Plano de Negocios
Plano de Negocios
Plano de Negocios
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 4
Introdução.................................................................................................................................... 7
Unidade i
Aspectos gerais do plano de negócio.......................................................................................... 9
capítulo 1
A importância do planejamento para as organizações................................................ 9
capítulo 2
Seções preliminares do plano de negócios.................................................................. 15
capítulo 3
Descrição da empresa....................................................................................................... 19
capítulo 4
Planejamento estratégico................................................................................................ 21
Unidade iI
Desenvolvimento do plano de negócios..................................................................................... 30
capítulo 5
Análise do ambiente............................................................................................................ 33
capítulo 6
Plano de marketing......................................................................................................... 37
capítulo 7
Plano operacional............................................................................................................ 46
capítulo 8
Plano financeiro................................................................................................................ 50
Referências................................................................................................................................... 62
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
5
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
6
Introdução
Em um período de grande competitividade, para uma organização atingir seus
consumidores, em um contexto de conturbação, mutações sociais e econômicas,
variações de comportamento de compra e em meio de um ambiente em que o
bombardeio de comunicação acontece 24 horas por dia, em múltiplos canais, têm
sido um grande desafio. Um dos principais é preparar para adequar-se e planejar
mirando os novos tempos.
Não há uma receita estruturada para “ganhar o consumidor, nem despontar no mercado,
porque as condições ambientais e conjunturas tanto políticas, quanto socioeconômicas
exigem permanente esforço de atualização de técnicas e planejamento constante”. Mas,
é possível relacionar um conjunto de definições que podem ser aplicados, dependendo
do momento e da circunstância.
7
Objetivos
»» Reconhecer a estruturação do Plano de Negócios.
8
ASPECtoS gErAiS
do PlAno dE unidAdE i
nEgóCio
CAPítulo 1
A importância do planejamento para
as organizações
Thomas Edison
Paulo Samuel
9
unidAdE i │ ASPECtoS gErAiS do PlAno dE nEgóCio
10
Aspectos gerais do plano de negócio │ UNIDADE I
11
UNIDADE I │ Aspectos gerais do plano de negócio
Note que todos os passos indicados podem ser feitos sem você necessariamente
se dedicar, logo de início, à escrita completa do plano de negócios. Os passos
listados acima sugerem que você crie uma planilha eletrônica com várias pastas
interligadas. Assim, quando uma determinada variável crítica do seu plano de
negócios for alterada, todas as pastas que dependerem dessa variável serão
automaticamente atualizadas. Exemplo: um vendedor típico de determinado
negócio no interior da Bahia pode visitar 20 clientes por mês e tem uma taxa
efetiva de venda de um kit padrão de produtos de 5 clientes diferentes ao mês.
Assim, para cada vendedor contratado você terá em sua planilha, em média, cinco
novas vendas/mês. Essa variável deveria influenciar custos com compras de
matéria-prima, divulgação, contratação de pessoal, receita etc. Use esta mesma
lógica para toda variável que julgar relevante em seu plano de negócios e assim
o seu trabalho ficará mais efetivo.
Fonte: <http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI219765-17161,00-COMO+MONTA
R+UM+PLANO+DE+NEGOCIO+SIMPLES+E+PRATICO.html>
A importância do planejamento
O planejamento é muito importante porque norteia o futuro das organizações, buscando
atingir metas com estratégias bastante adaptadas ao negócio ao mercado e aos clientes.
Assim, compreende-se que uma empresa conseguirá construir seu futuro se conseguir
identificar os melhores caminhos para alcançar seus objetivos. Essa busca, pelos
melhores caminhos, se relaciona ao comportamento estratégico da organização, sendo
este, o processo de interação entre a organização e o ambiente em que ela está envolvida.
12
ASPECtoS gErAiS do PlAno dE nEgóCio │ unidAdE i
construir estratégias que gerem retorno à instituição, para isto, foi realizado o plano de
negócios.
o plano de negócios
O plano de negócios é um documento utilizado para descrever o negócio e serve para
que a empresa apresente diante dos investidores, clientes, parceiros empregados etc.
Esse plano é a primeira incursão da empresa no planejamento estratégico, que é vital
para a organização, pois minimiza os erros.
Este método leva o empreendedor a pensar no futuro, dando uma linha central para a
atuação da instituição, avaliando os riscos e necessidades, clarificando ideias e servindo
como um guia na tomada de decisões. Para Biaggio e Batochio (2012), o planejamento
permite:
13
UNIDADE I │ Aspectos gerais do plano de negócio
»» Transmitir credibilidade.
