Estão de Essoas em Anutenção: Rasília
Estão de Essoas em Anutenção: Rasília
Estão de Essoas em Anutenção: Rasília
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO...................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
VISÃO, MISSÃO E VALORES........................................................................................................ 9
CAPÍTULO 2
COMPETÊNCIAS...................................................................................................................... 14
CAPÍTULO 3
ALINHAMENTO DAS AÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS À ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL............ 26
UNIDADE II
REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA.............................................................................................................. 30
CAPÍTULO 1
SISTEMA TRADICIONAL DE REMUNERAÇÃO.............................................................................. 30
CAPÍTULO 2
SISTEMAS CONTEMPORÂNEOS DE REMUNERAÇÃO.................................................................. 33
CAPÍTULO 3
LIDERANÇA............................................................................................................................. 41
UNIDADE III
ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL.............................................................................................................. 62
CAPÍTULO 1
CONCEITOS E INDICADORES.................................................................................................. 62
UNIDADE IV
GESTÃO DE MUDANÇAS....................................................................................................................... 69
CAPÍTULO 1
GESTÃO DE MUDANÇAS......................................................................................................... 69
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 83
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
O objetivo desse curso é apresentar o papel da área de Recursos Humanos nas
organizações, bem como seu papel no processo estratégico.
Essa área tem como principal foco as pessoas dentro das organizações e como podemos
fazê-las se sentir parte do negócio e produtivas, isso pode ser visto através de ferramentas
que nos auxiliam na mensuração de resultados.
A proposta é trazer alguns conceitos e processos por meio dos seguintes temas:
»» RH Estratégico.
»» Remuneração e Liderança.
»» Administração de Pessoal.
»» Gestão de Mudanças.
Objetivos
»» O papel do RH na construção do planejamento estratégico (missão, visão
e valores), definindo o conceito de competências e o alinhamento dessas
ações à estratégica organizacional.
7
8
RECURSOS HUMANOS UNIDADE I
ESTRATÉGICO
CAPÍTULO 1
Visão, missão e valores
Quando Taylor observou a forma como era realizado o trabalho e o sistematizou através
de tempos e medidas, criou o conceito de hierarquia e sistemas, no qual cada trabalhador
tem uma atividade a ser desenvolvida em um sistema produtivo definido pelo ambiente
industrial, iniciando a administração de pessoas e não apenas atividades.
Com a revolução dentro das organizações, busca-se cada vez mais o trabalho realizado
da melhor forma, com o melhor resultado, no menor tempo, com mais qualidade, mais
competitividade e destaca as pessoas como o principal ponto.
As mudanças ocorridas nas últimas décadas fizeram com que a forma de gestão também
mudasse e, por isso, tiveram que se estruturar de uma nova forma, trazendo significado
para sua existência e ferramentas para sua sobrevivência.
Iniciamos tratando os conceitos de visão e missão que são utilizados nas empresas para
transmitir sua cultura e seus valores. Esses conceitos são a base para a definição das
estratégias que guiarão as ações da organização, de cada colaborador para que todos
caminhem com foco no mesmo objetivo, através de metas e medição da produtividade,
dando a direção para a perenidade e sustentabilidade do negócio.
Para uma empresa ter sucesso é necessário ter clareza de onde quer chegar e quais
objetivos irá alcançar, sendo que a definição clara de sua visão e missão farão com que
todos os envolvidos saibam qual é o seu papel nesse caminho a ser percorrido.
9
UNIDADE I │ RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO
Através desses conceitos a empresa conseguirá direcionar suas ações para a definição
e a condução da estratégia do negócio. Imaginem que eles são a “identidade” de uma
pessoa, ou seja, a identidade da empresa.
Missão
As empresas devem possuir uma missão bem clara, pois do contrário as pessoas não
saberão qual o seu papel, para quê e o porquê estão realizando suas atividades.
As empresas possuem suas missões e divulgam como forma de mostrar a razão de suas
existências.
A missão da Gerdau “é gerar valor para nossos clientes, acionistas, equipes e a sociedade,
atuando na indústria do aço de forma sustentável”. Já a missão da Volkswagen é
“A Volkswagen do Brasil é uma fabricante de veículos de alto volume orientada
para a qualidade, satisfação do cliente, inovação e responsabilidade socioambiental.
Concentramos nossos esforços em agregar valor aos acionistas, colaboradores, clientes,
concessionários, fornecedores e à sociedade”.
10
RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO │ UNIDADE I
Outro exemplo é a missão da Porto Seguro: “Nossa missão é assumir riscos e prestar
serviços, por meio de um atendimento familiar que supere expectativas, garantindo
agilidade a custos competitivos com responsabilidade social e ambiental”.
Visão
A estratégia da empresa está diretamente ligada à visão, já que trata dos objetivos e das
metas, como por exemplo: os resultados esperados de cada área, qual será seu público
alvo, qual mercado irá atuar e se posicionar entre outros.
A visão se caracteriza pelo propósito da empresa, ou seja, que resultado quer obter.
É a situação futura desejada, deve ser uma meta ambiciosa que sirva como um guia
para a definição dos objetivos e a concretização da missão.
Volkswagen
11
UNIDADE I │ RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO
Banco do Brasil
Nossa visão é a de ser o banco mais confiável e relevante para a vida dos clientes,
funcionários e para o desenvolvimento do Brasil.
Valores
Valores são diretrizes quanto aos princípios e comportamentos esperados de seus
colaboradores, é como a empresa quer ser vista pela sociedade.
Podemos entender que os valores são os princípios éticos e morais que direcionam
as ações dos administradores, fundadores e colaboradores da empresa, tais como os
exemplos abaixo:
Valores da Fiat:
»» Atuar como parte integrante do Grupo Fiat: juntos nossa marca fica
muito mais forte.
