R - e - Carolina Presotti Almeida
R - e - Carolina Presotti Almeida
R - e - Carolina Presotti Almeida
MÍDIAS SOCIAIS:
O relacionamento entre marcas e consumidores na era pós-digital
CURITIBA
2017
CAROLINA PRESOTTI ALMEIDA
MÍDIAS SOCIAIS:
O relacionamento entre marcas e consumidores na era pós-digital
CURITIBA
2017
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MÍDIAS SOCIAIS:
O relacionamento entre marcas e consumidores na era pós-digital
RESUMO
A internet e as redes sociais mudaram as formas com as quais as empresas e seus
consumidores se relacionam. Este estudo pretende mostrar como essa forma de se
comunicar foi afetada, assim como os principais conceitos de comunicação e
marketing se moldaram de acordo com o meio digital, proporcionando um
relacionamento mais próximo entre clientes e organizações. Para tal, foram
estudados diversos autores e definições acerca de marketing, marca e comunicação.
ABSTRACT
Internet and social media have changed the ways in which businesses and consumers
relate. This study intends to show how this way of communicating was affected; also
the main concepts of communication and marketing that were shaped according to
digital media, providing a closer relationship between clients and organizations. For
that, several authors and definitions related to marketing, branding and communication
were studied.
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
4 - E-mail marketing.
5 - Publicidade online.
6 - Pesquisa online.
7 - Monitoramento.
Kotler (2010) explica que, na internet, a base do marketing é a mesma:
• Conhecimento do mercado – Análise do macro e microambientes (como cada
variável influencia o comportamento do consumidor digital);
• Identificação e conhecimento do público digital, das necessidades e dos objetivos
de marketing digital;
• Escolha do posicionamento digital da marca/produto/serviço;
• Oferta (considerar sempre o composto de marketing: produto, preço, praça e
promoção);
• Estratégias digitais e implementação;
• Controle, acompanhamento e avaliação dos resultados.
Para desenvolver o trabalho em marketing digital, Gabriel (2010) lista sites,
aplicativos móveis, blogs e redes sociais, entre outros, como ferramentas de
ambientes digitais, que devem ser consideradas plataformas estratégicas.
segundo Recuero, sites de mídias sociais foram definidos por Boyd & Ellison (2007)
como aqueles sistemas que permitem: “i) a construção de uma persona através de
um perfil ou página pessoal; ii) a interação através de comentários e iii) a exposição
pública da rede social de cada ator.”
É possível que algumas empresas entraram nas mídias sociais para afirmar a
imagem de “antenadas” ou modernas para o mercado. Entretanto, os consumidores
passaram a exigir mais do que a presença nas mídias. Eles reivindicavam
informações mais detalhadas, além de cobrar um atendimento mais adequado nesses
ambientes, como interatividade ou agilidade. Sandi (2007) afirma que a decisão de
uma empresa estar presente na internet não pode ser “sustentada pelo modismo”,
pois assim, sites e redes sociais empresariais podem cair no ostracismo, sem
interação com usuários. Segundo o autor, os leitores e consumidores são exigentes
e, por isso, a empresa tem que estar disposta a criar uma estratégia eficaz.
Para Miranda (2009) a soma de benefícios da comunicação mediada
pelos canais de mídias sociais, passa por fatores como eficácia, alcance,
interatividade e custos mais baixos. Porém, a agilidade das respostas não é o
ponto principal desse novo tipo de relacionamento: os consumidores procuram
respostas consistentes e efetivas, que o satisfaça ou solucione seu problema.
As mudanças constantes proporcionadas pela internet são, segundo Santos e
Andreoli (2015), um grande desafio para as organizações. Para os autores, é
imprescindível que as empresas estejam atentas e se adequem a tais mudanças.
Forni (2013) ressalta que uma organização que não está presente na internet
é considerada uma empresa obsoleta. Para o autor, as marcas precisam muito mais
do que possuir uma página nas redes sociais: é preciso interagir e criar vínculos e
relacionamento com o público.
O uso dessas plataformas digitais fez com que as organizações repensassem
no marketing de relacionamento. Segundo Kotler (2009), o processo de compra e
venda sofreu grande influência com o surgimento dos computadores e da internet.
Para Torres (2009), a internet é um agente de grande interferência no marketing
empresarial. O autor aponta que mesmo que a organização não faça um investimento
financeiro nesse meio, ela sofrerá influência de qualquer maneira.
Para Coutinho (2007) as organizações possuem conhecimento da efetividade
das redes sociais e as utilizam para se relacionar com seus públicos, mas segundo
ele, não há um modelo padrão para a interação no ambiente digital. Dessa maneira,
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O inocente "Para atingir este público você deve utilizar o Shampoos Johnson's
apelo aos conceitos de bondade, simplicidade Baby, produtos de limpeza
e pureza. O inocente vive busca adequar seu Veja
estilo de vida a um modo mais natural e
simples, de modo que possa exercer a sua
plenitude e vivenciar o paraíso. Ele quer ser
livre para ser ele mesmo, sem as convenções
da sociedade e nem rótulos, ele tem muita
disposição e a esperança de retornar à sua
vida quase infantil, pura, sem as preocupações
da vida moderna".
O sábio "Buscar a verdade suprema que vai libertá-lo e Discovery Channel, CNN
viver plenamente é o objetivo do Sábio. Através
do conhecimento de processos e dos fluxos de
informação ele deseja controlar, mensurar,
avaliar e validar. É o arquétipo especialista,
porém metódico e detalhista. Ele se identifica
com marcas / produtos que instiguem sua
criatividade, aptidões intelectuais e tudo o que
o faça pensar e raciocinar."