Sabemos que o Plano de negócios (PN) também pode ser utilizado para tentar
FINANCIAMENTOS e recursos junto a bancos, governo, SEBRAE, investidores etc. Os
possíveis Públicos-alvo de um Plano de Negócios são:
14
capítulo 2
Seções preliminares do plano de
negócios
Não existe um tamanho ideal para o plano de negócios, nem mesmo uma composição
ideal. Cada empresa deverá procurar aquilo que melhor se encaixe as suas necessidades,
dependendo das suas intenções e objetivos com o plano de negócios. Porém, é importante
obedecermos a uma sequência lógica que permita a qualquer leitor entender a empresa,
seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de marketing e
situação financeira. Mas em média praticam-se alguns valores:
›› 10 a 15 páginas.
Conforme Batocchio e Biaggio (2012, p.10) pode-se dizer que um plano de negócios
completo deve ser elaborado da seguinte estrutura básica, podendo ou não suprimir ou
acrescentar itens, conforme a intenção do planejamento.
»» Capa.
»» Índice.
»» Sumário executivo.
»» Descrição da empresa.
»» Planejamento estratégico.
»» Produtos e serviços.
»» Análise de mercado.
»» Plano de marketing.
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UNIDADE I │ Aspectos gerais do plano de negócio
»» Plano operacional.
»» Plano financeiro.
»» Plano de investimentos.
»» Anexos.
Capa
A capa é o primeiro elemento a ser visualizado no plano de negócios, e, portanto, pode
transmitir a primeira imagem da organização.
»» endereço completo;
»» logotipo da empresa;
Índice
O índice serve para que o leitor veja rapidamente as informações presentes no plano de
negócios, facilitando também a localização da seção desejada.
Este índice pode ser considerado um esqueleto dos conteúdos reunidos no planejamento.
Por meio de títulos e subtítulos, com termos e frases objetivas e curtas. O índice
representa a evolução lógica do desenvolvimento do texto.
16
ASPECtoS gErAiS do PlAno dE nEgóCio │ unidAdE i
Sumário executivo
Dependendo do objetivo do plano de negócios ou do público-alvo deve-se alterar a
redação do sumário executivo. É por meio desta seção que os objetivos do plano de
negócio serão apresentados ao leitor.
Deve se ter uma linguagem bastante clara e direta, além de mostrar os objetivos do
planejamento.
É importante que o sumário executivo seja escrito ao final do planejamento, pois ele é
a mais importante de todas as seções. Ele deve ser sucinto e ocupar no máximo uma
página, sendo composto por partes, não mais do que 4 ou 5 parágrafos.
17
UNIDADE I │ Aspectos gerais do plano de negócio
(2) Sumário.
(10) Anexos.
18
capítulo 3
Descrição da empresa
Dessa forma, deverão ser relacionados desde os conceitos que definem sua inserção no
mercado até o modo como ela se estrutura e atua para ser bem-sucedida naquilo a que
se propõe.
»» Ramo da empresa.
Deve-se elaborar, por fim, um contrato social da empresa, onde devem constar a
participação societária, a forma jurídica e o ramo de atividade da empresa, também
se deve colocar nome fantasia, e a quantidade de dinheiro (capital social) que será
empregada no empreendimento. Para empresas já constituídas, é importante também
a inserção do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
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UNIDADE I │ Aspectos gerais do plano de negócio
Equipe dirigente
As pessoas são essenciais ao sucesso do empreendimento. E mostrar quem são,
explicitando sua capacidade e formação, além das atribuições, é argumento vital para
conquistar a confiança daqueles que vão investir no negócio.
Localização
A localização da instituição é de o espaço onde colocamos seu endereço completo e
uma descrição física do local. Podemos inclusive pôr nos anexos algumas fotos do local,
mapas, cópia da escritura ou copia do contrato de aluguel etc.
Esses dados podem fornecer uma visão ampla do ponto do empreendimento e das
estratégias de logística que são de suma importância para o marketing.
20
capítulo 4
Planejamento estratégico
A empresa que tem por hábito esta prática contará com importante vantagem
competitiva, uma vez que aumentam suas chances de sucesso, criando ações preventivas
perante os riscos do ambiente e as mudanças do mercado.
Um planejamento estratégico bem elaborado deve ser composto dos seguintes fatores:
»» Visão.
»» Missão.
»» Valores.
»» Análise Swot.
