Os instrumentos mais adequados para avaliação de crianças menores de 6 anos são a Escala Bayley de Desenvolvimento Infantil e a Escala de Comportamento Adaptativo de Vineland. A Escala Bayley avalia o desenvolvimento cognitivo, motor e sócio-emocional de bebês e crianças pequenas. A Escala de Vineland mede o comportamento adaptativo em comunicação, autonomia, socialização e habilidades motoras. O teste SON-R é não-verbal e adequado para avaliar a inteligência de crianças com necessidades especiais na linguagem
Os instrumentos mais adequados para avaliação de crianças menores de 6 anos são a Escala Bayley de Desenvolvimento Infantil e a Escala de Comportamento Adaptativo de Vineland. A Escala Bayley avalia o desenvolvimento cognitivo, motor e sócio-emocional de bebês e crianças pequenas. A Escala de Vineland mede o comportamento adaptativo em comunicação, autonomia, socialização e habilidades motoras. O teste SON-R é não-verbal e adequado para avaliar a inteligência de crianças com necessidades especiais na linguagem
Os instrumentos mais adequados para avaliação de crianças menores de 6 anos são a Escala Bayley de Desenvolvimento Infantil e a Escala de Comportamento Adaptativo de Vineland. A Escala Bayley avalia o desenvolvimento cognitivo, motor e sócio-emocional de bebês e crianças pequenas. A Escala de Vineland mede o comportamento adaptativo em comunicação, autonomia, socialização e habilidades motoras. O teste SON-R é não-verbal e adequado para avaliar a inteligência de crianças com necessidades especiais na linguagem
Os instrumentos mais adequados para avaliação de crianças menores de 6 anos são a Escala Bayley de Desenvolvimento Infantil e a Escala de Comportamento Adaptativo de Vineland. A Escala Bayley avalia o desenvolvimento cognitivo, motor e sócio-emocional de bebês e crianças pequenas. A Escala de Vineland mede o comportamento adaptativo em comunicação, autonomia, socialização e habilidades motoras. O teste SON-R é não-verbal e adequado para avaliar a inteligência de crianças com necessidades especiais na linguagem
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Tarefa 1
Capítulo 1, respondam às seguintes perguntas:
1. Muitos neuropsicólogos não aceitam crianças menores de seis anos para
avaliação. Vimos no capítulo que é possível a avaliação nesta faixa etária. Quais instrumentos vocês utilizariam e por quê? Escala Bayley de desenvolvimento infantil As Escalas de Desenvolvimento Infantil de Bayley foram desenvolvidas por Nancy Bayley e colaboradores em 1933 e revisada em 1969. É um meio abrangente de avaliar o desenvolvimento de uma criança em estado particular. O teste foi padronizado em uma amostra de 1.262 crianças americanas com idade de dois a 30 meses, divididas em 14 grupos, no ano de 1960. Apresenta três versões: BSID I, publicada em 1969; BSID II, publicada em 1983; BSID III, (e a mais atualizada) publicada em 2006. As escalas BSID II estão reconhecidas entre as melhores escalas existentes na área de avaliação do desenvolvimento infantil, fornecendo resultados confiáveis, válidos e precisos do estado de desenvolvimento da criança em teste. Sua utilização como instrumento de pesquisa tem recebido grande suporte da comunidade científica, porém seu elevado custo e treino exigido para correta administração explicam porque sua utilização é quase sempre exclusiva de especialistas que trabalham com crianças e indicada para avaliar crianças de 1 a 42 meses de idade, apresentando melhora do conteúdo dos testes, melhora da qualidade psicométrica e, consequentemente, maior utilidade clínica. A atual versão dessa Escala está subdividida em cinco domínios: Cognição, Linguagem (comunicação expressiva e receptiva), Motor (grosso e fino), Social- emocional e Componente adaptativo. Os três primeiros domínios são observados com a criança em situação de teste e os dois últimos são observados por meio de questionários preenchidos pelos pais ou cuidadores. As escalas são consideradas complementares, tendo cada uma a sua importância na avaliação da criança. Assim, a Escala Cognitiva determina como a criança pensa, reage e aprende sobre o mundo ao seu redor e está composta de 91 itens; a Escala de Linguagem