Contrato de Mandato Comercial
Contrato de Mandato Comercial
Contrato de Mandato Comercial
INTRODUÇÃO......................................................................................................................5
I. CONTRATO DE MANDATO COMERCIAL.............................................................6
1.1. Noção de Mandato......................................................................................................6
1.2. Mandato Civil e Mandato Comercial........................................................................7
1.2.1. Características........................................................................................................7
1.3. Subtipos do Mandato Comercial: Gerentes, Auxiliares, Caixeiros e Contrato de
comissão..................................................................................................................................9
1.3.1. Gerente....................................................................................................................9
1.3.2. Auxiliares................................................................................................................9
1.3.3. Caixeiros................................................................................................................10
1.3.4. Contrato de comissão...........................................................................................10
1.4. Espécies de Mandato................................................................................................10
1.4.1. Subespécies do Mandato: Mandato com Representação e Mandato sem
Representação.......................................................................................................................11
1.5. Direitos e obrigações do mandatário e do mandante.............................................12
1.6. Término do contrato de mandato............................................................................13
1.6.1. Revogação.............................................................................................................13
1.6.2. Caducidade...........................................................................................................14
1.7. Outros tipos de Mandato.........................................................................................15
1.7.1. Contrato de mandato forense, incluindo o mandato judicial............................15
CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................17
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INTRODUÇÃO
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I.1. Noção de Mandato
Mandato provem do latim mandatum, de mandare, composto por manus, 'mão' + dare,
'dar': 'dar na mão', no sentido de confiar, encarregar, ordenar, mandar.
O mandato “é o contrato pelo qual uma das partes se obriga a praticar um ou mais
actos jurídicos por conta de outra” (art. 1157º CC). Trata-se de uma relação onde há a
autorização expressa (por meio do voto ou contratual) da pessoa que cede seus poderes
a outrem.
Enquadra-se no âmbito do contrato de prestação de serviços , em que o prestador é o
mandatário. Este age de acordo com as indicações e instruções do mandante quer
quanto ao objecto, quer quanto à própria execução; os serviços são prestados de acordo
com o querido e programado pelo mandante; ao mandatário só é permitido deixar de
executar o mandato ou afastar-se das instruções recebidas nos casos previstos no art.
1162º CC :“O mandatário pode deixar de executar o mandato ou afastar-se das
instruções recebidas, quando seja razoável supor que o mandante aprovaria a sua
conduta, se conhecesse certas circunstâncias que não foi possível comunicar-lhe em
tempo útil”.
É elemento essencial do contrato de mandato que o mandatário esteja obrigado, por
força do contrato, à prática de um ou mais actos jurídicos (art. 1157º CC).
O mandatário vincula-se, à prática de um acto jurídico. O acto jurídico em causa é um
acto jurídico alheio, aparecendo assim, o mandato como um contrato de cooperação
jurídica entre sujeitos.
Quer os actos jurídicos stricto sensu, quer os negócios jurídicos – figuras em que se
desdobra o acto jurídico – podem ser objecto de mandato, estando definitivamente
afastada a doutrina que circunscrevia os actos jurídicos, objecto de mandato, aos actos
negociais. A circunstância de o mandatário ficar adstrito à prática de actos jurídicos não
significa que não possa praticar actos materiais.
Contudo, é por vezes destacado, como elemento autónomo, a necessidade de o
mandatário agir no interesse do mandante. A posição do mandatário é comparada à do
gestor de negócios, que segundo o art. 464º CC “Dá-se a gestão de negócios, quando
uma pessoa assume a direcção de negócio alheio no interesse e por conta do respectivo
dono, sem para tal estar autorizada”.
Conforme decorre dos art.ºs 1170º e 1175º CC, por vezes o mandato é conferido
também no interesse do mandatário ou de terceiro. O mandatário mantém, nesses casos,
o dever de agir por conta do mandante que contínua a ser o dominus; simplesmente,
através da actuação gestora é também perseguida a satisfação de um interesse do gestor
ou de um terceiro.
