Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção 2238-3360
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Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção 2238-3360
Infecção
E-ISSN: 2238-3360
reciunisc@hotmail.com
Universidade de Santa Cruz do Sul
Brasil
Lüttjohann Duré, Micheli; Lippert Schwanke, Natalí; Silvana Borges, Tássia; Suzana
Burgos, Miria; Linhares Garcia, Edna; Frantz Krug, Suzane
A obesidade infantil: um olhar sobre o contexto familiar, escolar e da mídia
Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, vol. 5, núm. 4, octubre-diciembre, 2015,
pp. 191-196
Universidade de Santa Cruz do Sul
Santa Cruz do Sul, Brasil
ARTIGO DE REVISÃO
ABSTRACT
Background and Objectives: The increasing worldwide incidence of obesity shows it is a global epidemic,
emphasizing its status of public health problem. Obesity also represents a childhood disease, requiring health
professionals to carry out preventive actions that include the entire context in which children and adults are
considered. Based on this subject, we aimed to discuss the problem of childhood obesity and its association
with three agents that influence the lifestyle of children with overweight and obesity: audiovisual media, family
relations and academic institutions. Content: This was a literature review article, carried out at the search engines
(SciELO and PubMed), seeking for articles that had in their context at least two of the following descriptors:
KEYWORDS academic institutions, family relations, audiovisual media and childhood obesity. The period considered was from
2009 to 2013. Conclusion: we verified the need for public policies that regulate advertising aimed at children,
Video-Audio Media;
Family Relations; adapting them to the preventive/educational profile. Additionally, it was observed that the school plays a key
Schools; role in the practice of healthy eating habits. It is clear, therefore, the need to adapt to this reality, with the family
Pediatric Obesity. exercising the role of mediating and controlling such actions.
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sob forma de uma licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.
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A OBESIDADE INFANTIL: UM OLHAR SOBRE O CONTEXTO FAMILIAR, ESCOLAR E DA MÍDIA
Micheli Lüttjohann Duré, Natalí Lippert Schwanke, Tássia Silvana Borges, Miria Suzana Burgos, Edna Linhares Garcia, Suzane Frantz Krug.
INTRODUÇÃO
ral, que é prejudicial à saúde.4 Uma forma simples e ba-
É notório que a prevalência da obesidade está em rata para se constatar o quadro de obesidade é o Índice
crescimento, sendo considerada uma epidemia mundial de Massa Corporal (IMC), calculado pelo peso dividido
e um problema de saúde pública global. O Portal da Saú- pela altura ao quadrado. Para as crianças e adolescentes,
de refere que metade da população brasileira está acima esse índice é fornecido na forma de percentis. A partir
do peso, e segundo o IBGE, os dados repetem-se para a do percentil 85, a criança é considerada com sobrepeso,
capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.1 Seguindo a sendo esse índice geralmente aceito como adequado
tendência no estado, a cidade de Santa Cruz do Sul, em para definir e diagnosticar o excesso de peso e a obesi-
pesquisa realizada com 1.666 escolares da faixa etária de dade.4,5 Dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia
7 a 17 anos, evidenciou que 26,7% dos avaliados estava mostram que a na faixa etária de 5 a 9 anos, os níveis de
em situação de sobrepeso ou obesidade e 35,9% com o obesidade vem aumentando (meninos 51,4%; meninas
percentual de gordura acima de moderadamente alto.1,2 43,8%).6,7Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) gas-
Nesse sentido, fazem-se necessárias reflexões ta anualmente 448 milhões de reais com o tratamento
sobre agentes considerados como fatores de risco para das doenças relacionadas à obesidade. Quando se trata
o desenvolvimento da obesidade infantil, abordando-se de obesidade grave, os gastos chegam a 116 milhões.6
também a carência de políticas públicas efetivas para Os principais fatores influenciadores dessa pato-
prevenção e tratamento dessa doença. É necessárioque logia são o sedentarismo e a alimentação inadequada.8
se promovam alterações no comportamento populacio- Pessoas com sobrepeso ou obesidade tem maiores riscos
nal, com enfoque em programas educativos, alimenta- de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo
ção saudável, comunicação social, prática de exercícios 2, problemas osteomusculares e câncer, além do risco de
físicos, bem como educação da mídia associadas a maus esteatose hepática.9-12
hábitos de saúde. Tais ações para serem melhor aceitas Em relação à alimentação inadequada, pesquisa