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UNIDADE I │ Aspectos gerais do plano de negócio
Visão
O planejamento se inicia com a declaração de visão da empresa, que nada mais é do
que as intenções e a direção que a empresa pretende seguir. Projeta o que a empresa
deseja ser na próxima década. Medeiros Filho resume da seguinte forma: “A visão é um
tipo de objetivo estratégico, de longo prazo, expressa em termos genéricos, expressas
em um ou mais parágrafos, definindo o posicionamento ideal que a organização quer
atingir no futuro. Dessa forma, a visão passa a constituir o ponto focal para onde devem
ser convergidos todos os esforços e recursos existentes (1992, p.92).
A visão deve ser construída pela alta cúpula da organização, podendo também contar
com a participação de todos os níveis de funcionários.
Esta declaração não expressa fins quantitativos, mas provê motivação para o alcance
dos resultados por ela proposto.
A partir da definição dessa visão, tanto a organização, quanto suas unidades estruturais
têm um referencial a ser seguido e permanentemente observado.
»» Empresa Sadia.
“Ser reconhecida por sua competitividade em soluções de agregação de
valor e respeito ao crescimento sustentável da cadeia de valor”.
Disponível em: <http://www.sadia.com.br/sobre-a-sadia/missao.jsp>
Missão
A missão deve revelar o propósito da empresa, sua razão de ser. Essa declaração diz
respeito ao relacionamento da empresa com os clientes, fornecedores e colaboradores,
indicando a forma como a empresa fará negócios para realizar sua visão.
22
Aspectos gerais do plano de negócio │ UNIDADE I
Em suma, é importante que isso seja redigido de forma clara, concisa e interessante,
além de iniciarem sempre com um verbo no infinito.
Disponível em : <http://www.bb.com.br/portalbb/
page3,102,2681,0,0,1,6.bb?codigoNoticia=1508&codigoRet=1208&brea
d=1&codigoNoticia=1504&codigoMenu=616>
Valores
A cultura organizacional também se expressa por meio dos valores, princípios e credos
da organização. A sua declaração é importante porque é por meio dela que os clientes,
23
UNIDADE I │ Aspectos gerais do plano de negócio
Alguns temas para os credos da empresa podem ser: a clientela, a preocupação com os
recursos humanos, o envolvimento com a comunidade, a transparência, os processos
participativos, a qualidade, a imagem, a ética, entre outros princípios.
Mas o mais importante de tudo, é que o significado desses valores, podem e devem
realmente estar presentes permanente na cultura e nas ações da instituição, vejamos
abaixo alguns exemplos de como isto se aplica:
»» integridade;
»» comprometimento;
»» valorização humana;
»» melhoria contínua;
»» inovação;
»» sustentabilidade.
24
Aspectos gerais do plano de negócio │ UNIDADE I
Porém, alguns pressupostos desta teoria, nos chamam atenção, uma vez que no presente
momento nos remetemos à necessidade de um pensamento estratégico, que leve em
conta os pontos fortes e fracos da empresa, análise da concorrência e dos clientes.
Sob a ótica de Porter, “uma estratégia competitiva efetiva assume uma ação ofensiva
ou defensiva de modo a criar uma posição defensável contra as forças competitivas
(PORTER, 1991, p.45)”.
25
UNIDADE I │ Aspectos gerais do plano de negócio
Não se pode deixar de mencionar que a aplicação dessas estratégias genéricas carece
de comprometimento total por parte da organização para a sua implementação. É claro
que uma estratégia que diminua os custos da empresa permite que ela ocupe um lugar
defensável perante a concorrência, uma vez que minimiza os gastos organizacionais
(PORTER, 1991).
Qualquer tipo de escolha de estratégia central que uma empresa deva optar precisa
levar em conta que carece estar relacionada aos objetivos centrais e das formas como os
atingirão. “Estabelecer uma estratégia central exige uma análise detalhada dos recursos
26
Aspectos gerais do plano de negócio │ UNIDADE I
Objetivos e metas
Os objetivos são peças fundamentais no planejamento, pois a partir deles, definiremos
aonde queremos chegar. O foco do objetivo é orientar a direção para que a empresa
cumpra sua missão e caminhe para alcançar sua visão. Os objetivos indicam as intenções
gerais da organização e norteiam o caminho para que ela encontre o destino desejado.
»» Claros e diretos.
Exemplos de objetivos:
»» Específicas.
»» Mensuráveis.
»» Atingíveis.
27
unidAdE i │ ASPECtoS gErAiS do PlAno dE nEgóCio
» Relevantes.
» Temporais.