»» Valores Vale.
12
RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO │ UNIDADE I
»» Fazer acontecer.
Todas essas mudanças exigem que a área busque atualizações deixando de ser vista
somente como uma área operacional e responsável apenas pelos processos. Deve ser
vista como uma área que atua diretamente na estratégia do negócio.
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CAPÍTULO 2
Competências
A gestão por competências é algo amplamente abordado nas empresas nos dias de hoje
por ser uma forma eficaz de desenvolvimento de talentos, pois através dela é possível se
orientar e avaliar as atividades e pessoas.
A área de recursos humanos contribui ativamente nessa nova gestão, que segundo
Chiavenato (2000, p.20) traz “as pessoas não são recursos que a organização consome,
utiliza e que produzem custos. Ao contrário, as pessoas constituem um fator de
competitividade, da mesma forma que o mercado e a tecnologia”.
Pensando nisso, as pessoas passam a serem vistas como parte integrante e fundamental
do negócio e não mais somente como força de trabalho.
Essa frase é frequentemente utilizada nos dias atuais e nela está implícito o conceito
de competências, desempenho, resultado, retenção de talentos e desenvolvimento de
pessoas.
Conceito de competências
14
RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO │ UNIDADE I
Para Le Boterf (1999), por sua vez, a competência está no saber mobilizar e aplicar os
recursos disponíveis na atividade profissional. Destaca que a competência está não só
nas qualificações individuais, mas no resultado dessas qualificações no trabalho.
15
UNIDADE I │ RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO
16
RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO │ UNIDADE I
No mundo competitivo, a empresa que aplica bem sua competência essencial é aquela
que aproveita os recursos de seus colaboradores, busca novas maneiras de fazer e
oferecer seus produtos e aproveita as oportunidades do mercado. Segundo Prahalad e
Hamel (1990), podemos dizer que a empresa deve ser vista como um conjunto de forças,
de capacidades e de habilidades que podem ser utilizadas para criar novos negócios.
Para ele, a estratégia é desenvolver uma série de competências essenciais e, a partir daí,
criar novos produtos e serviços.
»» Técnicas.
»» Sociais.
»» De serviço.
»» Sobre processos.
»» Sobre a organização.
Por isso o grande desafio é desenvolvê-las, pois a competência básica muitas vezes é o
conhecimento técnico que pode ser adquirido através de estudos, práticas e treinamento.
As competências essenciais estão diretamente relacionadas com a eficácia em trazer
resultados nas atividades desempenhadas.
17
UNIDADE I │ RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO
Várias empresas utilizam o modelo de gestão por competências para planejar, captar e
desenvolver as competências necessárias ao alcance de seus objetivos.
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RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO │ UNIDADE I
Identificação do gap
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UNIDADE I │ RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO
Mapeamento de competências
O objetivo do mapeamento de competências é identificar os gaps, estabelecer as lacunas
entre as competências necessárias para atingir os objetivos estratégicos da organização
e as competências internas já existentes.
A coleta de dados pode ser feita por meio das seguintes ferramentas:
»» Pesquisa documental.
»» Observação participante.
»» Entrevistas.
»» Questionários.
»» Grupo focal.
21
UNIDADE I │ RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO
Para cada uma das técnicas citadas acima, existem vantagens e desvantagens. Algumas
se tornam inviáveis pelo alto custo e pelo longo tempo de execução. Veja, no quadro
abaixo, os pontos fortes e fracos de cada uma das técnicas de coleta de dados para
mapeamento de competências.
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RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO │ UNIDADE I
De acordo com Brandão (2006), esses métodos de coleta de dados são aplicados para
identificar as competências relevantes para a conquista dos objetivos organizacionais.
Porém, para mapear os gaps é preciso identificar as competências internas já existentes
na organização desse processo.
A maior parte das organizações utiliza sistemas próprios para identificar as competências
de seus colaboradores, usam instrumentos de avaliação de desempenho desenvolvidos
internamente. O Balanced Scorecard e a avaliação 360º são alguns modelos de gestão
de desempenho utilizados nas organizações.
Descrição de competências
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UNIDADE I │ RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO
É importante evitar:
»» Ambiguidades.
»» Irrelevâncias.
»» Duplicidades.
»» Abstrações.
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CAPÍTULO 3
Alinhamento das ações de gestão de
pessoas à estratégia organizacional
A gestão por competência tem como objetivo realizar a gestão dos gaps de competências
que existem na organização, com a intenção de eliminá-los ou de minimizá-los,
buscando ao máximo aproximar as competências existentes das necessárias, visando
atingir os objetivos da companhia.
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RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO │ UNIDADE I
Com isso, o conceito de gestão de pessoas ganhou força ao olhar para os profissionais
como atuantes diretos da estratégia da empresa, ou seja, responsáveis pelos resultados
a serem alcançados.
Vale ressaltar que também a identificação dos gaps acompanhou este movimento.
Este subsistema tem alguns desdobramentos: Análise das pessoas em sua individualidade:
partindo dos resultados da avaliação de desempenho, a pessoa é observada com base
em sua entrega.
27
UNIDADE I │ RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO
pessoas às competências exigidas para o cargo a ser exercido, ou seja, a pessoa certa no
lugar certo.
Assim, cria-se uma técnica chamada entrevista por competências que através de
situações vivenciadas no passado prediz uma tendência de comportamento futuro em
situações semelhantes, trazendo para a entrevista dados e fatos, facilitando a avaliação.
Remuneração
A inclusão dos conceitos de competência aos processos de gestão de pessoas estimula
novas fases de remuneração com base nas entregas realizadas pelos colaboradores.
