da laje de cobertura.
A Fiscalização não liberará as concretagens sem que tenham sido cumpridos os requisitos mínimos aqui
indicados.
7.1.7 – Retirada das formas e do cimbramento
A retirada das escoras, das formas e do cimbramento só será feita quando o concreto estiver
suficientemente endurecido para resistir às ações que sobre ele atuarem e não conduzir a deformações
inaceitáveis, tendo em vista o valor do módulo de deformação do concreto (EC) e a maior probabilidade
de grande aumento da deformação lenta, quando o concreto é solicitado com pouca idade.
Para pequenas obras, que não exijam controle tecnológico, serão obedecidas as prescrições da NBR-
6118, item 14, que indicam os seguintes prazos:
• Faces laterais: 3 dias;
• Faces inferiores: quatorze dias, tendo-se o cuidado de deixar pontaletes e transversinas,
para impedir as deformações das partes concretadas;
• Faces inferiores sem pontaletes: vinte e oito dias.
Estes prazos poderão ser modificados, a critério da Fiscalização, desde que tenham sido atendidas as
medidas de cura do concreto e verificada a resistência deste.
A operação de retirada do cimbramento, sendo uma fase particularmente importante no que se refere à
transferência de cargas para a estrutura, será executada com segurança e dentro dos critérios
estruturais adequados, sem choques e sem que apareçam esforços temporários não previstos. Não será
executada sem apresentação e aprovação, pela Fiscalização, do plano de desforma.
7.1.8 – Aprovação do projeto de formas
O projeto de formas e de suas estruturas de sustentação será de responsabilidade da contratada.
A contratada deverá remeter à Fiscalização, no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes da execução da
superestrutura, o projeto de forma e escoramentos.
Quando a contratada, por opção ou indicação da SANEAGO utilizar Sistemas Metálicos de formas e
escoramentos, será de inteira responsabilidade da contratada a utilização do sistema então projetado, e
obedecerá às indicações anteriores de contraventamento. O projeto do sistema metálico deverá também
ser apresentado à Fiscalização para apreciação e comentários.
Entretanto, a liberação desses projetos e planos não eximirá a contratada de sua plena responsabilidade
com relação a todos os aspectos envolvidos no projeto e execução destes serviços.
7.1.9 – Aços
A SANEAGO fixará as características exigíveis ao recebimento, bem como na execução de todos os
trabalhos relacionados com barras, fios de aço e malhas soldados, destinados à armadura de concreto.
Deverão ser observadas as normas NBR-7480, NBR-7482, NBR-7483 e NBR-7481.
Ensaios
Cópia não controlada quando impresso
Em cada fornecimento de barras ou fios de mesma seção nominal e de mesma categoria, verificar o
peso do material fornecido. Se não estiverem preenchidas as condições de homogeneidade, rejeitar as
barras ou fios que não as preencham. Repartir as barras e fios não rejeitados em lotes de mesmo peso
(aproximadamente), de acordo com o critério a seguir indicado, não se permitindo, no entanto, menos
de dois lotes.
Separar, ao acaso de cada lote, uma barra ou rolo e providenciar a extração de uma das extremidades
dessa barra ou rolo, de um segmento de aproximadamente 220 cm de comprimento, desprezando-se a
ponta de 20 cm da barra, que será considerado como amostra representativa do lote.
Remeter a amostra devidamente autenticada para um laboratório idôneo e com a aparelhagem
necessária, onde se executarão os ensaios de recebimento. No caso de malhas soldadas, dever-se-á
isolar um dos fios, cortando os fios transversais a ele soldados, de um e de outro lado do nó, mas sem
destruir as soldas das ligações.
Comparar, para cada lote do fornecimento, os resultados obtidos nos ensaios de recebimento, com as
exigências destas especificações.
No ensaio de tração do aço CA-50 A, a amostra deverá apresentar tensão de escoamento igual ou
superior a 50 Kgf/mm² e alongamentos iguais ou superiores a 8% em 10 Ø sendo Ø o diâmetro nominal.
A relação entre tensão de ruptura (limite de resistência) e a tensão de escoamento, de cada amostra,
será pelo menos igual ao mínimo de 1,1.
No ensaio de dobramento, com diâmetro do pino igual a 4Ø para Ø < 25 mm e 5Ø para Ø= 25 mm, a
amostra deverá suportar o dobramento de 180° sem fissuração ou ruptura. O lote será aceito caso todos
os ensaios referentes à amostra sejam satisfatórios.
Caso um ou mais desses resultados não satisfaçam as referidas exigências, a barra ou rolo do qual foi
retirada a amostra será separado e rejeitado. Serão retirados para contraprova, duas outras barras ou
rolos do mesmo lote, formando novas amostras, as quais serão submetidas a ensaios de tração e
dobramento. O lote será aceito, caso todos os resultados dos ensaios, referentes às novas amostras
sejam satisfatórios. O lote será rejeitado, caso qualquer um desses novos resultados não satisfaça as
referidas exigências.
Se mais de 20% dos lotes de um fornecimento tiverem que ser rejeitados, todo fornecimento será
rejeitado, ou desclassificado para uma categoria inferior, a cujas condições de utilização devam
obedecer.
Em casos especiais, o critério de aceitação ou rejeição será o critério estatístico indicado no item 7.3 da
EB-3.
A tolerância de comprimento será de ± 9%. Permite-se existência de até 2% de barras curtas, porém de
comprimento não inferior a 6 m.
Os materiais rejeitados serão imediatamente retirados do canteiro de obra sem ônus para a SANEAGO.
Estocagem
A estocagem (armazenamento) do aço é fundamental para a manutenção de sua qualidade, assim, este
será colocado em local abrigado das intempéries, sobre estrados a 75 mm, no mínimo, do piso, ou a 0,30
m, no mínimo, do terreno natural. O solo subjacente deverá ser firme, com leve declividade e recoberto
com camada de brita. Recomenda-se cobri-lo com plástico ou lona, protegendo-o da umidade e do
ataque de agentes agressivos. Serão rejeitados os aços que se apresentarem em processo de corrosão e
ferrugem, com redução na seção efetiva de sua área maior do que 10%.
O armazenamento será feito separadamente para cada bitola. Deverão também ser tomados cuidados
para não torcer as barras, evitando-se a formação de dobras e o emaranhamento nos feixes recebidos.
A Fiscalização fará uma inspeção preliminar, onde será verificado se a partida está de acordo com o
pedido e se apresenta homogeneidade geométrica, assim como isenção e defeitos prejudiciais, tais
como: bolhas, fissuras, esfoliações, corrosão, graxa e lama aderente.
Os aços utilizados apresentarão a designação da categoria, da classe do aço e a indicação do coeficiente
de conformação superficial, especialmente quando este for superior ao valor mínimo exigido para a
categoria.
Será retirada, para ensaio, uma amostra de cada partida do material que chegar à obra. A amostragem
deverá obedecer a NBR-7480.
Corte e Dobramento
As barras e telas, antes de serem cortadas, serão endireitadas. Os trabalhos de retificação, de corte e de
dobramento serão efetuados com todo o cuidado, para que não sejam prejudicadas as características
mecânicas do material.
Os dobramentos das barras serão feitos obedecendo-se ao especificado no item 12, Anexo 1 da NBR-
7480, sempre a frio.
As tolerâncias de corte e dobramento ficam a critério da Fiscalização. Emendas das Barras e Telas de Aço
Soldadas serão feitas obedecendo-se rigorosamente aos detalhes dos desenhos de projeto elaborado
conforme NBR-6118.
A contratada poderá propor a localização das emendas, quando não indicadas especificamente nos
desenhos do projeto, assim como substituir emendas de transpasse por emendas soldadas ou barras
contínuas, desde que com aprovação da Fiscalização.
Nas lajes, será feita a amarração dos ferros em todos os cruzamentos, sendo que a montagem deverá
estar concluída antes do início da concretagem.
Os eletrodos empregados na soldagem serão constituídos por metais de características adequadas às do
metal base das barras. Deverão possuir revestimento básico, para evitar fissurações pela absorção de
nitrogênio.
Qualificação dos Soldadores
Todas as soldas efetuadas no campo serão marcadas, a fim de se identificar o soldador.
O procedimento para testes e qualificação de soldadores seguirá as exigências mínimas estabelecidas
nas Normas ABNT MB 262 ou ASME, Seção IX.
Os certificados de qualificação de soldador serão emitidos pela Fiscalização. Cada soldador será
qualificado para função específica, não se considerando que o soldador manual esteja implicitamente
qualificado como operador para soldagem automática e vice-versa.
A Fiscalização acompanhará a qualificação dos soldadores, que será feita com o emprego de material a
ser efetivamente aplicada na obra, com eletrodo de maior diâmetro.
Na execução da soldagem, tanto de topo como de lado, serão tomadas as seguintes precauções:
• Evitar aquecimento excessivo, para impedir aparecimento de compostos de têmpera frágil,
que viriam a diminuir a tenacidade das barras;
• Nas barras de grande diâmetro, a solda será feita em X, sendo as extremidades das barras
chanfradas a serra ou com esmeril;
• A soldagem será feita em etapas sucessivas, não se iniciando uma nova etapa antes que a
anterior esteja completamente fria; a soldagem será feita com arco curto, para evitar a
absorção de nitrogênio;
• A soldagem de barras de aço CA-50 só será executada quando autorizada pela Fiscalização;
forma.
A armadura será mantida na posição pelo uso de suportes, espaçadores ou concreto. Todo suporte
deverá ter resistência suficiente para manter a armadura em posição, durante toda a operação de
concretagem e não será admitida, em hipótese alguma, a fixação destes suportes na armadura através
de solda.
Serão usados de tal forma que não fiquem expostos ou contribuam de qualquer maneira para a
deslocação ou deterioração do concreto. Os suportes de concreto serão fabricados com traços
equivalentes ao usado na estrutura a ser concretada, porém com agregados apropriados às suas
dimensões.
Poderão também, alternativamente, ser usadas pastilhas de forma piramidal, desde que mantidos as
dimensões do cobrimento e o contato pontual com a forma. Blocos de madeira, argamassa ou de
concreto não serão admitidos como espaçadores. Dando-se preferência a espaçadores plásticos.
Para travamento de formas, será permitido usar parafusos, tirantes de aço passantes (ferros de 5/8"),
com cones perdidos e parafusados (para serem preenchidos posteriormente) ou de núcleo perdido,
desde que estes recebam tratamento posterior, conforme metodologia descrita neste Manual.
Não será permitido o uso de tensores de fôrma que passem pelo interior de tubos plásticos, em
estruturas hidráulicas e estruturas enterradas.
A utilização de tensores do tipo núcleo perdido deverá seguir orientação da Fiscalização.
As extremidades dos tirantes metálicos embutidos, usados na amarração da forma, deverão terminar
(por corte posterior a concretagem ou outro recurso) embutidas dentro das superfícies de concreto na
mesma profundidade igual do recobrimento da ferragem.
Os vazios dos extremos serão preenchidos com concreto ou argamassa, de mesmo traço de concreto,
colado com SIKADUR-32 ou outro produto que a Fiscalização indicar.
Serão admitidos tirantes removíveis, dotados de "camisas" (tubos de material termoplástico) removíveis
e, nas extremidades cones de PVC. Após a cura do concreto serão retirados os cones e as camisas
Os vazios serão preenchidos, com argamassa ou concreto, tomando-se os seguintes cuidados:
• Estruturas hidráulicas: passar no orifício o adesivo Sikadur-32 e, imediatamente fazer o
enchimento com argamassa de cimento e areia (no traço 1:3) com aditivo recomendado
pela Fiscalização.
• Estruturas comuns: será feito apenas o enchimento do orifício com argamassa sem o uso do
adesivo Sikadur-32.
Quando o projeto especificar o tirante a ser usado e a indicação do material e técnica de enchimento do
orifício, esta especificação de projeto prevalecerá.
Limpeza das Armaduras
As armaduras, antes do início da concretagem, deverão estar livres de contaminações, tais como
incrustações de argamassa, salpicos de óleo ou tintas, escamas de laminação ou de ferrugem, terra ou
qualquer outro material que, aderido às suas superfícies, reduza ou destrua os efeitos da aderência
entre o aço e o concreto.
A Fiscalização deverá inspecionar e aprovar a armadura em cada elemento estrutural depois que esta
tenha sido colocada, para que se inicie a montagem das formas.
As armaduras instaladas em desacordo com esta regulamentação serão rejeitadas pela Fiscalização e
removidas pela contratada, sem ônus para a SANEAGO.
apresente sem vazamentos ou infiltrações de qualquer magnitude, como, por exemplo, através de:
◦ Porosidades ou segregações no concreto;
◦ Juntas de concretagem;
◦ Trincas;
◦ Interface entre o concreto e tubulações;
◦ Juntas de dilatação.
• Resistência e estabilidade estruturais: Reservatórios são, em geral, estruturas esbeltas e
sensíveis, principalmente a movimentações da fundação. O consequente aparecimento de
trincas ou fissuras se reflete de imediato na perda da estanqueidade. Uma criteriosa e
cuidadosa execução das fundações e da estrutura, com a aplicação de materiais de
qualidade e resistência comprovadas e a fiel obediência ao projeto e às especificações, são
requisitos indispensáveis para a construção de um reservatório estruturalmente resistente e
estável.
• Durabilidade: A resistência de uma estrutura do concreto armado ou protendido sujeita a
ambientes agressivos está intimamente ligada aos seguintes fatores:
• Cobrimento das armaduras, com especial atenção para a face inferior da laje de cobertura,
onde as falhas de cobrimento ocorrem com grande frequência;
• Fator água/cimento– a utilização de menores fatores água/cimento, propiciando maior
resistência ao concreto;
• Tipo do cimento e consumo mínimo por m³;
• Qualidade dos agregados sendo que os de origem cristalina são em geral os mais
resistentes;
• Cura- uma cura bem-feita evita o fissuramento do concreto;
• Qualidade da superfície e estanqueidade das formas- formas lisas e estanques resultam
numa superfície menos porosa do concreto.
7.2.2 – Dosagem
A contratada submeterá à aprovação da Fiscalização a dosagem de concreto que pretende adotar para
atingir e respeitar os limites previstos nos critérios de durabilidade, a resistência característica da
compressão (fck) indicada nos projetos. Para isso, deverá apresentar um certificado de garantia
comprovando que tal dosagem cumpre esse requisito.
A dosagem do concreto será experimental, de acordo com NBR-6118.
Para alcançar o objetivo pré-fixado, serão feitos, com a devida antecedência, antes de proceder a
concretagem, estudo do traço, com testes de prova com misturas de diferentes composições.
Os corpos-de-prova resultantes dessas diversas misturas serão devidamente catalogados e
individualizados, depois submetidos aos ensaios especificados nos métodos NBR-5738 e NBR- 5739 da
ABNT, determinar quais as dosagens a serem adotadas e aprovadas pela Fiscalização.
Uma vez determinada a dosagem, esta será obedecida integralmente na execução do concreto. Só
poderá sofrer alterações se, em ensaios sucessivos, a critério da Fiscalização, ou sob proposta da
contratada devidamente aprovada, tais mudanças conduzirem ao mesmo resultado ou a resultados
melhores que os obtidos no primeiro ensaio.
Sempre que houver modificação nas características dos materiais componentes do concreto, ou outros
motivos, a critério da Fiscalização, serão feitos os ajustes necessários na dosagem.
A proporção dos materiais deverá resultar em um concreto com trabalhabilidade compatível com as
características das peças a serem concretadas, considerando-se suas dimensões, densidade e
espaçamento das armaduras. Para se obter a resistência e a durabilidade requeridas e dar a adequada
proteção às armaduras contra os efeitos de um meio ambiente desfavorável, as quantidades de cimento
não serão inferiores aos valores mínimos, e a relação água/cimento não poderá ultrapassar os valores
máximos, os quais são apresentados a seguir.
• Estruturas em conta to com água bruta, água t ra tada, solo e gases agressivos.
Tipos de Cimento:
◦ CPII- E- Cimento Portland Composto com Escória;
◦ CPII- Z- Cimento Portland Composta com Pozolana;
◦ CPII- F- Cimento Portland Composto com Filler;
◦ CPIII- Cimento Portland de Alto Forno;
◦ CPIV- Cimento Portland Pozolânico;
◦ CPRS- Cimento Portland Resistente a Sulfatos.
◦ Índice superior a 0,85 no ensaio de Kock & Steinegger, após imersão em solução de
sulfato de sódio, e em sulfato de alumínio (estrutura da ETA).
◦ Consumo mínimo de cimento: 320 kg/m³;
◦ Relação água/cimento máxima: 0,55 l/kg.
◦ Fck = 20,0 MPa
• Estrutura em contato com esgoto e gases agressivos ou para t ra tamento de água.
Tipos de Cimento:
◦ CPIII- Cimento Portland de Alto Forno;
◦ CPIV– Cimento Portland Pozolânico;
◦ CPRS- Cimento Portland Resistente a Sulfatos
◦ Índice superior a 0,85 no ensaio de Kock Steinegger, após imersão em solução de sulfato
de cobre.
◦ Parede Diafragma
• Cimento: será usado qualquer tipo de cimento, exceto na eventualidade do lençol freático
ser agressivo, quando se deverá usar o cimento especificado para estrutura em contato com
esgoto;
• Consumo mínimo de cimento: 400 Kg/m³;
• Relação água/cimento: de acordo com abatimento inerente ao processo.
• Tubulões (concreto estrutural auto adensável)
• Base- utilizar concreto auto adensável com adição de aditivo superfluidificantes;
• Fuste- utilizar concreto convencional;
• Cimento: qualquer tipo;
• Consumo mínimo de cimento: O necessário para atender as características exigidas (físicas
e mecânicas);
• Relação água/cimento mínima: o necessário para atender às características exigidas (físicas
e mecânicas). Outras estruturas
• Cimento: qualquer tipo;
• Consumo mínimo de cimento: 270 Kg/m³;
• Relação água/cimento máxima: 0,57 I/Kg. Concreto não estrutural
• Cimento: qualquer tipo;
• Consumo mínimo de cimento: 150 Kg/m³;
• Relação água/cimento: qualquer.
Observações: Somente a Fiscalização poderá autorizar o emprego de cimento em quantidade superior a
400 Kg por m³ de concreto. Não será permitido o contato de cabos de protensão com cimento de alto
forno (ancoragens passivas etc.).
dia, subordinado à temperatura ambiente. Esta não será inferior a 10° C nem superior a 30° C, levando-
se em consideração o estado do tempo.
Esta operação não será feita em caso de chuva muito forte. Quando a chuva se iniciar durante operação
de concretagem, a Fiscalização poderá autorizar a continuação do trabalho, desde que não venha a
prejudicar o concreto, removendo as partes afetadas pela chuva até então incidentes sobre este.
A Fiscalização poderá autorizar a execução de lançamento nas horas noturnas, desde que a contratada
tenha instalado no local um sistema de iluminação eficiente, seguro e suficiente, para o bom andamento
da operação e do controle por parte da Fiscalização.
No caso de temperatura ambiente superior a 32° C, serão tomados cuidados especiais com respeito ao
esfriamento dos agregados, conservação da relação água/cimento e procedimentos construtivos para se
evitar a formação de "juntas frias" devido ao início da pega do concreto.
Em dias muitos quentes e ventilados, será evitado o início da concretagem de lajes no período da
manhã, de modo a não permitir que a pega se inicie nas horas mais quentes do dia, o que facilmente se
pode traduzir em fissuração de retração.
Esse tipo de serviço, de comum acordo com a Fiscalização, será iniciado no meio da tarde, após se
certificar da baixa possibilidade de ocorrência de chuvas.
Em nenhum caso será excedido o prazo de 45 minutos entre o início e o fim do lançamento de carga
completa de um caminhão-betoneira, para evitar possíveis segregações, salvo o concreto com utilização
de aditivo retardador de pega. Além desse prazo, a massa pronta e ainda não aplicada será rejeitada e
será removida do canteiro.
Em nenhuma hipótese será feito lançamento do concreto após o início de pega conforme o item 13.2 da
NBR-6118. O uso de grandes extensões de canaletas ou calhas afuniladas para conduzir o concreto até
as formas será permitido somente quando autorizado pela Fiscalização. Se esse sistema for adotado, e a
qualidade do concreto ao chegar na forma e seu manuseio não forem satisfatórios, a Fiscalização poderá
interditar seu uso, substituindo esse método por outros adequados. Nos locais de grande inclinação, as
canaletas ou calhas serão equipadas com placas de choque ou defletores, ou ser dispostas em trechos
curtos com alteração na direção do movimento. Todas as canaletas, calhas ou tubos serão mantidos
limpos e livres de quaisquer resíduos de concreto endurecido.
As canaletas e as calhas abertas serão metálicas ou revestidas de metal devendo aproximar-se o
máximo possível do ponto de despejo.
Quando a descarga tiver de ser intermitente, será instalada uma comporta ou outro dispositivo de
regulagem de descarga.
A altura máxima para lançamento do concreto será de até 1,50 m em peças esbeltas, como por
exemplo, paredes de 2,00 m e, nos demais casos, a critério da Fiscalização.
A distância entre dois pontos de lançamento do concreto não será maior que 2 m. Ao se concretar a laje
inferior, também serão, obrigatoriamente, concretados a mísula e o arranque das paredes, numa altura
mínima que permita a sobreposição para montagem da fôrma subsequente.
Será elaborado e apresentado com antecedência mínima de setenta e duas horas o plano de
concretagem a ser aprovado pela Fiscalização.
Durante a concretagem será feita lavagem com jato de água para expulsar a nata de cimento que
eventualmente se tenha infiltrado nas bainhas.
Lançamento em fundações
A superfície destinada a receber o concreto deverá estar perfeitamente nivelada, limpa e compactada.
Havendo água, esta terá de ser retirada antes do início da concretagem. Qualquer fluxo de água
corrente sobre a camada de concreto depositado será evitado, para impedir o empobrecimento do teor
de cimento da massa. Caso a superfície da fundação esteja seca, será umedecida antes da concretagem,
evitando-se o empoçamento de água.
Se a superfície apresentar rochas detonadas, todas as fendas e rachaduras aparentes serão preenchidas
com argamassa de cimento e areia, antes de se iniciar o lançamento do concreto.
Nas bases e fustes dos tubulões o concreto será lançado com tubulação tipo "tromba". O plano de
lançamento de concreto em tubulões será analisado e aprovado pela Fiscalização.
7.2.5 – Elementos embutidos no concreto
Os elementos das partes hidráulicas, mecânicas e elétricas a serem embutidos no concreto, tais como
canalizações conduítes, caixas de passagem e de controle etc. Deverão estar isentos de óleos, graxas ou
outras substâncias prejudiciais à aderência ou ao próprio concreto.
No caso de chumbadores para trilhos, placas de apoio etc., a serem embutidos, a colocação será feita
em concreto ou argamassa em dosagem adequada, serão utilizados aditivos para melhorar a
trabalhabilidade e diminuir a retração. As quantidades de água dos traços de concreto ou de argamassa
serão as mínimas possíveis.
7.2.6 – Adensamento do concreto
Todo o concreto lançado nas formas será adensado por meio de vibração. O número e tipo de vibradores,
bem como sua localização, serão determinados pela Fiscalização.
O concreto será lançado nas formas em camadas horizontais, nunca superiores a 3/4 do comprimento da
agulha dos vibradores, sendo logo em seguida submetido à ação destes.
A vibração será feita com aparelhos de agulha de imersão, com frequência de 5.000 a 7.000 RPM,
tomando-se o cuidado de não prejudicar as formas nem deslocar as armaduras nelas existentes.
A distância de imersão da agulha, entre um ponto e o sucessivo, não será maior do que 1,5 vezes o raio
de ação da agulha empregada; a duração de cada vibração será suficiente para a remoção do ar
incorporado e a eliminação de vazios; findo esse tempo, a agulha será retirada lentamente, para evitar a
formação de vazios ou de bolsas de ar.
De modo algum a agulha do vibrador será usada para empurrar ou deslocar o concreto nas formas.
A agulha do vibrador deve, sempre, ser operada na posição vertical, devendo o seu contato com a
armadura e a introdução junto às formas.
O adensamento do concreto dos fustes de tubulões será executado cuidadosamente, por vibração. Nas
bases será utilizado o concreto auto adensável.
7.2.7 – Cura do concreto
As superfícies de concreto fresco deverão protegidas contra as condições atmosféricas causadoras de
secagem prematura, de maneira a se evitar a perda de água.
A cura do concreto será cuidadosa, e a aspersão de água deverá prolongar-se por sete dias. Nas
superfícies das lajes será previsto o represamento de uma delgada lâmina-d ‘água, assim que se
verificar o início de pega do concreto.
O período de cura, seus métodos e tempos de duração, especificados a seguir, serão previamente
aprovados pela Fiscalização.
• Cura pela Água: O concreto, depois de lançado, será conservado úmido por um período de
tempo nunca inferior a sete dias. A cura pela água será executada por irrigação, lençol de água,
camada de areia úmida ou por cobertura com panos de saco molhados espalhados em toda a
superfície. A cura será iniciada logo após a verificação do início de pega nos trechos concretados.
Cópia não controlada quando impresso
A água será do tipo da empregada na concretagem. O período de cura será aumentado em até
50% quando:
▪ A menor dimensão da seção da viga ou da laje for maior que 75 cm;
▪ A temperatura ambiente for muito alta, ou o clima muito seco;
▪ Houver contato com líquidos ou solos agressivos;
• Cura por Pigmentação ou por Membranas: A cura por pigmentação ou por membranas
somente será executada com aprovação da Fiscalização e quando for absolutamente necessário
reduzir o tempo de cura normal.
Os produtos de cura são substâncias pulverizáveis sobre o concreto logo após o seu lançamento, para
obturar os capilares da superfície e impedir a evaporação da água de amassamento nos primeiros dias.
• Cura a Vapor: O método de cura a vapor será utilizado quando for necessária a redução do
tempo de cura e desforma. Será autorizado pela Fiscalização.
A cura a vapor só será iniciada depois de transcorrido o tempo de início de pega do concreto.
Empregando-se cimento de alta resistência inicial, o período de cura será reduzido, a critério da
Fiscalização.
7.2.8 – Juntas de concretagem
As juntas de concretagem serão feitas somente nos locais assinalados no projeto ou indicados pela
Fiscalização. Todas as juntas serão tratadas antes da retomada da concretagem. O tratamento será
executado conforme as especificações a seguir:
• Apicoamento Manual (removendo toda a camada superficial da nata de cimento): Este
processo só será executado após trinta e seis horas, no mínimo, do término da
concretagem.
• Corte Verde: Processo que consiste na aplicação de um jato de água e ar sob pressão na
superfície do concreto, assim que se constatem o início de pega e o endurecimento
superficial do concreto. Caso os resultados não se mostrem eficiente, será executado o
apicoamento manual conforme o item anterior.
Observação: em ambos os processos o aspecto final do substrato de concreto deverá estar com a nata
de cimento removida e os agregados firmes e aparentes em 30% (trinta por cento) da sua extensão, em
profundidade.
As bordas da face de todas as juntas expostas serão cuidadosamente acabadas, em alinhamento e
greide.
Quando o lançamento do concreto for interrompido por razões de emergência, as juntas de construção
serão localizadas conforme determinação da Fiscalização. Serão tomadas providências para proporcionar
interligação com a camada seguinte, abrindo as formas quando necessário, e procedendo ao tratamento
indicado a seguir:
• Remoção da Camada Superficial (na junta do concreto paralisado- mínimo de 5,0 cm). Em
superfícies planas, deixar o concreto apicoado a 90°, removendo assim, o volume de
concreto com excesso de ar incorporado e com vibração deficiente. O aspecto final da
superfície será idêntico ao especificado no tratamento do item anterior. A sequência de
concretagem só será executada após a aprovação da Fiscalização.
Ao se lançar concreto novo sobre concreto já endurecido da etapa anterior, serão observados:
• Intervalo de tempo não inferior a setenta e duas horas;
• A superfície da junta deverá estar tratada conforme a metodologia aqui explicada;
• A superfície da junta, as armaduras e as formas serão lavadas com jato de água limpa sob
pressão;
• O substrato de concreto da junta deverá estar saturado com superfície seca, condição que
será mantida durante todo o período da concretagem;
• Não poderá haver água empoçada na superfície da junta por ocasião da concretagem;
• O lançamento do concreto será executado de modo contínuo, de junta a junta.
É proibida a aplicação de argamassa ou qualquer outro material ou produto na junta precedendo a
concretagem.
7.2.9 – Acabamento superficial
O acabamento do concreto fresco será feito com réguas de madeira apoiadas nas guias-mestras e em
seguida promovido um acabamento final com desempenadeira de madeira.