Exemplos de metas:
28
ASPECtoS gErAiS do PlAno dE nEgóCio │ unidAdE i
4. Imagine que você abriu uma pequena empresa que prepara e entrega em
domicílio refeições finas e personalizadas no centro da cidade. Sua tarefa
agora é definir a missão e 2 objetivos da empresa. Antes de criá-los, você
precisa refletir sobre uma série de coisas, como por exemplo, qual visão da
empresa? Que tipo de cliente você acha que irá atender? Este mercado tem
grande concorrência? Pense também em um nome para a empresa. Tenha
em mente que a missão e seus objetivos devem criar valor aos clientes.
29
dESEnVolViMEnto
do PlAno dE unidAdE ii
nEgóCioS
“Não considere nenhuma prática como imutável. Mude e esteja pronto a mudar
novamente. Não aceite verdade eterna. Experimente.” (Skinner).
Existem diversas formas de elaborar um Plano de Negócios, mas não existe uma
formatação única ou um padrão. A seguir, um sumário dos itens que, acredito,
podem ser utilizados como um guia simplificado e eficaz.
1. Sumário executivo.
30
Desenvolvimento do plano de negócios │ UNIDADE II
3. O produto/serviço.
4. O mercado.
5. A concorrência.
6. Marketing.
7. Manufatura e operações.
8. Equipe de gestão.
31
UNIDADE II │ Desenvolvimento do plano de negócios
Fonte: <http://www.endeavor.org.br/artigos/start-up/ferramentas/o-plano-de-negocios-
business-plan>
32
capítulo 5
Análise do ambiente
No centro da análise ambiental, está o ambiente interno, que engloba fatores que estão
dentro da empresa e implicam diretamente nas ações da mesma.
»» Os aspectos organizacionais:
»» Os aspectos de marketing:
»» Os aspectos financeiros:
»» Os aspectos pessoais:
33
UNIDADE II │ Desenvolvimento do plano de negócios
»» Os aspectos de produção:
»» Ambiente econômico:
»» Ambiente político:
»» Ambiente social:
»» Ambiente Legal:
»» Ambiente tecnológico:
34
dESEnVolViMEnto do PlAno dE nEgóCioS │ unidAdE ii
A análise SWot
A maneira mais conhecida de realizarmos ao mesmo tempo uma avaliação micro e macro
da organização vem sendo a avaliação global das forças e fraquezas, oportunidades e
ameaças que é denominada Análise SWOT.
Esta análise estratégica mostra a situação atual do negócio e deve ser realizada
regularmente para acompanhar as mudanças e as tendências do ambiente.
O objetivo da análise Swot é duplo, primeiro ele busca identificar os fatores mais
significativos, tanto internos quanto externos, que afetam a organização e seus mercados.
Ela proporciona um rápido resumo executivo das questões-chave. Em segundo lugar,
no entanto, ao examinar onde as forças e fraquezas se cruzam com as oportunidades e
ameaças, ela pode ajudar na definição de estratégias.
Uma vez classificados os quatro grupos forças, pontos fracos, oportunidades e ameaças,
construímos uma matriz com quatro quadrantes, e devemos incluir cada grupo em um
quadrante diferente, conforme indicado na figura abaixo:
35
unidAdE ii │ dESEnVolViMEnto do PlAno dE nEgóCioS
Oportunidades Ameaças
2. Quais são algumas forças, pontos fracos, ameaças e oportunidades que uma
empresa pode encontrar?
3. Pense em uma instituição que você conheça bastante e construa uma análise
SWOT sobre a inauguração de uma nova filial em uma nova cidade ainda não
atendida por ela.
Para conhecer um exemplo de plano de negócio (fictício), mas que pode lhe
exemplificar bem como funciona a sua estrutura, acesse:
<http://www.planodenegocios.com.br/www/Biblioteca%20de%20PN/pn_
exemplo.pdf>
36
CAPítulo 6
Plano de marketing
“Uma boa venda precisa ter um começo, meio e fim, no começo requer
um bom planejamento, uma boa sondagem, o meio demanda uma ótima
abordagem, clareza, postura e ética, e o fim, é o fechamento bem-sucedido, e
consequentemente o início da próxima venda.”