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RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICO │ UNIDADE I
Comunicação interna
A comunicação interna deve ser utilizada para desenvolver e reforçar o sentimento
de pertença dos colaboradores, divulgando aspectos da estratégia organizacional, tais
como: missão, visão, objetivos estratégicos e metas organizacionais. É usada, também,
para a disseminação do conhecimento e informações ao cotidiano.
Dois conceitos em voga que estimulam novos métodos de trabalhar essa dimensão são:
endomarketing e empowerment (empoderamento).
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REMUNERAÇÃO E UNIDADE II
LIDERANÇA
CAPÍTULO 1
Sistema tradicional de remuneração
Para se remunerar os profissionais de acordo com seu cargo é necessário realizar uma
pesquisa do valor dessas atividades dentro da organização, bem como no mercado.
A área de cargos e salários possui um conjunto de critérios que possibilita estruturar a
remuneração de forma igualitária e equitativa.
O valor agregado não se faz pelo trabalhador em si, mas pela descrição precisa e detalhada
das atividades que compõem o cargo. [...] assim, ao empregado que busca realizar um
trabalho benfeito cabe a reprodução eficiente do trabalho prescrito (SOUZA, 2005:38).
30
REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA │ UNIDADE II
Método do escalonamento
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UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
»» Requisitos físicos: exige compleição física que o cargo irá requerer do seu
ocupante.
Também chamado de point rating, compara os cargos em relação aos graus exigidos em
cada fator de avaliação. Os fatores são definidos quanto a sua importância na estrutura
dos cargos, divididos em graus e estes são transformados em uma escala de pontos para
proporcionar uma avaliação quantitativa.
Pesquisa salarial
É uma pesquisa de mercado de salários para averiguar os valores salariais pagos pelas
outras empresas. Baseia-se em uma amostra representativa dos cargos (na empresa e
no mercado pesquisado). As empresas podem ser escolhidas pelo seu ramo de atividade,
setor de mercado, localização geográfica, tamanho ou política de remuneração.
Os questionários são aplicados e os resultados são tabulados para serem distribuídos
entre as empresas participantes da pesquisa.
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CAPÍTULO 2
Sistemas contemporâneos de
remuneração
Nesse momento a opção é focar nos incentivos salariais, que constituem o diferencial
do Sistema de Remuneração Contemporânea.
Remuneração variável
“Remuneração variável é a parcela da remuneração total creditada periodicamente [...]
a favor do funcionário” (CHIAVENATO, 2004:291).
Segundo Souza (2005), existem dois grandes tipos de remuneração variável que o
mercado costuma utilizar: os incentivos de curto prazo e de longo prazo.
Tipo Descrição
Este programa prevê a avaliação em curto prazo, mediante um conjunto de indicadores e metas
Bônus e prêmios previamente acordados, sendo o pagamento do bônus efetuado após a apuração dos resultados. O
valor pago é em dinheiro.
Este tipo de programa segue a mesma lógica dos bônus ou prêmios, contudo sua prática foi
consagrada no Brasil por meio da Lei no 10.101, que disciplina a maneira como esse incentivo
Participação nos lucros ou resultados
deve ser implementado e estabelece incentivos de redução de encargos trabalhistas para as
empresas que adotarem o modelo.
Programa de incentivo focalizado na força de vendas. Na sua abordagem tradicional, implica o
Comissionamento
pagamento de um percentual sobre as vendas realizadas.
Programa também voltado para a força de vendas. Prevê o estabelecimento de indicadores e metas
para a equipe de vendas e o pagamento de um bônus mediante o alcance ou a superação dessas
Prêmio de vendas metas. Tem como objetivo incentivar não apenas a geração de volume de receita, mas a realização
de outros objetivos importantes para a equipe de vendas, como a redução da inadimplência, a
conquista de market share, o desenvolvimento de novos clientes e mercados etc.
Fonte: Souza (2005:105-106).
33
UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
Tipo Descrição
Opções de ações – o profissional tem o direito de adquirir no futuro, a um preço predeterminado, um
número específico de ações da empresa.
Participação acionária
Compra de ações – a empresa concede a determinados profissionais o direito de adquirir ações da
própria empresa, no ato da adesão ao programa e para pagamento em data posterior.
Este modelo garante a oportunidade de receber no futuro um “valor” correspondente a certo
Ações virtuais número de ações da empresa. Não se trata da transferência dessas ações, mas, sim, de pagamento
relacionado à valorização das ações no momento do pagamento.
A avaliação dos resultados está atrelada a um período menor que o do pagamento do bônus, pois
Bônus diferido
parte do bônus do executivo é diferido por certo período. O valor pago é em dinheiro.
Este programa prevê a avaliação de resultados de longo prazo e o pagamento do bônus após a
Bônus em longo prazo
apuração dos resultados. O valor pago é em dinheiro.
Fonte: Souza (2005:105-106).
A retenção de talentos tornou-se um grande desafio para os gestores. Não adianta saber
recrutar, selecionar e treinar se não puder reter as pessoas que irão empenhar esforços
no dia a dia da organização. Ademais, a remuneração variável serve como compensação
pelo bom desempenho alcançado pelo colaborador.
34
REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA │ UNIDADE II
Esse é um dos modelos de remuneração estratégica que visa alinhar os objetivos das
áreas, executivos aos objetivos e metas financeiras e não financeiras das empresas.
Existem várias possibilidades de atrelar os sistemas de remuneração de executivos aos
objetivos organizacionais.
Mas os que são metas financeiras e não financeiras? Lembrando que as metas são
transformadas em indicadores mensuráveis.