Nas cúpulas dos reservatórios será executado um acabamento superficial com aplicação de uma mistura
de cimento, areia, água e aditivo polimérico (PVA ou acrílico), com espessura máxima de 0,5 cm. Este
acabamento será executado em conjunto com o desempeno do concreto fresco. Em hipótese alguma
será permitido o uso de revestimento de argamassa (chapisco e emboco) no concreto endurecido.
Todas as superfícies de concreto terão acabamento liso, limpo e uniforme e deverão apresentar a mesma
cor e textura das superfícies adjacentes. Concreto poroso e defeituoso será retirado e refeito, em
conformidade com as determinações da Fiscalização.
Nenhum serviço de reparo será levado a cabo sem que a superfície aparente da concretagem tenha sido
anteriormente inspecionada pela Fiscalização. Todos os reparos serão efetivados no prazo estabelecido
pela Fiscalização.
Nas superfícies, a critério da Fiscalização, será feito o acabamento por fricção, o qual será executado
com pedra de carborundum, de aspereza média, esmerilhando as superfícies previamente umedecidas,
até se formar uma pasta. A operação deverá eliminar os sinais deixados pela forma, partes salientes e
irregularidades. A pasta formada pela fricção deve, em seguida, ser cuidadosamente varrida e retirada.
Fica proibida a execução de argamassa ou de qualquer outro tipo de revestimento em estruturas
concebidas em concreto aparente, sobretudo em estruturas hidráulicas.
7.2.10 – Juntas de dilatação
As juntas de dilatação serão construídas nos pontos e com as dimensões e detalhes indicados no projeto.
As juntas abertas serão colocadas nos pontos designados pelo projeto. Tais juntas serão formadas pela
colocação e posterior remoção de gabarito de madeira ou outro material apropriado.
Os gabaritos serão construídos de maneira a permitir sua remoção sem danificar o serviço executado.
As juntas cheias serão feitas com materiais de enchimento que, por sua vez deverão seguir os requisitos
estabelecidos no projeto.
Serão seladas todas as juntas de dilatação nos pontos indicados nas plantas. Antes da colocação do
material selante, as juntas deverão estar completamente limpas, isentas de partículas, fragmentos de
concreto, pó ou outros materiais estranhos.
Os salpicos de concreto no espaço da junta serão removidos. A junta deverá estar seca antes da
aplicação do material de vedação.
O vedador da junta será preparado e colocado de acordo com as instruções do fabricante, com o
equipamento prescrito por este.
Qualquer material indevidamente misturado, ou cuja pega se inicie antes da colocação nas juntas, será
rejeitado, ficando a cargo da contratada as despesas correspondentes à reposição.
superfície abrasiva, quer na fase de confecção, quer por ocasião da sua introdução na bainha.
Com a finalidade de proteger contra a oxidação, quando os cabos permanecerem estocados por períodos
prolongados, será feita a lubrificação dos fios com óleo solúvel. Tal operação permitirá também reduzir o
atrito durante a protensão.
Entretanto, serão tomadas as precauções, para que todo o óleo seja removido (mediante o uso de
solventes não oxidantes e não agressivos ao aço ou pelo jateamento de mistura de água e detergente
neutro), antes da injeção de nata de cimento.
Os tipos de óleos solúveis, tais como Donx-C ou Dromus-B da Shell ou produtos similares, normalmente
satisfazem a este requisito.
7.3.2 – Bainhas
As bainhas metálicas utilizadas para os cabos de protensão serão absolutamente estanques, de forma a
não permitir a penetração da nata de cimento durante a concretagem; serão ainda flexíveis e
suficientemente resistentes para suportar o peso do concreto depositado sobre eles e as solicitações de
trações daí decorrentes.
No que se refere ao manuseio e estocagem, as bainhas deverão receber cuidados semelhantes aos
prescritos para o aço de protensão.
Não será permitido o emprego de bainha não flexível, que impossibilite a colocação dos cabos na
disposição prevista em projeto.
O fornecimento dos cabos será feito em rolos de diâmetro superior a 0,70 m e de comprimento tão
elevado quanto possível, possibilitando a confecção de toda a bainha, sem emendas. Caso estas sejam
necessárias, não serão processadas com espaçamentos inferiores a 7,00 m. No caso de emenda nas
bainhas, e entre a bainha e as trombetas, será garantida a sua absoluta estanqueidade, recomendando-
se o duplo recobrimento das extremidades a serem emendadas, por meio de chapa fina de aço (0,2 a
0,3 mm), no comprimento de 150 mm. Admitir-se-á a emenda por fitas adesivas, empregando-se, nesse
caso, três camadas na largura de 150-200 mm, apertadas firmemente por, no mínimo, seis anéis de
arame recozido.
Características especiais para as bainhas serão prescritas e utilizadas de acordo com autorização
específica da Fiscalização, em função de processos patenteados e eventualmente adotados.
Cuidados especiais na vedação entre bainha e ancoragem serão tomados, considerando-se que esta é a
situação mais vulnerável.
Antes da concretagem, é imprescindível a minuciosa verificação da completa estanqueidade das bainhas
para evitar a penetração de nata ou argamassa, mormente em decorrência da vibração.
Durante a concretagem será feita lavagem, com jato de água, para expulsar a nata de cimento que
eventualmente se tenha infiltrado nas bainhas.
7.3.3 – Cabos de protensão
Não há necessidade de se cortarem as cordoalhas no comprimento exato, uma vez que os cabeçotes de
ancoragem só serão colocados no momento da protensão.
Nenhuma cordoalha será unida a outra por meio de emendas.
As cordoalhas serão agrupadas paralelamente, de acordo com número especificado no projeto para cada
cabo, e enfiadas nas bainhas antes da concretagem.
Os fios ou cordoalhas que compõem o cabo serão adequadamente dispostos em torno de mola central,
de maneira a proporcionar o fácil acesso de pasta de injeção.
A amarração dos fios ou cordoalhas, para a constituição dos cabos, será feita por meio de fitas plásticas
adesivas ou arame recozido, sendo necessários, quando do emprego deste último, cuidados especiais
para impedir que o "nó" venha a romper a bainha.
Os cabos para parede serão confeccionados com as cordoalhas justapostas em camada única, de modo
a ter mínima espessura, do tipo usualmente empregado em lajes.
O corte dos fios far-se-á sempre a frio. Só será permitido o corte das pontas excedentes, a maçarico,
com a observância das seguintes disposições:
• Depois de decorrido, no mínimo, quarenta e oito horas do término da injeção;
• Execução antecipada da cobertura da ancoragem por meio de pano umedecido;
• Observar uma distância prudente da ancoragem suficiente para dissipação do calor
provocado pelo maçarico.
As extremidades dos fios com "botões", para uso de ancoragem passiva, serão cortadas com tesoura
dotada de faca vídea e esmeriladas para garantir a posição correta do botão.
As extremidades do cabo, na região das ancoragens, não terão amarrações, para evitar que, durante a
protensão, estas penetrem na ancoragem, dificultando a introdução das cunhas.
Também serão absolutamente limpas, isenta de respingos de cimento argamassa ou eventual
irregularidade de fios, a fim de garantir perfeito ajuste às cunhas do macaco de protensão e ajustagem
posterior do cabeçote de ancoragem. Será removida, mediante lixamento, qualquer eventual camada de
ferrugem existente na região das ancoragens.
7.3.4 – Sistema de protensão
O sistema de protensão a ser utilizado será submetido à aprovação da Fiscalização, obedecendo ao
seguinte:
• As ancoragens serão compostas de placa e cabeçote de aço, além de cunhas especiais para
ancoragem individual de cada cordoalha; em hipótese alguma os cabos ficam em contato
com concreto preparado com cimento de alto-forno (CP III);
• A trombeta de arremate de bainha, a espiral de fretagem e os tubos para injeção de nata de
cimento ficam embutidos no concreto;
• Durante a protensão, todas as cordoalhas serão puxadas simultaneamente pelo macaco;
porém, cada uma fica ancorada individualmente mediante cunhas;
Os aparelhos de ancoragem dos cabos de protensão deverão obedecer às dimensões, características
técnicas e disposição de acordo com o projeto.
Sua colocação será feita no sentido de garantir a imobilidade e a fixação da calagem de protensão.
A contratada deverá apresentar aferição recente dos manômetros do equipamento. Não atendida esta
exigência, não será autorizada a protensão.
Protensão
A estrutura somente será protendida quando o concreto utilizado atingir os valores mínimos, de
resistência à compressão axial especificado no projeto e compatíveis com a NBR-7197.
Outros ensaios serão executados se a Fiscalização julgar necessário, como o ensaio de determinação do
módulo de deformação estática e diagrama tensão-deformação (NBR-8522).
Eventuais falhas de concretagem serão recuperadas antes da protensão.
Neste caso a protensão só será executada quando os reparos atingirem resistência igual ou superior à
resistência do concreto.
Deverá ser respeitada, rigorosamente, a ordem de protensão dos cabos especificadas em Projeto.
A Fiscalização indicará a força de protensão a ser atingida e que será rigorosamente obedecida. Essa
força de protensão e a consequente deformação do cabo serão controladas com toda a precisão. Para
isto, conta-se com duas referências: uma será a pressão manométrica que, para ser precisa, necessita
de uma aferição periódica dos manômetros, e a medida do alongamento do aço.
Esse alongamento será calculado com base nos ensaios do aço efetuados por laboratório idôneo. Nos
relatórios desses ensaios deverão constar o diagrama tensão-deformação e o módulo de elasticidade do
aço a ser usado na peça.
O macaco será perfeitamente ajustado, antes da marca de referência, para que não haja erro na medida
desse alongamento.
Se durante a protensão forem obtidos valores discrepantes em relação aos valores fornecidos na tabela,
a Fiscalização será imediatamente informada e indicará as providências a serem tomadas. A contratada
deverá manter na obra especialista em protensão.
7.3.5 – Injeção nas bainhas dos cabos de protensão
Todas as bainhas serão injetadas após a protensão, a fim de proteger os cabos e garantir seu
funcionamento como peça aderente. A injeção, entretanto, somente será iniciada após o exame dos
resultados da protensão feito pela Fiscalização e pelo projetista.
Nos casos de cabos em que os fios forem lubrificados com óleo solúvel para proteção provisória contra a
corrosão ou diminuição de atrito deve-se proceder a uma primeira injeção de água para limpeza dos fios
e do duto. A lavagem deverá prosseguir até que se verifique a total isenção do óleo lubrificante nos
cabos. Depois a água deverá ser retirada por meio de ar comprimido.
Para que a injeção seja perfeita, serão verificadas as seguintes condições:
• A bainha deverá estar livre de obstruções, por nata de cimento ou corpos estranhos;
• O espaço interno será suficiente para a passagem fácil da pasta;
• O percurso do cabo não deverá apresentar quebras bruscas, devido à má colocação;
• A bainha deverá ter respiros espaçados de 15 m, no máximo.
As extremidades dos cabos deverão estar preparadas, para evitar a fuga da calda, durante e após a
operação de injeção, e permitir uma aplicação firme e segura do aparelho de injeção, sem que o ar
possa ser aspirado para dentro do duto.
Será obrigatória, antes da injeção, a limpeza do duto com ar comprimido, para expulsão da água de
hidratação do concreto, das águas da chuva ou de cura que se infiltrarem pelas extremidades dos cabos.
Nos casos de cabos colocados em furos deixados nas peças (caso da protensão transversal, por
exemplo), em que as paredes do duto forem o próprio concreto, será indispensável à lavagem do
referido duto com água para umedecer as paredes antes da injeção. Caso contrário, as paredes
absorveriam a água da argamassa comprometendo a qualidade desta e dificultando a injeção pela
diminuição de sua plasticidade.
Deverá se iniciar a injeção propriamente dita, introduzindo a lança da bomba de injeção na extremidade
do cabo.
A operação deverá ser contínua. Para isto, o alimentador da bomba de injeção deverá estar
suficientemente munido de calda para a operação.
A bomba hidráulica, acionada por motor elétrico ou motor a gasolina, deverá possuir um dispositivo
automático para passar de baixa para alta pressão, o que assegurará uma operação rápida e suave.
A velocidade de avanço da argamassa será de 6 a 12 m por minuto, para pressões em torno de dez
atmosferas.
A bomba deverá possuir um dispositivo de segurança, para não ultrapassar a pressão de 10 Kg/cm². O
Cópia não controlada quando impresso
Serão feitos ensaios de fluidez antes da entrada da calda nas bainhas, para verificação das
características de dosagem; e na sua saída, para verificação da homogeneidade da calda.
São moldadas amostras da calda injetada com seis corpos de prova cilíndricos 50 x 100 mm. A
quantidade de amostras será determinada pela Fiscalização, de acordo com o número de bainhas a
serem injetadas.
7.4 – Estrutura de concreto projetado
7.4.1 – Concreto projetado
O concreto e a argamassa projetados serão constituídos de cimento, água e agregados. Os materiais
utilizados deverão atender às especificações deste capítulo.
Podem ser utilizados aditivos, em pó ou em líquidos, bem como pozolanas (inclusive micro-sílica), fibras,
etc. desde que autorizados pela Fiscalização.
Cimento
O cimento a ser utilizado em argamassa ou em concreto projetado deverá ter seu tipo previamente
definido, para cada obra.
É vedada a mistura de cimentos de tipo, marca, procedência ou idade diferentes, sempre que não
tiverem sido realizados ensaios prévios de controle de qualidade. Caso esteja prevista a utilização de
aditivos aceleradores de pega, na argamassa de concreto projetada, será obrigatória a realização de
ensaios prévios entre os cimentos e os aditivos. Tal ensaio tem como finalidade verificar se ambos são
compatíveis.
Agregados
As características dos agregados miúdo e graúdo deverão obedecer às prescrições da NBR 7211
(Agregados para Concreto), exceto no que se refere à composição granulométrica.
Normalmente a cada máquina de projeção corresponde uma composição granulométrica ótima, função
das dimensões do mangote, do bico e das pressões de ar e água entre outros fatores.
Caso não haja uma recomendação específica do fabricante da máquina de projeção para uma
determinada aplicação, serão seguidas as curvas granulométricas especificadas pela NBR 7211.
Composições granulométricas diversas serão utilizadas desde que sua eficácia seja comprovada através
de ensaios preliminares de resistência à compressão e de reflexão. Depois de definidas as composições
granulométricas para uma certa obra, quaisquer alterações implica a exigência de novos ensaios de
caracterização.
Periodicamente serão coletadas amostras representativas dos agregados e realizados os ensaios
prescritos na Norma NBR 7211. O lote será definido para cada caso, não poderão ser menor que o
previsto na NBR 7211.
A fixação da dimensão máxima de agregado empregada depende da finalidade a que se destina o
material e da técnica de projeção a empregar. Todas as partículas de dimensões superiores à dimensão
máxima fixada serão removidas, por peneiramento, com a finalidade de se evitar entupimento do
mangote ou do bico. A umidade relativa dos agregados será mantida a mais uniforme possível.
Para uma projeção satisfatória via seca, a máxima umidade relativa do agregado miúdo será de 6%.
Usualmente valores entre 3 % e 6% são os mais satisfatórios.
Água
A água para mistura e cura será limpa e isenta de elementos prejudiciais, formadas por substâncias
estranhas, tais como óleos, ácidos e matéria orgânica. Deverá obedecer aos requisitos da NBR 6118. Em
caso de dúvida, será submetida ao teste de qualidade de água, seguindo-se as prescrições da NBR 7215
Somente serão usadas fibras de vidro, ou outro material que contenha sílica, caso ensaios prévios
demonstrem que o material não reage, deleteriamente, com os álcalis do cimento utilizado.
Limitação de Haletos
Para aplicação de argamassa ou de concreto projetados em peças protendidas o total de íons cloro (CL-),
de todas as fontes (água de mistura, cimento, aditivo e agregados), não será superior a 0,06 % do peso
do cimento. Para concreto armado esse limite será de 0,10% do peso do cimento.
7.4.2 – Dosagem
As dosagens prévias de argamassa ou de concreto projetados podem não refletir exatamente as
situações a serem encontradas no campo. Por essa razão os estudos de proporcionamento de materiais
serão conduzidos sob condições de campo, sempre que possível. Para isso será seguido o especificado:
Ensaios prévios
Deverá ser escolhida a dimensão máxima do agregado a ser utilizado, levando-se primeiramente em
consideração a capacidade dos equipamentos disponíveis.
Recomenda-se que a relação entre diâmetro interno do mangote ou do bico e a dimensão máxima do
agregado esteja entre 2,5 e 3,0. Deve-se considerar a espessura do revestimento a executar e o índice
de reflexão obtido com cada dimensão máxima de agregado, bem como suas incidências sobre o custo.
Processo de mistura seca
Após a escolha do agregado deverá ser escolhido o consumo inicial de cimento. Normalmente os
melhores resultados são obtidos utilizando-se as relações 1:4 a 1:5, em peso, entre cimento e agregados
total, sendo o consumo de cimento em torno de 350 kg/m³ a 400 kg/m³, para concreto. No caso de
argamassa os melhores resultados são obtidos para relação de cimento e agregado miúdo de 1:3 e 1:4,
em peso, sendo o consumo de cimento da ordem de 400 kg/m³ a 500 kg/m³. O consumo de água deverá
ser adaptado no local, porém, via de regra a relação água-cimento fica próxima de 0,4.
Processo de mistura úmida
O processo de dosagem será o mesmo utilizado para concreto convencional. O consumo de água deverá
ser suficiente para conferir à mistura um abatimento de 40 + ou- l0mm para equipamentos com
transporte pneumático. Para equipamentos onde o transporte será efetuado pelo processo do
deslocamento positivo, abatimentos de 80 + ou– l0 mm mostram-se adequados. No caso de argamassa,
os melhores resultados são obtidos para relações entre cimento e agregado miúdo de 1:2 e 1:4 em peso,
sendo o consumo de cimento da ordem de 400 kg/m³ a 500 kg/m³. No caso de projeção de concreto
utilizam-se relações de 1:2 e 1:5, em peso, entre cimento e agregado total, sendo o consumo de cimento
em torno de 350 kg/m³ a 500 kg/m³. O consumo de água deverá ser adaptado no local, sendo
normalmente os melhores resultados obtidos com relação água- cimento entre 0,4 e 0,6.
7.4.3 – Equipamentos
Equipamentos de proporcionamento e mistura
Os equipamentos de pesagem e mistura são capazes de manter um fluxo adequado e contínuo de
material homogêneo.
As partículas de agregado ficam revestidas com material cimentício.
O proporcionamento dos materiais deverá ser efetuado em peso. A água será adicionada em peso ou em
volume. Para serviços considerados pequenos será admitido proporcionalmente volumétrico, desde que
sejam efetuadas verificações periódicas do peso dos ingredientes adicionados a cada quatro horas de
projeção ou a cada 8 m de material projetado.
São obedecidas as condições prescritas na NBR 6118 no que se refere às tolerâncias de medidas dos
materiais.
Em obras onde haja exigência de produções mínimas de 2 m³/h de argamassa ou de concreto projetado,
o equipamento de mistura e a projetadora serão dimensionados de modo a garantir fornecimento
contínuo por, no mínimo, 30 minutos.
Via seca
Os aglomerados e os agregados serão transportados, de preferência, separados ao local onde será
efetuada a mistura. O fornecimento de aglomerantes e agregados previamente misturados e
transportados para o local de aplicação por caminhões-betoneira ou outro meio qualquer depende de
aprovação prévia.
O tempo mínimo de amassamento em misturadora será de dois minutos. Após a mistura dos
componentes, a argamassa ou concreto serão aplicados no prazo máximo de uma hora. A aceitação de
prazos superiores depende de aprovação específica. A misturadora a ser usada será tal que possa
descarregar todo o material misturado, sem que haja resíduos significativos de uma betoneira para
outra. A misturadora será inspecionada e limpa, no mínimo, duas vezes por dia ou mais a amiúde, se
necessário, de modo a se evitar acumulação de resíduos e minimizar as paralisações não planejadas.
Via úmida
Os procedimentos de proporcionamento e mistura segue as recomendações das normas NBR 6118, NBR
5750 e NBR 7212.
A utilização de misturadoras de produção contínua será aceita, desde que sejam obedecidos os
requisitos da N8R6118.
O abatimento e a uniformidade do concreto não deverão variar entre betonadas, para que seja mantida
uma produção adequada, especialmente no caso de projeções em paredes verticais e no sentido vertical
ascendente.
Maquina de projeção
Consideram-se como partes integrantes da máquina de projeção, as mangueiras separadas, que levam o
material seco ou úmido, água ou ar até o bico; uma máquina adequada que, sob pressão, introduza os
materiais no mangote e um bico de projeção que permita a ejeção dos materiais.
Qualquer equipamento que transporte o material, sob pressão, até o bico será utilizado, desde que
consiga manter uma produção adequada às características da obra.
A máquina de projeção deverá permitir ejeção de material, pelo bico, velocidades que garantam um
mínimo de reflexão e um máximo de aderência do concreto à superfície, bem como máxima
compacidade.
O bico de projeção será dimensionado de modo a permitir a ejeção de um fluxo aproximadamente cônico
de materiais.
A máquina de projeção será rigorosamente limpa ao fim de cada concretagem, em locais apropriados.
No caso de obras urbanas, serão tomadas providências para que o material de lavagem não venha a
causar obstruções nas de equipamentos.
Via seca
A máquina de projeção deverá ter dimensões e capacidades adequadas para a aplicação.
O equipamento será capaz de transportar a mistura de agregados, cimento e eventualmente aditivos
através do mangote, até o bico de projeção, continua e uniformemente, de modo a possibilitar
projeções, sem interrupções.
A máquina de projeção deverá permitir o controle da pressão de ar que movimenta a mistura seca, bem
Dependendo das condições de umidade poderá ocorrer um carreamento de água na forma de vapor no
fluxo do ar comprimido, afetando de maneira adversa às operações de projeção. Um filtro ou dispositivo
que absorva essa água será instalado na mangueira que sai do compressor. Os manômetros para
medição da pressão de ar serão mantidos em condições satisfatórias.
Via úmida
O compressor para via úmida será capaz de suprir, no mínimo, 2,5 m3/min de ar por bico e a pressão
será mantida constante, sem oscilações. No entanto, tal valor depende da quantidade de argamassa ou
de cloreto a ser projetada. Valores últimos costumam ser obtidos com o uso da relação P= V sendo P o
volume mínimo de ar no compressor e V o volume de argamassa ou de concreto a ser projetado, por
hora. A capacidade do compressor, na via úmida, independe do diâmetro do mangote utilizado no
bombeamento e da distância ou altura da bomba ao ejetor.
Suprimento de água
A pressão de água nos equipamentos de mistura seca será constante, sendo um fluxo de 0,045 m³/min
de água (451/min) a uma pressão aproximada de 0,56 MPa (5,6 kgf/cm) normalmente suficiente. A
pressão de água, no bico, será superior à do ar comprimido para assegurar que há mistura adequada ao
restante.
Nesses casos, será removido todo o material solto, bem como ser utilizado jateamento de areia para
remover resíduos de tinta, óleo, graxa e outros produtos contaminantes de modo a proporcionar a
formação de superfície rugosa que melhore a aderência da argamassa ou de concreto projetado. As
superfícies de argamassa ou de concreto projetado em juntas de construção serão limpas mediante
jateamento de areia ou de ar e água a elevada pressão. Será permitido o uso de escovas de aço para
efetuar a limpeza desde que o material não tenha atingido o tempo de fim de pega. A superfície será
umedecida, de forma a ficar saturada imediatamente antes da projeção.
Rocha
Superfícies de rocha deverão estar isentas de materiais soltos, lama e outros materiais que possam
prejudicar a aderência entre o concreto e a rocha.
Armação
As prescrições referentes à classe, categoria, limpeza, dobramento, emendas, montagem, proteção e
tolerância dos capítulos 10 e 11 da NBR 6118, serão obedecidas.
Recomenda-se que não sejam utilizadas armaduras de diâmetro superior a 20 mm.
Serão tomadas precauções especiais na colocação da armadura, seja na forma de barras ou de telas,
para evitar a criação de áreas congestionadas. O projeto e a colocação da armadura deverão levar esse
fator em conta para que seja evitada a formação de bolsões de material segregado das barras.
O cobrimento de armadura será o maior entre os valores prescritos pela NBR 6118 e os seguintes:
Para revestimentos, lajes e paredes: 20 mm no caso de argamassa projetada e 40 mm para
concreto projetado;
Para vigas e pilares: 40 mm-será evitada a amarração de barras emendadas por traspasse. Caso
venham a ser utilizadas, essas barras serão colocadas de maneira a formar a menor área de
obstrução à passagem do fluxo de material. Deve-se evitar que duas barras paralelas fiquem
adjacentes.
O menor espaçamento admissível entre barras de armadura será o maior dos valores: 2 diâmetros ou 60
mm.
Só serão empregadas telas que tiverem espaçamento igual ou superior a 50 mm x 50 mm. O traspasse
de telas emendadas será, no mínimo, de 1,5 malha.
Recomenda-se que a armadura horizontal seja posicionada a uma distância mínima de 300 mm do chão,
principalmente se este for constituído de solo não compactado ou de areia.
Após a projeção será evitado qualquer movimento ou deslocamento da armadura para que não
advenham defeitos na região concretada.
Aplicação
Os procedimentos para aplicação do concreto projetado para os processos de mistura seca, semi úmida
e úmida seguem as exigências da CEs 18:03.15-001- Procedimentos para Projeção.
A mão de obra a ser empregada, além de obedecer aos requisitos da norma citada, deverá também
satisfazer às exigências da CE 18:03.15-002- Roteiro para Qualificação do Mangoteiro.
Procedimento para aplicação
Função do equipamento
A função básica do equipamento de projeção de argamassa ou de concreto será fornecer os materiais, ar
e água ao bico de projeção, nas proporções corretas e a uma pressão satisfatória. A função do bico de
projeção será converter o material seco, que vem pelo mangote, em argamassa ou em concreto, que
será projetada na direção e com velocidade suficiente para que seja dirigido com segurança a um
determinado ponto, a alguma distância, onde ele, por impacto, fica aderido à superfície.
Posicionamento do equipamento
O posicionamento do equipamento, no Canteiro de Obras; deverá obedecer às recomendações a seguir:
• O limite de desnivelamento do compressor em qualquer sentido deverá ser no máximo de 15º,
tanto no sentido longitudinal como no transversal.
• Recomenda-se que as distâncias entre o compressor e a máquina de projeção sejam tal que evite
a poeira resultante do processo (mínimo 12 m).
• O compressor será colocado, preferencialmente, à sombra, em lugar fresco e ventilado.
• O compressor não deverá trabalhar em ambientes fechados, tais como garagens, subsolos etc.
• É sempre recomendável manter a máquina injetora o mais próximo possível do local de
aplicação.
• O comprimento total do mangote de transporte de material, desde a máquina até o bico, será o
mais curto possível curto, sem curvas desnecessárias.
Nota: este processo visa economia, rapidez, aumento de produção e maior facilidade de comunicação
entre o mangoteiro e o operador da máquina, pois a cada 15 m adicionais, na horizontal, e a cada 8m de
desnível em relação à máquina projetora, a pressão de operação dever ser aumentada em 0,035 Mpa.
Bomba d'água
A bomba d'água deverá possibilitar que a pressão seja de no mínimo, 0,1 Mpa mais alta que a pressão
do ar de projeção. O fluxo de água fornecido será contínuo e pressão estável.
Nota: diferenças de pressão inferiores conduzirão a uma hidratação insuficiente.
Equipamentos auxiliares
Andaimes, plataformas, proteções e demais acessórios de forma a permitir a aplicação do concreto ou
da argamassa projetados têm condições perfeitas de estabilidade e segurança.
Equipe de operação
Será constituída por:
• Encarregado, com experiência anterior como mangoteiro e operador de máquina;
• Mangoteiro;
• Auxiliar do mangoteiro;
• Operador;
• Encarregado do traço;
• Serventes para manuseio dos materiais, carregamento de máquinas e recolhimento e
transporte do material refletido;
• Pedreiros e ajudantes, para execução dos serviços de acabamento, quando necessário.
Nota: como a qualidade do material projetado depende da equipe de operação, será essencial que esta
seja experiente, principalmente no que diz respeito aos operadores de máquina e mangoteiros.
Funções do mangoteiro
Caberá ao mangoteiro as seguintes atribuições:
• Certificar-se de que o bico de projeção está em perfeitas condições de funcionamento e que
o revestimento de borracha está bem preso e sem desgaste excessivo que ultrapasse a
distância nominal preconizada pelo projeto de norma CE-18:306.01-001;
• Certificar-se de que o anel d'água está íntegro e sem desgastes, tendo seus furos limpos e
desentupidos;
Cópia não controlada quando impresso
previamente removidos.