pela população, devem considerar a fase de desenvolvi- realizada na cidade de São Paulo, envolvendo crianças
mento em que a criança se encontra, o funcionamento com menos de 10 anos, observou um grande percentual
familiar e as questões étnicas e de fundo cultural.3 de consumo impróprio de diversos alimentos, dentre
Diante de tais reflexões, este trabalho propõe eles, hortaliças, frutas, carnes, ovos, doces e açúcares. O
uma revisão de estudos, buscando uma atualização da mesmo estudo demonstrou que o consumo médio de
discussão sobre essa temática, cuja complexidade requer hortaliças foi o único que apresentou diferenças signifi-
que as análises alcancem articulações com conceitos e cativas, indicando tendências de redução no consumo de
ideias de desenvolvimento de políticas públicas, am- verduras e legumes conforme aumenta o IMC.13
biente saudável, assim como promoção e prevenção em Além disso, cerca de 50% das crianças gastam seu
saúde. O presente artigo objetiva discutir a problemática tempo em atividades leves, como assistir televisão e
da obesidade infantil considerando três agentes que jogar videogame, não havendo, portanto, atividade física
influenciam o estilo de vida de escolares com sobrepeso vigorosa.14,15 Na tentativa de reverter o sedentarismo
e obesidade: mídia audiovisual, relações familiares e ins- em crianças e adolescentes, é de suma importância que
tituições acadêmicas. sejam planejados e executados programas de prevenção
nessas faixas etárias, por meio de rigorosa investigação
dos locais em que as crianças estão inseridas, com apoio
MÉTODOS e orientação em atividades como caminhada e ciclismo.
Estas atividades são consideradas de baixo custo e po-
Trata-se de um artigo de revisão de literatura. A coleta dem ser executadas nos deslocamentos diários.10
de dados ocorreu em 2013. Foram consultados artigos cien- Outro foco de estudo relacionado ao excesso de
tíficos publicados em periódicos nacionais e internacionais peso é a síndrome metabólica (SM), reconhecida como
de 2009 a 2013 em sites de busca, como Scientific Electronic fator de risco para doenças cardiovasculares e caracte-
Library Online (Scielo), US National Library of Medicine rizada pela presença dos fatores: pressão arterial eleva-
National Institutes of Health (PubMed). Os descritores uti- da, High Density Lipoproteins (HDL) - colesterol baixo,
lizados na busca textual foram: mídia audiovisual, relações triglicérides elevados, presença de resistência à insulina
familiares, instituições acadêmicas e obesidade infantil. Para e obesidade abdominal. Segundo pesquisa realizada
compor esta revisão, os artigos escolhidos deveriam ter no em Brasília, 17,3% das crianças obesas com idade entre
mínimo dois desses descritores em seu contexto. Percebida 7 e 10 anos apresentam síndrome metabólica. Estudo
a relevância de alguns artigos encontrados, também se realizado na cidade de Viçosa-MG, com 199 adolescen-
buscaram as referências indicadas nos textos. tes, encontrou uma prevalência de 35,5% de síndrome
metabólica nos escolares obesos. No estudo, também
se observaram valores estatísticos significativos para a
RESULTADOS E DISCUSSÃO síndrome metabólica com relação ao peso superior, IMC,
circunferência da cintura (CC), relação cintura quadril
Obesidade infantil (CQ), triglicerídeos, lipoproteína de alta densidade (LDL)
e glicemia de jejum.16,17
Para a Organização Mundial da Saúde, a obesidade Diante de tais resultados, pode-se verificar uma
é definida como o acúmulo excessivo de gordura corpo- alta prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e
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adolescentes, o que ressalta a importância de programas perpetuando-o também na vida adulta.28 Ademais, há
específicos de atenção à saúde desse grupo. evidencias de que intervenções que trabalhem com pais
e filhos em conjunto apresentam bons resultados. 29
A influência do ambiente familiar na obesidade infantil
Obesidade infantil e a escola
Ao abordar o tema da obesidade infantil, é impor-
tante ressaltar que a criança não pode ser considerada Ao refletirmos sobre o tema da obesidade em
somente sob a ótica do seu estado nutricional, mas crianças e adolescentes, o espaço escolar apresenta-se
também sob aspectos que abrangem seu contexto fami- como um importante ambiente para problematizar esse
liar e o ambiente onde está inclusa. O histórico familiar assunto. Isso porque a escola se constitui em um local de
é uma questão importante. Aspectos como o ambiente convívio de escolares, pais e professores, o que também
doméstico, incluindo modelo dos pais em relação à a torna ponto estratégico para iniciativas de promoção
alimentação saudável e à prática de atividade física são de saúde e prevenção de doenças.