35
UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
Para atratividade, a ideia era desenvolver uma metodologia para realizar o recrutamento
e seleção de novos colaboradores, e o acompanhamento de desempenho, com foco no
desenvolvimento da equipe. Esses dois pontos estavam diretamente alinhados com a
visão, missão e valores da empresa.
A bonificação do colaborador foi para aquele que teve sua prática validada como a
melhor do mês. A bonificação foi de 50 pontos, a ser acrescentado na pontuação da meta
mensal. Todas as práticas foram escritas contendo a melhoria e o resultado alcançado
e foram encaminhadas para a área de RH e depois a um que elegeu a melhor prática do
mês. Todas as práticas recebidas até dia 30 de cada mês foram avaliadas pelo Comitê
até dia 20 do mês seguinte, e a pontuação foi aplicada no mês da validação.
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REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA │ UNIDADE II
Caso no meio do ano o resultado do primeiro semestre fosse superior em 10% das
metas, os colaboradores receberiam o valor de meio salário mínimo. Essa quantia paga
foi considerada como adiantamento do programa, por isso no ato do pagamento da
premiação total esse valor foi descontado.
Mecânicos
Taxa de reclamação dos serviços prestados: meta inferior a 2% do total de serviços
realizado.
Estoquistas
Inventário com 90% de efetividade quanto ao sistema X real.
37
UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
Conferente
Vendedores
Meta de venda mês – a pontuação foi feita considerando a meta mês X o real vendido.
Assistentes
Telefonistas
Todos teriam metas individuais e uma meta comum a todos, a qual seria a meta de
lucro anual.
38
REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA │ UNIDADE II
empenho. Já no caso de não atingimento das metas, sejam elas mensais ou acumulativas,
seria criado um plano de ação para reversão dos resultados.
Prós
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UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
Contras
<http://www.youtube.com/watch?v=sGSayshhykw&feature=related>
40
CAPÍTULO 3
Liderança
Segundo Chiavenato (2000, p. 172), a teoria dos traços de liderança afirma que “um
traço de personalidade é uma qualidade ou característica distintiva da personalidade.
Segundo essa teoria, o líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade
que o distingue das demais pessoas.
Alguns desses traços são: físicos (aparência, estatura, força física), intelectuais
(autoconfiança, entusiasmo, inteligência elevada), traços sociais (cooperação,
habilidades administrativas e interpessoais) e traços relacionados com a tarefa
(persistência, impulso de realização e iniciativa). Assim, o líder apresenta características
de personalidade que podem influenciar o comportamento das outras pessoas.
A teoria dos traços parte do pressuposto de que certos indivíduos possuem uma
combinação especial de traços de personalidade que podem ser definidos e utilizados
para identificar futuros líderes potenciais.
41
UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
Nessa teoria, um líder deve inspirar confiança, ser perceptivo, inteligente e decisivo
para ter condições de liderar com sucesso.
Para que o líder consiga mobilizar todos para o alcance das metas é necessário o trabalho
em equipe, e para isso a equipe deve ser coesa, ou seja, todos se sentirem pertencentes a
essa equipe. Quando isso acontece temos a cooperação, objetivos em comum, otimização
de problemas, melhor qualidade e solidariedade, pois todos caminham pela mesma
estrada.
Ser líder significa ter uma visão do que a organização pode vir a ser e requer trazer à
tona a cooperação e o trabalho de uma ampla rede de pessoas motivadas, sendo que
para isso utiliza-se de todos os recursos persuasivos.
Para Peter Drucker todas as organizações têm objetivos a serem cumpridos e quanto
mais claros e definidos melhor. Isso tem impacto direto no papel dos líderes, pois são
responsáveis pelo atingimento desses objetivos levando em conta três fatores: objetivos,
condições externas e estrutura da empresa. Dos três fatores citados o mais fácil é o
objetivo, pois pode ser mensurado e analisado.
Essa visão geral ou holística que os líderes devem refletir constantemente tem um ponto
de atenção: as constantes mudanças e as agendas ocultas. Entender, aceitar e promover
42
REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA │ UNIDADE II
Cada um é responsável pelo seu trabalho realizado, já o líder é responsável pelos atos
e resultados de seus liderados, ou seja, sua equipe. Se o poder é uma prerrogativa do
líder, a responsabilidade é o seu encargo.
Ser um líder na atualidade significa mais do que ter experiência de anos, uma formação
diferenciada e até mesmo internacional, essa posição requer uma visão de mundo, da
relação causa e efeito e de humanidade. Pensar em entregar mais resultado com menos
esforço, sem perder a ética, e desenvolver seus liderados.
Ser gestor ou líder é um processo constante de aprendizado é receber a crítica, seja ela
dá sua liderança ou de seu liderado, sendo que se deve ouvir com atenção e solicitar
mais informação entendo as expectativas, de uma forma verdadeira é o que se chama
de escuta ativa.
43
UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
Caso o líder não tenha essa disponibilidade e mantenha uma postura de “senhor da
verdade” criando uma zona de conforto com hábitos, rotinas e sem novas experiências
estamos fadados a ficar “velho”, não geramos novos conhecimento, habilidades e
atitudes.
O livro trata do modelo de liderança desempenhado por Jesus (não nos atearemos
aos conceitos religiosos), mas à forma de uma liderança clara que repreendia quando
tinha que repreender, elogiava quando tinha que elogiar. Certamente, alguns de seus
ensinamentos são difíceis para nós, especialmente quando nos privamos de reflexões
que poderiam nos ajudar a amadurecer.