O herói "Um perfil de consumidor que é dinâmico, veloz Nike, Cruz Vermelha,
e ágil. As marcas que pretendem explorar este Fedex
arquétipo precisam oferecer produtos que
estejam ligados à aptidões e competências, ou
que ofereçam desafios ligados ao perigo e à
velocidade. O herói é disciplinado e tem
orgulho disso, foca seu esforços em ser
sempre o melhor e o que mais se destaca por
suas escolhas difíceis. Assim realiza sua
necessidade primária, protegendo os demais e
fazendo tudo o que precisa ser feito. "
O fora da lei "Fiel a seus próprios valores, e não aos valores Apple, RedBull, Jack
vigentes, o fora da lei é um ser carente por Daniels
natureza, ele precisa chamar atenção para si,
mesmo que para isso seja preciso cometer
crimes, chocar e humilhar. Seu comportamento
é sarcástico e cínico, para tentar desequilibrar
a situação e ter o poder a seu favor.
O fora da lei é geralmente um desajustado, e
sempre é desprezado pelas pessoas que
possuem regras ou juízo. Ele não quer ser
adorado, e sim temido. Seu habitat é escuro e
fica nos lugares distantes da civilização.
Frequentemente está associado ao uso de
drogas ou às gangues violentas. Para
compreender seu apelo é necessário ter em
mente que durante as fases de grande
mudança em nossas vidas (Adolescência e
Meia-idade) nossa psiqué está muito ligada à
morte, que neste caso tem o sentido de
renovação. Por isso é comum estas faixas de
público possuírem uma associação positiva
com o arquétipo do fora-da-lei, através de seus
símbolos de mudança."
O cara comum "O cara comum é o mais democrático do Toyota, Hering, Brahma
arquétipos, e está presente em diversos
segmentos da sociedade. Freqüentemente
associado aos sentimentos amenos e
tranqüilos, estas pessoas não expõem suas
convicções e assim preservam sua identidade
na multidão. Elas não querem se destacar, e
sim se enquadrar num esquema comunitário
em que se sintam parte integrante de maneira
efetiva. Correm sempre o risco de manipulação
ao seguirem o grupo, muitas vezes anulando
suas vontades e desejos."
O amante "Nos tempos atuais este arquétipo está Chanel, Victoria`s Secrets
fortemente associado a diversas marcas,
principalmente no universo da moda e da
beleza estética. Caracteriza-se pelo culto ao
belo e pela valorização do romance e do sexo,
através da invocação de tudo o que manifeste
a atração física e a admiração corporal. O
amante evoca também a elegância, o lúdico e
o erótico além de diversos prazeres efêmeros."
O criador "Quando o arquétipo do Criador está ativo nos Cosméticos MAC, Faber
indivíduos, estes se sentem compelidos a criar Castell
ou inovar – caso contrário, sufocam. No
marketing praticamente todas as pessoas
possuem uma forma de expressão por meio da
criatividade, sendo esta exposta por meio de
atividades como pintura, artes plásticas,
escultura, decoração e outras mais. Os
produtos do Criador tendem a prestar alguma
assistência às pessoas em tais afazeres. A
associação com este arquétipo fornece, ainda,
uma evocação de status a seus produtos.
Muitos produtos caros, como móveis,
esculturas e tapetes, são negociados
recorrendo-se ao arquétipo do Criador."
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3 METODOLOGIA
Este artigo científico será desenvolvido a partir de observações e
levantamentos bibliográficos. A partir dessas informações, espera-se fazer uma
análise de como a internet alterou a forma com que as empresas e os públicos se
relacionam.
Os dados coletados serão analisados de forma qualitativa, a fim de interpretar
o conteúdo recolhido. Além disso, alguns casos serão utilizados para ilustrar essa
interação e como esse relacionamento pode agregar ou prejudicar a imagem de uma
marca. O critério de seleção será feito de forma em que sejam contemplados
exemplos que trouxeram tanto resultado positivo quanto negativo para a marca.
Será analisado o Facebook da marca Lola Cosmétics. O período de análise foi
de maio de 2017.
4 ANÁLISE
Tipos de postagens:
Linguagem
A linguagem coloquial da Lola Cosmetics é uma importante ferramenta não só de
aproximação e interação com o público, mas também de adequação e coerência com
as características de personalidade da marca.
O uso de gifs, memes, imagens e emoticons nas respostas geram maior envolvimento
e aproximação entre a Lola e suas consumidoras, que acabam enxergando-a muito
mais como uma amiga divertida do que uma marca de cosméticos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde a ascensão da internet, as relações entre marcas e consumidores
sofrem mudanças. Muito mais do que um canal de divulgação, a internet tornou-se o
principal meio de interação entre uma marca e seu público. Mas para que esse
relacionamento seja efetivo, é necessária a aplicação de estratégias de marketing
para que os consumidores possam não só conhecer, mas também confiar e comprar
devida marca.
Além de modernidade, a internet trouxe aproximação e informalidade nas
relações tanto humanas como comerciais. Se pensarmos em um contexto
comunicacional que antecede à internet, seria inviável o tipo de relacionamento
proposto pela Lola Cosmetics. A internet proporcionou todo um contexto de
linguagem, interação e personalidade de marca para que a empresa formulasse sua
identidade e fosse compreendida tão bem pelas suas consumidoras. Seria possível
que a identidade da marca e toda sua estratégia fosse compreendida na década de
1990? Os consumidores entenderiam a proposta da marca se a comunicação
dependesse apenas de comerciais de TV, cartas ou atendimento telefônico?
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