16 Agricultura - EsPCEx
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Figura 1. Líderes globais em US$, 2014. Fonte: OMC. *inclui os 28 países da União Européia e os países
que não estão no bloco.
União Européia
Os dois países mais importantes da União Européia, França e Alemanha,
representam a importância do bloco econômico no cenário agrícola
internacional.
O bloco econômico da União Européia tem uma Política Agrícola Comum (PAC)
desde 1962 e desenvolve políticas de protecionismo e concede subsídios
agrícolas a seus produtores a fim de não os deixar sujeitos às leis de mercado
internacional quando isso possa prejudicar sua agricultura. Ademais, no
mercado internacional e nas negociações sobre comércio agrícola a União
Européia, constituída por 27 países, vota como um membro só com objetivos de
autoproteção da concorrência externa.
As características da PAC
- ‘’Unificação do mercado comunitário e garantia de preços mínimos para cada
produto.
- Preferência de compra pata produtos europeus.
- Fixação de tarifas comuns para as importações extracomunitárias.’’ Segundo
Demétrio Magnoli.
Estados Unidos
O Estados Unidos é o maior exportador agrícola do planeta quando
consideramos os países isoladamente. Entretanto, concorre com a União
Europeia nesse quesito.
Os cinturões
Fruit Belt: cinturão das frutas. Os climas úmidos costeiros são aproveitados para
produção de laranja e cana-de-açúcar, seja na Califórnia, seja na Flórida.
Figura 3. Líderes globais em US$, 2014. Fonte: OMC. *inclui os 28 países da União Européia e os países
que não estão no bloco.
Essa lei institui que o acesso à terra se dará a partir da compra e da venda ou
por doação do Estado. Os já proprietários receberam o lote do governo como
título de proprietário.
Há uma série de críticas à lei, promulgada por D. Pedro II, porque o País era
escravocrata e os ex-escravizados não tiveram acesso à propriedade rural,
tampouco os escravizados que só seriam libertos em 1888 com o advento da Lei
Áurea. Além disso, a estrutura fundiária foi mantida e as melhores terras (em
termos de solo, topografia etc.) ficaram concentradas nas mãos de antigos
proprietários que as legaram, como herança a seus familiares, perpetuando a
grande concentração fundiária do País.
Ligas Camponesas
Sob a égide do Partido Comunista do Brasil (PCB) nos anos 1940, em pleno
Estado Novo (1937-1945), as ligas camponesas iniciaram movimentos no campo
brasileiro a fim de pressionarem os latifundiários para que houvesse uma
Reforma Agrária. As ligas camponesas teriam sido importantes na defesa dos
trabalhadores rurais. As perspectivas políticas das reformas propostas pelo
movimento camponês e por um dos líderes do movimento, o deputado Francisco
Julião, foram associadas ao socialismo. Destaque-se que na década de 1960
estávamos em plena Guerra Fria e a revolução em Cuba certamente serviam,
aos críticos de reformas no campo, como argumentos contrários aos líderes das
ligas camponesas.
‘’Um ponto importante do texto da lei foi o que determinou que os pequenos proprietários, os
parceiros, os meeiros e os arrendatários deixariam de ser considerados empregadores e,
juntamente com os assalariados agrícolas, passariam a integrar a Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura (Contag), criada em dezembro de 1963 e reconhecida pelo governo
em janeiro de 1964 de acordo com as diretrizes do Estatuto do Trabalhador Rural. A estrutura
vertical vigente no sindicalismo urbano também foi mantida: na base, os sindicatos, de âmbito
municipal, em seguida as federações, de âmbito estadual, e finalmente a confederação, de
âmbito nacional.’’ Fonte: Sérgio Lamarão e Leonilde de Medeiros. Verbete da FGV.
MST
Fundado no fim do Regime Militar, em 1984, o Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra foi o grande protagonista a respeito dos debates sobre
Reforma Agrária no Brasil no final dos anos 1980 e ao longo da década de 1990.
O caso do arroz é curioso, pois a maior produção, do tipo arroz irrigado, é no Rio
Grande do Sul em planícies alagadiças dos rios Jacuí e na Campanha Gaúcha.
Há o caso da produção de arroz de sequeiro que se expandiu para o Cerrado
nacional, MT e GO.
Figura 8. Laranjais no Brasil. Destaque-se que em S. Paulo a produção ocorre em pequenas e médias propriedades.
De longe o estado campeão na produção de laranja no Brasil é São Paulo. A
produção abastece o mercado interno e externo e ocorre em pequenas e médias
propriedades familiares. As regiões próximas às cidades de Araraquara, São
José dos Campos, Matão, Bebedouro e Taquaritinga são os grandes polos
produtores no Estado paulista.
A longa marcha do café: São Paulo ainda hoje produz muito café. Entretanto,
houve grande migração da produção deste produto para outras regiões do país
ao longo dos anos.
O café foi durante décadas o mais importante produto nacional em nossa pauta
de exportações, mas ainda hoje não perdeu importância no comércio
internacional. Conforme se observa no mapa acima até meados de 1850 o café
era produzido no Vale do Paraíba paulista e fluminense. Destacam-se
importantes cidades nessa região como Taubaté (SP), e Resende (RJ).
A partir de 1850 até meados de 1900 houve expansão cafeicultora para regiões
como Pouso Alegre e Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, bem como para o
interior do Estado paulista nas proximidades de Campinas, Sorocaba e Jundiaí.
De Jundiaí partiram milhares, quiçá milhões, de toneladas de café ao porto de
Santos pela Estrada de Ferro Santos-Jundiaí.
No final do século XIX o café seguia importante marcha para o Oeste Paulista
em polos importantes como Rio Claro, Araraquara e Ribeirão Preto. Ainda no
século XIX o café avançou para o nordeste da região Sudeste e ganhou os
terrenos do Espírito Santo.
Nos anos 1970 o avanço da soja para o estado do Paraná ocorreu por uma série
de fatores naturais e econômicos e ocupou antigas regiões produtoras de café,
a exemplo de Maringá no centro-norte do estado. O café é um cultivo
permanente, mas sofre com as geadas – congelamento do orvalho na superfície
das folhas das plantas – e acaba ‘’queimando’’. Em outras palavras, o café é
perdido com as geadas, a soja não. Não é por acaso que o café migra, nos anos
1950-1970 para o sul mineiro.