»» Escravo X Servir: essa relação nos faz refletir, pois quando falamos de
escravos nos remetemos a modelo escravocrata, pessoas que serviam
outras sem ter a escolha sobre esse trabalho a realizar, não tinham
nenhum direto, apenas deveres, porém servir não é sinônimo de
escravizar. Servir é usar a sua influência para atender a necessidade do
outro, é compreender, saber ouvir de forma genuína e interessada.
Esse modelo pode ser de grande valia nos dias atuais diante de tantos desafios,
principalmente no quesito pessoas, o qual leva em conta o ambiente organizacional e
as relações nele existentes. Hoje, o foco não é mais somente na tarefa e sim em como
essa tarefa será realizada e quais resultados serão atingidos.
44
REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA │ UNIDADE II
Uma visão psicológica da gestão de pessoas será tratada aqui com foco no Psicodrama,
metodologia que trabalha as relações interpessoais através da teoria de clusters, que
segundo Drummond (2008) “são papeis que, inter-relacionados, assumem certas
proporções e características, conduzindo nossas atitudes”.
Esses papéis são passivo, ativo e interativo. O primeiro está relacionado com as relações
de dependência que estabelecemos, o segundo com as de autonomia, já o terceiro com
as relações de irmandade.
Cluster 1: Materno
Cluster 2: Paterno
É a fase em que a criança começa a andar, ter independência, deixando de ser cuidada
apenas pela mãe e mais pelo ambiente. A figura paterna auxilia na estruturação dessa
independência e a estabelecer novas relações, no papel profissional mantemos relações
com diversas pessoas o tempo todo. É necessário aprender a enfrentar as dificuldades
e trilhar o próprio caminho.
Cluster 3: Fraterno
Traz o conceito de autor de sua vida, vivendo o aqui e agora em suas relações com o
mundo, bem como a reflexão de suas atitudes.
Os líderes que têm sua dinâmica comportamental influenciada pelo cluster 1 terão um
vínculo saudável com seus colaboradores, delegarão com facilidade e serão sensíveis aos
45
UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
problemas; porém quando estiverem sob pressão terão uma liderança mais autoritária,
centralizando as decisões.
O cluster 3 terão um vínculo saudável com pares e cooperarão com a equipe, podendo
transmitir um tom de ironia com seus pares, desqualificarão as ideias dos outros, não
lidarão bem com frustrações e terão dificuldades em compartilhar informações com
os pares.
O líder está à frente da equipe muitas vezes pelo seu conhecimento técnico e suas
atitudes, se tornando referência quanto à carreira e desenvolvimento profissional para
seus colaboradores.
»» Visão de futuro: é ter clareza de onde deve-se chegar através dos objetivos
alçados, ter o passo a passo do caminho a trilhar e passar segurança para
a equipe.
46
REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA │ UNIDADE II
Maslow também sugeriu que as pessoas podem subir e descer nessa hierarquia.
A falta de satisfação em uma necessidade de hierarquia inferior leva o sujeito a reativar
essa necessidade e aumentar sua importância relativa. Desse modo, a preocupação do
sujeito a adquirir habilidades relativas ao desempenho de determinada tarefa, pode se
transformar em medo e incerteza, como, por exemplo, o medo de não conseguir pagar
as contas, quando despedido.
Cada nível da hierarquia das necessidades pode ser explicado da seguinte maneira:
Uma vez satisfeito o nível anterior, o sujeito passa ao segundo nível: as necessidades
de segurança, que se referem às necessidades de segurança ou estabilidade física ou
emocional, a proteção contra a ameaça, fuga ao perigo. Alguns exemplos deste nível
são: os desejos de moradia e de roupas. No trabalho, essas necessidades podem ser
47
UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
As necessidades de estima “refletem o desejo das pessoas de serem vistas por si mesmas
e pelos outros como alguém de valor”. Envolvem a necessidade de aprovação social e
de respeito, da consideração, autoconfiança, autoestima. Um administrador age neste
nível com a criação de símbolos exteriores, como títulos de função, escritórios com boa
aparência.
A partir dos anos 90, as relações humanas passaram a ter muito mais espaço e
importância em relação ao início do século passado, e isto afetou diretamente a gestão
dos negócios.
48
REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA │ UNIDADE II
O líder moderno sabe o quanto é importante conhecer sua equipe, e isso implica em
conhecer as distintas características e a melhor forma de atuar com cada uma delas
para potencializar suas competências e suavizar as relações dentro da empresa.
Neste sentido, as equipes são cada vez mais a forma de trabalho nas organizações do
mundo contemporâneo. Elas tornaram-se parte essencial do modo como os negócios
são feitos em empresas. Quando as organizações se reestruturaram para competir mais
eficaz e eficientemente, as escolheram como forma de melhor utilizar os talentos de
seus colaboradores.
49
UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
De acordo com Moscovici (1999, p.5) “equipe é um grupo que compreende seus objetivos
e está engajado em alcançá-los de forma compartilhada”. Para isso, a comunicação
entre os membros do grupo deve acontecer de forma verdadeira, com estímulo de
opiniões divergentes, a confiança deve ser significativa para possibilitar que o grupo
assuma riscos e habilidades complementares, com o intuito de que os resultados sejam
atingidos. Os objetivos devem ser compartilhados, respeito e cooperação elevados e
deve haver investimento constante do grupo em seu próprio desenvolvimento.
A distinção entre um grupo e uma equipe é importante, pois todas as equipes são grupos,
mas nem todos os grupos são equipes. Um grupo consiste em pessoas que trabalham
juntas, mas podem realizar suas tarefas sozinhas; já uma equipe é um grupo de pessoas
que não podem realizar seu trabalho, pelo menos não eficientemente, sem os outros
membros de sua equipe.