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I.2. Mandato Civil e Mandato Comercial
O mandato pode ser civil ou comercial. Existe um contrato de mandato comercial
quando uma pessoa (mandatário) se encarrega de praticar um ou mais actos de
comércio por mandado de outrem (mandante). Está especialmente regulado nos arts.
231.º e 266.º do Código Comercial. Este, por sua vez, pode ter vários subtipos:
a) Gerentes de comércio;
b) Auxiliares de comércio;
c) Caixeiros;
d) Contrato de comissão.
Ao passo que, no mandato civil, o mandatário obriga-se a praticar actos jurídicos de
natureza civil (1157.º CC).
Entretanto, é de sublinhar que o mandato previsto no art.º 231.º do CCom é sempre um
mandato com representação. O mandato previsto no art.º 266.º do CCom corresponde ao
mandato sem representação, conhecido por contrato de comissão.
O contrato de mandato comercial presume-se oneroso (art.º 232.º CCom) e o mandato
civil presume-se gratuito (nº 1 do art.º 1158.º do CC : “O mandato presume-se
gratuito, excepto se tiver por objecto actos que o mandatário pratique por profissão;
neste caso, presume-se oneroso” e no nº 2 : “se o mandato for oneroso, a medida da
retribuição, não havendo ajuste entre as partes, é determinada pelas tarifas
profissionais; na falta destas, pelos usos; e, na falta de umas e outros, por juízos de
equidade”).
I.2.1. Características
Quando se fala em qualquer instituto jurídico, contratual ou não, é sempre elementar
trazer suas características e sua natureza jurídica, o que não poderia ser diferente com o
mandato. Assim, é o mandato contrato consensual; personalíssimo; em parte gratuito e
unilateral, quando se tratar de mandato civil; oneroso e bilateral, no caso do mandato
comercial; e não solene. Agora, analisar-se-á cada uma dessas características.
O contrato é consensual, pois independe para o seu aperfeiçoamento da entrega do
objeto do contrato, aperfeiçoando-se tão somente pelo acordo de vontades entre as
partes, lê-se, seu consenso; é personalíssimo, pelo facto de decorrer de características da
pessoa do mandatário, ou seja, é firmado em torno da confiança, da ideia de lealdade e
responsabilidade depositadas no mandatário. Pode ser unilateral, haja vista que não se
estipula quando gratuito for, obrigações para o mandante, mas tão somente para o
mandatário, não obstante os casos em que for oneroso, tornando-se bilateral; é ainda não
solene, pois, possibilita que o contrato seja firmando de forma verbal ou de forma tácita.
O Código Civil, no capítulo do mandato, não estabelece quaisquer exigências em
matéria de forma desse contrato; assim sendo, parece vigorar neste domínio o princípio
da liberdade de forma, consagrado no art. 219º CC “A validade da declaração negocial
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não depende da observância da forma especial, salvo quando a lei a exigir”; portanto,
prima facie, o contrato de mandato é essencialmente um contrato consensual.
O contrato de mandato caracteriza-se por ser um contrato consensual, salvo o caso do
mandato judicial regulado no Código de Processo Civil. Coisa distinta será a forma da
procuração: não obstante o mandato ser consensual, isto é, não carecer de forma
especial, quanto à procuração vale um princípio de equiparação em relação ao acto
jurídico a praticar ou para o qual são atribuídos poderes representativos: a procuração
deverá revestir a forma exigida para o negócio que o procurador deva realizar (art.262.º,
n.º2, CC).
Segundo o art. 262º/2 CC “salvo disposição legal em contrário, a procuração revistará
a forma exigida para o negócio que o procurador deva realizar”.