está subdividida em dois subtipos: Comunicação Receptiva – parte que determina como a criança reorganiza sons e como a criança entende, fala e direciona palavras, composta de 49 itens – e a Comunicação Expressiva – parte que determina como a criança se comunica usando sons, gestos e palavras, composta de 48 itens. A Escala Motora está subdividida em Escala Motora Grossa e Fina. A Escala Motora Grossa determina como a criança movimenta seu corpo em relação à gravidade, composta de 72 itens, e a Escala Motora Fina determina como a criança usa suas mãos e dedos para fazer algo, composta de 66 itens. A escala permite também uma avaliação qualitativa do comportamento da criança, ou seja, sua atenção, compreensão das orientações, desempenho frente às tarefas e regulação emocional. Porém, a escala só pode ser aplicada por profissionais especializados e treinados. Trata-se de um instrumento lúdico, flexível, com excelente padrão de validade e confiabilidade que permite a identificação precoce de problemas ou atrasos no desenvolvimento e sinaliza a necessidade de avaliação mais aprofundada em alguma área específica. A Escala Bayley de Desenvolvimento Infantil (Bayley III) indica os pontos fortes, fracos e as competências do bebê ou da criança para o planejamento adequado de uma intervenção terapêutica e acompanhamento da evolução das intervenções, sendo fundamental para um trabalho consistente em equipe interdisciplinar. Além de permitir um maior envolvimento dos pais durante a avaliação, o instrumento está alinhado com a legislação norte-americana para educação especial na primeira infância http://idea.ed.gov/, sendo uma medida válida e confiável acerca das habilidades da criança. Escala de comportamento adaptativo de Vineland A Vineland-II avalia o comportamento adaptativo desde o nascimento até a idade adulta. Os conteúdos estão organizados em 4 grandes domínios que se subdividem em 11 subdomínios: » Comunicação - Receptiva, Expressiva e Escrita. » Autonomia - Pessoal, Doméstica e Comunitária. » Socialização - Relações Interpessoais, Lazer e Regras Sociais. » Função Motora - Fina e Grosseira. Inclui ainda um índice opcional, de Comportamento mal adaptativo, que proporciona informação mais aprofundada sobre a pessoa avaliada. Sua aplicabilidade é bastante vasta, sendo possível avaliar o comportamento adaptativo de indivíduos com: déficit intelectual, atraso no desenvolvimento, espectro autista, TDAH, Traumatismo Crânio encefálico. O tempo estimado para aplicação da escala é de 20-60 minutos. A aplicação da escala se inicia com a idade da criança, e segue até se obter sete nãos consecutivos. Caso a criança tenha sete nãos consecutivos em sua idade, o examinador vai voltando para idades anteriores até que se consigam sete sins consecutivos.
Função intelectual SON-R 2 1/2 - 7 [A] - Teste não-verbal de inteligência
O SON-R 2 1/2 - 7 [a] – Teste Não-Verbal de Inteligência tem por objetivo a avaliação geral do desenvolvimento e das habilidades cognitivas, fornecendo escores que avaliam habilidades espaciais e viso-motoras e de raciocínio abstrato e concreto, de crianças de 2 anos e 6 meses a 7 anos e 11 meses de idade. O SON-R 2 1/2-7 [a] é um instrumento ideal para os contextos educacional, clínico, neuropsicológico e demais áreas, onde o propósito é fazer uma avaliação da cognição. É a versão reduzida do SON-R 2 1⁄2 – 7, que foi publicado na Holanda em 1998. Difere de outros testes não-verbais para crianças, na sua combinação de: » abordagem amigável ─ no estilo de administração e na atratividade dos materiais; » pessoal ─ aplicado de acordo com a particularidade de cada criança; » variedade das habilidades medidas e na possibilidade de testar a inteligência independentemente do nível de habilidade verbal. Composto por quatro subtestes: Mosaico, Categorias, Situações e Padrões, sendo estes direcionados para a resolução de problemas que requerem raciocínio espacial e para a habilidade de raciocinar de forma abstrata e concreta. O desempenho no teste depende mais da habilidade em descobrir métodos e regras e aplicá-los a novas situações do que do conhecimento previamente adquirido. Sendo assim, o teste SON-R 2 1⁄2 – 7 busca