O uso com sucesso, de concreto projetado em seções estruturais mais largas, requer camadas múltiplas
e planejamento cuidadoso, formas apropriadas, habilidade e cuidado contínuo na aplicação. O diâmetro
do bico de projeção será adequado, de modo a minimizar os efeitos da pane de projeção e produzir uma
aplicação uniforme e densa, mesmo nos locais difíceis. Peças estruturais ou paredes grossas são
frequentemente construídas em concreto projetado, numa só aplicação.
Esta técnica requer uma armação bem amarrada e ancorada, para ajudar a suportar o peso do concreto
fresco. O mangoteiro deverá começar na base da peça, num ângulo de aproximadamente 45° da frente
para o fundo. Com o bico mantido a 45° da superfície, o mangoteiro deverá continuar a projetar até a
espessura total da seção e assim até a parte superior da parede. Água excessiva, nesta aplicação,
causará o escorrimento do concreto, arruinando o trabalho.
Não será aconselhável a aplicação de argamassa ou de concreto projetados em peças ou regiões
estreitas e profundas.
Reflexão
A reflexão será característica inerente ao processo de projeção do concreto.
A quantidade de material refletido varia com a aplicação, pressão de ar, consumo de cimento, consumo
de água, granulometria dos agregados, uso de aditivos, densidade de armadura, espessura da camada,
experiência do mangoteiro, tipo de superfície e formato da peça.
Se a forma de pagamento do concreto projetado for por custo unitário ou por administração ("cost plus")
serão especificadas, para cada obra, as reflexões máximas permitidas, levando-se em consideração os
tipos de superfícies receptoras (rocha, madeira etc.) e tipo de aplicação.
Tabela 1 4 6 – Reflexão do concre to
Reflexão (% em peso)
Tipo de aplicação
Via seca Via úmida
Próximo da vertical descesndente (lajes, chão) 5 a 15 Até 10
Próximo da horizontal (paredes, taludes) 15 a 30 A 20
Próximo da vertical ascendente 25 a 50 10 a 40
Será proibido o reaproveitamento de argamassa ou de concreto projetado para uso em locais onde haja
requisitos de resistência e durabilidade, devendo ser removido dos locais de aplicação caso interfira nas
operações de projeção. Nas aplicações em locais onde haja embutidos (armadura, telas, cambotas,
tubos, etc.) recomenda-se remover o material refletido, concomitantemente à projeção, através do uso
de jato de ar comprimido operado por um auxiliar de mangoteiro.
Nesses casos deverá se aguardar pelo menos quarenta e oito horas a fim de evitar que a pega do
cimento existente no material refletido interfira na pega do novo traço.
A tabela 2 indica valores de reflexão encontrados em aplicações pelos processos de vias seca e úmida e
que servem de referência para acompanhamento de serviços comuns, à exceção de trabalhos como,
recuperação de estruturas, pequenas espessuras etc.
7.4.5 – Juntas de construção
As juntas de construção serão taludadas até uma lâmina numa largura de 250 a 500 mm. Caso o projeto
exija formação de construção em ângulo reto, serão tomadas precauções especiais para evitar ou para
remover da junta o material refletido.
A superfície de argamassa ou de concreto projetado deverá ser preparada de acordo com o especificado
no item Concreto e Alvenaria, antes do lançamento da argamassa ou do concreto sobre ela.
7.4.6 – Acabamento
O acabamento natural obtido através da projeção será mantido, exceto se houver exigência contrária
em projeto.
7.4.7 – Cura e proteção
Imediatamente após a projeção e acabamento a argamassa ou o concreto projetado deverá ser curado
por umedecimento durar vinte e quatro horas. Para isso serão usados dispositivos que permitam cura
por imersão, por aspersão, por vapor de água ou ainda pelo uso de material de cobertura mantido
continuamente molhado. A cura deverá prosseguir por um período mínimo de sete dias ou até que seja
obtida a resistência média especificada em projeto. A utilização de compostos aceleradores de cura
dependerá de entendimentos prévios entre as partes.
Caso sejam utilizados em superfícies sobre as quais outro concreto vá ser lançado e onde haja
necessidade de aderência, sua remoção será realizada por meio de jateamento de areia.
7.4.8 – Reparos de defeitos
Toda argamassa ou concreto projetado que apresentar segregação, bicheiras, laminações início de
desplacamento, bolsões de areia, vazios ou outros defeitos que prejudiquem sua durabilidade ou
capacidade portante serão removidos. O reparo será feito com argamassa ou com concreto projetado.
Os buracos deixados após a extração de testemunhos não, serão preenchidos com argamassa ou com
concreto projetado.
7.4.9 – Segurança
As operações de projeção do concreto são nocivas, para os operadores particularmente, se o trabalho
estiver sendo realizado em áreas confinadas.
Os principais perigos incluem inalação durante a projeção propriamente dita, reflexão, entupimentos,
quebra de equipamentos, queimaduras causadas por materiais cáusticos, desplacamento e, no caso de
via seca, presença de partículas finas em suspensão. A íntegra dos procedimentos a serem adotados
visando aumentar a segurança dos operadores consta do item- Procedimentos para Projeção. Além das
Normas Brasileiras de Segurança ao Trabalho as seguintes precauções serão tomadas:
• O mangoteiro deverá manter controle permanente do jato de concreto ou de argamassa de
modo a evitar que este possa atingir outras pessoas presentes;
• Todos os operadores e pessoas que estiverem próximo da projetora durante a operação,
deverão utilizar equipamentos de proteção individual que inclua capacete, luvas compridas
impermeáveis, botas impermeáveis e aventais ou capas de proteção. No caso de via seca,
será obrigatório o uso de máscaras ou de filtros contra partículas finas em suspensão; na
via úmida será obrigatório o uso de óculos de proteção. Todo o equipamento de proteção
será lavado frequentemente e trocado sempre que estiver desgastado;
• Será providenciada a colocação do produto protetor (creme, loção) em áreas do corpo
sujeitas a contato com materiais cáusticos;
• Caso haja utilização de fibras de aço no concreto projetado, o mangoteiro e as pessoas
próximas à área de operação deverão utilizar vestimentas apropriadas, resistentes à
penetração das fibras;
• Quando ocorrer entupimento no mangote, será paralisada a alimentação de material da
projetora e cortado o suprimento de ar. No processo de via úmida deverá proceder-se á a
despressurização do mangote. Só então será providenciado o desentupimento;
• Caso ocorra uma ruptura do mangote, a alimentação da projetora deverá cessar e o
suprimento de ar comprimido será interrompido;
• Para evitar rupturas dos acoplamentos, que poderão apresentar riscos de acidentes, as
conexões serão rigorosamente inspecionadas e, quando gastas, serão substituídas.
Correntes ou cabos de segurança serão usados para evitar vergastadas do conduto caso
ocorra uma quebra;
• Os operadores que estiverem trabalhando em contato direto com aditivos deverão utilizar
proteções apropriadas.
7.4.10 – Inspeção
Todas as operações envolvendo o concreto projetado, desde a preparação dos materiais e equipamentos
até o controle de qualidade do produto final, serão inspecionadas por pessoal qualificado.
Controle de qualidade dos materiais constituintes
Os aglomerantes, agregados, água e aditivos serão amostrados com a frequência preconizada nas
normas brasileiras e submetidos aos ensaios nelas requeridos.
Controle de qualidade do equipamento
Os equipamentos envolvidos na operação de projeção serão previamente aprovados. Recomenda-se que
todas as balanças sejam aferidas mensalmente. Os manômetros de controle de pressão do ar e da água
serão aferidos trimestralmente ou sempre que for notado algum desvio de leitura.
Ensaios prévios
Serão realizados frequentemente ensaios prévios comprobatórios de que o construtor tem capacidade
para obter um concreto ou uma argamassa que, a partir da utilização dos materiais, equipamentos e
mão de obra disponível, atenda aos requisitos exigidos em projeto.
Para obras de pequeno porte, tais ensaios serão dispensados desde que seja demonstrado que para
obras similares com o equipamento, mão-de-obra disponíveis e materiais similares tenha sido obtido um
produto de características semelhantes ao desejado.
Recomenda-se que os ensaios sejam realizados com a necessária antecedência, não devendo ser
iniciadas as operações de projeção antes que os resultados dos testes sejam conhecidos.
Serão preparados pelo menos dois painéis de testa de, no mínimo, 600 mm x 500 mm e espessura de
projetado de 70 mm ou três vezes a dimensão máxima do agregado acrescida de 20 mm.
Os painéis serão de madeira, convenientemente dimensionada de modo a resistir aos impactos e ao
peso do concreto ou argamassa, bem como estar solidamente fixados, com uma inclinação de 45o, para
a realização da projeção.
Após a projeção, um dos painéis será utilizado para determinação de massa especifica do concreto
fresco, tempo de pega determinação da relação água-cimento (caso não sejam usados aditivos
aceleradores de pega) ou outro teste (absorção, permeabilidade, resistividade elétrica etc.).
Com relação ao segundo painel e na sequência de operações, os corpos de prova dele extraídos serão
submetidos à cura com água até que sejam completadas as idades de ensaio. Dos corpos de prova
extraídos, no mínimo três serão ensaiados à compressão axial aos vinte e oito dias de idade, de acordo
com a NBR- 5738. Os corpos de prova serão cilíndricos, com diâmetro mínimo de 50 mm.
Para a extração deverá ser desprezada a faixa perimetral do painel, de aproximadamente 100 mm de
largura, e obedecidas às prescrições da NBR- 7680.
As resistências à compressão obtidas serão corrigidas no caso de relações altura-diâmetro inferiores a
dois, conforme a NBR- 7680.
Em obras onde for previsto grande volume de concreto ou de argamassa a ser projetado recomenda-se
que sejam efetuados testes, em painéis, locados em posições semelhantes àquelas a serem encontradas
nas operações reais. Nesses casos, quando for prevista a utilização de armadura, recomenda-se que esta
seja reproduzida em alguns dos painéis de modo a possibilitar a verificação da qualidade do produto
final.
7.4.11 – Controle da aplicação
Recomenda-se que a aplicação de concreto ou de argamassa projetados seja continuamente
acompanhada, controlando-se os materiais, os equipamentos, a preparação da superfície, as formas, as
armaduras instaladas, a aplicação propriamente dita, a cura e a proteção das superfícies. Recomenda-se
que sejam verificadas e anotadas as ocorrências de segregação, reflexão, eventuais descontinuidades no
fornecimento do material, pressões do ar e da água, uniformidade do concreto ou da argamassa e o
estado final da superfície.
Requisitos da mão de obra
É necessário que o mangoteiro tenha experiência prévia, usando equipamento similar ao proposto para a
obra em questão ou que tenha passado no exame de qualificação.
Roteiro para Qualificação do Mangoteiro
A equipe a ser utilizada na obra deverá demonstrar, durante a execução dos ensaios, proficiência na
alimentação e controle da máquina de projeção.
Controle de alinhamento e espessura
Será providenciado pelo construtor, dispositivo que permita orientar o mangoteiro sobre a espessura de
concreto projetado bem como sobre seu alinhamento. Para isso recomenda-se a instalação de guias de
madeira, fios horizontais e verticais adequadamente dispostos, para orientar a operação de projeção, ou
então por meio de cavilhas de aço de aproximadamente 6 mm de diâmetro e comprimento igual à
espessura da camada a ser projetada.
Tais cavilhas serão rigidamente fixadas à superfície, de modo a resistir ao impacto do jato, e terão
espaçamento de aproximadamente 1,20 m.
Controle de qualidade do concreto ou argamassa
O controle de qualidade do concreto ou da argamassa projetados será rotineiro e englobar os aspectos
da mistura- concreto ou argamassa frescos e, concreto ou argamassa endurecidos.
Mistura
Durante as operações será continuamente controlada visualmente a alimentação da projetora, bem
como o material de saída do bico.
No caso de processo de mistura seca não poderá haver empelotamento e a mistura de cimento e
agregados será uniforme. Será verificado se o proporcionamento dos materiais está correto, inclusive a
dosagem dos aditivos, líquidos ou em pó. A frequência a ser utilizada para a verificação de
proporcionamento deverá ser fixada, para cada obra.
Recomenda-se, entretanto, que seja seguido o especificado no item- Proporcionamento e Mistura.
No caso de processo de mistura úmida deverá ser controlada, pelo menos uma vez por jornada de
trabalho, a consistência da mistura de entrada na projetora, bem como determinada sua densidade e o
valor da relação água-cimento.
Concreto fresco
Logo após o término da projeção será verificada existência de áreas impropriamente projetadas, onde
possa haver vazios ou início de desplacamentos.
Para isso o concreto será submetido ao impacto de instrumento, tipo martelo, principalmente nos locais
onde o controle efetuado durante a projeção tenha indicado possível segregação de materiais
descontinuidade no fornecimento ou onde houver umidade superficial em excesso. Caso haja suspeita
de que tenha ocorrido formação de bolsões de areia ou de agregados, bem como o preenchimento
incorreto de zonas próximas à armadura, será feita verificação, por meio de instrumentos de impacto ou
de forma pontiaguda. Caso o fato seja comprovado, será efetuada uma ação corretiva imediata, de
reparo do concreto. Tais efeitos não serão aceitos.
Durante todo o transcorrer das operações de projeção serão realizadas determinações de densidade,
tempo de pega e relação água- cimento no início dos trabalhos e, no mínimo, a cada 40 m³ de concreto
projetado adicional. Para isso serão moldados painéis de madeira, similares aos indicados no item–
Inspeção. Será exigido que essas verificações sejam feitas mais amiúde.
Caso os resultados do teste indiquem valores considerados inadmissíveis, a mistura será corrigida.
Concreto endurecido
O controle de qualidade do concreto endurecido será efetuado principalmente através de ensaios do
material projetado em painéis de madeira.
Em obras de maiores portes, principalmente no caso de túneis, serão executados ensaios em concreto
endurecido extraído do revestimento.
Os painéis de madeira serão preparados e jateados de acordo com o indicado no item Ensaios Prévios- e
serão curados em condições idênticas ao concreto aplicado na obra.
São efetuados ensaios logo no início das operações de concretagem e, a seguir, a cada 40 m³ de
concreto preparado. No caso de túneis a frequência será o menor valor entre o acima indicado, 20 m
lineares de revestimento ou trinta dias desde a última amostragem.
Serão obtidos doze corpos de prova, cúbicos ou cilíndricos, dos painéis, e submetidos a ensaio de
resistência à compressão axial aos vinte e oito dias de idade. Os ensaios, bem como os procedimentos
para extração e preparo dos corpos de prova, serão realizados obedecendo a NBR 7680. Serão moldados
tantos painéis quantos forem necessários para a retirada dos corpos de prova. Em geral, para corpos de
prova cúbicos, um painel será suficiente.
Quando a especificação, para uma determinada obra, impuser testes no concreto projetado da estrutura
definitiva a frequência, de amostragens deverá ser, no mínimo, idêntica à ora indicada.
Ficará a critério da Fiscalização, de uma determinada obra, a exigência de testes em idades diferentes a
vinte e oito dias.
Como complementação das informações necessárias ao controle de qualidade do concreto endurecido,
serão exigidos ensaios adicionais, destrutivos ou não destrutivos, tais como: arrancamento de pinos,
esclerometria etc.
Controle de quantidade
Recomenda se que o Controle da Quantidade de concreto projetado seja efetuado das maneiras
descritas a seguir:
Por volume unitário
Para a medição será determinada a quantidade de material sólido ejetada através do bico. Recomenda-
se que, para obras que usem esse tipo de medição, haja especificação particular limitando os índices de
reflexão;
Por comprimento, área ou volume total.
Para a medição será determinada a quantidade de concreto projetado teórico, utilizando-se para tal os
desenhos e as especificações do contrato.
Juntas de concretagem
As juntas de concretagem que apresentarem vazamentos serão reparadas nas faces interna e externa
da estrutura. Remover o concreto, ao longo da junta, formando uma cavidade em formato de "U".
Respeitar a relação 2:1 (largura: profundidade), sendo a largura mínima admissível de 0,08 m.
Recompor o local com argamassa seca socada, segundo a metodologia constante desta especificação.
Junta "fria"
As juntas frias serão reparadas de acordo com os itens relativos às juntas de concretagem e/ou
segregações.
Armadura aparente e/ou em processo de corrosão
Nos locais em que a armadura ficar aparente executar a metodologia de reparo a seguir:
Pontos localizados ( = 2,0 m²)
• Remover o concreto ao redor da armadura em profundidade no mínimo, 30 mm;
• Remover a corrosão das barras com escova de aço;
• Substituir as barras de aço que apresentarem redução de seção transversal maior do que
15%;
• Respeitar as distâncias de transpasse especificados na NBR-6118 da ABNT.
• Recompor o local com argamassa seca socada;
Nota: Se especificado em projeto, executar reforço de armadura de seção transversal maior do que 15%.
Áreas generalizadas ( > 2 , 0 m²)
• Remover o concreto em toda a área detectada, ao redor das barras, em no mínimo 30 mm;
• Recompor o local com argamassa ou com concreto projetados, de acordo com as
especificações e metodologia executiva dos projetos de Norma CE-18:03.07-001 e CE-
18:03.15-001 da ABNT.
Trincas
As trincas existentes na estrutura serão objeto de análise, no tocante ao seu comportamento estrutural,
se estáticas ou dinâmicas. Em função desta análise será definido o tipo de metodologia de reparo,
flexível ou rígida, de comum acordo entre projetista e Fiscalização.
7.7 – Metodologia do reparo
Argamassa seca socada ("dry-pack" com ponte de aderência epoxídica)
Na remoção do concreto deve-se tentar obter uma cavidade côncava, com borda superior
inclinada, de forma a facilitar a aderência do reparo;
A superfície do substrato de concreto deverá ter um aspecto final de apicoamento moderado, não
muito profundo;
Limpar o local com jato de ar. Não usar água na limpeza;
Aplicar uma demão de adesivo à base de resina epóxi.
Preparar uma mistura de cimento e areia média na proporção 1:2 em peso.
Adicionar água aos poucos, até que se note umedecimento da argamassa.
É importante que esta argamassa esteja apenas úmida, não tendo consistência de argamassa
usual. Essa consistência será controlada durante a homogeneização da mistura com as mãos, sem
que estas fiquem molhadas. A cavidade será preenchida antes do final de vida útil ("pot-life") do
adesivo, o qual deverá estar com consistência pegajosa ao contato manual;
Curar a argamassa aplicada com produto de cura com cura úmida por um período mínimo de sete
dias.
Argamassa seca socada ("dry-pack")
Retirar o concreto segregado a fim de obter uma cavidade côncava, com borda superior inclinada,
de forma a facilitar a aderência do reparo;
Limpar a superfície em contato com o reparo com o auxilio de jato de água, a fim de retirar as
partículas soltas e o pó;
Molhar a cavidade até a saturação do substrato, eliminando em seguida eventuais empoçamento
de água;
Preparar uma mistura de cimento e areia média na proporção 1:2, em volume;
Adicionar água aos poucos, até que se note um umedecimento da argamassa. É importante que
esta argamassa esteja apenas úmida, não tendo consistência de argamassa usual.
Essa consistência será controlada durante a homogeneização da mistura com as mãos, sem que estas
fiquem molhadas.
Socar a argamassa na cavidade com o auxílio de um soquete de madeira, com ponta de
aproximadamente 20x20 mm, em camadas com espessuras não superiores a 1cm, até o
preenchimento total da cavidade;
Retirar o excesso com colher de pedreiro e executar o acabamento com desempenadeira de
madeira ou feltro;
Após o endurecimento superficial do reparo, molhá-lo sucessivamente, evitando fissuras por
retração, por um período mínimo de três dias.
Nota: Sempre que solicitado pela Fiscalização, utilizar-se-á como argamassa um produto do tipo graute
base mineral.
Concreto com fôrma tipo "cachimbo"
Retirar, por meio manual, todo o concreto segregado até atingir concreto firme e homogêneo;
Durante a retirada do concreto segregado deve-se tentar obter faces retas, para facilitar a
confecção e a amarração das formas;
Os cantos serão arredondados, as bordas em esquadro e as faces superiores da região a ser
reparada serão inclinadas, numa proporção de 1:3 em relação à espessura do reparo;
Cópia não controlada quando impresso
No caso de falha que atravesse toda a peça, colocar num dos lados da região a ser reparada uma
forma fixa com dimensões superiores à área do reparo. Caso contrário o próprio concreto
homogêneo servirá de suporte para o reparo;
No lado utilizado para a execução do reparo, colocar a fôrma na parte de baixo da área a ser
reparada, deixando um vão que permita a entrada de um vibrador de imersão;
Coloca-se na parte superior uma fôrma inclinada em forma de "cachimbo" com uma altura de
aproximadamente 10 cm acima da falha. Esse "cachimbo" visa a garantir o contato e a aderência
na face superior, na ligação entre concreto velho e concreto novo;
Limpar a superfície a ser tratada, deixando-a isenta de partículas soltas e pó;
Saturar o substrato de concreto, eliminando em seguida eventuais empoçamentos de água;
O diâmetro máximo do agregado utilizado no reparo será inferior a 1I4 da espessura da falha e
inferior a 2/3 do espaçamento das barras da armadura;
O adensamento do concreto será feito com vibrador de imersão, com diâmetro igual a 1/3 da
espessura na falha;
Após cerca de dezoito horas do término da concretagem, retira-se o "cachimbo" e corta-se o
concreto saliente.
Preenchimento da fôrma "Tipo Cachimbo" com concreto
Preparar a mistura em betoneira estacionária, utilizando a relação água/cimento máxima de 0,52
1/kg, consumo mínimo de cimento 350 kg/m³ e se necessário aditivo plastificante. O abatimento
do concreto ("slump") deverá ser de 60 + ou- 10 mm;
Executar cura com água por um período mínimo de sete dias.
Preenchimento da fôrma Tipo Cachimbo com graute de base mineral
Preparar a mistura em betoneira estacionária obedecendo à relação a/c micro-sílica indicada pelo
fabricante do produto (aproximadamente 0,10, nunca excedendo a 0,15 l /kg);
O adensamento do graute será feito suavemente com o auxilio de uma haste metálica ou com o
uso de vibrador de imersão (agulha de 25 mm) por curto espaço de tempo. Vibração excessiva
provocará segregação no material em função de sua alta fluidez;
Após cerca de sete horas do término da aplicação remover a forma cuidadosamente e iniciar cura
abundante com água;
Após dez horas do término da concretagem, cortar o concreto saliente do "cachimbo";
Manter a cura por um período mínimo de dez dias.
Nota: em falhas profundas (60 mm) pode-se adicionar à mistura: agregado graúdo, na proporção de 50%
sobre o peso do graute;
Tratamento flexível para t rincas
Abrir, ao longo da trinca, uma canaleta conforme especificação da tabela 4 e utilizar, como selante
elástico, uma das opções da tabela, analisando-se o custo do produto em função de sua
durabilidade;
Tabela 1 4 8 – Produ tos disponíveis no mercado
Produto Matéria-prima Previsão de durabilidade Dimensões e formato da canaleta
Polissulfeto 2 a 3 anos
Mastique Poliuretano 3 a 4 anos Conforme indicação da fiscalização
Silicone 4 a 8 anos
Junta pré-fabricada Neoprene Acima de 20 anos Variável conforma o fabricante
Caso o concreto das bordas da canaleta esteja poroso ou com falhas, executar uma recomposição de
borda com argamassa epoxídica tixotrópica. O substrato de concreto deverá estar isento de umidade.
Tratamento flexível– Mastique
• Abrir, ao longo da trinca, uma canaleta, com dimensões indicadas pelo projeto. Aconselha-
se a utilização de disco de corte para se obter uma superfície uniforme ao longo da
canaleta;
• Limpar a superfície da canaleta, deixando-a isenta de poeira, óleo ou outros materiais;
• Aplicar no fundo da canaleta, uma fita-crepe para evitar a aderência do mastique;
• Aplicar primer;
• Aplicar o mastique conforme recomendações do fabricante.
Tratamento flexível- Juntas de Neoprene pré-moldadas
• Abrir, ao longo da trinca, uma canaleta, com dimensões especificadas pelo fabricante.
Aconselha-se a utilização de disco de corte para se obter urna superfície uniforme ao longo
da canaleta;
• Limpar a superfície do sulco, deixando a isenta de poeira, óleo ou outros materiais;
• Secar o substrato de concreto;
• Preparar o sulco para colocação do perfil, executando as bordas com argamassa polimérica;
• Colocar o perfil pré-moldado de Neoprene;
• Caso necessário, dependendo do tipo perfil, preencher o núcleo com ar sob pressão,
mantendo-a até a catalisação da colagem, para garantir a aderência.
Tratamento rígido trincas
• Abrir, ao longo da trinca, com auxílio de equipamentos manuais, uma cavidade em formato
de "U" com dimensões aproximadas de 60 a 80 mm de largura por 30 a 40 mm de
profundidade;
• Lavar abundantemente para retirada de partículas soltas e pó. Remover eventuais
empoçamentos de água;
• Recompor o local com argamassa seca socada ("dry-pack"), preparada com graute de base
mineral, conforme metodologia especificada neste capítulo.
• Nota: Quando da aplicação do graute, o substrato de concreto deverá estar saturado com
superfície seca.
Tratamento rígido por grampeamento
• Remover o concreto ao longo da trinca a uma profundidade de 0,07 m em uma faixa de 0,40
m de largura (0,20 m para cada lado da trinca). Utilizar equipamentos manuais (ponteiro e
marreta) ou mecânicos (martelete elétrico de baixo impacto);
• Executar orifícios nas posições dos grampos e limpá-los com jato de ar. Fixar os grampos
com argamassa epoxídica tixotrópica. Não usar água na limpeza dos furos;
• Posicionar a armadura vertical após o endurecimento da argamassa epoxídica;
• Lavar abundantemente para retirada de partículas soltas, pó e saturação do substrato de
concreto;
• Posicionar formas de compensado. É imprescindível uma excelente vedação. Recompor os
locais utilizando argamassa de grauteamento de base mineral;
• Após dezoito horas, remover as formas e executar cura úmida por no mínimo, sete dias.
7.8 – Aceitação da estrutura
7..8.1 – Controle tecnológico
Para efeito de aceitação da estrutura, no tocante à resistência à compressão do concreto, será adotado o
A pintura de fábrica é a primeira camada do sistema de proteção. Essa camada protege o aço
somente por um período muito curto de exposição em condições atmosféricas normais e será
considerada como uma camada temporária e provisória. O fabricante não se responsabilizará pela
deterioração da primeira camada, resultante de exposição prolongada a condições atmosféricas
normais, ou de exposições corrosivas mais severas do que as condições atmosféricas normais.
As condições mínimas exigidas dos fabricantes para essa camada protetora será a limpeza manual
do aço, retirando-se a ferrugem solta, outros materiais estranhos ou sujeiras, carepa solta de
laminação antes da pintura, utilizando-se escova de aço ou outros métodos escolhidos para
atender os requisitos da SSPC-SP2.
A preparação da superfície feita pelo fabricante será considerada aceita pelo proprietário, a não
ser que este a desaprove expressamente antes da aplicação da pintura.
A pintura será aplicada por pincel, "spray", rolo, escorrimento ou imersão, a menos que haja
determinação em contrário. Quando a espessura da película não for especificada, a espessura
mínima seca será de 25 micras como camada de fábrica.
Os aços anticorrosivos e aqueles que não necessitarem de pintura de fábrica, serão limpos com
solvente para remover óleos, graxas ou sujeiras, por escovas de fibras ou outros meios adequados
à remoção de materiais estranhos.
Serão de responsabilidade da contratada os retoques devidos aos estragos verificados no
transporte e montagem, ou seja, as partes abrasadas e também, danificações por solda na obra.
As partes das peças de aço que transmitem esforços ao concreto por aderência não serão
pintadas.
7.9.10 – Superfícies inacessíveis
Exceto para superfícies que transmitem esforços ao concreto, as superfícies que se tornarem
inacessíveis após a fabricação serão limpas e pintadas, de acordo com as especificações do projeto,
antes de se tornem inacessíveis.
7.9.11 – Superfícies de contato
Não há limitações quanto à pintura de superfícies no caso de ligações com parafusos trabalhando por
contato. Outras superfícies de contato, incluindo os casos de ligações parafusadas por atrito e as
superfícies que transmitem esforços de compressão por contato, exceto em casos especiais, serão
limpas, conforme NBR-8800 anexo P, sem serem pintadas. Se o contato ocorrer apenas na montagem,
tais superfícies serão limpas conforme especificações do projeto e, se elas forem usinadas, deverão
receber uma camada inibidora de corrosão de um tipo que possa ser facilmente removido antes da
montagem, ou de um tipo que não necessita ser removido, observando-se, entretanto, o item a seguir.