Dado o regime do art. 262º/2 CC não será de fazer uma diferenciação de regime, em
matéria de forma, consoante o mandato seja representativo ou não representativo: de
acordo com esta distinção, por força da remissão do art. 1178º/1 CC “Se o mandatário
for representante, por ter recebido poderes para agir em nome do mandante, é também
aplicável ao mandato o disposto no artigo 258º e seguintes”, quando o mandato fosse
representativo aplicar-se-ia a regra do art. 262º/2 CC; no caso contrário, o contrato
seria consensual, a não ser que a lei estabelecesse o contrário.
E quanto ao mandato não representativo, o Código Civil não impõe, expressamente,
uma forma específica para o mandato, em função do acto a praticar, como faz na
procuração (art. 262º/2 CC). Mas tal circunstância não resolve, pelo menos de imediato,
a questão no sentido da consensualidade do contrato, pese embora o princípio da
liberdade de forma e a correlativa excepcionalidade das disposições que impõem uma
determinada forma para certos contratos. No mandato para adquirir, perfilhada que seja
a tese da dupla transferência sucessiva, o mandato alberga a obrigação típica de um
pactum de contrahendo, pelo que estará sujeito à exigência de forma decorrente do
disposto no n.º 2 do art. 410º CC “Porém, a promessa relativa à celebração de contrato
para o qual a lei exija documentos, quer autêntico, quer particular, só vale se constar
de documento assinado pelos promitentes”.
Não deve confundir-se forma do mandato com forma da procuração, embora
frequentemente o mandato venha subentendido na procuração; ou esta nele. O contrato
de mandato é ainda nominado, típico, obrigacional quanto aos seus efeitos, e
normalmente de execução instantânea, embora possa não sê-lo. É ainda possível a
formulação de um mandato colectivo (nos termos do artigo 1173º do CC), este
mandato é conferido por várias pessoas e para assunto de interesse comum. Neste
mandato a revogação só produzirá os seus efeitos se realizada por todos os mandantes.
O mandato pode ser sinalagmático quando dê lugar a obrigações recíprocas ou não
sinalagmático quando do mesmo apenas decorram obrigações para o mandatário, e
pode ser conferido de forma unilateral, como é o caso de recusa do mandato comercial
por parte do comerciante (art.º 234.º do CCom). Quando o mandato é gratuito pode vir a
revelar-se como sinalagmático imperfeito, uma vez que o mandante fica adstrito ao
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cumprimento das obrigações referidas no art. 1167º c) d) CC, as quais têm carácter
acidental, nascendo de factos posteriores à constituição do vínculo de gestão.
I.3.1. Gerente
Conforme o artigo 248º do CCom, é gerente de comércio todo aquele que, sob qualquer
denominação, consoante os usos comerciais, se acha proposto para tratar do comércio
de outrem no lugar onde este o exerce ou noutro qualquer.
O mandato conferido ao gerente, verbalmente ou por escrito, enquanto não registado,
presume-se geral e compreensivo de todos os actos pertencentes e necessários ao
exercício do comércio para que houvesse sido dado, sem que o proponente possa opor a
terceiros limitação alguma dos respectivos poderes, salvo provando que tinham
conhecimento dela ao tempo em que contrataram (artigo 249ºCCom).
Os gerentes tratam e negoceiam em nome de seus proponentes: nos documentos que nos
negócios deles assinarem devem declarar que firmam com poder da pessoa ou sociedade
que representam. (Artigo 250º CCom).
Segundo o artigo 253º do CCom, nenhum gerente poderá negociar por conta própria,
nem tomar interesse debaixo do seu nome ou alheio em negociação do mesmo género
ou espécie da de que se acha incumbido, salvo com expressa autorização do proponente.
Se o gerente contrariar a disposição deste artigo, ficará obrigado a indemnizar de perdas
e danos o proponente, podendo este reclamar para si, como feita em seu nome, a
respectiva operação.
O gerente pode accionar em nome do proponente, e ser accionado como representante
deste pelas obrigações resultantes do comércio que lhe foi confiado, desde que se ache
registado o respectivo mandato (artigo 254º). As disposições precedentes são aplicáveis
aos representantes de casas comerciais ou sociedades constituídas em país estrangeiro
que tratarem habitualmente no reino, em nome delas, de negócios do seu comércio
(artigo 255º CCom).
