Ciencia Politica - Altrino
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FACULDADE DE DIREITO
Código
81232152
Nampula, aos 31 de Abril de 2023
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Nome:
Código
81232152
Introdução...............................................................................................................................4
1. Breve conceptualização.......................................................................................................5
1.1. A globalização..................................................................................................................5
2. História da globalização......................................................................................................6
Conclusão..............................................................................................................................13
Bibliografia...........................................................................................................................14
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Introdução
O termo globalização foi cunhado e passou a ser amplamente utilizado durante a sua
terceira fase, mais especificamente a partir da década de 1980. É caracterizada como um
sistema onde as relações sociais e de interdependência a nível mundial, são cada vez mais
fortes. No entanto a globalização faz com que haja uma estreita relação entre o global e o
local, pois é um fenómeno que afecta a nossa vida quotidiana.
Neste trabalho buscamos discutir a globalização sob olhar da ciência política, apresentando
certos conceitos em que a globalização se alavanca. Enquanto ela se mostra como um
fenómeno que abrange todo mundo, criando vias para que o mundo seja um lugar próximo
um do outro, seja a nível económico, político assim como cultural.
Portanto, nota-se hoje em dia os efeitos da diminuição das barreiras comerciais entre países
são bem visíveis na imensa variedade de produtos que temos ao nosso dispor no
supermercado. Mas a expressão da globalização não se fica por aqui, pode-se dizer que o
facto de termos acesso a informação de qualquer ponto do mundo, através de meios
impessoais como a internet, sem que haja fronteiras de espaço e tempo e de contactarmos
com diversas culturas faz com que tenhamos uma visão diferente do mundo e de nós
próprios, permitindo assim os governos terem novas visões políticas de governação.
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1. Breve conceptualização
1.1. A globalização
Esse processo não ocorreu de forma homogênea no globo, logo apresenta pontos positivos e
negativos, e os movimentos antiglobalização expressam a sua insatisfação com a
acentuação das desigualdades mundiais.
Como todas as ciências sociais, sua abordagem do objeto de estudo é teórica e qualitativa,
utilizando diversas ferramentas comuns a este tipo de ciências não exatas. E muitas vezes
ele pega emprestado de outras áreas do conhecimento, como economia, sociologia ,
psicologia, etc.
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2. História da globalização
As Grandes Navegações talvez tenham sido o primeiro passo para o mundo se tornar
globalizado. Foi um período de procura por novos locais para fazer comércio e explorar
territórios que aconteceu entre os séculos XV e XVII. Era o início da construção de um
comércio global, além do continente europeu, com as trocas comerciais se expandindo
internacionalmente, principalmente para as Américas e para a África.
Naquela época, a Itália tinha o monopólio da rota pelo Mar Mediterrâneo para a Índia,
grande fornecedora de especiarias (produtos utilizados para temperar e conservar alimentos,
elaborar medicamentos, cosméticos e outros produtos de farmácia). Dessa forma, os
italianos cobravam o preço que desejassem para revender tais mercadorias.
Por isso, havia a intenção, por parte de outros países como Espanha e Portugal, de romper
com o monopólio, encontrando um novo caminho para as Índias Orientais (sudeste
asiático). Além disso, “existia o interesse por descobrir novas terras com o objetivo de
encontrar, possivelmente, metais preciosos, produtos agrícolas ou pessoas para catequizar a
religião católica nas regiões descobertas. Dava-se início à chamada “Era dos
Descobrimentos”, financiada pelas coroas portuguesa e espanhola, em aliança com suas
respectivas burguesias” (Santos 2003, p. 48).
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Esse período levou ao desenvolvimento da cartografia, à mudança do eixo do comércio
mundial do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico, à chegada dos europeus na
América, incluindo o Brasil, e à evolução do comércio a nível internacional.
Apesar do aumento das trocas comerciais, os recursos disponíveis nos séculos XV a XVII
eram muito diferentes dos que surgiram com a Terceira Revolução Industrial no século XX.
Na Era das Navegações, tecnologias como caravelas, bússolas, pólvora e a invenção da
imprensa foram importantes para as conquistas. A partir do século XX, surgem contextos
político-econômicos, culturais e tecnológicos mais favoráveis à globalização.
De acordo com Dutra (2004), globalização é um processo que se deu ao longo da história
por meio de quatro fases bastante específicas.
1ª fase: corresponde ao período das Grandes Navegações. Ela marcou o início das relações
comerciais mundiais em larga escala, com a comercialização de diversos bens pelas
potências dominantes da época. O acúmulo de capital gerado nesse período foi um dos
precursores da Primeira Revolução Industrial.
2ª fase: essa fase da globalização teve início na Segunda Revolução Industrial, por meio do
desenvolvimento de novas tecnologias produtivas, especialmente em áreas de transportes,
comunicações e fontes de energia. As tecnologias advindas desse período propiciaram a
maior dinamização do comércio. Nesse momento houve o crescimento da industrialização e
da urbanização mundial.
3ª fase: iniciada após a segunda metade do século XX, essa fase ocorreu com o advento da
Terceira Revolução Industrial. Esse período da globalização foi marcado pelo
desenvolvimento de altas tecnologias, em campos como a informática e a robótica, que
contribuíram de maneira decisiva para a industrialização mundial. Nessa fase houve a
ascensão das chamadas empresas transnacionais e do meio técnico-científico informacional.
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tecnológico e científico em diversos campos da sociedade. Essa fase é marcada pela
hegemonia do sistema capitalista de produção em quase todo o globo e pela forte integração
cultural entre os países.