Fábio Kubica
Muitas empresas não percebem que já têm em mãos um material eficiente para
melhorar o seu marketing. Elas possuem características que as diferenciam no
mercado, mas não as ressaltam em sua comunicação. A Artmix, empresa paulista
que vende e personaliza capacetes desde 1986, conseguiu dar novo gás aos
negócios quando, em 2006, resolveu valorizar a segurança oferecida por seus
produtos, entre outras ações. “Somos distribuidores exclusivos no Brasil da Arai,
37
UNIDADE II │ Desenvolvimento do plano de negócios
a melhor marca mundial de capacetes”, diz Bruno Theil. Deu tão certo que, em
2008, as vendas da Artmix aumentaram 10%.
Seja único
Eis uma alternativa para você mostrar que a sua empresa não é apenas mais
uma no ramo: venda produtos com a sua própria marca. Quem não dispõe de
estrutura para isso pode optar por terceirizar a fabricação. Vale, por exemplo,
para quem vende cosméticos, roupas e alimentos. É fundamental contar com
fornecedores de confiança e usar matéria-prima de qualidade.
Desde 1998, quando montou a Blue Bike, loja paulistana de bicicletas e acessórios
para ciclistas, o empresário Marcelo Jorge promove semanalmente passeios
ciclísticos. Uma vez por mês, a turma faz trilhas em cidades vizinhas. “Chego a
reunir 500 pessoas de cada vez. Tem sempre gente nova no grupo e a maioria
vira cliente”, diz.
A ideia é criar ações chamativas que causem impacto no dia a dia das pessoas.
Um exemplo foi a tática desenvolvida pela agência ABCZ para a marca de
calçados Senso Shoes. Durante uma semana, cinco lindas modelos passearam
pelas ruas próximas a duas lojas da marca em São Paulo. Elas carregavam sacolas
enormes com o logo da Senso Shoes e calçavam os sapatos da nova coleção da
grife. Custo total: R$ 10.000. “Foi uma excelente relação custo-benefício, já que
as vendas aumentaram 47% e não caíram mais”, diz Roberto Calderón, da ABCZ.
38
Desenvolvimento do plano de negócios │ UNIDADE II
O Brasil tem mais de 143 milhões de celulares. Por isso, o envio de SMS, os
famosos torpedos, é um meio de alcançar um número grande de clientes
potenciais. Além da taxa de adesão, em torno de R$ 1.500, a empresa usuária
paga à integradora (empresa que desenvolve o software usado no sistema e faz
a ponte com as operadoras) valores proporcionais ao tamanho das mensagens
enviadas. Um texto de 150 caracteres, por exemplo, custa entre R$ 0,20 e R$ 0,30
por assinante. É possível escolher apenas um grupo de assinantes, de acordo
com o perfil almejado.
Para ser eficiente, uma campanha de e-mail marketing deve levar em conta
o perfil do público-alvo e, com uso de muita criatividade, nunca abusar da
paciência dos internautas para ler e-mails comerciais. “Deve-se observar as
regras de privacidade e de b oas maneiras”, diz Walter Sabini, presidente da Virid
Integridade Digital, empresa especializada no assunto.
Fonte: <http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,
EMI81332-17197,00-APOSTE+NO+MARKETING+DE+BAIXO+CUSTO.html>
O plano de marketing define a forma como a empresa atuará para levar seus produtos
ou serviços até o consumidor. Mesmo que a organização tenha um produto fantástico,
não é uma regra que qualquer sujeito se interesse por ele. Caso a empresa não atinja
seus clientes, pode não conseguir permanecer no mercado.
Por meio do plano de marketing, a empresa deve demonstrar sua capacidade em tornar
o produto/serviço conhecido e desejado pelos seus clientes.
39
unidAdE ii │ dESEnVolViMEnto do PlAno dE nEgóCioS
A palavra marketing não possui uma tradução literal para a língua portuguesa,
então, procuramos exprimir seu significado (livremente) como o mercado
em ação.
Já Philip Kotler acrescenta ainda a ideia de que é importante como base para o
pensamento de marketing, reconhecer o desejo do consumidor, ele afirma que
“Marketing é um processo social por meio do qual, indivíduos ou grupos obtêm o que
necessitam ou desejam a partir de um processo de trocas (2006, p.04)”.
o mix de marketing
O marketing deve ser trabalhado de uma maneira integrada, ou seja, construindo
programas totalmente integrados para criar, comunicar e entregar valor aos
consumidores.
40
Desenvolvimento do plano de negócios │ UNIDADE II
Produto
Preço
Volume de dinheiro cobrado por um produto ou serviço, ou a soma dos valores que
os consumidores trocam pelos benefícios proporcionados pela posse ou uso de um
produto ou serviço.
›› Sobrevivência.
›› Desnatamento do mercado.