7.9.12 – Superfícies adjacentes à solda de campo
A menos que seja recomendado o contrário, as superfícies a serem soldadas numa faixa de 50 mm de
cada lado de solda, deverão estar isentas de materiais que impeçam a soldagem adequada ou que
produzam gases tóxicos durante a operação. Após a soldagem, tais superfícies deverão receber a
mesma limpeza e proteção previstas para toda a estrutura.
7.10 – Montagem
A montagem será em sequência normal ou, em caso de sua impossibilidade, será especificada. Caso não
seja prevista a sequência de montagem será utilizada aquela mais eficiente e economicamente
disponível, condizente com o contrato. Se for necessário contratar serviços de fabricação e montagem,
em separado, por equipes especializadas; tais equipes serão coordenadas e distribuídas sob o
planejamento e responsabilidade da contratada, com prévia anuência da Fiscalização e aprovação da
Diretoria de Engenharia.
Para cada 30 metros de comprimento medidos ao longo da linha estabelecida para os pilares
através de vários grupos de chumbadores. O valor máximo acumulado entre grupos iguais a 6 mm,
não deverá exceder a um total de 25mm, tomados ao longo da linha representativa dos centros
dos grupos de chumbadores;
6 mm entre o centro de qualquer grupo de chumbadores e a linha estabelecida para os pilares, que
passa por esse grupo;
Para pilares individuais, locados no projeto fora das linhas estabelecidas para pilares, aplicam-se
as tolerâncias das alíneas b), c) e d), desde que as dimensões consideradas sejam medidas nas
direções paralela e perpendicular à linha mais próxima estabelecida para pilares.
A menos que haja indicação em contrário, os chumbadores serão instalados perpendicularmente à
superfície teórica de apoio.
Outros acessórios embutidos, ou materiais de ligação entre o aço estrutural e partes executadas
por outras contratadas, serão locados e instalados de acordo com desenhos aprovados de locação
e montagem. A precisão desses deverá atender aos limites, fixados para posicionamentos e
alinhamentos de pilares e barras.
7.15 – Dispositivos de apoio
Todas as chapas de nivelamento e placas de apoio avulsas serão alinhadas e niveladas por
manuseio sem ajuda de guindastes;
Todos os outros dispositivos de apoio que deverão suportar a estrutura de aço serão colocados e
encunhados, calçados ou ajustados com parafusos de nivelamento pelo montador, de acordo com
alinhamentos e níveis estabelecidos;
O fabricante deverá fornecer cunhas, calços ou parafusos de nivelamento que forem necessários.
Deverão marcar de modo claro os dispositivos de apoio, linhas de trabalho que facilitem o
adequado alinhamento. Imediatamente após serão executadas as argamassas de enchimento que
se fizerem necessárias.
7.16 – Materiais de ligação no campo
O fabricante deverá elaborar detalhes de ligações de campo, considerando as opções mais
econômicas e as condições previstas em projeto;
Quando o fabricante for também o montador da estrutura de aço, serão fornecidos, por este, todos
os materiais para ligações temporários e permanentes;
Quando o montador não for o mesmo fabricante, deverá este último fornecer os seguintes
materiais para ligações de campo:
• Parafusos dos tamanhos exigidos e em quantidade suficiente para as ligações entre peças
de aço necessárias ao andamento da obra, que devam ficar permanentemente parafusados.
• Os parafusos serão os de projeto. Será fornecida uma quantidade extra de 2% de cada tamanho
de parafuso;
Calços indicados como necessários para execução de ligações permanentes entre peças de aço.
No caso do item III, anterior, o montador deverá fornecer todos os eletrodos para soldas de campo,
conectores de cisalhamento instalados no campo, parafusos e pinos para ajustagem usados na
montagem da estrutura de aço.
7.17 – Generalidades
Os suportes temporários, tais como, estais, contraventamentos, andaimes e outros elementos
necessários para as operações de montagem serão determinados, fornecidos e instalados pelo
montador. Esses suportes temporários devem garantir que a estrutura de aço, ou qualquer trecho
parcialmente montado, possa resistir a cargas comparáveis em intensidade àquelas para as quais
a estrutura foi projetada, porém não a cargas resultantes da execução do trabalho ou de atos de
terceiros, nem a cargas imprevistas;
Estruturas de aço não autoportante- Estrutura não autoportante será aquela que necessita da
interação com outros elementos não classificados como estrutura de aço, para garantir a
estabilidade ou a resistência desejável. Tais estruturas serão claramente identificadas e possuem
especificações da sequência e o cronograma de colocação de tais elementos. Os suportes
temporários serão fornecidos pelo montador;
Condições especiais de montagem- Quando se fizerem necessárias, de acordo com o projeto, serão
executadas montagens especiais com a utilização de escoramentos, macacos ou cargas que
devam ser ajustadas com o andamento da montagem;
Correção de erros- As operações normais de montagem incluirão correção de pequenos desajustes,
remoção de rebarbas e uso de pinos para levar peças ao alinhamento. Os erros que não puderem
ser facilmente corrigidos, ou que exijam alterações na configuração da barra, serão comunicados
imediatamente à Fiscalização;
Pintura de campo e final- As cabeças de parafusos e porcas instalados, soldas de campo e os
retoques serão convenientemente pintados assim como todos os perfis da estrutura em quantas
demãos necessárias para um perfeito recobrimento das superfícies ou conforme especificado. Caso
não haja especificação, serão aplicadas no mínimo três demãos de pintura além da camada
protetora. A qualidade da pintura será aprovada em cada etapa, incluindo materiais e espessura
da camada de pintura e verificadas a uniformização e perfeito recobrimento das superfícies;
Limpeza final- Antes da aceitação final o montador removerá da obra os equipamentos, andaimes,
entulhos e outros elementos estranhos à mesma, bem como todas as construções provisórias,
deixando a obra base completamente utilizável;
Fiscal– A Fiscalização terá acesso a todas as dependências da construção exigindo sempre controle
de qualidade rigoroso. Tal controle será exercido, independentemente de sua intervenção. A
Fiscalização aprovará as etapas de serviço, registrando no Diário de Obras suas observações. Não
aceitará execuções que no todo ou em parte estejam fora dos padrões pré-estabelecidos ou em
desacordo com as Normas Brasileiras. Quando julgar necessário pedirá à contratada a efetivação
de ensaios de materiais para verificar se as propriedades físicas do aço empregado estão de
acordo com o projeto estrutural fornecido.
Manual de Obras
da Saneago –
Capítulo 8 –
Obras Lineares
8 – OBRAS LINEARES
8.1 – Sistemas de Saneamento
8.1.1 – Sistemas de coleta e tratamento de esgotos
Definições gerais
Cadastro: Conjunto de informações fiéis de uma instalação apresentado através de textos e
representações gráficas em escala conveniente.
Sistema de Esgotos Sanitários: Canalizações, instalações e equipamentos destinados a coletar,
transportar, tratar e encaminhar os esgotos sanitários a um destino final conveniente, compreendendo
os coletores de esgoto, coletores- troncos, interceptores, emissários, estações elevatórias, unidades
depuradoras e instalações complementares, que envolvam as Unidades Localizadas e Lineares.
Unidades ou Obras Localizadas: Conjunto de instalações, equipamentos e órgãos acessórios,
implantados em pontos estratégicos do sistema com finalidade de tratar, recalcar ou auxiliar na
transposição de interferências, compreendendo: Estação de Tratamento de Esgotos, Estação Elevatória e
Sifão.
Unidades ou Obras Lineares: Canalizações e órgãos acessórios destinados a coletar e transportar os
esgotos a um destino conveniente, compreendendo: coletor predial, coletor secundário, coletor- tronco,
interceptor e emissário.
Definições específicas
Unidades Localizadas
Estação de Tratamento de Esgotos (ETE): Conjunto de estruturas e equipamentos destinados a
proporcionar características físicas, químicas e/ou biológicas aos esgotos coletados de forma a torná-los
adequados à destinação final;
Estação Elevatória de Esgotos (EEE): Conjunto de estruturas e equipamentos destinados a recalcar os
esgotos, objetivando a transferência dos mesmos a partir de um ponto para outro de cota mais elevada.
As estações elevatórias de esgoto se tornam necessárias, em princípio, nos seguintes casos:
• Em terrenos planos e extensos, evitando-se que as canalizações atinjam profundidades
excessivas;
• No caso de esgotamento de áreas novas situadas em cotas inferiores àquelas já executadas;
• Reversão dos esgotos de uma bacia para outra;
• Para descarga em interceptores, emissários, ETEs, ou em corpos receptores, quando não for
possível utilizar apenas a gravidade.
Sifão: É um conduto de regime de funcionamento forçado que permite aos esgotos a transposição de
interferências, tais como: curso de água, canais, galerias e outras.
Caso esse conduto esteja situado acima da linha piezométrica, é denominado Sifão Verdadeiro. Caso
esse conduto esteja situado abaixo da linha piezométrica, é denominado Sifão Invertido.
Unidades Lineares
Ramal Predial: Canalização compreendida entre o coletor de esgotos e o alinhamento predial do imóvel
atendido.
Coletor secundário: Canalização e órgãos acessórios que, funcionando como conduto livre, recebem a
contribuição dos esgotos provenientes dos coletores prediais em qualquer ponto ao longo do curso.
Coletor Principal: Canalização e órgãos acessórios que recebem as contribuições de vários coletores
secundários.
Cópia não controlada quando impresso
sua utilização.
Transporte
Os materiais fornecidos pela SANEAGO serão retirados do almoxarifado e transportados ao local da obra
pela Contratada, correndo por conta desta o risco e a responsabilidade por eventuais perdas e danos.
Os equipamentos, tais como bombas, válvulas, transformadores, cabines elétricas, quadros elétricos,
etc., serão manuseados por intermédio de olhais ou dispositivos próprios evitando-se esforços em pontos
sensíveis como: volantes, peças móveis ou superfícies usinadas.
Deve-se evitar ainda o contato direto de cabos, cordas, garras, manilhas, ou correntes com o
equipamento ou material a ser transportado. Utilizar sempre pinos, flanges falsos ou faixas lexíveis para
conseguir uma boa suspensão para o manuseio e transporte.
O transporte interno nas obras somente será feito por ocasião da utilização dos materiais.
Transporte e manuseio
Os tubos, conexões e peças especiais de grande diâmetro, serão entregues com travamento interno
(estroncas de madeira), com a finalidade de impedir sua deformação por peso próprio ou pela
sobreposição em seu transporte e deverão ser, após removidos, devolvidos nas mesmas condições.
Os tubos, conexões e peças que forem transportados deverão ser descarregados e ficar apoiadas sobre
berços de madeira adequadamente revestidos com lençol de borracha numa largura não inferior a 10 cm
e espessura de 15 mm, com raio de curvatura igual ao dos tubos ou peças especiais.
A superfície de contato entre o berço e a peça deverá ser aquela gerada ao longo de um arco de pelo
menos 120º.
Os tubos e peças deverão ser manuseadas pelas extremidades não revestidas com o uso de patolas com
superfície de contato curvadas, com raio igual ao do tubo ou peça e num arco mínimo de 15º ou por
meio de Cintas especiais para movimentação de cargas, com capacidade suficiente para a execução da
tarefa, conforme especificação AWWA- C 203. 3.1.5
Armazenamento
O material será armazenado em local apropriado, de acordo com a sua natureza, ficando sua guarda sob
a responsabilidade da Contratada.
Perdas
Caberá à Contratada repor todo material, sob sua responsabilidade, que venha a ser avariado, sendo a
perda máxima admissível considerada somente sobre o material aplicado, conforme estabelecido no
item 7- Assentamento de tubulações, peças e conexões.
8.2.2 – Materiais fornecidos pela contratada
Para os materiais fornecidos pela Contratada serão observadas as seguintes disposições:
Especificações
Todos os materiais empregados nas obras e nas diversas reposições e reparos deverão satisfazer às
especificações da ABNT e ainda, serem de qualidade, modelo, marca e tipo aprovados, recomendados ou
projetados pela SANEAGO.
Em casos especiais, tratando-se de material para o qual ainda não haja especificações aprovadas pela
ABNT, as especificações requeridas serão as dos órgãos competentes ou de normas estrangeiras sobre a
matéria.
Na composição de preços, o custo dos materiais fornecidos pela Contratada será considerado posto em
obra.
Cópia não controlada quando impresso
Todos os tubos devem trazer uma marcação de metro em metro, por processo a quente (hot- stamping)
que tenha as seguintes informações mínimas:
Nome/Marca do Fabricante – nº da Norma- Classificação do material- Diâmetro Externo (DE)- Espessura
(mm)- PN ou SDR ou ambos- lote de fabricação.
Deverão ser rejeitados os tubos que não tenham essa marcação:
Todos os tubos de mesmo SDR e de mesmo material (PE 80 OU 100) são da mesma classe de pressão,
ou seja, de mesmo PN.
Máxima Pressão de Serviço- Tipo A ou B
Conforme o comportamento do material, os mesmos são ainda designados por Tipo A ou B, ou seja, um
PE 80 pode ser PE 80 A ou PE 80 B, pois refere-se à resistência à pressão do tubo em função da
temperatura.
Quando o tubo for transportar fluidos que estejam a temperaturas superiores a 25ºC, o projetista da obra
deverá dizer qual a máxima pressão que ele suportará, pois:
• Quanto maior a temperatura, menor a pressão que suporta
Ex: Um tubo PN 10 a 25ºC suporta 10 bar, enquanto que a 40ºC suporta no máximo 7,4 bar.
Lote de fabricação
Todo tubo deve ter indicado seu lote de fabricação. Cada fabricante tem seu sistema e tipo de
codificação.
O instalador deve registrar esse código, pois no caso de haver problemas com a tubulação, o fabricante
poderá identificar o material do tubo e os resultados dos ensaios executados, facilitando a avaliação do
problema ocorrido.
Cor dos tubos
• Preto PE 80 e PE 100: Para água e aplicações gerais- pode ser utilizado exposto ao tempo.
• Amarelo PE 80: Para gás- somente para instalações enterradas até 4 bar.
• Laranja PE 100: Para gás PE 100 até 7 bar enterrados.
• Azul PE 80 E PE 100: para água- somente para tubos enterrados.
• Outras cores: somente para tubos enterrados.
Condições de fornecimento
Os tubos são normalmente fornecidos em barras com comprimento de 6, 12, 18 metros. Podendo ser
fornecidos em outros comprimentos.
Os tubos de Polietileno podem ainda, ser fornecidos em bobinas com comprimentos de 50, 100, 200m ou
mais, nos diâmetros até DE 125, porém somente para os tubos que possuem SDR= 17, ou seja:
• PE 80 e PN 8
• PE 100 e PN 10
O diâmetro interno da bobina deve ser suficientemente grande para não provocar ovalizações
excessivas no tubo.
Para tanto, as normas recomendam os seguintes diâmetros mínimos para as bobinas:
Todas as soldas para peças em aço carbono, deverão ser realizadas conforme Especificação para
Soldagem (EPS), previamente elaborada e aprovada, além de obedecer a Norma ASTM- A- 234, com
extremidades, biseladas (chanfros para solda), fornecidas conforme dimensões padronizadas pelas
Normas ANSI- B- 16.9 e ABNT PU- 157171.
Todos os tubos e conexões deverão ser fabricados com os aços determinados em sua especificação de
projeto, respeitando as espessuras e realizando para tal, soldagens que deverão ser testadas através de
ensaios não destrutivos (ends) e obedecer os revestimentos que serão descritos a seguir, ou realizar o
resvestimento determinado nessas especificações de projeto:
As especificações a seguir, visam estabelecer os requisitos técnicos necessários à execução dos serviços
de revestimento de tubos e peças especiais de aço para instalação nas seguintes condições:
• Abrigadas: no interior de estruturas em concreto ou alvenaria, submersa ou não.
• Aéreas: sujeita a condições atmosféricas normais
• Enterradas.
Todos os materiais e métodos de execução, deverão satisfazer às Normas e especificações determinadas
pelo SSPC ou pela AWWA. Também poderá ser utilizado a norma SABESP, assim como os sistemas de
aplicação de revestimento definidos abaixo.
Obs.: Alguns dos requisitos, procedimentos ou critérios considerados específicos do fornecimento,
poderão obedecer às normas particulares quando mencionados e serão consideradas complementares
às normas e especificações gerais acima mencionadas.
Abaixo apresentaremos as normas e especificações que deverão ser adotadas, que serão designadas por
abreviações com os significados seguintes:
Tê com número de fabricação 327, diâmetros 48 ” x 36 ”, espessura 9,52 mm, chapa ASTM- A- 283
graus, Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT).
Curva com número de fabricação 1053, diâmetro 30”, espessura 4,42 mm, chapa ASMT- A- 570 Gr
D, Adutora de Água Bruta, estaca 10 + 17,22 e ângulo verdadeiro 35º15’.
Revestimento
Deverá contemplar os principais requisitos e normas que deverão ser atendidas para a aplicação de
revestimento de tubos, conexões e peças especiais que formam a tubulação.
Limpeza de superfícies
Todo o revestimento deverá ser aplicado somente se todas as condições aqui especificadas forem
atendidas satisfatoriamente. Poderão ser executadas, conforme abaixo:
Limpeza com solvente. Será executada em conformidade com a norma SSPC- SP 1, “Solvente
Cleaning ”, que estabelece o processo de remoção de óleo, graxas, poeira e matérias estranhas
existentes na superfície, por meio de solventes, emulsões, compostos de limpeza, vapor e outros
materiais que envolvam ação removedora mecânica ou química.
Esta limpeza precederá aos demais sistemas de preparação da superfície, quanto à remoção de
ferrugens ou pinturas antigas.
Previamente à limpeza com solvente, toda terra, resíduos de cimento, sais e outras matérias estranhas
deverão ser removidas com escovas de fibra de nylon com uma solução aquosa contendo 5% do produto
“Hempel navy wash” da “Hempel Tintas Marítimas Ltda.”, por lavagem com água limpa.
Os óleos e graxas poderão ser removidos por um dos seguintes processos:
• Esfregando e lavando a superfície com panos ou escovas de nylon embebidas em solventes.
A limpeza final será feita com panos ou escovas e solventes limpos. Não será permitido o
uso de estopa;
• Pulverizando-se a superfície com solvente, utilizando solvente limpo na pulverização final;
• Imersão em solvente. A imersão final deverá ser feita em solvente que não contenha
proporções prejudiciais de contaminantes.
Se for usado desagregador alcalino de tinta para remoção de pintura, qualquer resíduo remanescente do
desagregador deverá ser inteiramente removido da superfície por lavagem de água limpa ou
neutralizada.
No desengorduramento do aço estrutural ou grandes superfícies, deverá ser evitado o uso de
detergentes alcalinos, emulsões, etc., que são de difícil remoção e exigem lavagem cuidadosa e
abundante e cuja presença poderá provocar destruição gradativa das películas de tinta e consequente
remoção pelas chuvas.
Qualquer que seja o método usado para eliminação de óleos, graxas ou contaminantes, não deverá
restar na superfície limpa qualquer resíduo prejudicial.
Limpeza manual
A limpeza manual será baseada na norma SSPC- SP 2, “Hand Tool Cleaning”, e obedecerá aos seguintes
requisitos:
• Todo óleo, graxa ou sais depositados sobre a superfície, deverão previamente ser removidos
pelo processo de limpeza com solvente;
• Toda ferrugem ou carepa estratificada ou respingos de solda, deverá ser removida por
martelamento, raspagem ou utilizando outras ferramentas manuais de impacto ou por uma
combinação destes processos, seguida de escovamento;
• Toda ferrugem não aderente, deverá ser removida por escovas, lixas, raspadeiras ou por
uma combinação destes processos. Durante a operação as ferramentas devem ser
manuseadas de modo a não deixarem rebarbas e arestas nas superfícies;
• As escovas devem ter seus fios suficientemente rígidos e devem ser mantidas limpas.
• As raspadeiras, agulheiros, talhadeiras e ferramentas similares, devem sempre ter seus cortes
afiados.
Aplicação e retoques
A aplicação do revestimento, bem como todos os retoques, deverá ser feita conforme as normas citadas
bem como segundo as recomendações desta especificação e dos fabricantes dos materiais aplicados.
Todo trabalho deverá ser feito de maneira esmerada e de modo que as superfícies acabadas não
apresentem escorrimentos, pingos, falhas, asperezas, ondulações, recobrimentos ou marca de pincel.
Todas as demãos deverão ser aplicadas de modo a produzirem uma película de espessura uniforme,
cobrindo completamente todos os cantos e reentrâncias, e de forma a atender as espessuras
especificadas para cada camada.
As camadas sucessivas de uma película, deverão ser pintadas em cores diferentes, de forma que a
última camada corresponda à cor especificada, obedecendo cada uma das fases as espessuras
especificadas.
A norma SSPC- PA 1, “Shop, field and maintenance painting”, os métodos de aplicação, bem como as
especificações dos produtos de revestimento, deverão ser rigorosamente seguidos, sem o que serão
rejeitados todos os trabalhos que não atendam àquelas condições.
Preparação de superfícies
Todas as soldas deverão ser esmerilhadas até ficarem lisas e quando apresentarem graves defeitos de
mordedura, ou porosidade excessiva, deverão ser reparadas.
Os cantos vivos e partes com rugosidade excessiva, deverão ser esmerilhados até ficarem lisos.
Tubos, conexões e peças abrigadas
A preparação das superfícies internas e externas será feita por jateamento ao metal branco, conforme
SSPC- SP 5 ou conforme especificação para o fornecimento.
Tubos, conexões e peças aéreas
Superfícies Internas
As superfícies internas deverão ser jateadas ao metal quase branco, conforme norma SSPC- SP 10, “Near
White Blast Cleaning” ou conforme especificação para o fornecimento.
Superfícies Externas
As superfícies externas dos tubos deverão ser jateadas ao jato comercial, conforme norma SSPC- SP 6,
“Commercial Blast Cleaning” ou conforme especificação para o fornecimento.
Tubos, conexões e peças enterradas
As superfícies internas e externas deverão ser jateadas ao metal quase branco, conforme norma SSPC-
SP 10 “Near White Blast Cleaning” ou conforme especificação para o fornecimento.
Revestimento de Tubos, Conexões e Peças Especiais Abrigadas- Revestimento Tipo 1.
A aplicação do revestimento, bem como todos os retoques em tubos e peças especiais que virão a
constituir tubulações abrigadas deverão ser feitos conforme AWWA- C- 210.
Revestimento Interno
O revestimento interno deverá atender a especificação para o fornecimento, podendo ser, após a
aprovação da SANEAGO, com epóxi poliamida grau alimentício, conforme norma AWWA C- 210, com
espessura mínima da película seca de 450 micras, ou em tinta epóxi de alta espessura, bicomponente,
curada com poliamida, isenta de alcatrão, aplicado em uma única demão de acordo com a norma AWWA
C- 210, com espessura seca de 406 µm mínimo.
Cópia não controlada quando impresso
Revestimento Externo
Será conforme especificação para o fornecimento, podendo ser, após a aprovação da SANEAGO, com
alumínio fenólico conforme norma SABESP 0100.400.E- 46 Revisão 5 ou em tinta epóxi de alta
espessura, bicomponoente, curada com poliamida, isenta de alcatrão, aplicado em uma única demão de
acordo com a norma AWWA C- 210, composto de duas camadas:
• Primeira camada: tinta epóxi com espessura na película seca de 406 µm mínimo;
• Segunda camada: tinta Poliuretano Acrílico alifálico (protetor UV) 30 µm mínimo.
Revestimento de Tubos, Conexões e Peças Especiais Aéreas- Revestimento Tipo 2.
A aplicação do revestimento, bem como todos os retoques em tubos e peças especiais que virão a
constituir tubulações aéreas deverão ser feitos conforme AWWA- C- 210.
Revestimento Interno dos Tubos, conexões e Peças Aéreas
O revestimento interno, deverá atender a especificação para o fornecimento, podendo ser, após a
aprovação da SANEAGO, com epóxi poliamida grau alimentício, conforme norma AWWA C- 210, com
espessura mínima da película seca de 450 micras, ou em tinta epóxi de alta espessura, bicomponente,
curada com poliamida, isenta de alcatrão, aplicado em uma única demão de acordo com a norma AWWA
C- 210, com espessura seca de 406 µm mínimo.
Revestimento Externo de Tubos, conexões e Peças Aéreas
Será conforme especificação para o fornecimento, podendo ser, após a aprovação da SANEAGO, com
alumínio fenólico conforme norma SABESP 0100.400.E- 46 Revisão 5 ou em tinta epóxi de alta
espessura, bicomponente, curada com poliamida, isenta de alcatrão, aplicado em uma única demão de
acordo com a norma AWWA C- 210, composto de duas camadas:
• Primeira camada: tinta epóxi com espessura na película seca de 406 µm mínimo;
• Segunda camada: tinta Poliuretano Acrílico alifálico (protetor UV) 30 µm mínimo.
Revestimento de Tubos, conexões e Peças Especiais Enterradas- Revestimento Tipo 3.
A aplicação do revestimento, bem como todos os retoques em tubos, conexões e peças especiais que
virão a constituir tubulações enterradas deverão ser feitos conforme AWWA- C- 210.
Revestimento Interno de Tubos, conexões e Peças Especiais Enterradas
O revestimento interno, deverá atender a especificação para o fornecimento, podendo ser, após a
aprovação da SANEAGO, com epóxi poliamida grau alimentício, conforme norma AWWA C- 210, com
espessura mínima da película seca de 450 micras, ou em tinta epóxi de alta espessura, bicomponente,
curada com poliamida, isenta de alcatrão, aplicado em uma única demão de acordo com a norma AWWA
C- 210, com espessura seca de 406 µm mínimo.
Revestimento Externo de Tubos e Peças Especiais Enterradas
Será conforme especificação para o fornecimento, podendo ser, após a aprovação da SANEAGO, com
Coal- Tar Enamel (esmalte de alcatrão de hulha poliamina) conforme norma ABNT NBR 12.780 ou em
tinta epóxi de alta espessura, bicomponente, curada com poliamida, isenta de alcatrão, aplicado em
uma única demão de acordo com a norma AWWA C- 210, com espessura seca de 1000 µm mínimo e
resistência a impacto de 15 joules.
Revestimento para as Juntas de Campo
A aplicação do revestimento, bem como todos os retoques em tubos e peças especiais que virão a
constituir tubulações abrigadas deverão ser feitos conforme AWWA- C- 210.
O processo de revestimento das juntas soldadas no campo consistirá de limpeza prévia das superfícies
Toda e qualquer superfície, no entorno das obras, em terrenos públicos ou particulares que for usada
exclusivamente para esse fim, será acondicionada para tal. Uma vez concluídas as obras, será
recomposta de forma a recuperar seu estado primitivo.
Todo e qualquer gasto decorrente da estocagem de materiais ficará a cargo da Contratada.
8.3 – Serviços topográficos
8.3.1 – Generalidades
Todas as atividades de topografia que se fizerem necessárias para a execução dos serviços serão regidas
pelas instruções descritas a seguir.
8.3.2 – Apoio
Será solicitada pela Contratada à Fiscalização que forneça os marcos de apoio planimétrico e altimétrico,
que os indicará tão perto quanto possível da área de trabalho. Os marcos planimétricos terão definidas
as coordenadas planas e orientação, os altimétricos as suas altitudes sobre o nível do mar. A critério da
Fiscalização, em cidades onde tais referências não forem exequíveis, serão fixados marcos com
referências arbitrárias. No caso de os marcos de apoio distarem da área de trabalho, a Contratada
providenciará o transporte das referências dos marcos fornecidos à área de trabalho.
Os equipamentos e métodos utilizados deverão garantir, no apoio planimétrico, precisão angular de 10 x
raiz quadrada de N, sendo N o número de vértices da poligonal e precisão linear de 1:20.000 da
extensão da poligonal. A precisão do apoio altimétrico será de quatro mm x raiz quadrada de K, sendo K
a distância entre os marcos, expressa em quilômetros.
8.3.3 – Levantamento planialtimétrico das ruas
Consistirá do levantamento dos alinhamentos e eixos de ruas, guias, sarjetas, tampões dos sistemas de
serviço público existentes, postes com sua identificação, localização e quantificação das edificações
existentes, bem como o nivelamento das soleiras daquelas situadas em nível inferior ao eixo das ruas.