Outro ponto importante na relação grupal é uma linguagem comum, verbal e não verbal,
facilitando o processo de comunicação específico na equipe. Sua principal característica
é a liberdade de expressão, sem a qual não há sentimento de pertença autêntico, ou
seja, não existe equipe.
50
REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
Tudo isso acontece pela forma como nos comunicamos, ou seja, falamos e ouvimos o
que está diretamente relacionado com a nossa história de vida. Assim, ela é complexa e
sempre terá várias interpretações para um mesmo discurso ou situação.
É necessário estabelecer uma comunicação clara, fluente e sem barreiras para receber
as informações de forma a captar as palavras, as sensações e intenções de quem as diz
sem julgamentos prévios.
RECEPTOR
EMISSOR Quem recebe
Quem comunica
FEEDBACK
Checar entendimento
Cenário e contexto
Momento, local, ambiente, situação, tempo, cultura, clima organizacional...
Fonte: Próprio Autor
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UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
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REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
Portanto, o mais importante é gastar algum tempo até que todos concordem quanto ao
método a ser empregado numa tomada de decisões, sempre considerando que nível de
comprometimento se quer com a decisão que for tomada.
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REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
Círculos de Qualidade:
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REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA │ UNIDADE II
Pode-se perceber, através desse novo enfoque, que o ingênuo “chefe” esteja
invariavelmente à procura de regras para motivar seu novo funcionário, enquanto
o líder eficaz estará atento para que a riqueza contida nas necessidades de cada um
não seja drenada e se perca, talvez para sempre. Cada vez com maior frequência, os
autores contemporâneos mostram-se unânimes ao enfatizar a necessidade de se ter
clara a diferença entre o comportamento simplesmente condicionado por motivadores
extrínsecos ao indivíduo e aquele que tipifica as ações do empregado realmente
motivado.
A motivação intrínseca orienta cada um na busca daquilo que é valorizado pelas suas
predisposições internas. Ao considerar a liderança como sinônimo de motivação, o
líder percebe esse claro divisor de águas no fluxo das ações humanas. Muito daquilo
que se tem produzido na literatura atual em administração aponta como praticamente
inviável liderar sem distinguir o comportamento estimulado de fora para dentro das
ações emitidas pela força das pulsões motivacionais interiores. Aqueles que acreditam
que se possa motivar as pessoas estão partindo do pressuposto de que elas devam ser
chefiadas e não lideradas. Isso estabelece um importante diferencial entre o clássico
chefe, que, por força da sua autoridade formal tem recursos para distribuir prêmios e
punições ao acaso, e o verdadeiro líder. Este último percebe com clareza que o mundo
exterior, cheio de benefícios e restrições, não tem sentido para o indivíduo.
Aquilo que qualificará tais elementos como verdadeiros prêmios ou castigos reais é o tipo
de carência existente, naquele momento, no interior de cada um. Por exemplo, o prêmio
de um trabalho mais complexo só é visto como tal pela pessoa que sinta real necessidade
de livrar-se da aborrecida rotina de tarefas repetitivas. A motivação está, portanto,
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UNIDADE II │ REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA
contida nas necessidades de cada um. Sendo assim, ao se aceitar que a motivação seja
sinônimo de necessidades, só se conseguirá trabalhar com pessoas realmente motivadas
caso se tenha suficiente sensibilidade para conhecer tais necessidades. Se além de
conhecê-las o líder for capaz de oferecer fatores complementares de satisfação dessas
necessidades, poderá então ser considerado como um importante agente na construção
de climas mais favoráveis de trabalho.
Kouzes e Posner (2008) deixam bem evidente a ligação entre liderança e motivação
quando propõem:
Não há dúvida de que liderar sendo capaz de conhecer, valorizar e satisfazer os apelos
vindos das necessidades interiores exige maior perícia que manipular prêmios e castigos
disponíveis no ambiente da empresa.
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REMUNERAÇÃO E LIDERANÇA │ UNIDADE II
61
ADMINISTRAÇÃO UNIDADE III
DE PESSOAL
CAPÍTULO 1
Conceitos e indicadores
A área de administração de pessoal tem a sua importância dentro das organizações, ela
é responsável por atividades básicas como admissão, demissão, controlar a presença
dos colaboradores, calcular salários, impostos, benéficos, folha de pagamento e demais
atividades que tenham como objetivo orientar o colaborador e o gestor quanto às regras
da empresa.
Vamos abordar as principais atividades dessa área e alguns processos que apoiam o
líder na condução de sua equipe.
Admissão
Ao finalizar o processo de recrutamento e seleção, o candidato inicia o processo de
contratação ou admissão que visa atender às normas legais existentes e normas internas
proporcionando o ingresso desse colaborador com sucesso.
Esse processo consiste em o novo colaborador providenciar documentos para que seu
cadastro seja realizado, trazer o atestado de saúde ocupacional (ASO), abertura de
conta no banco etc. O registro de trabalho é importantíssimo, já que trará informações
durante o período em que o colaborador estiver na empresa, como salário, histórico
profissional, promoções, cargo, jornada de trabalho, além de subsidiar as informações
para a emissão do contrato de trabalho.
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ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL │ UNIDADE III
Início
Gestor envia ao RH a
solicitação da vaga
RH e Gestor alinham perfil da
vaga e o tipo de recrutamento
Interno Externo
Colaborador entrega
formulário de inscrição
no RH Aprovado ? Sim
Não
RH realiza entrevistas,
dinâmicas, aplica testes etc.
