ESTUDO DE CASO DII - 2020 - Doença Inflamatória Intestinal
ESTUDO DE CASO DII - 2020 - Doença Inflamatória Intestinal
ESTUDO DE CASO DII - 2020 - Doença Inflamatória Intestinal
Alunas: Ana Beatriz Moura Rocha, Kauany Dandara de Carvalho, Larissa Araújo
Valdivino, Luana Tiharu Doi, Thaís Virgínia Marques de Abreu
HPMA
Antropometria:
Peso atual = 60 Kg
Estatura = 1,70 m
Leucócitos 5850/mm3
Linfócitos 1590/mm3
Hematócrito 32,1 %
Alimentação Habitual
B.F.E realiza suas refeições, habitualmente em casa, preparadas por sua mãe.
Suas preferências alimentares são frituras, refrigerantes, pizza e chocolates;
Utiliza catchup como condimento na maioria dos alimentos que consome. Sua
ingestão de líquidos por dia é em torno de 750mL.
Medicação
Há 15 dias está fazendo uso de Mesalazina 800mg de 8/8 h e Omeprazol
(1x/dia).
Pergunta-se:
1) Qual (is) é (são) a (s) hipótese (s) diagnósticas clínica (s) nutricional
(is)? Justifique sua resposta.
Tanto no peso anterior quanto no peso atual, ela apresentava IMC considerado
ideal, segundo o OMS, porém houve perda de peso não desejada de 7 kg,
portanto:
Adequação de peso:
% Peso usual= 60 x 100= 89,55%
67
Energia:
GET = 25 a 30 Kcal/Kg(peso atual)/dia
Proteína:
2,0 g/Kg/dia em casos de desnutrição ou sepse
Carbo:
Fase aguda> isenta de lactose, controle de mono e dissacarídeos, rica em
fibras solúveis, pobre em fibras insolúveis, fracionada, hipercalórica,
hiperprotéica, hipolipídica
Lipídio:
20% calorias totais (hipolipídica)
Vias de Administração:
A orientação dietética por via oral só é recomendada nos casos em que o
indivíduo se encontra na fase de remissão da doença, para a fase aguda, o
recomendado é seguir a nutrição enteral (NE) ou nutrição parenteral (NP).
Portanto, será seguido com a NE, visto que suas indicações são corrigir ou evitar
desnutrição e promover crescimento; terapia primária para dç Crohn em
atividade; suporte nutricional a longo prazo na SIC. Sendo o caso da paciente em
questão, e suas vantagens são de:
I. diminuição da carga antigênica da dieta;
II. presença de nutrientes moduladores da resposta inflamatória e melhora
da defesa imunológica;
III. evita a atrofia da mucosa intestinal;
IV. custo inferior à NP; pode ser realizada em domicílio;
V. paciente pode desenvolver suas atividades diárias
Para uma melhora clínica e nutricional, deve-se apostar em uma dieta que
contenha nutrientes imunomoduladores, esses nutrientes atuam modulando a
resposta inflamatória, diminuindo-a e mantendo a integridade da mucosa
intestinal. Dentre os nutrientes utilizados nessas dietas e capazes de modular o
sistema imunológico temos a arginina, os ácidos graxos de cadeia curta (acetato,
propionato e butirato) ômega-3, glutamina, prebióticos e antioxidantes (vitamina
E e C). Estudos (MARCOS et al., 2015; ZHANG et al., 2017) citam que a esses
nutrientes, como os ácidos graxos ômega-3, um dos principais nas fórmulas de
imunonutrição, modulam a inflamação e as reações imunológicas nos tecidos,
juntamente da arginina, que não apenas regula positivamente a função
imunológica, mas melhora o equilíbrio do nitrogênio em pacientes em condições
metabólicas, assim como a glutamina, um aminoácido livre abundante no corpo e
desempenha um papel vital na integração da função de barreira intestinal, juntos,
esses nutrientes podem reduzir complicações infecciosas, encurtar a internação
hospitalar e melhorar o prognóstico em certos pacientes, incluindo aqueles
submetidos a cirurgia gastrointestinal.
Referências
MARCOS, Ascensión et al. Inmunonutrición: metodología y aplicaciones.
Nutricion Hospitalaria, [s.l.], n. 3, p.145-154, 26 fev. 2015. GRUPO AULA
MEDICA. http://dx.doi.org/10.3305/nh.2015.31.sup3.8762.
CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto e Idoso. 2 ed., Manole. São Paulo, 2014.