Os eixos de ruas serão demarcados por piquetes espaçados de 20 m. Os eixos de ruas e as soleiras das
edificações situadas em nível inferior ao eixo da via serão nivelados em polígonos fechados e contra
nivelados.
A precisão planimétrica dos trabalhos deverá garantir um fechamento angular de 30" x raiz quadrada de
N, sendo N o número de vértices e um fechamento linear de 1:3000. A precisão altimétrica dos trabalhos
deverá garantir um fechamento de nivelamento de 10 mm x raiz quadrada de K, sendo K a extensão
simples da poligonal nivelada, expressa em quilômetros.
A planta do levantamento será desenhada na escala 1:2000, e os perfis, dos eixos das ruas, nas escalas:
1. horizontal 1:2000 e
2. vertical 1:200.
Nas plantas, além de todos os detalhes levantados, serão traçadas as curvas de nível de cota inteira.
8.3.4 – Locação e nivelamento
A locação e nivelamento das tubulações e peças serão de acordo com o projeto executivo. A Contratada
procederá à locação dos eixos das valas a serem escavadas.
A locação será procedida a partir dos marcos de apoio, com elementos topográficos calculados a partir
das coordenadas dos vértices do projeto.
A precisão da locação deverá garantir um desvio máximo do ponto locado de 1:3000 da poligonal de
locação. As cotas do fundo das valas serão verificadas de 20 em 20 m, antes do assentamento da
tubulação.
As cotas da geratriz superior da tubulação serão verificadas logo após o assentamento e também antes
do aterro das valas, para as devidas correções do nivelamento.
8.3.5 – Ruas de Meia – Encosta
Sempre que numa quadra houver lado desfavorável para a ligação do prédio do coletor público de
esgotos, a Contratada procederá o levantamento junto aos moradores ou responsável pelo loteamento,
ou ainda, à Prefeitura local para saber da existência de servidão de passagem. Havendo servidão de
passagem, a ligação do prédio do lote superior será efetuada no coletor que passa pelo lado favorável
da quadra.
Não havendo servidão de passagem, procederá o levantamento das soleiras, determinando a cota do
coletor predial, no ponto de conexão, para estabelecer a profundidade do coletor público.
8.3.6 – Pesquisa de interferências
A Contratada procederá à pesquisa de interferências existentes no local, para que não sejam danificados
quaisquer tubos, caixas, cabos, postes e outros elementos ou estruturas que estejam na zona atingida
pela escavação ou em área próxima.
Existindo outros serviços públicos, situados nos limites das áreas de delimitação das valas, ficará sob a
responsabilidade da Contratada a não- interrupção daqueles serviços, até que os respectivos
remanejamentos sejam autorizados.
8.3.7 – Remanejamento
A Contratada providenciará os remanejamentos de instalações que interferirem nos serviços a serem
executados. Os remanejamentos serão programados com a devida antecedência e de comum acordo
com a Fiscalização, proprietários e/ou concessionárias dos serviços cujas instalações precisem ser
remanejadas.
Os danos causados as instalações existentes, durante o remanejamento, são de responsabilidade
exclusiva da Contratada, que obterá todas as informações a respeito das instalações a remanejar.
8.3.8 – Indicações fornecidas pela Fiscalização
A Fiscalização fornecerá as indicações de que dispuser sobre, as interferências existentes, podendo,
entretanto, ocorrer interferências não- cadastradas, cuja sustentação será programada de forma a não
prejudicar o início previsto dos serviços.
Não havendo possibilidade de sustentação, a Contratada, procederá ao remanejamento da interferência,
que será definitivo ou provisório a critério da Fiscalização.
8.3.9 – Cuidados especiais
A Contratada durante a execução dos trabalhos deverá interferir o mínimo possível no comércio local e
no trânsito de veículos e pedestres.
Serão providenciados previamente os passadiços e desvios necessários, que serão executados
devidamente sinalizados e iluminados, conforme as exigências das autoridades competentes, das
entidades concessionárias dos serviços de transporte e o especificado no Caderno 2.
8.3.10 – Cadastro de sistemas de abastecimento de água e de sistemas de esgotos sanitários
Serão observadas as instruções e procedimentos estabelecidos no "Manual de Cadastro Técnico para
Sistemas de Abastecimento de Águas e Esgotamento Sanitário" da Diretoria de Produção-
Superintendência de Desenvolvimento Operacional e Controle Ambiental- Supervisão de Cadastro
Técnico- da SANEAGO as quais visam fixar as condições gerais de cadastro e como deverão ser
executado os trabalhos de campo, elaboradas as planilhas e as plantas cadastrais referentes a coletor de
esgotos, coletor tronco, interceptor e emissário bem com de ligações prediais de esgoto e de unidades
localizadas.
8.3.11 – Campo de aplicação e finalidade
As especificações técnicas contidas no Manual se aplicam ao Cadastro Total ou Parcial dos Sistemas de
Abastecimento de Água (SAA) e de Esgotos Sanitários (SES), com a finalidade de:
• Subsidiar a elaboração de estudos e projetos;
• Auxiliar na operação e manutenção de unidades dos sistemas;
Possibilitar a centralização de informações do Sistema de sorte a:
• Agilizar a obtenção de dados;
• Constituir-se numa base de dados para todos os interessados;
• Facilitar futuras atualizações de cadastro.
8.3.12 – Topografia
Objetivo
O objetivo destas Especificações Técnicas é estabelecer as condições mínimas a serem observadas no
desenvolvimento de serviços topográficos, tendo por campo de aplicação a confecção de projetos e a
execução de obras e instalações de saneamento básico.
8.3.12.1 – Definições
Locação: marcação em área ponto com a colocação de pinos, estacas ou marcos;
Pino: ponteira de aço de seção circular que é cravada normalmente em piso que ofereça grande
resistência à penetração usada para materializar um vértice de poligonal, alinhamento ou referência de
nível;
Estaca ou piquete: peça de madeira de seção quadrada provida de ponta, cravada no terreno e usada
para materializar um vértice de poligonal ou alinhamento. Esta estaca tem, obrigatoriamente, uma tacha
metálica para melhor caracterização do ponto;
Marco: peça de concreto usada quando se deseja preservar o ponto representativo do vértice (deve ter
pino central);
Marco de apoio: marco representando o vértice e cujas coordenadas se conhece;
Vértice: ponto de cruzamento de dois ou mais alinhamentos;
Estaca testemunha: peça de madeira de comprimento entre 0,40 e 0,50 m, geralmente com seção de
ripa, cravada cerca de 0,20 m, usada para identificação da estaca, da qual deverá distar mais ou menos
0,20 m;
RN (referência de nível): plano a que estão referidos os pontos de altitudes ou cotas de um lugar para
definição de seu relevo ou perfil longitudinal. Quando este plano for, a média das marés, a RN é
chamada de "verdadeira" e as distâncias verticais a ela referidas são denominadas "altitudes". Quando
qualquer outro plano acima ou diferente do verdadeiro servir como referências, as distâncias verticais
são chamadas de "cotas" e a RN, "arbitrária";
Nivelamento geométrico: determinação de altitudes ou cotas dos pinos, estacas ou marcos por meio
de nível de luneta;
Contranivelamento: processo de verificação da exatidão do nivelamento geométrico, através de outro
nivelamento dos mesmos pontos, geralmente executado em sentido contrário;
Nivelamento taqueométrico: processo para determinação das altitudes ou cotas pela resolução de
triângulos, considerando-se, como base, a leitura estadimétrica, o ângulo vertical e a altura do
instrumento;
Curva de nível: linha de interseção de um plano horizontal com a superfície do terreno. Por
conseguinte, define-se como uma linha que se desenvolve ligando pontos de mesma altitude ou cota;
Perfil longitudinal: representação gráfica da conformação do terreno ao longo de um alinhamento, por
um traço contínuo ligando os pontos de altitudes ou cota;
Seção transversal: representação gráfica da conformação do terreno ao longo de linhas
perpendiculares a um alinhamento básico. É constituída por um traço contínuo ligando os pontos de
diferentes altitudes ou cotas. Geralmente as seções transversais são equidistantes entre si sobre um
alinhamento básico e desenvolvem-se à esquerda e à direita deste;
Azimute: ângulo horizontal, formado num determinado vértice, entre um alinhamento ou lado de
poligonal e a linha de orientação Norte. Quando esta linha Norte for a Magnética, tem-se o Azimute
Magnético. É contado no sentido horário, de 0º a 360º;
Amarração: processo de materialização ou localização de um ponto, através de medidas diretas de
trena, construindo-se triângulos com base em pontos bem definidos em campo, como: divisas de
propriedade, postes, esquinas etc., sendo que um dos vértices desses triângulos é sempre o ponto que
se tem interesse de preservar ou localizar.
Poligonal de precisão
Aplicação
Para apoio ao desenvolvimento de poligonais de precisão inferior.
Condições observadas
A SANEAGO fornecerá pelo menos um vértice com orientação azimutal, para origem das poligonais,
estabelecidas por trabalhos de natureza geodésica, a fim de permitir a representação de todo o sistema
referido à projeção UTM;
Se eventualmente o vértice fornecido distar mais de 1 km do início da poligonal, distância esta medida
num único segmento de reta (em planta), considerado como início dos trabalhos para efeito de medição
este vértice.
Locação
A partir dos marcos referidos no item "a", serão implantados, no desenvolver da poligonal, vértices
distanciados entre si de 2 a 4 km devidamente materializados por marcos ou pinos.
Os marcos terão dimensões de 0,10 x 0,10 x 0,40m feitos em concreto com resistência à compressão de
4,0 MPa, e serão providos de pino para centralização de instrumento, e de plaqueta de identificação.
Esses vértices serão implantados tendo-se como preocupação principal sua perenidade, de tal maneira
que possam ser utilizados em trabalhos posteriores.
Serão feitos uma foto e um croqui de localização de cada vértice da poligonal, em folha própria cujo
modelo será definido pela SANEAGO, com descrição da sua posição, amarração, direção das miras,
identificação constante na sua plaqueta e outras informações necessárias.
Equipamentos
A poligonal, assim estabelecida, será medida com utilização de teodolitos de leituras angulares de um
segundo, com estações totais de capacidade nominal de até 5,0 km ou estações totais de capacidade
superior.
Todos os elementos necessários ao cálculo final das distâncias e fatores de correções, tais como
temperatura e pressão atmosférica, serão anotados, utilizando-se para isso termômetros, altimetros e
barômetros.
Trabalhos de campo
As leituras dos ângulos horizontais entre os lados da poligonal serão feitas até o segundo e constarão de
três reiterações com origens diferentes no limbo horizontal. Cada reiteração compreende uma leitura de
ângulo horizontal na posição direta da luneta, e outra na posição inversa. As origens no limbo horizontal
serão próximas de 0º, 60º e 120º.
Os ângulos verticais serão lidos até o segundo, podendo ser com apenas uma leitura em cada posição
da luneta, ou simultaneamente nos dois extremos do segmento a ser medido.
A anotação dos elementos de campo quer angulares, quer lineares, será feito em folhas próprias,
conforme modelo apresentado pela SANEAGO ou aprovado por ela.
De cada um dos vértices da poligonal deverão, ser visados, sempre que possível, dois pontos de mira
(torre de igreja, para- raios, arestas de edifícios etc.), registrando-se em croquis claros e inconfundíveis
na folha de medidas angulares, observadas as condições descritas anteriormente. Para facilitar a busca
no campo do ponto de mira, recomenda-se a leitura do ângulo vertical, pelo menos até o minuto.
Precisão dos trabalhos
O erro angular máximo será dez segundos x raiz quadrada de N, sendo "N" o número de vértices da
poligonal. O erro linear não poderá exceder ao estabelecido pela relação de 1:20000.
Trabalho de escritório
O cálculo do ângulo horizontal final será feito adotando-se o método da redução à origem, ficando
prejudicadas as leituras que apresentarem discrepâncias superiores a cinco segundos do valor médio
das leituras angulares.
Os valores das coordenadas dos vértices dessas poligonais serão topográficos, e nas respectivas
planilhas de cálculo deverão constar os seguintes dizeres: "Coordenadas topográficas referidas ao
Sistema UTM, tendo como vértice de origem a marco...".
Com os dados angulares a lineares coletados em campo, será montada a planilha de cálculo de
coordenadas, obtendo-se assim os valores dos vértices da poligonal.
O desenho da poligonal desenvolvida será lançado sobre uma planta aerofotogramétrica da área de
trabalho em escala 1: 10000, caracterizando seus vértices e assinalando suas respectivas coordenadas;
com o rodapé contendo dados e informações conforme modelo indicado pela SANEAGO ou aprovado por
ela.
Ma terial a ser entregue
Serão entregues os seguintes componentes:
a) Folhas de medições angulares;
b) Folhas de medições lineares;
c) Planilhas dos cálculos das reduções de distâncias;
d) Planilhas dos cálculos das coordenadas dos vértices;
Relatório dos serviços executados, constando de:
• Métodos e técnicas utilizadas no desenvolvimento;
• Referências planimétricas adotadas;
• Croquis de localização de cada vértice implantado;
• Planta (conforme descrito no último parágrafo do sub-item “Trabalhos de escritório”)
• Fotos e respectivos negativos.
As leituras dos ângulos entre os lados das poligonais serão em número de duas; sendo a primeira com
origem qualquer, diferente de zero grau no limbo horizontal e a segunda, obrigatoriamente, de zero
grau.
A critério da SANEAGO, a contratada poderá também realizar um levantamento de faixa da linha locada
a partir dos vértices da poligonal.
Serão elaborados croquis sem escala, mostrando as eventuais interferências existentes ao longo da linha
locada.
Precisão dos trabalhos
A tolerância angular máxima destes trabalhos será de trinta segundos x raiz quadrada de N, sendo "N" o
número de vértices da linha demarcado.
Para as medidas lineares, o erro não será superior à relação de 1: 3000.
Trabalhos de escritório
Os elementos da linha demarcada serão lançados através das coordenadas topográficas relativas ao
apoio referido nos itens "a" a "b", inclusive com valores de rumos ou distâncias entre pontos, em papel
Canson Schoeller 4R ou equivalente, em escala a ser designada, a em formatos padronizados pela ABNT.
Será feita uma cópia de papel de base transparente e indeformável (papel vegetal de gramatura
105/110 g/cm2 ou poliéster), com tinta preta indelével. Nessa cópia deverão constar todos os elementos
da linha demarcada (rumos, distâncias, coordenadas, nomenclaturas adotadas), além se todos os
marcos implantados na área com suas respectivas coordenadas topográficas.
Serão usados papéis em tamanhos padronizados pela ABNT com legenda de acordo com o sistema
utilizado pela SANEAGO, informando em espaço denominado de “Notas” as referências planialtimétricas
adotadas, assim como outros dados.
Os cálculos das coordenadas dos pontos serão feitos em folhas de modelo próprio, previamente
aprovado pela SANEAGO. Se necessário, os cálculos altimétricos serão feitos na caderneta de campo.
Caso a SANEAGO constate posteriormente, quando da apresentação dos trabalhos, a existência de um
vértice mencionado e não utilizado, os valores planimétricos serão recalculados com a coordenada do
vértice oficial.
Ma terial a ser entregue
Serão entregues os seguintes elementos:
1. Desenho em papel Canson Schoeller 4R ou similar;
2. Cópia transparente e respectiva cópia heliográfica, com rodapé conforme citado
anteriormente;
3. Cadernetas de campo originais, modelo tradicional, sendo que serão apresentadas
cadernetas individuais de cada poligonal;
Planilhas de cálculos constando os seguintes dizeres:
"Coordenadas Topográficas Referidas ao Sistema UTM, tendo como vértice de origem o marco;
Relatório dos trabalhos executados no qual devem constar:
• Métodos e técnicas utilizadas no desenvolvimento;
• Referências planimétricas adotadas com os respectivos croquis de localização;
• Planta com a localização do trecho trabalhado em escala 1:1 e rodapé conforme citado
anteriormente;
"a" e "c", e o fechamento das eventuais poligonais de apoio, nos marcos implantados a partir da
poligonal base, procedendo-se às correções que se fizerem necessárias.
Na inexistência dos marcos de apoio planimétricos para fechamento distante mais 1 km da área de
serviço, a poligonal ficará aberta.
As medidas lineares serão feitas com trena de aço ou de fibra colocada horizontalmente entre balizas
aprumadas, e as distâncias consideradas até o centímetro, ou feitas através de estações totais.
Serão levantados a partir dos vértices das poligonais todos os detalhes que se fizerem necessários, pelo
processo de irradiação e por taqueometria, tais como: cercas, muros, córregos, linhas de transmissão,
construções, afloramentos de rochas etc., além da anotação dos nomes dos proprietários dos terrenos
atingidos. Detalhes próximos aos vértices serão tomados a trena.
Todos os vértices implantados serão nivelados pelo processo geométrico e contranivelado, tendo seus
valores altimétricos definidos pela média aritmética, expressa até o milímetro, desde que o fechamento
esteja contido no limite admissível citado anteriormente.
Será feito o nivelamento taqueométrico dos pontos de detalhes irradiados a partir da poligonal base.
Estas altitudes serão calculadas e assinaladas em planta até o centímetro. O nivelamento deverá cobrir
o terreno com uma densidade de pelo menos 40 pontos por hectare. Nenhuma distância será superior a
120m, sendo os ângulos verticais lidos até o minuto. Nenhuma visada do nivelamento excederá 50m.
Quando as faixas levantadas contiverem pequenos cursos d'água ou os atravessarem, o nivelamento
será de tal modo, que fiquem bem caracterizadas as margens e as áreas inundadas. A intervalos não
superiores a 100 m, serão nivelados pontos correspondentes ao fundo do córrego (F) e ao nível d’água
(NA), com anotação da data.
Serão determinadas as altitudes das enchentes máximas (EM) pelos vestígios locais, ou através de
informações de pessoas conhecedoras da região. Esses dados serão registrados em planta, com cotas
até o centímetro precedidas das iniciais "F", "NA' ou 'EM", conforme o caso.
Todos os bueiros serão nivelados nas suas soleiras de montante e de jusante, anotando-se as seções
destes e a material de que serão feitos. Serão determinadas as altitudes das plataformas das pontes
sobre os córregos.
Quando as faixas a serem levantadas ocuparem trechos das vias públicas (avenidas, ruas, vielas etc.),
para atendimento às condições de projeto, além dos procedimentos anteriores, também será adotado o
seguinte procedimento: desenvolver uma linha com estaqueamento de 20 em 20m, acompanhando o
eixo da via pública. A origem do estaqueamento será o cruzamento dos eixos das vias públicas, ou outro
ponto, desde que bem definido, no trecho deve ser trabalhado.
Precisão dos trabalhos
O erro angular máximo deve ser de trinta segundos x raiz quadrada de N, sendo "N" a número de
vértices da poligonal.
O erro linear não deverá exceder à relação de 1:30.
Deverá ser respeitado o limite admissível de 12 mm x raiz quadrada de K, sendo "K" o número de
quilômetros da linha nivelada, computados em um só sentido.
Trabalhos de escritório
As plantas serão elaboradas a partir do cálculo das coordenadas dos vértices das poligonais, cujos
valores corresponderão ao apoio referido no item "a". Os detalhes, bem como os pontos altimétricos,
serão lançados com transferidor de, no mínimo, 0,20m de diâmetro, em papel Canson Schoeller 4R ou
equivalente, em escala apropriada, e em formatos padronizados pela ABNT.
As plantas podem ainda ser elaboradas mecanicamente com o auxílio de contratada.
Será feita cópia em papel de base transparente e indeformável (papel vegetal de gramatura- 105/110
g/cm2 ou poliéster), com tinta preta indelével, em formatos padronizados pela ABNT, obedecendo à
seguinte disposição:
Na metade superior do papel será desenhada a planta da faixa levantada, onde deverão constar todos
os detalhes com as respectivas altitudes, os vértices da poligonal de levantamento com as respectivas
coordenadas e altitudes e outras informações, quando necessárias, para atender à finalidade do projeto;
Na metade da faixa inferior do papel será desenhado o perfil longitudinal, correspondente ao trecho da
via pública desenhado na mesma folha, onde deverão constar todas as informações necessárias para
atender à finalidade do projeto.
Serão usadas folhas de tamanhos padronizados pela ABNT, Com legenda de acordo com o sistema
utilizado pela SANEAGO, informando no espaço "Notas", as referências altimétricas e planimétricas
adotadas, assim como outros dados.
Quando a faixa levantada estiver em terreno plano, cuja representação altimétrica por curvas de nível
for indefinida, o nivelamento será expresso por pontos cotados, escritos até o centímetro.
Fica convencionado que: a posição do ponto na planta será a correspondente ao sinal gráfico que separa
o número inteiro de metros da sua parte fracionária.
Os cálculos altimétricos dos pontos serão feitos na caderneta de campo, e os cálculos das coordenadas
em folhas de modelo próprio, previamente aprovado pela SANEAGO.
Caso a SANEAGO constate posteriormente, quando de apresentação dos trabalhos, a existência de uma
RN ou vértice informado e não utilizados, os valores altimétricos e planimétricos serão recalculados com
a altitude e as coordenadas da RN e do vértice oficial, e as plantas redesenhadas.
Ma terial a ser entregue
Serão entregues os seguintes elementos:
• Desenho da faixa em papel Canson Schoeller 4R ou equivalente;
• Cópia transparente e respectiva cópias heliográficas de planta(s) em papel transparente;
• Cadernetas de campo originais;
• Planilhas de cálculos das poligonais;
Relatórios dos serviços executados, onde deverão constar:
• Memória e técnica utilizada no desenvolvimento;
• Referências altimétricas e planimétricas adotadas, com os respectivos croquis de
localização;
• Planta geral em escala 1:10000;
8.3.17 – Levantamento planimétrico de faixas
Aplicação
Para levantamento de faixas de servidão, desapropriação e regularização de próprios imobiliários.
Condições a serem observadas
A SANEAGO, sempre que possível, informará marcos de apoio geodésicos para levantamento das
poligonais, estabelecidos por trabalhos de natureza geodésica, a fim de permitir a representação de todo
o sistema referido à projeção UTM;
Estes marcos distarão da faixa a ser levantada até 1 km, distância esta tomada em uma única direção, e
o transporte dos valores das suas coordenadas correrá por conta da contratada.
Nota: se eventualmente os marcos de apoio fornecidos pala SANEAGO distarem mais de 1 (um)
Cópia não controlada quando impresso
quilômetro da área de serviço, a porção que ultrapassa essa distancia será considerada, conforme
o caso, como transporte de coordenadas.
Implantação
A partir dos marcos referidos no item "a", será desenvolvida uma poligonal base. Partindo dos marcos
implantados por essa poligonal base, se necessário, serão desenvolvidas outras poligonais de apoio,
utilizando-se estacas com dimensões de 0,04 x 0,04 x 0,25m, ou pinos, de acordo com as características
do terreno. Estes pinos ou estacas serão identificados com anotação gráfica através de tinta indelével,
ou estaca testemunha.
As leituras dos ângulos entre os lados da poligonal serão em número de duas, sendo a primeira com
origem qualquer, diferente de zero grau no limbo horizontal e a segunda, obrigatoriamente, de zero
grau.
Serão implantados marcos de dimensões 0,10 x 0,10 x 0,40m ao longo da faixa e pelo menos dois
marcos a cada quilômetro, intervisíveis e devidamente amarrados à poligonal base ou de apoio. Desses
marcos serão feitas visadas para pontos notáveis, no mínimo dois, como torres de transmissão, para-
raios, torres de igreja, etc., para servirem como mira, garantindo assim a utilização desses marcos em
trabalhos posteriores.
Equipamentos
A poligonal base será locada, utilizando-se, teodolitos de precisão nominal de leituras angulares de um
minuto sexagesimal, estimando-se as partes fracionárias, até os décimos de minuto.
Serão necessários ainda tripés, trenas, balizas, miras comuns de encaixe ou dobráveis, níveis de
cantoneira e opcionalmente, serão usadas estações totais.
Trabalhos de campo
É indispensável o controle do fechamento da poligonal base, nos marcos de apoio referidos no item "a",
e o fechamento das eventuais poligonais de apoio, nos marcos implantados a partir da poligonal base,
procedendo-se às correções.
As medidas lineares serão feitas com trena de aço colocada horizontalmente entre balizas aprumadas, e
as distâncias consideradas até o centímetro, ou feitas através de estações totais.
Serão levantados, a partir das estacas das poligonais, todos os detalhes que se fizerem necessários, pelo
processo de irradiação e por taqueometria, tais como cercas, muros, córregos, linhas de transmissão,
construções, afloramentos de rochas etc., além da anotação dos nomes dos proprietários dos terrenos
atingidos. Detalhes próximos aos vértices serão tomados à trena.
Na inexistência dos marcos de apoio planimétricos para fechamento em torno de 1 km da área de
serviço, a poligonal ficará aberta.
Precisão dos trabalhos
O erro angular máximo será de até trinta segundos x raiz quadrada de N, sendo "N" o número de
vértices da poligonal. O erro linear não deverá exceder à relação de 1:30 m.
Trabalhos de escritório
As plantas serão elaboradas a partir do cálculo das coordenadas dos vértices das poligonais, cujos
valores corresponderão ao apoio referido no item "a", em papel Canson Schoeller 4R ou equivalente, em
escala a ser definida, e em formatos padronizados pela ABNT. As plantas serão elaboradas
mecanicamente com o auxílio de meios computacionais.
É feita cópia em papel de base transparente e indeformável (papel vegetal de gramatura 105/110 g/cm
ou poliéster), com tinta preta indelével. Nessas cópias deverão constar todos os detalhes levantados, e
Serão necessários ainda: níveis de tripé com precisão nominal de + /- 4mm/Km, trenas, balizas, miras
comuns de encaixe ou dobráveis, níveis de cantoneira, sapatas de forro e opcionalmente podem ser
usados estações totais.
Trabalhos de campo
Partindo dos pontos referidos nos itens "a" e "c", será desenvolvida uma poligonal onde serão feitas duas
leituras dos ângulos entre seus lados com origens diferentes no limbo horizontal. Uma dessas origens
será de zero grau.
O levantamento das ruas novas será executado a partir dos pontos implantados pela poligonal e, se
necessário, de poligonais de apoio estabelecidas pelo processo de caminhamento entre estacas
sucessivas, com ângulos horizontais de sentido.
As medidas dos lados desta poligonal serão tomadas diretamente com trena de aço ou de fibra,
controladas taqueometricamente por visadas de vante e de ré, ou com estação total.
Os vértices das poligonais serão materializados no terreno, com estacas de madeira de dimensões 0,04
x 0,04 x 0,25m ou, no caso de ruas pavimentadas, com pinos de aço.
A partir dos vértices das poligonais serão levantados pontos suficientes para definir os alinhamentos
prediais e alinhamento dos passeios das novas ruas levantadas. Os pontos serão levantados por
irradiação, podendo as medidas lineares ser tomadas taqueometricamente, exceto pontos próximos da
estação, que serão tomados à trena. Nenhuma distância taqueométrica para levantamento de detalhes
será superior a 50m.
As poligonais deverão ter sempre seu fechamento realizado nos pontos de apoio referidos nos itens "a" e
"c". Todos os vértices implantados serão nivelados pelo processo geométrico e contra nivelados, tendo
seus valores altimétricos definidos pela média aritmética expressa até o milímetro.
É aceito o nivelamento taqueométrico dos pontos de detalhes irradiados a partir da poligonal base. Estas
altitudes serão calculadas e assinaladas em planta até o centímetro.
Precisão dos trabalhos
O erro linear não deverá exceder a relação de 1:3 DN, quando a partida e o fechamento das poligonais
ocorrerão num dos pontos referidos no item "a".
O erro angular máximo será de trinta segundos x raiz quadrada de N, sendo "N" o número de vértices da
poligonal. Será respeitado o limite admissível de 12mm x raiz quadrada de K, sendo "K" o número de
quilômetro, dá linha nivelada, computados em um só sentido.
Trabalhos de escritório
Os desenhos serão elaborados a partir do cálculo dos vértices das poligonais, cujos valores
correspondem aos vértices “amarrados” às plantas de referência e obtidos graficamente. Os detalhes
levantados, bem como os pontos altimétricos, serão lançados com transferidor de, no mínimo, 0,20m de
diâmetro, em papel Canson Schoeller 4R ou equivalente, em escala 1:2000, e em formatos padronizados
pela ABNT. Poderão, ainda, as plantas serem elaboradas mecanicamente com o auxílio contratada.
É obtida cópia desse desenho em papel de base transparente e indeformável (papel vegetal de
gramatura 105/110 g/cm ou poliéster), com tinta preta indelével, onde deverão constar as ruas novas
levantadas devidamente compatibilizadas com as plantas já existentes, os vértices das poligonais com
suas respectivas coordenadas e altitudes.