mensurar a denominada “inteligência fluída”, compreendida como a habilidade de adaptação, de resolver problemas e de aprender, ao invés da “inteligência cristalizada”, que se refere a conhecimentos adquiridos e experiências. Entretanto, isso não quer dizer que a experiência obtida anteriormente pela criança não influencie na sua habilidade de resolver os problemas. Este instrumento pode servir tanto como primeira opção quanto como um segundo teste nos casos em que decisões importantes precisam ser tomadas ou se a validade do primeiro teste for duvidosa. Umas das principais vantagens do SON-R 2 1/2-7 [a] é que ele permite uma avaliação ampla do funcionamento mental da criança, sem depender de habilidades linguísticas, através de tarefas bastante diversificadas. Isso o torna adequado também às crianças que têm necessidades especiais na linguagem, fala ou comunicação, como por exemplo, crianças com deficiências como surdez, autismo e transtornos de desenvolvimento social. Além disso, o teste é adequado para imigrantes cuja primeira língua é diferente da falada no lugar de moradia. Sendo também adequado para pesquisas internacionais e transculturais. O SON-R é recomendado, ainda, às crianças menos dotadas, com atrasos no desenvolvimento cognitivo e/ou que são difíceis de testar, pois os materiais são atrativos, as tarefas são diversificadas, diversos exemplos são fornecidos e é dada à criança a oportunidade de ser ativa, além de ser disponibilizada ajuda nas respostas incorretas e das regras para interrupção serem limitadas à aplicação de itens mais difíceis. Em contrapartida, é menos apropriado para crianças portadoras de deficiências visuais ou motoras.
Stanford-binet Inteligência: capacidade mental de se adaptar a novos problemas.
Terman – binet Abrange desde 2 anos até a idade adulta. Tarefas consistem desde a manipulação simples até o raciocínio abstrato. Crianças menores: exige mais discriminação perceptual, coordenação visomotora (construção de blocos, contas etc.). Em crianças acima de 7 anos avalia-se mais os aspectos verbais. Divisão É estabelecida a seguinte divisão: » Até os cinco anos existe uma subdivisão. Por exemplo: 2 anos e 6 meses – devido à velocidade do desenvolvimento da criança. » Depois os intervalos são anuais. » Existe teste alternativo para cada idade, por erro do aplicador ou da criança. Binetograma » Criado em 1990 por Garrido. » Separa por áreas – leitura qualitativa do Stanford separado por áreas – avaliam habilidades mais ou menos desenvolvidas. » São as seguintes: percepção sensorial (visual, auditiva, tátil sinestésica), espacial (geral e gráfica), psicomotricidade (Movimentos grossos e finos), linguagem (compreensão e expressão), memória (verbal e numérica), aptidão numérica e raciocínio abstrato. » As funções aparecem várias vezes, porém com nível de expectativa para resolução de problemas diferente. Depende do nível do desenvolvimento. Percepção visual » Com dois anos a criança começa a se desenvolver no espaço que era perceptivo e passa a ser representativo, conseguindo encaixar formas simples formando uma figura. » Com quatro anos e seis meses espera-se que a criança consiga comparar esteticamente figuras. Percepção » Envolve elementos espaciais e funções visuoespaciais. » Esperado que crianças com cinco anos consigam formar um retângulo. Linguagem - compreensão » Obedecer a comandos simples e complexos (compreensão da linguagem e processos executivos). » Diferenças: Qual a diferença entre um passarinho e um cachorro? » Absurdos verbais: “Um homem teve gripe duas vezes. Na primeira vez ele morreu, mas na segunda, ele sarou rapidamente”. Linguagem - expressão » 2 anos ─ espera-se frases com duas palavras durante a entrevista. » 4 anos – solicitar para repetir frase como: Nós vamos comprar um pacote de balas para mamãe. » 4 anos e seis meses – espera-se que a criança responda do que é feito uma janela. Memória » Memória episódica – “O tombo no molhado”. » Memória semântica: Vocabulário. » Memória imediata visual: 4 anos – a criança deve encontrar objetos apresentados a ela, sem que o avaliador faça a manipulação do objeto. » Memória auditiva: memória para sentenças. » Memória