fatores influenciadores determinantes para o risco de Implantado em 1988, o Programa Nacional de Ali-
obesidade da criança. A família é responsável por incutir, mentação Escolar (PNAE) garante a alimentação escolar
ao longo do processo de educação e desenvolvimento, dos alunos de toda a educação básica matriculados em
valores sobre os hábitos de vida saudáveis ou fatores co- escolas públicas (FNDE). Este programa é considerado
mo sedentarismo, má alimentação e ingestão excessiva um dos maiores do mundo na área da alimentação es-
de alimentos.18 colar, atendendo mais de 20% da população brasileira.30
A mãe, por desenvolver uma relação íntima com Estudo realizado em 21 escolas públicas do mu-
o filho desde o período da gestação, é responsável por nicípio de Chapecó (SC) avaliou a aceitação, adesão e
estabelecer uma ligação entre a criança e o ambiente, condições de distribuição de alimentação na escola, con-
e consequentemente, influenciar os hábitos alimen- siderando o programa nacional de alimentação escolar.
tares de seus filhos. Mães que tem uma alimentação Segundo os resultados, a adesão e aceitação foram de
adequada, também fazem uma escolha de alimentação 23,2% e 70,8%, respectivamente, índices considerados
mais adequada para seus filhos, mesmo em famílias de baixos, podendo comprometer o programa. Entretanto,
baixa renda.19 Dados apontam que a mãe possui maior avaliando-se escolares de João Pessoa (PB), encontrou-
influência sobre o IMC dos filhos, quando comparado à -se uma percentagem de 87% de escolares que consi-
influência que o pai exerce. Ainda, esta é determinante deravam a merenda escolar importante, sendo que 90%
para o desenvolvimento da obesidade em crianças referiram aderir ao programa.31
recém-nascidas e na infância tardia, apontando que Movimentos ativos e sistematizados, com transmis-
o controle do excesso de peso em mulheres em idade são de conhecimento e mensagens positivas sobre os
reprodutiva é um fator influenciador benéfico para evitar bons hábitos alimentares, prática de atividade física, mo-
a obesidade infantil. 20 O estado nutricional adequado da dificação dos alimentos ofertados nas cantinas escolares
mãe durante a gestação dá suporte às boas condições e colaboração dos pais, propicia um marketing saudável
de desenvolvimento do feto, influenciando o peso das que com o passar do tempo é incutido como ideal na
crianças ao nascer. 21-23 comunidade escolar.32
Mães com estado de saúde alterado em decorrên- Santa Catarina foi o primeiro estado brasileiro a criar
cia de desnutrição, obesidade ou doenças adquiridas du- uma legislação específica que regulamentou os alimen-
rante a gestação, como pré-eclâmpsia e diabetes, podem tos vendidos em cantinas. Para observar o cumprimento
gerar crianças com baixo peso. Essas crianças podem da lei no estado de Santa Catarina, estudo avaliou que a
adquirir peso rápido no pós-natal e, tardiamente, desen- presença de cantinas foi maior nas escolas particulares.
volver a obesidade, com processos ligados à síndrome Destas, aproximadamente 68% não vendem salgadinhos,
metabólica, destacando-se diabetes tipo 2, dislipidemia, refrigerantes, balas, pirulitos e gomas de mascar.33,34 Uma
hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. 24,25 pesquisa avaliou o programa realizado em Santa Catari-
O aleitamento materno está ligado à redução na, observando que é possível, por meio de orientações e
do risco de desenvolvimento da obesidade, diabetes, leis, mudar o tipo de alimentação oferecida nas cantinas
hipertensão e doenças cardiovasculares, em especial, escolares. Cuidados com alimentação saudável, aumento
para aquelas crianças que foram amamentadas por três do número de nutricionistas e adequação da merenda
meses ou mais. Isso se deve ao fato de que o leite ma- escolar são atitudes que precisam ser reavaliadas em
terno fornece benefícios imunológicos e nutricionais ao toda a rede pública e privada.35
recém-nascido, além de propiciar o estímulo da criança Diante desse importante papel desenvolvido pela
para a autorregulação. 26,27 escola, um decreto presidencial cria o Programa Saúde
Há evidências de que a infância é um período crítico na Escola, o qual tem como objetivo ampliar ações es-
para a adoção de preferências alimentares e de outros pecíficas de saúde aos alunos de escolas da rede pública
comportamentos chave associados ao consumo alimen- de ensino. O Programa tem como propostas de ações
tar e à prática de atividade física. Sendo assim, a família a educação permanente e capacitação dos profissionais,
possui papel fundamental na introdução de hábitos a avaliação das condições de bem-estar, a promoção e
alimentares saudáveis e atividade física a fim de garantir prevenção da saúde, dentre outros pontos relevantes aos
que a criança desenvolva um estilo de vida saudável, hábitos de vida dos escolares.36
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Micheli Lüttjohann Duré, Natalí Lippert Schwanke, Tássia Silvana Borges, Miria Suzana Burgos, Edna Linhares Garcia, Suzane Frantz Krug.