Serão utilizadas folhas de tamanho padronizado pela ABNT, com legendas de acordo com o sistema
utilizado pela SANEAGO, informando no espaço "Notas" as referências planialtimétricas utilizadas, assim
como outros dados. Nos desenhos em vegetal, nenhuma inscrição deverá ficar na faixa das ruas, e as
designações destas serão escritas paralelamente ao seu desenho.
Os cálculos altimétricos dos pontos serão feitos na caderneta de campo a os das coordenadas dos
pontos serão feitos em folhas de modelo apropriado, previamente aprovado pela SANEAGO e indicando
que foram usadas coordenadas gráficas.
Ma terial a ser entregue
Desenho em papel Canson Schoeller 4R ou equivalente;
Cópia transparente e respectiva cópia heliográfica, com o rodapé conforme citado;
Cadernetas de campo originais;
Planilhas de cálculo;
Relatórios dos trabalhos executados, constando:
• Métodos e técnicas utilizados no desenvolvimento;
• Referências adoradas, com os respectivos croquis de localização;
• Planta geral, com a localização do trecho trabalhado em escala 1:10000.
8.3.19 – Levantamento planialtimétrico cadastral de áreas
Aplicação
Para projeto de instalações de estações de tratamento de água; ou esgotos, reservação de água etc.,
usado também para levantamento de obras existentes.
Condições a serem observadas:
A SANEAGO, sempre que possível fornecerá marcos de apoio planimétrico e altimétrico a estes
levantamentos;
A RN e os marcos de coordenadas estabelecidas por trabalhos de natureza geodésica distarão da área a
ser levantada até 1 km, distância tomada em uma única direção, e o transporte das cotas e coordenadas
até a local dos trabalhos correrá por conta da contratada.
Nota: se eventualmente os marcos de apoio fornecidos pela SANEAGO distarem mais de 1 km da
área de serviço, a porção que ultrapassar essa distância será considerada, conforme o caso, como
transporte de referência de nível ou de coordenadas.
Implantação
Em princípio, todas as glebas serão envolvidas por poligonais para levantamento ou determinação dos
seus elementos de divisa, e por análise da precisão obtida, serão consideradas poligonais principais ou
não.
A Implantação dessas poligonais será executada a partir dos marcos referidos nos itens "a" o "b", e serão
fechadas nas suas estações iniciais. Em se tratando de glebas conjuntas, as poligonais percorrerão,
necessariamente, as diversas divisas fazendo fechamento em poligonais de igual classificação, ou nos
apoios referidos anteriormente.
Os vértices da poligonal serão materializados no terreno, com estacas com dimensões de 0,04 x 0,04 x
0,25m. Quando qualquer linha de poligonal percorrer rua pavimentada, são utilizados pinos. As estacas
serão providas de tachinha para melhor caracterização dos vértices e centralização do instrumento.
Serão feitas, quando possível, medidas para amarração das estacas ou pinos, registrando-se estas
medidas em croquis claros e inconfundíveis nas folhas de caderneta de campo.
Em todas as áreas levantadas serão implantados marcos "amarrados" à poligonal de levantamentos,
intervisíveis entre si, tendo-se como preocupação sua segurança e perenidade. Desses marcos serão
feitas visadas para pontos notáveis, no mínimo dois, como torres de transmissão, para- raios, torres de
igrejas, etc., para serem usados como mira, garantindo assim a utilização desses marcos em trabalhos
posteriores.
O número de marcos a serem implantados varia de acordo com o que estiver previsto em projeto quanto
ao número de obras e porte destas. Todavia, nunca será inferior a dois marcos por área.
Estes marcos deverão ter dimensões de 0,10 x 0,10 x 0,40m, com resistência à compressão de 25,0
MPa, e plaqueta de identificação. Serão enterrados de forma a ficarem aflorando cerca de 0,05 m.
Equipamentos
Serão utilizados teodolitos de leitura direta de um minuto sexagesimal, ou de maior precisão, estimando-
se, entretanto, as partes fracionárias.
Serão ainda necessários níveis de tripé de precisão nominal de +/- 4mm/km, miras comuns de encaixe
ou dobráveis, balizas, níveis de cantoneira, trena de aço ou fibra e sapatas de ferro.
Opcionalmente, serão usadas estações totais.
Trabalhos de campo
Quando a área levantada for de grande extensão, recomenda-se a divisão em áreas menores a juízo da
SANEAGO, a fim de evitar-se propagação de erros.
Nos casos em que for impossível o fechamento de poligonal, será exigida a reiteração dos ângulos
horizontais. Entretanto, poligonais abertas só serão aceitas quando implantadas para levantamento de
detalhes internos das áreas.
O processo a ser adotado será o de caminhamento entre estacas sucessivas, com ângulos horizontais de
sentido horário referidos ao seguimento anterior, e constarão de duas leituras entra os lados da
poligonal. Sendo a primeira com origem qualquer, diferente de zero grau no limbo horizontal e a
segunda, obrigatoriamente, de zero grau.
As medidas lineares serão tomadas diretamente, com trena de aço, e controladas taqueometricamente,
com visadas de vante e de ré. A trena será colocada horizontalmente entre balizas aprumadas com
níveis esféricos, e as distâncias lidas até o centímetro, ou feitas através de estação total.
Todos os vértices das poligonais principais ou secundárias e os marcos implantados serão nivelados pelo
processo geométrico. Esses nivelamentos serão fechados, ou contra nivelados, sendo obrigatoriamente
os vértices os pontos de mudança do instrumento.
São anotados os fios estadimétricos e os ângulos verticais para o cálculo trigonométrico, entre os
vértices das poligonais, para controle dos erros grosseiros do nivelamento geométrico.
A partir dos vértices das poligonais, serão nivelados por irradiação taqueométrica, os pontos internos da
área para obtenção de valores altimétricos que permitam a representação do seu relevo com curvas de
nível com equidistância vertical de um metro. As visadas não poderão exceder a 120m, e os ângulos
verticais serão lidos com estimativa de meio minuto.
A escolha destes pontos no terreno será de tal modo criterioso, que o relevo possa ser fielmente
representado. Para tanto, as cadernetas de campo deverão conter croquis limpos e claros com
indicações das modificações do relevo pelas erosões, cortes, aterros etc.
A distribuição desses pontos pelo terreno deverá obedecer ao seguinte critério relativo à escala do
desenho: 1:200- 25 pontos/hectare 1:1000- 36 pontos/hectare 1:500- 60 pontos/hectare 1:200-100
pontos/hectare. Verificada, por ocasião do desenho, a ocorrência de "claros" sem motivo aparente a
justificar, estes serão preenchidos com novos pontos de modo a satisfazer a exigência descrita
anteriormente.
O levantamento das áreas destinadas a lagoas de estabilização será feito estaqueando-se previamente
uma linha diretriz de 20 em 20 m e sobre cada uma dessas estacas uma seção transversal também
É feito o nivelamento dos tampões pelo processo geométrico, adotando-se a RN indicada pela SANEAGO.
Este nivelamento será sempre fechado ou contra- nivelado sendo os tampões, obrigatoriamente, pontos
de mudança de instrumento.
São deixados pontos de cotas nas soleiras das para pronta verificação das edificações, um em cada
quadra, nivelamento dos tampões.
São tomadas todas as dimensões do elemento a ser cadastrado (PV’s ou BLs), tais como:
• Altura, largura o comprimento da câmara inferior;
• Altura e diâmetro da chaminé;
• Altura total, correspondente à da superfície externa do tampão até o fundo do poço;
Quando a chaminé for construída em posição descentralizada em relação à câmara inferior, deve-se
indicar essa posição, tomando-se as medidas para sua representação no desenho.
Serão determinadas as cotas das geratrizes inferiores das tubulações e seus diâmetros, tanto no caso de
PV’s como no de BL’s. Para tanto, serão feitas medidas diretas utilizando-se réguas preparadas para esse
fim ou miras. Da mesma forma serão anotados os materiais das tubulações, bem como o sentido do
escoamento e do poço jusante, observando ainda seus afluentes.
Todos os dados coletados deverão constar em folha de cadastro conforme modelo proposto pela
SANEAGO ou aprovado por ela, inclusive os referentes ao estado de conservação.
Precisão dos trabalhos
A precisão dos nivelamentos será de, no mínimo, 12mm X raiz quadrada de K, sendo "K" o número de
quilômetros do percurso nivelado, computados em um só sentido.
Trabalhos de escritório
Em uma planta, aerofotogramétrica, escala 1:10000 ou 1:2000, ou em uma planta em escala a ser
previamente estabelecida para atendimento às condições do projeto, com o rodapé conforme consta no
citado anteriormente, serão assinalados todos os PV’s, interligados por traço convencional relativo ao
serviço cadastrado, bem como todas as BLs ligadas aos respectivos PV’s de afluência, em formatos
padronizados pela ABNT.
Ma terial a ser entregue
Serão entregues os seguintes elementos:
1. Planta;
2. Folhas de cadastro;
3. Cadernetas originais de nivelamento das linhas;
4. Cadernetas de levantamento dos logradouros públicos;
5. Planilhas de cálculo;
Relatórios dos serviços executados, onde deverão constar:
• Métodos e técnicas utilizados no desenvolvimento;
• Referências altimétricas adotadas.
8.3.23 – Cadastramento de soleiras baixas
Aplicação
Objetiva o projeto de engenharia em especial projeto executivo de redes coletoras de esgoto,
possibilitando o conhecimento das soleiras de imóveis com cota até dois metros abaixo do greide da rua.
Condições a serem observadas
A SANEAGO, sempre que possível, fornecerá RN's de apoio a este cadastramento, referenciados ao nível
do mar, que terão como origem uma RN oficial ou congênere;
Essas referências de nível distarão da área onde serão realizados os trabalhos de cadastramento até 1
km, distância essa tomada em uma única direção, o transporte da altitude correrá por conta da
contratada.
Nota: se eventualmente os elementos de apoio fornecidos pela SANEAGO distarem mais de 1 km da
área de serviço, a porção que ultrapassar essa distância será considerada, conforme o caso, como
transporte de referência de nível.
Equipamentos
Para execução dos serviços serão utilizados níveis de tripé de precisão nominal de +/- 4mm/km, trena,
mira de encaixe ou dobrável, balizas, etc.
Trabalhos de campo
É feito o nivelamento das soleiras pelo processo geométrico, adotando-se as referências de nível nos
itens "a" e "b". Esse nivelamento será sempre fechado e contranivelado, sendo as soleiras,
obrigatoriamente, consideradas pontos de mudança de instrumento.
As soleiras com cota até 2 m abaixo do greide da rua serão identificadas numericamente e em
sequência, levando-se em conta a numeração da rua onde estão localizadas.
A amarração das soleiras será feita através, de medidas diretas com trena de aço referidas à linha base
que acompanha o eixo da rua, estaqueada a cada 20 m, conforme o tipo de projeto. Com os dados
coletados em campo serão elaborados croquis de amarração e identificação de todas as soleiras
cadastradas.
Precisão dos trabalhos
A precisão dos nivelamentos, ora mencionados, será de, no mínimo, 12mm x raiz quadrada de K, sendo
"K" o número de quilômetros do percurso nivelado, computados em um só sentido.
Trabalhos de escritório
Em uma planta aerofotogramétrica, escala 1:10000 ou 1:2000, ou em uma planta, em escala
previamente estabelecida para atendimento das condições de projeto, com o rodapé conforme consta no
citado anteriormente, serão assinaladas todas as soleiras cadastradas. A planta elaborada terá formato
padronizado pela ABNT.
Ma terial a ser entregue
Serão entregues:
1. Croquis de amarração e identificação das soleiras, com rodapé conforme citado anteriormente;
2. Cadernetas originais de nivelamento;
3. Planta;
Relatório dos serviços executados, onde deverão constar:
• Métodos e técnicas utilizados no desenvolvimento;
• Referências altimétricas adotadas;
8.3.24 – Levantamento e locação de furos de sondagem
Aplicação
Orientações que objetivarão o levantamento planialtimétrico de furo de sondagem já executado ou
locação de furos a executar, completado com cota da boca do furo, para trabalhos geométricos.
Equipamentos
Para estes serviços serão utilizados níveis de tripé de precisão nominal de +/- 2 mm/km, miras normais,
tipo caixão ou dobráveis e sapatas de ferro para mudanças.
Trabalhos de campo
A SANEAGO indicará o número mínimo de Uns a serem implantadas mantendo-se à distância, entre elas,
próxima de 1.000 m.
Serão deixados Pontos de Segurança (PS's) com cotas altimétricas, calculadas até o milímetro, em todas
as soleiras de edifícios notáveis que se localizem no percurso.
Na inexistência destes, os PS’s serão fixados em pinos de aço sobre a guia, ou marcos de concreto
distanciados entre si de 500 m, aproximadamente.
O intervalo entre os pontos de mudança no nivelamento geométrico não deverá ultrapassar 50
(cinquenta) metros de distância, sendo que os PS’s serão obrigatoriamente pontos de mudança de
aparelho.
Deverá ser feito um croqui de localização de cada RN, em folha própria, com descrição de sua posição e
constando a identificação em sua plaqueta.
Os dados de campo serão anotados em cadernetas próprias para nivelamento geométrico de precisão,
conforme modelo proposto pela SANEAGO ou aprovado por ela.
Precisão dos trabalhos
Será tolerado um erro máximo de 4mm x raiz quadrada de K, sendo "K" o número de quilômetros da
linha nivelada, computados em um só sentido.
Trabalhos de escritório
Calcular cadernetas de nivelamento, elaborando planilhas.
Sendo posteriormente transferidos, os valores dos desníveis obtidos para a planilha de nivelamento, de
precisão, conforme modelo proposto pela SANEAGO ou aprovado por ela.
Em uma planta aerofotogramétrica, em escala a ser previamente estabelecida pela SANEAGO, com
rodapé conforme citado anteriormente, serão assinaladas todas as Uns implantadas em campo
interligadas por traço convencional relativo ao transporte executado. A planta elaborada deverá ser
formato padronizado pela ABNT.
Ma terial a ser entregue
Serão entregues os seguintes elementos:
1. Planta escala conveniente;
2. Cadernetas de nivelamento;
3. Planilhas de cálculos;
Relatório dos serviços executados, constando:
• Métodos e técnicas utilizados no desenvolvimento;
• Referências altimétricas utilizadas, com os respectivos croquis de localização;
• Croquis de localização das Uns implantadas.
8.3.26 – Transporte de referência de nível- nivelamento comum
Aplicação
Para Implantação de rede de PS’s (Pontos de Segurança) através de nivelamento geométrico comum;
colocação de pinos de aço ou se necessário, marcos de concreto, formando uma malha para projetos de
saneamento básico.
Condições a serem observadas:
A SANEAGO informará, sempre que possível, os marcos de apoio a este nivelamento geométrico. Os
marcos serão referenciados ao nível do mar e terão como origem um marco oficial;
Estes marcos distarão da área de trabalho até 1,0 km. Distância essa tomada em uma única direção.
Nesse caso, o transporte da altitude correrá por conta da contratada;
Nos locais onde não houver marco oficial nem marcos de apoio instituído pela SANEAGO, o transporte de
RN poderá ter origem em uma cota arbitrária, em ponto perfeitamente caracterizado e representado em
croquis.
Nota: se eventualmente os marcos de apoio fornecidos pela SANEAGO distarem mais de 1 km da área
de serviço, a porção que ultrapassar essa distância será considerada, conforme o caso, como transporte
de referência de nível- nivelamento comum, procedendo-se como orienta esta Norma.
Implantação
As referências de nível serão materializadas por meio de pinos de aço, com plaqueta de identificação, ou
marcos de concreto com pino central e plaqueta de identificação, cravados em soleiras ou pontos
notáveis.
Os marcos terão dimensões de 0,10 x 0,10 x 0,50m, em concreto de resistência à compressão de 25,0
MPa e serão providos de pino central e plaqueta de identificação.
Os pinos de aço e marcos de concreto serão cravados levando-se em conta a sua proteção e perenidade
ficando a sua face superior rente ao chão.
Equipamentos
Para estes serviços serão utilizados níveis de tripé de precisão nominal de +/- 4mm/km, miras normais
tipo caixão ou dobráveis e sapatas de ferro para mudança.
Trabalhos de campo
São deixados Pontos de Segurança (PS’s) com cotas altimétricas calculadas até o milímetro em todas as
soleiras de edifícios notáveis, que se localiza no percurso.
Na inexistência desses edifícios, os PS’s serão fixados com pinos de aço sobre a guia ou marcos de
concreto distanciados entre si de 500m, aproximadamente.
O intervalo entre os pontos de mudança no nivelamento geométrico não deverá ultrapassar 80 m de
distância, sendo que os PS’s serão obrigatoriamente considerados pontos de mudança de instrumento.
Os dados de campo serão anotados em cadernetas próprias para nivelamento geométrico comum.
É feito um croqui de localização de cada PS, em folha própria, com descrição de sua posição, e outras
informações necessárias.
Precisão dos trabalhos
É tolerado um erro máximo de 12mm x raiz quadrada de K, sendo "K" o número de quilômetros do
trecho percorrido, computados em um só sentido.
Trabalhos de escritório
Em uma planta aerofotogramétrica, em escala previamente estabelecia pela SANEAGO, com o rodapé
conforme citado anteriormente, serão assinalados todos os PS’s implantados em campo, interligados por
traço convencional relativo ao transporte executado. A planta elaborada deverá ter formato padronizado
pela ABNT.
Ma terial a ser entregue
Serão entregues os seguintes elementos:
1. Cadernetas de nivelamento;
2. Planilhas de cálculo;
Relatório dos serviços executados, contando:
• Métodos e técnicas utilizados no desenvolvimento;
• Referências altimétricas adotadas;
• Croquis de localização das Uns implantadas;
• Planta.
8.3.27 – Nivelamento geométrico de cruzamento de ruas, pontos de mudança de greide e
direção
Aplicação
Para nivelamento geométrico de linhas ou pontos de cruzamento de ruas em zona urbana, para projetos
de engenharia de adutoras, emissários, rede de distribuição de água ou rede coletora de esgoto.
Condições a serem observadas
A SANEAGO fornecerá, sempre que possível, os marcos de apoio a este nivelamento geométrico. Os
marcos serão referenciados ao nível do mar e terão como origem um marco oficial ou congênere;
Estes marcos distarão da linha a ser nivelada até 1km, distância essa tomada em uma única direção, o
transporte dos valores de suas altitudes correrá por conta da contratada;
Caso a SANEAGO constate posteriormente, quando da apresentação do trabalho, a existência de uma RN
mencionada e não utilizada, as cotas altimétricas serão refeitas com a altitude da RN oficial.
Nota: se eventualmente os marcos de apoio fornecidos pela SANEAGO distarem mais de 1 km da
área de serviço, a porção que ultrapassar essa distância será considerada, conforme o caso, como
transporte de referência de nível.
Equipamentos
Para estes serviços serão utilizados níveis de tripé de precisão nominal de +/- 4mm/km, miras normais
de encaixe ou dobráveis, sapatas de ferro para mudanças, níveis de cantoneira, trena de aço e balizas.
Trabalhos de campo
Todos os pontos serão nivelados pelo processo geométrico e contra nivelados, tendo seus valores
altimétricos definidos pela média aritmética e expressos até o milímetro.
Serão tomadas com o auxílio de trena e balizas todas as distâncias entre os pontos nivelados.
Em se tratando de nivelamento para projeto de rede coletora de esgoto, será desenvolvida apenas uma
linha de nivelamento, acompanhando o eixo da rua. Neste caso serão nivelados todos os pontos de
cruzamento dos eixos de ruas, mudanças de greide e mudanças de direção. Existindo edificações com
soleiras até 2m abaixo do greide da rua, estas serão cadastradas de acordo com o descrito nesta
especificação.
São deixadas referências de nivelamento, uma em cada quadra, em soleiras de edifícios notáveis que
deverão ficar materializados com pinos de aço ou marcos de concreto. Na inexistência destes, serão
deixadas outras referências em locais que ofereçam condições de segurança e perenidade ao ponto.
serão elaborados croquis de localização dessas referências (PS’s).
Na inexistência desses edifícios, serão deixadas referencias em locais que ofereçam condições de
segurança e perenidade ao ponto. Serão elaborados croquis de localização dessas referências.
A firma responsável pelo projeto deverá definir no campo os pontos representativos das singularidades
da rede (PV’s, BLS, TL's,CP's, PI's). Esses pontos serão materializados no campo pela firma contratada
dos serviços topográficos, através de pinos ou estacas, com a sua respectiva identificação a tinta. Tais
pontos serão amarrados, ou seja, serão construídos triângulos formados a partir de pontos bem definidos
dos alinhamentos prediais, como: divisas de propriedades, esquinas, postes etc., sendo necessariamente
um dos vértices desse triângulo o ponto locado.
Todas as medidas dessas amarrações, inclusive as distâncias entre pontos locados (singularidades) serão
tornadas com o auxílio de trena de aço colocada horizontalmente entre balizas. Com as medidas assim
obtidas, serão elaborados croquis das amarrações das singularidades, citados anteriormente.
São desenvolvidas linhas, com estaqueamento de 20 em 20 m, acompanhando o caminhamento
previsto no projeto, nas vias públicas onde a rede será implantada. Neste caso a origem do
estaqueamento será o cruzamento dos eixos das ruas, ou um outro ponto desde que bem definido, no
trecho a ser trabalhado.
Todos os pontos locados em campo representativos das singularidades e do estaqueamento, ou pontos
notáveis (mudança de greide e direção), serão nivelados pelo processo geométrico e contra nivelados,
tendo seus valores altimétricos definidos pela média aritmética expressas até o milímetro.
Existindo no trecho de trabalho edificações com soleiras até 2m abaixo do greide da rua, estas serão
cadastradas de acordo com os critérios desta especificação.
O intervalo entre os pontos de mudança no nivelamento geométrico, não, excederá a 80 m de distância,
sendo que todos os PS’s implantados serão obrigatoriamente considerados pontos de mudança de
instrumento.
Precisão dos trabalhos
Serão tolerados erros de, no máximo, 12mm x raiz quadrada de K, sendo "K" o número de quilômetros
da linha, nivelada, computado em um só sentido.
Trabalhos de escritório
Em uma planta aerofotogramétrica, escala 1:2000, ou em uma planta em escala a ser previamente
estabelecida para atendimento das condições de projeto, serão assinalados todos os pontos locados em
campo, representativos das singularidades e do estaqueamento, bem como os PS’s com suas
respectivas cotas, e outras informações julgadas de interesse.
Ma terial a ser entregue
Serão entregues os seguintes elementos:
1. Planta;
2. Cadernetas originais de nivelamento, onde deverão constar as referências altimétricas
adotadas, e suas respectivas cotas;
Relatório dos serviços executados, onde deverão constar:
• Métodos e técnicas localizados no desenvolvimento;
• Referências altimétricas adotadas;
• Croqui de amarração das singularidades locadas;
• Croquis dos PS’s implantados.
8.3.29 – Locação e levantamento planialtimétrico de seções topográficas
Aplicação
serão levantadas de forma ortogonal à linha base, desenvolvendo-se à direita e à esquerda desta. A
largura dessas seções será definida em função das necessidades de projeto.
Todas as estacas da linha diretriz serão niveladas pelo processo geométrico e contraniveladas, tendo
suas cotas altimétricas definidas pela média aritmética, expressas até o milímetro.
Caso a SANEAGO constate posteriormente, quando da apresentação dos trabalhos, a existência de uma
RN mencionada e não utilizada, os valores altimétricos serão recalculados com a altitude da RN oficial o
as plantas redesenhadas.
Precisão dos trabalhos
O erro angular máximo será de até trinta segundos x raiz quadrada de N, sendo N o número de vértices
da linha diretriz.
O erro linear não excederá a relação de 1:30m.
São tolerados erros dentro do limite admissível de 12mm X raiz quadrada de K, sendo "K" o número de
quilômetros da linha nivelada, computado em um só sentido.
Trabalhos de escritório
Os cálculos altimétricos serão feitos nas próprias cadernetas de campo, e os cálculos planimétricos em
folhas próprias de modelo previamente aprovado pela SANEAGO.
Será elaborada uma planta, a partir das coordenadas dos marcos da linha diretriz, em papel Canson
Schoeller 4R ou equivalente, em escala a ser definida pela SANEAGO, escolhida em conformidade com a
utilização da área e da sua extensão, em formato padronizado pela ABNT, onde deverão constar: a linha
diretriz, as seções, os marcos implantados e as nomenclaturas que se fizerem necessárias. As plantas
serão elaboradas mecanicamente com o auxílio de contratada.
É obtida cópia desse desenho em papel de base transparente o indeformável (papel vegetal de
gramatura 105/110 g/cm2 ou poliéster), com tinta preta indelével. Nessas cópias constarão: as
coordenadas e altitudes de cada marco implantado, altitudes e distâncias entre os pontos nivelados da
linha diretriz, perfis transversais das secções levantadas, interferência que forem detectadas
eventualmente, assim como outras informações.
Ma terial a ser entregue
Serão entregues os seguintes elementos:
1. Desenho em papel Canson Schoeller 4R ou equivalente;
2. Cópia em Papel vegetal e respectiva cópia heliográfica, com rodapé conforme citado
anteriormente;
3. Cadernetas de campo originais;
4. Planilhas de cálculo constando os seguintes dizeres;
Relatório dos serviços executados, onde deverão constar:
• Métodos e técnicas utilizados no desenvolvimento;
• Referências planimétricas e altimétricas adotadas.
8.3.30 – Levantamento de seção batimétrica
Aplicação
Para levantamento de seção batimétrica com profundidades variáveis destinadas ao reconhecimento de
leito submerso de rios, lagos ou reservatórios.
Condições a serem observadas
A SANEAGO fornecerá, sempre que possível, os pontos de apoio para a amarração do levantamento de
Cópia não controlada quando impresso
seção batimétrica, estabelecidos por trabalhos de natureza geodésica, que permitirão a representação
de todo o sistema referido à projeção UTM;
Estes marcos distarão da área a ser levantada até 1,0 (um) quilômetro, e o transporte dos valores das
coordenadas até o local dos trabalhos correrão por conta da contratada;
A RN a ser adotada será a indicada pela SANEAGO, e sua localização poderá distar até 1,0 km da seção
levantada, distância essa tomada em uma única direção, ficando o transporte das altitudes por conta da
contratada;
Nota: se eventualmente os marcos de apoio fornecidos pela SANEAGO distarem mais de 1 km da
área de serviço, a porção que ultrapassar essa distância será considerada, conformo o caso, como
transporte de referência de nível ou de coordenadas.
Implantação
As seções batimétricas serão caracterizadas em campo por marcos de concreto com dimensões 0,10 x
0.10 x 0,50 m, conforme o referido nos itens "a", "b" e "c", dotados de pino para centralização de
instrumento e placa de identificação.
Esses marcos serão colocados em condições seguras, estáveis e de fácil acesso, permitindo, sempre que
necessário, a repetição do levantamento da seção batimétrica. Desses marcos, sempre que possível,
serão feitas visadas para pontos notáveis, no mínimo dois, como torres de transmissão, para- raios,
torres de igreja, etc., para servirem como mira, garantindo assim a utilização desses marcos em
trabalhos posteriores. serão feitas ainda, quando possível, medidas de amarração dos marcos das
secções, registrando-se estas medidas em croquis claros e inconfundíveis nas folhas de caderneta de
campo.
Equipamentos
São utilizados teodolitos de precisão nominal de um minuto sexagesimal, trenas de aço, miras comuns
de encaixe ou dobráveis, balizas, embarcação apropriada, ecobatimetro ou cabo de aço graduado e
lastreado, níveis de tripé de precisão nominal de + /- 4mm/km.
Trabalhos de campo
O conjunto de seções batimétricas, já caracterizadas em campo, será envolvido por uma poligonal
topográfica, apoiada nos marcos de concreto referidos nos itens "a", "b" e "c".
As seções serão levantadas em função das facilidades e disponibilidades existentes, à época dos
levantamentos, por qualquer uma das duas técnicas convencionais: ecobatimetria ou batimetria por
sondagem.
A ecobatimetria é realizada por equipamento de registro contínuo instalado em embarcação, de
dimensões e velocidades adequadas às condições locais.
A batimetria por sondagem é realizada utilizando-se um cabo de aço graduado de metro em metro.
Entre os marcos extremos de cada seção serão realizadas sondagens a intervalos de 2% da extensão
total da seção, com auxílio de pequena embarcação e cabo lastreado. O intervalo para seções inferiores
a 100 m, será de 2 m, a juízo da Fiscalização.
