Direito Tributário Aula 6
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Fundamentos de Direito
Empresarial e Tributário
Crédito tributário é a quantia devida a título de tributo. É o objeto da obrigação jurídica tributária. “O crédito decorre da
obrigação principal e tem a mesma natureza desta” (art. 139 do CTN). Nesta aula, discutiremos o crédito tributário e
seus procedimentos administrativos.
Vamos lá!
OBJETIVOS
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14/05/2019 Disciplina Portal
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Fonte da Imagem:
Geralmente, o crédito tributário surge ilíquido, não podendo ser voluntariamente pago pelo contribuinte e nem exigido
pela Fazenda Pública, dependendo, portanto, de uma liquidação (seja certo quanto à existência e determinado quanto
ao objeto). Tal liquidação é feita pelo lançamento. Com o lançamento a obrigação jurídica tributária que já existia, mas
é ilíquida e incerta, passa a ser líquida e certa, exigível em data e prazo predeterminado.
Lançamento (glossário) é o ato administrativo que torna líquido o crédito tributário. É o ato que consubstancia o crédito
tributário, declarando formal e solenemente quem é o contribuinte e quanto ele deve à Fazenda Pública.
Depois que o contribuinte é noti cado do lançamento, o tributo está em condições de ser recolhido pelo contribuinte e
recebido pela Fazenda Pública, mas nada impede que ocorra um evento novo, previsto em lei, adie a exigibilidade do
tributo. Esses eventos que adiam a exigibilidade do crédito tributário são as causas suspensivas do crédito tributário.
VOCÊ SABIA?
Uma vez constituído o crédito, a autoridade não pode dispensá-lo sem expressa autorização legal, sob pena de
responsabilidade funcional. “O crédito tributário regularmente constituído somente se modi ca ou extingue, ou tem sua
exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos em lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena
de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias” (art. 141 do CTN).
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O artigo 151, § único, do Código Tributário Nacional, São causas de suspensão do crédito tributário:
estabelece que embora suspensa a exigibilidade do
tributo, não cará suspenso o dever de cumprir as Moratória (art. 151, I do CTN);
obrigações acessórias. Depósito do seu montante integral (art. 151, II do
CTN);
Ex.: Dever de preencher livros scais; emitir notas Reclamações e os recursos, nos termos da lei,
scais; dever de emitir faturas. reguladoras do processo tributário administrativo
(art. 151, III do CTN);
É relevante destacar que as causas suspensivas do Concessão de medida liminar em mandado de
crédito tributário também suspendem o prazo segurança (art. 151, IV do CTN);
prescricional. Concessão de medida liminar ou de tutela
antecipada, em outras espécies de ação judicial (art.
“Interpreta-se literalmente a legislação tributária que 151, V do CTN): foi introduzido com a LC 104/01,
disponha sobre: mas a doutrina já admitia esta hipótese.
Parcelamento (glossário) (art. 151, VI do CTN): foi
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; introduzido com a LC 104/01, mas a doutrina já o
II - outorga de isenção; admitia.
III - dispensa do cumprimento de obrigações
tributárias acessórias”
Fonte: (art. 111, I, II e III do CTN).
ART. 139
O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza dessa. (CTN, art. 139).
ART. 140
As circunstâncias que modi cam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele
atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem. (CTN, art. 140).
ART. 141
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O crédito tributário regularmente constituído somente se modi ca ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos
casos previstos no CTN, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a
sua efetivação ou as respectivas garantias. (CTN, art. 141).
ART. 142
Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o
procedimento administrativo tendente a veri car a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identi car o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade
cabível. (CTN, art. 142).
Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato
tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente,
lançamento far-se-á sua conversão em moeda ainda que posteriormente modi cada ou revogada.
nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato (CTN, art. 144).
gerador da obrigação. (CTN, art. 143);
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MODALIDADES DE LANÇAMENTO
São três as formas de lançamento:
A reti cação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível
mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de noti cado o lançamento. (CTN, art. 147, §1º).
Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão reti cados de ofício pela autoridade administrativa a que
competir a revisão daquela. (CTN, art. 147, §2º).
A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.
Características:
O pagamento antecipado pelo obrigado extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento;
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Não in uem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro,
visando à extinção total ou parcial do crédito. Serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o
caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação.
Se a lei não xar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem
que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e de nitivamente extinto o crédito, salvo se
comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. (CTN, art. 150, §4º).
Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tem em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou
atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam
omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo
sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória,
administrativa ou judicial. (CTN, art. 148).
VÍDEO
Pagamento
Consiste na prestação que o sujeito passivo da relação jurídica tributária, ou alguém por ele (responsável ou substituto)
faz ao credor, da importância pecuniária relativa ao débito tributário.
Agora, vamos assistir ao vídeo Prefeitura oferece descontos para pagamento de impostos.
Saiba +
Vejamos um pouco mais sobre pagamento e o que diz a lei, aqui (galeria/aula6/docs/a06_t09.pdf).