imediata auditiva: dígitos. Aptidão numérica » Conceitos de números básicos – cinco anos. » Cálculos matemáticos só vão aparecer aos 9 anos, realização de trocos, por exemplo. Funções executivas- binet » Análise contextual – envolve atenção – análise dos elementos, raciocínio e planejamento para atingir uma meta. » Níveis de resolução de problemas. » Consciência social – capacidade de solucionar um problema “O que fazer quando quebra algo de uma pessoa”. » Raciocínio Lógico – habilidade no pensamento lógico, compreensão entre relações e julgamentos. Características I. De 2 a 5 anos – 1 mês. II. De 6 a 19 – 2 meses. III. Nível adulto – item de 2 meses cada. IV. Idade Base – acerto de todos os itens. V. Idade Teto – errar todos os itens. VI. Idade Mental – idade base + meses obtidos até a idade teto. VII. QI – cruza-se a IM com a cronológica. VIII. Binetograma – determina escore por área. Cálculo IM » 6 anos e 2 meses – 72 meses. » Ano IX – 6 acertos – Idade base: 48 meses. » Ano IV e 6 meses – 4 acertos – 4 meses. » Ano V – 3 acertos – 6 meses. » Ano VI –2 acertos – 4 meses. » Ano VII – 0 acertos – Teto. » 4 anos e 14 meses – 62 meses. » IX = 6 anos e 2 meses = 74 meses. » QI=IM/IC x 100 = 62/74 x 100 = 84. Memória 7 Figuras/ 7 palavras Subteste Bateria Lourenço Filho Permite avaliar memória episódica (relacionado ao aprendizado de novas informações) em evocação imediata, tardia e reconhecimento, tanto para memória verbal quanto não-verbal. Instruções memória visual “Eu vou mostrar algumas figuras para você, preste atenção porque depois eu pedirei para se lembrar delas”. Instruções memória auditiva “Eu vou ler algumas palavras para você, preste atenção porque depois eu vou pedir para repeti-las” » Repetir o procedimento: mostrar as 7 figuras em três tentativas. » Repetir o procedimento: ler as 7 palavras em três tentativas. » Anotar na folha de registro o desempenho, inclusive intrusões e confabulações. » Realizar interferência: contar até 20 e de trás para frente, contar de 3 em 3. » Realizar evocação tardia nas duas modalidades (peça para a criança se lembrar o que viu e o que ouviu). » Aplicar o reconhecimento. » Avaliação qualitativa sem tratamento estatístico. » É esperado que a criança consiga evocar pelo menos em 1 dos três ensaios (3 visuais e 3 auditivos) uma marca de 5 figuras e 5 palavras. » Reconhecimento: esperado que reconheça todas as figuras. » Completar o gráfico na folha de registro. Cubos de corsi O objetivo deste teste é avaliar a memória operacional por meio do esboço visuoespacial. É aplicado desde crianças pequenas até idosos. É feita em duas etapas: primeiro o examinador mostrará uma sequência na ordem direta e o examinado fará igual. Na outra etapa, o examinado terá que fazer na ordem inversa que o examinador fez. A aplicação é similar ao subteste Dígitos do WISC-IV. Atenção Teste de trilhas para pré-escolares (TREVISAN, SEABRA, 2012) A versão para pré-escolares do Teste de Trilhas mantém o mesmo objetivo da sua versão original, ou seja, de avaliar a flexibilidade cognitiva, porém sem demanda de conhecimento de letras e números. O teste é composto por duas partes, sendo que na primeira parte é apresentado apenas um tipo de estímulo e, na segunda parte, há dois tipos de estímulos que devem ser assinalados pelos sujeitos em ordem alternada, mantendo semelhança com a versão original do Teste de Trilhas. Assim, na condição 'A' do teste, é dada à criança uma folha com figuras de cinco cachorrinhos que devem ser ligados por ordem de tamanho, iniciando com o "bebê" até o "papai". Na condição 'B', figuras de ossos de tamanhos respectivos aos dos cachorros são introduzidas, e a criança deve combinar os cachorrinhos com seus ossos apropriados, na ordem de tamanho, ligando-os alternadamente. O desempenho em cada parte foi medido em termos de sequência (número de itens ligados corretamente em sequência) e tempo de execução. A figura abaixo ilustra uma parte da tarefa requerida na parte B do Teste de Trilhas para pré-escolares. O Teste de Trilhas para pré-escolares é comercializado no Brasil e evidências de sua validade e dados de normatização foram obtidas para crianças de quatro a seis anos de idade.