RH encaminha funcionário RH encaminha funcionário
para exame médico de para exame médico
alteração de cargo admissional
RH comunica o resultado
do processo a todo os
envolvidos RH solicita documentos
admissionais ao
candidato
Fim
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UNIDADE III │ ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL
Folha de pagamento
A base das informações para seu cálculo são: o valor do salário, a frequência (faltas,
atrasos e afastamentos), os descontos de encargos sociais (INSS e IRRF), a forma de
pagamento e data que o valor estará disponível. O valor do salário líquido (salário
menos encargos e descontos) deve ser pago no dia acordado.
Jornada de trabalho
Desligamento
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ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL │ UNIDADE III
»» Demissão por justa causa: quando o colaborador comete faltas graves, por
exemplo: casos de desonestidade, má conduta, indisciplina, abandono de
trabalho, entre outros.
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UNIDADE III │ ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL
A área também é responsável pela administração dos benefícios que são algumas
vantagens concedidas pela empresa, além do salário, como forma de atração e retenção
de pessoas.
»» Assistência Médica.
»» Assistência Odontológica.
»» Seguro de Vida.
»» Convênio Farmácia.
»» Previdência Privada.
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ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL │ UNIDADE III
Indicadores
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UNIDADE III │ ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL
Assédio
Diversas condutas podem caracterizar algum tipo de assédio, sendo algo delicado de
ser gerenciado, por isso é importante a empresa possuir um código de conduta, no qual
estarão descritos os comportamentos esperados, orientações e informações sobre as
atitudes, responsabilidades e deveres.
68
GESTÃO DE UNIDADE IV
MUDANÇAS
CAPÍTULO 1
Gestão de mudanças
A inovação e a resiliência são atitudes esperadas nos colaboradores para lidar, muitas
vezes, com os paradigmas organizacionais. Perguntas como “se sempre deu certo assim
porque mudar?” são frequentes, porém as pressões externas e internas impõem às
organizações desafios, reforçando a necessidade de mudança e quebra de paradigmas.
Mudança significa fazer as coisas de maneira diferente. Mudanças podem fazer diferença
quando uma organização alterna de um estágio para outro.
69
UNIDADE IV │ GESTÃO DE MUDANÇAS
As organizações estão sempre mudando. Ao longo de sua história, elas atravessam ciclos
de vida comuns a outras organizações e que envolvem um novo desenho organizacional,
estilos de liderança, sistemas administrativos, entre outros fatores.
Chiavenato (2005 apud GREINER, 1972) lista cada um dos estágios e ciclos de vida
organizacionais. Vejamos:Estágio Empreendedor – quando a organização nasce, a
ênfase está em criar um produto ou serviço e sobreviver no mercado. Os fundadores
da organização são empreendedores e se dedicam às atividades técnicas de produção e
marketing. Dado o crescimento da organização, a crise se dá quando existe necessidade
de liderança.
70
GESTÃO DE MUDANÇAS │ UNIDADE IV
Numa outra visão, Chiavenato (2005 apud ADIZES, 2004) diz que as organizações
passam sucessivamente por estágios de:
Cada ciclo de vida envolve certas alterações para ser devidamente transposta, tais como:
»» Mudanças culturais.
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UNIDADE IV │ GESTÃO DE MUDANÇAS
O processo de mudança
Chiavenato (2005 apud KURT LEWIN, 1947) salienta que mudanças ocorrem dentro
de um modelo de três etapas:
72
GESTÃO DE MUDANÇAS │ UNIDADE IV
Entretanto, tais agentes podem estar dentro das próprias organizações que pedem
mudanças, bem como serem contratados sob a forma de consultoria externa.
As vantagens dos consultores externos é que estes oferecem habilidades especializadas
e não ficam absorvidos por responsabilidades operacionais cotidianas. Mas levam
desvantagem quanto à pouca compreensão da história e do conhecimento sobre a
cultura e os procedimentos operacionais da organização que irá atuar.
Por isso, voltamos a destacar o quanto a estratégia organizacional precisa ser objetiva,
clara e de fácil compreensão, além de construir um clima organizacional em que as
pessoas se sintam parte do negócio. Se as pessoas envolvidas não tiverem essa clareza,
a empresa não conseguirá se manter no mercado.
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UNIDADE IV │ GESTÃO DE MUDANÇAS
Faz parte da natureza humana buscar estabilidade e conforto, fazer bem o que aprendeu,
percorrer caminhos conhecidos, gostar das mesmas coisas, criar raízes.
Todas as pessoas, em princípio, são a favor da mudança. Na teoria, tudo certo, mas na
prática, o que se vê é acomodação e resistência.
A mudança começa pelo líder assumindo ser exemplo das mudanças que a equipe deve
praticar.
Processos do RH estratégico
Recrutamento e seleção
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GESTÃO DE MUDANÇAS │ UNIDADE IV
É importante que o candidato se identifique com os valores da empresa para que possa
se comprometer com os objetivos organizacionais. Assim, garantimos que não haja no
futuro uma desistência dessa pessoa em estar na organização.
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UNIDADE IV │ GESTÃO DE MUDANÇAS
Essa prática está diretamente relacionada aos aspectos da empresa que não podem ser
apreendidos durante o processo seletivo. Eles são a estrutura de trabalho, recursos, os
hábitos, vínculos, compartilhamento de informações, entre outros.
Cultura organizacional
É de suma importância abordar esse tema no processo de integração por se tratar dos
hábitos e crenças já estabelecidos através de valores, políticas, procedimentos e como
são compartilhados na rotina.
Gestão estratégica
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GESTÃO DE MUDANÇAS │ UNIDADE IV
Avaliação de desempenho
Esse é um processo que visa avaliar as atividades realizadas do colaborador pelo seu
líder, lembrando que quando iniciamos uma função recebemos os desafios e atividades.