A morte do proponente não põe termo ao mandato conferido ao gerente (artigo 261º
CCom).
A revogação do mandato conferido ao gerente entender-se-á sempre sem prejuízo de
quaisquer direitos, que possam resultar-lhe do contrato de prestação de serviços (artigo
262º CCom).
I.3.2. Auxiliares
Conforme previsto art. 256º do CCom, os comerciantes podem encarregar outras
pessoas, além dos seus gerentes, do desempenho constante, em seu nome e por sua
conta, de algum ou alguns dos ramos do tráfico a que se dedicam, devendo os
comerciantes em nome individual participá-lo aos seus correspondentes. As sociedades
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que quiserem usar da faculdade concedida neste artigo, devem consigná-la nos seus
estatutos.
Os auxiliares não encarregados de um desempenho constante em nome e por conta dos
comerciantes de algum (s) dos ramos de tráfico.
I.3.3. Caixeiros
Segundo o artigo 259º do CCom, os caixeiros encarregados de vender por miúdo em
lojas reputam-se autorizados para cobrar o produto das vendas que fazem: os seus
recibos são válidos, sendo passados em nome do proponente. As mesmas faculdades
têm os caixeiros que vendem em armazém por grosso, sendo as vendas a dinheiro de
contado e verificando-se o pagamento no mesmo armazém; quando, porém, as
cobranças se fazem fora ou procedem de vendas feitas a prazo, os recibos serão
necessariamente assinados pelo proponente, seu gerente ou procurador legitimamente
constituído para cobrar.
Quando um comerciante encarregar um caixeiro do recebimento de fazendas
compradas, ou que por qualquer outro título devam entrar em seu poder, e o caixeiro as
receber sem objecção ou protesto, a entrega será tida por boa em prejuízo do
proponente; e não serão admitidas reclamações algumas que não pudessem haver lugar,
se o proponente pessoalmente as tivesse recebido (artigo 260º CCom).
Não se achando acordado o prazo do ajuste celebrado entre o patrão e o caixeiro,
qualquer dos contraentes pode dá-lo por acabado, avisando o outro contraente da sua
resolução com um mês de antecedência. § Único. O caixeiro despedido terá direito ao
salário correspondente a esse mês, e o patrão não será obrigado a conservá-lo no
estabelecimento nem no exercício das suas funções (artigo 263º CCom).
I.3.4. Contrato de comissão
Segundo o artigo 266º CCom, dá-se contrato de comissão quando o mandatário executa
o mandato mercantil sem menção ou alusão alguma ao mandante, contratando por si e
em seu nome, como principal e único contraente.
Entre o comitente e o comissário dão-se os mesmos direitos e obrigações que entre
mandante e mandatário, com as modificações constantes deste capítulo (artigo 267º
CCom). O comissário fica directamente obrigado com as pessoas com quem contrata,
como se o negócio fosse seu, não tendo esta acção contra o comitente, nem este contra
elas, ficando, porém, sempre salvas as que possam competir, entre si, ao comitente e ao
comissário (artigo 268º CCom).
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ajuste das partes, é determinada pelas tarifas profissionais, pelos usos, ou por juízos de
equidade (art. 1158º/2 CC).
O mandante tem a obrigação de reembolsar o mandatário de despesas feitas, com juros
legais desde que foram efectuadas (art. 1167º-c CC). Os juros são compensatórios e
não moratórios, pois não há por parte do mandante a falta de cumprimento de uma
obrigação. Por último, o mandante é obrigado a indemnizar o mandatário dos prejuízos
sofridos em consequência do mandato. Esta obrigação não depende de culpa do
mandante (responsabilidade objectiva).
O mandatário goza do direito de retenção sobre as coisas que tenha em seu poder para a
execução da gestão, pelo crédito proveniente desta (art. 755º/1-c CC).