Pontos coloridos (RENÉ ZAZZO)
Investiga velocidade de atenção seletiva e sustentada e controle inibitório (suprimir uma resposta habitual em favor de uma resposta menos familiar). É realizada em 4 etapas a, b, c e d. Tempo: 20 segundos para cada etapa (cronometrar o tempo). Primeiramente: checar se a criança reconhece cores e sabe o nome das cores Instruções fase A e C: “Quero que me diga o nome das cores. Aponte com o dedo a direção (da esquerda para a direita) até que eu a peça para parar”. Instruções B e D: “Agora quero que diga azul quando o círculo for vermelho e quando o círculo for azul diga vermelho”. Checar se a criança compreendeu. Pontuação (RENÉ ZAZZO) » 0 erros ─ 3 pontos, normal. » 1 ou 2 erros ─ 2 pontos, normal. » 3 ou 4 erros ─1 ponto, dificuldade leve. » 5 erros ─ 0 pontos, dificuldade moderada. Linguagem Avaliação qualitativa da linguagem » Observação da fluência verbal espontânea (ritmo e prosódia); se há mudanças durante a testagem de acordo com o estado de humor e atividade. » Alterações articulatórias e fonológicas. » Alterações sintáticas, alterações nos tempos verbais e alterações nominais. » Parafasias verbais. Teste de nomeação infantil O Teste Infantil de Nomeação (CAPOVILLA, MONTIEL, CAPOVILLA; MACEDO, em preparação) consiste em 60 itens com desenhos de linha com diferentes graus de familiaridade, sendo que a tarefa consiste em dizer os nomes das figuras apresentadas pelo examinador. O teste é composto por um caderno de aplicação com uma figura por folha e uma folha de respostas. O caderno é manuseado pelo aplicador que anota a resposta do participante na folha de respostas, permitindo a posterior correção. Pode ser aplicado em crianças e adolescentes de 3 até 14 anos. É atribuído 1 ponto para cada nomeação correta.
Teste de discriminação fonológica
O Teste de Discriminação Fonológica ou TDF (CAPOVILLA; CAPOVILLA, 2007) tem como objetivo verificar se a criança discrimina fonologicamente palavras que diferem em apenas um fonema. Nessa prova, é apresentado à criança um caderno de aplicação com 23 pares de figuras cujos nomes diferem em apenas um fonema, por exemplo, as figuras de "pato" e "gato". O aplicador dá a instrução à criança, dizendo que ela deve apontar a figura que ele nomear, posteriormente pronunciando o nome da figura, devendo a criança apontar a figura correspondente. É computado um ponto para cada resposta correta, sendo o máximo possível de 23 pontos. Pode ser aplicado em crianças de 3 até 6 anos. É atribuído 1 ponto para cada nomeação correta. Teste de repetição de palavras e pseudopalavras O Teste de Repetição de Palavras e Pseudopalavras, ou TRPP (Capovilla, no prelo), desenvolvido com base no teste de Gathercole e Baddley (1989), avalia a memória fonológica de curto prazo. Nesse instrumento o aplicador pronuncia para a criança sequências com de 2 a 6 palavras, com intervalo de um segundo entre elas, sendo a tarefa da criança repetir as palavras na mesma sequência. Há duas sequências para cada comprimento, ou seja, duas sequências com duas palavras, duas sequências com três palavras e assim por diante. Posteriormente, são apresentadas sequências com pseudopalavras. Também há duas sequências para cada comprimento, variando de duas a seis pseudopalavras por sequência. Todas as palavras e as pseudopalavras são dissílabas, com estrutura silábica consoante- vogal. É computado um ponto para cada sequência repetida corretamente. Pode ser aplicado em crianças e adolescentes de 3 até 14 anos. É atribuído 1 ponto para cada item pronunciado corretamente.
Função executiva Torre de Londres O teste Torre de Londres (TOL) avalia a
capacidade de decisão estratégica e de resolução de problemas em crianças de 4 a 13 anos. Baseia-se na utilização de um instrumento (incluso na caixa) que é constituído por três cavilhas de comprimentos diferentes, em que são amarradas três bolas (uma vermelha, uma verde e azul): a pessoa deve mover estas bolinhas em um determinado número de movimentos de modo a obter a configuração indicada pelo examinador. O teste é útil nos casos em que se queira avaliar se a criança tem determinadas funções executivas, fundamentais tanto na vida diária, como em uma série de aprendizagens complexas (preparação do plano de execução de uma tarefa, na solução de problemas matemáticos, por exemplo etc.). Graças à sua simplicidade de aplicação e à confiabilidade da avaliação, a Torre de Londres é um dos instrumentos mais utilizados atualmente nos vários cenários clínicos e experimentais.