Quando a seção batimétrica a ser levantada for complemento de um outro trabalho topográfico, tanto a
planimetria como a altimetria deverão ter origens idênticas ao serviço anterior.
Os elementos altimétricos serão cadastrados utilizando-se o próprio NA do rio ou lago, como referência,
desde que este seja controlado durante toda a execução dos serviços batimétricos, referenciado à
altitude transportada anteriormente para os marcos extremos.
Independentemente das técnicas utilizadas para levantamento das seções, ecobatimetria ou batimetria
por sondagem, serão coletados dados referentes ao NA dos rios, lagos ou reservatórios, com anotação
da hora, dia, mês e ano em que foi feita a observação para cada uma das secções.
Precisão dos trabalhos
São tolerados erros dentro do limite admissível de 12 mm x raiz quadrada de K, sendo "K" o número de
quilômetros da linha nivelada, computados em um só sentido.
Trabalhos de escritório
Os cálculos altimétricos serão feitos nas próprias cadernetas de campo, e os cálculos planimétricos em
folhas próprias de modelo previamente aprovado pela SANEAGO.
Deverá ser elaborada uma planta, a partir das coordenadas dos marcos extremos da seção, em papel
Canson Schoeller 4R ou equivalente, em escala apropriada, em formato padronizado pela ABNT, onde
devem constar as seções levantadas e seus respectivos perfis, além das nomenclaturas que se fizerem
necessárias. Poderão ainda as plantas serem elaboradas mecanicamente com o auxílio de contratada.
Será obtida cópia desse desenho em papel de base transparente o indeformável (papel vegetal de
gramatura 105/110 g/cm² ou poliéster), com tinta preta indelével. Nessa cópia deverão constar as
secções levantadas com seus respectivos perfis, informando N.A. com hora, dia, mês e ano, altitudes e
coordenadas dos marcos extremos de cada seção.
Serão utilizadas folhas de tamanho padronizado pela ABNT e, ainda, com legendas de acordo com o
sistema utilizado pela SANEAGO, informando em espaço denominado de "Notas" as referências
altimétricas e planimétricas adotadas, assim como outros dados.
Ma terial entregue
Serão entregues os seguintes materiais:
a) Desenho em papel Canson Schoeller 4R ou equivalente;
b) Cópia em papel vegetal e respectiva cópia heliográfica;
c) Cadernetas originais de campo;
d) Planilhas de cálculos;
Relatórios dos serviços executados, onde deverão constar:
• Métodos e técnicas utilizados no desenvolvimento;
• Referências altimétricas e planimétricas adotadas;
8.3.31 – Transporte de coordenadas topográficas
Aplicação
Para transporte, Implantação e materialização das coordenadas, para apoio a projetos de saneamento
básico.
Condições a serem observadas:
a) A SANEAGO fornecerá marcos de apoio, a partir dos quais será realizado o transporte das
coordenadas para o trecho de interesse ao projeto.
Implantação
Partindo dos marcos de apoio referidos no item “a”, serão cravados pinos de aço ou estacas, conforme a
terreno que se apresentar, de tal modo que sejam garantidas as condições de segurança e perenidade
dos pontos implantados.
Equipamentos
Serão utilizados teodolitos de precisão nominal de, no mínimo, um segundo sexagesimal, balizas, trenas
de aço e estações totais.
Trabalhos de campo
As leituras dos ângulos horizontais entre os lados da poligonal serão feitas até o segundo e constarão de
três reiterações com origens diferentes no limbo horizontal. Cada reiteração compreenderá uma leitura
de ângulo horizontal na posição da luneta e outra leitura em sentido contrário na posição invertida. As
origens no limbo horizontal serão próximas de 60 e 120 graus.
As medidas lineares serão tomadas com o auxílio de estação total.
Do ponto de interesse final da poligonal, serão visados, sempre que possível, dois pontos de mira (torre
de igreja, para- raios, arestas de edifícios, ate.), registrando-se em croquis claros e inconfundíveis na
folha de medidas angulares. Para facilitar a busca no campo do ponto de mira, recomenda-se a leitura do
ângulo vertical, pelo menos até o minuto.
Deverá ser feito um croqui de localização de cada vértice da poligonal, em folha própria, com descrição
de sua posição, amarração, direção das miras, identificação constante na sua plaqueta e outras
informações necessárias.
Precisão dos trabalhos
Serão tolerados erros que, no máximo, correspondam à precisão do aparelho utilizado, e o erro linear
não deverá exceder a relação de 1:10.000.
Trabalhos de escritório
O cálculo do ângulo horizontal final será feito adotando-se o método da redução à origem, ficando
prejudicadas as leituras que apresentarem discrepâncias superiores a cinco segundos do valor médio
das leituras angulares.
Os valores das coordenadas dos vértices dessas poligonais serão topográficos, e nas respectivas
planilhas de cálculo deverão constar os seguintes dizeres:
“Coordenadas Topográficas Referidas ao Sistema UTM, tendo como vértice de origem o marco...”.
Com os dados angulares e lineares coletados em campo, será montada a planilha de cálculo de
coordenadas, obtendo-se assim os valores dos vértices da poligonal.
A poligonal desenvolvida será lançada sobre planta aerofotogramétrica contendo quadro com as suas
coordenadas e assinalando no rodapé (citado anteriormente), no espaço “Notas”, os seguintes dizeres:
“Coordenadas Topográficas Referidas ao Sistema UTM, tendo como vértice de origem o marco...”.
Caso a SANEAGO constate posteriormente, quando da apresentação dos trabalhos, a existência de um
vértice mencionado e não utilizado, os valores planimétricos serão recalculados com as coordenadas do
vértice oficial.
Para determinação das distâncias entre os vértices da poligonal, será feita média aritmética entre as
leituras de vante e de ré obtidas com estação total.
Ma terial a ser entregue
Serão entregues os seguintes elementos:
1. Folhas de medições angulares;
2. Folhas de medições lineares;
3. Planilhas dos cálculos das reduções de distâncias;
4. Planilhas dos cálculos das coordenadas;
Relatório dos serviços executados, onde deverão constar:
• Métodos e técnicas utilizados no desenvolvimento;
• Referências planimétricas adotadas;
Cópia não controlada quando impresso
Obs.: para profundidade acima de 4m a até 6m, acrescentar 20cm na largura de escoramento especial.
Tabela 1 5 3 – Dimensões de valas para assen tamen to de t ubulações de água- fofo e PVC
Largura da vala em função do tipo de escoramento e profundidade
Diâmetro Profundidade
(mm) (m) Sem escoramento e Descontínuo e Metálico -
Especial
pontaleteamento contínuo madeira
50 A 150 0- 2 0.50 0.60 0.65 0.85
2- 4 0.60 0.70 0.75 0.85
200 0- 2 0.55 0.65 0.70 0.90
2- 4 0.65 0.75 0.80 0.90
250 0- 2 0.60 0.70 0.75 0.95
2- 4 0.70 0.80 0.85 0.95
300 0- 2 0.65 0.75 0.80 1.00
2- 4 0.75 0.85 0.90 1.00
350 0- 2 0.70 0.80 0.85 1.05
2- 4 0.80 0.90 0.95 1.05
400 0- 2 0.75 0.85 0.90 1.10
2- 4 0.85 0.95 1.00 1.10
2- 4 - - - 2.25
1000 0- 2 - - - -
2- 4 - - - 2.40
1100 0- 2 - - - -
2- 4 - - 2.50
1200 0- 2 - - - -
2- 4 - - - 2.60
1500 0- 2 - - - -
2- 4 - - - 2.90
cimento, com 100 quilos de cimento Portland comum por metro cúbico de areia, que será lançada e
adensada por vibração. Em pequenas profundidades e a critério da Fiscalização, será permitido o
envelopamento com concreto magro com consumo mínimo de 50 kg/m3 de cimento.
A construção da envoltória, após o assentamento da tubulação, somente será feita com autorização da
Fiscalização, e após a execução dos seguintes serviços:
• Testes das juntas;
• Instalação do sistema de proteção anticorrosivo (catódica);
• Revestimento das juntas;
• Reparos no revestimento da tubulação;
• Cadastramento detalhado.
8.6 – Escoramentos
Será utilizado escoramento sempre que as paredes laterais de cavas, poços e valas forem constituídas
de solo passível de desmoronamento, bem como nos casos em que, devido aos serviços de escavação,
seja constatada a possibilidade de alteração da estabilidade do que estiver próximo à região dos
serviços.
Será obrigatório o escoramento em valas de profundidade superior a 1,30 m, conforme a Portaria n° 17
do Ministério do Trabalho de 07/07/83- item 16.6.41.
Os tipos de escoramento utilizados serão os especificados em projeto e na falta destes, serão
determinados pela Fiscalização.
A SANEAGO se reserva ao direito de proceder a alterações no projeto dos sistemas de escoramento, caso
haja conveniência de ordem técnico- econômica.
Na execução do escoramento serão utilizadas madeiras duras, como madeira de lei, canafístula,
sucupira, angelim rosa, etc., sendo as estroncas de eucalipto, com diâmetro não inferior a 0,20m. Caso
não seja possível utilizar as bitolas especificadas, estas serão substituídas por peças com módulo de
resistência equivalente.
Em valas profundas, a estrutura do escoramento servirá de suporte às plataformas para colocação de
terra escavada.
Neste caso, serão tomados cuidados especiais para evitar desabamentos, em virtude do peso adicional.
Se por algum motivo o escoramento tiver de ser deixado definitivamente na vala, será retirada da
cortina de escoramento uma faixa de aproximadamente 0,90 m abaixo do nível do pavimento, ou da
superfície existente.
8.6.1 – Estrutura de escoramento – madeira
As dimensões mínimas das peças e os espaçamentos máximos usuais dos escoramentos, quando não
especificados no projeto, são os seguintes:
Pontaleteamento
A superfície lateral da vala será contida por tábuas verticais de madeira de lei de 0,027 x 0,30 m,
espaçadas de 1,35 m, travadas horizontalmente por estroncas de eucalipto, no diâmetro de 0,20m,
distanciadas verticalmente de 1,00 m.
Descontínuo
A superfície lateral da vala será contida por tábuas verticais de madeira de lei de 0,027 x 0,30 m,
espaçadas de 0,30 m, travadas horizontalmente por longarinas de madeira de lei de 0,06 x 0,16m, em
toda a sua extensão e entroncas de eucalipto de diâmetro 0,20 m, espaçadas em 1,35m. Nas
extremidades das longarinas, as estroncas estarão a 0,40 m. As longarinas serão espaçadas
verticalmente de l,00 m.
Contínuo
A superfície lateral da vala será contida por tábuas verticais de madeira de lei de 0,027 x 0,30 m,
encostadas umas às outras, travadas horizontalmente por longarinas de madeira de lei de 0,06x0, 16 m
em toda a sua extensão e estroncas de eucalipto, de diâmetro 0,20 m, espaçadas de 1,35 m.
Nas extremidades das longarinas, as estroncas estarão a 0,40 m.
As longarinas serão espaçadas verticalmente de 1,00m.
Especial
A superfície lateral da vala será contida por pranchas verticais de madeira de lei de 0,06 x 0,16 m, do
tipo macho e fêmea. As pranchas serão travadas horizontalmente por longarinas de madeira de lei de
0,08 x 0,18 m em toda a sua extensão e estroncas de eucalipto, de diâmetro 0,20 m, espaçadas
horizontalmente de 1,35 m. Nas extremidades das longarinas, as estroncas ficam a 0,40 m. As
longarinas serão espaçadas verticalmente de 1,00 m.
Se na localidade em que será executado o escoramento, as bitolas comerciais de tábuas, pranchas e
vigas não coincidirem com as indicadas, serão utilizadas peças com módulos de resistência equivalente,
ou com dimensões superiores, sem ônus para a SANEAGO.
8.6.2 – Escoramento metálico – madeira
A superfície lateral da vala será contida por perfis verticais de aço tipo I, pranchões de madeira de lei
com espessura de acordo com o projetado, longarinas de perfis de aço e estroncas de perfis de aço ou
de eucalipto com diâmetro mínimo de 0,20 m.
O perfil metálico será cravado por bate-estacas (queda livre), ou martelo vibratório ou pré- furo.
A escolha do processo de cravação será determinada pela Fiscalização, que deverá optar pelo sistema
que ofereça menor dano à estabilidade do solo e às edificações vizinhas.
O dimensionamento do escoramento, assim como a ficha, será de acordo com o especificado em projeto.
Na cravação dos perfis, não sendo encontrados matacões, rochas ou qualquer outro elemento
impenetrável, a ficha será a do projeto. Havendo obstáculo e a ficha não sendo suficiente, será
obrigatório o uso de estronca adicional no topo do perfil, antes de ser iniciada a escavação.
Caso o solo apresente, alternadamente, camadas moles e rígidas, a montagem do escoramento será
feita através de estroncas provisórias para possibilitar a escarificação do material por meio de
equipamento interno à vala. A extensão de vala escorada com estronca provisória não deverá exceder a
40 m. A remoção das estroncas provisórias será feita imediatamente após a colocação das estroncas
definitivas e os trabalhos de substituição serão contínuos.
O empranchamento deve acompanhar a escavação, não podendo haver, em terrenos moles, vãos sem
pranchas entre os perfis com dimensão superior a 0,50 m.
8.6.3 – Escoramento metálico
A superfície lateral da vala será contida por escudos metálicos com espessura de acordo com o projeto,
com entroncas e longarinas também de aço, podendo ser ajustáveis manual ou hidraulicamente,
permitindo melhor evolução da escavação.
Serão indicadas principalmente para escavações em vias públicas onde se encontram interferências
(cabos óticos, canalizações, etc.) e que exigem rapidez de construção com o máximo de segurança para
trabalhadores, pedestres, veículos e patrimônios vizinhos. serão também indicados pelo projeto ou pela
Fiscalização locais onde serão colocadas passarelas em pranchões metálicos com corrimão para
travessias de pedestres com corrimão, e para veículos, com espessura necessária à carga que irá
O escoramento será obrigatório em valas com profundidade superiores a 1,30 m, e quando a escavação
executada em terrenos instáveis.
Na abertura de valas manualmente, o escoramento será progressivo a cada metro. O plano de retirada
das peças de escoramento será objeto de programa.
A remoção da cortina de madeira será executada à medida que avance o aterro e compactação, com a
retirada progressiva das cunhas.
Atingindo o nível inferior da última camada de estroncas, serão afrouxadas e removidas as peças de
contraventamento (estroncas e longarinas), bem como os elementos auxiliares à fixação, tais como
cunhas, consoles e travamentos; da mesma forma e, sucessivamente, serão retiradas as demais
camadas de contraventamento.
Os perfis e elementos verticais de escoramento serão removidos com a utilização de dispositivos
hidráulicos ou mecânicos, com ou sem vibração, e retirados com o auxílio de guindastes, logo que o
aterro atinja um nível suficiente, segundo estabelecido no plano de retirada.
Os furos no terreno de retirada de perfis, pontaletes ou estacas serão preenchidos com areia e
compactados por vibração ou por percolação de água.
8.6.4 – Remoção de escoramento
O plano de retirada das peças será objeto de programa previamente aprovado pela Fiscalização.
A remoção da cortina de madeira será executada à medida que avance o aterro e compactação com a
retirada progressiva das cunhas.
Atingido o nível inferior da última camada de estroncas, serão afrouxadas e removidas as peças de
contraventamento (estroncas e longarinas), bem como os elementos auxiliares de fixação, tais como
cunhas, consolos e travamentos; da mesma forma e sucessivamente, serão retiradas as demais
camadas de contraventamento.
As estacas e os elementos verticais de escoramento serão removidos com a utilização de dispositivos
hidráulicos ou mecânicos, com ou sem vibração, e retirados com o auxílio de guindastes, logo que o
aterro atinja um nível suficiente, segundo o estabelecido no plano de retirada.
Os furos deixados no terreno, pela retirada de montantes, pontaletes ou estacas, serão preenchidos com
areia e compactados por vibração ou por percolação de água.
8.7 – Esgotamento e drenagem
8.7.1 – Generalidades
Sempre que se fizer necessário, deverá se proceder ao esgotamento de águas, a fim de que se permita a
execução dos trabalhos.
A proteção das valas, cavas e poços contra a inundação das águas superficiais se fará mediante a
construção de muretas e/ou canaletas longitudinais nas bordas dos barrancos.
Nas valas inundadas pelas enxurradas, findas as chuvas e esgotadas as valas, os tubos já assentados
serão limpos internamente. Aqueles tubos cujas extremidades estiverem fechadas serão
convenientemente lastreados de maneira que não flutuem quando de inundações das valas.
A água retirada será encaminhada para local adequado, a fim de evitar danos às áreas vizinhas ao local
de trabalho.
O esgotamento será feito por bombas superficiais ou por sistema de rebaixamento do lençol freático,
tipo ponteiras a vácuo, a critério da Fiscalização.
As valas serão escavadas de acordo com a largura, o alinhamento e as cotas indicadas em projeto. Os
tubos de tipo e dimensões requeridos serão assentados firmemente no material de envolvimento.
Normalmente estes tubos não serão rejuntados. Se necessário, o rejuntamento será feito com
argamassa de cimento e areia 1:4.
A parte superior da vala será preenchida com material argiloso, conforme indicado no Projeto. Todos os
materiais de enchimento serão compactados. Nas extremidades de saída das valas, serão instalados
tubos ou terminais, conforme indicações do projeto.
São utilizados drenos sem tubulação, em que o sistema de drenagem consistirá de material filtrante e
mantos permeáveis (manta não- tecida de poliéster).
Neste tipo de dreno normalmente serão empregados: areia, brita, cascalho e seixos. As combinações e
granulometria destes materiais serão definidas em projeto.
Serão atendidas as recomendações do fabricante quanto à aplicação dos mantos permeáveis.
8.8 – Assentamento de tubulações, peças e conexões
8.8.1 – Fundações para assentamento de tubulações
Para o assentamento de tubulação, o contato entre o tubo e o solo será de tal forma que ocorra perfeita
distribuição de carga, ao longo de todo o tubo com o solo. Quando o solo não apresentar condições
naturais de distribuição será providenciada a regularização do fundo da vala com "colchão" de material
adequado, não se admitindo em nenhum caso que os tubos sejam assentados sem o perfeito apoio no
fundo da vala.
Antes de ser assentado qualquer tubo a Fiscalização deverá definir o tipo de apoio ou fundação que será
observado.
De acordo com o solo, a fundação de assentamento de tubos poderá ser de diversos tipos:
Fundação Direta
Quando a tubulação for assentada diretamente sobre o solo, os tubos deverão ficar perfeitamente
apoiados no fundo da vala. Dever-se- á providenciar a regularização do fundo da vala.
Quando em solo rochoso, o apoio da tubulação será executado em colchão de material argiloso ou
granular fino, com espessura a ser definida pela Fiscalização, não sendo nunca inferior a um terço do
diâmetro da tubulação a ser assentada.
A fundação direta poderá ser executada de várias formas, de acordo com o projeto e condições locais.
Com lastro de pedra britada ou seixo rolado
A tubulação será apoiada diretamente sobre o lastro de pedra britada (ou seixo rolado).
Com laje de concreto (simples ou armado)
A tubulação será assentada sobre um berço de concreto apoiado em laje de concreto (armado ou não)
executada sobre lastro de pedra britada.
Quando o solo não apresentar características de suporte adequado, o mesmo será substituído, ficando a
critério da FISCALIZAÇÃO, o enchimento da escavação feita à maior (super escavação) para melhor
assentamento da tubulação e aumento da espessura do lastro de brita, com areia adensada.
Fundação indireta com estacas
Quando a camada de solo adequada para a sustentação da tubulação estiver a uma profundidade
relativamente grande, e não sendo aconselhável a substituição do terreno de fundação, serão utilizadas
estacas, de modo a transmitir a carga da tubulação para a camada de solo que tenha capacidade de
suporte. As estacas serão pré-moldadas de concreto ou de madeira, conforme projeto.
Não serão utilizadas estacas de madeira tratadas, a menos que elas fiquem permanentemente
submersas.
A cravação será executada por bate-estacas, com martelo de gravidade com peso de uma a uma vez e
meia o peso da estaca.
Cuidado especial será tomado com as partes de conexões (ponta, bolsa, flanges etc.) contra possíveis
danos na utilização de cabos e/ou de tesouras.
Na aplicação normal dos diferentes tipos de materiais, será observada a existência ou não de solos
agressivos à tubulação e as dimensões mínimas e máximas de largura das valas e recobrimentos
definidos pelo projeto e pela Fiscalização.
O fundo da vala, em terreno seco onde não haja rocha, será acertado uniformizado e rebaixado sob a
bolsa a fim de que a tubulação por completo.
Especial atenção será dada à necessidade de drenagem e escoramento da vala, bem como sua
drenagem.
Os tubos serão assentados alinhados. No caso de deflexões verticais e horizontais no ponto de conexão
dos tubos, serão respeitadas as tolerâncias admitidas pelo fabricante.
A seguir estão descritos os procedimentos para montagem dos diversos tipos de juntas, de acordo com o
tipo de tubo.
São instruções básicas que, a critério da Fiscalização, poderão sofrer pequenas modificações na
execução.
Tubo de ferro fundido com junta elástica
A junta elástica é constituída pelo conjunto formado pela ponta de um tubo, pela bolsa contígua de outro
e anel de borracha. Para montagem, serão observados os seguintes cuidados:
• Limpar o alojamento do anel de borracha, e a ponta do tubo a ser conectado.
• Utilizar escova de aço ou raspador, removendo, posteriormente, com auxílio de um pano ou
estopa, todo o material estranho.
• Da mesma forma, com o auxílio de estopa, limpar o anel de borracha.
• Colocar o anel de borracha começando pela parte inferior da bolsa e pressionando o anel
contra o fundo do alojamento à medida que for sendo encaixado.
• Observar a posição correta do anel, indicada pelos fabricantes, ou seja, qual parte será
voltada para o fundo da bolsa;
• Colocar o anel de borracha em seu alojamento na bolsa do tubo. A face mais larga do anel,
onde se localizam os furos, deverá ficar voltada para o fundo da bolsa do tubo;
• Descer o tubo para a vala, locando- o convenientemente;
• Lubrificar o anel de borracha a cerca de 10 cm da ponta do tubo, utilizando o lubrificante
recomendado pela fábrica, ou glicerina ou água de sabão de coco nos pequenos e médios
diâmetros, ou ainda, outro lubrificante aprovado pela Fiscalização. É vedado o uso de óleo
mineral ou graxa;
• Centrar convenientemente a ponta e introduzi-la na bolsa até encostá-la no anel, mantendo
o alinhamento e nivelamento do tubo.
• Verificar o bom estado do chanfro (ou bisel) na ponta do tubo. Tubos serrados na obra serão
chanfrados para não rasgarem o anel de borracha durante a montagem.
• Riscar com giz, na ponta do tubo, um traço de referência a uma distância da extremidade
igual à profundidade da bolsa menos um centímetro. Para tubos de diâmetros menores,
dispô-los em dois apoios de terra batida ou de cascalho e para os diâmetros maiores,
manter a tubulação suspensa pelo gancho do guindaste;
• Introduzir a ponta até que a sua extremidade fique distanciada de 10mm do fundo da bolsa
(empurrar o tubo para dentro da bolsa, até que o traço de referência a giz se encontre com
o espelho da bolsa), para livre dilatação e mobilidade da junta. Nesta operação utilizar
alavanca simples para DN 50 a 100, uma talha tipo "tirfor" de 1.600 kgf para DN 150 a 300,
uma talha tipo "tirfor" de 3.500 kgf para DN 350 a 600, duas talhas tipo "tirfor" de 3.500 kgf
cada para DN 700 a 1.200;
Cópia não controlada quando impresso
• Colares de tomada
• Colarinho/Flange
• Juntas de transição PE x Aço
Cada um destes sistemas oferece um conjunto de peças, ou conexões, para curvas, derivações, tês,
reduções, etc.
Soldagem de topo por termofusão
Poderá ser utilizada para qualquer diâmetro de tubo, todavia é mais adequada para tubos de DE ≥63.
É a forma de união mais tradicional e aplicada em tubos de PE. Apresenta uma história de grande
confiabilidade, segurança e desempenho.
Neste tipo de soldagem, os tubos ou conexões serão soldados topo a topo, desta forma, para a união de
tubos, não necessita peças de conexão.
As conexões para solda de termofusão de topo serão aplicadas para executar-se Transições, Tês, Curvas
de pequenos raios ou Reduções.
estabelecer a ligação.
Sela com punção ou Tê com punção ou Tê de serviço ou Tapping Tee
Aplica-se em linhas em carga. Contém uma ferramenta de corte integrada capaz de puncionar (furar) o
tubo em carga para estabelecer a ligação.
São aplicadas em tubos de PE e PP, havendo algumas versões para tubos de PVC.
As conexões de eletrofusão são produzidas por injeção e são do tipo sela ou bolsa. As de sela podem ser
do tipo Sela simples (Tê de sela) ou Sela com punção (Tê de serviço ou Tapping).
As conexões de compressão são muito aplicadas para tubos de DE 20mm a 110mm em redes e ramais
prediais de água, devido a seu bom preço, segurança e facilidade de instalação. Alguns fabricantes
oferecem peças para diâmetros de até DE 160mm, que também se prestam bastante bem para reparos.
São produzidas por injeção em polipropileno ou PVC, existindo modelos em poliacetal e latão.
No exterior, em especial nos EUA, existem peças específicas para linhas de gás, porém, por ora,
somente são disponíveis no Brasil através de importadores.
Consistem de uma bolsa onde o tubo é introduzido, fazendo-se a vedação por anel de borracha. Através
de uma garra, que deve ser de um material mais duro que o PE, geralmente Poliacetal, e uma porca
externa cônica, a conexão é travada no tubo, devendo possuir capacidade de travamento para resistir ao
máximo esforço de tração que o tubo pode ser submetido sob pressão.
Devem suportar no mínimo 10 bar de pressão (1 MPa).
Colarinho/flange
Este tipo de acoplamento é indicado para transições entre tubo e bomba ou válvulas, ou entre tubo de
PE ou PP e de outros materiais.
Consiste de uma peça de PE injetada ou usinada, denominada de colarinho, que é soldada ao tubo de
PE, e um flange solto de aço, com furação padrão DIN (ABNT) ou ANSI, conforme a peça a acoplar-se. A
vedação entre os flanges é feita por manta de borracha.
As dimensões do colarinho são definidas pela DIN 16963. Tem um ótimo desempenho, devendo,
contudo, assegurar-se que a ligação entre os flanges não fique submetida a esforços de torção e flexão,
que poderiam levar a uma ruptura do colarinho ou da solda com o tubo.
Juntas de t ransição PE x AÇO
Apesar do acoplamento colarinho- flange e das juntas mecânicas de compressão do tipo adaptador
serem utilizadas nas transições de tubos de PE ou PP para outros materiais, ou bombas e válvulas, a
denominação Junta de Transição PE x Aço tem sido empregada a um determinado tipo de peça, mais
Esta peça possui uma extremidade ponta ou bolsa de eletrofusão para soldar-se ao tubo de PE e a outra
extremidade em aço do tipo ponta ou rosca. Sua utilização básica é a ligação do tubo de ramal da linha
de gás ao medidor do consumidor.
Estrangulador de vazão
O estrangulador deve possuir limitadores de esmagamento em função do diâmetro e espessura do tubo
para que o esmagamento não ultrapasse 30% do dobro da espessura do tubo, ou seja, o esmagamento
deve ser interrompido quando a distância entre os roletes de esmagamento atingir 70% do dobro da
espessura do tubo.
Por exemplo, se o tubo tem espessura de 10 mm, a distância entre os roletes de esmagamento não deve
ser menor que 14 mm (70% de 20 mm).
O estrangulamento deve ser feito a uma distância não inferior a 500 mm ou 4xDE, o que for maior, de
qualquer união, derivação, ou estrangulamento feito anteriormente.
Se necessário, usar dois ou mais estranguladores consecutivos de cada lado do trecho a ser cortado.