41
UNIDADE II │ Desenvolvimento do plano de negócios
Praça
Para a decisão de qual canal mais se adapta ao produto ou serviço que a organização
vende podemos:
42
Desenvolvimento do plano de negócios │ UNIDADE II
›› Estacionamento.
›› Visibilidade do prédio.
›› Zoneamento existente.
›› Tamanho da área.
›› Tráfego de pedestres.
Promoção
1 entende-se intermediário como uma empresa independente especializada em conectar vendedores e consumidores ou
compradores organizacionais. Como por exemplo:
• Comerciantes (atacadistas e varejistas)
• Representantes (corretores, representantes de vendas)
• Facilitadores (transportadores, agências de publicidade e propaganda, banco)
43
UNIDADE II │ Desenvolvimento do plano de negócios
»» Inovar.
»» Encantar.
»» Diferenciar.
»» Criar relacionamento.
44
Desenvolvimento do plano de negócios │ UNIDADE II
45
CAPítulo 7
Plano operacional
(Sêneca)
(João Caramez)
Estrutura funcional
A apresentação da estrutura funcional da empresa relaciona-se a alocação de pessoas
nas atividades da organização, à extensão da responsabilidade e ao nível dos cargos. O
organograma é a forma mais habitual de demonstrar a cadeia de comando da empresa.
Uma ideia geral sobre os aspectos físicos e a infraestrutura da empresa deve ser incluída
nesta etapa do PN, inclusive podem ser inseridas plantas de prédios, informações
46
Desenvolvimento do plano de negócios │ UNIDADE II
É importante mostrar uma visão clara de que a empresa tem condições de funcionar
nas instalações e que estas também estão prontas para o futuro crescimento do
empreendimento.
Produção
É interessante para mostrar esses elementos, tratando todos esses aspectos como um
processo de fabricação. Um processo, segundo Baggio e Batocchio é:
Dessa forma, entende-se que tanto a produção, quanto a instalação de processos afetarão
de maneira direta a produção devem ser identificados, planejados e conduzidos.
Política de compras
Este item tem como principal objetivo demonstrar que os fornecedores de produtos e
serviços atuam em conformidade com as características especificadas. Além disso, é
importante mostrar os processos de controle dos fornecedores e das entregas.
47
UNIDADE II │ Desenvolvimento do plano de negócios
Inicialmente, devemos mostrar uma lista com os principais itens a serem comprados
pela empresa, tais quais matérias-primas ou produtos em geral. Depois de identificarmos
as necessidades de aquisição, cabe-nos mostrar onde comprar. No plano cabe a
apresentação de tais fornecedores para cada uma das áreas acima definidas.
Custos
Qualidade
48
Desenvolvimento do plano de negócios │ UNIDADE II
Sistema de gestão
49
CAPítulo 8
Plano financeiro
fonte: <http://fastsolucoes.com.br/blog/index.php/2009/07/02/por-que-planos-de-negocio-
falham/>
50
Desenvolvimento do plano de negócios │ UNIDADE II
pagar, volume das despesas fixas e financeiras. Isso ocorre porque não
é feito o registro adequado das transações realizadas.
51
UNIDADE II │ Desenvolvimento do plano de negócios
As decisões empresariais geralmente são tomadas com base em dados financeiros que
refletem a situação do empreendimento, desde os resultados passados às projeções
de futuro. Por isso, a importância dessa etapa. Se a empresa estiver em busca de um
financiamento, este deve ser o ponto mais embasado do PN, apresentando o montante
que deseja solicitar aos investidores.
52
Desenvolvimento do plano de negócios │ UNIDADE II
»» Deduções.
»» Margem de distribuição.
»» Despesas operacionais.
»» Despesas administrativas.
»» Despesas gerais.
»» Resultado operacional.
»» Receitas financeiras.
»» Depreciação acumulada.
»» Juros de financiamento.
»» Imposto de Renda.
»» Lucro líquido.
53
UNIDADE II │ Desenvolvimento do plano de negócios
»» Investimento inicial.
»» Total de entradas.
»» Total de saídas.
»» Saldo no período.
»» Reserva de capital.
»» Depreciação .
»» Custos variáveis.
54
dESEnVolViMEnto do PlAno dE nEgóCioS │ unidAdE ii
No caso de uma empresa nascente, algumas perguntas devem ser respondidas, tais
quais: Quanto será necessário investir para montar a empresa e iniciar suas atividades
e quais competências essenciais o pessoal necessita desenvolver?