2. Qual parte da avaliação neuropsicológica é essencial para que o profissional
escolha a bateria de testes a ser utilizada? É essencial para o neuropsicólogo, a anamnese onde o profissional vai coletar informações a respeito do histórico da vida do paciente, acadêmica e escolar, dados psicoemocionais, psicossociais, atividades de lazer, medicamentos em uso, dados médicos, desenvolvimento neuropsicomotor, avaliação das alterações comportamentais, sono, alimentação, dominância manual, funcionamento pré-mórbido, uso de drogas ilícitas, atividades de vida diária, habilidades relevantes afetadas pelo evento e antecedentes familiares. A anamnese é importantíssima para que o profissional possa fechar o caso, bem como, escolher os instrumentos mais adequados para a avaliação de cada paciente. 3. Uma criança com suspeita de TDAH vem para avaliação neuropsicológica. Quais escalas além dos testes é importante que o profissional aplique? Escala de comportamento adaptativo de Vineland A Vineland-II avalia o comportamento adaptativo desde o nascimento até a idade adulta. Os conteúdos estão organizados em 4 grandes domínios que se subdividem em 11 subdomínios: Autonomia - Pessoal, Doméstica e Comunitária. » Socialização - Relações Interpessoais, Lazer e Regras Sociais. » Função Motora - Fina e Grosseira. Inclui ainda um índice opcional, de Comportamento mal adaptativo, que proporciona informação mais aprofundada sobre a pessoa avaliada. Sua aplicabilidade é bastante vasta, sendo possível avaliar o comportamento adaptativo de indivíduos com: déficit intelectual, atraso no desenvolvimento, espectro autista, TDAH, Traumatismo Crânio encefálico.] O SNAP-IV (MATOS et al 206) é composto pela descrição de 18 sintomas do TDAH, entre sintomas de desatenção (9 primeiros itens) e hiperatividade/ impulsividade (itens 10 a 18), os quais devem ser pontuados por pais e/ ou professores em uma escala de quatro níveis de gravidade. Os autores acima indicam que os itens 19 a 26 do questionário também são úteis ao diagnóstico do Transtorno de Oposição e Desafio (TOD). No site da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), este questionário está disponível para impressão, caso os pais desejem levá-lo aos professores, para que estes o preencham (ABDA, 2015). No entanto, de acordo com a ABDA, este questionário serve apenas como ponto de partida para levantamento de alguns dos possíveis sintomas primários de TDAH, já que muitos dos sintomas relacionados no questionário podem também estar associados a outras comorbidades correlatas ao TDAH, ou a outras condições clínicas e psicológicas (ABDA, 2015). O diagnóstico correto e preciso do TDAH só pode ser feito através de uma longa anamnese com um profissional médico especializado, seja ele psiquiatra, neurologista ou neuropediatra (ABDA, 2015). ETDAH-AD - Escala de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (Edyleine Bellini Peroni Benzcik) Auxilia no processo diagnóstico do TDAH, com a possibilidade de distinguir a apresentação do transtorno, a intensidade e o nível de prejuízo existente (leve, moderado ou grave). Avalia adolescentes e adultos com idade compreendida entre 12 e 87 anos. A aplicação é individual ou coletiva. É necessária apenas a utilização de uma caneta para preenchimento do Livro de Aplicação. A escala é autoadministrável (o próprio avaliando a responde) e o tempo de aplicação é livre. A ETDAH-AD é composta por cinco fatores: Desatenção: Relaciona-se às habilidades atencionais, persistência, organização e ritmo no desempenho das tarefas; Impulsividade: Está relacionado ao déficit no sistema inibitório e baixo autocontrole; Aspectos Emocionais: Avalia a presença de dificuldades emocionais, relacionadas com um humor deprimido, sensação de fracasso, dentre outras; Autorregulação da Atenção, da Motivação e da Ação: Capacidade de manter a organização e planejamento; Hiperatividade: Refere-se ao comportamento agitado, afobado e instável. Possui normas em percentis, ode ser aplicada em ambos os sexos, com escolaridades que variam entre o ensino fundamental II e o ensino superior completo.