Influência da mídia e televisão na obesidade infantil de desenvolver doenças cardiovasculares. Além de indu-
zir ao sedentarismo, o tempo gasto com a televisão vem
Nos últimos anos, estamos observando grandes acompanhado pela ingesta de alimentos extremamente
alterações no que tange aos avanços tecnológicos e edu- calóricos. O estudo também mostrou que, mesmo entre
cacionais, aumento da sobrecarga de trabalho, violência, aqueles que alcançaram as recomendações de atividade
dentre outros que interferem diretamente em mudanças física (30 minutos por dia dedicados à atividade física
na criação e educação das crianças.35 vigorosa), os participantes com “mais tempo sentado”
É na infância que se inicia a aquisição de valores tinham o dobro do risco de sofrer um evento cardíaco
sociais, culturais e políticos, sendo nesse contexto que a adverso em comparação com os participantes caracteri-
televisão, artifício de fácil acesso, vem ganhando centra- zados como “menos tempo sentado”. O nível de exercício
lidade na vida das crianças, apesar de poucos pesquisa- físico na infância é um forte preditor de exercício físico
dores se preocuparem em investigar seus impactos. De para a fase adulta.40
cada 100 residências brasileiras, 90 possuem ao menos Como a família é a primeira fonte de influência,
um televisor, sendo este considerado como a fonte de torna-se de extrema importância o diálogo entre pais
informação mais acessada pela população, conforme da- e filhos, em que o adulto é o mediador, devendo-se in-
dos da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios.37,38 centivar a preferência por canais educativos, bem como
A televisão vem conquistando cada vez mais des- questionar e discutir o que as crianças estão assistindo.
taque na vida da maioria das crianças, fato que se torna Além disso, recomenda-se limitar o tempo despendido
inquietante devido aos comerciais publicitários, que in- com a televisão, incentivando a prática de exercícios
fluenciam a imaginação, despertando desejos, atraindo físicos, bem como, em nível populacional, um maior
atenção e cativando, inclusive, os adultos. Os editores controle do que é transmitido e comercializado pela
da programação televisiva preocupam-se unicamente televisão por meio de propagandas alimentícias para a
em vender seus produtos e gerar lucro para as empresas público infantil.37
envolvidas, aproveitando-se da ingenuidade dos teles-
pectadores mirins, que são alvos fáceis e influenciam as
decisões de compras familiares imediatas.35,37 CONCLUSÃO
Segundo pesquisa do Canal Ciência, foram avalia-
dos 1.395 anúncios de produtos alimentícios durante 432 Diante desta revisão de literatura abordando a
horas de programação televisiva, mostrando que 57,8% problemática da obesidade infantil e ressaltando as
dos alimentos apresentam gorduras, óleos, açúcares e implicações do contexto familiar, escolar e da mídia,
doces; o segundo maior grupo é representado por pães, infere-se que se faz necessário desenvolver e aplicar
cereais, arroz e massas.39 políticas públicas que normatizem as ações da mídia com
O aumento de exposição à televisão afasta as relação às propagandas (no que tange alimentação e es-
crianças das atividades físicas, deixando-as cada vez mais tilo de vida) em horário de programação infanto-juvenil,
propensas a desenvolver obesidade e seus fatores asso- adequando-as a um perfil educativo-preventivo em que
ciados. Em um estudo realizado com crianças portugue- se estimulem hábitos de vida saudáveis.
sas, verificou-se que aquelas que ficavam muitas horas Outro ponto observado refere-se aos investimentos
assistindo televisão apresentavam três vezes mais riscos despendidos pelo governo no tocante à infraestrutura e
Figura 1. Divisão dos tipos de comerciais alimentícios. Fonte: Crivelaro et al., 2006.35
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