<http://www.dce.sebrae.com.br/bte/bte.nsf/90790DC06383839F03256FAA006
CB0AD/$File/NT000A44AE.pdf>
55
Para (não) Finalizar
o sorvete de luíza
Texto disponível em: <http://www.espm.br/Publicacoes/CentralDeCases/Documents/
OSORVETEDELUIZA.pdf>
rESuMo
O Sorvete de Luíza narra a situação real enfrentada por uma ex-aluna de Administração
da Escola Superior de Propaganda e Marketing – RS, que resolveu investir na fabricação
de sorvetes artesanais. Com base em um plano de negócio, objeto de seu trabalho de
conclusão de curso (TCC), e apoiada por um programa de incentivo público (o PRIME),
a empreendedora realizou os investimentos e contratou as consultorias necessárias para
iniciar suas atividades. No entanto, na medida em que os primeiros meses avançavam,
surgiram questionamentos e problemas que necessitavam de soluções.
Luíza Vieira Juliano conversa com o consultor contratado para elaborar um plano
de marketing para sua empresa. Será o último encontro antes da apresentação do
diagnóstico. Em breve, ele trará seu entendimento da situação, suas sugestões, e então a
empresa contará com a opinião de um profissional. Isso trará mais segurança às decisões
do negócio, pensa ela, muito embora os primeiros meses de vendas tenham sido não
somente lucrativos, mas também recompensadores para a jovem empreendedora de
vinte e cinco anos de idade.
O consultor realiza uma série de perguntas. Trata-se de dúvidas que ainda persistem,
mesmo após ler o plano do negócio escrito por Luíza e de levantar uma série de
dados secundários. Algumas delas são bastante triviais, avalia ela, outras parecem
dissecar aspectos interessantes da empresa, da concorrência e do mercado. Na última
hora, o consultor já fizera algumas ponderações importantes sobre o negócio, como
a necessidade de uma estratégia adequada para fortalecer a entrada no mercado.
Segundo ele, havia um conjunto adequado de estratégias de marketing para introduzir
56
Desenvolvimento do plano de negócios │ UNIDADE II
Já fazia muito tempo que Luíza sonhava com sua fábrica de sorvetes. Talvez essa ideia
venha ainda de sua infância, quando assistia sua bisavó fazendo as guloseimas geladas
em sua velha máquina manual (figura 1). O sorvete sempre fez parte do gosto e do prazer
da família. Juliano, a ponto de, em meados de 2009, Lauro (pai de Luíza) negociar
sua participação na empresa familiar em que trabalhava para se dedicar inteiramente
ao novo empreendimento cujas sócias seriam suas filhas, Luíza e Luciana, sua esposa
(Ana) e sua cunhada Luíza Helena. A convicção de que o negócio deveria nascer bem
planejado levou Luíza a focar seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), em 2008,
no sonho de sua família. Finalmente, ao final de 2009, resolveu deixar a função de
coordenadora da área comercial da Câmara Americana de Comércio (AMCHAM) para
se dedicar exclusivamente ao seu sonho.
57
UNIDADE II │ Desenvolvimento do plano de negócios
O mercado de sorvetes
A competição por uma fatia nesse mercado depende muito da estratégia adotada
pela empresa. A existência de diferentes tipos de clientes possibilita variadas formas
de competir. Luíza, por exemplo, enxerga o mercado de sorvetes dividido em quatro
segmentos. Primeiramente, pode-se ver a existência de dois grandes e distintos
mercados: o comprador (B2B), ocupado por restaurantes, por exemplo, e o consumidor
(B2C), formado por consumidores do produto. No primeiro caso, a compra é feita para
a revenda ou para a utilização em pratos. Diferentemente, a compra do consumidor é
realizada para uso imediato, em sorveterias, por exemplo, ou para desfrutar em casa,
geralmente realizada em supermercados, canal que representa o maior volume na
realidade brasileira, registrando faturamento entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão em
2008 (entre 65% e 72% do total do setor), segundo a Revista Supermercado Moderno
(www. sm.com.br).
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Desenvolvimento do plano de negócios │ UNIDADE II
Outra divisão de mercado ainda é utilizada por Luíza. Para ela, existe o mercado de
sorvetes industriais, classificado dentro do setor como aquele de produção em massa,
presente no varejo de “compra por impulso e mais consumido pelo custo-benefício do
que pela qualidade, fato que resultou em considerável guerra de preços”. Com cerca
de 7% do total do mercado estão os produtos artesanais, classificados como aqueles de
“produção soft”, os quais buscam se diferenciar a partir de uma qualidade superior (www.
abis.com.br) (www.investimentos.sp.gov.br). Dessa forma, a partir da sobreposição
dessas duas bases de segmentação, chega-se aos quatro segmentos identificados no
mercado de sorvetes: “mercado B2B de sorvetes industrializados”, “mercado B2B de
sorvetes artesanais”, “mercado B2C de sorvetes industrializados” e “mercado B2C de
sorvetes artesanais”.