CONCEITOS IMPORTANTES
Antes de nalizarmos nossa aula, é importante conhecermos os seguintes conceitos:
COMPENSAÇÃO
Artigo 170, do CTN, e Artigo 66, da Lei n. 8.383/91, e Lei n. 9.430/96;
A compensação tributária, nos termos da Lei n. 8.383/91 ocorre somente entre tributos da mesma espécie;
Nos termos da Lei n. 9.430/96, ocorre entre créditos e débitos líquidos e certos, entre tributos federais de espécies diferentes;
O instituto jurídico da compensação pressupõe duas relações jurídicas distintas, na qual o credor de uma é devedor de outra e
vice-versa.
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Na ótica das possibilidades teóricas da extinção do crédito tributário, o elemento integrativo da relação jurídica obrigacional que é
atingido pela compensação é o direito subjetivo do credor e seu dever jurídico correlato;
Extingue a obrigação tributária e o crédito tributário;
Nos casos de lançamento por homologação, a extinção do crédito tributário só se concretiza com a homologação do lançamento,
expressa ou tácita.
TRANSAÇÃO
Instituto pelo qual, através de concessões mútuas, coloca-se termo em determinado litígio que culmina com a extinção da relação
jurídica tributária, através do pagamento dó débito;
O que efetiva a extinção da obrigação tributária, no caso da transação é o pagamento. A mera transação, sem o respectivo
pagamento, não extingue a obrigação tributária nem o crédito tributário;
Art. 840, CC. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas.
REMISSÃO
É o perdão, total ou parcial, do crédito tributário;
Tem que vir previsto em lei autorizadora;
Na remissão desaparece o direito subjetivo de exigir a prestação, bem como o dever jurídico cometido ao sujeito passivo, isso se
a remissão for total;
Ressalta-se que a remissão não se confunde com a anistia, que é o perdão correspondente ao ato ilícito ou à penalidade
pecuniária.
Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do
crédito tributário, atendendo:
I - à situação econômica do sujeito passivo;
II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;
III - à diminuta importância do crédito tributário;
IV - a considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso;
V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo
155.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
São causas extintivas do crédito tributário.
A decadência refere-se ao prazo de cinco anos para a Fazenda efetuar o ato jurídico administrativo de lançamento. Não o
praticando neste período, decai o direito de celebrá-lo.
A prescrição dá-se quando o prazo de cinco anos para que a Fazenda Pública ingresse em juízo com a ação de cobrança (ação de
execução).
VÍDEO
Agora, nalizaremos nossa aula assistindo a um vídeo que mostra que Janeiro é considerado um dos meses mais
difíceis para os consumidores por causa das contas. IPTU, IPVA e o material escolar são os principais gastos no início
do ano. Para não car no sufoco a solução é planejar.
Atividades Propostas
A) O crédito trabalhista.
D) O crédito quirografário.
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Justi cativa
B) A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 10 anos contados da data da sua constituição de nitiva.
D) Fato gerador da obrigação principal é a situação de nida em lei ou decreto como necessária e su ciente à sua ocorrência.
Justi cativa
A) 30.
B) 20.
C) 10.
D) 5.
Justi cativa
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Justi cativa
A) Decadencial de 5 (cinco anos), contados do primeiro dia do exercício civil seguinte àquele em que o lançamento poderia ser
efetuado.
B) Prescricional de 180 (cento e oitenta) dias, contados da inscrição do crédito tributário na dívida ativa.
Justi cativa
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Glossário
LANÇAMENTO
O lançamento é um mecanismo jurídico que dá liquidez, certeza e exigibilidade ao tributo que lhe é lógica e cronologicamente
anterior, assim não é o lançamento que dá surgimento ao tributo, mas sim a ocorrência do fato imponível.
PARCELAMENTO
Há autores que a rmam que o parcelamento nada mais é do que uma modalidade de moratória, visto que se encontra na mesma
seção da moratória. O parcelamento deve ser concedido por meio de lei especí ca (art. 155- A do CTN). “Salvo disposição em
contrária o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas” (art. 155-A §1º do CTN). “Aplica-se,
subsidiariamente ao parcelamento as disposições desta lei, relativas à moratória” (art. 150-A, §2º do CTN).
EXTINGUE O CRÉDITO
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - a remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no art. 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do art. 164;
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IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a de nitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de
ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado, e
XI - a dação em pagamento de bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
DECADÊNCIA
No art. 173 do CTN, estão consignados os prazos iniciais para a contagem do prazo:
O primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetivado;
A data em que se tornar de nitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado;
A data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela noti cação, ao sujeito passivo, de qualquer medida
preparatória indispensável ao lançamento. Para o Paulo de Barros, prazo decadencial não interrompe, excetuado o caso do art.
173,II., do CTN
PRESCRIÇÃO
Esse prazo inicia-se com o lançamento e caz, ou seja, adequadamente noti cado ao sujeito passivo;
A prescrição se interrompe, isto é, o intervalo de tempo que, associado à inércia do titular da ação, determina o surgimento do fato
prescricional se interrompe;
Toda vez que o período é interrompido, despreza-se a parcela de tempo que já foi vencida, retornando-se ao marco inicial;
O prazo prescricional também pode ser suspendido, dessa forma recomeça-se a contagem do prazo a considerando-se a parcela
de tempo já vencida.
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