Análise de Transientes
Para a análise de transientes em tubulações de PE ou PP deve-se levar em conta algumas
particularidades:
a) as tubulações de PE e PP devem ser consideradas de parede espessa (a distribuição de
Essas pressões de colapso devem ser levadas em consideração na escolha da classe de pressão de uma
tubulação, podendo-se, quanto ao efeito de transientes, adotar a seguinte regra geral:
b) PN 2.5 SDR 32,25: usar apenas em tubulações não sujeitas a subpressão em
hipótese alguma, como adutoras por gravidade ou sifões;
c) PN 3.2 e 4 SDR 26 e 21: quando houver a possibilidade de ocorrer subpressão,
devem ser instalados dispositivos de proteção (como chaminé de equilíbrio, tanque
de alimentação unidirecional, etc).
d) PN 5 ou maior SDR 17: suportam subpressão, inclusive o vácuo absoluto para
solicitações de curta duração.
onde:
a= celeridade (m/s)
K= módulo de elasticidade do fluido (K=2.2 GPa para a água)
ρ = densidade do fluido (ρ = 1000 Kg/m3 para água) c1= coeficiente (veja cálculo a seguir):
D= diâmetro interno da tubulação (m)
E= módulo de elasticidade da tubulação (E= 1.0 GPa para PE)
e= espessura da tubulação (m)
µ= coeficiente de Poisson da tubulação (µ= 0.5 para o PE)
A tabela acima mostra os valores da celeridade calculados para a tubulação PEAD fixada contra
movimento na longitudinal.
Nota: os valores do módulo de elasticidade e do coeficiente de Poisson apresentados são
correspondentes a cargas de curta duração, que são os valores que devem ser usados para a
análise de transientes.
Expansão e contração t érmicas
É importante considerar as características de expansão e de contração térmica no projeto e na
instalação de sistemas de PE. O coeficiente de expansão e contração térmica para o polietileno é
aproximadamente 10 vezes maior de que para o aço ou o concreto. No entanto, as propriedades
viscoelásticas deste material o tornam bastante adaptável para ajuste com o tempo aos esforços
impostos pelas alterações térmicas. Quando a instalação for feita no verão, deverão ser utilizados
comprimentos um pouco maiores de tubulações que devem ser colocadas de forma serpenteante para
compensar a contração da tubulação no interior (mais frio) da vala.
Se a instalação for realizada no inverno poderá ser feita com o comprimento real da tubulação.
Quando o material de preenchimento for mole ou pastoso, como em pântanos ou leitos de rios, a
tubulação pode não sofrer pressão do material de preenchimento quando da movimentação causada
pela expansão ou contração térmicas. Além disso, as tensões sofridas pela tubulação serão transmitidas
a suas extremidades podendo danificar conexões não resistentes. Quando possível, deverão ser
instalados elementos de ancoragem apropriados imediatamente antes das extremidades, visando isolar
e proteger as conexões.
A força causada por variações térmicas resulta da tensão na parede da tubulação e na área transversal
da parede. O comprimento da tubulação necessária para ancorar toda a instalação contra esta força
calculada depende da circunferência da tubulação, da pressão média de contato entre o chão e a
tubulação, e o coeficiente de atrito entre o material de preenchimento e a tubulação.
Uma vez instalada a tubulação e com carga de trabalho, a variação de temperatura geralmente é
pequena, ocorrendo durante um período de tempo prolongado e não causando tensão significativa na
tubulação.
Instalação de conexões
Quando as tubulações ou conexões forem conectadas a estruturas rígidas, deverá se evitar movimentos
ou flexões no ponto de conexão. Para isto, utilizar-se-á material de preenchimento bem compactado ou
um bloco de concreto armado construído sob a tubulação ou conexão, que deverá ser conectado à
estrutura rígida, prolongando-se um diâmetro da tubulação, ou no mínimo 30cm a partir da união
flangeada. A figura abaixo ilustra o método indicado.
Recomenda-se que os parafusos colocados nas conexões flangeadas como nas abraçadeiras dos blocos
de suporte, passem por um aperto final, quando de sua primeira instalação.
Figura 2 0 – Compactação
É necessário ter especial cuidado com a compactação realizada em volta das conexões. Esta deverá
estender-se vários diâmetros de tubulação, além dos terminais das conexões. Recomenda-se uma
compactação de 90% de densidade Proctor nestas áreas.
Passagem por parede
Quando a tubulação atravessar paredes, pode ser ancorada por meio de um anel ou estrutura lateral
acoplada à tubulação, selando a passagem na parede. Para selar o anel entre a passagem e a tubulação
de PEAD, foram testadas com sucesso vedações em borracha expansível mais selante.
Instalar a tubulação de forma contínua sobre suportes, garante maior resistência estrutural à instalação,
tanto no que se refere à capacidade de pressão de colapso externa como interna. Atualmente ao instalar
tubulações sobre suportes torna-se extremamente difícil vedar o anel sem deixar falhas.
Pode-se instalar a tubulação com suportes localizados para estabilizar os movimentos onde exista
expansão lateral.
Preenchimento e compactação
O propósito de preencher a vala é criar um apoio firme e contínuo em volta da tubulação. O fator mais
importante de uma instalação subterrânea bem-sucedida é realizar um preenchimento correto em volta
da tubulação.
O material de escavação da própria vala poderá ser utilizado com material de preenchimento inicial,
desde que se trate de material uniforme que não contenha pedras nem se desmanche ou desagregue
com facilidade. O melhor material para preenchimento inicial é a areia fina. Se a tubulação for instalada
em terreno lodoso de má qualidade e sob condições de carga externa severa, como em entroncamento
de vias, a areia deverá ser o material de preenchimento utilizado.
O material de preenchimento inicial deve ser colocado em duas etapas. A primeira até a altura média da
tubulação sendo em seguida compactado ou nivelado, molhado com água para garantir que a parte
inferior da tubulação fique bem assentada.
Deve-se atentar para que as laterais da tubulação fiquem bem apoiadas, visto que a compactação desta
área influi de forma importante na deflexão à qual é submetida a tubulação em serviço. A compactação
depende das propriedades do solo, teor de umidade, espessura das camadas de preenchimento, esforço
de compactação entre outros fatores. Na segunda etapa, devem ser adicionadas camadas de 20 a. 25cm
bem compactadas até 15 a 30cm sobre a geratriz superior da tubulação. A partir desse ponto, pode-se
utilizar o material extraído in situ para completar o preenchimento até o nível do terreno isento de
pedras e outros detritos. Deve-se ter o cuidado de não usar equipamentos pesados de compactação até
atingir, pelo menos, 30 cm sobre geratriz superior da tubulação.
Instalação superficial
Geralmente, as tubulações de PE serão instaladas sob a terra. No entanto, existem situações nas quais a
instalação superficial apresenta vantagens, por exemplo:
• Linhas para a condução de polpas ou resíduos de minas que frequentemente serão
relocadas, permitindo sua rotação de forma a distribuir o desgaste da própria tubulação.
• Condições ambientais; a resistência e flexibilidade das tubulações de PE frequentemente
permitem instalações em pântanos ou áreas congeladas.
• Instalações em zonas rochosas ou na água são, às vezes, métodos mais econômicos.
• Seu baixo peso e facilidade de instalação, são propícios para montagens rápidas em
instalações temporárias.
Dilatação e contração térmicas
O projeto de uma instalação superficial deve levar em conta as mudanças de temperatura tanto internas
como externas, pois tais mudanças causam dilatação e contração em todos os tipos de tubulações.
Quando ocorrerem mudanças bruscas de temperatura em curtos períodos de tempo, a movimentação da
tubulação pode se concentrar em determinada zona até fazer a tubulação dobrar. Se o fluxo do fluido
transportado for contínuo, as expansões e contrações da instalação serão mínimas, uma vez
estabelecidas as condições de operação.
A tubulação de PE contém um percentual de negro- de- fumo que a protege dos raios UV, mas o calor
absorvido aumenta a taxa de dilatação e contração.
Um método para limitar a dilatação e contração é ancorar adequadamente a tubulação em intervalos
definidos ao longo da instalação.
Ao sofrer dilatação, a tubulação deflete lateralmente, necessitando de espaço disponível. Na contração,
tenderá a ficar tensa entre os pontos de ancoragem; isto não danifica a tubulação, pois o PE possui a
propriedade de aliviar tensões e ajustar-se com o passar do tempo espaço disponível. Na contração,
tenderá a ficar tensa entre os pontos de ancoragem; isto não danifica a tubulação, pois o PE possui a
propriedade de aliviar tensões e ajustar-se com o passar do tempo.
Onde:
∆y= deflexão lateral (m)
L= comprimento entre ancoragens (m)
α = coeficiente de expansão térmica, mm/m linear ºC ( = 0,2mm/m linear ºC)
Suportes ancoragem
Para prevenir deslocamentos laterais e movimentos nas conexões devem ser utilizados elementos de
ancoragem. Tais elementos devem ser colocados o mais próximo possível das conexões. No caso do uso
de conexões flangeadas, os elementos de ancoragem devem ser acoplados aos flanges. No entanto,
devem ser evitadas flexões entre a tubulação e os flanges.
Tomar todas as precauções para manter a tubulação livre de sujeira, resíduos, pedaços de solda ou
qualquer outro corpo estranho, durante a execução das obras. Em toda paralisação dos trabalhos as
extremidades das tubulações instaladas serão tamponadas.
O assentamento da tubulação será executado verificando-se as cotas do fundo da vala e da geratriz
externa superior do tubo, a cada 20 m, de modo que respeitem o projeto e os serviços possam
desenvolver-se em várias frentes, sem a necessidade de correções de cotas nos encontros. A
Fiscalização efetuará a verificação das cotas, antes do posicionamento final.
Os tubos, uma vez baixados às valas, somente serão deslocados longitudinalmente quando suspensos
por meios adequados, ou depositados sobre sacos de aniagem, rolos de borracha ou dollies.
A montagem prévia de elementos componentes da tubulação será efetuada fora da vala, desde que o
conjunto não ultrapasse 15 m de comprimento.
As curvas com ângulo inferior ou igual a vinte e dois graus e trinta minutos serão obtidas por cortes nas
extremidades dos tubos contiguos. Para ângulos maiores serão utilizadas curvas pré-fabricadas,
conforme indicação do Projeto.
Soldagem
Os tubos e peças especiais fabricados com chapas de aço, de conformidade com a Norma A- 36, A – 283
ou A- 235.
As ligações entre os elementos constituintes da tubulação serão obtidas por soldagem elétrica, a arco
protegido ou submerso, e serão executadas por processos e mão-de-obra qualificados.
Deverão observadas as prescrições constantes da Norma AWWA C206 e nos casos omissos aplicar a
norma AWS D1. 1 ou ASME IX para qualificação dos procedimentos de solda.
Das operações de soldagem, será apresentada à Fiscalização descrição pormenorizada dos processos de
soldagem a serem adotados.
Qualificação dos Soldadores
Todas as soldas efetuadas no campo serão marcadas, a fim de se identificar o soldador ou operador de
equipamento automático, com estampas de aço de 1 centímetro, em letras e números.
Os procedimentos para testes e qualificação de soldadores seguem as exigências mínimas estabelecidas
na Norma ASME, Seção IX.
Os certificados de qualificação de soldador serão emitidos pela Fiscalização.
Cada soldador será qualificado para a função específica, não se considerando que o soldador manual
esteja, implicitamente, qualificado como operador para soldagem automática e vice-versa.
A Fiscalização acompanhará a escolha dos soldadores, que será feita com o emprego de material a ser
efetivamente aplicado na obra, com eletrodo de maior diâmetro.
As mesmas exigências serão aplicadas quanto aos operadores de equipamentos automáticos.
Quando a junta for radiografada, esta informação deverá constar do laudo, sendo desqualificado o
soldador que efetuar repetidas soldas defeituosas.
Todos os soldadores serão adequadamente equipados com máscaras de proteção, aventais, mangas e
polainas de camurça e luvas de amianto ou couro, macias e flexíveis.
Eletrodos e Equipamentos de solda
Os eletrodos para solda e os materiais de adição deverão obedecer às Normas ABNT EB 79, classificação
4210- 0, ou 4211- 0, equivalentes à classificação ASTM- A.223, classes E- 6010 e E – 6011.
Cópia não controlada quando impresso
Os eletrodos terão as dimensões recomendadas pelos fabricantes dos tubos para cada passe ou
conforme processos qualificados.
Os eletrodos serão conservados em estufas próprias, com a capacidade mínima de 60kg.
Os eletrodos considerados imprestáveis, bem como os pedaços remanescentes, serão recolhidos em
recipientes adequados e removidos para fora dos locais de serviços.
O equipamento de solda deverá assegurar a corrente indicada para a solda, garantindo a estabilidade do
arco. Será provido de painel de instrumentos para leitura da corrente e tensão e chapas comutadoras de
comando e controle. Tanto os cabos elétricos de alimentação do grupo moto- gerador, como os cabos
alimentadores de porta- eletrodos serão flexíveis e dimensionados para o trabalho ao ar livre. As
respectivas bitolas deverão assegurar as quedas de tensão compatíveis com as Normas Técnicas da
ABNT. Uma eficiente ligação à terra será implantada, quer para o sistema cabo porta- eletrodo, quer para
o terminal terra do gerador- peça a ser soldada.
O cabo- terra será do mesmo tipo do cabo alimentador do porta-eletrodo.
Inspeção e t estes não- destrutivos das soldas
Todas as soldas efetuadas no campo serão submetidas a inspeções e/ou testes, para obtenção de
serviço de soldagem adequado e executado dentro de padrões uniformes. As soldas serão inspecionadas
e testadas por processos radiográficos, ultra- sônicos e hidrostáticos.
Se não especificado a contratada fará o controle das juntas de soldas por ensaios de ultra- som.
Testes radiográficos
Por ocasião da inspeção serão assinalados nas tubulações soldadas os pontos defeituosos, bem como
serão apresentados laudos por escrito à Fiscalização, que os encaminhará aos responsáveis para as
providências cabíveis. Somente serão revestidas as juntas que forem aprovadas pela Fiscalização.
As especificações referentes à qualidade radiográfica serão as mencionadas no código ASME, Seção VIII,
UW- 5152 e ASTM- E- 142. O nível de qualidade radiográfica 2-2T. Ouando for usado penetrômetro DIN
54109- 62, pede-se BZ- 10 a BZ- 14- Penetrômetro DIN 10/16-categoria 2.
As radiografias deverão apresentar uma densidade H.E.D. entre 2,0 a 3,5 sobre a imagem da solda.
As radiografias serão reveladas em câmaras escuras instaladas no campo imediatamente após as suas
tomadas.
As técnicas de escolha da revelação, manuseio e demais cuidados inerentes ao filme, serão os
mencionados em “Práticas Experimentais Recomendadas para o Teste Radiográfico”, ASME- E-94-62-T.
As radiografias serão identificadas conforme exigências normativas da SANEAGO e deverão apresentar:
1. Identificação da obra e do local;
2. Identificação da junta, referindo-se aos números dos tubos unidos;
3. Posição da chapa na junta;
4. Número indicativo do soldador.
Nota: A referência para a posição da chapa na junta será sempre a geratriz superior do tubo. Em relação
a quem olha a tubulação de montante para jusante, a numeração da chapa se faz no sentido horário.
Para os processos de arcos submersos, gás ou eletrodos tubulares, serão adotados os princípios
estabelecidos pela AWS- SR- 1.
Fichas de soldagem serão feitas para registro dos processos de soldagem adotados, devendo seguir os
padrões indicados pela SANEAGO. A qualificação dos processos de soldagem será feita por laboratórios
especializados, indicados pela Fiscalização, através do exame de corpos de prova. Os testes serão
Cópia não controlada quando impresso
Qualquer cordão de solda interrompido, ao ser retomado, exige-se que o princípio do novo cordão
derreta completamente o material do final do cordão anterior, a fim de se evitar a ocorrência de
quaisquer descontinuidades. O tempo máximo entre dois passes consecutivos será de 50 horas.
As soldagens julgadas defeituosas serão refeitas pela remoção ou fusão do material, além da penetração
que tenha sofrido pela soldagem defeituosa, sem atingir o metal- base.
Todo o material queimado será removido cuidadosamente e a área preparada de modo adequado para
receber nova soldagem. Cada passe do metal de solda deverá estar isento de porosidade superficial,
trincas, antes da aplicação do novo passe.
Será feito o pré-aquecimento, controle de temperatura entre passes ou tratamento térmico pós-
soldagem, para alívio das tensões, com exceção do primeiro e último passes.
A Fiscalização fará inspeção visual antes da inspeção radiográfica. Quaisquer mordeduras, respingos de
solda ou outros corpos estranhos que possam comprometer o laudo na radiografia serão removidos
através de lixamento.
A Fiscalização exige o aquecimento prévio da superfície, em uma faixa mínima de 8cm de cada lado da
linha de solda, quando as condições de qualificação do processo assim o exigirem.
A aprovação da solda obedecerá aos critérios previstos no código ASME Seção VIII.
Serão observadas as regras de segurança, exigidas durante a inspeção, com relação ao pessoal na obra.
Testes ultra- sônicos
Serão executados conforme as normas referentes à "Welded and Railway Bridges"- Apêndice "C",
"Ultrassoning Testing of Groove Welds", normas "Welded Wessels", ASME Seção VIII- divisão 1 para
inspeção por ultra- som em juntas soldadas, e Norma DIN 54 120 padrão VI para calibração do
equipamento.
O equipamento de ultra- som a ser usado será específico para a finalidade, podendo a sua frequência
variar de 2 a 4 megahertz.
Os corpos de prova necessários à calibração do equipamento serão feitos de material idêntico ao usado
na obra. Para a inspeção utilizar-se-á transdutores pulso-eco, de ondas longitudinais e transversais. O(s)
ângulo(s) do(s) transdutor(es) de ondas transversais selecionados(s) são adequados(s) a espessura
inspecionada, cuja sobreposição mínima, durante a varredura, não deverá ser inferior a 15% da largura
do transdutor.
A fonte de alimentação do equipamento será um jogo de baterias de NiCa, já adaptadas ao
equipamento. Caso seja necessário utilizar-se uma fonte ligada a uma extensão, sugere-se que as
baterias sejam mantidas no equipamento para que não ocorra oscilação/distorção da linha de varredura
do TRC.
O equipamento deverá também possibilitar, durante a inspeção, a utilização se necessários os seguintes
dispositivos:
Régua de localização de defeitos, para ser montada no cabeçote (transdutor). A régua de localização em
papel vegetal, em material plástico transparente ou similar para que, posteriormente seja feito o croqui
das descontinuidades detectadas no relatório de inspeção; A calibração da escala do equipamento feita
com auxílio do padrão VI ou VII, para calibragem do aparelho, em conjunto com o cabeçote emissor-
receptor.
Os critérios para aceitação ou rejeição das juntas analisadas com ultra- som serão os seguintes:
Máxima reflexão: será rejeitada qualquer descontinuidade do eixo que ultrapassar os índices da tabela
C2 das Normas WHRB;
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Mínima reflexão: será rejeitada qualquer descontinuidade que exceda, em comprimento, duas polegadas
dos padrões da Tabela C2 das Normas WHRB.(poderá como critério de aceitação, utilização da norma
ASME VIII- divisão 1, em substituição aos itens 1 e 2 acima).
A superfície do contato do cabeçote ultra- sônico será lisa, isenta de tintas, respingos de solda ou escória
ou quaisquer outros contaminantes que possam comprometer o contato na superfície da peça a ser
inspecionada. Como meio uniformizador de contato acoplante, entre o cabeçote e a superfície a ser
testada, será usada água ou carboxi- metil- celulose, preferencialmente.
Quando se usar graxa ou óleo, cuidados especiais serão exigidos, na limpeza posterior da tubulação,
para possibilitar a aderência do "primer" e revestimento.
O corpo de prova para calibração do analisador ultra- sônico deverá acompanhar o instrumento,
conservado imerso em querosene. Cada operador deverá ajustar o equipamento ao assumir o serviço,
aferindo- o com o corpo de prova. Igual cuidado será tomado após mudanças de materiais ou variações
de tensões ou troca de onda de emissão.
O Padrão deverá estar sempre isento de oxidação ou de outros contaminantes.
Caso seja exigência da Fiscalização, as descontinuidades relevantes serão radiografadas e/ou
acompanhadas pelo fiscal, durante o reparo.
Defeitos notáveis, apresentados no ecograma, serão mostrados em fotografias, juntamente com o laudo.
As juntas defeituosas, assinaladas pela inspeção, serão reparadas. Após os reparos, a solda será
novamente inspecionada por ultrassom.
Envoltória de areia Recobrimento especial
Toda a tubulação de aço no interior das caixas de abrigo será protegida por um recobrimento especial, a
fim de garantir as condições, exigidas pelas hipóteses de projeto, adotadas na determinação da
espessura da chapa dos tubos e peças especiais de aço. Esse recobrimento ou envoltória será de areia
ou de cimento e areia, ou de concreto magro.
A posição, dimensões e o tipo da envoltória devem obedecer rigorosamente às indicações do projeto.
A camada da envoltória situada entre o fundo consolidado da vala e a geratriz externa inferior do tubo,
bem como a camada acima da geratriz externa superior, deverão ter 15 cm de altura.
Os tubos serão lastreados ou travados de modo a impedir seu deslocamento durante a execução da
envoltória. A compactação da envoltória será mecânica ou hidráulica, ou uma combinação de métodos.
A areia da envoltória será limpa (destituída de detritos), com o máximo de 5% de material passante na
peneira 100 e permeabilidade da ordem de 1 x 10-2 e lançada em camadas horizontais com espessuras
não superiores a 50 cm compactada de modo a não danificar o revestimento da tubulação.
A camada da envoltória, abaixo da tubulação, será lançada antes do posicionamento dos tubos, excluída
a extensão da vala correspondente ao comprimento dos cachimbos, que serão limitados por meio de
formas de madeira.
A compacidade relativa da areia será definida pelos ensaios de determinação do índice de vazios,
mínimo de solos coesivos (norma ABNT- MB 3388), devendo, em todos os pontos da envoltória, atingir
valores superiores a 70% (setenta por cento).
Onde necessário, a critério da Fiscalização, a envoltória será executada em sua metade inferior, com
uma mistura de areia e cimento, com 100 quilos de cimento Portland comum por metro cúbico de areia,
que será lançada e adensada por vibração.
Em pequenas profundidades e a critério da Fiscalização, será permitido o envelopamento com concreto
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baixa, com o objetivo de remover a camada de óxidos e outros materiais não muito aderentes.
Consiste na limpeza minuciosa através de escovas de aço rotativas, ferramentas de impacto do tipo;
pistolas de agulhas, esmerilhadeiras e lixadeiras.
Neste processo deverá ser tomado o cuidado de não polir a superfície metálica, uma vez que isto
reduzirá a aderência da pintura subsequente.
No SSPC – SP3 estão descritos os métodos e estes devem obedecer a ISO 8 501- 1ST3.
Existem quatro graus de oxidação que devem ser observados quando se faz necessário a utilização de
um jateamento abrasivo, especificados conforme a norma ISO 8501- 1.
Perfil de rugosidade
Na especificação de uma pintura é aconselhável que se determine o perfil de rugosidade e a espessura
da película de tinta acima dos picos, pois a vida da pintura depende bastante deste fator.
O ideal é o perfil de rugosidade situar – se dentre 1/4 a 1/3 da espessura total do esquema de pintura ou
no máximo até 2/3 da espessura da tinta de fundo.
A altura do perfil de rugosidade deve ser determinada, mediante o uso de rugosímetro com precisão de
5 µm ou com auxílio de padrão visual da norma NACE – TM- 00170.
O grau de jateamento necessário para condicionar a superfície a qual o produto vai ser destinado,
geralmente está relacionado ao tipo de sistema de pintura e características do equipamento a ser
pintado, baseado nestes fatores o fabricante recomenda o grau de jateamento ideal para condicionar a
superfície.
Antes de proceder ao jateamento da superfície, esta deve estar livre de oleosidades já
que podem interferir na eficiência do jato e permanecerem em uma fina camada afetando a película
subsequente. Excessos e respingos de solda também devem ser removidos.
O perfil de rugosidade muito baixo pode proporcionar base insuficiente para aderência, enquanto que
um perfil elevado pode resultar na cobertura desigual dos picos altos, ocasionando pontos de corrosão
em potencial, falha prematura e consumo elevado de tinta.
Após o jateamento, o pó deve ser removido da superfície utilizando o ar comprimido (ar seco e livre de
óleo).
A superfície de aço jateada fica em estado vulnerável, devendo ser protegida imediatamente com a
primeira demão do sistema de pintura. O aço jateado só deve ser manuseado com mãos protegidas por
luvas limpas.
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Hidrojateamento
Este processo apresenta uma excelente eficiência na retirada de materiais soltos, tintas e produtos de
corrosão, porém não promove um adequado perfil de rugosidade. É, portanto, adequado para superfícies
já pintadas anteriormente onde já existe o perfil de rugosidade.
É a aplicação de água limpa a altissima pressão utilizando equipamento pneumático hidráulico móvel
com bomba de alta pressão, acionada por motor elétrico ou diesel. O tipo de pressão utilizado
dependerá do tipo de remoção que se deseja.
• Baixa pressão: menor que 68 bar;
• Média pressão: entre 68 e 680 bar;
• Alta pressão: entre 680 e 1700 bar;
• Altíssima pressão: maior que 1700 bar.
A seguir são descritas diversas condições com fotos ilustrativas em que podem ser encontrados os
substratos para a aplicação do hidrojateamento:
• Condição A (não ilustrada): superfície de aço completamente coberta de carepa de
laminação intacta e aderente, com pouca ou nenhuma corrosão;
• Condição B (não ilustrada): superfície de aço com princípio de corrosão atmosférica da qual
a carepa de laminação tenha começado a desagregar.
• Condição C: superfície de aço da qual a carepa de laminação tenha sido removida pela
corrosão atmosférica ou possa ser retirada por meio de raspagem, podendo ainda
apresentar alguns alvéolos;
• Condição D: superfície de aço da qual a carepa de laminação tenha sido removida pela
corrosão atmosférica e que apresenta corrosão alveolar de severa intensidade.
• Condição E: superfície de aço previamente pintada, tinta levemente colorida aplicada sobre
superfície limpa por jateamento; tinta na maior parte intacta.
• Condição F: superfície de aço previamente pintada, tinta rica em zinco aplicada sobre aço
limpo jateamento; tinta na maior parte intacta.
• Condição G: sistema de pintura aplicado sobre aço contendo carepa de laminação, sistema
completamente desbotado pela intempérie, completamente empolado, ou completamente
manchado.
• Condição H: sistema de pintura degradado aplicado sobre aç, sistema completamente
desbotado pelas intempéries, completamente empolado, ou completamente manchado.
• Outras condições: quando é utilizado hidrojateamento para remover tinta e outros
contaminantes do aço contendo carepa de laminação (condições A, B e G), a carepa de
Natureza
O serviço geotécnico tem por objetivo definir as propriedades e os comportamentos dos solos no local de
realização ou a influência das obras, bem como a qualidade e as proporções de seus componentes. Os
mesmos serão realizados mediante a investigação das fundações e pesquisa dos materiais através de
ensaios "in situ" e em laboratório, de forma a obter as características estruturais do solo e eventuais
descontinuidades nos horizontes estudados.
A materialização dos Serviços Geotécnicos para Obras de Saneamento Básico deve ser realizada
mediante a apresentação de "Projeto Geotécnico" que será composto pelos seguintes documentos:
• Memorial descritivo;
• Estudo Geotécnico;
• Plantas.
9.2.1 – Memorial descritivo
Deverá apresentar uma descrição sucinta das obras e suas necessidades em termos geotécnicos.
Deverá mostrar as linhas de investigação e de pesquisas adotadas, os estudos realizados e fazer
referência às soluções propostas.
Deverá mostrar, de forma panorâmica, a obra, suas necessidades, os problemas encontrados e as
soluções adotadas.
9.2.2 – Estudo geotécnico
O Estudo Geotécnico será composto pelos seguintes trabalhos e documentos:
• Investigação dos solos (Investigação das Fundações);
• Investigação de Superfície;
• Sondagens a Percussão;
• Poços e Trincheiras de Inspeção;
• Sondagens Rotativas e Sísmicas;
• Sondagens a Trado Investigações de Materiais
• Análise e Interpretação das Investigações dos Solos;
• Programa de Execução das Obras em Terras;
• Especificações Particulares das Obras em Terras;
• Investigação do Solo;
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Instalação de eletrodutos
Nenhum cabo será instalado até que a rede de eletrodutos esteja completa e todos os serviços de
construção que os possam danificar estejam concluídos.
A fiação será instalada conforme indicado no projeto, onde cada cabo deverá ocupar o eletroduto
particular a ele designado.
Antes da instalação dos cabos, será certificado que o interior dos eletrodutos não tenha rugosidade,
rebarbas e substâncias abrasivas que possam prejudicar o cabo durante o puxamento.
Não serão permitidas emendas de cabo no interior dos eletrodutos sob hipótese alguma.
O lubrificante para a enfiação, se necessário, será adequado à finalidade o ao tipo de cobertura dos
cabos, ou seja, de acordo com as recomendações de seus fabricantes.
O puxamento será manual ou mecanizado, de acordo com as recomendações do fabricante dos cabos.
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