No que se refere à oferta, além dos grandes players nacionais, não se observa a presença
de nenhum forte concorrente local. Já no mercado de sorvetes artesanais, apesar de
produzirem industrialmente, duas empresas muito tradicionais na cidade encontram-
se bem posicionadas: Stella Alpina e Piach. A primeira delas, além de ampla gama de
produtos, possui também uma loja voltada ao público final no bairro Petrópolis. A
segunda, por sua vez, tem uma fábrica localizada no centro da cidade e realiza tele-
entregas tanto para outras empresas quanto para o consumidor final. Já as gelatterias
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UNIDADE II │ Desenvolvimento do plano de negócios
Luíza chega cedo à empresa nesse dia, afinal de contas, em pouco mais de uma hora terá
a reunião com o consultor e tomará uma série de decisões sobre as quais tem pensado
tanto. Seguindo o método proposto, à exceção dos norteadores estratégicos (vide quadro
1), todas as demais decisões, inclusive estratégicas, poderiam ser revisadas.
Nos últimos dias, pensara muito sobre o seu negócio, nas possibilidades existentes, mas
dúvidas ainda persistiam. Por outro lado, além dos norteadores de sua empresa, sabia
que sua principal potencialidade, e provável razão por já ter conquistado uma carteira
de clientes, restaurantes em sua maioria, era a proximidade com que atendia a todos
eles. Muito embora um olhar sobre a concorrência reforçasse o entendimento de que
seus sorvetes estavam sendo bem aceitos devido à pureza dos ingredientes, o que lhe
aumentava o custo, e também devido a alguns sabores diferenciados, concordava com
seu consultor que o acompanhamento pessoal, cliente a cliente e pedido a pedido, era
a sua grande diferença.
No mês anterior, sua venda ao público consumidor, por meio de tele-entrega, havia
atingido 15% do valor faturado. Pouco, mas seria esse um caminho para investir?
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Desenvolvimento do plano de negócios │ UNIDADE II
Praticamente todas as empresas que trabalham com o consumidor final possuem este
tipo de serviço. E uma loja para venda de produtos? Seria essa uma alternativa? Mas
Porto Alegre possui tantas sorveterias e cafés [...].
Entrar nos supermercados parecia, sim, partir para “jogar com os grandes”.
Levando em conta que o grande volume de vendas no setor ocorre neste canal, não
há dúvidas de que essa seria uma alternativa. Por outro lado, Luíza tinha de enfrentar
uma realidade: os recursos captados junto ao PRIME já estavam comprometidos com
a abertura do negócio e novos investimentos teriam de vir do lucro da empresa, ainda
pequeno, ou então de sua família. Assim sendo, buscar o financiamento de R$120.0,0
com o PRIME era uma alternativa a ser considerada.
Outro assunto, muito desagradável, teria de ser tratado com o consultor. O nome
que estava sendo utilizado por sua empresa teria de ser mudado. Na época da sua
escolha, foi feita uma consulta ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI)
e evidenciou-se que o registro da marca estava em processo para uma outra empresa.
Pelas circunstâncias verificadas, a empresa de patentes que apoiava Luíza no registro
da marca aconselhou-a a prosseguir, pois a outra solicitante poderia não concluir o
processo. Entretanto, isso não ocorreu, e foi sugerido que ela entrasse com um recurso.
Então, após avaliar os custos e riscos envolvidos, decidiu desistir do nome que havia
escolhido inicialmente e partir para um novo.
Apesar do pouco tempo de mercado, é difícil não acreditar que algum valor não tenha
sido construído pela marca que estava sendo trabalhada até então. Afinal de contas,
além das visitas realizadas e dos produtos vendidos, catálogos de produtos, listas
de preços, cartões de visitas, entre outros materiais de comunicação, tinham sido
largamente distribuídos em clientes e prospects. Essa situação estava consumindo
Luíza, que precisava encontrar uma solução com urgência.
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Referências
SALIN, C.S. et al. Construindo um Plano de negócios. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier,
2005.
KOTLER, Phillip. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Ed. Prentice
Hall, 2006.
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