É uma espécie de feedback em que o colaborador terá uma avaliação do seu superior
sobre o seu desempenho no trabalho, bem como poderá fazer o mesmo com o seu líder.
Esse processo acontece, normalmente, duas vezes por ano e a área de RH é responsável
pela condução, garantindo que todos os gestores estejam preparados para realizar essa
avalição através de fatos e dados, pontuando o que o colaborador tem de positivo e
o que precisa ser melhorado. Além de dar a abertura para receber o feedback de sua
equipe, o que contribui para o seu desenvolvimento. Ao final desse processo, firma-se
77
UNIDADE IV │ GESTÃO DE MUDANÇAS
As pessoas têm necessidade não somente de uma boa remuneração, mas também de
elogios e incentivos, de serem lembradas e notadas. E esse é um papel fundamental
do gestor, não apenas chamar a atenção quando saiu algo errado, mas principalmente
parabenizar o colaborador quando realizou algo bom.
Além da remuneração, existe uma série de outros benefícios que podem ser implantados
nas organizações, como prêmios por mérito, quando o colaborador atinge os resultados,
planos de saúde, auxílio alimentação, descontos em farmácias, bolsa de estudos,
programas de saúde e qualidade de vida, como por exemplo ginástica laboral, palestras
e campanhas, remuneração variável, dentre outros.
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GESTÃO DE MUDANÇAS │ UNIDADE IV
Pesquisas
Essas pesquisas trazem indicadores estratégicos para que a organização possa melhorar
a vida dos seus colaboradores e, assim, conseguir um melhor desempenho no trabalho,
um ambiente organizacional sadio, aberto a mudanças, profissionais mais criativos,
dentre outras vantagens.
Desenvolvimento e treinamento
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UNIDADE IV │ GESTÃO DE MUDANÇAS
Porém, a falta de cursos adequados e o valor elevado para ampliar o investimento são
algumas das dificuldades apontadas pelas empresas. Mas, para que a organização seja
competitiva é necessário investir na qualificação das pessoas, pois são elas que trazem
os resultados esperados.
Entretanto, tal questão não é tão simples, muitas empresas não têm essa visão, acham
que a qualificação é responsabilidade do poder público, das universidades, das escolas
técnicas e profissionalizantes.
Existe, ainda, receio por parte das empresas em investir na qualificação do colaborador
e, posteriormente, perdê-los para a concorrência. É um risco evidente, levando em
consideração a rotatividade do mercado de trabalho brasileiro, isso pode acontecer.
Porém, organizações empreendedoras são autoconfiantes e assumem esse risco,
investem nas pessoas para o seu próprio desenvolvimento.
Enxerga-se essa situação como uma das principais questões envolvidas na baixa
produtividade do Brasil em relação aos demais países, a falta de investimento em
treinamento e desenvolvimento.
Esses são aspectos muito importantes que precisam de atenção especial do RH, o qual
deve buscar o apoio de profissionais especializados nessas questões, afinal são processos
de manutenção.
Além disso, os custos são onerosos, o que dificulta ainda mais na conscientização da
organização sobre a importância de se realizar esses investimentos. Cabe ao gestor de
RH saber argumentar para negociar essas questões.
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GESTÃO DE MUDANÇAS │ UNIDADE IV
Esses registros servem de subsídios para a tomada de decisão na área de RH. Por meio
do processo de monitoração se definem, também, os critérios de avaliação e adequação
permanentes das políticas, normas e procedimentos de recursos humanos.
Além disso, obter dados sincronizados e que possam ser acessados a todo momento, de
qualquer lugar, são outras características dos sistemas de informação, o que aumenta a
confiabilidade nos processos e a velocidade das operações.
Para isso, é de extrema importância haver um planejamento por trás de cada ação, pois
ele definirá as diretrizes que farão parte das estratégias da empresa, prevendo riscos,
calculando resultados e criando alternativas para as possíveis consequências.
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UNIDADE IV │ GESTÃO DE MUDANÇAS
Consultoria interna
Esse novo papel também traz uma nova nomenclatura, que é o consultor interno ou
business partner. Segundo Campos (2004, p. 211), uma empresa sempre necessitará de
consultores, pois estes são agentes que trazem conhecimento sobre matérias específicas.
Este pensamento é corroborado por Block (2001), que define o consultor como uma
pessoa que está em posição de exercer alguma influência sobre um indivíduo, grupo
ou organização, mas que não tem o direito de produzir mudanças ou programas de
implementação.
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Referências
BRANDÃO, Hugo Pena. Gestão baseada nas competências. In: Gestão baseada nas
competências: um estudo sobre competências profissionais na indústria bancária.
Dissertação (Mestrado em Administração), Capítulo III (p. 21-45), Universidade de
Brasília, 1999.
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REFERÊNCIAS
DE MASI, Domenico. Ócio criativo. Tradução: Lea Manzi. Rio de Janeiro: Sextante,
2000.
DUTRA, Joel Souza. Gestão por competências. 2. ed. São Paulo: Gente, 2001.
EDWARDS, M. R.; EWEN, A. J. 3600 feedback: the new model for employee
assessment & performance improvement. New York: American Management
Association, 1996.
84
REFERÊNCIAS
KOUZES, James M.; POSNER, Barry Z. O novo desafio da liderança: a fonte mais
confiável para quem deseja aperfeiçoar sua capacidade de liderança. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2008. 2ª reimpressão.
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REFERÊNCIAS
RABAGLIO, Maria Odete. Seleção por competências. 2. ed. São Paulo: Educator,
2001.
ZARIFIAN, Philippe. Objetivo competência: Por uma nova lógica. Traduzido por
Maria Helena C.V. Trylinski. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2001. tradução por Maria
Helena C. V. Trylinski.
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