A expansão do capitalismo moderno pelo mundo deu início à globalização, mas esse
fenômeno não ficou restrito somente a essa esfera. Como foi mencionado, o
aperfeiçoamento técnico da comunicação e dos transportes propiciou novos vínculos
territoriais, permitindo-nos distinguir, para fins metodológicos, ao menos dois diferentes
tipos de globalização.
Ela é caracterizada pela massiva presença das empresas transnacionais pelo globo, pela
padronização da produção e sobretudo pela fragmentação das cadeias produtivas, derivada
da modernização tecnológica das comunicações.
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2.2.2. Globalização cultural
Este processo contribui para o acesso aos meios de comunicação pelo barateamento das
tecnologias e dos métodos de produção. Um dos ícones da globalização é a Internet, a rede
planetária que conecta computadores. Ela se tornou possível graças a pactos entre
diferentes entidades públicas e privadas por todo mundo.
Deste modo, a língua inglesa torna-se fundamental na Internet, como uma forma rápida
eficiente para se relacionar com pessoas de outros países. No entanto, não deixa de ser uma
forma de colonização cultural, pois outros idiomas e expressões culturais são deslocados ou
subvalorizados.
Sendo assim, considerando as diversas facetas da globalização, pode-se afirmar que são
vantagens desse processo:
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A elevada difusão de conhecimento, tecnologias e serviços que permitiram a
melhoria da qualidade de vida da população;
A divulgação de hábitos culturais de diversas sociedades, por meio da difusão
tecnológica, especialmente a partir do advento da internet;
O aumento da produção de riqueza em nível mundial, com o desenvolvimento
econômico dos mercados globais.
Um fator constante na Ciência Política, e que é ligado à ideia de cidade, é a reflexão sobre o
significado da cidadania.
De acordo com o historiador americano Moses Finley citado por Bobbio (1998), na Grécia
(onde a história política teria se iniciado, segundo a tradição ocidental), entendia-se que a
cidade era moldada e viabilizada pelos cidadãos: havia um governo e um conjunto de
normas, como em várias outras sociedades, mas o seu principal diferencial se encontrava na
não existência de uma autoridade soberana: a fonte de autoridade era a própria comunidade.
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O filósofo político italiano Nicolau Maquiavel, considerado um dos fundadores da Ciência
Política moderna, também ressaltou a importância do cidadão na sua obra. Segundo ele, o
povo seria responsável pela preservação da comunidade, já que, para o autor, o Estado
(entendido como unidade política soberana, com estrutura própria e politicamente
organizada, diferente de “governo”) tenderia de forma natural à ruína.
Para Santos (2003), a noção de cidadania está diretamente ligada aos direitos civis e
políticos que vão sendo cunhados e universalizados pelo teor da globalização. Os teóricos
conhecidos como contratualistas, por exemplo, associam a inauguração da sociedade civil à
necessidade humana de garantir seus direitos básicos. Por serem indispensáveis para uma
vida minimamente adequada, os seres humanos teriam concordado em se organizar
socialmente e em se submeter a uma autoridade soberana, em troca da garantia dos direitos
básicos. Para que essa sociedade funcionasse de modo apropriado, teriam sido criados os
direitos civis.
No que tange aos direitos políticos dizem respeito à atuação do cidadão na vida pública de
determinado país – ou seja, eles garantem a sua participação no processo político. É
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importante mencionar que esses direitos nem sempre são promovidos principalmente nos
países onde reina a didatura.
Dentre as diversas contribuições que vários autores fornecem para o ramo da Ciência
Política, a análise do Estado é uma das mais frequentes. Assim como acontece com muitos
objetos de estudo dessa área, o Estado é interpretado de maneiras diferentes por diversos
autores, não se limitando à definição apresentada anteriormente neste texto. Este conceito
de Estado ganhou nova conjuntura em diversas dimensões.
Para o alemão Max Weber citado por Bobbio (1998), por exemplo, o Estado seria uma
comunidade de indivíduos que concede aos seus representantes (ou seja, ao corpo
governamental) a capacidade exclusiva de se utilizar da força para regular a vivência em
sociedade – controlando, desse modo, a conduta de cada um dos habitantes. Essa
capacidade ficou conhecida como monopólio da violência.
Contudo, a partir do cenário político em que estamos inseridos, é comum que haja
preferência por certo sistema de governo e/ou forma de governo. O sistema de governo diz
respeito à forma em que o corpo governamental se organiza. Nas últimas décadas, os
modelos mais recorrentes têm sido: o parlamentarista, o presidencialista e o
semipresidencialista. Já a forma de governo se refere à maneira como se dá a relação entre
governantes e governados (monárquica, republicana ou aristocrática).
Além disso, a globalização afetou a maneira como a política é conduzida, incluindo a forma
como as campanhas eleitorais são realizadas, a mobilização de grupos políticos e a
disseminação de ideias políticas. A globalização também tem sido associada a mudanças na
participação política, com o aumento da participação online e o surgimento de novas
formas de ativismo político.
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Conclusão
Depois do que escrevemos neste trabalho, é inegável o valor da Ciência Política neste
mundo em que a globalização é uma realidade. Uma vez que a globalização vem
oferecendo diversos elementos sejam eles positivos quanto negativos, a ciência política
vem regular e oferecer certas idiossincrasias que permitam a normalização desfreado dos
avanços. Discutimos aqui dois conceitos ou campos de conhecimento humano, sendo os
dois conceitos aqui abordados encontram a sua relevância na abordagem da temática
jurídica como um elo entre o povo e a realidade actual.
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Bibliografia
Bonavides, P. (2000). Ciência Política. (10ª ed.). São Paulo: Malheiros Editores.
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