Introduz um regime especial na perfeição do contrato- o silêncio vale como aceitação do
mandato. Pressupõe que mandatário aceitará o mandato, uma vez que faz dele profissão
e é remunerado. Não querendo aceitar, deve comunicá-lo o mais depressa possível, e
praticar as diligências indispensáveis para a conservação de mercadorias (será
indemnizado destes gastos pelas regras do enriquecimento sem causa). Deve recorrer a
tribunal para que se ordene o depósito e segurança das mercadorias. Apesar da
expressão “comerciante” (devida ao facto de serem os comerciantes os que na grande
maioria dos casos exercem o mandato mercantil), as obrigações também se estendem a
não comerciantes.
I.6.1. Revogação
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para a revogação de mandatos por tempo indeterminado, por semelhança com o art 263
CCom), quanto ao por tempo determinado, ou para determinado assunto (no que toca a
este tipo de mandatos, o art 245 CCom inovou apenas ao prever expressamente a
possibilidade de uma pena convencional). 4.a obr de indemnização pela revogação sem
antecedência conveniente não se circunscreve ao mandato oneroso.
O mandato de interesse comum não pode, em princípio, ser revogado unilateralmente,
apenas se houver acordo do outro interessado, ou justa causa. Conforme o art.
1171 CC, a revogação tácita está dependente do conhecimento da designação pelo
mandatário. Este regime tem natureza supletiva, pois a outra nomeação pode ter o
propósito de provocar uma actuação disjunta dos mandatários (art. 1160 CC).
O art. 245 CCom é um regime especial face ao regime civil, devido à natureza
comercial da figura – a indemnização é assegurada desde que a revogação seja
injustificada.
I.6.2. Caducidade
Para Janurário C. Gomes, o art 246º CCom pressupõe caducidade, mas esta não é
regulada especialmente pelo direito comercial, aplicando-se o regime civil da
caducidade do mandato. Contudo, o art 246º CCom é uma disposição especial, pois
assenta no carácter de instituto profissional do mandato comercial, sendo prevista uma
autêntica compensação (e não indemnização), tutelando as expectativas do mandatário,
dos seus herdeiros ou representante (ver o art 1174º b) CC).
O arti 246º CCom abrange a inabilitação do mandante (interpretação extensiva); era
intenção do legislador contemplar todas as situações de caducidade do mandato. No
caso de o mandato ser estabelecido por tempo indeterminado, a compensação não pode
ser proporcional, logo, o Prof. propõe uma compensação equitativa.
No 1174º CC, a natureza pessoal da relação de mandato justifica a não transmissão das
posições do mandante e do mandatário.
O mandato não caduca quando tenha sido conferido também no interesse do mandatário
ou de terceiro (interesse comum determina excepção à livre revogabilidade, repete-se
solução na caducidade); no mandato de interesse simples, a caducidade só opera a partir
do momento em que seja conhecida do mandatário, mas se da caducidade resultarem
prejuízos para o mandante ou para os herdeiros, o mandatário deve continuar com o
mandato, embora não tenha nem o direito, nem o dever de continuar com a execução até
ao cumprimento integral do mandato ( art 1175º CC).
No 1176º CC considera que herdeiros, ou representante, devem prevenir o mandante e
tomar as providências adequadas, e apenas serão responsabilizados pelo não
cumprimento destas obrigações se tiverem culpa (p.e., se conheciam a existência do
mandato); no 1176º, 2) CC, a incapacidade natural das mesmas obrigações do nº1
recaem sobre as pessoas que convivem com o mandatário, estando estas
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responsabilizadas pessoalmente, dependendo da sua culpa, da mesma forma que os
herdeiros e o representante.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Pinto, Mota em “Teoria Geral do Direito Civil”, 2ª ed. actualizada, Coimbra Editora,
pág. 404.
Código Civil angolano
Código Comercial angolano
Website:
- Dizionario Etimologico, mandato e mandare
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